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1ª edição
Fisiologia
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Fisiologia
DIREÇÃO SUPERIOR
Chanceler Joaquim de Oliveira
Reitora Marlene Salgado de Oliveira
Presidente da Mantenedora Wellington Salgado de Oliveira
Pró-Reitor de Planejamento e Finanças Wellington Salgado de Oliveira
Pró-Reitor de Organização e Desenvolvimento Jefferson Salgado de Oliveira
Pró-Reitor Administrativo Wallace Salgado de Oliveira
Pró-Reitora Acadêmica Jaina dos Santos Mello Ferreira
Pró-Reitor de Extensão Manuel de Souza Esteves
FICHA TÉCNICA
Texto: Ludmila Amitrano Mannarino
Revisão Ortográfica: Rafael Dias de Carvalho Moraes & Christina Corrêa da Fonseca
Projeto Gráfico e Editoração: Antonia Machado, Eduardo Bordoni, Fabrício Ramos e Victor Narciso
Supervisão de Materiais Instrucionais: Antonia Machado
Ilustração: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos
Capa: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos
COORDENAÇÃO GERAL:
Departamento de Ensino a Distância
Rua Marechal Deodoro 217, Centro, Niterói, RJ, CEP 24020-420 www.universo.edu.br
Informamos que é de única e exclusiva responsabilidade do autor a originalidade desta obra, não se responsabilizando a ASOEC
pelo conteúdo do texto formulado.
© Departamento de Ensi no a Dist ância - Universidade Salgado de Oliveira
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ou por nenhum meio sem permissão expressa e por escrito da Associação Salgado de Oliveira de Educação e Cultura, mantenedora
da Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO).
Fisiologia
Palavra da Reitora
Reitora.
Fisiologia
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Fisiologia
Sumário
Nervosa e Muscular........................................................................................................... 33
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Fisiologia
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Fisiologia
Apresentação da disciplina
Caro aluno,
Sendo uma palavra de origem grega, physis (natureza) logos (estudo), tem
uma abrangência muito grande, por isso ela é dividida em seguimentos como:
celular, vegetal, microbiana, animal, viral e humana. Nosso estudo será baseado na
fisiologia humana.
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Fisiologia
Bons estudos!
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Plano da disciplina
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Fisiologia
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Fisiologia
1 Compartimentalização
dos líquidos corporais e
homeostasia
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Fisiologia
Guyton & Hall. Tratado de Fisiologia Médica - 12ª edição. Rio de Janeiro:
Elsevier Editora Ltda., 2011. Cap. 2 - A célula e suas Funções
Objetivos da unidade:
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Fisiologia
Plano da unidade:
Bons estudos!
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LIC 30-40
LIS 15-16
Transcelular 1-3
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Difusão
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Transporte Ativo
Osmose
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Importante!
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Fisiologia
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Fisiologia
durante o parto. Quanto mais a criança distende o canal do parto durante o seu
nascimento, mais ocitocina é secretada, logo mais contrações vão ocorrer. No
feedback positivo é necessário um fator para cessar a alimentação do sistema e no
caso da ocitocina, é o parto, ou seja, a expulsão da criança e da placenta irá
diminuir a distensão do colo uterino.
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Fisiologia
Limite Limite
Valor Valor
Não –letal Valor Não –letal
normal normal
mínimo normal Máximo
mínimo máximo
(aproximado) (aproximado)
Oxigênio
10 35 40 45 1.000
(mm Hg)
Dióxido de
carbono 5 35 40 45 80
(mm Hg)
Íon sódio
115 138 142 146 175
(mmol/L)
Íon potássio
1,5 3,8 4,2 5,0 9,0
(mmol/L)
Íon cálcio
0,5 1,0 1,2 1,4 2,0
(mmol/L)
Íon cloreto
70 103 108 112 130
(mmol/L)
Íon bicarbonato
8 24 28 32 45
(mmol/L)
Glicose
20 75 85 95 1.500
(mg/dL)
Temperatura
corporal 18,3 37 37 37 43,3
(°C)
Ácido-base
6,9 7,3 7,4 7,5 8,0
(pH)
Tabela 2 - Adaptação Tratado de Fisiologia Médica, cap. 1 - Gutton & Hall
Variação de 0,5 no valor de pH, para cima ou baixo, pode levar à morte.
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Fisiologia
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Fisiologia
exercer suas funções. Posteriormente, nas outras unidades, iremos descrever cada
um de forma mais detalhada.
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Fisiologia
Apesar da reprodução não ser considerada por muitos autores como uma
função relacionada à homeostasia, é por meio dela que novos seres são originados,
sendo, portanto, uma função relacionada à perpetuação da espécie, que é a base
biológica da vida. Se considerarmos que a forma sexuada de reprodução possibilita
recombinações genéticas, ela colabora com a possibilidade de originar
descendentes que sejam mais resistentes ao meio que seus progenitores.
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Fisiologia
Leitura Complementar!
Guyton & Hall. Tratado de Fisiologia Médica - 12ª edição. Rio de Janeiro:
Elsevier Editora Ltda., 2011.
Cap. 2 - Homeostasia
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Exercícios – unidade 1
a) Liquido intracelular
b) Liquido plasmático
c) Líquido intercelular
d) Líquido transcelular
a) Capilar sanguíneo
b) Membrana celular
c) Rins
d) Fígado
a) Difusão de solutos
c) Osmose
d) Transcitose
a) Difusão de solutos
c) Osmose
d) Transcitose
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Fisiologia
a) Meio interno
b) Liquido transecular
c) Liquido intracelular
a) Homeostasia
b) Adaptação
c) Feedback positivo
d) Feedback negativo
a) Homeostasia
b) Adaptação
c) Feedback positivo
d) Feedback negativo
d) O princípio da eletroneutralidade
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Objetivos da unidade:
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Plano da unidade:
Transmissão sináptica
Músculo Esquelético
Músculo Liso
Músculo Cardíaco
Bons estudos!
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Fisiologia
Para que o potencial de ação seja iniciado, é necessário que a célula esteja em
repouso (com a membrana polarizada - positiva na face externa e negativa na
interna), assim quando ela for estimulada ocorre a abertura temporária dos canais
de sódio, que devido ao gradiente de concentração, irá difundir para o meio
intracelular, resultando em uma despolarização da membrana, tornando-a mais
negativa na face externa e positiva na interna. Pelo fato do potássio estar mais
concentrado no meio intracelular, ser mais permeável e a face externa estar
carregada positivamente, ele é atraído para o meio extracelular, ocorrendo a
repolarização da membrana, tornando a face externa novamente positiva e a
interna negativa. Nesse momento a célula é capaz de responder a novos estímulos,
pois a quantidade de sódio que entrou foi pequena, e ele ainda é mais concentrado
no líquido extracelular. Mas para que a célula seja capaz de manter a excitabilidade
é necessário que ocorra a organização iônica após a despolarização, que é
conseguida com a ativação da bomba de sódio-potássio (transporte ativo),
transportando o sódio em excesso para fora da célula enquanto conduz o potássio
para dentro, retornando a condição iônica e de polaridade inicial da célula, antes
de iniciar o potencial de ação.
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Fisiologia
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Fisiologia
Sódio → despolarização
Potássio → repolarização
Cloro → hiperpolarização
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Fisiologia
por tomar decisões, gerar os comandos para serem executados pelos órgãos
efetores (músculos e glândulas) e por ser o local de armazenamento das
informações, do aprendizado, dos pensamentos, das emoções e de muitas outras
funções. A outra parte é o sistema nervoso periférico (SNP), seguimento responsável
por fazer a integração entre o SNC e todos os órgãos do nosso corpo. Quando o
SNC recebe as informações e determina comandos, tem como função manter o
organismo adaptado aos estímulos, garantindo dessa forma a homeostasia.
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Fisiologia
O nosso sistema nervoso possui quase 100 bilhões de neurônios, que são
células excitáveis e liberam mediadores químicos (neurotransmissores) que
permitem que haja uma comunicação entre si e entre eles e os órgãos efetores.
Estruturalmente esta célula é formada pelo corpo celular nucleado, que é
responsável pelas funções metabólicas e de onde partem prolongamentos que são
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Fisiologia
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Transmissão sináptica
Nas sinapses elétricas o potencial de ação é passado de uma célula para outra
pelas junções comunicantes, e ocorre com pouca frequência no SN, além de que
pouco se sabe a respeito de seu funcionamento e sua função neste tecido. Por
outro lado, as sinapses químicas é que predominam, sendo elas responsáveis pela
modulação na passagem de informação entre neurônios. Nesse tipo de sinapse as
células não se tocam, havendo entre elas um espaço denominado fenda sináptica,
onde a substância neurotransmissora é liberada pelo neurônio pré-sináptico para
atuar no receptor da célula pós-sináptica.
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Fisiologia
Cada célula pós-sináptica possui receptores que são específicos para cada
neurotransmissor, e a interação entre eles resultará em um tipo de potencial pós-
sináptico. Se o resultado dessa interação abrir os canais de sódio, despolarizando a
membrana, promoverá um potencial de ação na célula, e é denominado potencial
pós-sináptico excitatório (PPSE). Porém se forem abertos os canais de cloro e até
mesmo apenas os de potássio, haverá uma hiperpolarização da membrana, que
impede ou torna mais difícil a geração de um potencial excitatório, sendo esse o
potencial pós-sináptico inibitório (PPSI).
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Fisiologia
que o limiar excitatório da célula seja atingido, pois de acordo com a lei do tudo ou
nada, o estímulo tem que ser suficiente para que o potencial de ação ocorra e se
propague pela fibra nervosa, e uma vez conseguida a resposta de despolarização,
ela será igual, mesmo que aumente a frequência ou a intensidade do estímulo.
SN Aferente
SN Visceral
Eferente Simpático
(Involuntário)
(autônomo) Parassimpático
Os nervos são estruturas formadas por fibras nervosas (axônios), que podem
ser de neurônios aferentes ou sensitivos (quando trazem a informação para o
sistema nervoso central); e eferentes ou motoras (quando levam a informação para
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Fisiologia
Vamos refletir!
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Fisiologia
Outra classificação está relacionada com a via sensitiva que o receptor participa.
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Fisiologia
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Fisiologia
Cada via eferente autônoma é formada por dois neurônios que fazem sinapse
fora do SNC, em gânglios nervosos, os simpáticos localizam-se próximos à coluna
vertebral, e os parassimpáticos próximo ou no próprio órgão efetor. O primeiro
neurônio (pré-ganglionar) nas duas vias tem origem no SNC (em regiões diferentes)
e libera o neurotransmissor acetilcolina na fenda sináptica ganglionar, que irá
interagir no receptor colinérgico nicotínico presente no segundo neurônio (pós-
ganglionar), e esse por sua vez faz sinapse com o órgão efetor (músculo cardíaco,
liso e glândulas), sendo que o neurotransmissor liberado depende da via que o
neurônio pertence. Os neurotransmissores da via simpática são a adrenalina e a
noradrenalina, que interagem em receptores adrenérgicos do tipo α e β, dependendo
do tecido. A via parassimpática libera acetilcolina, sendo o receptor colinérgico
muscarínico.
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Fisiologia
esta, por sua vez, será distribuída por todo o nosso corpo, interagindo em todos os
receptores adrenérgicos. A via simpática também é chamada de sistema de luta e
fuga, resultando de forma geral no aumento da pressão sanguínea, do
metabolismo celular e da glicose.
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Agora iremos descrever alguns reflexos, lembrando que eles são agrupados em
todas as categorias acima descritas.
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Consequentemente, o sistema
límbico está relacionado à nossa personalidade e nossas lembranças, e é ele que
faz "sermos exatamente como somos".
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Músculo esquelético
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Quando o músculo gera força e seu comprimento não altera, dizemos que está
ocorrendo uma contração isométrica. Por exemplo, quando seguramos um objeto
sem levanta-lo, nesse caso a força exercida pelo músculo equivale à mesma força
realizada pelo do peso do objeto, apenas em sentido contrário. Mas quando
movimentamos o objeto para cima ou para baixo alterando o comprimento, a
contração é isotônica, que pode ser concêntrica quando o músculo encurta
(levantar o objeto), ou excêntrica quando o músculo aumenta o comprimento
(abaixar o objeto), sendo a força que ele exerce diferente da exercida pelo peso do
objeto.
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Fisiologia
Músculo liso
Os músculos lisos são formados por células fusiformes com núcleo central e
único, não apresentando o mesmo padrão estriado das células esqueléticas e
cardíacas, sendo suas miofibrilas organizadas pelos corpúsculos densos. A
distribuição desses pela membrana e no citoplasma, em posição fixa, permite que a
contração da célula ocorra em vários eixos. São encontrados principalmente nos
órgãos internos e nos vasos sanguíneos, e não estão sujeitos ao controle voluntário
do indivíduo, para que ocorra sua contração.
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Importante!
Potenciais também podem ser gerados por estímulos diferentes dos neurais,
que seriam os causados por hormônios, como a gastrina que promove contração
gástrica; ou fatores locais como variação do pH, da concentração de oxigênio ou do
gás carbônico sobre a musculatura lisa vascular, da temperatura e das
concentrações iônicas.
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Fisiologia
Músculo cardíaco
O músculo cardíaco forma a massa muscular do coração, sendo o responsável
pelo bombeamento do sangue e pelo sistema circulatório. Como esse sistema será
apresentado na próxima unidade, faremos apenas uma breve apresentação, para
aprofundarmos quando formos estudar o sistema circulatório.
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Fisiologia
SINGI, Glenan. Fisiologia Dinâmica. 2.ed. São Paulo: Atheneu, 2007; cap. 3 -
Eletrofisiologia Celular; cap. 4 - Célula Nervosa; cap. 5 - Células Musculares;
Cap. 14 - Sistema Nervoso Central; cap. 15 - Sistema Nervoso Autônomo.
É hora de se avaliar
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Fisiologia
Exercícios - unidade 2
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Fisiologia
6. Dentre os reflexos abaixo, assinale a alternativa que indica o único que não é
somático:
a) Estiramento.
b) Retirada.
c) Pupilar.
d) Estiramento inverso.
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a) Somático.
b) Visceral.
c) Hipotalâmico.
d) Límbico.
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3 Fisiologia do Sistema
Circulatório
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Objetivos da unidade:
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Fisiologia
Plano da unidade:
Coração
Ciclo Cardíaco
Vasos Sanguíneos
Circulação Linfática
Bons estudos!
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Fisiologia
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Fisiologia
Coração
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Fisiologia
Ciclo Cardíaco
O sangue chega aos átrios pelas veias, passando para os ventrículos e desses
para as artérias. O que permite o fluxo unidirecional nos dois circuitos são as
válvulas atrioventriculares (AV), localizadas entre os átrios e seus respectivos
ventrículos, sendo a tricúspide no lado direito e bicúspide ou mitral, no esquerdo; e
as válvulas semilunares, a aórtica entre o ventrículo esquerdo e a artéria aorta, e a
pulmonar que separa o ventrículo direito da artéria pulmonar. A abertura e o
fechamento das válvulas são reguladas pelas pressões internas de cada
seguimento.
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Fisiologia
Reparem que a musculatura ventricular é mais espessa que a atrial, pois exercem
mais força para conseguir bombear o sangue a uma distância maior, sendo a do
ventrículo esquerdo mais desenvolvida que a do direito, para conseguir vencer a
resistência oferecida pela artéria aorta, que é maior que a oferecida na pulmonar.
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Fisiologia
Importante!
As bulhas cardíacas são sons produzidos pela atividade cardíaca. Com o uso de
estetoscópio podem ser percebidos dois sons, um mais forte e outro mais fraco. O
primeiro corresponde ao momento do fechamento das válvulas atrioventriculares,
e o segundo das semilunares.
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Fisiologia
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Fisiologia
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Fisiologia
Feixe de Hiss (ou feixe atrioventricular): tem início no nódulo AV, e logo
após origina um ramo direito e um esquerdo, que percorrem o septo
interventricular nos ventrículos respectivos, em direção à base do coração,
onde se ramificam, formando o sistema de Purkinje. Essas fibras recebem o
potencial de ação do nódulo AV e o conduz pelas fibras do sistema de
Purkinje.
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Fisiologia
Intervalo PQ ou PR: equivale ao tempo gasto para o potencial gerado nos átrios
(nódulo sinoatrial) chegar aos ventrículos.
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Fisiologia
Vasos sanguíneos
Após a ejeção do sangue pelo coração, ele irá percorrer o sistema de vasos
sanguíneos, que tem início e término no coração, sendo formado pelas artérias,
arteríolas, capilares, vênulas e veias. O leito arterial (artérias e arteríolas) conduz o
sangue até os tecidos, onde forma o leito capilar, que permite as trocas entre os
dois compartimentos, para retornar ao coração pelo leito venoso (vênulas e veias). A
microcirculação corresponde às arteríolas, capilares e vênulas, pois só podem ser
vistos com uso de microscópio.
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Fisiologia
O leito arterial tem início no coração com a artéria aorta (circulação sistêmica)
e a pulmonar (circulação pulmonar), que vão ramificando (formando vasos de
menor calibre), até a formação das arteríolas.
Nas artérias é possível identificar as três túnicas que formam a parede do vaso,
a íntima (tecido endotelial), a média (tecido elástico e muscular liso) e adventícia
(colágeno e tecido elástico). As artérias de maior calibre, para suportarem a pressão
de ejeção do sangue, possuem a média predominantemente elástica, o que
permite acomodar o volume sistólico sem romper suas paredes, e quanto mais
próximas aos tecidos, a camada muscular é maior.
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Fisiologia
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Fisiologia
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Fisiologia
O total da área ocupada pelos vasos que compõe cada leito vascular no corpo é
denominada de área de secção transversa, estando relacionada ao volume de
sangue que cada leito comporta, sendo útil para entendermos a dinâmica
circulatória.
Importante!
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Fisiologia
pressão mínima. Essa elasticidade das artérias favorece o fluxo de sangue, e é nesse
seguimento que são registrados os maiores valores de pressão.
Pelo fato da área de secção transversa nos capilares ser a maior de todas, a
velocidade de passagem do sangue é baixa, sendo possível fazer as trocas com o
tecido, e a pressão é menor que nas arteríolas, devido a sua grande ramificação.
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Fisiologia
Como o sangue chega sobre pressão nos capilares próximo as arteríolas, ocorre
a filtração, aumentando a pressão do líquido intersticial, determinando então a
reabsorção, próximo as vênulas. Considerando a difusão de solutos, nem toda água
filtrada será absorvida pelos capilares sanguíneos, sendo então drenada pelos
vasos linfáticos.
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Fisiologia
Circulação linfática
Os vasos linfáticos têm início em fundo cego nos próprios tecidos, na forma de
capilares, que possuem as células endoteliais fixadas no tecido por filamentos, e
com extremidades que prolongam umas sobre as outras, formando válvulas sobre
grandes fenestrações, cuja abertura e fechamento são regulados pela pressão
líquida no tecido e no capilar linfático. Como a pressão líquida no tecido
normalmente é maior, ocorre a abertura das válvulas, permitindo a drenagem do
liquido intersticial juntamente com outros elementos.
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Fisiologia
Os vasos quilíferos são vasos linfáticos que têm como função absorver os
quilomicrons, no intestino delgado, resultantes da digestão dos lipídeos, e que não
são absorvidos pelos vasos sanguíneos, pois o peso molecular é elevado.
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Fisiologia
↑rv
↓pa Grupo vasoconstritor
Centro ↑dc
Barorreceptor
Vm ↓rv
↑pa Grupo vasodilatador
↓dc
Leitura complementar!
SINGI, Glenan. Fisiologia Dinâmica. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2007; cap. 7 -
Circulação do Sangue; cap. 8 - Troca de Líquidos e Substâncias entre o Sangue
e o Espaço Intersticial; cap. 9 - Circulação Linfática; cap. 10 - O Coração; cap. 11
- Pressão Arterial.
É hora de se avaliar
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Fisiologia
Exercícios - unidade 3
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Fisiologia
a) Atriais.
b) Ventriculares.
c) Contráteis.
d) Autorrítmicas .
a) Permeabilidade.
b) Elasticidade.
c) Resistência.
a) Arterial.
b) Venoso.
c) Capilar.
d) Linfático .
b) O retorno venoso.
c) O débito sistólico.
d) A pré-carga cardíaca.
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Fisiologia
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Fisiologia
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Fisiologia
4 Fisiologia do Sistema
Respiratório
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Fisiologia
Objetivos da unidade:
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Fisiologia
Plano da unidade:
Zona Condutora
Zona Respiratória
Inspiração
Expiração
Ventilação Alveolar
Regulação da Respiração
Bons estudos!
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Fisiologia
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Fisiologia
Zona condutora
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Fisiologia
Zona respiratória
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Fisiologia
Importante!
A difusão dos gases ocorre apenas nos alvéolos, devido a sua constituição (uma
membrana basal e apenas uma camada de células epiteliais) e ao fato deles
estarem envolvidos pelos capilares pulmonares. A formação sacular determina uma
grande superfície de troca gasosa, considerando a existência de cerca de 700
milhões de alvéolos no indivíduo adulto, que corresponde a uma área de 100m2.
A presença de macrófagos alveolares permite a fagocitose de partículas estranhas,
que serão conduzidas pela zona de transporte até a faringe, pelos movimentos
ciliares retrógrados, para daí serem deglutidos juntamente com o muco.
Os alvéolos são formados por dois tipos de células epiteliais, as do tipo I, que
são maiores e finas, por onde os gases difundem, e as do tipo II, que são menores e
secretam uma mistura de lipoproteína, o surfactante. A função do surfactante é
impedir o colabamento dos alvéolos, por diminuírem a tensão superficial, que seria
uma tendência de fechamento das estruturas esféricas, sendo maior quanto menor
for a esfera, assim os alvéolos menores tenderiam a se fechar, repassando o ar para
os alvéolos maiores.
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Fisiologia
pulmonar). Cada pulmão é revestido pelo saco pleural, onde o folheto visceral
recobre o pulmão e o parietal, a caixa torácica; entre as pleuras existe uma
pequena quantidade de líquido pleural, que permite o deslizamento entre os
folhetos durante os movimentos respiratórios, e mantém os pulmões ligados à
caixa torácica por uma pressão negativa.
Importante!
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Fisiologia
logo é um sangue oxigenado que será ofertado para o tecido conjuntivo, septos,
grandes e pequenos brônquios, formando um seguimento nutricional. Diferente do
esperado, a drenagem desse sangue é feita para as veias pulmonares, sendo
conduzido junto com o fluxo funcional para o átrio esquerdo.
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Fisiologia
Inspiração
Expiração
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Fisiologia
Importante!
Volume residual (VR) - 1.200 mL: é o volume que fica nos pulmões,
preenchendo a zona respiratória, mesmo quando forçamos ao máximo a
expiração.
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Fisiologia
Importante!
Ventilação alveolar
A substituição é parcial, pois o volume corrente é de 500 mL, mas cerca de 150
mL permanece no espaço morto, chegando até os alvéolos apenas 350 mL de ar
inspirado! Sendo de extrema importância fisiológica, pois impede que haja variação
brusca na composição dos gases no sangue, ou seja, se fosse inalado um gás tóxico e
o ar alveolar totalmente substituído, a concentração desse gás nos alvéolos seria
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Fisiologia
Importante!
A troca gasosa ocorre pela difusão dos gases do compartimento vascular para
os tecidos ou alvéolos pulmonares. Com a circulação pulmonar, o sangue obtém
do ar inspirado o oxigênio que será disponibilizado aos tecidos, e remove o dióxido
de carbono, produzido por estes, para ser liberado na atmosfera, pelo ar expirado.
Cerca de 97% do oxigênio (O2) que passa dos alvéolos para o plasma, difunde
para hemácia e liga-se ao ferro da hemoglobina (proteína da hemácia, que possui
quatro átomos de ferro na sua estrutura), formando a oxiemoglobina, sendo essa a
principal forma de transporte do O2. Os 3% restantes são transportados dissolvidos
no plasma, determinando a PO2, sendo, portanto o O2 livre a forma que é capaz de
difundir-se para os tecidos. Existe um equilíbrio entre o O2 ligado à hemoglobina e
o dissolvido no plasma.
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Fisiologia
Como a PCO2 é maior no tecido que no sangue capilar, o gás carbônico (CO2)
difunde para o sangue, onde ele é transportado de três maneiras: dissolvido no
plasma (7%), ligado à hemoglobina, formando a carbaminohemoglobina (23%) e
na forma de íon bicarbonato (70%).
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Fisiologia
Importante!
Regulação da respiração
De uma forma general, pode-se dizer que o controle da respiração é complexo
e ainda não está totalmente esclarecido, pois, durante a maior parte do tempo não
estamos percebendo os movimentos respiratórios, mas podemos, de forma
voluntária, aumentar ou diminuir a frequência e a amplitude respiratória. Por outro
lado, não conseguimos prender a respiração por tempo indeterminado, pois de
forma involuntária ocorre a expansão da caixa torácica.
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Fisiologia
localizados próximos aos neurônios inspiratórios, por outro lado, não são sensíveis
as variações de pressão parcial do oxigênio, mas são ativados pelo aumento da
PCO2, de forma direta ou indireta, ou seja, pela formação de íons hidrogênios no
próprio líquido cefalorraquidiano, ou pelo próprio gás carbônico.
Leitura complementar
SINGI, Glenan. Fisiologia Dinâmica – 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2007; cap. 13 -
Sistema Respiratório.
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Fisiologia
Exercícios da unidade 4
3.Os alvéolos são o último seguimento das vias respiratórias. Em relação a esta
estrutura assinale a alternativa incorreta:
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Fisiologia
a) Capacidade inspiratória.
c) Capacidade vital.
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Fisiologia
a) Controle voluntário.
b) Controle autônomo.
c) Quimiorreceptores.
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119
Fisiologia
120
Fisiologia
5 Fisiologia do Sistema
Renal
121
Fisiologia
Objetivos da unidade:
122
Fisiologia
Plano da unidade:
Néfron
Controle da Micção
Bons estudos!
123
Fisiologia
Quando pensamos em sistema renal logo nos vem a ideia de que ele é o
responsável em filtrar o sangue e assim eliminar substâncias do nosso organismo,
porém são diversas as suas funções. De uma forma geral ele elimina o que está em
excesso e que não é mais necessário no organismo, retendo água e substâncias
conforme a necessidade de manutenção da homeostasia, além de exercer uma
função endócrina. Vejamos a seguir as atribuições dos rins.
124
Fisiologia
Importante!
Em resumo:
Função endócrina
125
Fisiologia
O sistema urinário é formado por dois rins, onde a urina é formada; dois
ureteres, por onde a urina escoa dos rins para bexiga; uma bexiga, onde a urina é
armazenada; e uma uretra, que conduz a urina da bexiga ao ambiente externo. É
importante lembrar que a uretra masculina é maior e atende tanto ao sistema
urinário como ao reprodutor, tendo sua abertura na porção distal da glande
peniana, e a feminina é exclusiva do urinário, é mais curta e tem sua abertura entre
os pequenos e grandes lábios vaginais.
126
Fisiologia
Os rins possuem uma camada cortical, mais externa, e uma medular, mais
interna. Conforme a urina é formada ela escoa pelas estruturas medulares, que são
em sequência, papilas renais, cálices menores e cálices maiores, para então passar
pela pélvis, que desemboca no ureter, e assim chegar à bexiga.
127
Fisiologia
Néfron
Os néfrons, que são a unidade funcional dos rins, ocorrem em número próximo
de mil e duzentos, por rim! São formados pelo corpúsculo renal, por uma estrutura
tubular e pelo aparelho justaglomerular.
Os néfrons são de dois tipos; os corticais, cuja maior parte de sua estrutura está
localizada na região cortical, estando apenas pequena parte da alça de Henle na
medular. E os justamedulares, os quais estão mais próximos da medular e a alça de
Henle prolonga mais nesta região, sendo responsáveis pela formação de urina
concentrada.
128
Fisiologia
5.3 Néfrons
129
Fisiologia
Quando o sangue chega pela arteríola aferente sobre pressão ocorre a filtração
do sangue pelos capilares glomerulares, formando o filtrado glomerular, na cápsula
de Bowman. O que determina o que vai ser filtrado é o peso molecular, assim
passam para a cápsula de Bowman elementos como íons, ureia, glicose,
aminoácidos, proteínas de baixo peso molecular e água. Elementos figurados e
proteínas de alto peso molecular não são filtrados e permanecem no volume de
sangue que segue pela arteríola eferente e pelos capilares peritubulares.
130
Fisiologia
131
Fisiologia
Túbulo diluidor (ramo grosso da alça de Henle e metade inicia do túbulo distal):
impermeável a água.
Túbulo distal final (10%) e túbulo coletor (9,5%): reabsorção de água ocorre
apenas na presença do hormônio antidiurético.
Importante!
132
Fisiologia
133
Fisiologia
Aldosterona
134
Fisiologia
túbulos renais, fazendo com que mais água seja retida no compartimento vascular,
aumentando a volemia (volume de sangue) e diminuindo o volume urinário,
colaborando com a elevação da pressão. Outros efeitos também irão colaborar
com o aumento da volemia, que são a estimulação da secreção do hormônio
antidiurético (descrito a seguir), pela neuro-hipófise; e ativação dos neurônios
hipotalâmicos, aumentando a sede e a ingestão hídrica.
135
Fisiologia
Controle da micção
A micção consiste no ato de eliminar a urina que foi formada nos rins e
armazenada na bexiga.
136
Fisiologia
O controle voluntário do esfíncter externo é uma ação treinada, por isso que as
crianças pequenas não possuem controle do momento da micção, evento que é
adquirido com o ensinamento.
137
Fisiologia
ácido carbônico, que dissocia liberando água e o gás carbônico, que serão
eliminados pelo ar expirado; quando o pH eleva, a ventilação pulmonar diminui,
retendo o ácido carbônico, que irá fornecer o hidrogênio para o meio, corrigindo o
valor de pH. Essa resposta ocorre minutos após a variação do pH.
Leitura complementar
SINGI, Glenan. Fisiologia Dinâmica. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2007; cap. 12 -
Sistema Renal.
É hora de se avaliar
138
Fisiologia
Exercícios da unidade 5
a) Néfron.
b) Rim.
c) Ureter e uretra.
d) Bexiga.
a) Filtração glomerular.
139
Fisiologia
a) Angiotensina.
b) Aldosterona.
c) Hormônio antidiurético.
a) Angiotensina.
b) Aldosterona.
140
Fisiologia
c) Hormônio antidiurético.
d) Diurese aumentada.
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141
Fisiologia
142
Fisiologia
6 Fisiologia do Sistema
Digestório
143
Fisiologia
Objetivos da unidade:
144
Fisiologia
Plano da unidade:
Divisão Anatômica
Histologia Funcional
Sistema Imune
Movimentos Gastrintestinais
Secreções Gastrintestinais
Estômago
Bons estudos!
145
Fisiologia
A absorção dos nutrientes ocorre nos intestino delgado, pois é nessa região
que ocorre o término da digestão, estando eles aptos a serem absorvidos, além
desta região apresentar uma grande superfície de contato, resultante de
vilosidades da mucosa e microvilosidades da membrana dos enterócitos. Ocorre
absorção residual de água e eletrólitos no intestino grosso.
146
Fisiologia
Divisão anatômica
O sistema digestório, anteriormente denominado sistema digestivo, é
composto por um tubo oco, o trato gastrintestinal (TGI), e pelas glândulas
acessórias. O alimento entra no TGI pela boca, sendo conduzido para o esôfago,
estômago, intestino delgado (duodeno jejuno e íleo), intestino grosso que é formado
pelo ceco, colón (ascendente, transverso, descendente e sigmoide) e reto, que
finalmente termina no ânus, por onde as fezes são eliminadas. As glândulas
acessórias liberam seu conteúdo no TGI, participando da digestão dos alimentos, e
são elas as salivares, o fígado e o pâncreas.
147
Fisiologia
Histologia funcional
Todo tubo digestório, a partir do terço médio até o reto, é formado por uma
mucosa, submucosa, muscular externa e serosa. Os enterócitos formam a camada
epitelial da mucosa e são de diversos tipos, exercendo funções como absorção do
conteúdo para o sangue, secreção de muco e enzimas para a luz do tubo, alem de
outros que secretam hormônios que participam do controle da atividade do
sistema digestório e do comportamento alimentar. A camada muscular da mucosa
é formada por uma fina camada de músculo liso que promove dobramentos da
mucosa, auxiliando nos movimentos de mistura. A submucosa é formada por
tecido conjuntivo, que permite a distensão da parede, para acomodar o conteúdo.
A muscular externa é formada por duas camadas separadas de músculo liso, uma
longitudinal (externa), que encurta o tubo digestório, e uma circular (interna) que
diminui o diâmetro do tubo. A contração coordenada das duas camadas realizam
148
Fisiologia
Sistema imune
O sistema imune do TGI está distribuído pela mucosa e submucosa, sendo
formado pelas placas de Peyer, que são aglomerados de tecido linfoide e linfonodos,
sendo responsável pela defesa contra microrganismos presentes nesta região e são
capazes de responder a antígenos alimentares. Os mediadores inflamatórios, uma
vez liberados, irão interferir na secreção e na motilidade do tubo digestório.
149
Fisiologia
Movimentos gastrintestinais
Os movimentos gastrintestinais são de propulsão, que propele o conteúdo no
sentido boca-ânus (Lei do Intestino), devido as contrações peristálticas, que
consistem na contração dos músculos circulares atrás do conteúdo, e dos
longitudinais adiante, conduzindo-o para o segmento seguinte, que está relaxado;
o de mistura, que ocorre devido as contrações segmentares, que fragmentam o
conteúdo em porções, aumentando a superfície de contato, além de aumentar o
tempo de deslocamento no TGI, permitindo que o conteúdo seja misturado as
secreções, além de alternar a superfície que fica em contato com a mucosa; e o
interdigestivo, que ocorre nos intervalos de atividade digestiva, sendo contrações
intercaladas com um longo período sem atividade (75-90 min imóvel, e 5-10 min
de movimentos), tendo início no estômago e conduz os resíduos da digestão e
bactérias para o intestino grosso.
150
Fisiologia
Secreções gastrintestinais
O volume secretado para dentro do tubo digestório corresponde em média à
7L/dia, que ainda podem ser acrescidos de 2L ingeridos voluntariamente,
totalizando 9 L, que são praticamente reabsorvidos em sua totalidade, sendo
eliminado com as fezes apena 0,1L, em média.
151
Fisiologia
152
Fisiologia
153
Fisiologia
154
Fisiologia
155
Fisiologia
6.7 Deglutição
156
Fisiologia
Estômago
As funções do estômago são: iniciar a digestão enzimática de proteínas;
misturar o alimento com as secreções gástricas; funcionar como um reservatório do
alimento ingerido, liberando o produto da digestão de forma gradativa para o
intestino delgado; esterilizar o bolo alimentar, devido sua secreção ser ácida; e
produção do fator intrínseco, importante para absorção da vitamina B12 no intestino
delgado. A digestão no estômago resulta na formação do quimo, que apresenta
uma consistência mais líquida e ácida.
157
Fisiologia
158
Fisiologia
159
Fisiologia
160
Fisiologia
O estímulo para secreção pancreática ocorre pelo nervo vago, que atua sobre
as células acinares e dos ductos; pela CCK e gastrina que estimulam as células
acinares a liberarem conteúdo enzimático; e pela CCK e a secretina que estimulam
a secreção da solução de bicarbonato de sódio, pelas células dos ductos. A
composição da secreção é influenciada pelo conteúdo do quimo, onde pequenos
peptídeos, aminoácidos e ácidos graxos estimulam a secreção de CCK; peptídeos e
aminoácidos presentes no estômago estimulam a secreção endócrina da gastrina
que além de favorecer a secreção gástrica ácida, estimula a secreção enzimática do
pâncreas; o pH baixo do quimo estimula a liberação de secretina, favorecendo a
secreção aquosa, rica em bicarbonato.
A secreção flui pelo ducto pancreático que une-se ao ducto hepático antes de
desembocar no duodeno através da papila de Valter que é circundada pelo esfíncter
de Oddi
161
Fisiologia
A gordura tende a formar gotas que não se misturam com a fase aquosa do
tubo digestório, o que dificulta a ação das lipases. Os sais biliares são anfipáticos,
ou seja, possuem porções hidrofílicas e hidrofóbicas, de modo que misturados com
as gotas de gordura, pelos movimentos intestinais, quebram as gotas maiores
(ação emulsificante), formando pequenas gotículas de gordura, as micelas, que
possibilitam maior interação das enzimas com seus substratos. As micelas,
contendo os produtos da digestão das gorduras, mais colesterol e vitaminas
lipossolúveis, são absorvidas pelos enterócitos.
162
Fisiologia
secreção é estimulado pela secretina, que pode aumentar em até 100% o volume,
durante o período digestivo.
163
Fisiologia
De uma forma geral, podemos dizer que a CCK é responsável por uma
secreção mais concentrada, tanto pancreática, como entérica e hepática, além de
favorecer o relaxamento do esfíncter de Oddi e a contração da vesícula biliar. Por
outro lado, a secretina favorece o fechamento do piloro e estimula as três
secreções, sendo estas mais fluidas e alcalinas.
164
Fisiologia
165
Fisiologia
166
Fisiologia
167
Fisiologia
168
Fisiologia
Exercício - unidade 6
b) Absorver os nutrientes
a) Permitir o peristaltismo
d) Lubrificar o quilo
169
Fisiologia
5.O evento que permite que a absorção dos nutrientes ocorra à nível do
intestino delgado é:
b) Movimentos peristálticos
c) Lei do intestino
d) Produção de muco
a) Movimentos de mistura
c) Deglutição
170
Fisiologia
a) Esôfago
b) Estômago
c) Duodeno
d) Ceco
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Considerações FinaiConhecendo o autor
171
Fisiologia
Re fe rên c i
172
Fisiologia
7 Fisiologia do Sistema
Endócrino
173
Fisiologia
Objetivos da unidade:
174
Fisiologia
Plano da unidade:
Hormônios
Hipotálamo e Hipófise
Ocitocina
Prolactina (Prl)
Tireoide e Paratireoide
Suprarrenais ou Adrenais
Medula Adrenal
Córtex Adrenal
Pâncreas Endócrino
Insulina
Glucagon
Glândula Pineal
Endocrinologia da Reprodução
Reprodução Masculina
Reprodução Feminina
Bons estudos!
175
Fisiologia
Hormônios
Os hormônios são mensageiros químicos liberados por glândulas endócrinas,
que, pela corrente sanguínea difundem-se por todo o corpo, sendo que só
produzirão efeito aonde houver receptores para que eles possam interagir e
modificar o funcionamento das células.
176
Fisiologia
177
Fisiologia
178
Fisiologia
A)
B)
179
Fisiologia
Hipotálamo e hipófise
O hipotálamo é uma estrutura localizada no encéfalo, e representa a interface
entre o sistema nervoso e o endócrino, sendo responsável pela integração de
informações geradas em diversas regiões do corpo. Quanto à produção de
hormônios, o hipotálamo estabelece duas relações com a hipófise, uma de regular
a secreção hipofisária, e outra de ter os seus dois hormônios endócrinos secretados
por ela, a ocitocina e o hormônio antidiurético (ADH).
180
Fisiologia
181
Fisiologia
182
Fisiologia
183
Fisiologia
Ocitocina
Também é um hormônio hipotalâmico, secretado pela neuro-hipófise.
184
Fisiologia
Exerce seu efeito direto sobre os tecidos ou indiretamente por induz o fígado
(principalmente) a sintetizar somatomedinas, sendo a principal delas a IGF-1(fator
de crescimento insulínico), que atua principalmente nas cartilagens. São
encontrados também, os fatores de crescimento dos nervos, dos fibroblastos,
epidérmico, ovariano e plaquetário.
185
Fisiologia
Estimulação Inibição
Inanição - deficiência de
Somatomedinas (IGF)
proteína
Traumatismos, estresse,
GH exógeno
excitação
Testosterona, estrogênio
186
Fisiologia
Prolactina (Prl)
É o hormônio da adeno-hipófise que atua na mama juntamente com
hormônios ovarianos estimulando a diferenciação e a expansão do tecido mamário
(na puberdade e na gestação) e a lactogênese (durante a amamentação). Durante a
amamentação a Prl tem efeito anovulatório por inibir GnRH e diminuir a
sensibilidade das gônadas aos hormônios gonadotróficos (FSH e LH)
187
Fisiologia
Tireoide e paratireoide
A tireoide possui dois tipos de células secretoras, que produzem dois tipos de
hormônios distintos. Os derivados da tirosina são produzidos pelas células
foliculares e atuam principalmente no metabolismo celular. O produzido pelas
células parafoliculares, a calcitonina, atua juntamente com o paratormônio (PTH),
produzido pela paratireoide e a vitamina D, no controle do metabolismo do cálcio.
188
Fisiologia
189
Fisiologia
Suprarrenais ou adrenais
As adrenais têm participação no metabolismo de proteínas, carboidratos e
lipídios, além de estar envolvida na resposta ao estresse e no controle da resposta
imune e inflamatória. Elas possuem dupla origem embrionária, o que lhes confere
uma diferença histofuncional, sendo formada cada uma pelas seguintes regiões:
Medula adrenal, que possui origem na crista neural. Possui células cromafins
que secretam catecolaminas, que são a adrenalina e noradrenalina.
190
Fisiologia
Medula adrenal
As catecolaminas são sintetizadas a partir do aminoácido tirosina, por uma
cadeia enzimática até a formação de noradrenalina, que na sua maior parte é
convertida a adrenalina. A secreção é controlada pelo sistema nervoso simpático,
na reação de alarme, em que a catecolamina (adrenalina) é liberada direto na
corrente sanguínea, promovendo uma resposta generalizada, permitindo uma
reação a situações de estresse.
191
Fisiologia
Córtex adrenal
Esta região da adrenal secreta hormônios esteroides, que são derivados do
colesterol. Este é convertido a pregnenolona que pode seguir três vias enzimáticas,
que apesar de interligadas por diversos substratos, originam hormônios diferentes,
que são os mineralocorticoides, os glicocorticoides, e os androgênios.
192
Fisiologia
Alguns dos outros efeitos, os quais são observados pelas alterações nas
concentrações de cortisol plasmático.
193
Fisiologia
Pâncreas endócrino
O pâncreas é uma glândula mista, possuindo uma secreção exócrina, que é
liberada no duodeno, sendo rica em enzimas que participam da digestão dos
alimentos, e uma secreção endócrina, realizada pelas células das Ilhotas de
Langerhans, que liberam mediadores químicos envolvidos no controle do
metabolismo da glicose, lipídeos e proteínas. Iremos abordar a secreção endócrina
do pâncreas.
194
Fisiologia
Insulina
O principal efeito da insulina é diminuir a glicemia (efeito hipoglicemiante). Ela
atua aumentando a captação e utilização de glicose em 80% das células, onde o
fígado é capaz de reter cerca de 60% da glicose obtida nas refeições.
195
Fisiologia
Glucagon
O glucagon é um hormônio antagônico à insulina, promovendo efeitos
inversos, sendo o principal deles a elevação da glicemia (efeito hiperglicemiante).
A amilina, que também é secretada pelas células beta das ilhotas pancreáticas,
possui os efeitos fisiológicos ainda não bem definidos, parecendo atuar inibindo o
esvaziamento gástrico, além de estimular a glicogenólise muscular.
196
Fisiologia
Glândula pineal
É responsável pela secreção de melatonina, cujos efeitos parecem estar
relacionados ao estabelecimento do ritmo cicardiano, que corresponde ao ciclo de
24h, aproximadamente, onde ocorrem os eventos orgânicos, coordenados,
principalmente, pelo ciclo de sono/vigília. Sua secreção ocorre por estímulo do
núcleo supraquiasmático (SNC), onde, em períodos de luz, o núcleo inibe a sua
secreção, e no escuro estimula. Este hormônio está associado à indução do sono, à
função imune e à função reprodutiva.
Endocrinologia da reprodução
A determinação do sexo em mamíferos ocorre em três níveis, em que o
seguinte depende do anterior, sendo eles o sexo genético, gonadal e fenotípico.
Sexo genético – XX / XY
197
Fisiologia
Reprodução masculina
São funções do sistema reprodutor masculino: a produção de gametas
(espermatozoides) e hormônios, além de ser capaz de realizar a deposição do
gameta no interior da genitália feminina.
198
Fisiologia
199
Fisiologia
Excitação - Que pode ser de origem sensorial, por estímulo na glande e/ou
psíquica, por comando do córtex cerebral, desencadeado por lembranças,
pensamentos e imagens.
200
Fisiologia
201
Fisiologia
Reprodução feminina
São funções do sistema reprodutor feminino: a produção de gametas
(ovócitos) e hormônios; receber os gametas masculinos; favorecer a fecundação e
permitir a gestação e a lactação.
202
Fisiologia
203
Fisiologia
estrogênica), que corresponde do primeiro ao décimo quarto dia e fase lútea (ou
progesterônica), período restante, sendo que a ovulação ocorre em torno do 14°
dia. A fase folicular é variável, mas a lútea não, podendo-se calcular a ovulação
subtraindo-se 14 dias do início da menstruação.
Na fase folicular inicial ocorre alto nível de FSH e menor de LH. O FSH estimula
o crescimento do folículo, o aparecimento de receptores de LH nas células da
granulosa, e a enzima aromatase nas células da granulosa. O LH estimula a
produção de andrógenos nas células da teca, que difundem para as células da
granulosa onde sofrem ação das aromatases. A consequência será alto nível de
estrogênio.
204
Fisiologia
205
Fisiologia
Durante o ato sexual são depositados de 200 a 400 milhões de sptz na vagina,
que por movimentos progressivos deslocam-se para o útero, chegando apenas
milhões no oviduto, onde ocorre a fecundação, sendo que apenas um irá fecundar
o oócito. A viabilidade do oócito é de 8 a 24 horas e do sptz de 24 a 48 horas.
206
Fisiologia
STANFIELD, Cindy L., Fisiologia Humana. 5. ed. São Paulo: Pearson Education
do Brasil, 2013. Cap. 6 - Sistema Endócrino: glândulas endócrinas e ações
hormonais; 21-Sistema Endócrino: regulação do metabolismo energético e do
crescimento; 22 - Sistema Reprodutor.
SINGI, Glenan. Fisiologia Dinâmica. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2007; cap. 22 -
Sistema Endócrino.
207
Fisiologia
Exercícios - unidade 7
1.O mecanismo de controle da secreção hormonal, em que o efeito produzido
pelo hormônio inibe sua própria secreção é denominado:
a) Feedback negativo.
b) Feedback positivo.
c) Parácrino.
d) Autócrino.
a) Estrogênio e progesterona.
c) Prolactina e ocitocina.
208
Fisiologia
a) Controle da glicemia.
b) Controle da calcemia.
c) Termogênese.
d) Crescimento somático.
( ) somatotrofina.
( ) calcitonina e paratormônio.
( ) insulina e glucagon.
( ) triiodotironina e tiroxina.
a) Mineralocorticoides.
b) Glicocorticoides.
c) Andrógenos.
d) Adrenalina.
a) Andrógenos adrenais.
d) Testosterona testicular.
209
Fisiologia
b) Progesterona.
c) Estrogênio.
d) Testosterona
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210
Fisiologia
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211
Fisiologia
212
Fisiologia
Considerações finais
213
Fisiologia
Conhecendo o autor
214
Fisiologia
Referências
Leitura Fundamental
GUYTON, A. C. e HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 12. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2011.
Leitura Complementar
KOEPPEN, B.M.; STANTON, B.A. Berne & Levy Fisiologia. 6. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2009.
215
Fisiologia
216
Fisiologia
A nexos
217
Fisiologia
Gabaritos
Exercícios – Unidade 1
1. A
2. B
3. C
4. D
5. A
6. A
7. D
8. C
9.O sangue ao circular pelo corpo permite, a nível capilar, a mistura dos
componentes intercelular ao plasma, desta forma ao passar pelo sistema
respiratório é feita a obtenção de oxigênio e a liberação do gás carbônico, e ao
irrigar o trato intestinal absorve os nutrientes obtidos com a digestão dos
alimentos. O sangue enriquecido é distribuído aos tecidos, garantindo a
homeostasia celular.
218
Fisiologia
Exercícios – Unidade 2
1. D
2. C
3. B
4. C
5. A
6. C
7. D
8. D
Exercícios – Unidade 3
1. D
2. A
3. B
4. D
5. A
219
Fisiologia
6. D
7. A
8. B
Exercícios – Unidade 4
1. A
2. C
3. D
4. B
5. A
6. B
7. A
8. D
220
Fisiologia
carbono, para então ser conduzido para átrio esquerdo, pelo seguimento das veias
pulmonares, e ser distribuído aos tecidos pela circulação sistêmica. O seguimento
nutricional corresponde a uma porção do débito cardíaco esquerdo, sendo
responsável pela nutrição do tecido pulmonar, e não a obtenção do oxigênio e
eliminação do gás carbônico.
10.O processo de filtração tem início nas fossas nasais, que envolve a retenção
de partículas de tamanho maior que ficam retidas nos pelos nasais e aderidas na
mucosa, sendo a remoção continua em todos os seguimentos, por aderência das
partículas ao muco e transporte delas, pelo movimento retrógado dos cílios, até a
faringe, para então serem deglutidas. Sendo que na zona respiratória existem os
macrófagos alveolares, que fazem a fagocitose de partículas estranhas, sendo
então conduzidos pela zona de transporte até a faringe, pelos movimentos ciliares
retrógrados, para daí serem deglutidos juntamente com o muco.
Exercícios – Unidade 5
1. B
2. A
3. D
4. C
5. A
6. B
7. C
8. B
221
Fisiologia
A compensação renal é mais lenta, levando de horas até dias para compensar
as variações no pH. Sempre que o pH diminui, ocorre maior excreção de íon
hidrogênio, além de maior absorção do bicarbonato, que pode inclusive ser
sintetizado nos próprios túbulos renais, aumentando o valor do pH. Por outro lado,
se o pH aumenta, ocorre maior excreção de bicarbonato e conservação de
hidrogênio no sangue, por diminuir sua secreção.
Exercícios – Unidade 6
1.D
2.D
3.C
4. A
5. A
6. B
7. C
8. C
222
Fisiologia
Exercícios – Unidade 7
1)A
2)B
3)C
4) (D) somatotrofina.
(C)triiodotironina e tiroxina
5)B
6)D
7)D
8)D
223
Fisiologia
224