Você está na página 1de 42

Alumnos:
-Katheryne Ribeiro
-Giuvan Ferreira
-Gabriel Beraldi
-Luis Mariano
-Ana Caroline de Paula
-Igor Cardoso de Andrade
-Cintia Carla V. Andrade
-Gabriel Barbosa
INTRODUÇÃO

 A Doença Renal Crônica (DRC) tem se apresentado com


elevada morbidade e mortalidade (Sesso e Gordan,
2007). Conforme a Sociedade Brasileira de Nefrologia
(SBN), o censo de 2008 aponta um número próximo a
80.000 pacientes dialisados no país.

Luis

 A DRC consiste em "lesão renal e perda progressiva
e irreversível da função dos rins (glomerular, tubular
e endócrina)". Em sua fase mais avançada (chamada
de fase terminal de insuficiência renal crônica - IRC),
os rins não conseguem mais manter a normalidade
do meio interno do paciente (Junior, 2004

Luis

 Esta condição traz consigo uma série de questões que
marcam a vida do indivíduo, a partir do diagnóstico,
sendo comuns as manifestações psíquicas acarretando
alterações na interação social e desequilíbrios
psicológicos, não somente do paciente como também da
família que o acompanha. A doença renal e as
complicações decorrentes do tratamento afetam as
habilidades funcionais do paciente, limitando suas
atividades diárias, sendo que, frequentemente, as
alterações não são captadas nas avaliações clínicas e
biológicas convencionais (Bittencourt, 2003).

Luis

 A maioria dos pacientes encara o tratamento como
uma modalidade dolorosa, sofrida, angustiante, com
limitações físicas, sociais e nutricionais, dificultando,
muitas vezes, a interação paciente – sociedade –
família.

Luis

 Os pacientes criticamente enfermos, como é o caso
do portador de doença renal crônica, sentem dor
considerável, oriunda de condições patológicas,
lesões, intervenções terapêuticas, como a
hemodiálise (HD), e múltiplos procedimentos
diagnósticos invasivos. A experiência de dor é
composta por medo, ansiedade e barreiras de
comunicação.

Luis

 Porém, o controle da dor tem pouca prioridade
quando justaposto à instabilidade respiratória e
hemodinâmica. A presença de dor agrava
significativamente o estado deste paciente e contribui
para o desencadeamento de outros problemas, tais
como confusão, ventilação inadequada, imobilidade,
privação do sono, depressão e imunossupressão
(Keen; Swearingen, 2007).

Luis

 O manejo da dor deve ser considerado uma
prioridade no cuidado ao paciente. Algumas formas
pelas quais é possível tornar o manejo da dor mais
visível e prioritário são: disponibilizar métodos de
avaliação da dor; determinar a dor como quinto sinal
vital para valorizar a sua importância e incorporar a
avaliação da dor aos formulários de registro. A
avaliação continua e a documentação aumentam a
consciência e a eficácia da intervenção contra a dor
(Keen; Swearingen, 2007).

Luis

 A dor incapacita e angustia mais pessoas que
qualquer doença isolada. Os médicos precisam
compreender a fisiopatologia da dor, as
consequências fisiológicas e psicológicas da dor
aguda e crônica, e principalmente os métodos usados
para tratar a dor. Desta maneira, devem ter o
conhecimento e as competências para avaliar a dor,
implementar as estratégias de alivio desta e avaliar a
eficácia das estratégias a despeito do ambiente
(Smeltzer; Bare, 2006).

Luis

 Sendo assim, esta pesquisa pode contribuir para a
construção do saber nas áreas de Nefrologia, trazer
reflexões baseadas na prática assistencial pesquisada,
podendo proporcionar novas reflexões sobre a
natureza do cuidado, instituir uma melhor qualidade
e continuidade do tratamento, aprimorar o
pensamento crítico e clinico do médico, além de
gerar um maior bem-estar aos pacientes durante as
sessões e proporcionando, consequentemente, a
melhoria da qualidade de vida destes.

Luis

 O paciente com IRC, em programa de hemodiálise, é
conduzido a conviver diariamente com uma doença
incurável que o obriga a uma forma de tratamento
dolorosa, de longa duração e que provoca, juntamente
com a evolução da doença e suas complicações, ainda
maiores limitações e alterações de grande impacto, que
repercutem tanto na sua própria qualidade de vida,
quanto na do grupo familiar (Cauby et al., 2004).

Luis

 Acreditamos que este estudo será de bastante
relevância para a clientela portadora de Insuficiência
Renal Crônica, que se utilizam da hemodiálise como
forma de tratamento e que, como consequência,
possuem síndromes dolorosas como efeitos colaterais,
pois poderá servir como base para nortear as equipes
de saúde na busca de medidas para minimizar a dor
gerada pelo tratamento e, além disso, servir como fonte
para novas pesquisas na área.

Luis

 Os rins participam da manutenção da constância do
meio interno, através de fino controle do volume, da
osmolaridade, da concentração eletrolítica e dos íons
ácidos, entre outras funções essenciais para a vida.
As grandes variações do dia-a-dia no metabolismo e
na ingestão de líquidos e alimentos necessitam de
regulação de vários elementos, como eliminação de
excessos, de toxinas exógenas e de produtos não-
voláteis do metabolismo do nitrogênio, como uréia e
creatinina.

Luis

 A insuficiência renal caracteriza-se pelo
comprometimento dessa função renal, que pode
ocorrer de forma aguda (insuficiência renal aguda –
IRA) ou lenta e progressiva (insuficiência renal
crônica – IRC). A consequência mais imediata é o
aumento das escórias nitrogenadas do sangue
levando à uremia. (NORONHA, 1998).

Luis

 Riella (2003) apud Fava e col. (2006) em seus estudos
ressaltam que as principais causas da IRC são a
glomerulonefrite crônica (24%), seguida de
hipertensão arterial (22%) e Diabetes Mellitus (DM)
(15%).

Luis

 O adequado manuseio do paciente com insuficiência
renal depende principalmente de um correto e
precoce diagnóstico da doença de base. Ainda que,
na maioria das vezes, os sintomas e sinais da
insuficiência renal sejam pouco específicos, uma
anamnese completa e um exame clínico detalhado
são de fundamental importância para compreensão
das possibilidades diagnosticadas e
consequentemente de uma adequada conduta
médica.

Luis

 Os tratamentos dialíticos apresentam como objetivo


principal a depuração extrarrenal de água, eletrólitos
e outras substâncias normalmente eliminadas pelo
rim.

Luis

 Esta depuração pode ser feita por um sistema
extracorpóreo (hemodiálise e outros métodos
correlatos) ou pela cavidade abdominal (diálise
peritoneal). Estes métodos podem ser realizados de
forma contínua ou intermitente. Todas as
modalidades de diálise são efetivas desde que
indicadas e realizadas adequadamente.

Luis

 A hemodiálise corrige mais rapidamente o “clearance”
do plasma e é especialmente usada no tratamento de
hiperpotassemia e na intoxicação de drogas. A diálise
peritoneal, assim como outros métodos contínuos, é
preferida em pacientes hemodinamicamente instáveis,
que não podem suportar episódios de hipotensão, ou em
pacientes que apresentam contra-indicação para
heparinização (apesar de ser possível realizar o
procedimento de hemodiálise sem heparinização ou com
heparinização regional). (NORONHA, 1998).

Luis

 Romão Júnior (2004) apud Fava e col. (2006) relata que o
tratamento dialítico e farmacológico destes doentes
apresentou uma melhora espetacular nas duas últimas
décadas, levando a uma considerável expectativa de vida e,
sobretudo, a uma melhora na qualidade de vida. Ainda
assim, Manfredi (2001) apud Fava e col. (2006) refere que os
pacientes ainda podem apresentar complicações durante e
após o tratamento.
 Estudos de Fava e col. (2006) descrevem as seguintes
complicações: hipotensão, hipertensão, cefaléia, câimbra,
calafrio, dispnéia, náuseas e dores. Suas percentagens de
incidência variam quanto ao gênero.

 Sakata (2004) relata que a dor está associada a
diversos efeitos prejudiciais: retenção de sódio e
água, catabolismo protéico, alteração de resposta
imunológica, complicações pulmonares, aumento de
trabalho cardíaco, tromboembolismo e indução de
síndromes dolorosas.

 O paciente submetido à HD está exposto não
somente à dor aguda, o que não o prejudicaria por
completo, já que esta é fundamental para a
preservação da integridade do indivíduo porque é
um sintoma que alerta para a ocorrência de lesões no
organismo, se não se tratasse de uma patologia
crônica que traz a dor crônica agregada, que não tem
esse valor biológico e é uma importante causa de
incapacidade.

Luis

 Murta (1999) afirma, também, que embora a dor
tenha função adaptativa e seja vital ao
desenvolvimento filo e ontogenético, permitindo ao
indivíduo evitar ou escapar de situações
potencialmente danosas à sobrevivência, pode
também tornar-se prejudicial, e até incapacitante,
quando se torna crônica.

Luis

 A dor crônica provoca um grande impacto sobre o
estilo de vida do indivíduo: produz alterações
vegetativas, incluindo insônia, anorexia, falta de
desejo sexual e favorece o desenvolvimento de um
repertório de respostas de esquiva e fuga relativas à
atividade física, social e ocupacional (Brandão, 1993,
apud Murta, 1999).

Gabriel

 Pimenta (1999) traz que a experiência dolorosa é um
fenômeno complexo e multidimensional. A avaliação
e tratamento devem conter essa
multidimensionalidade, e devem abarcar os aspectos
da lesão tecidual, do substrato emocional, cultural e
ambiental e das respostas advindas do quadro
álgico.

Gabriel

 A avaliação da dor compreende o exame clínico
(história da doença, exames laboratoriais e de
imagem) e técnicas para aferição das características
da dor e de sua repercussão nas atividades da vida
diária, visando à proposição diagnóstica e aquilatar
as repercussões da dor/doença no funcionamento
biológico e psicossocial do doente.

Gabriel

 Em decorrência das complicações citadas, Pinheiro
(2003) apud Fava e col. (2006) relata que esses
pacientes podem apresentar uma taxa de
mortalidade 3,5 vezes maior do que na população
geral, considerando-se idade, DM e doenças
cardiovasculares concomitantes à diálise.

Gabriel

 O tratamento da dor, no entanto, não deve ser


unicamente farmacológico. A abordagem a este
paciente exige cuidados específicos que vão desde a
observação do procedimento, até a aplicação de
recursos para reverter o quadro.

Gabriel
 Dentre as possibilidades assistenciais da equipe médica
envolvida, Barros (1999) apud Fava e col. (2006) endossa
como funções: assistir o paciente em tratamento dialítico

mediante elaboração do processo de avaliação do estado
geral; prevenir, identificar e tratar complicações
intradialíticas em conjunto com os demais membros da
equipe; orientar pacientes renais e seus familiares
quanto ao autocuidado e tratamento dialítico;
estabelecer normas e rotinas para prevenção e controle
de infecções hospitalares na unidade de diálise, entre
outras diversas funções, que permeiam o tratamento e
cuidado.

Gabriel
OBJETIVOS

Objetivo Geral

 Identificar a frequência e característica das
síndromes dolorosas em clientes submetidos à
hemodiálise em uma instituição particular da cidade
de Foz do Iguaçu/PR.

Gabriel

 MATERIAIS E MÉTODO

 Estudo do tipo quantitativo, transversal, exploratório


e descritivo.
 TIENE QUE SER EN FUNCION A LA CLASE,
POBLACION ENFOCADA, ACCESIBILIDADE E
CRITERIOS DE INCLUSIOS ETC ETC

Gabriel

 Este estudo será realizado em uma instituição
privada especializada em tratamento dialítico,
localizada na cidade de Foz do Iguaçu, estado do
Paraná, entre os meses de julho e agosto de 2016,
pesquisando a respeito de síndromes dolorosas em
clientes renais crônicos submetidos à hemodiálise
entre os 310 pacientes que compõem esta instituição.

Gabriel

 . Será utilizado um roteiro de entrevista semi-
estruturado com questões abertas e fechadas (Apêndice
A), além da checagem de prontuário, a fim de responder
questionamentos como: “qual a patologia que o
acomete?”, “existem outras patologias associadas?”, “há
quanto tempo realiza HD?”, “sente dores durantes a
sessão?”, além de avaliar através de Escala Visual
Analógica (Anexo A) o nível de dor deste paciente. Para
saber a amostragem de pacientes que responderão tal
questionário, foi realizado cálculo do tamanho de
amostra conforme BARBETTA (2006), abaixo explicitado:

Gabriel

 n0 =__1__

 E²0
 N = Nxn0
 N+n0

 em que:
 N : tamanho da população
 n : tamanho da amostra
 n0 : uma primeira aproximação para o tamanho da amostra
 E0 : erro amostral tolerável
 A margem de erro foi de 5%.
 N0= 1/E20 = 1/ 0,052 = 1/ 0,0025 = 400.

Gabriel

 n = 310 x 400 / 310 + 400 = 124.000 / 710 = 174,64
pessoas (amostra)

Gabriel

 Desta forma alcançou-se o quantitativo de 175
pacientes a serem entrevistados.
 Serão considerados como critérios de inclusão todos
os pacientes que apresentarem síndromes dolorosas
durante as sessões de hemodiálise e maior de idade,
e pacientes que possuam 3 meses ou mais de
tratamento dialítico.

Gabriel

 Como critérios de exclusão serão considerados: o fato de
o paciente estar internado no momento da pesquisa ou
não concordar com a mesma. Será solicitada autorização
para realização deste estudo na clínica de hemodiálise e
o consentimento prévio dos pacientes envolvidos na
pesquisa (com assinatura de Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido – Apêndice B), respeitando os
aspectos éticos e legais da Resolução nº 196/1996 do
Conselho Nacional de Saúde, que define as diretrizes e
normas regulamentadoras da pesquisa envolvendo seres
humanos.

Gabriel

 Os riscos desta pesquisa serão mínimos levando em
consideração que não será utilizado nenhum
aparelho que grave ou filme os pacientes bem como
os profissionais da instituição em estudo e será
mantido sigilo quanto as informações colhidas.
 Na análise dos dados será utilizado o Microsoft
Office Excel 2007, e os resultados serão organizados
em tabelas, expressos em forma de frequência e
percentual simples, e realizada análise descritiva dos
dados com base nos objetivos propostos no estudo.

Gabriel

Gabriel

Gabriel

Você também pode gostar