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Ana Luiza Pinto da Conceição de Lima, Cássia de Oliveira Santos, Emilly Ferreira

Serra Galeão da Silva, Luana Magalhães Barbosa, Iorrana Índira dos Anjos Ribeiro
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AVALIAÇÃO DA MASSA MUSCULAR DE PACIENTES COM


DOENÇA RENAL CRÔNICA SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE

EVALUATION OF MUSCLE MASS OF PATIENTS WITH


CHRONIC KIDNEY DISEASE UNDERGOING HEMODIALYSIS

EVALUACIÓN DE MASA MUSCULAR DE PACIENTES CON


ENFERMEDAD RENAL CRÓNICA EN HEMODIÁLISIS

Ana Luiza Pinto da Conceição de Lima1


Cássia de Oliveira Santos2
Emilly Ferreira Serra Galeão da Silva3
Luana Magalhães Barbosa4
Iorrana Índira dos Anjos Ribeiro5

DOI: 10.54751/revistafoco.v17n3-086
Received: February 16nd , 2024
Accepted: March 01th, 2024

RESUMO
Introdução – A Doença Renal Crônica (DRC) representa um grande problema de saúde
pública em todo o mundo e está associada a altas taxas de morbimortalidade. A
realização do tratamento hemodialítico é vital para a sobrevivência dos pacientes, no
entanto, é amplamente reconhecido que esse procedimento desencadeia uma série de
modificações que transcendem a mera deterioração da função renal, impactando
negativamente o bem-estar dos indivíduos e um dos mais comuns é a Desnutrição
Energético-Proteica (DEP). Essa depleção característica da DEP agrava o quadro de
sedentarismo, aumenta a morbimortalidade e reduz a qualidade de vida do indivíduo
com DRC. Nesse contexto, é crucial enfatizar que o tratamento nutricional, combinado
com uma avaliação antropométrica apropriada, desempenha um papel fundamental na
supervisão clínica desse paciente. Objetivo – avaliar a massa muscular em pacientes
hemodialíticos com DRC. Metodologia – Tratou-se de estudo de campo, de natureza
observacional, de caráter transversal analítico com abordagem quantitativa.
Participaram da pesquisa 30 pacientes adultos com DRC e em tratamento de
hemodiálise, com faixa etária entre 20 e 59 anos; lúcidos e em condições de comunicar-
se; com as funções motoras preservadas; e que aceitaram participar da pesquisa
assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foi utilizada anamnese, com

1
Graduada em Nutrição. Centro Universitário Maria Milza (UNIMAM). Rodovia BR-101, KM 215, Governador Mangabeira
- BA, CEP: 44380-000. E-mail: analuiza.pinto@outlook.com
2
Graduada em Nutrição. Centro Universitário Maria Milza (UNIMAM). Rodovia BR-101, KM 215, Governador Mangabeira
- BA, CEP: 44380-000. E-mail: cassiaoliveeira5@gmail.com
3
Graduada em Nutrição. Centro Universitário Maria Milza (UNIMAM). Rodovia BR-101, KM 215, Governador Mangabeira
- BA, CEP: 44380-000. E-mail: emillygaleao06@gmail.com
4
Graduada em Nutrição. Centro Universitário Maria Milza (UNIMAM). Rodovia BR-101, KM 215, Governador Mangabeira
- BA, CEP: 44380-000. E-mail: luaabarbosals1@gmail.com
5
Doutora em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas. Universidade Federal da Bahia (UFBA), Rodovia BR-101,
KM 215, Governador Mangabeira - BA, CEP: 44380-000. E-mail: indiraanjos@gmail.com

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AVALIAÇÃO DA MASSA MUSCULAR DE PACIENTES COM DOENÇA RENAL
CRÔNICA SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE
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avaliação antropométrica e exame físico. Os dados foram avaliados de forma


quantitativa a partir do programa Microsoft Office Excel 2020 e apresentados na forma
de tabelas e figuras. Foram avaliados dados sociodemográficos e antropométricos. O
Índice de Massa Corpórea (IMC), circunferência do braço (CB), circunferência muscular
do braço (CMB), dobra cutânea tricipital (DCT) e exame físico foram utilizados para
avaliar a massa muscular na DRC. Resultados – Dos avaliados, 50% apresentaram
eutrofia pelo IMC, enquanto na CB, 40% apresentaram depleção leve. A CMB revelou
que 60% dos participantes tinham algum grau de depleção, 50% mostraram algum grau
de depleção pela DCT, e no exame físico, houve grande quantidade de participantes
com depleção, principalmente nos membros inferiores e têmporas. Conclusão – O
tratamento hemodialítico pode influenciar a perda de massa muscular, impactar de
forma negativa no estado nutricional e o prognóstico do paciente com DRC, o que
ressalta a necessidade de acompanhamento nutricional especializado e individual para
melhorar o quadro clínico desses indivíduos.

Palavras-chave: Avaliação nutricional; doença renal crônica; hemodiálise.

ABSTRACT
Introduction – Chronic Kidney Disease (CKD) represents a major public health problem
worldwide and is associated with high rates of morbidity and mortality. Carrying out
hemodialysis treatment is vital for the survival of patients, however, it is widely
recognized that this procedure triggers a series of modifications that transcend the mere
deterioration of kidney function, negatively impacting the well-being of individuals and
one of the most common is Protein-Energy Malnutrition (PED). This characteristic
depletion of DEP worsens the sedentary lifestyle, increases morbidity and mortality and
reduces the quality of life of the individual with CKD. In this context, it is crucial to
emphasize that nutritional treatment, combined with an appropriate anthropometric
assessment, plays a fundamental role in the clinical supervision of this patient. Objective
– to evaluate muscle mass in hemodialysis patients with CKD. Methodology – This was
a field study, observational in nature, of a transversal analytical nature with a quantitative
approach. 30 adult patients with CKD and undergoing hemodialysis treatment
participated in the research, aged between 20 and 59 years; lucid and able to
communicate; with preserved motor functions; and who agreed to participate in the
research by signing the Free and Informed Consent Form. Anamnesis was used, with
anthropometric assessment and physical examination. The data were evaluated
quantitatively using the Microsoft Office Excel 2020 program and presented in the form
of tables and figures. Sociodemographic and anthropometric data were evaluated. Body
Mass Index (BMI), arm circumference (BC), arm muscle circumference (CMB), tricipital
skinfold thickness (TSD) and physical examination were used to evaluate muscle mass
in CKD. Results – Of those evaluated, 50% presented normal weight according to BMI,
while in CB, 40% presented mild depletion. The CMB revealed that 60% of the
participants had some degree of depletion, 50% showed some degree of depletion by
the DCT, and in the physical examination, there were a large number of participants with
depletion, mainly in the lower limbs and temples. Conclusion – Hemodialysis treatment
can influence the loss of muscle mass, negatively impacting the nutritional status and
prognosis of patients with CKD, which highlights the need for specialized and individual
nutritional monitoring to improve the clinical condition of these individuals.

Keywords: Nutritional assessment; chronic kidney disease; hemodialysis.

RESUMEN
Introducción – La Enfermedad Renal Crónica (ERC) representa un importante problema
de salud pública a nivel mundial y está asociada con altas tasas de morbilidad y

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mortalidad. Realizar un tratamiento de hemodiálisis es vital para la supervivencia de los


pacientes, sin embargo, es ampliamente reconocido que este procedimiento
desencadena una serie de modificaciones que trascienden el mero deterioro de la
función renal, impactando negativamente en el bienestar de los individuos y una de las
más comunes es la Desnutrición Proteico-Energética (PED). Este agotamiento
característico de DEP empeora el estilo de vida sedentario, aumenta la morbilidad y la
mortalidad y reduce la calidad de vida del individuo con ERC. En este contexto, es crucial
resaltar que el tratamiento nutricional, combinado con una adecuada evaluación
antropométrica, juega un papel fundamental en la supervisión clínica de este paciente.
Objetivo – evaluar la masa muscular en pacientes en hemodiálisis con ERC.
Metodología – Se trató de un estudio de campo, de carácter observacional, de carácter
analítico transversal y con enfoque cuantitativo. Participaron de la investigación 30
pacientes adultos con ERC y en tratamiento de hemodiálisis, con edades entre 20 y 59
años; lúcido y capaz de comunicarse; con funciones motoras conservadas; y quienes
aceptaron participar en la investigación mediante la firma del Formulario de
Consentimiento Libre e Informado. Se utilizó anamnesis, valoración antropométrica y
exploración física. Los datos fueron evaluados cuantitativamente mediante el programa
Microsoft Office Excel 2020 y presentados en forma de tablas y figuras. Se evaluaron
datos sociodemográficos y antropométricos. El índice de masa corporal (IMC), la
circunferencia del brazo (BC), la circunferencia del músculo del brazo (CMB), el espesor
del pliegue cutáneo tricipital (TSD) y el examen físico se utilizaron para evaluar la masa
muscular en la ERC. Resultados – De los evaluados, el 50% presentó normopeso según
el IMC, mientras que en CB el 40% presentó depleción leve. La CMB reveló que el 60%
de los participantes presentó algún grado de depleción, el 50% mostró algún grado de
depleción por la DCT, y en el examen físico hubo un gran número de participantes con
depleción, principalmente en miembros inferiores y sienes. Conclusión – El tratamiento
de hemodiálisis puede influir en la pérdida de masa muscular, impactando
negativamente el estado nutricional y el pronóstico de los pacientes con ERC, lo que
resalta la necesidad de un seguimiento nutricional especializado e individual para
mejorar la condición clínica de estos individuos.

Palabras clave: Evaluación nutricional; enfermedad renal crónica; hemodiálisis.

1. Introdução
A Doença Renal Crônica (DRC) representa um grande problema de saúde
pública no mundo e está associada a altas taxas de morbimortalidade. Essa
doença é caracterizada pela existência, com pelo menos três meses de duração,
de um ou mais marcadores de lesão irreversível e perda progressiva da função
dos rins, determinados por taxa de filtração glomerular (TFG) inferior a
60mL/min/1,73m², albuminúria (≥30mg/g), anormalidades do sedimento urinário,
distúrbios eletrolíticos secundários a desordens tubulares, alteração na estrutura
renal diagnosticada por exames de imagem e antecedente de transplante renal
(ROMÃO JÚNIOR, 2004; KDIGO, 2013; WEBSTER et al., 2017).

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Essa doença crônica afeta milhões de pessoas em todo o mundo.


Segundo dados epidemiológicos, no Brasil, estima-se que três em cada 100
indivíduos sejam portadores da doença, e que cinco em cada dez mil necessitem
de terapia renal substitutiva (TRS). Quanto à sua prevalência global, foi
registrada uma taxa de 9,1%, o que equivale a cerca de 700 milhões de casos
da doença, representando um aumento de 29,3% desde 1990
(DUTRA; PARISI, 2021). A classificação para o estagiamento da DRC se faz em
5 estágios e a partir dessa definição o tratamento clínico e nutricional é
determinado. Uma das estratégias de tratamento é a TRS, caracterizada por um
conjunto de procedimentos médicos utilizados para tratar os pacientes com
DRC, onde os rins não conseguem mais realizar adequadamente suas funções
de filtragem e excreção de resíduos (KDOQI, 2002).
A hemodiálise é a forma mais comum de TRS e é realizada em clínicas
ou hospitais que oferecem serviços especializados em nefrologia. Durante esse
processo, o sangue é filtrado e os resíduos prejudiciais à saúde são retirados do
corpo por meio do uso de uma máquina apropriada. Nesse tratamento, os
pacientes são acompanhados por uma equipe multidisciplinar de saúde,
podendo o número de sessões semanais variar de acordo com o quadro clínico
(COSTA et al., 2014; PEREIRA et al., 2016). A execução do tratamento
hemodialítico é essencial para a vida dos pacientes, entretanto, sabe-se que
esse procedimento promove diversas alterações que vão além da perda da
função renal e que comprometem a qualidade de vida dos indivíduos com DRC
(COSTA et al., 2014). Ademais, o paciente precisa se deslocar para os locais
apropriados para realização desse procedimento, fazer uso de medicamentos
variados, além de ajustar a ingestão de líquidos e alimentação, fatores que
promovem alterações metabólicas e psicoemocionais (CAVALCANTE et al.,
2015).
Um dos distúrbios mais comuns em pacientes com DRC que realizam o
tratamento hemodialítico é a Desnutrição Energético-Proteica (DEP)
(RUPERTO; SÁNCHEZ-MUNIZ; BARRIL, 2014; ALVARENGA et al., 2017), esta
é desenvolvida, principalmente, pela condição hipercatabólica em pacientes com
DRC, em especial, relacionada ao quadro inflamatório proveniente do tratamento

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hemodialítico e dos quadros de acidose e uremia (REN et al., 2016; ESSADIK et


al., 2017). Essa depleção característica da DEP agrava o quadro de
sedentarismo, aumenta a morbimortalidade e reduz a qualidade de vida do
indivíduo com DRC (BÖHM et al., 2017). Dessa forma, o tratamento nutricional
acompanhado de avaliação antropométrica adequada, será fundamental para o
acompanhamento clínico desse paciente, sendo capaz de mensurar e identificar
o percentual de massa muscular, além de ponderar o agravamento da DRC
(SOARES et al., 2013).
Assim, o acompanhamento nutricional possui o papel de preservar ou
alcançar um estado nutricional adequado, de inviabilizar também maiores
complicações da doença, elevar à maior sobrevida e qualidade de vida dos
pacientes. Deve ocorrer de maneira individualizada em relação a oferta de
energia, proteína, vitaminas e minerais, e sempre levar em consideração as
particularidades de cada paciente em relação ao sexo, estágio da doença renal,
idade, comorbidades associadas e estilo de vida, além de deixar a dieta o mais
próximo possível de cada realidade (ZAMBRA; HUTH, 2013).
Nesse contexto, esse estudo justifica-se pela importância da promoção de
saúde e prevenção de agravos ao paciente com DRC em tratamento
hemodialítico, bem como no conhecimento sobre a realidade dos pacientes que
estão submetidos ao tratamento. É de grande importância para o profissional da
nutrição entender que implementar ações de manejo nutricional podem evitar a
rápida depleção de massa muscular durante o processo de hemodiálise. Além
disso, os dados coletados neste trabalho poderão destacar o estado nutricional
desses pacientes e ressaltar a importância do acompanhamento nutricional
nesse processo, além de impulsionar outros estudos dentro dessa área que é de
grande relevância e está em constante evolução. Dessa forma, a presente
pesquisa busca responder a seguinte problemática: “Qual a avaliação da massa
muscular apresentada por pacientes com DRC e submetidos a hemodiálise?”
Para isso, o estudo traz como objetivo geral: avaliar a massa muscular em
pacientes hemodialíticos com DRC.

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2. Metodologia
Tratou-se de estudo de campo, de natureza observacional, transversal
analítico com abordagem quantitativa, realizado em uma Unidade de
Hemodiálise, situada em um município do Recôncavo Baiano.
Para tanto, foi submetido à Plataforma Brasil e aprovado pelo Comitê de
Ética e Pesquisa (CEP). A pesquisa foi realizada com pacientes adultos
portadores de DRC e em tratamento de hemodiálise na Unidade descrita. A
amostra foi não probabilística, definida por conveniência. Foram incluídos
pacientes portadores de DRC; com faixa etária entre 20 e 59 anos; em
tratamento de hemodiálise; que estejam lúcidos e em condições de comunicar-
se; que conseguissem realizar todas as suas funções motoras; e que aceitaram
participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE), o qual foi entregue em duas vias de igual teor, sendo uma para o
pesquisador e outra para o participante. Os pacientes com hiperparatireoidismo
secundário; com osteodistrofia; e impossibilitados de participar do processo de
avaliação foram excluídos do estudo.
A coleta de dados foi realizada após a sessão de hemodiálise dos
pacientes e constou com entrevista, avaliação antropométrica e exame físico. A
entrevista foi feita a fim de coletar informações como idade, sexo, escolaridade,
cidade de residência, renda familiar, tempo de diálise e presença de patologias
associadas. Após esse momento, foi realizada avaliação antropométrica com
coleta do peso, altura, CB e a DCT, para tanto foram utilizados, respectivamente,
os seguintes equipamentos: balança digital (OMRON®), estadiômetro
(AvaNutri®), fita métrica inelástica (Sanny®) e adipômetro clínico (Sanny®). A
partir desses dados foi determinado o IMC, classificado por meio da tabela da
OMS (1995); a CMB, classificada de acordo com Frisancho (1981) e Blackburn
e Thornton (1979); a CB e DCT, classificada de acordo com e Frisancho (1990)
e Blackburn e Thornton (1979). Com esses dados foi possível avaliar o estado
nutricional antropométrico e a massa muscular dos pacientes. Posteriormente, o
paciente foi avaliado quanto à depleção de massa magra a partir do exame físico
e classificado de acordo com Sampaio (2012).

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As informações colhidas foram transcritas para uma ficha de dados, e


posteriormente foi realizada a construção do banco de dados com auxílio do
programa Microsoft Office Excel® 2020, os dados foram analisados
quantitativamente e apresentados na forma de tabelas e gráficos.

3. Resultados e Discussão
Foram abordados um total de 58 pacientes, em dois turnos de coleta, dos
quais 30 foram incluídos na pesquisa. A partir do critério de inclusão preliminar
proposto na metodologia, os 28 pacientes restantes não atenderam aos critérios,
por apresentarem idade acima de 59 anos. Dos participantes foram coletados os
dados sociodemográficos, dados antropométricos e sinal de depleção de massa
muscular por meio de exame físico. Assim, desses pacientes, 40% possuíam
idade de 40 a 49 anos e 43,33% de 50 a 59 anos. Quanto aos sexos dos
pacientes da pesquisa, 70% são do sexo masculino. A renda familiar mensal
prevaleceu em 1 salário-mínimo com 86,66% dos participantes, e a respeito da
escolaridade prevaleceu o Ensino Fundamental Incompleto, declarado por
46,66% dos participantes da pesquisa (Tabela 1).
De acordo com a pesquisa de Batista, Ferreira e Silva (2023), os dados
correspondem aos obtidos no presente estudo, que indica que a DRC é mais
comum em pacientes do sexo masculino, que pode ser justificado devido à
ausência de cuidados com a saúde que é mais recorrente nesse público, como
a falta de atenção com os sintomas, o desconhecimento da fragilidade corporal
e os estereótipos de gênero que pode influenciar para a descoberta tardia da
DRC. Também foi mencionado que pacientes com baixa renda e que não
concluíram a escolaridade têm risco maior de desenvolver DRC por causa da
falta de conhecimento da doença e dos recursos que consequentemente
dificultam o acesso aos serviços de saúde e, assim, prejudica o tratamento
afetando a qualidade e hábitos de vida do paciente.

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Tabela 1. Perfil dos pacientes da pesquisa (n = 30).

Fonte: Autoria própria, 2023.

Considerando que o tempo de hemodiálise altera a composição corporal


dos pacientes com DRC e interfere no estado em que o paciente se encontra
(KAMIMURA et al., 2004), a Tabela 2 apresenta o tempo de tratamento
hemodialítico dos participantes do estudo, que em sua maioria tem de 1 a 5 anos
de tratamento. Pode-se observar nesta pesquisa que os pacientes que
apresentavam menor tempo de hemodiálise apresentaram maior grau de
edemas e retenção hídrica, principalmente em relação aos membros inferiores.
Nesse contexto, mudanças significativas no estilo de vida, adaptação a
restrições alimentares, diminuição do paladar, interações medicamentosas e
uremia podem contribuir para esse cenário (SANTOS et al., 2013).

Tabela 2. Tempo de tratamento hemodialítico.

Fonte: Autoria própria, 2023.

Quanto ao estado nutricional dos participantes na pesquisa, uma análise

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abrangente das ferramentas utilizadas revelou uma prevalência de indivíduos


com estado nutricional eutrófico. Contudo, ao examinar alguns dados dos
participantes, ainda é possível identificar casos de desnutrição grave, moderada
ou leve, apesar de não serem predominantes nos resultados. Esses casos,
embora não sejam prevalentes, são considerados preocupantes devido à
potencial efetividade dos efeitos adversos associados a essa condição. É
essencial compreender e caracterizar de maneira apropriada o estado nutricional
de pacientes em hemodiálise. Isso desempenha um papel fundamental no
tratamento e na prevenção de quadros de desnutrição, contribuindo para o
controle da progressão da doença (VEGINE et al., 2011).
Ao examinar exclusivamente o IMC (Figura 1), a maioria dos participantes
apresentaram eutrofia (50%). Contudo, é crucial destacar a limitação desse
parâmetro, considerando a presença comum de super-hidratação em pacientes
submetidos à hemodiálise, os quais frequentemente apresentam retenção
hídrica elevada e edemas. Esses achados estão de acordo com os resultados
apresentados por Araújo e Baratto (2018), que também observaram eutrofia na
maioria dos participantes do estudo. Essa condição pode obscurecer a avaliação
do estado nutricional, sendo a desnutrição uma ocorrência bastante frequente,
especialmente durante as fases iniciais do tratamento (SANTOS et al., 2013).
Em uma pesquisa realizada em pacientes com DRC submetidos ao tratamento
hemodialítico por Trentini et al. (2004), foi observado um aumento de peso entre
as sessões de hemodiálise. Esse fenômeno é atribuído, provavelmente, à
retenção de líquidos, podendo resultar em valores distorcidos do IMC.

Figura 1 - Classificação do IMC dos participantes da pesquisa.

Fonte: Autoria própria, 2023.

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É fundamental reconhecer que o IMC não deve ser a única abordagem de


avaliação do estado nutricional nesses pacientes. Isso se deve ao fato de que o
IMC não é eficaz em diferenciar massa magra e massa adiposa, o que pode
levar à classificação equivocada de um paciente como eutrófico, mesmo diante
de uma significativa perda muscular (D’AMICO et al., 2013).
A CB é um reflexo dos depósitos proteicos no organismo. Este método é
de fácil execução e não está comumente sujeito a erros do examinador. Ao
considerar a CB em relação ao percentil 50, identificou-se depleção leve em 40%
dos casos (Figura 2). Esse achado está de acordo com os encontrados no estudo
de Bousquet-Santos, Costa e Andrade (2019), onde 39,6% apresentaram
desnutrição leve.

Figura 2 - Classificação da adequação da CB e DCT dos participantes do estudo (n=30).

Fonte: Autoria própria, 2023.

Segundo a adequação da DCT, 50% dos participantes apresentaram


algum grau de depleção (leve, moderada ou grave), conforme pode-se visualizar

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na Figura 2. Ao observar os estudos de Bousquet-Santos, Costa e Andrade


(2019) foi observado algum grau de depleção em 73% da amostra, o que reforça
esta pesquisa.
No que diz respeito à massa muscular dos participantes, avaliada por
meio da CMB, a maioria dos pacientes demonstrou depleção, indicando um
processo de catabolismo muscular de proteínas. Dos 30 participantes, 60%
encontravam-se em algum nível de depleção (Figura 3). Conforme destacado
em estudos anteriores por Bousquet-Santos, Costa e Andrade (2019), Costa et
al. (2020), Silva et al. (2021) e Gontijo e Borges (2022), esses dados sugerem
uma possível associação com o quadro de desnutrição/depleção de massa
muscular. Em sua pesquisa, Gontijo e Borges (2022) constataram que 57% da
amostra manifestou algum nível de desnutrição. Já Silva et al. (2021) informaram
que, de acordo com a CMB, 35 dos 49 pacientes avaliados estavam em estado
de desnutrição (71,4%).

Figura 3 - Classificação da CMB dos participantes do estudo (n=30).

Fonte: Autoria própria, 2023.

Em termos gerais, os indicadores nutricionais objetivos demonstraram ser


mais comparáveis do que os subjetivos. Isso pode ser atribuído à natureza dos
indicadores subjetivos do exame físico, os quais abrangem diferentes aspectos
na avaliação nutricional, em contraste com a antropometria, que se concentra
exclusivamente na composição corporal.
Outros parâmetros objetivos analisados no estudo de Beghetto et al.
(2007), como a DCT, CB e CMB, apresentaram uma concordância mais elevada
entre os observadores em comparação com o exame físico. Esses resultados
indicam que parâmetros subjetivos estão mais sujeitos a erros no diagnóstico

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nutricional. Assim, se faz importante ressaltar que os dados obtidos através do


exame físico, precisam estar correlacionados aos outros parâmetros avaliados e
não apenas vistos isoladamente.
O exame físico realizado (Figura 4) revelou que 40% dos participantes
apresentavam prevalência de depleção das têmporas e 33,33% evidenciaram
depleção nos membros inferiores. Além disso, foi observada depleção nos
membros superiores, e nas regiões supraclaviculares e infraclaviculares, bem
como na região da bola de Bichat. Adicionalmente, foi notada a presença de
abdômen escavado em parte dos indivíduos examinados. Conforme mencionado
por Almeida, Alves e Silva (2016), observa-se uma tendência de redução nas
medidas de composição corporal à medida que o tempo em hemodiálise
aumenta, indicando que a prolongada permanência nesse tratamento está
relacionada a uma diminuição significativa nos indicadores nutricionais.
Ainda, conforme observado no estudo, existe uma prevalência de
pacientes com abdômen globoso com 53,33%, o que não corrobora com os
estudos de Sampaio (2012) pois a baixa reserva de tecido muscular indicam uma
maior probabilidade de perda muscular da cintura pélvica e abdômen escavado
com umbigo em forma de chapéu.
Esses achados sugerem uma variada gama de manifestações de
depleção muscular e adiposa em diferentes regiões do corpo dos participantes
analisados no exame, o que podem ser indicativos de possíveis complicações
associadas. No contexto da DRC, a avaliação da composição corporal e a
identificação de sinais de depleção muscular e adiposa são importantes, pois
podem fornecer maiores informações sobre o estado nutricional e o prognóstico
dos pacientes (REZENDE et al., 2007).

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Figura 4 - Avaliação física da presença de depleção de compartimentos corporais dos


participantes do estudo (n=30).

Fonte: Autoria própria, 2023.

Portanto, vários são os fatores que podem levar à desnutrição, e embora


a eutrofia seja prevalente de maneira geral, não se pode negligenciar a
existência de casos de desnutrição, inclusive em graus mais severos.
Adicionalmente, mesmo entre aqueles considerados eutróficos, observou-se que
uma parte da amostra apresentava depleção de massa muscular. Essa condição
assume relevância neste contexto, uma vez que, conforme destacado por Sato
et al. (2020), está associada a uma elevada taxa de mortalidade. Portanto, torna-
se crucial a implementação da dietoterapia durante o tratamento de hemodiálise,
não apenas para melhorar o prognóstico da doença, mas também para aumentar
a qualidade de vida do indivíduo.
Pacientes com DRC e depleção de massa magra enfrentam desafios
nutricionais significativos devido às restrições impostas pela condição renal e à
necessidade de preservar a massa muscular. O manejo nutricional nesses casos
visa garantir a ingestão adequada de energia para repleção de peso que varia
entre 35-50kcal/kg/dia. Ademais, deve-se atentar ao aporte de proteínas de alta
qualidade, podendo fracionar a sua ingestão ao longo dia, distribuindo em
pequenas porções em cada refeição para melhorar a síntese proteica e
minimizar o catabolismo muscular. Somado a isso, é importante garantir uma
ingestão adequada de carboidratos e lipídios, para que as proteínas não sejam
usadas como fonte energética, e considerar a restrição ou ajustes de nutrientes
como potássio, fósforo e sódio, destacando a necessidade de seguir um padrão
alimentar saudável visando uma melhor qualidade de vida desses pacientes

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CRÔNICA SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE
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(PEREIRA et al., 2020).


É fundamental realizar projetos de Educação Alimentar e Nutricional
(EAN) com os pacientes em tratamento, familiares ou cuidadores, visando
compartilhar e reforçar informações para ressaltar a importância de seguir ou dar
continuidade nas recomendações nutricionais (MIRA et al., 2017).

4. Conclusão
Dessa forma, observa-se que um estado nutricional eutrófico foi
predominante em grande parte dos pacientes submetidos à hemodiálise,
segundo o IMC. Apesar desse parâmetro identificar eutrofia, a depleção,
identificada a partir do %CB, %DCT, %CMB e exame físico, afetou uma parcela
significativa da amostra na presente pesquisa, sugerindo uma possível
associação com o quadro de desnutrição. Deve-se destacar que os pacientes
estavam recebendo tratamento hemodialítico apropriado. Esses resultados
revestem-se de importância, uma vez que a desnutrição pode agravar o
prognóstico da doença. Entre as limitações deste estudo, é importante destacar
que a amostra foi selecionada por conveniência, contando com um número
reduzido de participantes, o que resultou em uma diminuição do poder estatístico
dos resultados.
Além disso, torna-se crucial realizar avaliações periódicas do estado
nutricional, empregando uma variedade de parâmetros, como medidas
antropométricas, análises bioquímicas, entre outros. Isso destaca a necessidade
de um acompanhamento nutricional individualizado para os pacientes que
utilizam esse tratamento, visando ajustar a ingestão de nutrientes e suprir
deficiências decorrentes das consequências da doença e do próprio tratamento.
No entanto, ressalta-se a importância de mais estudos que explorem essa
temática, para que possa contribuir para a literatura científica ao fornecer
descobertas que possam enriquecer o entendimento da terapia nutricional, bem
como detalhar a importância da avaliação nutricional em pacientes submetidos
à hemodiálise e os possíveis impactos da doença na qualidade de vida do
paciente.

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Ana Luiza Pinto da Conceição de Lima, Cássia de Oliveira Santos, Emilly Ferreira
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