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CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE


FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL
INSTITUTO DE HUMANIDADES E DA SAÚDE
CURSO DE NUTRIÇÃO

MANUAL ORIENTATIVO PARA PACIENTE COM DOENÇA


RENAL CRÔNICA

Juliana Santos Barbosa

Paulo Henrique da Silva Souza

Barra do Piraí, 2022


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Juliana Santos Barbosa

Paulo Henrique da Silva Souza

MANUAL ORIENTATIVO PARA PACIENTE COM DOENÇA RENAL


CRÔNICA

Projeto de Pesquisa apresentado como


requisito parcial para obtenção do grau de
Bacharel em Nutrição, do Instituto de
Humanidades e da Saúde, do Centro
Universitário Geraldo Di Biase.

Professora Orientadora: Ângela Marta de


Souza

Barra do Piraí, 2022


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RESUMO
Palavras chave:

Abstract
Keys words:
7

Introdução
A Doença Renal Crônica (DRC) é alteração progressiva e irreversível,
caracterizada como uma síndrome, a qual ocasiona uma perda da capacidade
funcional dos rins, mediada inicialmente por lesão e que posteriormente dificulta a
filtração glomerular (PLÁCIDO et al.,2011). Seus impactos econômicos e sociais são
significativo afetando mais de 750 milhões de pessoas em todo o mundo.
No Brasil, por ano cerca de 21 mil brasileiros precisam iniciar o tratamento por
hemodiálise ou diálise peritoneal. Em 2009 cerca de 77 mil indivíduos estavam em
diálise número esse que tem crescido. Em 2020 cerca de 133 mil pessoas
dependem de diálise, de acordo com os dados da Sociedade Brasileira de
Nefrologia. Admite-se que, para cada paciente em terapia renal substitutiva (TRS),
existam de vinte a trinta outros com DRC em seus diferentes estágios. Seus
impactos econômicos e sociais são significativos afetando mais de 750 milhões de
pessoas em todo o mundo. (MIRANDA et al.,2020; BASTOS, et al.,2010).
O risco de desenvolvimento da DRC está associado a uma série de fatores,
ambientais, sociodemográficos, carência nutricional, clínicos e genéticos. Dados do
KDIGO (2013) apontavam o diabetes mellitus como a principal causa de doença
renal avançada em todo o mundo. (SBD, 2022; CREWS et al., 2019; ALMODOVAR,
et al., 2018).
A constatação, a partir da década passada, da alta incidência e prevalência
da DRC vem alarmando a comunidade científica mundial. Admite-se que, para cada
paciente em terapia renal substitutiva (TRS), existam de vinte a trinta outros com
DRC em seus diferentes estágios. Também preocupante é a observação da
inadequabilidade dos cuidados de saúde oferecidos na evolução da doença ().
A Sociedade Brasileira de Nefrologia, (2020) recomenda que pacientes com
DRC tenham um acompanhamento nutricional, porém a mesma recomenda de
forma geral evitar alguns alimentos, ainda vale ressaltar que as orientações devem
ser explicadas e colocadas de forma objetiva mostrando a quantidade de
micronutriente em cada alimento e como impacta no tratamento, além dos distúrbios
e carências que podem acontecer, ou seja, não é apenas citar alimentos, ou qual
micronutriente contém nele (SBN, 2020).
É imprescindível que haja a educação e promoção para a saúde, mostrando
conhecimento da doença para os pacientes. Transformando os hábitos alimentares
tranquilamente sem restrições exageradas, sendo necessário o exercício da nutrição
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como eixo para controle do tratamento baseando-se nos acompanhamentos,


havendo informações como o manual prático com o objetivo mostrar a quantidade e
qualidade, além da importância dos alimentos no dia a dia desses pacientes,
obtendo melhora no prognóstico. (CARMO, et al., 2022; ALESSANDRA, et al.,
2020).
O objetivo desse trabalho foi construir um instrumento para o profissional
operar com paciente, o qual apresente recomendações de forma nutricionais e
padrões dietéticos analisados pelas diretrizes atualizadas no tratamento de
pacientes com doença renal crônica. Definindo e contextualizando doença renal
crônica, evidenciando os riscos nutricionais em pacientes com DRC. Demonstrando
a importância do tratamento nutricional e suas recomendações nutricionais acordo
com a literatura para a criação do manual.

Com a elaboração de um manual será possível intervir de forma viável


fornecendo, respostas às necessidades para os pacientes, profissionais, familiares
para que eles sejam enriquecidos e saibam fazer escolhas saudáveis, corretas e
nutritivas que irão agregar no tratamento. Além disso, com o acompanhamento
multidisciplinar, ao propicia a identificação de problemas que vão muito além do
aspecto médico ao paciente, otimizando os cuidados de saúde no curso da DRC.
A orientação em linguagem adequada das diferentes complicações da DRC
(OLIVEIRA, et al., 2020), e suas possíveis consequências aumenta a aderência ao
tratamento, a explicação ilustrada com réplicas de alimentos facilita o entendimento
e motiva o seguimento dietético, a demonstração sobre as técnicas de aplicação de
medicamentos, diminui os erros de administração, o apoio psicológico ameniza o
impacto da doença, e a identificação e o aconselhamento sobre questões
socioeconômicas constituem aspectos importantes, os quais, sem dúvida, podem ter
impactos decisivos para uma melhor evolução da DRC.
Metodologia
O atual artigo trata-se de um estudo descritivo elaborado com publicações a
partir de 2012 e língua (idiomas inglês e português), realizadas com população
adulta, nas línguas portuguesa e inglesa, disponibilizadas integralmente em sites
oficiais, google acadêmico, Biblioteca Eletrônica Científica Online (Scielo), Biblioteca
virtual em saúde (BVS).
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O presente trabalho será dividido em duas etapas:


- Primeira etapa: Planejamento do material e abordagem qualiquantitativa,
através pesquisas nas bases de dados citadas acima, e revisão bibliográficas, as
quais envolveram (artigos, TCC, tese, livros, dissertações, resumos), seguido da
elaboração do mesmo. Nesta fase foram definidos os públicos alvo (pacientes
doença renal crônica). Revisão de literatura para busca das definições e
informações para seguir com objetivo de orientação alimentar a fim de aperfeiçoar o
tratamento.
- Segunda etapa: Criação do manual orientativo. Nesta fase será colocado o
material com utilização de palavras de fácil compreensão, apresentação de
exemplos explicando as orientações complexas, além disso, serão colocadas figuras
ilustrativas, para auxiliar no entendimento das informações.

Doença renal crônica


De acordo com a SBN (2022), a DRC não provoca sintomas significativos ou
específicos nos estágios iniciais, fazendo com que seja fundamental o conhecimento
sobre a patologia, seus principais fatores de risco (como hipertensão arterial e
diabetes mellitus). A Classificação da doença renal crônica e acompanhamento
nutricional são baseados nas alterações das taxas de filtração glomerular, perda
lenta e silenciosa e progressiva, através dos seus estágios presente na tabela I.

Tabela 1: Classificação da doença renal


Estágios Achados Filtração glomerular
(mL/min/1,73.m²)
1 Lesão renal com função renal normal >90
2 Lesão renal insuficiência renal leve 60 a 89
3 Lesão renal com insuficiência renal moderada 30 a 59
4 Lesão renal com insuficiência renal grave 15 a 29
5 Lesão renal com insuficiência renal terminal <15
Fonte: CUPPARI et al., 2013.

Os rins possuem diversas funções, como a filtração renal realizada através do


processo de ultrafiltração e reabsorção glomerular, eliminação de substâncias
metabólicas e substratos químicos indesejáveis, além do ajuste no balanço de água
e eletrólitos promovendo a homeostase do meio interno, ajuste nos níveis
pressóricos dentre outras funções (PLÁCIDO et al., 2021). Entretanto na presença
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de alterações (estruturais ou funcionais) ou lesões renais essas funções são


comprometidas (MAHAN, et al., 2013).
Desse modo, o comprometimento dos rins faz com que as terapias sejam de
extrema relevância, e a dietética deve ser realizada durante toda a trajetória.
Segundo a diretriz BRASPEN (Brazilian Society of Parenteral and Enteral Nutrition)
(2021, p. 6) “O estado nutricional tem papel fundamental na saúde e nos desfechos
clínicos de pacientes com doença renal.” De acordo, com Andrade et al.,(2021, p. 4)
pacientes que estão com insuficiência renal crônica, “em tratamento de hemodiálise
(HD), apresentam alto risco de mortalidade por inúmeros fatores, entre eles os
nutricionais, em que a desnutrição energética-proteica tem maior destaque, pois é
uma das causas mais comuns de morte.”
O fator dietético está associado ao agravamento das condições
metabólicas, uma correta intervenção terapêutica tem como principal
objetivo minimizar alterações metabólicas podendo tornar o paciente
menos assintomático, assim possibilitando melhorias na qualidade de
vida. É primordial e indispensável que este paciente siga as
orientações nutricionais, levando em consideração principalmente o
consumo de potássio, fósforo e da proteína, pois, estes estão ligados
aos principais agravos referente à patologia existente (CASTRO,
2018). (OLIVEIRA, et al.,2021,p 1401)

Dessa forma, a avaliação nutricional para esses indivíduos são de suma


importância para o prognostico da evolução do quadro dialítico. Segundo
VASCONCELOS (2021), “terapia nutricional no paciente com DRC desde que
planejada, individualizada e de boa aceitação, possibilita a manutenção e o
restabelecimento do estado nutricional”, contribuindo para recuperação e/ou
manutenção da saúde destes, proporcionando uma intervenção durante todo o
processo vivenciado pelos pacientes com DRC.
A intervenção dietética visa não apenas o controle dos
sintomas e dos distúrbios, mas também atua em doenças
secundárias relacionadas. Além disso, os procedimentos dialíticos
determinam condições que exigem orientações dietéticas
específicas, a fim de manter ou melhorar a condição nutricional dos
pacientes (CUPPARI et al., 2005). É de suma importância à
avaliação e a educação nutricional de pacientes em tratamento
dialítico, a fim de diagnosticar o estado nutricional, prevenir
problemas relacionados à nutrição, visto que estes possuem grande
influência sobre a morbimortalidade desta população (ANDRADE, et
al., 2021, p.12).

As mudanças no estilo de vida das pacientes está diretamente liga as


intervenções nutricionais, devido à diminuição da energia, algumas alteração da
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aparência pessoal esse fatores devem ser enfrentados, pois segundo Borges (2019,
p. 2), “Diversos fatores podem ser responsáveis pela desnutrição nesses pacientes,
entre elas a anorexia com consequente redução do consumo alimentar tem sido
apontada como uma das principais causas”. Além disso, de acordo com Santos
(2019, p. 1.190) “A monitoração periódica do estado nutricional deve fazer parte do
acompanhamento de pacientes em diálise, sendo fundamental para prevenir,
diagnosticar e tratar a desnutrição”.
A desnutrição é comumente observada em pacientes com DRC e está
associada a complicações e à recuperação lenta, maior número de internações, e a
alimentação adequada e seguimento de orientações nutricionais específicas à IRC
podem contribuir com o controle e a minimização de complicações nesses pacientes
e, com isso, favorecer a eficiência do tratamento (SANTOS, et al., 2021; ZHA, 2017).
Portadores de DRC em tratamento dialítico têm em média 40
a 80% de risco de desenvolver desnutrição, por isso é de suma
importância acompanhar e avaliar o estado nutricional
rotineiramente, visando reduzir a mortalidade e melhorar a qualidade
de vida dessa população (CLAUDINO; SOUZA; MEZZOMO, 2018). A
desnutrição, nesses casos, ocorre porque durante o tratamento
hemodialítico são perdidos aminoácidos, peptídeos e vitaminas
hidrossolúveis. Além disso, a própria inflamação, presente nesses
pacientes, e o tratamento em si levam ao aumento do catabolismo,
ocasionando uma redução de massa magra, sendo um fator
contributivo para a ocorrência de desnutrição (LUZ et al., 2017)
( GONTIJO, et al.,2022 p. 15361).

Nessa perspectiva faz-se necessário a terapia nutricional e avaliação


nutricional com recomendações de macronutriente, assim como de micronutriente
para estes indivíduos, com objetivo de identificar os riscos deterioração do estado
nutricional, auxiliando na terapia específica. Através do conhecimento e da
caracterização adequada do estado nutricional dos pacientes dialíticos, torna-se
possível tratar e prevenir o desenvolvimento de agravos como DEP (desnutrição
energético- proteico), utilizando parâmetros e até manuais para auxilio das terapias.
Nova atualização da diretriz de nutrição para adultos com
DRC publicada pela National Kidney Foundation (NKF) em parceria
com The Academy of Nutrition and Dietetics (AND) no final do
segundo semestre de 2020, com intuito de reformular as práticas e
protocolos das condutas dietoterápicas dos nutricionistas para
permitir segurança nos atendimentos e melhorar a conduta conforme
cada individualidade do pacientes. A diretriz se tornou um marco
muito importante no mundo da nefrologia, uma vez que, fazia 20
anos que ela não tinha sido atualizada e trouxe questionamento
bastante poder antes que se tinha atualmente sobre a dieta dos
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nefropatia e novas recomendações nutricionais (Kdoqi, 2020; Kdigo,


2020) (VASCONCELOS, et al.,2021 p.3).

As recomendações para os valores de ingestão de energias estão presente


na tabela 2, esses devem ser avaliados por meios mercadores nutricionais, como
variação de peso, apetite, parâmetros antropométricos além dos marcadores
laboratoriais, ainda vale lembrar que quando houver necessidades da abordagem
nutricional devem considerar as condições clinicas assim como as sociais
(CUPPARI, et al., 2013).

Tabela 2: Recomendação quanto consumo energético

Idade Recomendação

<60 anos 35 Kcal/Kg/dia peso ideal ou ajustado

≥ 60 anos 30 a 35 Kcal/Kg/dia peso ideal ou ajustado

Fonte: CUPARRI, et al., 2013.

Macronutriente

Os valores de ingestão de lipídios estão entre 25% a 35%, devendo estes


serem de fontes de gorduras saturadas (CUNHA, et al.,2019), portanto estes devem
ser avaliados de acordo com as possíveis complicações causadas pelas doenças
base, como as cardiovasculares. Além disso, os lipídios auxiliam na absorção e o
transporte de vitaminas lipossolúveis e fitoquímicos (ROSSI, et al.,2019)
Na fase dialítica, possuí uma necessidade maior de proteína do que a da
população geral, uma vez que o tratamento tem uma perda aminoácido e peptídeos
que ocorrem durante o procedimento, sendo cerda de 10 a 12 g/sessão, diminuindo
a concentração plasmática desse nutriente induzindo a proteólise muscular. Desse
modo as recomendações para pacientes em HD varia de 1,1 a 1,2g/kg de peso ideal
ou ajustado/dia segundo o guia de conduta norte-americano e europeu (CUPPARI,
et al.,2013; BORGES, 2020).
A qualidade da proteína deve se assegurar que 50% venham de fontes de
alto valor biológico. Sujeitam como incentivar o consumo maior variedade de
alimentos fontes proteínas de diferentes tipos e preparações á base de carnes e
laticínios, lembrando que de preferência os com menor teor de fósforo, em casos de
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pacientes com aversão ás carnes, orientações para o consumo de produtos á base


de soja devem ser considerados de acordo com a tabela 3,4,5 e 6 (CUPPARI, et
al.,2013). Vale ressaltar que o consumo alimentar deve ser monitorar forma rotineira
a fim de minimizar os danos e malefícios do tratamento hemodialítico (BORGES,
2019).

Anexos

1. Manual

Tabela 3: Principais alimentos fontes de fósforo e de proteína de origem animal

Alimentos Quantidade( Medida Fósforo(m Proteína Relação


fontes g) caseira g) (g) fósforo/ptn
(mg/g)

Clara de ovo 30 1 unidade 4,5 4 1,12

Carne bovina 85 1 bife médio 155,5 27,5 5,7

Carne de porco 80 1 bisteca 183,2 23,1 7,9


média

Carne de 80 1 file de 237,6 25,2 9,4


frango peito médio

Presunto 48 2 fatias 136 14 9,7


médias

Peixe 84 1 file médio 229,3 22,3 10,3

(merluza)

Ovo inteiro 50 1 unidade 92 6,7 13,7

Fígado bovino 85 1 bife médio 357 25,4 14

Sardinha 34 1 unidade 196,5 10,9 18


14

Queijo prato 30 2 fatias finas 153 7,5 20,4

Requeijão 30 1 fatia média 36,9 5,2 7,1


cremoso

Ricota fresca 35 1 fatia média 567,7 4,4 12,8

Leite 150 1 copo 140 4,9 28,6


americano

Iogurte natural 120 1 pote 143 4,9 29,2


pequeno

Fonte: CUPPARI, et al., 2013.

Tabela 4: Principais alimentos fontes de fósforo e de proteína de origem


vegetal

Alimentos Quantidad Medida Fósforo Proteína Relação


fontes e (g) caseira (mg) fósforo/ptn
(g) (mg/g)

Aveia em flocos 22 2 colheres de 33,7 3 11,2


sopa

Pão francês 50 1 unidade 47,5 4 11,9

Soja cozida 54 5 colheres de 130 9 14,5


sopa

Tofu 100 - 130 6, 19,7


6

Feijão cozido 154 1 concha 116 7, 15,7


média 4

Amendoim 50 1 pacote 253 13 19,5


15

Pão de forma 56 2 fatias 108 5, 20,4


integral 3

Nozes 25 5 unidades 99 3, 28,3


5

Chocolate 40 1 barra 92 3 30,7


pequena

Fonte: CUPPARI, et al., 2013.

Tabela 5: Bebidas referentes ao fósforo e proteína


Fontes Quantidad Medida Fósforo Proteína Relação
e (g) caseira (mg) fósforo/ptn
(g) (mg/g)

Refrigerante á base 150 1 copo 25,5 0 -


cola americano

Cerveja 150 1 copo 28,5 0,9 31,7


americano

Fonte: CUPPARI, et al., 2013.


Tabela 6: Opção para pacientes com aversão a Proteína animal
Fonte Quantidade Proteína

Proteína texturizada de ½ Xícara Contém 25g de ptn, corresponde


soja a uma porção média de carne.

Fonte: CUPPARI, et al., 2013.

Tabela 7: Sugestão de modificações dietéticas para os pacientes com


dislipidemia
Nomes Preferir Evitar

Ovos Até 2 por semana ou 2 Gemas e preparação à base de


claras em vez 1 ovo ovos

Carnes em geral Cortes magros, aves sem Embutidos, vísceras ( fígados,


pele, peixes, Cozidos, moela), camarão, marisco, lagosta e
assados, grelhados frituras

Leite e derivados Leite desnatado, queijos


magros (branco, ricota,
16

cottage)

Gorduras Óleos vegetais (soja, Gordura hidrogenada, banha de


milho, canola, oliva, porco, óleo de coco e dendê,
girassol) margarinas duras, molhos de saldas
industrializadas.

Pães, cerais e Pães, biscoitos, arroz e Pães amanteigados, com queijos ou


grãos macarrão integrais, glacê, biscoitos recheados,
granola e aveia preparações com massa podre,
folhada ou quiche

Frutas e hortaliça Incentivar o maior


consumo daquelas com
menor quantidade de
potássio

Doces Doces de frutas, sorvete


Bolos industrializados ou preparos
com manteigas, glacês ou creme de
Tipo sorbet ou frozen leite, sorvetes cremosos, torta de
iogurte chantilly.

Fonte: CUPPARI, et al.,2013.

Tabela 8 : Teor de potássio em porções média usuais de alguns


alimentos

Alimentos com pequena e média quantidade de potássio (<5mEq/porção)

Frutas Hortaliças*

1 banana-maçã média 5 folhas de alface

1 caqui médio 2 pires (chá) de agrião

2 pires ( chá) de jabuticaba ½ pepino pequeno

1 fatia média de abacaxi 1 pires (chá) de repolho

1 laranja-lima pequena 3 rabanetes médios

10 morangos 1 pimentão médio

1 maçã 1 tomate pequeno

10 acerolas ½ cenoura média


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½ manga média 1 pires(chá) de escarola crua

1 pera média ****

1 pêssego médio ****

1 ameixa fresca média ****

½ copo de suco de limão ****

Fonte: CUPPARI, et al.,2013.

Tabela 9: Teor de potássio em porções elevada quantidades usuais de


alguns alimentos

Alimentos com elevada quantidade de potássio (>5mEq/porção)

Frutas Hortaliças

1 banana-nanica média 1 pires (chá) de acelga crua

1 fatia média de melão 2 pires (chá) de couve crua

1 laranja-pera média 3 colheres (sopa) de beterraba crua

1 kiwi médio 1 pires (chá) batata frita

½ abacate médio 2 colheres (sopa) de massa de tomate

1 mexerica/tangerina média 1 concha pequena de feijão

½ copo de água de coco 1 concha pequena de lentilha

1 fatia média de mamão 1pires (chá) de erva-doce/funcho

1 cacho pequeno de uva

Fonte: CUPPARI, et al.,2013.

● As demais hortaliças devem ser cozidas, sem casca, em água que


deve ser desprezada a seguir. (CUPPARI, et al.,2013).

Existem algumas sugestões como:


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1. Descascar e fracionar os alimentos em vários pedaços e utilizar


grandes quantidades de água para cozimento, que devem ser descartada após o
processo.
2. Antes de preparo de hortaliças refogar (couve e repolho), ou fritas
(batata, mandioca e berinjelas).
3. No preparo de sopas as hortaliças devem ser cozidas em água se esta
desprezada, e colocada outra para o preparo da refeição (CUPPARI, et al.,2013)

Além disso, alguns alimentos possuem uma teor de potássio preocupante e


devem ser controlados sua ingestão como forma de prevenção, podem se
observados na tabela 9.

Nomes

Caldo de feijão, soja, grão-de-bico e lentilha Amendoim, nozes, castanhas, avelã,


amêndoas e pinhão

Tomate seco, molho, extrato e massa de Chocolate e achocolatados


tomate

Água de coco Chimarrão

Frutas secas (ameixa, uva passa, damasco, Vinhos


etc.) e caldas das compotas de frutas

Suco de frutas concentrados Refrigerantes à base de laranja

Tabela 10: Alimentos com alto teor de potássio


Fonte: adaptada do livro, Nutrição na Doença Renal Crônica- 1º edição, 2013.

:
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Tabela 10: Temperos naturais

Nomes

Alho Cebola

Sálivia Alecrim

Manjericão Salsinha

Hortelã Canela

Coentro Noz-moscadas

Gengibre Cravo

Louro Açafrão

Orégano Cebolinha

Fonte: Adaptada de CUPPARI, et al.,2013.

Quanto a ingestão de cálcio são recomendados cerca de 1.400 e 1.600mg/dia


normalmente alcançada somente com suplementação, vale ressaltar que para os
pacientes com DRC a ingestão desse mineral ainda é algo que tenha que ser mais
estudado, junto disso, tem se recomendado ( alimento + quelantes á base de cálcio)
não excedendo 2.000mg/dia, que pacientes que fazem o uso de vitamina D na
principalmente na forma ativa que é calcitriol tem o risco mais elevado de
desenvolver hipercalcemia, sendo assim os níveis de cálcio devem ser monitorados
(CUPPARI,2018).

Já o ferro em geral as recomendações são como as de um individuo


saudável, sendo necessários em alguns casos a suplementação, assim como pode
ser também da eritropoietina que é recomendada (CUPPARI,2018). Além disso, a
anemia na DRC está associada à redução dos níveis séricos de ferro, devido ao
processo inflamatório crônico nesta comorbidade (OLIVEIRA, et al., 2019).

As vitaminas assim como os macronutrientes são de suma importância para o


tratamento, e podem ser absorvida e adicionadas de forma dietética, uma vez que
durante as sessões de diálise a perda das mesmas, principalmente das
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hidrossolúveis ( Vitamina C e as do complexo B), para a solução, sendo necessária


na maioria dos casos além da dieta a suplementação acaba sendo benvinda. As
demais como A e K devem ser revisadas, a vitamina D normalmente o é prescrita
pelo Nefrologista de forma individualizada de acordo com condição osteometabólica
(CUPPARI, et al.,2013).

A questão da suplementação deve ser realizado uma analise e quando


houver necessidade pode iniciar, além disso, a suplementação para pacientes renais
tem sido usada no tratamento da desnutrição, colocando as formulação que
atendem as necessidades energética retirando o pacientes DEP, veja a tabela 11
abaixo.

Tabela 11: Suplementos para pacientes com doença renal crônica

Nome Apresentação Energia Proteína Potássio Fósforo

(Kcal/un) (g/un) (mEq/un) (mg/un)

Nova Source Caixa 200 mL 200 14,8 7,7 110


Renal (Nestlé)

Nutri Renal Caixa 200mL 400 8 2,8 130


(Nutrimed)

Nutri renal D Caixa 200mL 400 15 6,9 200

(Nutrimed)

Nutrison Envelope 90g 391 9,9 7,1 114


Advanced Nefro
(Danone)

HDmax Caixa 200mL 300 13,4 1,9 162

(Prodiet)

Fonte: CUPPARI, et al., 2018.


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Referencias

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