ASSOCIAÇÃO PIRIPIRIENSE DE ENSINO SUPERIOR

CRISTO FACULDADE DO PIAUÍ

CURSO DE BACHARELADO EM ODONTOLOGIA
DISCIPLINA: PSICOLOGIA CLINICA E APLICADA À
ODONTOLOGIA BLOCO: III

JOÃO PEDRO ALMEIDA

TRANSTORNO ESPECTRO AUTISTA (PEA) E A ABORDAGEM DO

CIRURGIÃO DENTISTA NA CLÍNICA ODONTOLÓGICA.

PIRIPIRI - PI
 2020

JOÃO PEDRO ALMEIDA

TRANSTORNO ESPECTRO AUTISTA (PEA) E A ABORDAGEM DO

CIRURGIÃO DENTISTA NA CLÍNICA ODONTOLÓGICA.

Trabalho apresentado à cadeira de Psicologia

clínica e aplicada à odontologia do Curso de
Bacharelado em Odontologia, da Cristo
Faculdade do Piauí, como requisito parcial para
obtenção de nota.

Professora: Anne Heracléia de Brito e

Silva

PIRIPIRI - PI
2020
O autismo, cientificamente conhecido como Transtorno do Espectro Autista(TEA), é
uma síndrome caracterizada por problemas na comunicação, na socialização e no
comportamento, geralmente, diagnosticada entre os 2 e 3 anos de idade. Esta
síndrome faz com a criança apresente algumas características específicas, como
dificuldade na fala e em expressar ideias e sentimentos, mal-estar em meio aos outros
e pouco contato visual, além de padrões repetitivos e movimentos estereotipados,
como ficar muito tempo sentado balançando o corpo para frente e para trás.

A complexidade do TEA e os diferentes sintomas e severidade podem variar

(espectro), são quadros resultantes da combinação de diferentes genes. Assim, o
diagnóstico do TEA é complexo e exige uma avaliação médica adequada que tende
a encaminhar para avaliações mais específicas por profissionais especializados
no transtorno.

Dessa forma, conforme o desenvolvimento da criança, essa análise é feita baseada

em contextos e parâmetros comportamentais, como problema de comunicação
social, atraso no processo de comunicação oral, ausência de reciprocidade social,
isolamento, comportamentos motores ou verbais estereotipados, comportamentos
sensoriais incomuns, apego a rotinas e padrões ritualizados de comportamento,
interesses restritos, fixos e intensos.

De acordo com a Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental:

O diagnóstico é apenas uma etapa inicial, quando os pais se

familiarizam com o resultado, estes tendem a buscar tratamentos
e a criança recebe o tratamento adequado, identificando e
amenizando sintomas ao longo da vida, melhorando o prognóstico,
resultando em uma melhor qualidade de vida pessoal, familiar e
comunitária (VISANI; RABELO, 2012).

Ressalta-se que estas características podem se manifestar em diferentes graus.

Como é o caso de diagnóstico de autismo em grau leve, tende a ser mais
cauteloso, pois a probabilidade de analisar o comportamento e confundir com
timidez, excentricidade ou dificuldade de atenção é grande.

O autista deve ser assistido pelo cirurgião-dentista para prevenção e tratamento das
doenças bucais como em qualquer outro paciente, pois o autista apresenta problemas
bucais comuns, como o alto índice de placa, cárie, gengivite, mal oclusões que são
decorrentes de dieta cariogênica, má higienização bucal, uso de medicamentos e
hábitos parafuncionais, fazendo-se necessária a técnica odontológica preventiva e
curativa. Sendo assim, se faz necessária a criação de um programa e um cronograma
de higiene bucal e educação sobre saúde bucal para a família e o paciente autista.
Referência

VISANI, Paola; RABELLO, Silvana, Considerações sobre o diagnóstico precoce na

clínica do autismo e das psicoses infantis. Revista Latinoamericana de Psicopatologia
Fundamental, 2012.< http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=233022805006.> Acesso
em: 4 de jun. 2021.