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INSTITUTO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES PRIMÁRIOS E EDUCADORES DE

ADULTOS DE NAMUINHO

CURSO DE FROMOÇÃO DE PROFESSORES (12+3)

Visão geral do programa

No Unidades temáticas Carga


horária
1 Introdução ao ensino das ciências Naturais 4
2 Seres vivos 18
3 Luz e som 8
4 Estrutura e Função dos Órgão do corpo Humano 16
5 Nutrição 6
6 Electricidade 6
7 Energia e Movimento 10
Avaliação 4
Total 72

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INSTITUTO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES PRIMÁRIOS E EDUCADORES DE
ADULTOS DE NAMUINHO

CURSO DE FROMOÇÃO DE PROFESSORES (12+3)

1ª Unidade:

Licao no 1

Importância do estudo das Ciências Naturais na escola primária

Ciências Naturais como disciplina, fornece nos elementos necessários que permitem a
compreensão do mundo e suas transformações. Fazendo com que o individuo se insira no
universo e seja um cidadão critico, capaz de se integrar numa sociedade sujeita a constantes
mudanças visando conhecer, identificar e interpretar o meio que nos rodeia.

Método científico e suas etapas

O que é o método científico?

O método científico consiste na aplicação da lógica à ciência, ou mesmo a outros pontos de


investigação. Este método foi iniciado por René Descartes, e empiricamente desenvolvido pelo
físico Isaac Newton.

O início da criação desta chave tão importante hoje, aconteceu quando Descartes resolveu que
para chegar-se a uma solução adequada para um problema, este deveria ser dividido em
pequenas partes e deveria ser questionado de forma sistemática.

Hoje o método científico é desenvolvido de forma sistemática o suficiente para aumentar a


complexidade e a exactidão com o passar do tempo.

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O método científico pode ser definido como um conjunto de regras básicas para desenvolver
uma experiência a fim de produzir novos conhecimentos, bem como corrigir e integrar
conhecimentos pré-existentes. Normalmente consiste em juntar evidências observáveis,
empíricas (baseadas apenas na experiência) e mensuráveis, analisando pelo uso da lógica.

Por ser realizado em uma aplicação cíclica, o método científico fecha-se sobre si mesmo diversas
vezes, o que resulta no aprimoramento de conceitos, indeterminadamente.

A sua utilização no dia-a-dia consiste em testes e falseamentos de ideias pessoais. A principal


dedicação do método é manter os resultados parciais ou não, o mais próximos possíveis do real.
Algo em teoria incerto.

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Etapas do Método Científico

1. Observação: análise crítica dos fatos

2. Questionamento: elaboração de uma pergunta ou identificação de um problema a ser


resolvido.

3. Formulação de hipótese: possível resposta a uma pergunta ou solução potencial de um


problema.

4. Realização de dedução: previsão possível baseada na hipótese.

5. Experimentação: teste da dedução ou novas observações para testar a dedução.

6. Conclusão: etapa em que se aceita ou se rejeita uma hipótese.

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7. Divulgação: descrição de hipóteses, experimentos, dados e discussões de modo que outros
possam repetir o que foi feito, pensar sobre as conclusões que foram tiradas e usar as
informações como ponto de partida para novas hipóteses e testes.

Limitações Do Método Científico

Lição no2

Tema: continuação de métodos científicos

Objectivos educacionais

Objectivo é antecipação mental de um resultado. É com base no objectivo que se planificam


actividades.

Objectivos educacionais-constituem a antecipação mental do resultado dos processos de


educação, resultados do processo de ensino – aprendizagem.

Os objectivos educacionais podem ser alcançada em curto médio ou longo prazo.

Em longo prazo aqueles que se espera alcançar num longo espaço de tempo. Ex: no fim de um
curso, no fim de uma disciplina.

Médio prazo são alcançáveis a médio prazo ex: no de um capítulo.

Curtos prazos são aqueles que se pretendem atingir num curto espaço de tempo ex: na aula.

Os objectivos de médio e longo prazo também são chamados de gerais, enquanto os de curto
prazo de específico.

De acordo com finalidade constituem três tipos educacionais:

Objectivo cognitivo-permitem o saber, conhecimentos básicos que permitem no aluno certa


forma e integram no seu meio ambiente, interpretando os fenómenos naturais de forma
cientifico.

Objectivo psicomotor:

Interpreta o saber fazer habilidade, pensar agir cientificamente.

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Objectivo afectivos interpreta u saber ser, estar e atitude comportamental. Este aumenta no
aluno interesse e o desejo de aprender formando o aluno atitude científica diante a fenómenos
naturais.

Com estes objectivos faz-se o plano de aula, escolhendo qualquer tema da sua escolha.

Orientação

Escola: IMPPM

Data:

Turma:

Disciplina: ciências naturais

Nome do professor:

Unidade temática

Tema:

Tempo:

Função didáctica

Conteúdo

Actividade do professor

Actividade do aluno

Método

Ficha de exercício de Ciências Naturais

1.A ciências e um vasto campo de estudo cujo o objectivo se busca conhecimento sobre o
universo e tudo o que se encontra nele.

1. O que entendes por ciências naturais.

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2. Qual é o objecto de estudo das ciências naturais?
3. Quais são as etapas usadas no método cientifico?
4. O método científico tem limitações? Sim ou não? Justifique.

2. Os organismos vivos apresentam características marcantes que permite a diferenciar um


ser vivo de um ser não vivos.

a) Qual a diferença existente entre um ser vivo e um ser não vivo?

b) Qual a característica denominada para a capacidade de criação de estimulo?

c) Qual é a principal fonte de alimentação das plantas?

d) Há presença de metabolismo é uma característica dos seres vivos tendo em conta a afirmação
explique porque que o vírus não apresenta seu próprio metabolismo.

e) O que é anabolismo e catabolismo?

f) Na classificação das plantas, diz-se que as giminosperma são consideradas as primeiras plantas
apresentarem sementes explique porque?

g) Qual delas é consideradas de planta completa: a) briófitas, b) ptredofitas, c) Gimnospérmicas,


d) Angiospérmicas.

3. Seres vivos (animais)

a) Classifique os animais vertebrados e invertebrados tendo em conta o seu esqueleto.

b) O que é formação de esqueleto?

c) Quais são as funções do esqueleto?

d) Quais são os três principais tipos de esqueleto?

e) Estrela-do-mar, anelídeos como minhoca e nematóides, que tipo de esqueleto possuem?

f) O que é locomoção? E quais são os principais tipo de locomoção.

g) O que é adaptação? E quais são as principais forma de adaptação?

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h) Identifique os habitats dos seguintes animais: leão, onça, girafa, peixe-boi, caranguejo, raposa,
tucanos e camelo.

i) O que causa destruição de um habitats?

j) Qual a importância do animais na natureza?

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2ª Unidade

Lição no3

Características dos seres vivos


- Crescimento / Desenvolvimento

• Todos os seres vivos crescem. Este crescimento ocorre pela produção organizada de
substâncias, através do metabolismo celular.
• Os unicelulares crescem pelo aumento do tamanho da célula. Os multicelulares crescem,
também, pelo aumento do número de células.
• O desenvolvimento está relacionado com a capacidade de desenvolver determinadas
funções (desenvolvimento de habilidades).

Reprodução Hereditariedade

• Característica essencial da vida. Garante a perpetuação das espécies.


 Há dois tipos básicos de reprodução:
 Assexuada: novo ser surge a partir de um único organismo (parental); o novo ser é
idêntico geneticamente ao que lhe deu origem (clones).
 Sexuada: novo ser surge a partir da união de células sexuais, os gâmetas, produzidos por
um (hermafroditas) ou dois organismos distintos.
 Que se transmite por herança, de pais a filho ou de ascendentes a descendentes.
 Herdamos dos ascendentes o material genético (DNA – ácido desoxirribonucleico), o qual
é transmitido através dos gâmetas (células sexuais ou germinativas).

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Reacção à estímulos / Movimento

Animais, plantas, microrganismos todos são capazes de perceber as condições ambientais e de


reagir aos mais diversos tipos de estímulos externos e internos ao corpo. Entretanto, há alguns
organismos que mesmo percebendo as alternações ao redor não conseguem desenvolver
movimentos e, neste caso, dependem de agentes externos como a água, o ar ou outros seres vivos
para que possam deslocarem-se.
Lição no 4
Tema:

Classificação em plantas e animais

Sistemática: Estudo científico dos seres vivos tendo em conta a sua diversidade e inter-relações.
Classificação: Consiste na colocação de um ser vivo ou de um conjunto de seres em grupos ou
categorias de acordo com determinada sequência ou plano e em conformidade com as regras de
nomenclatura.

Sistemas de classificação

As plantas classificam-se de acordo com certos critérios e os grupos assim formados distribuem-
se por diversas categorias constituindo um esquema global denominado sistema.

Qualquer nível hierárquico de um sistema designa-se taxon.

Os sistemas de classificação podem dividir-se em:

Artificiais - classificação das plantas feita de um modo utilitário. Subdividem-se em:

Empíricos ou práticos - Fase popular - Até ao século IV a.C.

Racionais - Fase aristotélica - Do séc. IV a.C. até 1500 d.C (Aristóteles-384-322 a.C.)
(Teofrasto-372-287 a.C.) os seres vivos encontrava-se dividido em dois grupo Animal e vegetal.
Era classificação baseada nas semelhanças estruturais existente entre si.

Dos Herboristas ou Herbalistas - De 1500 a 1580 d.C. - 11 sistemas de classificação quanto ao


uso das plantas na agricultura ou na medicina. (Otto Brunfels)

- Whittaker (1968). A classificação dos seres vivos, baseou-se em três critérios básicos dos seres
estudados:

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 Níves de organização estruturais;
 Tipos de nutrição;
 Interacção nos ecossistemas. Dando a o origem da classificação dos seres vivos em 5 reinos
(Moneira, Protista, Fung, Plantae e Anomalia).
Lição no5
Tema:

Constituição de uma planta completa

Uma planta completa é constituída por: Raiz, Caule, folha, flores, frutos e semente

Função das partes (constituintes) das plantas

1. Raiz existem vários tipos de raízes, que muita das vezes temos que arrancar toda a planta ou
cavar o solo. No entanto a raiz tem a função de:

 Fixação da planta no solo;


 Absorção de água e sais minerais;
 Acumulação de substância.

2. Caule tal como a raiz o caule também apresenta varias formas, com as seguintes funções:

Suporte as folhas, flores e frutos;

Ligação entre a raiz e outros órgãos da planta que permitem:

 A circulação da água e dos sais minerais dissolvidos, da raiz até as folhas (circulação da
seiva bruta)
 Circulação da dos alimentos que são fabricados nas folhas para todos os órgão da planta
(circulação da seiva elaborada).

3. Folha é sobretudo nas folhas que as plantas fabricam os seus alimentos, transformando a seiva
bruta em seiva elaborada; e nas folhas onde ocorre gasosas.

4. Flores nas plantas com flore, a própria flor são a parte mais importante, sendo ai que
encontram os órgão de reprodução sexuada.

5. Frutos e semente para além de servir de alimentos ao homem e animais, na planta o fruto e a
semente estão relacionados com dispersão da germinação dando ao surgimento de nova planta

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Importância das plantas

Certamente já ouviste a seguinte frase (sem planta não há vida). Afinal até que ponto as plantas
são importantes?

Plantas como inicio das cadeias alimentares (muitas plantas servem como para os animais e
para o homem), por isso, os animais directa ou indirectamente dependente delas, desta forma as
plantas formam o primeiro nível duma cadeia alimentar.

Plantas como fonte da matéria-prima (o homem utiliza as plantas para fins industrias. Para
fabrico de casas, de casco de barco, de móveis; Instrumentos musicais; Obtenção de tintas para
tingir os tecidos; Fabrico de vestuário, adorno e perfumes. Ex: do eucalipto é utilizado no fabrico
de papel, Do pinheiro obtém-se a resina utilizada no fabrico de tintas e colas).

Plantas como base de medicamentos (muitas plantas contem determinadas substância que se
utilizam para fazer medicamentos para curar varias doenças do homem e dos animais).

Plantas como fonte de Oxigénio (Plantas, ao consumir dióxido de carbono e libertam oxigénio
para a atmosfera, asseguram a qualidade do ar).

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Licao no6
Tema:

Características dos animais

Os animais são organismos multicelulares, eucariontes e que apresentam nutrição heterotrófica,


ou seja, não são capazes de produzir seu próprio alimento. Apesar de serem bastante distinta
anatómica, morfológica e fisiologicamente, todos os animais possuem as três características
citadas.

Presença de esqueleto

Esqueleto é uma estrutura de sustentação dos seres vivos. Há três tipos esqueletos nos seres
vivos:

1. Exoequeleto- presente no filo artrópode formado por Quitinas: formigas,

2. Endoesqueleto- presente nos vertebrados formado por tecido ósseo como cão, humanos;

3. Hidroesqueleto ou esqueleto hidrostático presente em Equinoderes, anélidos

(minhocas) formados por um líquido ou fluidos.

Formas de locomoção

Locomoção é a capacidade que os animais têm de se movimentar por seu próprio meio no
habitat nem que vive.

Os animais apresentam diversas formas de locomoção podendo:

- Andar (gato), saltar (rã), voar (pombo), rastejar ( cobra), nadar (peixes).

Habitat local onde existem as condições e recursos necessários à ocupação por uma espécie.

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O habitat é específico de cada organismo. Relaciona a presença de uma espécie (animal ou
vegetal), com as características físicas e biológicas de uma área.

Os animais seleccionam o habitat numa escala geográfica grosseira. Cada porção de terreno tem
vários habitats, em que cada habitat corresponde a uma determinada espécie.

Animais domésticos e selvagem

São considerados animais selvagem/silvestres todos os animais que vivem ou nascem em um


ecossistema natural-como florestas, rios e oceanos. Ex: Leão

São considerados animais domésticos-aqueles que vivem e convivem com o homem sob seus
cuidados e protecção. Que com o passar do tempo, o homem foi domesticando alguns desses
animais utilizando alguns deles para seu interesse, como trabalho, alimentação, transporte e para
brincar. Ex Cão, gato

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Licao no7

tema:

Cadeia alimentar e sua importância

Cadeia alimentar é a sequência de seres vivos em que um serve de alimento para o outro.
Através dela a matéria e a energia do ecossistema passam pelos seres vivos.

Os compostos orgânicos do corpo dos autotróficos servirão de alimento a todos os outros seres
vivos, chamados heterotrófica. Por isso, dizemos que os autotróficos são os produtores do
ecossistema.

Para se alimentar. Os animais herbívoros depreendem directamente dos vegetais e são, por esse
motivo, chamado de consumidores primários. Os herbívoros, por sua vez, servem de alimento
aos carnívoros, que são os consumidores secundários. Esses carnívoros também podem servir de
alimento para outros carnívoros, que são os consumidores terciários e assim por diante,
formando uma cadeia alimentar.

Cada eta da cadeia alimentar é chamada de nível trófico, assim, as plantas ocupam o nível trófico
dos produtores, os animais herbívoros ocupam o nível trófico dos consumidores primários. E
assim por diante.

Parte da matéria orgânica do corpo dos organismos passa para o nível trófico seguinte. Outra
parte como folhas, galhos, excreta, fezes e cadáveres, é devolvida ao ambiente, pela actividades
ou acção dos fungos, bactérias e esses organismos são chamados de compositores

Ciclo de nutrientes

Os ciclos biogeoquímicos são processos que ocorrem na natureza para garantir a reciclagem de
elementos químicos no meio. São esses ciclos que possibilitam que os elementos interajam com

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o meio ambiente e com os seres vivos, ou seja, garantem que o elemento flua através da
atmosfera, hidrosfera, litosfera e biosfera. Os principais ciclos biogeoquímicos encontrados na
natureza são o ciclo da água, do carbono, do oxigénio e do nitrogénio.

Vantagens e desvantagem do uso de fertilizantes químicos

Fertilizantes são substância utilizadas no solo ou nos tecidos vegetais (folhas) com o objectivo de
promover um ou mais nutriente ao crescimento da planta.

O fertilizante permite o aumento da produtividade em volume e velocidade de desenvolvimento


da planta;

Suprir as deficiências minerais das planta, aumentando a produção de alimento.

Desvantagem do uso de fertilizantes químicos

O fertilizante deve ser utilizado com cautela e respaldo técnico, já que sua aplicação deficitária
não trará o resultado esperado, assim como seu excesso, que pode trazer problemas a lavoura e
ao meio ambiente.

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3ª Unidade

Lição no8

tema:

Fonte de luz

Definimos fonte de luz todo corpo que é capaz de emitir luz.

Certamente todos já notamos a nossa volta várias fontes de luz, podemos citar algumas:
lâmpadas, sol, faróis eléctricos, vaga-lume, etc.

Convém definirmos de maneira simples o que é um corpo luminoso e um corpo iluminado: corpo
luminoso: são corpos que produzem a luz que emitem. Como exemplos, podemos citar o Sol, a
chama de uma vela, um metal super aquecido etc. Algumas dessas fontes de luz primária são
permanentes, como no caso do Sol, enquanto outras são temporárias, como a chama da vela e o
metal super aquecido.

Uma fonte de luz pode ser puntiforme ou extensa:

 Fonte puntiforme é toda fonte cujas dimensões são desprezíveis em ralação às distâncias
envolvidas que a separam de um observador.
 Fonte extensa é toda fonte cujas dimensões não são desprezíveis em relação às distâncias
envolvidas que a separam de um observador. Por exemplo uma lâmpada comum observada
de uma distância de 20 cm.

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Importância da Luz

A exposição moderada a luz solar é saudável e benéfica a todos os seres vivos do planeta Terra,
permite o desenvolvimento das plantas e animais. A luz natural aumenta a energia e o
metabolismo impulsiona o sistema imunológico e ajuda a produzir a vitamina D,

Luz natural

O sol é uma fonte primária de luz natural. A luz é uma onda electromagnética que, no caso da
natural, tem o sol como e no caso da artificial, é uma energia gerada a partir de fontes
alternativas.

A luz natural é auto gerada e divide-se em um espectro de cores, as cores visíveis dos raios. O
espectro conte luz com comprimento de onda mais curtos e próximos ao violeta em uma das
extremidades e luz com comprimento de onda mais longos e próximos ao vermelho em outra.
Esses raios são chamados de Ultravioleta e infravermelho. Ambos os raios não são visíveis ao
olho humano.

O sol é uma fonte de luz natural, também é conhecida como fonte de luz primária. A lua não é
considerada uma fonte de luz primária, pois trabalha difundindo a luz de uma fonte primária.
Neste caso dá-se o nome de corpo iluminado ou fonte de luz secundária.

Luz Artificial

A luz artificial é gerada por fontes de energia não naturais. A maioria das actividades humanas
seriam praticamente impossíveis se não existisse fontes alternativas de luz. Exemplo de luz
artificial Vela em chama a lâmpada e as lanternas. Pois estes são possíveis de serem monitorada
adequadamente a intensidade, a qualidade, e a quantidade de luz para terminadas situações. E
essas não têm um espectro de cores ou comprimento de ondas tão variados quanto a luz natural,
fazendo com que seja menos benéfica.

Lição no9

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Tema:

Formação de sombra e sua aplicação

Uma das aplicações da propagação rectilínea da luz é a formação de sombra e penumbra, que se
dá quando a luz encontra em seu caminho um objecto que não permite a propagação da luz
através dele, denominado opaco.

O que determinará a formação de sombra ou sombra e penumbra será a fonte de luz utilizada,
que pode ser uma fonte pontual ou extensa; vamos distinguir os dois casos:

1º: Caso fonte pontual (fonte de luz com dimensões pequenas em relação ao que vai iluminar):

Na figura 1, temos uma fonte pontual F e uma chapa opaca C.

Uma fonte pontual F emite luz em todas as direcções. A chapa opaca não permite que a luz se
propague e dessa forma os raios luminosos não atingem a região atrás da chapa. Essa região não
iluminada é denominada sombra.

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4ª unidade
Lição no10
tema:
Paladar
Para que uma substância desperte a sensação do gosto, necessita de adquirir a forma de solução,
de modo a poder estimular os sensores nervosos do paladar, localizados na língua. É a este nível
que são gerados os impulsos nervosos do paladar, posteriormente identificados no cérebro como
correspondendo a determinado sabor.
As sensações obtidas vão depender do grau de estimulação das papilas gustativas que a língua
possui. Essas papilas são de vários tipos, identificando quatro tipos de substâncias:
 Doce.
 Salgado.
 Ácido.
 Amargo.
Estes grupos de papilas localizam-se em zonas bem definidas da língua.

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PELE
A Pele é o órgão que reveste o corpo e assegura as relações entre o meio interno e o externo. As
suas funções são múltiplas e diferentes incluindo:
 Protecção dos tecidos e órgãos do corpo dos agentes externos tais como frio e calor.
 Regulação da temperatura, facilitando a perda de calor nos dias quentes e a conservação nos
dias frios.
 Excreção, eliminando o suor através dos poros (orifícios de saída das glândulas sudoríparas).
Lubrificando o pêlos e amaciando a superfície da pele através da secreção das glândulas
sebáceas.
 Sensitiva, captando sinais como o frio, calor e dor através da pele, recebendo informação das
alterações dos meios interno e externo, informação essencial para a saúde e, muitas vezes,
vital para a sobrevivência.

Composição da pele

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A pele é composta de duas camadas:
 Epiderme - Superficial externa e delgada.
 Derme - Mais espessa e localizada abaixo da epiderme.
A epiderme é constituída por várias camadas de células, sendo a externa formada por células
mortas em constante renovação – camada córnea - particularmente espessa nas áreas de atrito e
desgaste como a palma da mão e a planta dos pés.
A derme é constituída por tecido fibroso e elástico que suporta e alimenta a epiderme e os seus
apêndices, contribuindo para a regulação da temperatura do corpo. Sob a derme, há uma camada
de tecido adiposo subcutâneo, que lhe dá elasticidade e flexibilidade. Na derme encontram-se as
glândulas sudoríparas e sebáceas, folículos pilosos, vasos sanguíneos e as terminações nervosas
sensitivas.

Orgãos dos sentidos


Visão
É o sentido que nos permite ver, ou seja que nos permite obter imagens daquilo que nos rodeia.
Essas imagens são captadas pelo olho e depois transmitidas e interpretadas no cérebro.
Estrutura externa do olho
O Olho, externamente, é constituído por:
 Cavidade orbitária. Região óssea em forma de cone na parte frontal do crânio, revestida por
tecido gorduroso de modo a alojar o globo ocular.
 Músculos extrínsecos do olho. Ligam o globo ocular à cavidade orbitária, permitindo o seu
suporte e movimentos.
 Pálpebras. Membranas móveis que protegem o olho da poeira, luz intensa e impactos.
 Membrana conjuntival. Reveste as pálpebras internamente, servindo de cobertura
protectora do globo ocular.

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 Aparelho lacrimal. Lava e lubr ifica o olho

Estrutura interna do olho

Internamente o olho é formado por:


 Esclerótica. Parte branca do olho que constitui o suporte externo do globo ocular.
 Córnea. Tecido transparente localizado na região anterior do globo ocular, à frente da íris.
 Cristalino. Estrutura transparente localizada por trás da córnea e da íris, que funciona como
uma lente fotográfica.
 Iris. Diafragma com uma abertura circular, que regula a quantidade de luz que é admitida no
globo ocular.
 Retina. Camada fotorreceptora do olho que transforma as ondas luminosas em impulsos
nervosos..

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Audição
Quando se produz um som, são originadas ondas que se propagam através do ar e que são
transformadas no ouvido em impulsos nervosos, identificados posteriormente no cérebro.
As ondas sonoras provocam a vibração do tímpano que, por intermédio dos ossículos do ouvido
médio (bigorna, martelo e estribo), é transmitida ao caracol. Aqui, essa vibração é convertida em
impulsos nervosos que são conduzidos ao cérebro pelo nervo auditivo.
Estrutura do ouvido
O ouvido divide-se em três partes:
 Ouvido Externo
Constituído pelo Pavilhão Auricular e pela membrana Timpânica (Tímpano).
 Ouvido Médio
Constituído por três ossículos, Martelo, Bigorna e Estribo.
 Ouvido Interno
Constituído pelo Labirinto Ósseo e Labirinto Membranoso.
Além da função auditiva, o ouvido desempenha um papel importante no equilíbrio pois, a nível
do ouvido interno (canais semi-circulares), é gerada a informação que nos permite saber a
posição exacta da cabeça no espaço. Esta noção é fundamental para que possamos manter o

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equilíbrio. Por este motivo, em algumas doenças dos ouvidos, um dos principais sintomas são as

Além da função auditiva, o ouvido desempenha um papel importante no equilíbrio pois, a nível
do ouvido interno (canais semi-circulares), é gerada a informação que nos permite saber a
posição exacta da cabeça no espaço. Esta noção é fundamental para que possamos manter o
equilíbrio. Por este motivo, em algumas doenças dos ouvidos, um dos principais sintomas são as
vertigens (sensação de que os objectos estão em movimentortigens (sensação de que os objectos
estão em movimento).

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Lição no11
Tema:

Sistema respiratório

O corpo humano pode ser privado de alimentos e de água durante algum tempo, mas necessita de
um fornecimento constante de oxigénio para sobreviver. Todas as células do organismo carecem
de oxigénio para viver e para funcionarem com eficiência. A respiração é o processo utilizado
para assegurar as trocas de oxigénio e de dióxido de carbono a nível dos pulmões.
Para melhor compreendermos a função respiratória e as suas perturbações é necessário um
conhecimento básico dos órgãos e funções do Aparelho Respiratório.
O aparelho respiratório é constituído pelas:
 Boca e fossas nasais.
 Faringe.
 Laringe.
 Traqueia.
 Brônquios.
 Pulmões.
Para além destas estruturas existem ainda os músculos ventilatórios (dos quais se destaca o
diafragma, músculo que separa a cavidade torácica da abdominal) e o centro de controle da
respiração no encéfalo (SNC). Após a passagem do ar pela boca e fossas nasais ele é aquecido e
humedecido pela mucosa de revestimento das fossas nasais que é muito vascularizada (possui
inúmeros vasos sanguíneos) sendo também filtrado por intermédio dos pequenos pêlos existentes
nessa zona.

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A Faringe é a continuação das fossas nasais e boca. Na extremidade inferior da faringe existem
duas aberturas: uma posterior (atrás) e outra anterior (à frente). A anterior liga a faringe à laringe
que, por sua vez, conduz aos pulmões. A faringe é, como se depreende, parte comum dos
aparelhos respiratório e digestivo. A extremidade posterior comunica com o esófago. Situada na
parte superior da laringe existe uma válvula denominada Epiglote que encerra a laringe no
inicio e durante a deglutição evitando que os alimentos entrem na traqueia. A epiglote encerra ao
baixar a glote.
A Epiglote é uma membrana móvel. Ao levantar abre o orifício da laringe para entrada e saída
de ar na inspiração e expiração, ao baixar tapa a entrada da laringe e permite a deglutição dos
alimentos e a sua passagem para o esófago.
A Laringe localiza-se imediatamente abaixo da faringe. Corresponde à área habitualmente
designada por ―Maçã de Adão‖, envolvendo as cordas vocais É constituída por um esqueleto
cartilagíneo e por músculos. O esqueleto cartilagíneo dá apoio às cordas vocais e os músculos,
actuando sobre as mesmas, levam-nas a distenderem-se e a encurtarem-se, isto é, tornam-se mais
curtas ou mais compridas originando, assim, a emissão de sons diferentes com a passagem de ar.
Doencas do sistema respiratorio
Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC);

Bronquite crônica;

Enfisema pulmonar;

Asma;

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Câncer de pulmão.

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

Bronquite Crônica

A bronquite crônica é definida como uma inflamação dos brônquios. Geralmente, surge depois
de 20 a 30 anos de exposição dos brônquios a fatores irritantes, como o tabaco, poluição do ar,
entre outras fontes. Sua ocorrência é mais comum em mulheres do que em homens.

Esta afecção pode preceder ou acompanhar o enfisema pulmonar.

Enfisema Pulmonar

Esta é uma doença crônica, na qual ocorre destruição gradativa dos tecidos pulmonares,
passando estes a ficarem hiperinsuflados. Normalmente sua etiologia reside na exposição
prolongada ao tabaco ou produtos químicos
Asma

A asma é uma doença inflamatória crônica muito comum em crianças. Ainda não tem cura
conhecida, contudo, é possível ter uma vida normal e saudável ao seguir o tratamento adequado e
tomar alguns cuidados no dia a dia. Inclusive, os sintomas podem desaparecer ao longo do
tempo.

Sintomas da asma

Os principais sintomas dessa doença pulmonar são o chiado ao respirar, o aperto no peito, a tosse
seca e a respiração curta e rápida. Esses sinais tendem a ser mais intensos em determinados
períodos do dia, como à noite e durante as primeiras horas da manhã.

Causas da asma

Existem diversos fatores que potencializam o aparecimento da asma e podem agravar os


sintomas — em especial, agentes ambientais e genéticos. Estamos nos referindo à exposição a
partículas de poeira, ácaros e fungos, além de variações no clima, umidade, temperaturas baixas,
histórico familiar, má formação na região respiratória, obesidade, sedentarismo, excesso de
atividades físicas, entre outros.

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Sinusite

A sinusite consiste em uma inflamação que acomete a mucosa dos seios da face — área do
crânio composta por cavidades ósseas, localizadas na região ao redor do nariz, das maçãs do
rosto e dos olhos. Ela pode aparecer de maneira secundária em resposta a uma infecção, alergia
ou outra doença que dificulte a drenagem de secreção dos seios da face.

Tipos de sinusite

Existem 2 tipos de sinusite, sendo que a classificação leva em conta o tempo de duração da
doença:

Agudas — os sintomas duram por menos de 12 semanas;

Crônica — os sintomas são latentes e costumam durar mais de 12 semanas.

Causas da sinusite

Os principais agentes causadores da sinusite são:

Agentes infecciosos — bactérias, fungos e vírus;

Fatores alérgicos — poeira, choque térmico, exposição a agentes químicos etc.

Sintomas da sinusite

Os sinais da sinusite são a obstrução nasal com secreção, a pressão ou dor facial, a diminuição ou
perda do olfato, a dor de ouvido, a dor no maxilar superior e dentes, a tosse, a garganta
inflamada, as náuseas, entre outros.

Câncer de Pulmão

O câncer de pulmão é um dos tumores malignos mais comuns, sendo que sua incidência no
mundo todo vem aumentando 2% a cada ano. A mortalidade por esse tipo de neoplasia é muito
elevada e o prognóstico está relacionado à fase em que é diagnosticado.

Tuberculose

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Chamada também de tísica pulmonar, a tuberculose é uma doença infecciosa e altamente
contagiosa. Esse distúrbio, que afeta principalmente os pulmões, pode atingir também os rins, a
pele, os ossos, os gânglios e outros tecidos em menor grau. Os episódios são contados desde
tempos antigos, cuja infestação da doença costumava contagiar um grande número de pessoas.

A contaminação se dá por meio de correntes de ar, tosse, espirro, contato próximo com doentes
e, até mesmo, devido à presença em um cômodo que apresenta os bacilos. Afinal, as partículas
contagiosas podem permanecer no ambiente por um grande período, especialmente quando se
trata de um local pouco ventilado.

Sintomas da tuberculose

Os principais sinais da doença são a tosse seca — ou com eventual catarro esverdeado e sangue
—, falta de apetite, emagrecimento repentino, suor noturno constante e febre baixa, que é mais
comum no fim da tarde. De todo modo, o mais prudente é ficar atento aos casos de tosse
persistente, principalmente quando, mesmo com a medicação adequada, ela continua e dura por
várias semanas.

Prevenção das doenças

Lave bem as mãos.

É importante lavar as mãos com sabonete antisséptico e antibactericida. Afinal, a maioria das
doenças respiratórias surge quando os agentes entram em contato com as vias aéreas — ao
levarmos as mãos ao rosto ou manusearmos produtos sujos e contaminados, por exemplo.

Mantenha a carteira de vacinação em dia

Não fume (nem longe das crianças)

Tome bastante água

Tenha uma boa alimentação

Tenha uma boa noite de sono

Mantenha a umidade do ar

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Lição no12

Tema:

Sistema urinário
O aparelho urinário é constituído por:
 Rins.
 Ureteres.
 Bexiga.
 Uretra.
O sistema urinário tem por função formar e excretar a urin do corpo. Mantém o nível de água
corporal, regula a composição química do meio interno e elimina substâncias nocivas ao
organismo, filtrando e purificando o sangue.
Os Rins situam-se por detrás dos órgãos abdominais, de cada lado da coluna vertebral. O rim
esquerdo é, habitualmente, um pouco mais volumoso que o direito e encontra-se em posição
ligeiramente superior. A circulação do sangue, através dos rins, permite filtrar água e outras
substâncias dissolvidas. Contudo, devido a certas perturbações renais e cardíacas, os rins podem
não ser suficientemente eficazes ou não conseguir eliminar a quantidade normal e habitual de
urina que é de 1,5 a 2 litros/dia. A urina

31
A Bexiga é um órgão musculado, liso, localizado profundamente na bacia. A sua elasticidade
permite-lhe reter grandes quantidades de urina e depois ser capaz de se contrair para expulsar a
mesma. Na maior parte dos indivíduos, desencadeia-se a vontade de urinar, após a existência de
200 ml de urina dentro da bexiga. A bexiga elimina a urina através da Uretra, que é o ponto
mais baixo do aparelho urinário e o órgão que permite a saída da urina para o exterior.
Doenças do sistema urinario
Pedra no rim é Formações endurecidas nos rins ou nas vias urinárias por causa do acúmulo de
cristais de sais na urina, como cálcio, fosfatos, oxalatos.

Causas

Infecções urinárias, volume insuficiente de urina, distúrbios relacionados à eliminação de sais e


vitamina D em excesso.

Sintomas

Dor intensa, com irritação e obstrução do canal urinário. Pode haver ainda palpitações, náuseas e
vômitos.

Prevenção

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Pessoas propensas devem evitar o consumo excessivo de alimentos ricos em oxalatos, como
café, chocolate, refrigerante à base de cola, entre outros.

Nefrite aguda

Inflamação dos tecidos dos rins causada por agentes infecciosos os mesmos que provocam
amigdalite e sinusite, por exemplo.

Causas

Pessoas predispostas geralmente têm o problema depois de uma infecção de garganta ou de pele.

Sintomas

O mais comum deles é a coloração diferente da urina, que fi ca bem mais escura.

Prevenção

Não há um caminho específico ou 100% seguro. Vale manter a pele limpa e tomar todas as
medidas para evitar outras infecções, como a de garganta.

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Lição no13

Tema:

APARELHO DIGESTIVO
Os órgãos do aparelho digestivo desempenham como função vital, a preparação dos alimentos
para serem absorvidos e usados pelas células do corpo humano. A maior parte dos alimentos,
quando ingeridos, estão numa forma que não podem atingir directamente as células, nem podiam
ser usados pelas mesmas, mesmo que as atingissem. Devem ser modificados na composição
química e no estado físico. O processo de alteração da composição química e física dos
alimentos, de maneira que possam ser absorvidos e utilizados pelas células do corpo, é conhecido
como digestão e constitui a função do aparelho digestivo.
O intestino grosso, uma das partes do aparelho digestivo, funciona, também, Como órgão de
eliminação, removendo do corpo os resíduos resultantes do processo digestivo.
Composição do Aparelho Digestivo
O aparelho digestiv o compõe-se de:
Tubo digestivo, que compreende:
 Boca.
 Faringe.
 Esófago.
 Estômago.
 Intestino delgado.
 Intestino grosso.
 Ânus.
Órgãos e estruturas anexas:
 Dentes.

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 Língua.
 Glândulas salivares.
 Fígado.
 Vesícula biliar.
 Pâncreas.
 Apêndice.
Tubo digestivo
Boca
É na boca que se inicia a digestão, por meio da mastigação e mistura dos alimentos com a saliva.
Existem três pares de Glândulas salivares: as glândulas parótidas, sublinguais e submaxilares.
Os alimentos são triturados pelos dentes e amassados com a saliva, formando-se o bolo
alimentar que é em seguida deglutido e levado para o estômago atrvés do esófago.
Faringe
Estrutura comum aos aparelhos digestivo e respiratório, localizada no final da cavidade oral e
onde se encontram as aberturas do esófago e traqueia.
Esófago
O esófago não é mais que um tubo cilíndrico que se encarrega de empurrar o bolo alimentar da
laringe até ao estômago, recorrendo para esse efeito á sua camada muscular.
Estômago
O estômago é apenas um segmento mais grosso do tubo digestivo. Tem duas aberturas: uma
superior de entrada, no extremo inferior do esófago - o Cárdia; a outra, de saída, que abre para o
duodeno - o Piloro. Esfíncteres musculares, constituídos por fibras circulares, permitem uma
abertura no seu centro quando estão relaxados e o encerramento da mesma, quando estão
contraídos. O esfíncter pilórico relaxa-se, a intervalos certos, quando uma porção do alimento
está pronta a deixar o estômago. Uma refeição normal, permanece no estômago cerca de 3 a 6
horas, antes de ser esvaziada para o duodeno. As fibras musculares, lisas, dispostas circularmente
e em diagonal na parede do estômago, permitem a transformação dos alimentos em pequenas
partículas e a sua mistura com o suco gástrico segregado pelas glândulas da mucosa gástrica.

Intestino delgado

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O intestino delgado começa no piloro, através do qual comunica com o estômago e termina na
válvula íleo-cecal que o liga com o intestino grosso. Com 6 a 10 metros de comprimento,
compreende três secções:
 Duodeno.
 Jejuno.
 Íleon.
O Duodeno inicia-se na válvula pilórica e dispõe-se numa curva em torno da cabeça do pâncreas
que é a parte mais volumosa dessa glândula, comunicando de seguida com o Jejuno.
Na continuidade do jejuno encontra-se o Íleon. Para acomodar tantos metros, o intestino delgado
dobra-se muitas vezes em ansas (curvas). Ao contrário do duodeno, que é relativamente fixo, as
ansas restantes do intestino são muito móveis, de modo a poderem alterar a forma e mesmo a
direcção do tubo, conforme a conveniência do processo digestivo ou outras condições.
Para desempenhar adequadamente as funções de absorção que lhe tocam, o intestino está provido
de uma grande e extensa superfície epitelial interna visto que é através desse tecido, que irá
passar o material absorvido, depois de o alimento ter sido digerido.
Além da sua extensão, o intestino dispõe de outros dois meios de ampliar a superfície que estará
em contacto com o bolo alimentar. Estes meios são a existência de pregas e de um número
elevado de glândulas. A superfície da mucosa que recobre essa prega projecta-se para a cavidade
interior do intestino com dedinhos quase microscópicos que são as vilosidades intestinais. Por
dentro, essas vilosidades apresentam uma rede de capilares sanguíneos, que proporcionam uma
absorção mais rápida dos alimentos para o sangue.
Os músculos lisos da parede do intestino responsabilizam-se pelas contracções que produzem os
movimentos peristálticos. Estes movimentos provocam a progressão dos alimentos através do
intestino Delgado.
Intestino grosso
O intestino grosso inicia-se na parte inferior direita do abdómen e mede, aproximadamente, 1,70
m. Está dividido nas seguintes partes:
 Cego.
 Cólon ascendente.
 Cólon transverso.
 Cólon descendente.

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 Sigmóide.
 Recto.
 Ânus.
A parte inicial, o Cego, é o segmento de maior calibre e comunica com o íleon que é a porção
terminal do intestine delgado. Para impedir o refluxo do material provindo do intestino delgado,
existe uma válvula localizada na junção do íleon com o cego, a Válvula íleo-cecal. Do fundo do
cego, projecta-se o Apêndice, com forma e tamanho de um dedo mínimo, alongado e curvo.
O intestino grosso tem uma participação secundária no processo de absorção visto que, as
principais actividades de modificação química dos alimentos e a sua absorção se processam no
estômago e no intestino delgado.
Orgãos e estruturas anexas
Os órgãos digestivos acessórios auxiliam a digestão dos alimentos mas não formam o tubo
digestivo, propriamente dito. A cavidade bucal, incluindo dentes, língua e as glândulas salivares,
já foram abordados anteriormente.
Fígado
O fígado sendo um órgão vital é a maior glândula do corpo humano. Está localizado no
quadrante superior direito do abdómen e é constituído por quatro porções ou lobos, sendo maior
o lobo direito. Uma das suas funções é segregar a bílis que, lançada no duodeno, vai participar
no processo digestivo. O fígado contribui, ainda, para a manutenção de níveis normais de
açúcar e proteínas no sangue.
Vesícula biliar
Está localizada na face inferior do lobo direito do fígado e serve de reservatório de bílis.
Pâncreas
O pâncreas, encontra-se atrás do estômago, dispondo-se transversalmente, desde o arco
duodenal, até ao baço. É atravessado por um canal que se abre no duodeno, onde é lançado o
suco pancreático que intervém no processo digestive Outras células do pâncreas segregam
insulina para o sangue. Esta hormona é necessária para a manutenção de quantidades normais de
açúcar no sangue.

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Doenças do sistema digestivo
Gastrite

Quando é dito que alguém tem gastrite, é sinal de que há uma inflamação no revestimento do
estômago da pessoa. A injúria no epitélio pode ter como causa a ação de uma bactéria chamada
Helicobacter pylori, cujo habitat é o órgão em questão
Os sintomas da gastrite são bem conhecidos, com relatos frequentes da sensação indigesta após
refeição, além de azia e queimação. Assim como esses sinais, um indivíduo com gastrite pode
apresentar náuseas e dor abdominal

Colera, diareia.
Prevenção
Lavar sempre as mao com sabao.

Lição no14
Tema:

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Aparelho circulatorio
O aparelho cárdio-vascular é constituído pelo coração, sangue, artérias, veias e capilares.
A circulação é constantemente mantida pela contracção rítmica do coração que impulsiona o
sangue pelos vasos. As artérias, são os vasos que levam o sangue do coração para todas as
partes do corpo e as veias os vasos que trazem o sangue de volta ao coração. As artérias
ramificam-se (subdividem-se) em pequenas arteríolas, que por sua vez dão origem a milhares de
pequenos capilares. Os capilares reúnem-se depois em pequenas veias, as vénulas, que por sua
vez se juntam e dão origem a vasos de maior calibre, as veias, que conduzem o sangue de retorno
ao coração.
O Coração é um músculo com o tamanho de um punho, situado na metade inferior do tórax,
entre os dois pulmões, imediatamente acima do diafragma encontrando-se protegido
anteriormente pelo esterno e posteriormente pela coluna vertebral. O miocárdio é o músculo que
forma as paredes do coração. Interiormente o coração está dividido em quatro cavidades, duas do
lado direito e duas do lado esquerdo. A separar o coração do lado direito e do esquerdo há septos
ou membranas que não devem permitir a comunicação entre os lados do coração.
Cada um dos lados está dividido em duas cavidades distintas: as aurículas, as duas mais
superiores, uma esquerda e uma direita e os ventrículos, as duas cavidades inferiores uma
esquerda e outra direita. Entre estas duas cavidades existe uma válvula que
permite ao sangue seguir uma única direcção – da aurícula para o ventrículo.
A Pressão a que o sangue circula, sentida por nós sob a forma de uma onda que designamos
pulso, deve-se à força de contracção do músculo cardíaco. É necessário uma força eficaz de
contracção para obrigar o sangue a sair do coração. A contracção do miocárdio designa-se por
Sístole. Quando o coração relaxa designa-se Diástole. Este relaxamento acontece para que o
coração se possa encher novamente de sangue proveniente das veias para as aurículas e das
aurículas para os ventrículos para então sair pelo processo descrito anteriormente.
O Sangue é constituído por uma parte liquida e uma parte sólida. A parte líquida é denominada
Plasma e a parte sólida é constituída por três tipos de células, os Glóbulos Vermelhos, os
Glóbulos Brancos e as Plaquetas.
 Glóbulos Vermelhos: também chamados eritrócitos, vivem em média 120 dias e, em
condições normais, são constantemente produzidos pela medula óssea. Os glóbulos
vermelhos transportam o oxigénio até às células, através de uma substância com grande

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capacidade de ligação ao oxigénio, a hemoglobina. Asseguram ainda a captação e transporte
do dióxido de carbono das células até aos capilares dos alvéolos pulmonares, para que este
gás possa ser eliminado através do ar expirado.
 Glóbulos Brancos: também chamados leucócitos, têm como função principal a defesa do
organismo, existindo diversos tipos.
 Plaquetas: têm como função principal a coagulação do sangue, evitando que as hemorragias
se perpetuem. O volume médio de sangue num adulto com 75 Kg de peso corporal é de 5,5 a
6,0 litros e num cm3 de sangue existem, aproximadamente, cinco milhões de glóbulos
vermelhos, sete mil glóbulos brancos e duzentas mil plaquetas. Glóbulos vermelhos
ventrículo direito
Mecanismo da circulação
O aparelho circulatório mantém o sangue em movimento através das contracções do coração que
bombeiam o sangue nele contido para as circulações Sistémica e Pulmonar, também
denominadas de Grande e Pequena Circulação, respectivamente. Quando o coração se relaxa, o
sangue retorna às cavidades cardíacas, entrando pelas aurículas.
O mecanismo de contracção é possível graças a um impulso eléctrico que permite a contracção
do miocárdio. Esse impulso é produzido no próprio coração (daí dizer-se que este músculo é
automático), não sendo necessário um impulso eléctrico gerado no cérebro. Esta actividade
eléctrica tem origem nas células do sistema de condução e provoca a despolarização das células
musculares cardíacas – células do miocárdio.
Cada ciclo cardíaco inicia-se com um impulso eléctrico do nodo sinusal, localizado na parede da
aurícula direita, junto à desembocadura da veia cava superior. Este impulso é propagado através
das células musculares de ambas as aurículas provocando a sua despolarização e logo a sua
contracção.
Após a activação auricular, o impulso eléctrico vai passar aos ventrículos, depois de parar
brevemente numa estrutura localizada na transição auriculo-ventricular – o nodo auriculo-
ventricular. Aqui, o impulso é retardado durante um curto espaço de tempo, permitindo que as
aurículas se possam esvaziar completamente antes da contracção ventricular.
Após a passagem por este segundo nodo, o impulso chega ao feixe de His que, por sua vez, se

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divide em dois ramos, esquerdo e direito, levando o impulso a todas as partes dos ventrículos,
originando a sua despolarização e uma contracção forte e eficaz de forma a empurrar o sangue
para o exterior do coração. Em conclusão, a fisiologia eléctrica do coração resume-se a:
1. Produção de um estímulo pelo nodo sino-auricular.
2. O estímulo espalha-se pelas aurícula o que permita a sua contracção e logo empurrar o sangue
para os ventrículos.
3. Para que o enchimento dos ventrículos se faça na totalidade é necessário haver um compasso
de espera antes da contracção destes, esse compasso de espera acontece graças ao nodo auriculo-
ventricular.
4. Distribuição do estímulo eléctrico pelo nódulo auriculo-ventricular aos ventrículos através do
feixe de His, o que permite um esvaziamento uniforme e eficaz do sangue para a corrente
sanguínea.
Lição no15
tema:
. Circulação sistémica ou grande circulação
Da aurícula esquerda o sangue passa ao ventrículo esquerdo, através de uma válvula
unidireccional, a válvula mitral. As paredes musculares - Miocárdio - que envolvem o ventrículo
vão seguidamente exercer a força necessária para bombear o sangue retido no ventrículo a fim de
este ser enviado para fora do coração pela Artéria Aorta que entretanto abre um sistema de
válvulas para deixar sair o sangue do coração. A Artéria Aorta irá distribuir o sangue arterial,
rico em oxigénio, a todas as partes do corpo e por isso ao longo do seu trajecto vai subdividir-se
em vários ramos, uns vão para a cabeça, pescoço e membros superiores, depois vai atravessando
o tórax e o abdómen. Ao chegar à raiz dos membros inferiores divide-se em vários ramos para os
vários órgãos ramificando-se depois nas duas artérias ilíacas de onde parte a irrigação para os
membros inferiores.
O sangue da região abdominal, torácica e dos membros inferiores retorna ao coração pela Veia
Cava inferior. O sangue da região da cabeça e membros superiores converge para a Veia Cava
superior. Estas duas veias cavas conduzem o sangue até à aurícula direita recebendo assim todo
o sangue proveniente da grande circulação ou circulação sistémica. Uma vez recebido o sangue
na aurícula direita este vai passar para o ventrículo direito através de uma válvula unidireccional

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– a válvula tricúspide - tendo aqui inicio a circulação pulmonar que permitirá ao sangue libertar-
se dos gases tóxicos e de novo receber oxigénio.
Circulação pulmonar ou pequena circulação
É também a contracção do miocárdio (músculo cardíaco) das paredes do coração que obriga o
sangue a sair do ventrículo direito pela Artéria Pulmonar e a dirigir-se para os pulmões. A
Artéria Pulmonar divide-se em dois ramos que conduzem o sangue para cada pulmão - Artéria
Pulmonar Direita e Artéria Pulmonar Esquerda.
Nos pulmões efectuam-se as trocas gasosas de oxigénio do ar e dióxido de carbono proveniente
do sangue, ao nível dos vasos que envolvem os alvéolos e que constituem a rede de capilares
peri-alveolares. O dióxido de carbon que se encontra concentrado no sangue passa então para as
vias aéreas sendo expelido na fase expiratória. O oxigénio proveniente da atmosfera atravessa
então as paredes dos vasos, sendo captado pela hemoglobina, resultando uma maior concentração
de oxigénio no sangue – sangue oxigenado. O sangue oxigenado regressa à Aurícula Esquerda
através das Veias Pulmonares, terminando aqui a circulação pulmonar.
Doenças que mais afetam o sistema circulatório

Varizes

As varizes surgem quando as veias, responsáveis por conduzir o sangue de volta ao coração,
sofrem danos nas válvulas que têm como função impedir o sangue de circular em sentido
contrário. Sem o trabalho dessas válvulas, o sangue se acumula dentro das veias, ocasionando a
dilatação e desencadeando os sintomas.

Sinais de alerta

Sensação de peso nas pernas, queimação, formigamentos, inchaço persistente nos tornozelos e
pés, cãibras noturnas, coceira e alterações na sensibilidade da pele.

Prevenção

Evitar permanecer muito tempo em pé ou sentado, elevar os membros inferiores sempre que
possível e praticar exercícios regularmente são algumas formas de prevenir as varizes. Grávidas
podem usar meias elásticas durante a gestação, conforme orientação do cirurgião vascular.

Úlceras venosas

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as úlceras venosas são uma consequência grave da insuficiência venosa crônica. Elas se formam
quando os vasos que nutrem a pele estão danificados e não conseguem controlar o refluxo do
sangue, que, ao invés de retornar para o coração, faz o caminho inverso, acumulando-se na veia
com problemas nas válvulas.

Sinais de alerta

Dor, cansaço, sensação de peso nos membros inferiores, inchaço e coceira nos locais em que a
pele está inflamada são alguns dos sintomas notados em pessoas que possuem úlceras varicosas.

Prevenção

O sedentarismo e os longos períodos em pé são fatores que propiciam o surgimento de úlceras


varicosas. Portanto, para preveni-las, é preciso exercitar-se e movimentar-se com certa
frequência durante o dia. Elevar as pernas nos momentos de repouso também ajuda a evitar a
doença.

Trombose venosa

A trombose venosa profunda (TVP) é causada pela formação de um coágulo sanguíneo, também
chamado de trombo, no interior de uma veia. Os vasos mais comumente acometidos são os dos
membros inferiores. De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular,
em cerca de 90% dos casos os coágulos afetam as pernas.

Sinais de alerta

A trombose, na maioria das vezes, é assintomática. Mas, em alguns casos, pode provocar dores,
rigidez na musculatura das pernas e inchaço.

Prevenção

Sempre que houver suspeita de que alguma condição pode estar comprometendo o bom
funcionamento do organismo, o mais indicado é ir ao médico para investigar o que está
acontecendo. Além dessa medida de prevenção, é recomendado, também, praticar exercícios
físicos, não fumar, evitar o estresse e a ingestão de alimentos com gordura animal.

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Lição no 16

tema:

SISTEMA REPRODUTOR
A reprodução não é essencial à sobrevivência, no entanto é essencial para a continuação de
qualquer espécie. Na espécie humana, à semelhança de outras espécies animais, existem dois
seres de características distintas, macho e fêmea, e só pela junção de elementos apenas existentes
em cada um deles é possível a reprodução. Assim, só com a fecundação de um óvulo (produzido
pela fêmea) por um espermatozóide (produzido pelo macho) é possível a criação de um novo ser,
semelhante aos progenitores.
Aparelho genital feminino
O aparelho reprodutor feminino está situado na parte inferior do abdómen, entre a bexiga e o
recto. O aparelho genital feminino é constituído pelos:
 Ovários.
 Trompas de Falópio.
 Útero.
 Vagina.
Os Ovários, produzem hormonas sexuais e células especiais para a reprodução, os Óvulos.
O óvulo é produzido com regularidade, durante a época fértil da mulher (desde a 1ª menstruação
até à menopausa). Os ovários libertam um óvulo mais ou menos cada 28 dias (ciclo ovulatório).
As Trompas de Falópio, têm forma tubular, iniciam-se nos ovários e terminam no útero. É
nas trompas de falópio, na grande maioria das vezes que se dá o encontro (fecundação) do
óvulo pelo espermatozóide.
O Útero é um órgão em forma de pêra, oco e musculado, suspenso por vários ligamentos,

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dentro do qual se desenvolve o embrião. O útero é constituído pelo:
 Fundo, em cima.
 Corpo ou porção central.
 Colo que desemboca num pequeno orifício (orifício do colo uterino), que abre na vagina. É
este orifício, que,possibilita a passagem do esperma para dentro do útero ou a saída do fluxo
menstrual para a vagina.
A Vagina é um canal de tecido muscular, elástico, que liga o útero com a vulva. Para além de
possibilitar a deposição do esperma junto do orifício do útero, permite, ainda, a saída do fluxo
menstrual (menstruação).

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Lição no17
Tema:
Aparelho genital masculino
O aparelho genital masculino é constituído pelos:
 Testículos.
 Canais deferentes.
 Vesículas seminais.
 Próstata.
 Uretra.
 Pénis.

Cada Testículo contém células com funções específicas. Certas células produzem hormonas
sexuais que conferem os caracteres sexuais secundários (a barba, os pêlos no peito, a tonalidade
da voz, etc.) enquanto outras produzem os espermatozóides. O sémen ou líquido espermático

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(que contém os espermatozóides), é transportados desde os testículos através dos canais
deferentes, para ser misturado com o líquido das vesículas seminais e da glândula prostática.
As vesículas seminais parecem pequenos sacos onde se armazenam os espermatozóides e o
líquido seminal.
Estas vesículas lançam o seu conteúdo na uretra, junto à prostate Os testículos encontram-se
alojados numa bolsa de pele, chamada o Escroto. A Próstata é uma pequena glândula que
circunda a uretra logo após o ponto onde esta sai da bexiga. Tem a forma e o tamanho de uma
castanha, envolvida por uma cápsula. Segrega um líquido que é lançado na uretra.
O líquido prostático e o das vesículas seminais fazem juntos o mesmo percurso durante o acto
sexual. Mecanismos especiais do sistema nervoso, a nível medular, impedem a passagem da
urina pela uretra para possibilitar a passagem dos outros líquidos. Somente os líquidos prostático,
seminal e espermático, passam do pénis para a vagina durante o acto sexual.
O Pénis é constituído por um tecido esponjoso altamente vascularizado que, quando totalmente
cheio de sangue, ocasiona a distensão deste órgão até à completa erecção. É o órgão encarregado
de lançar o esperma (formado por um líquido seminal e espermatozóides), nos órgãos genitais
femininos.
Corrimento Vaginal

Um problema que normalmente incomoda as mulheres ao longo da vida e representa uma das
principais causas de consultas ginecológicas.

Antes de falar mais sobre ela é importante ressaltar que: nem todo fluxo genital implica em uma
doença e nem toda doença é infecciosa.

As mulheres possuem uma secreção vaginal fisiológica que pode variar de intensidade de acordo
com influências hormonais (fase do ciclo menstrual, uso de hormônios, gravidez), orgânicas
(excitação sexual) e psicológicas.

Quando o equilíbrio entre estes fatores se rompe é que ocorrem os processos inflamatórios e
infecciosos, os quais são chamados de ―vulvovaginites‖ ou corrimento vaginal como preconiza o
Ministério da Saúde. Esse corrimento vaginal geralmente se caracteriza por aumento do fluxo
vaginal associado a prurido (coceira) vulvovaginal, dor ou ardor ao urinar e sensação de
desconforto pélvico. Entretanto, muitas infecções genitais podem ocorrer sem nenhum sintoma.

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As três principais causas de corrimento vaginal e que representam 95% dos casos são: vaginose
bacteriana, candidíase vulvovaginal e a tricomoníase.

Câncer de mama

O câncer de mama, apesar de atingir também os homens, mais comum entre as mulheres.
Considerado, a segunda maior causa de morte de mulheres no Brasil – atrás somente das doenças
cardíacas – é também o segundo câncer mais comum.

Não existe uma causa específica conhecida, mas sabe-se que as mulheres que têm caso na
família, as que menstruaram muito precocemente, que entraram tardiamente na menopausa e as
que nunca amamentaram, estão mais propensas a desenvolver o câncer de mama.

O melhor tratamento ainda é a prevenção: a realização regular do autoexame com regularidade e


a mamografia periódica.

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5ª Unidade

Lição no18

Tema:

Nutrição

Nutrição é o processo de fornecimento aos organismos animais e vegetais dos nutrientes


necessários para a vida. É também a ciência que investiga as relações entre o alimento ingerido
pelo homem e as doenças, buscando o bem-estar e a preservação da saúde humana.

Roda dos Alimentos

Esse método estabelece a divisão dos alimentos em três grandes níveis. Há os construtores, como
leite, feijão, peixe, queijo, ovos, carne e frango; os reguladores, que são as frutas, verduras,
legumes e fibras e, por fim, os energéticos, como por exemplo manteiga, chocolate, arroz, pão,
açúcar e óleo. Com isso, estabelecemos que os alimentos ricos em proteínas constroem e regulam
o organismo, enquanto as gorduras e carboidratos são os combustíveis, fontes de calor e energia.
O mais relevante a considerar é que toda refeição principal (almoço e jantar) deve conter pelo
menos um pouco de cada um desses alimentos, garantindo assim a proporção energética
adequada para uma vida saudável, sem comprometer seu programa de redução de peso.

Tipos de Alimentos

Alimentos e suas funções

Os alimentos podem ser classificados em construtores, energético e regulares, dependendo da


quantidade de determinada substancias que ele possuem.

50
Alimentos Construtores são aqueles que contêm uma grande quantidade de proteínas.

A função dos alimentos que possuem grande quantidade de proteínas é ajudar na formação das
pequenas partes que, quando unidas consistem o nosso corpo.

Exemplos de alimentos construtores: leite, ovo, soja, feijão, ervilha, frango, carne de boi e de
frango.

Alimentos energéticos são aqueles que contêm uma grande quantidade de açucares e/ou lipídios
(olho ou gordura).

A função dos alimentos energéticos é fornecer energia para o bom funcionamento do corpo.

Assim o desgaste que o organismo tem com o trabalho, o estudo, os exercícios físicos, entre
outras atividades, é reposto pelos alimentos energéticos.

Exemplos de alimentos energéticos: Mel, uva, beterraba e batata.

Exemplos de alimentos energéticos ricos em lipídios:

Manteiga, queijo, margarina, óleo de soja, de milho e de algodão.

Alimentos reguladores são aqueles que contêm uma grande quantidade de vitaminas e/ou sais
minerais. A função desses alimentos é regular o bom funcionamento do corpo e torná-lo mais
resistentes às doenças.

Os alimentos são classificados em construtores, energéticos ou reguladores pelo fato de


possuírem algumas substâncias em maior quantidade.

Entre tando, a maioria dos alimentos possuem ao mesmo tempo proteínas, açucares, lipídios,
vitaminas e sais minerais.

A Classificação dos alimentos se dá em cinco grupos:

1 – Grupo dos alimentos energéticos: óleos, gorduras, açúcares, cereais, tubérculos.

2 – Grupo dos alimentos proteicos: leite e derivados, pescado, gelatina, carnes e ovos.

3 – Grupo dos alimentos ricos em vitaminas e elementos orgânicos: frutas e verduras.

51
4 – Grupo das bebidas.

5 – Grupo dos condimentos.

Na alimentação equilibrada nada é proibido, mas tudo dever ser quantificado e respeitando as
leis básicas da alimentação saudável: variedade, moderação e equilíbrio.

CALORIA

Caloria é a energia que o nosso corpo utiliza que vem dos alimentos. As calorias são calculadas a
partir da quantidade de gorduras, proteínas e carboidratos presentes nos alimentos.

A quantidade de calorias que cada pessoa precisa depende de alguns fatores como: idade, peso,
quantidade de atividade física e funcionamento do corpo.

Lição no19

Tema:

Métodos de Conservação de Alimentos

Os métodos de conservação de alimentos permitem que se possa guardá-los para uso futuro sem
que se estraguem. Os homens pré-históricos secavam a comida ao sol ou guardavam-na em
cavernas frescas. Atualmente ainda se usa a secagem (desidratação) e o resfriamento
(refrigeração) para preservar os alimentos. No entanto, a ciência desenvolveu outros métodos de
preservação dos alimentos. Entre esses métodos estão o enlatamento, o congelamento rápido, a
adição de produtos químicos, a liofilização e a irradiação.

Refrigeração

O armazenamento em câmaras frigoríficas conserva os alimentos frescos em temperaturas


baixas. Essas temperaturas, geralmente de -1°C a 10°C. não impedem que os alimentos se
estraguem. No entanto, retardam o desenvolvimento dos microrganismos e a ação das enzimas.

52
Enlatamento

O enlatamento tem duas finalidades: esterilizar os alimentos, isto é, eliminar todos os


microrganismos, e manter os alimentos livres do contato com o ar, para livrá-los de germes. O
aquecimento dos alimentos a uma temperatura elevada destrói os microrganismos e paralisa a
ação das enzimas.

Congelamento

O congelamento é, depois do enlatamento, o método mais usado para a conservação de


alimentos. As indústrias de processamento de produtos alimentícios e as donas-de-casa congelam
a maioria das frutas e legumes, assim como alguns tipos de carne, peixes, aves e laticínios.

As indústrias também congelam muitos alimentos prontos que vão desde batatas fritas a pratos
de carne completos.

Secagem

A secagem, ou desidratação é o método que retira a maior parte do líquido dos alimentos. Os
microrganismos não podem desenvolver-se nos alimentos secos. A secagem também reduz o
tamanho e o peso dos alimentos, tornando-os mais fáceis de serem transportados e armazenados.

Liofilização

Nesse processo, a água é removida dos alimentos enquanto ainda estão congelados. O alimento
congelado é resfriado até cerca de -30ºC. Em seguida, é colocado em bandejas em uma câmara
de vácuo e o calor é aplicado lentamente.

Doenças causadas por deficiências alimentares

Obesidade

Doença causada por uma alimentação rica em gordura, açucarada e com excesso de proteína.

53
Gastrite

É a inflamação aguda ou crônica da mucosa que reveste as paredes internas do estômago. Pode
ocorrer quando a pessoa faz poucas refeições ao dia com grande volume de alimentos e com
grande intervalo entre cada refeição.

Colesterol elevado

O aumento de colesterol na corrente sanguínea pode ocasionar entupimento de veias e artérias


causando o infarto e derrame. O colesterol vem de duas fontes: do organismo e dos alimentos
que você ingere.

Hipertensão arterial

Doença que surge devido ao excesso de sal na alimentação.

Desnutrição

Doença que surge devido a uma alimentação com baixa de calorias e nutrientes.

Anemia nutricional

Doença resultante da insuficiência do consumo de ferro e ácido fólico, devido ao consumo


excessivo de açúcares, gorduras e alimentos refinados.

Alimentação da criança e da mulher gravida


Ingira diariamente fontes proteicas a partir de:
 Laticínios (leite, queijo, iogurte)

 Utilize as leguminosas verdes e secas. São uma boa alternativa proteica (feijão, grão de bico,
favas, ervilhas, lentilhas), desde que se inclua uma grande variedade destes alimentos e
també

Ingira moderadamente fontes proteicas de origem animal (carne, pescado e ovos)

54
Provêm essencialmente de alimentos de origem vegetal como:

 Cereais e seus derivados (arroz e massa, farinha, pão, flocos de cereais)

 Tubérculos (batata, inhame, etc.)

 Leguminosas secas (feijão, grão de bico, ervilhas, etc.)

 Fruta

Origem vegetal (azeite, óleos, margarina, frutos secos, alguns frutos tropicais como pera-
abacate e côco)

Origem animal (manteiga, natas, gema de ovo, gordura de constituição das carnes e pescado)
Aumente o consumo de:
 Hortícolas de folhas verdes

 Leguminosas

 Cereais integrais

Aumente o consumo de:


 Alimentos de origem animal como: carne, peixe

 Leguminosas como: feijão e grão-de-bico

 Hortícolas de folhas verde escuro

Aleitamento materno
Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve interação
profunda entre mãe e fi lho, com repercussões no estado nutricional da criança, em
sua habilidade de se defender de infecções, em sua fi siologia e no seu desenvolvimento
cognitivo e emocional, além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe.
Importância do aleitamento materno
Já está devidamente comprovada, por estudos científi cos, a superioridade do leite
materno sobre os leites de outras espécies. São vários os argumentos em favor do aleitamento
materno.

55
Evita mortes infantis
Graças aos inúmeros fatores existentes no leite materno que protegem contra infecções,
ocorrem menos mortes entre as crianças amamentadas. Estima-se que o aleitamento
materno poderia evitar 13% das mortes em crianças menores de 5 anos em todo
o mundo, por causas preveníveis.
Evita diarréia
Há fortes evidências de que o leite materno protege contra a diarréia, principalmente
em crianças mais pobres. É importante destacar que essa proteção pode diminuir
quando o aleitamento materno deixa de ser exclusivo. Oferecer à criança amamentada
água ou chás, prática considerada inofensiva até pouco tempo atrás, pode dobrar o risco de
diarréia nos primeiros seis meses.
Evita infecção respiratória
A proteção do leite materno contra infecções respiratórias foi demonstrada em vários
estudos realizados em diferentes partes do mundo, inclusive no Brasil. Assim como
ocorre com a diarréia, a proteção é maior quando a amamentação é exclusiva nos primeiros
seis meses.
Diminui o risco de alergias
Estudos mostram que a amamentação exclusiva nos primeiros meses de vida diminui
o risco de alergia à proteína do leite de vaca, de dermatite atópica e de outros tipos de
alergias, incluindo asma e sibilos recorrentes.
Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes
Há evidências sugerindo que o aleitamento materno apresenta benefícios em longo
prazo. A OMS publicou importante revisão sobre evidências desse efeito.

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INSTITUTO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES PRIMÁRIOS E EDUCADORES DE
ADULTOS DE NAMUINHO

CURSO DE FROMOÇÃO DE PROFESSORES (12+3)

6ª Unidade
Lição no20
Tema:
Electricidade
Eletricidade é a manifestação de uma forma de energia associada a
cargas elétricas paradas ou em movimento. Os detentores das cargas
elétricas são os elétrons, partículas minúsculas que giram em volta
do núcleo dos átomos que formam as substâncias. A figura a seguir
representa um átomo de hidrogênio, um dos elementos químicos mais
simples da natureza.
A importância da eletricidade
A eletricidade está cada vez mais presente na vida das pessoas. Seja em nossas casas, seja no
ambiente de trabalho, a eletricidade é usada como uma forma intermediária de energia, que é
convertida nas mais diversas formas energéticas, tais como: nos motores elétricos, onde 3
a energia elétrica é convertida em energia mecânica; nas lâmpadas (energia elétrica em energia
luminosa); nos alto-falantes, telefones e rádios (energia elétrica em energia sonora); nos
chuveiros elétricos, torradeiras e secadores de cabelo (energia elétrica em calor), dentre outros.
Electrisação
Um corpo eletrisado é a quele que recebeu ou predeu a carga eletrica.
Circuito elctrico
É um conjunto de aprelho onde se pode establecer uma corrente electrica.
Um circuito simples é composto por uma fonte de tensao ou de energia que pode ser uma
bacteria com sinas mais ou menos. Fios de ligacao consumidores que podem ser lampas, fugao,
radio e interroptor.

57
Condutibilidade electrica
É a medida da quantidade de corrente eletrica que um material pode transportar ou de sua
capacidade de transportar uma corrente.
Aparelho electrico
Todo aparelho eletrico que transforma de energia que não seja somente termica.
exemplo: Transformador.
Curto circuito
Ocorre quando a corrente electrica atravessa um condutor ou um disposetivo com resistencia
dispresivel causando um supre a quecimento.
Perigo e riscos da eletricidade
As pessoas tendem a desprezar os riscos que a eletricidade impõe e falham nos momentos de
tratá-la com o respeito que ela exige. Os riscos associados à eletricidade são reais e podem afetar
qualquer pessoa.
O ser humano e os animais já eram submetidos aos riscos de choque elétrico antes mesmo da
humanidade ter conhecimento da eletricidade. A eletricidade é muitas vezes citada como a
―assassina silenciosa‖ Isso porque ela não pode ser degustada, vista, ouvida ou cheirada. Ela é
essencialmente invisível para os sentidos humanos. A eletricidade há muito é reconhecida como
um grave perigo no ambiente de trabalho, expondo os empregados ao choque elétrico, o qual
pode resultar em eletrocussão, graves queimaduras, ou quedas que resultam danos adicionais ou
até mesmo a morte; bem como queimaduras e explosões causadas pelos arcos elétricos.
Medidas de prevenção de acidentes com o choque elétrico
Algumas medidas de prevenção de acidentes relacionados ao choque elétrico passam pela
isolação, barreiras, aterramento, dispositivos de proteção elétrica como os Equipamentos de
Proteção Individual (EPI) e os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC), ferramentas 8
certificadas e práticas seguras de trabalho. A melhor prática é sempre manter distância do
circuito elétrico.
Para evitar que a pessoa receba a descarga de corrente elétrica proporcionada pelo choque
elétrico, como se fosse um condutor terra, devem-se aterrar adequadamente as carcaças dos
motores e equipamentos elétricos com o fim de escoar as correntes elétricas de falha no
isolamento ou contato de circuito energizado, fazendo com que o curto-circuito provoque a
atuação do dispositivo de proteção.

58
Trovoada e relâmpago
O relâmpago (do latim: re- + lampare, infinitivo de lampare, "brilhar"), também referido como
corisco, lôstrego ou relampo, é a emissão intensa de radiação electromagnética resultante de uma
descarga electrostática na atmosfera (o raio) produzida por uma grande diferença de potencial
elétrico entre porções de matéria (nuvem-nuvem ou solo-nuvem). A descarga provoca uma
corrente eléctrica de grande intensidade que ioniza o ar ao longo do seu percurso, criando um
plasma sobreaquecido que emite radiação electromagnética, parte da qual sob a forma de luz no
espectro visível (o relâmpago propriamente dito).[1] O relâmpago é percebido pelo olho humano
como um repentino clarão de intensa luminosidade, frequentemente com acentuada cintilação,
que precede ou acompanha o trovão,[2] embora durante a noite o relâmpago possa ser visto sem
ser acompanhado pelo trovão (fenómeno conhecido por "gelação") e durante o dia o trovão possa
ser ouvido sem que o relâmpago seja percebido.

A cor do relâmpago, resulta de dois efeitos distintos: (1) a emissão térmica do plasma e do ar
sobreaquecido circundante do canal de descarga, cujo comprimento de onda, nos termos da Lei
de Planck é ditada pela respectiva temperatura.
Trovoada

Os trovões são ondas sonoras produzidas pelo movimento das cargas elétricas na atmosfera.

Uma vez que a temperatura do ar por onde o raio passa aumenta bastante, os trovões podem ser
perigosos, nas proximidades de onde o fenómeno acontece. No entanto, na maioria dos casos,
causam apenas medo aos mais sensíveis e pequenos estragos.

59
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ADULTOS DE NAMUINHO

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7ª Unidade

Lição no21

Tema:

Energia e movimento
Polias
Numa polia fixa como a da figura ao lado, a força realizada F para elevar um peso P, supondo
que a polia esteja sem atritos, é exatamente igual em módulo, se a corda estiver tangenciando a
roldana.

Plano inclinado Supondo que o atrito seja desprezível num plano inclinado, basta um impulso
inicial para tirar o objeto do repouso e depois basta uma força de módulo igual à projeção da
força peso na direção do plano inclinado. Dessa forma, o objeto será levado plano acima com
velocidade constante.

60
Alavanca
Numa alavanca existe a resistência, o ponto de apoio ou fulcro e a potência.
O peso P representa a resistência aplicada no ponto B, o ponto O é o ponto
de apoio e a força F representa a potência aplicada no ponto A.
Martelos e machados
No caso de martelos, utilizamos o peso da cabeça do martelo associado ao braço do mesmo para
dar um grande torque, que vai afundar o prego.
Quanto maior o peso da cabeça do martelo ou quanto maior o cabo, o torque será maior.
Engrenagens
As engrenagens são máquinas simples voltadas para a redução ou para o aumento da velocidade
angular da rotação, de um determinado dispositivo, ou alterar sua direção. Grosso modo, uma
engrenagem é um conjunto de rodas dentadas que se acoplam de alguma maneira.
Roldana No guincho dos
veículos de socorro a acidentes
graves existe uma roldana que
ajuda a içar o carro acidentado.

elementos de maquina simples.


Numa classificação geral, os elementos de fixação mais usados em mecânica
são: rebites, pinos, cavilhas, parafusos, porcas, arruelas, chavetas etc.
Fontes de Energia

61
Energia Renováveis
Fontes de energia renováveis são recursos naturais usados para geração de energia, sendo fontes
energéticas inesgotáveis. Exemplos de fontes energéticas renováveis são a luz solar, os ventos
(eólica), a água (hídrica), as marés (maremotriz), o calor da terra (geotérmica) e a biomassa
como combustível. Ou As energia renováveis são as energias resultantes dos recursos naturais
que se renovam, portanto, energias inesgotáveis. Entre as energias renováveis estão a energia
solar, hídráulica (ou hidrelétrica ou hídrica), eólica, maremotriz, geotérmica e a biomassa (como
substituta do petróleo de combustíveis).
Fontes de energia Renováveis e Não Renováveis
As fontes de energia renováveis são a luz do sol, água dos rios, força dos ventos, materiais
orgânicos, força das ondas, força das marés, calor do interior da Terra, além das novas fontes de
energias renováveis, como a água salobra, o hidrogênio e a fotossíntese artificial. Entre as fontes
de energia não-renováveis encontram-se fontes de energia derivadas de combustíveis fósseis
como o petróleo, o carvão mineral, o xisto, gás natural e fontes de energia nuclear como o Urânio
e o Tório.
Fontes de energia primárias renováveis.
As fontes de energia primárias renováveis têm como principal característica a origem
diretamente da natureza. Elas podem ser aproveitadas sem que se esgotem ao longo do tempo,
além de surgirem de modo constante como novas tecnologias e formas de produção de
eletricidade utilizando recursos naturais.
Alguns exemplos de recursos de energia primários renováveis são o sol, a água e o vento. Eles
possibilitam a produção de energia elétrica sem prejudicar o meio ambiente e tampouco tornam-
se esgotáveis. Confira algumas fontes de energia renováveis primárias:
Fontes de energia renováveis primárias
Energia Solar: atua por meio da captação da luz do sol pelos painéis solares fotovoltaicos e a
transforma em energia elétrica através do inversor solar;
Energia Eólica: utiliza aerogeradores para a geração de energia através da força dos ventos;
Energia Hídrica: é produzida, principalmente, por meio de centrais hidroelétricas associadas a
barragens de grande ou média capacidade;
Energia das Ondas e Marés: a energia gerada provém do aproveitamento das ondas e marés
oceânicas;

62
Energia da Biomassa: a geração de energia é feita através da queima de materiais orgânicos,
utilizando elementos como o bagaço da cana-de-açúcar, madeira e óleos vegetais.
Quais são as fontes de energia renováveis utilizadas no Brasil?
O Brasil possui as principais fontes de energia, que são as hidrelétricas, que fazem parte de mais
da metade da geração de energia no país. Novas energias renováveis, como a energia solar e
eólica vêm ganhando reconhecimento e seu uso cresce amplamente ano após ano. Estima-se que
até 2050 a quantidade de energia gerada por painéis solares alcance entre 78 e 128 GW.
Conheça as principais fontes de energia renováveis utilizadas
Energia Solar
Energia Oceânica
Energia Geotérmica
Energia da Biomassa
Energia Hídrica
Energia Eólica
Energia Solar: A Luz solar como fonte de energia renovável, limpa e sustentável
A energia solar é considerada renovável pois é criada a partir do calor do sol, ou seja, enquanto
houver luz solar, esta energia pode continuar a ser usada. Além disso, ela é uma energia
sustentável e possui baixo impacto ambiental. Portanto a energia solar é uma fonte de energia
renovável e limpa.
A energia solar é captada quando a energia do sol é convertida em energia elétrica ou usada para
aquecer água ou outros líquidos. O potencial da energia solar é tão grande que estima-se que se
toda a energia do sol fosse aproveitada seria suficiente para gerar mais de 1800 vezes a energia
consumida no mundo.
Energia solar fotovoltaica (FV)
A energia solar fotovoltaica, fonte de energia renovável, converte a luz solar diretamente em
eletricidade usando células fotovoltaicas. Sistemas fotovoltaicos podem ser instalados em
telhados para produzir a energia para o auto consumo, em regiões isoladas e até mesmo em
veículos elétricos como barcos e carros movidos a energia solar. A energia solar fotovoltaica
também é utilizada em grandes centrais fotovoltaicas para gerar energia limpa para milhares de
consumidores.

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Energia solar térmica
São sistemas de energia renovável que convertem o calor da luz solar em energia térmica. A
maioria dos sistemas solares térmicos utilizam a energia solar para aquecimento de água (como o
aquecedor solar). No entanto, esta energia limpa e sustentável pode ser utilizada para acionar um
ciclo de refrigeração para proporcionar arrefecimento. O calor também pode ser utilizado para
produzir vapor, que pode então ser utilizado para gerar energia elétrica utilizando turbinas.
Energia oceânica: A energia renovável provinda do mar
O oceano oferece várias formas de energia renovável, e cada uma é impulsionada por forças
diferentes. Energia a partir das marés e das ondas do mar pode ser aproveitada para gerar energia
sustentável, o calor armazenado na água do mar também pode ser convertido em eletricidade
através de trocadores de calor.
Energia das ondas
O movimento de vai-e-vem ou, para cima e para baixo das ondas pode ser capturado e utilizado
para gerar energia renovável. Por exemplo, para forçar o ar para dentro e para fora de uma
câmara conduzindo um pistão ou girando uma turbina que pode alimentar um gerador de energia
elétrica.
Energia das marés
O aproveitamento da energia das marés envolve aprisionamento de água na maré alta e, utiliza a
vazão no período onde a maré está baixando para gerar energia elétrica renovável. É uma forma
similar às hidrelétricas. Algumas grandes instalações no Canadá e na França produzem energia
renovável suficiente para abastecer milhares de casas.
Energia Hídrica: A água como fonte de energia renovável
A energia hidrelétrica (ou energia hídrica) utiliza a água (fonte de energia renovável) em
movimento para gerar energia elétrica. A pressão da água que flui sobre as lâminas de uma
turbina roda um eixo e aciona um gerador elétrico, convertendo o movimento em energia elétrica
(também chamada de hidroeletricidade).
Energia hidrelétrica
Em Mocambique esta fonte de energia renovável representa 70% da geração de energia do país.
As usinas hidrelétricas são divididas em Centrais Hidrelétricas (Usinas maiores que 30MW) e
PCHs Pequenas Centrais hidrelétricas (menores que 30MW). A maior usina hidrelétrica do
Brasil é Itaipu, com uma potência instalada de 14.000MW.

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Energia Eólica: A energia renovável dos ventos:
A energia eólica é gerada através da conversão de correntes de Energia Renovável - Energia
Eólica vento em outras formas de energia, usando turbinas eólicas. A energia eólica é
considerada uma fonte de energia limpa, renovável e sustentável.
Energias não renováveis são aquelas que se encontram na natureza em grandes quantidades,
mas uma vez esgotadas, não podem mais ser regeneradas. Têm reservas finitas, pois é necessário
muito tempo para sua formação na natureza. São consideradas energias poluentes, porque sua
utilização causa danos para o meio-ambiente.

Exemplos de energia não renováveis:

Combustíveis fósseis: como o petróleo, o carvão mineral, o xisto e o gás natural.

Vantagens e Desvantagens da Energia Solar Fotovoltaica


As vantagens da energia solar para geração de energia elétrica são principalmente: baixa
necessidade de manutenção, ser uma energia limpa, sustentável, renovável e uma solução para
áreas sem eletricidade o baixo impacto ambiental, sua instalação simples, seu baixo custo em
relação ao tempo de vida útil de mais de 25 anos e o fato da energia solar poder ser utilizada em
regiões que ainda não possuem distribuição pela rede elétrica convencional. o fato de os sistemas
fotovoltaicos possuírem uma alta durabilidade (de mais de 25 anos), instalação simples e mínima
manutenção, além de serem flexíveis, ocupando pouco espaço e com a possibilidade de
instalação em diferentes áreas.
Desvantagens da Energia Solar
As desvantagens da energia solar são: Não funcionar à noite sem sistemas com baterias, alto
custo de instalação, sendo pouco acessível para pessoas de baixa renda, poucos incentivos no
país e, por terem vida útil alta, existem poucos estudos sobre os impactos provenientes do
descarte dos painéis.

Elaborado por: Estefanio Alfredo Dias contacto: 846823119

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