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PROGRAMA DE

BIOLOGIA
11ª Classe

2.º CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO GERAL

ÁREA DE CIÊNCIAS FÍSICAS E BIOLÓGICAS


Ficha Técnica

Título
Programa de Biologia - 11ª Classe
(Área de Ciências Físicas e Biológias)
Editora
Editora Moderna, S.A.
Pré-impressão, Impressão e Acabamento
GestGráfica, S.A.
Ano / Edição / Tiragem
2014 / 2.ª Edição / 2.000 Ex.

E-mail: geral@editoramoderna.com

© 2014 EDITORA MODERNA


Reservados todos os direitos. É proibida a reprodução desta obra por
qualquer meio (fotocópia, offset, fotografia, etc.) sem o consentimento
escrito da editora, abrangendo esta proibição o texto, as ilustrações e o
arranjo gráfico. A violação destas regras será passível de procedimento
judicial, de acordo com o estipulado no código dos direitos de autor.
ÍNDICE

Introdução Geral da Biologia no 2.º Ciclo do Ensino Secundário Geral ----- 4


Objectivos Gerais da Biologia no 2.º Ciclo do Ensino Secundário Geral ---- 5
Objectivos Gerais da Biologia na 11.ª Classe ---------------------------------- 7
Distribuição dos Temas por Trimestre e Tempos Lectivos ------------------- 9
Conteúdos Programáticos ----------------------------------------------------- 10
Avaliação ----------------------------------------------------------------------- 22
Bibliografia Consultada ------------------------------------------------------- 23

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11ª CLASSE

INTRODUÇÃO GERAL DA biologia


no 2.º ciclo do ensino secundário GERAL
A formação e a melhoria da qualidade científica dos alunos constituem duas
das condições essenciais para a obtenção de níveis elevados de eficácia e qualidade
de formação num sistema de conceitos biológicos adaptados às mudanças
socioeconómicas do país.

O ensino da Biologia no 2.º ciclo tem um desenvolvimento que obedece a uma


programação linear e sistemática em todas as classes subsequentes. Este ciclo
está estruturado em três classes – 10.ª, 11.ª e 12.ª – e nele se estuda a Biologia
geral, Anatomia e Fisiologia vegetal e animal, Genética, Evolução, Ecologia e
Sistemática. Também está relacionado com o ambiente e processos vitais, entre
outros temas. Apesar da grande diversidade dos sistemas vivos, existem nos
organismos características comuns relacionadas com a sua composição química,
estrutura, funções e suas relações com o ambiente.

Na estruturação deste programa teve-se em conta os conhecimentos adquiridos


pelos alunos nas classes anteriores, mediante as disciplinas de Estudo do Meio,
Ciências da Natureza e Biologia.

No desenvolvimento desta disciplina, neste ciclo, procura-se que os alunos


adquiram um sistema de conceitos que constituam bases sólidas sobre as quais
se desenvolverá um Homem moderno capaz de servir a sociedade, podendo
modificá-la e transformá-la usando uma politica de conservação e gestão dos
recursos naturais.

O princípio de “politecnização” manifesta-se aqui, de igual modo, em todo o


ensino: o fundamento teórico das leis Biológicas aplicáveis a diversos campos,
como a agricultura, a medicina e outros, deve, pois, cumprir-se neste ciclo.

Deste modo, procura-se preparar os alunos tanto para o prosseguimento dos


estudos como para a vida activa, e ainda para a protecção e conservação da saúde.

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PROGRAMA DE BIOLOGIA

Objectivos Gerais da biologia


no 2.º ciclo do ensino secundário GERAL
1. Formar bases sólidas para a formação científica dos alunos.

2. Conhecer o desenvolvimento alcançado pelas ciências em geral e em


particular no campo da Biologia.

3. Desenvolver um sistema de conceitos acerca das leis, processos e princípios


que permitam:

›› Integrar, aprofundar e ampliar os conhecimentos biológicos iniciados nos


níveis anteriores;

›› Garantir a sua articulação com o nível superior.

4. Desenvolver condições que capacitem o aluno para transferir os


conhecimentos e habilidades de modo a conseguir criar novas situações.

5. Desenvolver a capacidade de realizar observações e experiências que


proporcionem aos alunos a apropriação de conhecimentos com base na
percepção através de operações lógicas do pensamento.

6. Desenvolver capacidades para o trabalho biológico e sua aplicação na vida.

7. Contribuir para o desenvolvimento físico dos alunos utilizando as


possibilidades que lhe oferece a disciplina, referentes à protecção e
conservação da saúde.

8. Desenvolver um sistema de conceitos acerca da evolução do mundo vegetal


e animal.

9. Compreender os processos que permitem o intercâmbio energético material


entre a célula e o ambiente.

10. Desenvolver nos alunos a consciência da necessidade de cuidar e proteger


o meio ambiente.

11. Criar hábitos, desenvolver habilidades e capacidades que permitam aos


alunos adquirir conhecimentos de forma independente.

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11ª CLASSE

12. Desenvolver as capacidades de observação de testagem de hipóteses e da


realização de procedimentos experimentais e de tipo investigatório.

13. Desenvolver a capacidade do trabalho em grupo, a autonomia e o gosto


por aprender.

14. Aplicar conhecimentos de resolução dos problemas do quotidiano.

15. Familiarizar-se com algumas características do trabalho científico.

16. Utilizar o trabalho experimental no sentido de desenvolver capacidades e


promover aprendizagens significativas.

17. Desenvolver o respeito por valores implícitos na relação do ser humano


com o mundo vivo.

18. Desenvolver a educação estética a partir da Natureza viva.

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PROGRAMA DE BIOLOGIA

Objectivos Gerais da BIOLOGIA na 11.ª classe


›› Conhecer teorias sobre a origem da Terra.

›› Relacionar as características da Terra primitiva com hipótese sobre a origem


da vida na Terra.

›› Conhecer os principais modelos explicativos da diversidade e origem das


espécies.

›› Relacionar a necessidade de classificações em Biologia com a grande


diversidade de formas vivas.

›› Conhecer a importância, relações evolutivas e características dos


procariontes, protistas e fungos.

›› Conhecer características dos principais grupos de plantas.

›› Compreender o significado evolutivo do desenvolvimento progressivo da


geração esporófita e redução da geração gametófita no ciclo de vida das
plantas.

›› Identificar dois aspectos do ciclo de vida das angiospérmicas que contribuem


para o sucesso evolutivo destas plantas no meio terrestre.

›› Explicar as características importantes do ciclo de vida de uma


angiospérmica.

›› Identificar características gerais dos moluscos.

›› Identificar as caracteristicas do Filo Annelida.

›› Caracterizar as classes do Filo Arthropoda.

›› Identificar os representantes de cada classe.

›› Definir as principais características dos equinodermes.

›› Definir as principais características dos cordados.

›› Definir as características dos urocordados ou tunicados.

›› Esquematizar a estrutura de um ascídia.


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11ª CLASSE

›› Definir as características apresentadas pelos cefalocordados. Esquematizar a


estrutura anatómica de um anfioxo.

›› Identificar as principais características do subfilo vertebrata (vertebrados).

›› Identificar as características dos peixes, tetrápodes, bem como das classes


que os compõem.

›› Dar exemplo dos organismos representantes de cada grupo.

›› Identificar as características das classes Agnatha, Chondrichthyes e


Osteichthyes.

›› Identificar as características das classes Amphibia, Reptilia, Aves e Mammalia.

›› Conhecer o critério básico de sistemática animal.

›› Relacionar as características estruturais e funcionais dos animais com as


condições do ambiente em que vivem.

›› Interpretar dados relativos à história evolutiva dos animais.

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PROGRAMA DE BIOLOGIA

DISTRIBUIÇÃO DOS TEMAS


POR TRIMESTRE E TEMPOS LECTIVOS

Dosificação

1º TRIMESTRE

Tema 1 - Origem da vida na Terra ....................................... 12 tempos


Tema 2 - Diversidade e origem das espécies ....................... 20 tempos
Tema 3 - Diversidade e classificação das espécies .............. 10 tempos
Aulas de revisão ........................................................................... 2 tempos

Total .......................................................................... 44 tempos

2º TRIMESTRE

Tema 4 - Reinos Monera, Protista e Fungi .......................... 18 tempos


Tema 5 - Reino Plantae .......................................................... 22 tempos
Aulas de revisão ........................................................................... 4 tempos

Total .......................................................................... 44 tempos

3º TRIMESTRE

Tema 6 - Reino Animal ......................................................... 38 tempos


Aulas de revisão ........................................................................... 4 tempos

Total .......................................................................... 44 tempos

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11ª CLASSE

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
Tema 1 - Origem da vida na Terra

1.1. Origem da terra – Hipótese Nebular.

1.2. Ambiente prebiótico na Terra primitiva.

1.3. Algumas hipóteses sobre a origem da vida:


›› Criacionismo;
›› Hipótese Cosmozóica;
›› Hipótese Autotrófica;
›› Hipótese Heterotrófica.

1.4. Modelo de Oparin/Haldane:


›› Atmosfera primitiva;
›› Síntese abiótica de moléculas orgânicas;
›› Evolução dos compostos orgânicos;
›› Agregados pré-celulares: primeiras células.

1.5. Novas perspectivas sobre a origem da vida.

Tempo ................................................................................ 12 aulas

Objectivos específicos:
›› Referir a composição química da atmosfera primitiva e da atmosfera actual.
›› Ordenar por ocorrência no tempo: evolução biológica, síntese abiótica de
substâncias orgânicas simples, formas pré-biológicas, primeiras formas de
vida, evolução química.
›› Explicar as duas principais hipóteses sobre a origem das primeiras substâncias
orgânicas.
›› Explicar os elementos mais abundantes na matéria orgânica.
›› Identificar a hipótese de Oparin/Haldane.
›› Referir as prováveis fontes de energia na Terra necessárias à síntese dos
primeiros compostos orgânicos segundo o modelo de Oparin.

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PROGRAMA DE BIOLOGIA

›› Definir evolução química ou molecular, “sopa” ou coacervado.


›› Definir coacervado segundo Oparin e formas pre-biológicas; indicar
a diferença entre coacervado e células primitivas; mencionar algumas
características dos primeiros seres vivos segundo a hipótese de Oparin/
Haldane.
›› Identificar as alterações que ocorreram na atmosfera primitiva devido ao
aparecimento dos seres fotossintéticos.

Sugestões metodológicas:
É preciso que o professor realce as diferenças marcantes entre a atmosfera
primitiva e a actual. Deve recordar que a Terra era um lugar árido completamente
desértico e com uma atmosfera considerada por alguns redutora, ao passo que,
agora, a Terra possui uma atmosfera oxidante e está cheia de vida. Se for possível,
realçar esta diferença através de análise e interpretação de figuras. É aconselhável
a recolha de sugestões na turma, acerca dos fósseis, procurando saber se é um
termo novo ou conhecido. Os alunos devem conhecer e compreender o que
é um fóssil, sua importância e salientar que foi graças ao estudo das rochas
fossilíferas e a outros fósseis que os cientistas tomaram conhecimento do passado
da Terra. Também foram os fósseis que permitiram justificar as características
apresentadas pelas primeiras formas de vida. Lembrar que os fósseis mais antigos
que se conhecem são muito semelhantes às células procariotas actuais. Uma vez
que os primeiros seres que apareceram na Terra foram procariotas, cabe a cada
aluno rever as noções celulares dadas na 10.ª classe e compreender as diferenças
existentes entre a célula procariota e eucariota. Noções químicas, como
monómero, polímero, amido, glicose, proteína, aminoácido, libido, glicerol, ácido
gordo e fermentação, devem ser recordadas para que os alunos possam entender
a composição e evolução química ou molecular da atmosfera. Atendendo que as
condições da Terra primitiva seriam determinantes para a origem e evolução da
vida, devem ser analisados os princípios da teoria nebular, integrando assim a
origem da Terra num contexto mais amplo que o do sistema solar.

Ao longo da História da humanidade, o problema da origem da vida tem


preocupado o Homem, que foi apresentando diferentes explicações influenciadas
pelo ambiente sociocultural e religioso. O professor deve suscitar uma análise
crítica às diferentes explicações à luz da ciência, fazendo um confronto de ideias.

Propõe-se a discussão do modelo de Oparin/Haldane fazendo a discussão


de experiências célebres (Miller e Fox) cujos resultados apoiaram alguns dos
pressupostos do modelo.

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11ª CLASSE

Apresentar críticas ao modelo de Oparin/Haldane. Referência a novas


perspectivas na abordagem do problema, principalmente uma possível origem
exógena dos compostos orgânicos.

Trabalho experimental sobre coacervação.

Tema 2 - Diversidade e origem das Especies

2.1. Teorias fixistas.

2.2. Teorias evolucionistas.


2.2.1. Lamarckismo.
2.2.2. Argumentos do Evolucionismo.
2.2.2.1. Argumentos Paleontológicos.
2.2.2.2. Argumentos de Anatomia Comparada.
2.2.2.3. Argumentos embriológicos.
2.2.2.4. Argumentos citológicos.
2.2.2.5. Argumentos bioquímicos.

2.3. Neodarwinismo.
2.3.1. Factores de Evolução.

2.4. Especiação.
2.4.1. Mecanismos de especiação.
2.4.2. Especiação por isolamento geográfico.
2.4.3. Especiação por isolamento ecológico.
2.4.4. Especiação por barreira de híbridos.
2.4.5. Especiação por poliploidia.
2.4.6. Especiação por poliploidia e modelos de evolução.

Tempo ................................................................................ 17 aulas

Objectivos específicos:
›› Reconhecer os dois princípios fundamentais de Lamarck para explicar o
mecanismo da evolução.
›› Definir o conceito de adaptação do ser vivo.
›› Explicar a Lei da Herança dos Caracteres. Reconhecer importância do meio
na evolução, segundo Lamarck.

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PROGRAMA DE BIOLOGIA

›› Mencionar os fundamentos teóricos do Darwinismo.


›› Sistematizar o conteúdo da teoria de Darwin.
›› Reconhecer a importância do meio no Darwinismo.
›› Mencionar os princípios do Neodarwinismo. Referir factores de evolução.

Sugestões metodológicas:
O professor deve fazer o levantamento geral de conceitos relacionados com
o aparecimento do mundo vivo e criar um mini debate onde os alunos, em
colaboração com o professor, abordam questões acerca da origem dos seres vivos,
não se esquecendo do conceito bíblico existente no livro de Génesis, que é também
um dos dados explicativos sobre a origem do mundo vivo. Para os argumentos
do evolucionismo é recomendável, para cada caso específico, acompanhar a
explicação não só com ilustrações do livro ao alcance, mas também com dados
fósseis, peças anatómicas conservadas, esquemas, embriões dos animais, etc., a
fim dos alunos poderem relacionar, diferenciar e analisar os caracteres estruturais
paleontológicos e embriológicos, identificando semelhanças. A cada aluno caberá
a tarefa de rever e recordar que na constituição dos organismos estão incluídas
biomoléculas como os prótidos, os lípidos, os glícidos, os ácidos nucleicos,
o DNA e o RNA, já que os argumentos bioquímicos baseiam-se em estudos
homónimos que contribuíram fundamentalmente para o estabelecimento de
relações filogenéticas.

É importante que os alunos revejam a matéria dada na 10.ª classe, recordando


conceitos básicos como: reprodução, fecundação, gâmetas, mitose, fases de divisão
celular, fuso acromático, mutações génicas e cromossómicas e variabilidade
genética. Só assim é possível integrar o novo conhecimento e compreender a
essência dos princípios neodarwinistas.

Tema 3 - Diversidade e Classificação das Espécies

3.1. Classificações Biológicas e sua evolução.


›› Classificações fenéticas.
›› Classificações filogenéticas.
›› Conceito multidimensional de espécie.

3.2. Lineu e o desenvolvimento das classificações.


›› Hierarquia taxonómica.
›› Nomenclatura – regras básicas.

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11ª CLASSE

3.3. Critério de classificação.


3.4. Seres procariontes e seres eucariontes.
3.5. Sistema de classificação de Whittaker.

Tempo ................................................................................ 10 aulas

Objectivos específicos:
›› Identificar dois grandes reinos segundo a classificação de Lineu.
›› Definir taxon; identificar as sete principais categorias taxonómicas.
›› Ordenar a hierarquia taxonómica segundo o sistema de Lineu.
›› Definir as regras básicas de nomenclatura, segundo Lineu.
›› Analisar o significado da nomenclatura binominal para a espécie.

Sugestões metodológicas:
Neste tema, o professor deve, em colaboração com os alunos, analisar e
interpretar a diversidade: explicar como os cientistas organizaram os seres vivos
sob uma perspectiva que lhes permitisse melhor compreender e comunicar
acerca deles. Em relação à diversidade da vida, o professor poderá, através do
diálogo, investigar se os alunos estão recordados do termo “variedade biológica”
ou mesmo “biodiversidade” e ajudá-los a entender, através do diagrama sobre
a Historia Geológica da Vida, começando pelos fósseis mais antigos de seres
procariotas, os quais, por evolução, originaram os organismos eucariotas. Com a
colaboração dos alunos, o professor deverá elaborar um diagrama de rectângulos
de forma a agrupar os organismos de acordo com as características comuns por
eles apresentados. É recomendada a análise do conceito de “espécie”, desde o
conceito de John Ray (século XVII) até ao conceito biológico de Ernst Mayr (1942).
Salientar que não existe um único conceito de espécie de aplicação universal, o que
justifica a necessidade de se adaptar um conceito multidimensional susceptível
de caber em diferentes situações.

Aula prática (saída de campo)


O professor deve, antes de mais, explicar a importância das aulas de campo,
que servem não só para a recolha de material biológico, mas também para o
levantamento de problemas e para a análise e interpretação de observações

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PROGRAMA DE BIOLOGIA

feitas, entre outras questões. É importante programar uma saída de campo para
que os alunos possam constatar “in loco” a grande diversidade de seres vivos
presentes na biosfera e a sua relação com o meio, nomeadamente especializações
morfológicas, e a partir daí compreenderem a importância e a necessidade da
classificação biológica, organizando grupos de seres vivos de acordo com critérios
pré-estabelecidos.
É conveniente a distribuição dos alunos em grupos, a fim de facilitar a recolha
de plantas ou animais para serem levados para o laboratório de Botânica ou
Zoologia. O professor deve procurar orientar os alunos no sentido de recolher
amostras morfológicas, mas também levá-los a interpretar e a levantar questões
acerca das observações feitas, dando soluções para se proceder à sua identificação,
partindo do taxon hierarquicamente mais elevado até ao mais baixo. Deve
discutir-se o sistema de classificação em cinco reinos e os critérios utilizados
nessas classificações. A partir de exemplos de nomes científicos de seres vivos,
devem discutir-se as regras básicas de nomenclatura. Também é indispensável
organizar uma visita ao Museu de História Natural a fim de complementar os
conhecimentos acerca da biodiversidade e classificação dos seres vivos.

Tema 4 - Reino Monera, Reino Protista e Reino Fungi

4.1. Reino Monera.


›› Características dos procariontes.
›› Importância dos procariontes.

4.2. Reino Protista.


›› Protozários.
›› Algas.
›› Cicio biológico de uma alga.

4.3. Reino Fungi.


›› Características gerais dos fungos.
›› Organização estrutural.
›› Nutrição dos Fungos.
›› Reprodução.
›› Importância ecológica, económica e medicinal dos fungos.

Tempo ................................................................................ 18 aulas

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11ª CLASSE

Objectivos específicos:
›› Explicar a estrutura da célula bacteriana, referindo algumas das suas
características.
›› Identificar várias categorias dos procariontes quanto a fontes de energia e de
carbono.
›› Reconhecer o efeito do oxigénio na vida das bactérias: identificar diferentes
tipos de relações entre as bactérias e o oxigénio.
›› Ilustrar as vias de intervenção das bactérias na circulação do azoto ao nível
dos ecossistemas.
›› Analisar a importância global do ciclo do azoto ao nível dos ecossistemas.
›› Identificar a importância das bactérias na decomposição e reciclagem dos
elementos químicos.
›› Explicar as acções prejudiciais causadas por bactérias patogénicas.

Sugestões metodológicas:
É aconselhável analisar alguns aspectos da vida dos seres pertencentes aos três
reinos referidos, tornando-se evidente a diversidade em termos morfológicos, de
estrutura e de tamanho desses organismos. O professor deve referenciar entre os
três reinos o mais numeroso e, consequentemente, o dominante na biosfera, não
se esquecendo dos seus representantes mais comuns. Quanto ao Reino Monera,
salientar como foi possível o estudo mais pormenorizado, nomeadamente
graças ao uso do microscópio óptico e electrónico, etc., que permitiram grandes
ampliações. Salientar os procariontes fotossintéticos capazes de viver em simbiose
com plantas e outros organismos. Para facilitar a explicação, é conveniente a
apresentação de tabelas e outros esquemas projectados em transparências.

O professor deve realçar os benefícios, como a importância alimentar,


económica, industrial e medicinal, bem como as acções prejudiciais causadas ao
Homem através dos organismos pertencentes aos três reinos (Monera, Protista
e Fungi). Se possível, recolher dados em instituições de saúde sobre o registo
do índice de contaminação de doenças infecciosas bacterianas, causadas ao ser
humano, e a forma de tratamento pelos antibióticos. Esses dados recolhidos
deverão ser analisados e interpretados de modo a que o professor possa
acompanhar o nível de entendimento dos alunos. Como exemplo de acções
prejudiciais provocadas por bactérias patogénicas, existem o tétano, a lepra, a
tuberculose, a cólera, a diarreia; a pneumonia por protozoários e parasitas,

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PROGRAMA DE BIOLOGIA

podendo referir-se o Trypanosoma flagelado que provoca a doença do sono e o


Plasmodium, que é um protozoário que provoca a malária. Fazer referência ao
ciclo de vida destes protozoários e ao modo como se transmitem as doenças. A
matéria deve ser programada de modo a recorrer sempre que possível a tabelas,
diagramas, microfotografias e gravuras a fim de facilitar a compreensão das
divisões e diferenças dos organismos pertencentes aos diferentes reinos.

Aula prática (laboratório)


É indispensável uma prévia explicação sobre a importância do trabalho
laboratorial investigativo, que é uma das principais formas de testar em termos
práticos aquilo que é abordado. Durante a primeira aula, os alunos deverão
preparar a cultura das bactérias, utilizando o material e os meios de cultura
adequados, seguindo o procedimento recomendado no guia ou protocolo
prático. Após o desenvolvimento de colónias de bactérias, os alunos deverão não
só acompanhar as fases de desenvolvimento, como também interpretar e levantar
questões sobre as observações feitas. Para a segunda aula prática, o professor,
em colaboração com os alunos, deve preparar o material no dia anterior e
proceder de acordo com a metodologia indicada no protocolo prático. Deve
fazer preparações temporárias de infusões variadas, observar ao microscópio
com o objectivo de identificar, por comparação com figuras, alguns dos protistas
mais comuns. Devem esquematizá-los, diferenciá-Ios e descrever as diferenças
morfológicas. Importa salientar a divisão das algas, referindo as características
de diferenciação e de semelhança com as plantas, e referir o especial interesse
dos clorófitas, por serem provavelmente ancestrais das plantas. Na terceira aula
prática, seguindo o material e metodologia recomendados, o professor deverá
orientar os alunos de forma a interpretar as figuras das preparações definitivas que
evidenciem o processo de reprodução sexuada da espirogira. Em seguida, através
de preparações temporárias feitas com alguns filamentos da espirogira, observar
ao microscópio, esquematizar uma das células e legendar. Na quarta aula, devem
ser observadas e analisadas com rigor as diferentes etapas de desenvolvimento
de um fungo, como por exemplo um bolor. Identificar e descrever os aspectos
gerais do fungo que se desenvolvem num pedaço de pão húmido, contido numa
placa de Petri, depois de alguns dias. Para além disso, devem esquematizar o que
observaram e fazer a respectiva legenda.

Por último, deve salientar-se a importância dos fungos não só nos ecossistemas,
como também em actividades humanas.

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11ª CLASSE

Tema 5 - Reino Plantae

5.1. As plantas e a colonização do meio terrestre.

5.2. Plantas não vasculares – Divisão Bryophyta.


›› Ciclo biológico de um musgo.

5.3. Plantas Vasculares - Divisão Tracheophyta.


›› Classe Filicinae – Ciclo biológico de uma Filicínea.
›› Classe Gimnospermae – Ciclo biológico de uma Gimnospérmica.
›› Classe Angiospermae – Ciclo biológico de uma Angiospérmica.

Tempo ................................................................................ 22 aulas

Objectivos específicos:
›› Reconhecer as características das divisões Bryophyta e Tracheophyta.
›› Caracterizar as Filicíneas e dizer como são vulgarmente designados os seus
representantes.
›› Comparar o ciclo de vida de um polipódio, a nível de estrutura; a geração
esporófita e a geração gametófita.
›› Fazer um diagrama que represente o ciclo de vida do polipódio (polypodium).
›› Mencionar características relacionadas com a reprodução que permitiu a
conquista de diferentes habitantes pelas plantas vasculares.
›› Fazer o diagrama do ciclo de vida de uma Gimnospérmica.
›› Esquematizar o ciclo de vida de uma Angiospérmica (Ayucena).

Sugestões metodológicas:
O professor deve sensibilizar os alunos a rever a matéria dada na 7.ª e 9.ª
classes, a respeito da dinâmica dos ecossistemas e organização dos seres vivos,
para poderem relacionar e integrar o novo conhecimento. Deve existir sempre
diálogo aberto de modo que a se active o contacto entre o professor e o aluno e
a que este se possa sentir desinibido para solicitar algum esclarecimento, tirando
as dúvidas necessárias sempre que possível.
Numa primeira fase, o professor deve incumbir os alunos da tarefa de
realizarem uma vista conjunta ao campo a fim de constatarem “in loco” a grande

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PROGRAMA DE BIOLOGIA

variedade de plantas, desde as formas mais simples às formas mais complexas,


compreendendo o sucesso das plantas na colonização do meio terrestre. É de
realçar, mais uma vez, a importância das aulas de campo, enquadrando-as dentro
dos trabalhos de investigação científica. Os alunos devem ter a guia prática com
dois dias de antecedência, a fim de poderem estudar a metodologia de trabalho
e preparar o material indicado para a respectiva aula. Durante a recolha do
material biológico, os alunos devem aprender a secar e a prensar uma planta e,
posteriormente, a identificá-la e enquadrá-la no seu respectivo grupo, utilizando
tabelas de classificação. É neste trabalho que o professor deve criar nos alunos
o espírito de investigação, a capacidade de levantar questões que os conduzam
obrigatoriamente a procurar e a encontrar soluções. É importante relacionar,
diferenciar e agrupar toda uma gama de situações aplicando conhecimentos
teóricos já adquiridos, para que os futuros biólogos possam desde já reunir os
pré-requisitos para o seu futuro enquadramento no mundo da investigação.
Atendendo a que o acto de aprender é activo e individual, cabendo a cada aluno
a tarefa de aprender, o professor deve incentivar o aluno a estudar, explorando
cada vez mais os conhecimentos científicos ligados a cada um dos grupos de
plantas. Deste modo o aluno estará não só a aplicar os conhecimentos teóricos
adquiridos, mas também a compreender a importância dos trabalhos de
investigação. É recomendado ao professor desenvolver todo este tema numa
perspectiva evolutiva, suscitando a discussão e o estabelecimento de relações
entre o surgimento de certas características e a importância dessas características
na adaptação ao ambiente terrestre.

Tema 6 - Reino Animalia

6.1. Classificação dos animais – alguns critérios.

6.2. Sub-reino Parazoa.


6.2.1. Filo Porífero.

6.3. Sub-reino Eumetazoa.


›› Radiata.
›› Filo Cnidária.
• Acelomados.
›› Filo Platyhelminthes (platelmintos).
• Pseudocelomados.
›› Filo Nematoda (Nematelmintos).
• Celomados – Protostómios.

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11ª CLASSE

›› Filo Mollusca (moluscos).


›› Filo Annelida (anelídeos).
›› Filo Arthrópoda (Artrópodes).
• Celomados Deuterostómios.
›› Filo Echinodermata (Equinodermes).
›› Filo Chordata.
• Urochordata.
• Cephalochordata.
• Vertebrada.

Tempo ................................................................................ 38 aulas

Objectivos específicos:
›› Fazer a legenda do esquema de cortes de um celenterado.
›› Descrever as características gerais dos cnidários.
›› Esquematizar a estrutura de um platelminto (planaria) e fazer a respectiva
legenda.
›› Sistematizar as características dos platelmintos.
›› Esquematizar a estrutura anatómica de um nematelminto e legendar.
›› Identificar características gerais dos animais do Filo Nematoda.
›› Explicar vantagens apresentadas pelos animais celomados relativamente
àqueles que não possuem qualquer cavidade no organismo além da cavidade
digestiva.
›› Reconhecer classes mais importantes do Filo Mollusca.

Sugestões metodológicas:
É importante que o professor sensibilize os alunos para reverem a matéria dada
no que diz respeito à dinâmica dos ecossistemas e organização celular dos seres
vivos, para relacionar e integrar o novo conhecimento. Em relação à diversidade
e classificação dos animais, deve criar-se um mini debate a partir do quotidiano
dos alunos, começando por lembrar que os animais domésticos com que vivem
também têm um nome vulgar pelo qual são chamados ou tratados. Isto é, para
conduzir os alunos à ideia da grande necessidade de se agruparem não só as plantas
mas também os animais, de forma organizada, e de serem tratados não só pelo
nome vulgar mas também pelocientífico. Os alunos devem ter sempre presente

20
PROGRAMA DE BIOLOGIA

a árvore filogenética para poderem facilmente relacionar filogeneticamente o


animal e enquadrá-lo no seu respectivo Filo. É indispensável para o estudo dos
diferentes Filo (desde a Porifera aos Chordata) acompanhar este estudo não só
pelas figuras do livro, mas também através de animais conservados e de peças
anatómicas existentes no laboratório de Biologia, ou material didáctico existente
num Museu de História Natural. Durante os estudos é importante realçar a
estrutura dos organismos representantes, características dos Filos, respectivas
classes, etc. O diálogo entre o professor e o aluno é um factor que permite a
participação do estudante de forma mais activa, quebrando a rotina e evitando
que as aulas se tornem mortas. A sistemática deve ser desenvolvida numa
perspectiva evolutiva. Deve ser acompanhada do estudo da anatomia (aspectos
fundamentais) dos animais-tipo dos diferentes Filos de modo a consciencializar
para a progressiva complexidade na escala animal e para o significado evolutivo
dessa complexidade. Por exemplo, os alunos devem:

›› Compreender as vantagens evolutivas de um tubo digestivo completo (com


boca e ânus) relativamente a uma cavidade digestiva apenas com uma
abertura.
›› Identificar as vantagens de um sistema circulatório fechado relativamente a
um sistema circulatório aberto.
›› Discutir as vantagens da circulação dupla em relação à circulação simples e
da circulação completa relativamente à incompleta.
›› Relacionar os diferentes tipos de revestimento com as características
ambientais, etc.

É recomendada uma saída em grupo ao campo, não só para se constatar no


terreno a biodiversidade animal mas também para fazer a recolha do material
biológico sempre que este é necessário para o estudo científico, consolidando-se
assim a teoria com a prática. O professor deve sensibilizar o aluno no sentido
deste ter iniciativa própria no que diz respeito a estudar e a formar colecções
de um grupo de organismos pertencentes a um determinado Filo, a uma classe,
ordem, etc., de modo a que o aluno possa desde já criar espírito de investigação.

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11ª CLASSE

Avaliação
O ensino é um processo cujo objectivo essencial consiste em facilitar mudanças
de comportamento, que constituem objectivos educacionais.
A avaliação consiste em determinar em que medida cada um dos objectivos
foi atingido, comparando os objectivos e os resultados.

Objecto da avaliação
Devem ser avaliados os seguintes aspectos:
›› Domínio das teorias, leis e princípios;
›› Grau de compreensão dos fenómenos abordados;
›› Capacidade de aplicar as conhecimentos adquiridos;
›› Capacidade de manusear as aparelhos e utensílios de laboratório;
›› Capacidade de interpretar as fenómenos observados;
›› Capacidae de observação e descrição.

Instrumento de avaliação
Devem utilizar-se instrumentos diversificados, tais como: teste escrito, ensaios
experimentais, pesquisas individuais e/ou de grupo e diálogo com o aluno.

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PROGRAMA DE BIOLOGIA

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

SILVA, Amparo Dias da. FÉLIX, José Mário. SANTOS, Maria Ermelinda. MESQUITA,
Almira Fernandes. BALDAIA, Ludovino (1998). Terra, Universo de Vida – Biologia
– 12.º Ano (1.ª parte). Porto Editora, Porto.

ROBERTIS Y ROBERTIS (1991). Biologia Celular Y Molecular, (4.ª Reimpression).


Libreria “El Ateno” Editorial. Buenos Aires – Lima – Rio de Janeiro.

ROQUE, Mercês e CASTRO, Adalmiro; Ciências da Terra e da Vida. Capa e Design


gráfico, J.M. Porto Editora. ISBN n.º 972-0-42123–1.

SILVA A.D. e outros (1988). Ciências da Terra e da Vida – Biologia 11.º Ano. Porto
Editora, Porto.

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