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Instituto Politécnico de Tecnologia e Empreendedorismo de Quelimane

Neusa Neutel
Zainate Manuel

Curso: ESMI-02

Septicemia, Pneumonia Permanente

Quelimane, Abril de 2023


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Neusa Neutel
Zainate Manuel

Curso: ESMI - 02

Septicemia, Pneumonia Permanente

Trabalho de caracter avaliativo a ser


entregue na cadeira de Neonatologia
lecionada pelo docente:
Miguel Alface

Quelimane, Abril de 2023


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Índice
Introdução...................................................................................................................................4

Septicemia...................................................................................................................................5

Conjuntivite Neonatal.................................................................................................................8

Etiologia e tratamento.................................................................................................................8

Quadro Clínico............................................................................................................................9

Chlamydia trachomatis........................................................................................................9

Tratamento e cuidados de enfermagem......................................................................................9

Conclusão..................................................................................................................................10

Referencias bibliográficas.........................................................................................................11
Introdução
O presente trabalho fala sobre pneumonia, conjuntivite neonatal e septicemia. A sepse é
popularmente conhecida como “infecção generalizada”. Por decorrência de uma resposta
inflamatória desregulada, é criado um estado onde o sistema circulatório deixa de conseguir
suprir as demandas de oxigênio e nutrientes exigidos pelos órgãos. É uma doença complexa e
potencialmente grave que, quando não tratada rapidamente, pode levar ao choque séptico,
onde há queda drástica da pressão arterial e aumento do lactato no sangue, podendo levar à
falência múltipla de órgãos e inclusive à morte.

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Septicemia

A sepse é a principal causa de morte nas UTIs em todo o mundo, com estimativa de mais de
48 milhões de casos e 11 milhões de mortes anualmente. Um dado chocante, especialmente
pelo fato de muitas pessoas não saberem do que se trata.

Trata-se de uma inflamação generalizada, ocasionada por uma resposta muito intensa do
sistema imune. Contudo, essa breve explicação não comtempla a complexidade deste
problema, bem como do funcionamento do nosso corpo.

Também chamada pelo nome de sépsis ou septicemia, a sepse é popularmente conhecida


como “infecção generalizada”. Por decorrência de uma resposta inflamatória desregulada, é
criado um estado onde o sistema circulatório deixa de conseguir suprir as demandas de
oxigênio e nutrientes exigidos pelos órgãos.

É uma doença complexa e potencialmente grave que, quando não tratada rapidamente, pode
levar ao choque séptico, onde há queda drástica da pressão arterial e aumento do lactato no
sangue, podendo levar à falência múltipla de órgãos e inclusive à morte.

Sintomas
Os sintomas da sepse iniciam mais brandos e se agravam à medida que o quadro clínico
evolui.
Alguns dos sintomas iniciais são:
Febre alta ou hipotermia;
Calafrios;
Respiração acelerada ou dificuldade para respirar;
Ritmo cardíaco acelerado;
Agitação;
Tonturas.
Com a evolução do quadro clínico, outros sintomas começar a surgir, como:
Diminuição da quantidade de urina;
Queda da pressão arterial;
Desorientação ou confusão mental;
Vômitos;

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Fraqueza extrema e sonolência;
Diminuição da função do coração;
Queda na contagem de plaquetas;
Diminuição da função dos rins.

Pneumonia permanente

Pneumonia é definida como processo inflamatório exclusivo ou predominante do


parênquima pulmonar, devido a um agente infeccioso.1,2 Pneumonia adquirida na
comunidade (PAC) é aquela que acomete o indivíduo fora do ambiente hospitalar, ou surge
nas primeiras 48 horas após a internação do paciente.

Em relação aos pacientes que residem em casas ou instituições para cuidados de idosos
ainda existem controvérsias. Há sugestões de que pacientes residentes em instituições
(hospitais, casas de cuidados para idosos e estabelecimentos de reabilitação de saúde)
sejam classificados em uma categoria separada. Porém, os principais consensos
atualmente vigentes para o diagnóstico e tratamento das pneumonias adquiridas na
comunidade consideram infecções adquiridas em casas de cuidados para idosos como
comunitárias.

Pneumonia Permanente é um grave problema de saúde pública mundial e tem sido


reconhecida como uma doença potencialmente fatal há mais de dois séculos. Estudos
realizados na era pré-antibiótico mostram taxas de mortalidade de até 1 por 1000 habitantes
por ano, sendo que cerca de 80% dos casos era devido ao Streptococcus pneumoniae e a
mortalidade relatada era de 20 a 40%.

Etiologia

A etiologia das pneumonias adquiridas na comunidade pode ser sugerida pelo padrão de
gravidade da apresentação da doença. PAC tratada ambulatoriamente representa 80% dos
episódios de pneumonia. Este grupo de pacientes normalmente tem doença leve e de curta
duração. S. pneumoniae e H. influenzae são os agentes mais frequentemente encontrados.

Impetigo neonatal

O impetigo é uma infecção superficial da pele causada por Staphylococcus aureus,


Streptococcus pyogenes ou por ambos, levando à formação de úlceras crostosas e amareladas

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e, por vezes, de pequenas vesículas cheias de um líquido amarelo. O ectima é uma forma de
impetigo que provoca lesões profundas sob a pele.

O impetigo afeta, muitas vezes, a pele saudável, mas também pode se desenvolver após uma
lesão ou uma doença que provoque alteração na pele, como infecção micótica, queimadura
solar ou picada de inseto. Condições higiênicas ruins e ambientes úmidos também são fatores
de risco. Algumas pessoas têm bactérias estafilococos ou estreptococos residindo no nariz
sem causar infecção. Elas são chamadas de portadores nasais. Portadores são pessoas que têm
a bactéria, mas nenhum sintoma causado pela bactéria. Os portadores podem mover a bactéria
do nariz para outras partes do corpo com as mãos, por vezes levando a infecções recorrentes
ou que se espalham para outras pessoas.

É muito contagioso, tanto a outras zonas da pele do paciente quanto a outras pessoas.

Sintomas de impetigo e ectima

Impetigo e ectima coçam e causam dor leve. Normalmente, a coceira faz a pessoa, sobretudo
as crianças, se coçarem, arranhando-se e espalhando, assim, a infecção.

O impetigo geralmente causa acúmulos de bolhas minúsculas que se rompem e formam uma
crosta amarelada escura sobre as feridas (úlceras). O impetigo bolhoso é similar, mas nesse
caso, as feridas geralmente aumentam rapidamente e formam bolhas maiores. As bolhas
estouram, expondo a pele em carne viva, que fica coberta com uma crosta amarelada escura.

Diagnóstico de impetigo e ectima

Avaliação médica

Os médicos baseiam o diagnóstico de impetigo e ectima na aparência da erupção cutânea. Nas


pessoas com infecções recorrentes, uma coleta do nariz é feita e enviada para análise
laboratorial para determinar se são portadores nasais de estafilococos ou estreptococos.

Tratamento de impetigo e ectima

Pomadas ou cremes antibióticos


Às vezes, antibiótico em comprimidos

A zona infectada deve ser suavemente lavada com água e sabão, várias vezes ao dia, para
eliminar qualquer crosta.

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O tratamento de áreas pequenas de impetigo é feito com pomadas ou cremes antibióticos
aplicados diretamente na pele (uso tópico). O tratamento de áreas maiores ou que não tiveram
resposta com antibióticos tópicos pode exigir a prescrição de um antibiótico administrado por
via oral.

O ectima é geralmente tratado com antibióticos por via oral.

As pessoas que são portadores nasais são tratadas com antibióticos tópicos aplicados nas
passagens nasais.

Conjuntivite Neonatal
Segundo o Ministério da Saúde (MS), Conjuntivite Neonatal (CN) é definida como uma
conjuntivite purulenta do recém-nascido, no primeiro mês de vida, usualmente contraída
durante o seu nascimento, a partir do contato com secreções genitais maternas contaminadas.

A conjuntivite neonatal é aquela que ocorre no primeiro mês de vida. Pode ser causada por
agentes bacterianos, virais ou químicos.

A conjuntivite neonatal oi um grande problema de saúde pública durante séculos, em todo o


mundo. No final do século XIX, na Europa, sua prevalência entre os nascidos vivos, em
maternidades e hospitais, excedia a taxa de 10%, produzindo lesão corneana em 20% e
cegueira em 3% dos acometidos. Era a principal causa de cegueira infantil, sendo responsável
por 60 a 73% dos casos nas instituições para crianças cegas.
. A epidemiologia desta condição mudou radicalmente com a introdução do método de Credé,
em 1881, que consistia na aplicação de uma gota de solução aquosa de nitrato de prata (NP) a
2%, após a limpeza dos olhos.
Esse procedimento reduziu dramaticamente a incidência da CN, não só na Europa, mas em
todo o mundo. Posteriormente, a solução de NP a 1% passou a ser o método de Credé, por ser
menos irritante que a 2%.

Etiologia e tratamento
Além dos agentes microbianos, o produto utilizado na prevenção pode também causar a CN.
Essa conjuntivite química é relatada em 10 a 100% dos neonatos que são submetidos aos
agentes profiláticos.

A conjuntivite neonatal apresenta como principal agente etiológico a Chlamydia


trachomatis. Essa conjuntivite não apresenta folículos devido à imaturidade do sistema imune

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nos recém nascidos. Pode apresentar-se com secreção mucopurulenta e evoluir com formação
de pseudomembranas.

Pode, até mesmo, ocorrer com a utilização de eritromicina ou tetraciclina, mas é comumente
associada à profilaxia com o NP. Costuma apresentar-se como uma conjuntivite purulenta,
discreta, que, em geral, se resolve espontaneamente em até 48 horas.
A grande maioria dos casos de CN infecciosa é adquirida durante a passagem pelo canal do
parto e reflete as doenças sexualmente transmissíveis (DST) presentes na comunidade.

A conjuntivite neonatal mais grave é a causada por Neisseria gonorrhoeae, transmitida via
canal de parto. Ela está cada vez mais rara, devido à profilaxia com o método Credé que
consiste no uso de Nitrato de Prata a 1%, que pode causar uma conjuntivite química leve e
autolimitada. O nitrato de prata não é eficaz contra a Chlamydia trachomatis, e por isso tem
sido substituído pela solução de iodo povidona 2,5%.

A conjuntivite neonatal pode também ser causada pelo vírus Herpes Simples tipo 2,
transmitido através do canal de parto.

Quadro Clínico
Chlamydia trachomatis

O quadro de conjuntivite neonatal por este agente se inicia tipicamente ao redor de 1 semana
de vida. Geralmente começa em um olho e afeta o outro dentro de 2 a 7 dias.

Clinicamente observa-se secreção mucoide ou mucopurulenta leve a moderada, edema


palpebral, hiperemia e reação papilar. Casos severos podem apresentar secreção abundante e
formação de membranas.

Tratamento e cuidados de enfermagem


Conjuntivite neonatal por Chlamydia trachomatis

Em alguns casos pode evoluir com pneumonite, sendo portanto, recomendado o tratamento
sistêmico em todos os casos com Eritromicina 12,5 mg/kg VO 4 vezes/dia por 14 dias. Há
referências que recomendam associar o tratamento sistêmico ao uso tópico de pomada de
Eritromicina, porém, no Brasil não dispomos desse medicamento para uso oftálmico, somente
dermatológico. A mãe e os parceiros devem ser tratados com antibióticos sistêmicos para
Gonorreia e Clamídia.
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Conclusão
Apos ter feito este trabalho, concluiu-se que quando houver suspeita que este é o agente
causador da conjuntivite neonatal, recomenda-se a admissão hospitalar para avaliação de
infecção gonocócica disseminada. O impetigo é uma infecção superficial da pele causada por
Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes ou por ambos, levando à formação de úlceras
crostosas e amareladas e, por vezes, de pequenas vesículas cheias de um líquido amarelo.

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Referencias bibliográficas
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-da-ele/infec%C3%A7%C3%B5es-
bacterianas-da-pele/linfadenite

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.Programa Nacional de DST e


AIDS. Manual de controle dasdoenças sexualmente transmissíveis. 4a ed. Brasília: Ministério
da Saúde; 2006. 140 p. (Série Manuais, N. 68).
Laga M, Meheus A, Piot P. Epidemiology and control of gonococcal ophthalmia neonatorum.
Bull World Health Organ.1989;67(5):471-7. Erratum in: Bull World Health
Organ.1990;68(5):690.
Credé CS. Die Verhütung der Augenentzündung derNeugeborenem. Arch Gynaekol. 1881;18:
367-70.
Credé CS. Prevention of inflammatory eye disease in the newborn. Bull World Health Organ.
2001;79(3):264-6.
Christian JR. Comparison of ocular reactions with the use of silver nitrate and erythromycin
ointment in ophthalmia neonatorum prophylaxis. J Pediatr. 1960;57(1):55-60.
Nishida H, Risemberg HM. Silver nitrate ophthalmic solution and chemical conjunctivities.
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O’Hara M. Ophthalmia neonatorum. Pediatr Clin North Am.1993;40(4):715-25. Review.

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