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O que é a diabetes?

A diabetes mellitus (DM) é uma doença metabólica crónica (de longa


duração) que resulta de várias alterações fisiopatológicas que
conduzem à elevação permanente da glicemia (concentração de
açúcar no sangue) que, por sua vez, se deve, fundamentalmente, a
defeitos na ação normal ou à carência da insulina. Esta, a insulina,
produz-se no pâncreas e é uma hormona fulcral para transportar a
glicose (açúcar) do sangue para as células do corpo que,
posteriormente, é convertida em energia. Efetivamente, a diabetes é
diagnosticada a partir de testes sanguíneos apresentadores de níveis
elevados de glicose no sangue.

Tipos de diabetes

Existem três tipos de diabetes distintos:

 Diabetes tipo 1: surge quando o pâncreas não produz insulina


suficiente e o nosso sistema de defesa destrói, seletivamente,
as células B pancreáticas (células beta produtoras de insulina).
A doença surge, maioritariamente, em crianças ou adultos
jovens – no entanto, pode surgir em qualquer idade.

 Diabetes tipo 2: é a mais frequente dentro dos tipos de


diabetes. Surge quando o pâncreas não é capaz de produzir
insulina suficiente ou quando esta não é utilizada de forma
eficaz pelo nosso organismo. Geralmente, é diagnosticada
depois dos 40 anos, não obstante, se existir outra patologia,
pode ser detetada mais cedo. Muitas vezes, é associada aos
maus hábitos alimentares. Esta doença pode não provocar
sintomas durante muitos anos e, por isso, somente ser
diagnosticada mais tarde, se surgirem complicações ou sinais
preocupantes nas análises de rotina.
 Diabetes Gestacional: como o nome indica, este tipo de
diabetes pode surgir durante a gravidez. Verifica-se, pela
primeira vez, uma anomalia no metabolismo da glicose. O
aumento dos níveis de açúcar no sangue podem causar
complicações para o bebé e, portanto, devem ser controlados ao
longo da gravidez. De facto, ter diabetes gestacional aumenta a
probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2 no futuro.
Adicionalmente, os bebés ficam mais expostos à possibilidade
de desenvolver doenças como a obesidade e a dificuldade de
metabolizar a glicose. Geralmente, após o parto, a mãe deixa de
sofrer da diabetes gestacional.

Causas da diabetes:

A diabetes tipo 1 é uma doença de origem auto-imune, na qual os


anticorpos do próprio paciente atacam e destroem parte do pâncreas,
especificamente as células produtoras de insulina. O paciente já nasce
com as alterações genéticas que favorecem o surgimento da diabetes
tipo 1.

A diabetes ocorre quando:

 O pâncreas produz insulina em quantidade insuficiente ou não é


capaz de produzir nenhuma quantidade de insulina,

 Quando o organismo não responde adequadamente à insulina-


condição de "resistência à insulina".

 Pode ser uma patologia hereditária, sendo mais comum em


pessoas que têm parentes próximos diagnosticados, sendo
assim deve-se ter um cuidado redobrado e fazer exame com
uma certa frequência.
Porque pode diabetes do tipo 1 ser considerada uma doença
autoimune?

A diabetes do tipo 1 é considerada uma doença autoimune, em


virtude da sua ação ser uma resposta auto-imune, na medida em que,
opostamente à diabetes do tipo 2, que está intrinsecamente
relacionada com fatores comportamentais e ambientais, a de tipo 1 é
caracterizada pela destruição de células beta produtoras de insulina
por parte do organismo que, por engano, identifica estas células como
corpos estranhos, isto é, antigénios, não estando minimamente
relacionada com o fatores externos ao organismo.

Consequências da diabetes:

Com o passar dos anos a diabetes tipo 1 pode levar a uma série de
complicações no indivíduo afetado. Entre os órgãos mais afectados
estão presentes o coração, os rins e os olhos. As consequências
podem ser directas, ligadas à hiperglicemia crónica, outras apenas
estão relacionadas às restrições provocadas pela doença.

 Coração e vasos sanguíneos: a diabetes pode ajudar no


desenvolvimento de vários processos inflamatórios, em
controvérsia há uma maior possibilidade de ocorrer enfartes,
aumento da pressão arterial ou ter um AVC. Também há uma
possibilidade de ocorrer uma doença vascular periférica, na qual
as pernas dos pés sofrem oclusão ou obstrução, levando a um
endurecimento e estreitamento das artérias.

 Lesões nos rins: Nefropatia diabética é a dificuldade de filtração


do sangue nos rins devido alteração dos vasos sanguíneos dos
rins. Resulta, assim, uma insuficiência renal que acabará por
levar o individuo infectado a recorrer à realização da
hemodiálise. A ocorrência da nefropatia é a presença de
albumina na urina, quanto maior a sua quantidade, mais grave é
o estado da nefropatia.
 Visão: As alterações na visão podem também ser provocadas
pela quantidade excessiva de açúcar circulante no sangue,
havendo maior risco de:
 Cataratas em que se forma uma opacidade no cristalino
do olho, deixando a visão embaçada.
 Glaucoma que é a lesão do nervo óptico, podendo levar à
perda do campo visual.
 Edema macular em que ocorre deposição e acúmulo de
fluidos e proteínas na mácula do olho, que é a região
central da retina, tornando-a mais espessa e inchada.
 Retinopatia diabética em que ocorre lesão nos vasos
sanguíneos da retina dos olhos, podendo causar cegueira
permanente.

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