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FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DO VALE DO

SÃO LOURENÇO - EDUVALE

AÇÕES DA ENFERMAGEM NO ACOMPANHAMENTO DE


CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

ANNA KAROLINA ALMEIDA

JACIARA,
MT 2023
ANNA KAROLINA ALMEIDA

AÇÕES DA ENFERMAGEM NO ACOMPANHAMENTO DE


CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Pré-projeto apresentado à Faculdade de


Ciências Sociais Aplicadas do Vale do São
Lourenço - Eduvale, como parte das exigências
do Curso de Graduação em Bacharelado em
Enfermagem para a obtenção da nota parcial
da disciplina de Trabalho de Conclusão de
Curso I.

Orientador: Prof. Me. Júnior de Souza Costa

JACIARA, MT
2023
SUMÁRIO

Resumo................................................................................................................................4
Abstract...............................................................................................................................5
1. Introdução.....................................................................................................................6

2. Objetivos.........................................................................................................................7
2.1 Objetivo Geral................................................................................................................7
2.1. Objetivo Especifico.......................................................................................................7
3. Revisão Bibliográfica.....................................................................................................8
3.1 Caracteristicas Gerais do Transtorno do Espectro Autista (TEA).................................8
3.2 Realização Do Diagnostico De Tea Em Crianças........................................................9
3.3 A Importância Da Enfermagem No Tratamento de Crianças com TEA......................9

4. Metodologia.................................................................................................................10

5. Cronogramas...............................................................................................................11

6. Referências Bibliográficas..........................................................................................12
RESUMO

Este presente artigo irá relatar a relação da enfermagem no tratamento de crianças


diagnosticadas com transtorno espectro autista (TEA), sabendo que a primeira infância é
caracterizada como uma fase da vida, onde nela ocorre o desenvolvimento
psicossocioemocional e algumas alterações anatômicas e fisiológicas, contudo por se tratar de
um disturbio neurológico que afeta em grande parte principalmente o publico infantil o estudo
sobre o TEA tem uma grande relevancia na vida social do ser humano, tendo como o
profissional da enfermagem um papel importante no diagnostico e no tratamento das crianças,
em vista que no território brasileiro estima-se que mais de um milhão de crianças enquadram
neste quadro, com base em estudos realizados por diversos autores , contudo o objetivo deste
trabalho é apontar a importância da enfermagem no tratamento de crianças diagnosticadas
com transtorno do espectro autista, tendo como recorte metodologico a revisão bibliográfica
onde foi utilizado revistas, artigos cientificos, livros já publicados onde irá ser relatado as
características do TEA, seu diagnostico realizados por profissionais da saúde e as ações
realizadas pela enfermagem no atendimento de crianças diagnosticadas.

Palavras-chaves: Enfermagem; TEA; Saúde; Autismo.


ABSTRACT

This present article will report the relationship of nursing in the treatment of children diagnosed
with autism spectrum disorder (ASD), knowing that early childhood is characterized as a phase of
life, where psychosocial-emotional development and some anatomical and physiological changes
occur, however since it is a neurological disorder that largely affects children, the study on ASD
has great relevance in the social life of human beings, with nursing professionals having an
important role in the diagnosis and treatment of children, in view of that in the Brazilian territory
it is estimated that more than one million children fit this picture, based on studies carried out by
several authors , however the objective of this work is to point out the importance of nursing in
the treatment of children diagnosed with autism spectrum disorder, having as a methodological
cut the bibliographic review where magazines, scientific articles, books already published where
the characteristics of ASD will be reported, its diagnosis carried out by health professionals and
the actions carried out by nursing in the care of diagnosed children.

Keywords: . Nursing; TEA; Health; Autism.


1. INTRODUÇÃO

A primeira infância é conceituada uma fase da vida, em que ocorre o amadurecimento e


desenvolvimento psicossocioemocional do ser humano e incontáveis modificações anatômicas e
fisiológicas, com base nesta afirmação o Transtorno do Espectro autista (TEA) é conceituado como
um distúrbio neurológico característico pelas manifestações comportamentais, déficits de
comunicação, interação social, comportamentos estereotipados e repetitivos, pode apresentar um
repertório restrito de interesses e atividades restritas (MINISTÉRIO DA SAUDE, 2020).
O Conselho Nacional de Saúde (2019) estima que existam mais de 70 milhões de autistas
no mundo, no Brasil acredita-se que existam um milhão de autistas, sendo 90 %deles não
diagnosticados.
A Enfermagem praticada da maneira correta auxilia na qualidade de vida de pacientes
com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) por utilizar de técnicas que não só
ajuda o paciente mais também engloba toda a família no tratamento, porém segundo Anjos
(2019) o enfermeiro irá enfrentar alguns desafios para auxiliar num melhor atendimento, pois
a criança vai ter dificuldade de expressão oral, obedecer comando, não ira emitir e nem
realizar contato visual, além disso, por conta disso cabe ao enfermeiro o olhar cuidadoso, a
escuta e prestação de assistência individualizada.
Este presente trabalho tem como objetivo apresentar importância da enfermagem no
tratamento de crianças diagnosticadas com transtorno do espectro autista.
.
2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo geral


Apresentar a importância da enfermagem no tratamento de crianças diagnosticadas
com transtorno do espectro autista.

2.2. Objetivos específicos


 Caracterizar os conceitos básicos do transtorno espectro autista (TEA);
 Descrever sobre o TEA no Brasil;
 Avaliar como é realizado o diagnostico de TEA em crianças;
 Apontar a importância da Enfermagem dentro do tratamento de crianças com TEA;
3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 CARACTERISTICAS GERAIS DO TRANSTORNO DO


ESPECTRO AUTISTA (TEA).

Segundo a associação American Psychiatry Association - APA (2014) o transtorno do


espectro autista (TEA) caracteriza-se como uma sindrome que atinge crianças em áreas do
neurodesenvolvimento responsáveis pela interação social, comunicação e comportamento
pessoal. Ações precoces específicas são necessárias para suscitar o desenvolvimento infantil,
minimizar os sintomas e ampliar as opções de tratamento. Pode apresentar prejuízos
qualitativos que variam com maior ou menor grau de comportamentos restritivos, repetitivos
e estereotipados.
Porém, segundo estudos realizados por Anjos (2019) , o TEA não se caracteriza
somente ao atraso ou interrupção do processo normal de aprendizagem, mas as manifestações
clínicas de um processo atípico e prejudicial do desenvolvimento, ou seja, a criança com o
transtorno pode começar a apresentar sintomas logo no início de sua infância, variando a
intensidade de leve ao severo. É uma doença que começa a se manifestar antes dos três anos
de idade. (SILVA,2009).
Segundo o Conselho Federal De Enfermagem (COFEN,2021) o paciente possui
algumas tendências ao isolamento, movimentos repetitivos de braços, mãos, corpo, interesse
sobre assuntos incomuns para a idade da criança, brincar ou usar objetos de modo inusitada,
ausência de percepção de risco, sensibilidade a certos sons, dificuldade em lidar com
mudanças na vida diária,ausência de consciência do perigo, conduta ritualizado, etc.
Contudo , segundo o Conselho Nacional de Saúde (2019) estima que existam mais de 70
milhões de autistas no mundo, e acredita-se que em território brasileiro existam um milhão de
autistas, sendo 90 % deles não diagnosticados.
Os profissionais de saúde, educação, pais e familiares no Brasil são personagens que
conquistaram a consecução dos direitos fundamentais da pessoa com TEA por meio de
uma política especifica. A Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com
Transtorno do Espectro Autista é instituída pela Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de
2012, e garante a pessoa com TEA o direito à vida digna, a integridade física e moral, o livre
desenvolvimento da personalidade, a segurança, lazer e a
proteção contra qualquer forma de abuso e exploração (GOMES, et al, 2020).

Contudo por vários motivos as primeiras iniciativas brasileiras governamentais


direcionadas ao atendimento de pacientes com diagnóstico de autismo desenvolveram- se
de maneira tardia, pois até o surgimento de políticas públicas para saúde mental de
crianças e adolescentes, no início do século XXI, esta população buscava atendimento apenas
em instituições filantrópicas, como a Associação Pestalozzi e a Associação
dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), ou em instituições não governamentais (como
as instituições assistenciais desenvolvidas por familiares de autistas, conforme será
abordado a seguir) (CAVALCANTE, 2003)

3.2 REALIZAÇÃO DO DIAGNOSTICO DE TEA EM CRIANÇAS;

O Transtorno do Aspectro Austista (TEA) tem o diagnóstico baseado no quadroclínico


que a criança apresenta, onde se realiza o acompanhamento do desenvolvimento e atitudes
apresentados pela criança e entrevista com os responsáveis. a criança pode apresentar
anormalidades metabólicas, como alterações no nível de serotonina no sangue e
eletroencefalograma alterado, ou seja, é indicado que o diagnóstico seja feito por uma equipe
interdisciplinar de profissionais da saúde, composta por, pelo menos, um neuropediatra e um
psicólogo especialista em distúrbios do neurodesenvolvimento. (MONTEIRO et al, 2021),
Por sua vez, deve ser realizados analises e estudos para cada caso em conjunto, descrever
as características do quadro clínico da criança e oferecer à família as informações de forma
detalhada e esclarecedora, não apenas do diagnóstico, mas, do perfil médico, cognitivo e
adaptativo da criança. Além disso, devem orientar a família sobre as possibilidades de
tratamentos e intervenções, e se for o caso, fazer encaminhamentos necessários aos serviços e
apoios adequados (ANJOS,2019).
A maneira pela qual a criança interage, manipula e explora os objetos pode indicar traços
precoces de autismo, sendo uma possível evidência para o diagnóstico precoce, pois quando a
criança brinca ela exterioriza aspectos de si mesma. Diante disso, é possível destacar que uma
criança portadora da patologia autista reflete a sua incapacidade de manipular os brinquedos
de forma simbólica, como os não portadores fazem (SABOIA, 2017).
Os movimentos repetitivos e estereotipados são caracteristicas presentes nos portadores
do TEA, sendo considerado como movimentos motores, uso de objetos ou fala estereotipados
ou repetitivos, estereotipias motoras simples como alinhar brinquedos ou girar objetos,
ecolalia e frases idiossincráticas (AMERICAN PSYCHIATRY ASSOCIATION, DSM-5,
2013).
Em relação ao diagnostico de crianças com TEA no Brasil , segundo estudos realizados por
Zanon (2016) é considerado uma realidade difícil quanto ao diagnóstico precoce, onde os
portadores do transtorno são diagnosticados tardiamente e não têm a chance de tratamentos
inclusivos desde a infância facilitando desta forma a socialização desses com a família e com
demais ambientes externos a que esses frequentarão na fase adulta.

3.3 A IMPORTÂNCIA DA ENFERMAGEM NO TRATAMENTO DE


CRIANÇAS COM TEA

A Enfermagem praticada da maneira correta auxilia na qualidade de vida de pacientes


com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) pois além de contribuir para o
diagnóstico precoce com aplicação de instrumentos padronizados, os enfermeiros dedicados à
saúde mental prescrevem cuidados para melhorar o cotidiano e a convivência em todos os
ambientes pelos quais circula o paciente (COFEN, 2021).
Os profissionais de enfermagem têm um papel importante na assistência para auxiliar na
orientação à família e nos cuidados ao paciente com TEA, o enfermeiro pode usar
instrumentos a fim de rastrear manifestações clínicas que sinalizam a TEA tais como: M-chat,
que é um questionário com 28 questões com respostas sim e não que podem ser respondidas
pelos pais de crianças entre 16 e 30 semanas durante a consulta e IRDI (Indicadores Clínicos
de Risco para o Desenvolvimento Infantil) utilizado para apontar fatores de risco de
desenvolvimento, constituído de 31 indicadores (ARAÚJO et al, 2019).
Um ambiente familiar que possui um caso de autismo há situações de atenção como :
experiência de tensão no papel do cuidador, processos familiares disfuncionais e sentimento
de impotência, neste caso o enfermeiro pode participar da construção do plano terapêutico
junto com a equipe multiprofissional e na busca do acompanhamento dos serviços da rede
pública de saúde,(COFEN,2021).
Segundo Anjos (2019), o enfermeiro irar enfrentar alguns desafios para auxiliar num
melhor atendimento , pois a criança vai ter dificuldade de expressão oral, obedecer comando,
não ira emitir e nem realizar contato visual, além disso, vai ter que lidar com os casos de
aceitação da família, por conta disso cabe ao enfermeiro o olhar cuidadoso, a escuta e
prestação de assistência individualizada, onde não vai ter o olhar somente sobre o autismo
mas em todas as pessoas no qual convive com o paciente, realizado orientações e adequando
as melhores intervenções a criança com espectro autista.
Além disso, segundo pesquisas realizadas pela Cofen (2021), o enfermeiro pode atuar
na capacitação dos pais, escolas, e sociedade como agente multiplicador de informação sobre
o TEA, pois devido a falta de desconhecimento do problema, principalmente sobre suas
causas,
a grande dificuldade apontada pelos especialistas é lidar com o comportamento do autista,
que, diferente do que muitos pensam, não vive isolado em um mundo particular, estimativas
internacionais apontam que a prevalência é de um autista em cada grupo de 110 a 150 pessoas
Uma pesquisa realizada por Volkmar & Pauls (2003) mostra que devido a essa alta
incidência e necessidade das crianças com TEA, faz-se necessário que os enfermeiros
conheçam a fundo características deste quadro, visando na melhora da oferta de atendimento
na área da saúde, visto que tal demanda parece crescer ao longo do tempo, o autor também
descreve que existe uma necessidade de estabelecer uma comunicação para que a assistência
de enfermagem seja adequada, pois assim será facilitada as ações entre enfermeiro e paciente,
para que consigam desenvolver suas necessidades.
4. METODOLOGIA

A metodologia utilizada no presente trabalho trata-se de uma revisão de cunho


qualitativo, Segundo Gil (2010) a pesquisa bibliográfica é elaborada com base em material
já publicado com o objetivo de analisar posições diversas em relação a determinado assunto.
Utilizou-se esse método de pesquisa por meio de artigos do SciELO, Google
Acadêmico, livros, revistas para apresentar uma reflexão para descrever de forma clara as
características dos pacientes com diagnósticos de TEA abordando a importância da
enfermagem no atendimento destes pacientes de forma simples para a melhoria do
entendimento e conhecimentos construídos referentes ao autismo infantil.
5. CRONOGRAMA

PERÍODO ESCOLHA PROBLEMA OBJETIV REVISÃO DE


DO TEMA DE O LITERATURA
PESQUISA GERAL
FEVEREIRO X
MARÇO X X X X
ABRIL X X X X
MAIO X X X X
JUNHO

JULHO

AGOSTO

SETEMBRO

OUTUBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMERICAN PSYCHIATRY ASSOCIATION. Diagnostic and Statistical Manual of Mental


disorders -DSM-5. 5th.ed. Washington: American Psychiatric Association, 2013.

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