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Sistema imunitário:

O sistema imunitário tem a importante função de defender o nosso organismo de


agentes infeciosos.

O que acontece é que o corpo “reconhece” o agente alérgeno como uma substância
estranha e alheia ao organismo no primeiro contato e, sempre que há uma exposição
“excessiva”, o sistema imunitário reage com a libertação de substâncias que alteram a
homeostase do organismo desencadeando a alergia.

O fenómeno alérgico encontra-se, deste modo, dividido em duas fases: a fase de


sensibilização e a fase da reação alérgica.

Durante a primeira fase o indivíduo que se está a “sensibilizar” a um agente alérgeno


não apresenta sintomas. As manifestações alérgicas, como olhos vermelhos,
dificuldade respiratória, eritema ou prurido cutâneo, por exemplo, surgem no contato
seguinte, designado de fase de reação alérgica. O que acontece é que, neste segundo
contato, a informação se propaga ao resto do organismo, desencadeando a
amplificação do fenómeno.

Entre os alérgenos mais comuns encontram-se os pólenes, ácaros, pó, pelo de animais
e algumas substâncias alimentares.

Asma

A asma é uma doença respiratória que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e é


a doença crónica mais comum nas crianças. As suas causas estão relacionadas com
fatores genéticos e ambientais.

Vários estudos sugerem que as doenças alérgicas, entre elas a asma, são cada vez mais
frequentes nos países desenvolvidos e acredita-se que uma das principais causas seja a
exposição à poluição atmosférica.

De um forma simples, a asma alérgica ocorre quando uma determinada molécula


(também conhecida por antigénio ou alergeno) desencadeia uma resposta do sistema
imunitário que faz com que os brônquios se contraiam, provocando a “falta de ar” (na
verdade, o que custa mais não é inspirar, mas expirar o ar dos pulmões). 

Há muito tempo que os cientistas suspeitavam que o sistema nervoso desempenhava


também um papel importante neste processo, mas só agora é que conseguiram
identificar e estabelecer a casualidade direta entre a expressão de um gene nas células
nervosas do nervo vago (que coordena, entre outros órgãos, os pulmões), e a
ocorrência e severidade dos ataques de asma.
Ou seja, o ataque de asma resulta de uma correlação entre o sistema imunológico e o
sistema nervoso.

Rinite Alérgica

Para exercer esta função corretamente, o nariz possui um complexo mecanismo de


defesa, o qual, ao entrar em contato com alguma substância tóxica desencadeia uma
resposta que impedirá esta substância de alcançar os pulmões. Através do surgimento
de obstrução nasal teremos o bloqueio da passagem deste agente agressor, e dos
espirros e coriza a remoção desta substância. Isto é normal e todas as pessoas ao
entrarem em contato com algumas substâncias toxicas apresentam estes sintomas.

Alergia, na realidade, não significa falta de defesa do organismo, mas muito pelo
contrário, é uma defesa exagerada contra agentes que não são potencialmente
agressivos ao ser humano. Ou seja, uma pessoa alérgica é aquela que é hiperreativa a
determinada substância que para uma pessoa normal não despertaria nenhuma
resposta. O sistema imunológico das pessoas alérgicas, por características genéticas,
interpreta que determinada substância é tóxica, e que ele precisa proteger o
organismo de sua entrada. É por isto que algumas pessoas, convivem normalmente
com fatores que causam a alergia, como a poeira de casa, sem ter sintomas, ao passo
que outras pessoas ao entrarem em contato com esta mesma poeira podem ter rinite
e asma.

A rinite alérgica é uma doença atópica que se caracteriza por uma inflamação da
mucosa nasal (do nariz), da qual resultam sintomas como a obstrução nasal (“nariz
entupido”), prurido ou “comichão no nariz”, espirros, entre outros.

As Rinites alérgicas podem ser classificadas quanto à sua periodicidade em:

 Rinite sazonal - A rinite alérgica sazonal conhecida como “febre dos fenos” é
causada por alergia aos grãos de pólen. No hemisfério Norte, os pólenes das
árvores causam sintomas na primavera, os pólenes das gramíneas no verão e
os das ervas no início do outono.

 Rinite perenal - A rinite perenal como o próprio nome indica ocorre


durante todo o ano (de uma forma perene), sendo a alergia aos ácaros a
principal causa. Inicia-se frequentemente na infância e a sua evolução é menos
favorável do que a rinite alérgica sazonal.
Uma elevada percentagem de doentes asmáticos sofre de rinite alérgica, o que
facilmente se entende porque as vias aéreas superiores constituem o primeiro local da
agressão antigénica.

O aparecimento de asma brônquica em indivíduos com rinite alérgica é francamente


mais elevada do que na rinite não alérgica.

Conjuntivite

A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva – membrana que reveste parte da


esclera e a superfície interna das pálpebras – e pode ser causada por diversos fatores,
desde alergias até mesmo infecções bacterianas, virais, entre outras.

 Conjuntivite viral: é a mais comum e pode ser causada por diversos tipos
de vírus, principalmente adenovírus. Pode estar associada a infecções das vias
aéreas superiores;
 Conjuntivite bacteriana: é mais comum em pacientes com sistema
imunológico comprometido e é causada principalmente
pelas bactérias Sthaphilococcus aureus, Streptococcus pneumoniae e Hemophilus
influenza. Há uma forma causada por Clamidia tracomatis que afeta
principalmente pessoas de baixa renda que vivem em precárias condições de
higiene. Apresenta, entre seus sintomas, mais secreção mucopurulenta que a
forma viral.
 Conjuntivite neonatal: ocorre durante o primeiro mês de vida. A sua forma mais
comum é decorrente da ação irritativa provocada por determinadas substâncias
aplicadas na superfície ocular na primeira semana de vida para a prevenção da
conjuntivite gonocócica. Já a conjuntivite gonocócica é menos comum, pois logo
no nascimento é feita a prevenção.
 Conjuntivite alérgica: é também uma das mais comuns e acomete cerca de
15% a 20% da população. O principal sintoma é o prurido. Ela pode ser dividida
em outros quatro tipos de conjuntivite: sazonal, vernal, atópica e papilar
gigante;
 Conjuntivite tóxica: pode ser causada por qualquer substância que exerça
dano à superfície ocular. Geralmente o principal causador desse tipo é o uso de
medicações tópicas, principalmente colírios e soluções de lentes de contato.

Uma série de micro-organismos pode infectar a conjuntiva (a membrana que reveste


a pálpebra e cobre o branco do olho). Os micro-organismos mais comuns são virais,
principalmente os do grupo conhecido como adenovírus. Infecções bacterianas são
menos frequentes. Tanto conjuntivites bacterianas quanto virais são muito
contagiosas, passando facilmente de uma pessoa para outra ou de um olho infectado
para o olho não infectado.

Quando infectada, a conjuntiva fica rosada devido à dilatação dos vasos sanguíneos e
surge uma secreção no olho. Em geral, a secreção faz com que os olhos fiquem
grudados, em especial enquanto a pessoa dorme. Essa secreção também pode
provocar visão turva. A visão melhora com a limpeza dos olhos. Se a córnea estiver
infectada, a visão também fica nublada, mas não melhora ao piscar. Quando o olho
fica irritado, a luz intensa pode provocar incômodo. Em algumas situações, as
infecções graves que deixaram cicatrizes na conjuntiva causam dificuldades
permanentes na visão.

A conjuntivite alérgica ocorre quando determinadas alergias desencadeam a


inflamação da conjuntiva, como a que acontece com algumas substâncias que
normalmente são inofensivas, como os pólens, caspa, determinados cosméticos, entre
outros, podem originar, em pessoas sensíveis, resposta anómala do sistema
imunitário.

 Uma pessoa com essa condição já tem um pulmão mais


enfraquecido, do ponto de vista de sua estrutura
 Doenças crônicas deixam, por consequência, o sistema imunológico
mais enfraquecido

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