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Alumnos:
-Katheryne Ribeiro
-Giuvan Ferreira
-Gabriel Beraldi
-Luis Mariano
-Ana Caroline de Paula
-Igor Cardoso de Andrade
-Cintia Carla V. Andrade
-Gabriel Barbosa
INTRODUÇÃO
Luis
A DRC consiste em "lesão renal e perda progressiva
e irreversível da função dos rins (glomerular, tubular
e endócrina)". Em sua fase mais avançada (chamada
de fase terminal de insuficiência renal crônica - IRC),
os rins não conseguem mais manter a normalidade
do meio interno do paciente (Junior, 2004
Luis
Esta condição traz consigo uma série de questões que
marcam a vida do indivíduo, a partir do diagnóstico,
sendo comuns as manifestações psíquicas acarretando
alterações na interação social e desequilíbrios
psicológicos, não somente do paciente como também da
família que o acompanha. A doença renal e as
complicações decorrentes do tratamento afetam as
habilidades funcionais do paciente, limitando suas
atividades diárias, sendo que, frequentemente, as
alterações não são captadas nas avaliações clínicas e
biológicas convencionais (Bittencourt, 2003).
Luis
A maioria dos pacientes encara o tratamento como
uma modalidade dolorosa, sofrida, angustiante, com
limitações físicas, sociais e nutricionais, dificultando,
muitas vezes, a interação paciente – sociedade –
família.
Luis
Os pacientes criticamente enfermos, como é o caso
do portador de doença renal crônica, sentem dor
considerável, oriunda de condições patológicas,
lesões, intervenções terapêuticas, como a
hemodiálise (HD), e múltiplos procedimentos
diagnósticos invasivos. A experiência de dor é
composta por medo, ansiedade e barreiras de
comunicação.
Luis
Porém, o controle da dor tem pouca prioridade
quando justaposto à instabilidade respiratória e
hemodinâmica. A presença de dor agrava
significativamente o estado deste paciente e contribui
para o desencadeamento de outros problemas, tais
como confusão, ventilação inadequada, imobilidade,
privação do sono, depressão e imunossupressão
(Keen; Swearingen, 2007).
Luis
O manejo da dor deve ser considerado uma
prioridade no cuidado ao paciente. Algumas formas
pelas quais é possível tornar o manejo da dor mais
visível e prioritário são: disponibilizar métodos de
avaliação da dor; determinar a dor como quinto sinal
vital para valorizar a sua importância e incorporar a
avaliação da dor aos formulários de registro. A
avaliação continua e a documentação aumentam a
consciência e a eficácia da intervenção contra a dor
(Keen; Swearingen, 2007).
Luis
A dor incapacita e angustia mais pessoas que
qualquer doença isolada. Os médicos precisam
compreender a fisiopatologia da dor, as
consequências fisiológicas e psicológicas da dor
aguda e crônica, e principalmente os métodos usados
para tratar a dor. Desta maneira, devem ter o
conhecimento e as competências para avaliar a dor,
implementar as estratégias de alivio desta e avaliar a
eficácia das estratégias a despeito do ambiente
(Smeltzer; Bare, 2006).
Luis
Sendo assim, esta pesquisa pode contribuir para a
construção do saber nas áreas de Nefrologia, trazer
reflexões baseadas na prática assistencial pesquisada,
podendo proporcionar novas reflexões sobre a
natureza do cuidado, instituir uma melhor qualidade
e continuidade do tratamento, aprimorar o
pensamento crítico e clinico do médico, além de
gerar um maior bem-estar aos pacientes durante as
sessões e proporcionando, consequentemente, a
melhoria da qualidade de vida destes.
Luis
O paciente com IRC, em programa de hemodiálise, é
conduzido a conviver diariamente com uma doença
incurável que o obriga a uma forma de tratamento
dolorosa, de longa duração e que provoca, juntamente
com a evolução da doença e suas complicações, ainda
maiores limitações e alterações de grande impacto, que
repercutem tanto na sua própria qualidade de vida,
quanto na do grupo familiar (Cauby et al., 2004).
Luis
Acreditamos que este estudo será de bastante
relevância para a clientela portadora de Insuficiência
Renal Crônica, que se utilizam da hemodiálise como
forma de tratamento e que, como consequência,
possuem síndromes dolorosas como efeitos colaterais,
pois poderá servir como base para nortear as equipes
de saúde na busca de medidas para minimizar a dor
gerada pelo tratamento e, além disso, servir como fonte
para novas pesquisas na área.
Luis
Os rins participam da manutenção da constância do
meio interno, através de fino controle do volume, da
osmolaridade, da concentração eletrolítica e dos íons
ácidos, entre outras funções essenciais para a vida.
As grandes variações do dia-a-dia no metabolismo e
na ingestão de líquidos e alimentos necessitam de
regulação de vários elementos, como eliminação de
excessos, de toxinas exógenas e de produtos não-
voláteis do metabolismo do nitrogênio, como uréia e
creatinina.
Luis
A insuficiência renal caracteriza-se pelo
comprometimento dessa função renal, que pode
ocorrer de forma aguda (insuficiência renal aguda –
IRA) ou lenta e progressiva (insuficiência renal
crônica – IRC). A consequência mais imediata é o
aumento das escórias nitrogenadas do sangue
levando à uremia. (NORONHA, 1998).
Luis
Riella (2003) apud Fava e col. (2006) em seus estudos
ressaltam que as principais causas da IRC são a
glomerulonefrite crônica (24%), seguida de
hipertensão arterial (22%) e Diabetes Mellitus (DM)
(15%).
Luis
O adequado manuseio do paciente com insuficiência
renal depende principalmente de um correto e
precoce diagnóstico da doença de base. Ainda que,
na maioria das vezes, os sintomas e sinais da
insuficiência renal sejam pouco específicos, uma
anamnese completa e um exame clínico detalhado
são de fundamental importância para compreensão
das possibilidades diagnosticadas e
consequentemente de uma adequada conduta
médica.
Luis
Luis
Esta depuração pode ser feita por um sistema
extracorpóreo (hemodiálise e outros métodos
correlatos) ou pela cavidade abdominal (diálise
peritoneal). Estes métodos podem ser realizados de
forma contínua ou intermitente. Todas as
modalidades de diálise são efetivas desde que
indicadas e realizadas adequadamente.
Luis
A hemodiálise corrige mais rapidamente o “clearance”
do plasma e é especialmente usada no tratamento de
hiperpotassemia e na intoxicação de drogas. A diálise
peritoneal, assim como outros métodos contínuos, é
preferida em pacientes hemodinamicamente instáveis,
que não podem suportar episódios de hipotensão, ou em
pacientes que apresentam contra-indicação para
heparinização (apesar de ser possível realizar o
procedimento de hemodiálise sem heparinização ou com
heparinização regional). (NORONHA, 1998).
Luis
Romão Júnior (2004) apud Fava e col. (2006) relata que o
tratamento dialítico e farmacológico destes doentes
apresentou uma melhora espetacular nas duas últimas
décadas, levando a uma considerável expectativa de vida e,
sobretudo, a uma melhora na qualidade de vida. Ainda
assim, Manfredi (2001) apud Fava e col. (2006) refere que os
pacientes ainda podem apresentar complicações durante e
após o tratamento.
Estudos de Fava e col. (2006) descrevem as seguintes
complicações: hipotensão, hipertensão, cefaléia, câimbra,
calafrio, dispnéia, náuseas e dores. Suas percentagens de
incidência variam quanto ao gênero.
Sakata (2004) relata que a dor está associada a
diversos efeitos prejudiciais: retenção de sódio e
água, catabolismo protéico, alteração de resposta
imunológica, complicações pulmonares, aumento de
trabalho cardíaco, tromboembolismo e indução de
síndromes dolorosas.
O paciente submetido à HD está exposto não
somente à dor aguda, o que não o prejudicaria por
completo, já que esta é fundamental para a
preservação da integridade do indivíduo porque é
um sintoma que alerta para a ocorrência de lesões no
organismo, se não se tratasse de uma patologia
crônica que traz a dor crônica agregada, que não tem
esse valor biológico e é uma importante causa de
incapacidade.
Luis
Murta (1999) afirma, também, que embora a dor
tenha função adaptativa e seja vital ao
desenvolvimento filo e ontogenético, permitindo ao
indivíduo evitar ou escapar de situações
potencialmente danosas à sobrevivência, pode
também tornar-se prejudicial, e até incapacitante,
quando se torna crônica.
Luis
A dor crônica provoca um grande impacto sobre o
estilo de vida do indivíduo: produz alterações
vegetativas, incluindo insônia, anorexia, falta de
desejo sexual e favorece o desenvolvimento de um
repertório de respostas de esquiva e fuga relativas à
atividade física, social e ocupacional (Brandão, 1993,
apud Murta, 1999).
Gabriel
Pimenta (1999) traz que a experiência dolorosa é um
fenômeno complexo e multidimensional. A avaliação
e tratamento devem conter essa
multidimensionalidade, e devem abarcar os aspectos
da lesão tecidual, do substrato emocional, cultural e
ambiental e das respostas advindas do quadro
álgico.
Gabriel
A avaliação da dor compreende o exame clínico
(história da doença, exames laboratoriais e de
imagem) e técnicas para aferição das características
da dor e de sua repercussão nas atividades da vida
diária, visando à proposição diagnóstica e aquilatar
as repercussões da dor/doença no funcionamento
biológico e psicossocial do doente.
Gabriel
Em decorrência das complicações citadas, Pinheiro
(2003) apud Fava e col. (2006) relata que esses
pacientes podem apresentar uma taxa de
mortalidade 3,5 vezes maior do que na população
geral, considerando-se idade, DM e doenças
cardiovasculares concomitantes à diálise.
Gabriel
Gabriel
Dentre as possibilidades assistenciais da equipe médica
envolvida, Barros (1999) apud Fava e col. (2006) endossa
como funções: assistir o paciente em tratamento dialítico
mediante elaboração do processo de avaliação do estado
geral; prevenir, identificar e tratar complicações
intradialíticas em conjunto com os demais membros da
equipe; orientar pacientes renais e seus familiares
quanto ao autocuidado e tratamento dialítico;
estabelecer normas e rotinas para prevenção e controle
de infecções hospitalares na unidade de diálise, entre
outras diversas funções, que permeiam o tratamento e
cuidado.
Gabriel
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Identificar a frequência e característica das
síndromes dolorosas em clientes submetidos à
hemodiálise em uma instituição particular da cidade
de Foz do Iguaçu/PR.
Gabriel
MATERIAIS E MÉTODO
Gabriel
Este estudo será realizado em uma instituição
privada especializada em tratamento dialítico,
localizada na cidade de Foz do Iguaçu, estado do
Paraná, entre os meses de julho e agosto de 2016,
pesquisando a respeito de síndromes dolorosas em
clientes renais crônicos submetidos à hemodiálise
entre os 310 pacientes que compõem esta instituição.
Gabriel
. Será utilizado um roteiro de entrevista semi-
estruturado com questões abertas e fechadas (Apêndice
A), além da checagem de prontuário, a fim de responder
questionamentos como: “qual a patologia que o
acomete?”, “existem outras patologias associadas?”, “há
quanto tempo realiza HD?”, “sente dores durantes a
sessão?”, além de avaliar através de Escala Visual
Analógica (Anexo A) o nível de dor deste paciente. Para
saber a amostragem de pacientes que responderão tal
questionário, foi realizado cálculo do tamanho de
amostra conforme BARBETTA (2006), abaixo explicitado:
Gabriel
n0 =__1__
E²0
N = Nxn0
N+n0
em que:
N : tamanho da população
n : tamanho da amostra
n0 : uma primeira aproximação para o tamanho da amostra
E0 : erro amostral tolerável
A margem de erro foi de 5%.
N0= 1/E20 = 1/ 0,052 = 1/ 0,0025 = 400.
Gabriel
n = 310 x 400 / 310 + 400 = 124.000 / 710 = 174,64
pessoas (amostra)
Gabriel
Desta forma alcançou-se o quantitativo de 175
pacientes a serem entrevistados.
Serão considerados como critérios de inclusão todos
os pacientes que apresentarem síndromes dolorosas
durante as sessões de hemodiálise e maior de idade,
e pacientes que possuam 3 meses ou mais de
tratamento dialítico.
Gabriel
Como critérios de exclusão serão considerados: o fato de
o paciente estar internado no momento da pesquisa ou
não concordar com a mesma. Será solicitada autorização
para realização deste estudo na clínica de hemodiálise e
o consentimento prévio dos pacientes envolvidos na
pesquisa (com assinatura de Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido – Apêndice B), respeitando os
aspectos éticos e legais da Resolução nº 196/1996 do
Conselho Nacional de Saúde, que define as diretrizes e
normas regulamentadoras da pesquisa envolvendo seres
humanos.
Gabriel
Os riscos desta pesquisa serão mínimos levando em
consideração que não será utilizado nenhum
aparelho que grave ou filme os pacientes bem como
os profissionais da instituição em estudo e será
mantido sigilo quanto as informações colhidas.
Na análise dos dados será utilizado o Microsoft
Office Excel 2007, e os resultados serão organizados
em tabelas, expressos em forma de frequência e
percentual simples, e realizada análise descritiva dos
dados com base nos objetivos propostos no estudo.
Gabriel
Gabriel
Gabriel