O documento discute teratologia, o estudo dos agentes teratogênicos e seus efeitos no desenvolvimento fetal. Ele explica que agentes como medicamentos, drogas, radiação e deficiências nutricionais podem ser teratogênicos e causar malformações congênitas ou aborto. Além disso, discute os principais fatores que influenciam a ação desses agentes, como o estágio de desenvolvimento fetal e a dose exposta.
O documento discute teratologia, o estudo dos agentes teratogênicos e seus efeitos no desenvolvimento fetal. Ele explica que agentes como medicamentos, drogas, radiação e deficiências nutricionais podem ser teratogênicos e causar malformações congênitas ou aborto. Além disso, discute os principais fatores que influenciam a ação desses agentes, como o estágio de desenvolvimento fetal e a dose exposta.
O documento discute teratologia, o estudo dos agentes teratogênicos e seus efeitos no desenvolvimento fetal. Ele explica que agentes como medicamentos, drogas, radiação e deficiências nutricionais podem ser teratogênicos e causar malformações congênitas ou aborto. Além disso, discute os principais fatores que influenciam a ação desses agentes, como o estágio de desenvolvimento fetal e a dose exposta.
@draelizacangussu Teratologia Como teratologia entende-se o ramo da ciência médica preocupado com o estudo da contribuição ambiental no desenvolvimento pré-natal alterado.
> estudos na década de 1960 - tragédia talidomida
teratologia > Estima-se que um ser humano possa estar exposto a aproximadamente 5 milhões de diferentes substâncias químicas, mas destas, cerca de 1.500 foram testadas em animais e pouco mais de 30 são comprovadamente teratogênicas no homem. teratologia > Dificuldades de investigação da teratogenicidade nos humanos.
> A raridade da maioria dos defeitos congênitos torna
difícil a rápida identificação de um novo teratógeno. teratogênico Um agente teratogênico é definido como qualquer substância, organismo, agente físico ou estado de deficiência que, estando presente durante a vida embrionária ou fetal, produz uma alteração na estrutura ou função da descendência.
> químico: fármacos, drogas, tabaco.
> físico: radiação ionizante, altas temperaturas.
> biológico: microorganismos, principalmente os vírus.
> estado de deficiência: baixas taxas de acido fólico.
Uma fração significativa das crianças com defeitos congênitos têm etiologia ambiental. Desta forma, é muito importante que se tenha conhecimento destas causas não herdadas de defeitos congênitos bem como suas potenciais interações com os fatores genéticos e suas implicações para a saúde humana,crescimento e desenvolvimento. Estima-se que cerca de 15% de todas as gestações reconhecidas terminem em aborto e que de 3% de todos os recém-nascidos vivos apresentem algum defeito congênito.
Nas perdas gestacionais estima-se uma contribuição de causas
cromossômicas em mais de 50% dos abortamentos espontâneos.
Com relação aos defeitos congênitos causas genéticas parecem
ser responsáveis por 15-20% destes, fatores ambientais são reconhecidamente responsáveis por 7%, 20% são de etiologia multifatorial mas em mais de 50% dos casos a causa permanece desconhecida agente teratogênico É externo ao genoma. Produz uma alteração na estrutura ou na função da descendência.
É tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto
durante a gravidez e causar:
> perda da gestação
> malformações ou alterações funcionais (restrição de
crescimento, por exemplo)
> distúrbios neuro-comportamentais, como retardo mental.
Consequências de um teratógeno Os teratógenos agem através de um número relativamente limitado de mecanismos patogênicos, produzindo:
> morte celular
> alterações no crescimento dos tecidos
> interferência na diferenciação celular ou em outros processos
morfogenéticos.
Estes mecanismos afetam eventos básicos do organismo em
desenvolvimento e geralmente suas conseqüências atingirão mais de um tecido ou órgão. QUE AGENTES PODEM SER TERATOGÊNICOS ? - Medicamentos: talidomida, ácido retinóico, hidantoinatos
- Drogas: álcool, tabaco, cocaína
- Físicos: radiações tipo raio-X, hipertermia (febre)
- Outros agentes: vacinas, poluição ambiental, algumas
ocupações Princípios básicos de teratologia: A ação de um agente teratogênico sobre o embrião ou feto em desenvolvimento dependerá de diversos fatores destacando-se (Wilson, 1977):
(1) estágio de desenvolvimento do concepto
(2) relação entre dose e efeito
(3) genótipo materno-fetal
(4) mecanismo patogênico específico de cada agente
estágio de desenvolvimento do concepto A susceptibilidade a agentes teratogênicos varia segundo o estágio de desenvolvimento do concepto no momento da exposição. Se esta ocorre nas duas primeiras semanas após a concepção, produz-se um efeito de tudo-ou-nada, ou seja, pode haver letalidade do embrião ou nenhuma anomalia; o período de organogênese entre a 3a. e a 8a. semana é o mais crítico com relação às malformações; após isto, os efeitos se produzem principalmente em sistema nervoso central (que continua se diferenciando), como também sobre o crescimento fetal. relação entre dose e efeito As manifestações do desenvolvimento anormal aumentam à medida que se incrementa a dose do agente, variando desde nenhum efeito, passando pelos danos funcionais e malformações até a morte do concepto; genótipo materno-fetal A heterogeneidade genética, tanto da mãe como do feto, pode conferir maior susceptibilidade ou resistência à manifestação de um determinado agente. Os defeitos de fechamento de tubo neural (espinha bífida) são um bom exemplo de defeitos nos quais a susceptibilidade genética desempenha importante fator. mecanismo patogênico específico de cada agente Os agentes teratogênicos atuam por mecanismos específicos sobre as células e tecidos em desenvolvimento, por exemplo:
> alterando o crescimento de um tecido,
> interferindo com a diferenciação celular ou morfogênese
fetal
> provocando a morte celular.
food and drug administration Dificuldade de se estabelecer, ainda com precisão a ação e a repercussão das drogas, como quer a medicina baseada em evidências, a FDA(Federal Register, 1980; 44:37434-67) distribuiu os medicamentos nas seguintes categorias: food and drug administration > Cateroria A: Estudos controlados em mulheres não demonstraram risco para o feto no primeiro ou demais trimestres. A possibilidade de teratogênese é remota.
> Categoria B: Estudos de reprodução animal não demonstraram
risco fetal, mas não há estudos controlados no ser humano; ou estudos em reprodução animal demonstraram efeitos adversos que não foram confirmados em estudos controlados no ser humano nos vários trimestres. drug and food administration > Categoria C: Relatos em animais revelaram efeitos adversos no feto. Não há estudos controlados em mulheres ou em animais. As drogas podem ser ministradas somente se o benefício justificar o potencial teratogênico.
> Categoria D: Há evidência positiva de risco fetal humano,
porém, os benefícios do uso em gestantes podem ser aceitáveis.
> Categoria X: Estudos em animais ou seres humanos revelaram
efeitos deletérios sobre o concepto que ultrapassam os benefícios. O fármaco está contra-indicado durante a gestação e em mulheres que pretendam engravidar. Risco de teratogênese: A – Estudos controlados não mostraram risco: 0,7% dos medicamentos
B – Não há evidência de risco no ser humano: 19% dos
medicamentos
C – O risco não pode ser afastado; aqui estão incluídos
fármacos recentemente lançados no mercado e/ou ainda não estudados: 66% dos medicamentos
D – Há evidência positiva de risco: 7,0% dos medicamentos
X – Contra-indicados na gravidez: 7,0% dos medicamentos
gestação - queixas frequentes: Dores
Dispepsia
Náuseas
Vômitos
Febre
Edema
Infecções na prática... > Categorias A e B usadas com tranquilidade.
> Categoria C - efeito x
benefício - ex: antirretrovirais em gestantes HIV positivas.
> Categoria D - raramente usar -
ex: fenitoína, fenobarbital, carbamazepina em gestantes epilépticas.
> Categoria X - nunca usar
mais informações No Brasil, existe uma rede nacional, o Sistema Nacional de Informações sobre Agentes Teratogênicos (SIAT), operando desde 1990 com serviços gratuitos em Porto Alegre, Rio de Janeiro, Campinas, Salvador, Fortaleza e Juazeiro do Norte.
Alguns sites úteis para consulta:
SIAT Porto Alegre: http://gravidez-segura.org
Motherisk (Canadá): www.motherisk.org
Organization of Teratology Information Specialists: