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MATERIAL DE

APOIO PEDAGÓGICO
PARA APRENDIZAGENS

2º Ano Ensino Médio


4º Bimestre

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 4
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
ESCOLA DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE EDUCADORES
SUMÁRIO

BIOLOGIA.................................................................................................... pág. 1
Planejamento 1: Corpo Humano e Saúde.............................................. pág. 1
Planejamento 2: Corpo Humano e Saúde: Sistema respiratório e
circulatório ....................................................................................... pág. 10
Planejamento 3: Corpo humano e saúde: Sistema excretor................ pág. 18

FÍSICA...................................................................................................... pág. 24
Planejamento 1: Óptica Geométrica – Reflexão regular, formação de
sombras e eclipses............................................................................pág. 24
Planejamento 2: Espelhos planos e esféricos....................................pág. 29
Planejamento 3: Refração Luminosa.................................................pág. 34
Planejamento 4: Refração Luminosa.................................................pág. 38

QUÍMICA....................................................................................................pág. 43
Planejamento 1: Rapidez das transformações químicas.....................pág. 43
Planejamento 2: Equilíbrio químico nas transformações químicas.....pág. 52
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS
ANO DE ESCOLARIDADE REFERÊNCIA ANO LETIVO
2 o ano – 4 o Bimestre Ensino Médio 2022
COMPONENTE CURRICULAR ÁREA DE CONHECIMENTO
Biologia Ciências da Natureza e suas tecnologias

COMPETÊNCIA
TÓPICO

Funções vitais do corpo humano.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO HABILIDADE(S)

Sistema Digestório. Estabelecer relações entre as várias funções do organismo


Sistema Respiratório. humano. Compreender o corpo humano como um todo inte-
grado, considerando seus níveis de organização: células, teci-
dos, órgãos e sistemas.
Reconhecer que a digestão, a circulação, a respiração e a excre-
ção são funções de nutrição. O metabolismo deve ser entendido
como um conjunto de processos químicos que garante a ativi-
dade vital do ser vivo e que todos os organismos estão sujeitos
aos mesmos processos, como recepção de estímulos do meio,
integração e resposta, obtenção, transformação e distribuição
de energia, trocas gasosas, equilíbrio de água e sais em seu
corpo, remoção e produtos finais do metabolismo e perpetua-
ção da espécie.

PLANEJAMENTO

TEMA: Corpo Humano e Saúde


DURAÇÃO: 4 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:

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Figura 1: Função de nutrição Professor (a), inicie a aula descrevendo a nutrição como
o conjunto de processos que envolve desde a ingestão de
alimentos e a assimilação de compostos úteis para as célu-
las até a distribuição dos nutrientes pelo corpo e a elimina-
ção dos resíduos nocivos ao organismo. Evidencie que ela
abrange a digestão, a respiração, a circulação, a excreção
e a coordenação dessas atividades. Explique que é por
meio desses processos que os seres humanos transformam
os recursos obtidos do meio em energia e matérias-primas
para o corpo.
O estudo pode se iniciar por meio de abordagem compara-
tiva (fisiologia comparada) entre os grandes filos de ani-
Fonte: Imagem do autor. mais, considerando como referência a fisiologia humana.
Importante estudar os princípios básicos dos sistemas
fisiológicos desenvolvidos pelos animais, ao longo do pro-
cesso de adaptação evolutiva, diante das diferentes condi-
ções impostas pelo meio ambiente.
Sugestão de fonte para pesquisa para o professor:

→ Fisiologia animal comparada. Universidade Federal de Santa Catarina. Biologia/EaD/UFSC.


Disponível em: https://uab.ufsc.br/biologia/files/2020/08/Fisiologia-Animal-Comparada.pdf.

B) DESENVOLVIMENTO
Aula 1 – Momento 1: Homeostase
Professor (a) , a nutrição está intimamente relacionada com a manutenção da HOMEOSTASE do
organismo, portanto sugiro iniciar os trabalhos com um breve estudo do conceito e mecanismos
homeostáticos. 
“Homeostase é a constância do meio interno” Claude Bernard (século XIX).

Sugestões de leitura:
AZEVEDO, Júlia. O que é homeostase e quais são seus mecanismos? Ecycle, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://www.ecycle.com.br/homeostase/. Acesso em: 22 de junho de 2022.
MAGALHÃES, Lana. Homeostase. Toda matéria, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www.todama-
teria.com.br/homeostase/. Acesso em: 22 de junho de 2022.

I. Com base neste texto explore alguns conceitos importantes, como:

a) Mecanismos homeostáticos do organismo ou fatores que afetam a homeostase.


b) Homeostase biológica e Humana.
c) Homeostase Térmica e Química.

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Figura 2: Homeostase II. Apresente o esquema
e solicite aos estu-
dantes exemplos de
mudança externa e /ou
interna que pode levar
a mecanismos com-
pensatórios para a
manutenção da saúde.

Fonte: SILVERTHORN (2010).

Aula 2 – Momento 2: Sistema digestivo


Professor (a), inicie o estudo do sistema digestivo explicando o conceito de digestão. A digestão
consiste no processamento e na transformação de substâncias grandes e complexas como os
carboidratos ou açúcares, lipídeos ou gordura e proteínas, contidos nos alimentos, em compos-
tos menores e mais simples capazes de serem assimilados: os nutrientes. Para oferecer uma
visão geral da matéria e conteúdos abordados sugiro a elaboração de mapa conceitual sobre o
sistema digestório:

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Atividade 1: Mapa conceitual
Figura 3: Mapa conceitual sistema digestório

Fonte: Imagem do autor.

Professor (a), a partir da apresentação do mapa conceitual enumere os órgão que compõem o sis-
tema digestório e o caminho do alimento pelo tubo digestivo. A aula pode ser enriquecida por meio
de apresentação de imagens ou vídeos. Explique a digestão química pelas enzimas e a transforma-
ção dos alimentos em nutrientes absorvíveis pelo organismo.

Sugestão de vídeo:

→ Sistema digestivo. Publicado pelo canal Toda Matéria.


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=NItAZJbcLu0.

Ciências Humanas
Aula 3 – Atividade 2: Lanche coletivo
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Esclareça que o desenvolvimento saudável do organismo está intimamente ligado às escolhas ali-
mentares e pelo modo de vida que adotamos. Portanto, é de grande importância para os estudan-
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tes a compreensão das diferenças entre os 3 grupos de nutrientes: energéticos, construtores e
reguladores, suas funções e exemplos.

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Divida a sala em 3 grupos (G): G1 – energético, G2- construtores e G3-reguladores; solicite que cada
grupo elabore um cardápio rico daquele nutriente específico; combine o dia D para a partilha do
lanche, precedido da apresentação do cardápio, características dos nutrientes e funções.

Aula 4 – Atividade 3: Alimentação equilibrada: Pirâmide alimentar ou My plate?


Professor (a), o uso de pirâmides alimentares como representação gráfica para orientar os estu-
dantes para uma dieta saudável é bastante comum, mas vale ressaltar a ocorrência de alterações
ao longo do tempo e adaptações de nutricionistas para atender a diferentes populações e seus
hábitos. Em 2010, ela foi substituída nos EUA pelo My plate (meu prato), numa versão mais simples
de ser compreendida. A leitura dos textos abaixo pode gerar discussões interessantes sobre dietas
alimentares e a escolha do modelo ideal para a população brasileira e para adequar à realidade de
seus estudantes.

Texto 1: Pirâmide alimentar


“A primeira pirâmide alimentar foi criada em 1992 pelo  Departamento de Agricultura dos
Estados Unidos (UEDA). O gráfico tinha o intuito de atuar como um guia alimentar para a popu-
lação, a fim de estimular uma boa alimentação e reduzir o risco de desenvolvimento de doenças
crônicas. A pirâmide da UEDA sofreu muitas críticas, principalmente pelos nutricionistas. De
acordo com esses profissionais, óleos e gorduras foram colocados na posição de vilão alimen-
tar, ignorando o fato de que algumas dessas substâncias não são prejudiciais, como é o caso do
azeite de oliva. Em substituição à pirâmide alimentar da UEDA, em 2005, especialistas da Escola
de Saúde Pública da Universidade de Harvard propuseram a criação de um novo modelo, que
ficou conhecido como pirâmide fundamental. O modelo norte americano foi a base para cons-
trução da primeira pirâmide alimentar brasileira, elaborada em 1999. O gráfico indicava opções
de dietas para três valores energéticos: 1.600 kcal, 2.200 kcal e 2.800 kcal. Também houve a
inclusão de alimentos tipicamente regionais, como caju, graviola e castanha-do-pará.
No ano de 2005, a pesquisadora Sônia Phillip construiu uma nova pirâmide alimentar adaptada
para população brasileira. Entre as mudanças, o segundo modelo baseou-se em uma dieta
única com 2.000 kcal, dividida em seis refeições e com intervalo entre elas de 3 em 3 horas. 
A atual pirâmide brasileira é composta por oito grupos que relacionam-se com quatro níveis:
• Alimentos energéticos: grupo 1 (carboidratos).
• Alimentos reguladores: grupo 2 (verduras e legumes) e grupo 3 (frutas).
• Alimentos construtores: grupo 4 (leites e derivados), grupo 5 (carnes e ovos) e grupo 6
(leguminosas e oleaginosas).
• Alimentos energéticos extras: grupo 7 (óleos e gorduras) e grupo 8 (açúcares e doces).
A quantidade de alimentos que devem ser consumidos diariamente varia, pois deve-se levar em
consideração fatores como idade, sexo, peso, localidade, necessidades individuas, entre outros.”
Fonte: CAIUSCA, Alana. Pirâmide alimentar. Educa Mais Brasil. [s. l.], 22 jul. 2020.

Após a leitura do texto, solicite aos estudantes que representem a pirâmide alimentar brasileira no
caderno ou em cartaz para análise.

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Texto 2: My plate
No ano de 2010, o Guia Alimentar Norte Americano foi revisado e a Pirâmide Alimentar foi subs-
tituída pelo My Plate, que apresenta as recomendações de porções alimentares em função da
idade e das necessidades energéticas da população.
“Conhecido como "my plate", o novo modelo não é novidade no Brasil e já é recomendado pelos
profissionais do país há anos. Ele orienta que uma refeição deve ser composta principalmente
por frutas e legumes, além de porções de grãos e proteínas. A proporção sugerida é metade
do prato com os vegetais, ¼ de grãos, ¼ de proteínas e ainda uma porção de laticínios. O
modelo do prato é considerado mais eficaz para orientar a população sobre como balancear as
refeições. Além disso, é possível utilizar a mesma proporção tanto para o café da manhã quanto
para o almoço ou o jantar. "Este modelo é mais simples de orientar como se deve montar um
prato. Já a pirâmide soa como algo mais científico, difícil de visualizar e de entender", avalia
a professora do Depar­tamento de Nutrição da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Regina
Maria Ferreira Lang.”
Fonte: GABARDO BELO, Carolina. Pirâmide de alimentos dá lugar a prato. Gazeta do Povo, [s. l.], 02 jul. 2011.

Após a leitura dos textos, solicite aos estudantes que elaborem uma refeição balanceada, con-
tendo café-da-manhã, almoço e jantar.
Professor (a), oriente os estudantes que a quantidade de alimentos que devem ser consumidos
diariamente varia, pois deve-se levar em consideração fatores como idade, sexo, peso, localidade,
necessidades individuas, entre outros. Portanto, a ajuda de um nutricionista é fundamental! (Que
tal convidar um nutricionista para uma palestra na escola?).

Sugestão de fonte de pesquisa:


Professor (a), segue sugestão de uma cartilha que pode ser utilizada para estudo dirigido, leitura
e pesquisa. Ela foi elaborada pelo Ministério da saúde e traz informações importantes sobre: A
importância da boa alimentação, conceito de caloria, de macronutrientes e micronutrientes;
exemplos de dieta, as fibras, importância da água, princípios da alimentação saudável, a pirâmide
dos alimentos, dentre outros.

→ RECINE, Elisabetta. RADAELLI, Patrícia. Ministério da Saúde. Alimentação saudável. NUT/


FS/UnB – ATAN/DAB/SPS, [s. l.], [2022?]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/alimentacao_saudavel.pdf. Acesso em: 22 jun. 2022.

Atividade 4: A tabela nutricional


A tabela nutricional dos alimentos foi regulamentada pela resolução 360/2003 da Anvisa. Mas será
que o consumidor sabe interpretar as informações como: a composição de alimentos e a quanti-
dade de nutrientes que o alimento fornece e ingestão diária recomendada (IDR)?
Solicite que os estudantes tragam rótulos de alimentos e realize atividades de interpretação das
tabelas nutricionais! Eles podem comparar tabelas de biscoito, cereais, laticínios, salgadinhos e
compreender a importância da interpretação dos dados para realizarem escolhas mais saudáveis.

Ciências Humanas
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Trabalho de pesquisa: Transtornos alimentares
“Transtornos alimentares descrevem doenças que são caracterizadas por hábitos alimentares
irregulares e sofrimento grave ou preocupação com o peso ou a forma do corpo. Embora essas
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condições sejam tratáveis, os sintomas e consequências podem ser prejudiciais e mortais se não

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forem abordados. Transtornos alimentares comumente coexistem com outras condições, como
transtornos de ansiedade, abuso de substâncias ou depressão.”

→ Conceitos e tipos mais frequentes de transtornos alimentares. Sociedade Brasileira de


Diabetes,
Disponível em: https://diabetes.org.br/conceito-e-tipos-mais-frequentes-de-transtornos-
-alimentares/.
Professor (a), solicite aos estudantes uma pesquisa sobre o conceito de transtorno alimentar, os
tipos e causas dos transtornos, o trabalho de pesquisa pode substituir uma das atividades propos-
tas ou somar à elas. A pesquisa pode ser feita de forma individual ou em grupo.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
O processo avaliativo deverá ser processual e contínuo, abrangendo todas as atividades. As pro-
duções coletivas e individuais, orais (debates, roda de conversa etc) e escritas (atividades, avalia-
ção escrita, relatório das aulas experimentais), deverão ser avaliadas. A participação e o empenho
durante as atividades, também deverão ser considerados no processo avaliativo.

ATIVIDADES

1 - (ENEM 2021) Um pesquisador colocou a mesma quantidade de solução aquosa da enzima diges-
tiva pepsina em cinco tubos de ensaio. Em seguida, adicionou massas iguais dos alimentos
descritos no quadro. Os alimentos foram deixados em contato com a solução digestiva durante
o mesmo intervalo de tempo.

A maior quantidade de produtos metabolizados ao final do teste foi obtida no tubo: 


Alternativas
A) I B) II C) III D) IV E) V

2 - (ENEM 2021) Há algumas décadas, surgiu no mercado um medicamento que provocava perda de
peso por inibir a ação da lipase, enzima que atua no intestino na digestão de gorduras. Um pes-
quisador, com o objetivo de avaliar a eficácia do medicamento, decidiu medir nos pacientes a
quantidade de gordura nas fezes e de triglicerídeos (um dos produtos da digestão das gorduras)

Ciências Humanas
no sangue. Mantendo sempre a mesma dieta nos pacientes, fez as medidas antes e depois da
administração do medicamento. A figura apresenta cinco resultados possíveis.
e Sociais Aplicadas
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O efeito esperado do medicamento está representado no resultado:
Alternativas
A) I B) II C) III D) IV E) V

3 - “Na bulimia, há dois momentos: primeiro, um exagero no consumo de determinados produtos.


Na sequência, o sujeito se sente culpado por ter ingerido tudo aquilo e encontra alguma maneira
de expurgar aquelas calorias”, explica a médica Fátima Vasconcellos, diretora da Associação
Brasileira de Psiquiatria.
Leia mais em:
Os 12 principais tipos de transtorno alimentar, de anorexia a compulsão. Veja Saúde, [s. l.], 14 fev.
2020.
Disponível em: https://saude.abril.com.br/alimentacao/principais-tipos-transtorno-alimentar/.

a) Defina transtornos alimentares.


b) Diferencie bulimia, anorexia e compulsão alimentar.

REFERÊNCIAS

AMABIS, José Mariano et al. Moderna Plus: Ciências da Natureza. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2020.
160 p. v. 6 volumes.
BIERNATH, André. Os 12 principais tipos de transtorno alimentar, de anorexia a compulsão. Veja
Saúde, [s. l.], 14 fev. 2020. Disponível em: https://saude.abril.com.br/alimentacao/principais-ti-
pos-transtorno-alimentar/. Acesso em: 24 jun. 2022.
CAIUSCA, Alana. Pirâmide alimentar. Educa Mais Brasil. [s. l.], 22 jul. 2020. Disponível em: https://
Ciências Humanas
www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/piramide-alimentar. Acesso em: 22 jun. 2022.

e Sociais Aplicadas
GABARDO BELO, Carolina. Pirâmide de alimentos dá lugar a prato. Gazeta do Povo, [s. l.], 02 jul.
2011. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/piramide-de-alimen-
tos-da-lugar-a-prato-awpvpgb0cgiy114ri4q81g95a/. Acesso em: 22 jun. 2022.
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GASPAROTTO, Odival Cezar et al. Fisiologia animal comparada. Florianópolis, 2011. 238 p. Disponível
em: https://uab.ufsc.br/biologia/files/2020/08/Fisiologia-Animal-Comparada.pdf. Acesso em: 22
jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 5
jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
5 jun. 2022.
PIMAZONI-NETTO, Augusto. Cremesp. Conceito e tipos mais frequentes de transtornos alimenta-
res. Sociedade Brasileira de Diabetes, [s. l.], [20 ago. 2021]. Disponível em: https://diabetes.org.
br/conceito-e-tipos-mais-frequentes-de-transtornos-alimentares/. Acesso em: 22 jun. 2022.
SILVERTHORN, D.U. Fisiologia humana. Uma abordagem integrada. Porto Alegre: Artmed, 2010.
992 p.
SISTEMA Digestório. [s. l.: s. n.], 01 jul. 2020. 1 vídeo (6min). Publicado pelo canal Toda Matéria.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=NItAZJbcLu0. Acesso em: 22 jun. 2022.
SM EDUCAÇÃO et al, (org.). Ser Protagonista: Ciências da Natureza e suas Tecnologias. 1. ed. São
Paulo: Editora SM, 2020. 160 p. v. 6 volumes.

Ciências Humanas
e Sociais Aplicadas
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TÓPICO

Nossa forma de estar no mundo.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

Sistema respiratório. Estabelecer relações entre as várias funções do organismo


Sistema circulatório. humano.
Compreender o corpo humano como um todo integrado, consi-
derando seus níveis de organização: células, tecidos, órgãos e
sistemas.
Reconhecer que a digestão, a circulação, a respiração e a excre-
ção são funções de nutrição. O metabolismo deve ser entendido
como um conjunto de processos químicos que garante a ativi-
dade vital do ser vivo e que todos os organismos estão sujeitos
aos mesmos processos, como recepção de estímulos do meio,
integração e resposta, obtenção, transformação e distribuição
de energia, trocas gasosas, equilíbrio de água e sais em seu
corpo, remoção e produtos finais do metabolismo e perpetua-
ção da espécie.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Corpo Humano e Saúde – Sistema respiratório e circulatório


DURAÇÃO: 6 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A)CONTEXTUALIZAÇÃO E ABERTURA
Professor (a), a água e o ar apresentam grandes diferenças em relação às suas características
físicas e químicas. Essas diferenças estão refletidas em diferentes mecanismos fisiológicos e
estruturas anatômicas envolvidas no processo de trocas de gases e circulação de substâncias nos
animais que habitam o ambiente terrestre e o aquático. Portanto, desenvolva um uma abordagem
comparativa (fisiologia comparada) entre os grandes filos de animais, considerando como referên-
cia a fisiologia humana.
Sabemos que o sistema circulatório e o sistema respiratório estão intimamente ligados, afinal é
o sangue que transporta o oxigénio para todas as células do corpo humano e recolhe o gás carbô-
nico para ser eliminado. Desta forma o estudo dos dois sistemas, respiratório e circulatório, pode
ser desenvolvido de forma integrada, caso o professor (a) deseje. Para que o desenvolvimento das
habilidades ocorra de forma satisfatória, contextualize o ensino e incentive o protagonismo do
estudante por meio de leitura, interpretação de textos, produção de materiais, participação em

Ciências Humanas
debates, dentre outras atividades.

e Sociais Aplicadas
B) DESENVOLVIMENTO:
1º Momento: Sistema respiratório
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Atividade 1: Respirar é um ato vital!
Respirar é um ato vital! Um adulto em repouso respira em média cerca de 16 vezes por minuto (ou
23 mil vezes por dia). Algo tão simples que realizamos milhões de vezes ao longo da vida é funda-
mental para o organismo. Professor (a), inicie o estudo desses sistemas levando os estudantes a
questionarem: Afinal, qual o objetivo da respiração? Qual o destino do oxigênio em nosso orga-
nismo? De que processo metabólico celular o oxigênio participa? Existe diferença entre respiração
mecânica e química? Como os gases respiratórios são conduzidos? Estas perguntas podem ser
o gatilho para despertar o interesse e a participação dos estudantes na aula. Anote as respostas
dos estudantes como chuva de palavras no quadro e comece a fazer as correlações necessárias.
Agora, juntamente com os estudantes, esquematize o caminho do ar até os pulmões, apresentando
os órgãos do sistema respiratório e suas funções. Explique o processo de hematose nos alvéolos
pulmonares. Diferencie a respiração mecânica e química, evidenciando a participação da glicose
no processo na respiração celular (integração entre os sistemas digestivo e respiratório).

Sugestão de vídeo:

→ Bronquíolos e alvéolos. Publicado pelo canal Kenhub - Aprenda Anatomia Humana.


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=neRsJxn9AJs&ab_channel=Kenhub-
-AprendaAnatomiaHumana.

Atividade 2: As doenças respiratórias


As doenças respiratórias são aquelas que acometem as vias aéreas, podendo ser agudas ou crôni-
cas. Diversas condições ambientais podem favorecer o surgimento de infecções respiratórias na
população como clima seco, poluído (com partículas em suspensão) e temperaturas mais baixas.
Estas condições podem aumentar a exposição do organismo a agentes poluentes, produtos quí-
micos e até infecções por vírus, fungos ou bactérias, por exemplo. Professor (a), busque os conhe-
cimentos prévios dos estudantes sobre as doenças respiratórias como: asma, bronquite, pneu-
monia, rinite, tuberculose, gripe, covid-19 e outras levando em conta a contribuição dos mesmos
com informações e perguntas sobre as doenças e suas causas, sintomas, medidas de prevenção e
tratamentos.
Uma maneira de tornar a abordagem do assunto interessante é incentivar o uso da informática para
elaboração de materiais didáticos pelos estudantes. Afinal, esta linguagem é bem atraente para os
jovens e envolve sua vida cotidiana. Divida os estudantes em grupo de trabalho sobre as doenças
respiratórias e solicite a elaboração de infográficos e cartilhas em plataformas de criação como
o Canva e Rockcontent; além de quizzes, desafios e outros jogos personalizados e interativos em
plataformas de aprendizado como Kahoot.

→ Sugestões de Ferramentas:
CHAGAS, Zuk. Aprenda o que é um Infográfico e quais são os 7 passos essenciais para criar uma
peça incrível! Rock Content - BR, [s. l.], 6 maio 2020. Disponível em: https://rockcontent.com/
br/blog/infografico/#:~:text=Infogr%C3%A1fico%20%C3%A9%20um%20conte%C3%BAdo%20
explicativo,de%20m%C3%ADdia%20em%20sua%20produ%C3%A7%C3%A3o. Acesso em: 25

Ciências Humanas
jun. 2022
Canva, [s.l.], 2022. Disponível em: https://www.canva.com/pt_br/criar/. Acesso em: 25 jun. 2022
e Sociais Aplicadas
Kahoot, [s.l.], 2022. Disponível em: https://kahoot.com/. Acesso em: 25 jun. 2022

VOLUME 1

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→ Veja alguns modelos de infográficos:

Figura 5: Infográfico - As principais doenças Figura 6: Infográfico - Dicas para a prevenção


respiratórias da Covid-19

Fonte: RIBEIRO, Maiara. Principais doenças respiratórias.


Portal Drauzio Varella, [s. l.], [31 jul. 2019].

Fonte: Coronavírus: alguns cuidados para a prevenção. Apta


Sistemas, [s. l.], 19 mar. 2020.

Professor (a), socialize a criação dos estudantes! Organize a exposição do material elaborado nas
redes sociais e/ou distribuição na comunidade escolar.
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Atividade 3: Covid-19 e sistema respiratório
Professor (a), esta atividade visa trabalhar o contexto e buscar a superação de uma visão fragmen-
VOLUME 1
tada, a fim de proporcionar a interação entre a teoria estudada na escola e a realidade vivenciada

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em sociedade pelo estudante. Desta forma, em tempos de pandemia, não podemos deixar de rela-
cionar a fisiologia do sistema respiratório e a covid-19.
Por que o vírus da Covid-19 infecta células do sistema respiratório? Esta pergunta pode levar os
estudantes a refletirem sobre a interação parasita-hospedeiro e sobre as propriedades físico-quí-
micas que tornam os vírus capazes de se ligar a receptores de membrana específicos, presentes
nas células hospedeiras. Esta afinidade por células específicas irá influenciar no tipo de doença
causada.

→ Sugestão de texto:
ACE: Conheça a proteína presente em nosso organismos que facilita a entrada do SARS-CoV-2.
Bioemfoco, [s. l.] 23 abr. 2022. Disponível em: https://bioemfoco.com.br/noticia/ace2-proteina-
-que-facilita-entrada-do-sars-cov-2-no-organismo/. Acesso em: 20 maio 2022.
Sugestão de esquema: Abaixo, a figura representa a interação da proteína ACE2 da célula hospe-
deira com a proteína spike do Vírus. Os estudantes podem desenhar o esquema ou fazer modelo
com massinha de modelar.

Figura 7: Infecção da célula epitelial pelo SARS-CoV-2

Fonte: ASSUNÇÃO, Jéssica et al. Estimativa de contágio por Covid-19 no metrô da cidade de São Paulo após a reabertura da
economia. Instituto Health Lake, [s. l.], 2022.

2º momento: Sistema circulatório


Professor (a), o sistema circulatório se desenvolveu para garantir maior eficiência no transporte

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de nutrientes e, principalmente, de oxigênio, através do corpo. Ao longo da evolução, esse sistema
passou por diversas adaptações, de modo que, atualmente, existem diferentes tipos de circulação

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e de sistema circulatório, a depender do organismo, podendo ser aberto ou fechado. Inicie sua
aula explicando um pouco sobre fisiologia comparada do sistema circulatório.

VOLUME 1

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Atividade 1: Sala de aula invertida
Para desenvolver o estudo do sistema circulatório humano disponibilize textos e vídeos para os
estudantes, a fim de que eles tenham uma noção prévia dos assuntos que serão abordados em
sala. Desta forma, eles podem trazer informações e dúvidas, tornando a aula mais interessante e
participativa.

→ LEMOS, Marcela. Sangue: o que é, funções, componentes e tipos sanguíneos. Tua Saúde, [S.
L.], 01 fev. 2022. Disponível em: https://www.tuasaude.com/o-sangue/. Acesso em: 25 jun.
2022.
→ Sistema Circulatório - Coração - Pequena e grande circulação. [s. l.: s. n.], 18 out. 2018. 1
vídeo (5min). Publicado pelo canal Anatomia papel e caneta. Disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=CHpfDBqISDk. Acesso em: 01 jul. 2022.
→ VARELLA, Mariana. Coração. Portal Drauzio Varella, [s. l.], [11 jul. 2014]. Disponível em:
https://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/coracao/. Acesso em: 25 jun. 2022.

Em seguida,explique a função do sistema circulatório ou cardiovascular humano que é distribuir


os nutrientes absorvidos pelo sistema digestório e o oxigênio absorvido pelos pulmões (sistema
circulatório), para todo o organismo. Explique que ele também retira das células as excretas nitro-
genadas e o gás carbônico produzido no metabolismo celular. Em seguida, discuta os textos suge-
ridos e solicite que os estudantes respondam as perguntas em grupo:

1. Defina sangue e descreva sua composição.


2. Cite as funções do sangue no organismo.
3. Descreva o coração e suas partes.
4. Diferencie sangue venoso e arterial.
5. Diferencie veia e artéria.
6. Diferencie pequena e grande circulação.

Em seguida, peça que os estudantes socializem as respostas, corrijam as atividades e façam um


resumo explicativo no quadro.

3º Momento: Doenças cardiovasculares


Professor (a), uma forma interessante de trabalhar doenças do sistema circulatório é por meio
de análises de estudos de casos, entrevistas, textos informativos, reportagens etc. O objetivo
desta abordagem didática é promover a abertura do assunto: sistema circulatório e saúde, de
forma mais dinâmica, incentivando a participação ativa do estudante. Apresente a entrevista
abaixo para os estudantes e em seguida faça uma discussão sobre aterosclerose e outras doen-
ças circulatórias.

Ciências Humanas
e Sociais Aplicadas
VOLUME 1

14
Sua saúde entrevista: Aterosclerose
Em entrevista à revista Sua Saúde, o cardiologista Fausto Stauffer fala sobre as mudanças
nos padrões alimentares do brasileiro, os riscos do colesterol alto para a saúde do coração e a
importância do check-up cardiológico:

Qual a recomendação atual da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) quanto ao consumo


diário de gordura?
“As recomendações da SBC são baseadas no Guia Alimentar para a População Brasileira, do
Ministério da Saúde. O limite máximo de gorduras é de 15% a 30% das calorias totais da ali-
mentação diária. O total de gorduras saturadas deve ser menor que 10% das calorias totais; já
o de gordura trans, menor que 1%. Estes valores podem obtidos nos rótulos dos alimentos, que
conforme regulamentação da Anvisa devem conter as informações nutricionais de valor ener-
gético (calorias), carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas, gordura trans,
fibra alimentar, cálcio, ferro e sódio.”

Qual a relação entre gordura e risco cardiovascular?


”O consumo excessivo de gordura contribui para a elevação do colesterol, que, por sua vez,
favorece a formação da placa de ateroma (gordura) na parede dos vasos sanguíneos, podendo
desencadear doenças como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral. Uma dieta
alimentar inadequada e sedentarismo podem causar, ainda, diabetes, obesidade e pressão alta,
fatores de risco para doenças cardiovasculares.”
Fonte: SUA SAÚDE entrevista: Aterosclerose. Rede de Hospitais Santa Lúcia, [s. l.], 21 out. 2013.

Discussão:
Professor (a), convide os estudantes a comentarem a entrevista e se posicionarem em relação ao
consumo de alimentos gordurosos e risco cardiovascular. Durante a discussão o professor deve
intermediar a fala dos alunos para que outras doenças do sistema circulatório sejam compreendi-
das, atentando para:
Explicar a formação da aterosclerose, relacionando-a ao risco de infarto do miocárdio; associar a
diabetes e ocorrência de doenças cardiovasculares como hipertensão, aneurismas, AVC , dentre
outras; apresentar fatores de risco para doenças cardiovasculares; incentivar a prática de ativida-
des físicas e o consumo de alimentos saudáveis para a garantia da saúde.
Professor (a), outros textos podem ser disponibilizados para subsidiar pesquisa e o desenvolvi-
mento do tema estudado:

→ MINISTÉRIO DA SAÚDE. Ataque cardíaco (infarto). Ataque cardíaco (infarto). Biblioteca


Virtual em Saúde, [s. l.], maio 2018.. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/ataque-
-cardiaco-infarto/. Acesso em: 01 jul. 2022.
→ LIMA, Dra Ana Luiza. 10 doenças cardiovasculares: sintomas e tratamento. Tua Saúde, [s.
l.], 12 jul. 2022. Disponível em: https://www.tuasaude.com/doencas-cardiovasculares/.
Acesso em: 01 jul. 2022.

Ciências Humanas
e Sociais Aplicadas
RECURSOS:
Links, livro didático, imagens de sistema circulatório, modelos de estudo, dentre outros.

VOLUME 1

15
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
O processo avaliativo deverá ser processual e contínuo, abrangendo todas as atividades. As pro-
duções coletivas e individuais, orais (debates, roda de conversa etc) e escritas (atividades, avalia-
ção escrita, relatório das aulas experimentais), deverão ser avaliadas. A participação e o empenho
durante as atividades, também deverão ser considerados no processo avaliativo.

ATIVIDADES

1 - (UFPB) Uma pessoa acometida pela gripe suína teve o quadro clínico agravado por uma pneu-
monia viral que levou à inflamação pulmonar, com acúmulo de líquido e decorrente obstrução
nas unidades funcionais dos pulmões. Nessas circunstâncias, é correto afirmar que ficou pre-
judicado o acesso do oxigênio à (aos)

a) laringe e à faringe.
b) traqueia e aos alvéolos.
c) faringe e aos bronquíolos.
d) bronquíolos e aos alvéolos.
e) brônquios e à traqueia.

2 - (ETEC) Praticar uma atividade física é uma experiência muito prazerosa. No entanto, às vezes,o-
corre uma forte dor na região abdominal que obriga a pessoa a parar com a atividade. Essa dor pode
estar associada à falta do gás oxigênio em um músculo que participa da respiração fisiológica e fica
localizado entre o tórax e o abdome. Isso acontece, provavelmente, porque o exercício está sendo
feito num ritmo mais intenso que o condicionamento aeróbico do praticante e, em consequência,
a respiração não consegue suprir a demanda do gás oxigênio, solicitado pela musculatura.
Http://tinyurl.com/m94o229%20Acesso%20em:%2008.04.2017.%20 Adaptado.

O músculo a que o texto se refere é denominado


A) Bíceps. B) Deltoide. C) Trapézio. D) Diafragma. E) Miocárdio.

3 - (UFPE ADAPTADO) Com relação à função de artérias e veias na circulação humana, analise a


figura e as proposições a seguir:

Ciências Humanas
e Sociais Aplicadas
VOLUME 1

16
Esquema da circulação do sangue no corpo humano.
Artérias pulmonares (2) levam aos pulmões o sangue vindo do corpo.
Veias pulmonares (1) trazem para o coração o sangue oxigenado nos pulmões.
Artéria aorta (3) leva o sangue oxigenado a todas as partes do corpo.
Veias cavas (4) trazem o sangue rico em gás carbônico do corpo ao coração.
Estão corretas:

A) 1, 2, 3 e 4. B) 1, 2 e 3 apenas. C) 1 e 3 apenas. D) 2 e 4 apenas. E) 3 e 4 apenas.

REFERÊNCIAS

AMABIS, José Mariano et al. Moderna Plus: Ciências da Natureza. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2020.
160 p. v. 6 volumes.
ASSUNÇÃO, Jéssica et al. Estimativa de contágio por Covid-19 no metrô da cidade de São Paulo
após a reabertura da economia. Instituto Health Lake, [s. l.], 2022. Disponível em: https://heal-
thlake.com.br/estimativa-de-contagio-por-covid-19-no-metro-da-cidade-de-sao-paulo-apos-a-
-reabertura-da-economia/. Acesso em: 29 maio 2022.
BRONQUÍOLOS e alvéolos (vídeo completo) - Anatomia Humana. [s. l.: s. n.], 04 fev. 2022. 1 vídeo
(20min). Publicado pelo canal Kenhub - Aprenda Anatomia Humana. Disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=neRsJxn9AJs. Acesso em: 25 jun. 2022.
CORONAVÍRUS: alguns cuidados para a prevenção. Apta Sistemas, [s. l.], 19 mar. 2020. Disponível
em: https://www.aptasistemas.com.br/coronavirus-alguns-cuidados-para-a-prevencao/. Acesso
em: 01 jul. 2022.
GASPAROTTO, Odival Cezar et al. Fisiologia animal comparada. Florianópolis, 2011. 238 p. Disponível
em: https://uab.ufsc.br/biologia/files/2020/08/Fisiologia-Animal-Comparada.pdf. Acesso em: 22
jul. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022.
Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20
Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 5 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de Formação
e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://
drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em: 5 jun. 2022.
RIBEIRO, Maiara. Principais doenças respiratórias. Portal Drauzio Varella, [s. l.], [31 jul. 2019].
Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/infograficos/principais-doencas-respiratorias-
-infografico/. Acesso em: 01 jul. 2022.
SM EDUCAÇÃO et al, (org.). Ser Protagonista: Ciências da Natureza e suas Tecnologias. 1. ed. São
Paulo: Editora SM, 2020. 160 p. v. 6 volumes.
Ciências Humanas
SUA SAÚDE entrevista: Aterosclerose. Rede de Hospitais Santa Lúcia, [s. l.], 21 out. 2013. Disponível em:
e Sociais Aplicadas
http://www.santalucia.com.br/noticias/sua-saude-entrevista-aterosclerose/. Acesso em: 01 jul. 2022.
VARELLA, Mariana. Coração. Portal Drauzio Varella, [s. l.], [11 jul. 2014]. Disponível em: https://
VOLUME 1
drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/coracao/. Acesso em: 25 jun. 2022.

17
TÓPICO

Funções vitais do corpo humano.


Funções vitais do organismo.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

Sistema excretor. Estabelecer relações entre as várias funções do organismo


humano.
Compreender o corpo humano como um todo integrado, con-
siderando seus níveis de organização: células, tecidos, órgãos
e sistemas.
Reconhecer que a digestão, a circulação, a respiração e a
excreção são funções de nutrição. O metabolismo deve ser
entendido como um conjunto de processos químicos que
garante a atividade vital do ser vivo e que todos os organis-
mos estão sujeitos aos mesmos processos, como recepção
de estímulos do meio, integração e resposta, obtenção, trans-
formação e distribuição de energia, trocas gasosas, equilíbrio
de água e sais em seu corpo, remoção e produtos finais do
metabolismo e perpetuação da espécie.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Corpo humano e saúde: Sistema excretor


DURAÇÃO: 3 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Professor (a), ao iniciar o estudo sobre o sistema urinário, explique o processo de osmorregulação
e sua importância para a homeostase. Deixe claro que é através deste processo que os seres vivos
a concentração de fluidos corporais em relação ao ambiente, alterando a concentração de subs-
tâncias como sais e outros eletrólitos, a fim de se manter em equilíbrio. Importante os estudantes
entenderem que a pressão de osmose é um fator ambiental que gera stress constante nos organis-
mos, necessitando de regulação para evitar a desidratação.

Importante enfatizar: Osmorregulação - A troca obrigatória de água depende de:


• o gradiente osmótico que existe entre os ambientes interno e externo.
• a relação superfície-volume do animal.
• a permeabilidade do tegumento.
Ciências Humanas
• a ingestão de alimento e água.

e Sociais Aplicadas


a perda evaporativa necessária para termorregulação.
a remoção dos resíduos metabólicos e digestivos pela urina e fezes.

VOLUME 1

18
Leia mais em:
Sistema excretor e osmorregulação.
Disponível em: https://lobio.ufpa.br/AulasAnimaliaIIeIIIpdf/AnimaliaIII/Sistemaexcretoreosmorregulacao.
pdf.

B) DESENVOLVIMENTO:
Aula 1 – 1º Momento: Osmorregulação
Atividade 1: Osmorregulação em animais aquáticos
Mecanismos de osmorregulação são fundamentais para peixes marinhos e de água doce se man-
terem em equilíbrio osmótico e sobreviverem. Professor (a): Solicite aos estudantes a análise da
figura 8, interpretar e responder a pergunta A e B.

Figura 8: Mecanismos de osmorregulação nos peixes ósseos

Fonte: Mecanismos de osmorregulação nos peixes ósseos. Netxplica, [s. l.], [2022?].

a) Peixes de água salgada vivem em ambiente muito concentrado de sais em relação ao seu
organismo. Como estes animais fazem para evitar a desidratação?
b) E os peixes de água doce? Como fazem para evitar a entrada de água constante por osmose?

Você sabia que:


Muitas espécies de animais marinhos não sofrem osmose, pois a tonicidade de suas célu-
las e líquidos corporais é equivalente à da água salgada. Tais animais são chamados de
osmoconformes.
Aves marinhas como as gaivotas e os albatrozes possuem glândulas nasais especializadas em
eliminar excessos de sais do corpo. Tartarugas marinhas também possuem glândulas seme-
lhantes, que se abrem junto aos olhos.
Mamíferos marinhos como golfinhos e baleias, apesar de não beberem água salgada, sempre
ingerem um pouco de água do mar junto com os alimentos. O equilíbrio osmótico desses ani-
mais é conseguido por meio da eliminação de sais pelos rins na urina.

Ciências Humanas
Nos demais vertebrados, como aves e répteis, a osmorregulação ocorre através de processos
do sistema excretor. A filtração do sangue nos néfrons renais é seguida da reabsorção de parte
e Sociais Aplicadas
do material filtrado de volta aos vasos sanguíneos e a secreção do que foi removido, formando
a urina que é excretada para fora do corpo via uretra ou cloaca.
VOLUME 1 Leia mais em: Osmorregulação e excreção. Sobiologia, [s. l.], 2022.

Aula 2 – Atividade 2: Osmorregulação e excreção- animais terrestres

19
Professor (a), inicie esta atividade instigando os estudantes a pensar sobre as possíveis adapta-
ções fisiológicas que garantiram a sobrevivência dos animais no ambiente terrestre.
A água é indispensável para todos os processos bioquímicos e fisiológicos, e a habilidade para
manter um ambiente interno conveniente face a um estresse osmótico exerceu um papel impor-
tantíssimo na evolução animal. A perda de água foi o principal fator a limitar a colonização do
ambiente de terra firme. Os artrópodos e vertebrados foram os que desenvolveram os mais eficien-
tes mecanismos de obtenção e economia de água e de sais minerais. Cite adaptações de animais
terrestres para evitar a desidratação.
Em Seguida, proponha a leitura do texto abaixo:

Excreção e osmorregulação –
Os animais terrestres perdem água principalmente por evaporação, tanto através do integu-
mento quanto através das superfícies respiratórias; a tolerância à perda de água varia gran-
demente entre as diferentes espécies e está geralmente associada a adaptações ao ambiente
em que o animal vive. A segunda maneira pela qual os animais terrestres mais perdem água
é através da excreção da urina. Assim como os animais aquáticos ou terrestres conseguem
regular o volume, a concentração e a composição da urina de acordo com as suas necessida-
des de regulação osmótica, iônica e de volume hídrico. Essa regulação geralmente está asso-
ciada às características do ambiente ao redor (temperatura, umidade, disponibilidade de água)
e da atividade e metabolismo do animal. Nós, humanos, produzimos uma urina hipertônica
em condições normais (e num volume normal), mas, quando desidratados, produzimos urina
mais hipertônica ainda em relação ao sangue, agora em pequenas quantidades; por outro lado,
quando bebemos bastante líquido a urina passa a ser produzida em grandes quantidades (vários
litros) e é hiposmótica em relação ao plasma sanguíneo.
Dessa forma, um ponto fundamental no estudo do balanço de água nos animais terrestres é a
eficiência com a qual eles conseguem minimizar as perdas de água através da urina. Há duas
maneiras de reduzir essa perda: (1). concentrar a urina via vasopressina ou ADH, hormônios
antidiuréticos, reduzindo a quantidade de água necessária para a excreção de certa quanti-
dade de solutos, e (2). reduzir a quantidade de solutos excretada através da urina. A produção
de urina hipertônica em mamíferos e aves é possível devido à porção do néfron conhecida como
alça de Henle e à arquitetura em forma de “U” associada a um sistema contracorrente, conforme
já mencionado. Um néfron com uma alça de Henle longa se estende mais fundo na medula renal,
onde o ambiente osmótico hipertônico retira mais água, e consegue, então, produzir uma urina
mais concentrada. A maioria dos mamíferos possuem néfrons de comprimento variável, alguns
são curtos e outros muito longos. Em mamíferos marinhos, como os cetáceos, e em pequenos
roedores do deserto, como o rato canguru Dypodomis, sem acesso à água para beber, o com-
primento das alças de Henle são os maiores até agora descritos. Aves, entretanto, apresentam
relativamente poucos ou nenhum néfron com alça longa, de forma que não conseguem produzir
uma urina tão concentrada quanto os mamíferos, como comentado anteriormente.
Fonte: Adaptado de GASPAROTTO, Odival Cezar et al. Fisiologia animal comparada. Florianópolis, 2011. 238 p.

Interpretação do texto:

Ciências Humanas
a) Leia a frase: “A segunda maneira pela qual os animais terrestres mais perdem água é

e Sociais Aplicadas
através da excreção da urina.” Como se classifica a urina humana quando se encontra
desidratada?
b) Cite duas maneiras de minimizar as perdas de água através da urina.
VOLUME 1

20
Aula 3 – 2º Momento: Sistema excretor – aparelho urinário humano
Professor (a), Explique que o aparelho urinário humano é constituído de dois rins, dois ureteres,
uma bexiga e uma uretra. O rim é o responsável pela homeostase (equilíbrio do meio interno), fil-
trando o sangue e removendo as substâncias indesejáveis ingeridas pela pessoa ou produzidas
pelo metabolismo corporal. Os rins têm diversas funções, dentre as quais destacam-se as seguin-
tes: Regulação do equilíbrio hidroeletrolítico; regulação da osmolalidade; regulação da pressão
arterial, secreção, metabolismo e excreção de hormônios; Excreção de produtos de degradação
do metabolismo e de substâncias químicas estranhas – uréia, creatinina, ácido úrico, produtos
finais da degradação da hemoglobina (bilirrubina), dentre outros.
Em seguida apresente a estrutura básica do néfron (unidade estrutural e funcional do rim dos mamí-
feros, explicando que a formação da urina ocorre nas seguintes etapas: Filtração, reabsorção e
secreção.). Apresente um esquema básico de funcionamento dessa estrutura (Figura 8.) e explique
a reabsorção de sais e água em rim de mamífero, evidenciando que o transporte ativo de Na+ para
fora do túbulo proximal é seguido pela movimentação passiva de Cl− e água e que a extrusão ativa
de NaCl da porção ascendente da alça de Henle cria um gradiente osmótico que permite a reabsor-
ção de água no ducto coletor. Explique a regulação nervosa e hormonal do ADH, ou vasopressina.

Figura 9: Néfron.

Fonte: BRASIL. Sistema Urinário. Histologia Interativa Universidade Federal de Alfenas, [s. l.], 2022.

Explique que quando os animais catabolizam substâncias que contêm nitrogênio eles produzem

Ciências Humanas
as chamadas excretas nitrogenadas, as quais precisam ser eliminadas do corpo. As três principais
moléculas utilizadas para a excreção de nitrogênio são a amônia, a ureia e o ácido úrico. O tipo de
e Sociais Aplicadas
excreção de uma dessas substâncias tóxicas está diretamente relacionado com a quantidade de
água disponível na composição corpórea de cada ser vivo, como também associado ao ambiente
VOLUME 1
onde o mesmo habita. Professor (a), elabore atividades diversificadas de fixação do conteúdo.

21
Sugestão de pesquisa: Doenças do sistema urinário.

Sugestões de vídeo:

→ Sistema urinário. Publicado pelo canal Lisboa Miranda.


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=mLMUMIm-AMw.

Sugestão de fonte de pesquisa:

→ Sistema excretor e osmorregulação.


Disponível em: https://lobio.ufpa.br/AulasAnimaliaIIeIIIpdf/AnimaliaIII/Sistemaexcretoreos
morregulacao.pdf.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
O processo avaliativo deverá ser processual e contínuo, abrangendo todas as atividades. As pro-
duções coletivas e individuais, orais (debates, roda de conversa etc) e escritas (atividades, avalia-
ção escrita, relatório das aulas experimentais), deverão ser avaliadas. A participação e o empenho
durante as atividades, também deverão ser considerados no processo avaliativo.

ATIVIDADES

1 - Em cada néfron, a formação da urina ocorre nas seguintes etapas: Filtração, reabsorção e
secreção. Explique cada uma das etapas.

2 - Insuficiência renal é a condição na qual os rins perdem a capacidade de efetuar suas funções
básicas. A insuficiência renal pode ser aguda (IRA), quando ocorre súbita e rápida perda da
função renal, ou crônica (IRC), quando esta perda é lenta, progressiva e irreversível. Insuficiência
renal crônica: ocorre a perda parcial da função renal, de forma lenta, progressiva e irreversível;
Insuficiência renal crônica terminal: perda da função renal maior do que 85 a 90%, que leva ao
aumento de toxinas e água no organismo mais do que ele consegue suportar, sendo necessário,
então, iniciar um tratamento que substitua a função dos rins. A maioria das pessoas não apre-
senta sintomas graves até que a insuficiência renal esteja avançada. Porém, o paciente pode
observar que: mais cansado e com menos energia;– tem dificuldades para se concentrar;– está
com o apetite reduzido;– sente dificuldade para dormir;– sente cãibras à noite;– está com os
pés e tornozelos inchados;– apresenta inchaço ao redor dos olhos, especialmente pela manhã;–
está com a pele seca e irritada;– urina com mais freqüência, especialmente à noite.
Leia mais em: BRASIL. Insuficiência renal crônica. Histologia Interativa Universidade Federal de Alfenas, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://bvsms.saude.gov.br/insuficiencia-renal-cronica/#:~:text=Insufici%C3%AAncia%20renal%20%C3%A9%20a%20
condi%C3%A7%C3%A3o,%C3%A9%20lenta%2C%20progressiva%20e%20irrevers%C3%ADvel. Acesso em: 06 jul. 2022.

Analise a frase: “Insuficiência renal crônica terminal: perda da função renal maior do que 85 a

Ciências Humanas
90%, que leva ao aumento de toxinas e água no organismo mais do que ele consegue supor-
tar..” A insuficiência renal ocorre pela perda da capacidade fisiológica da unidade funcional dos
e Sociais Aplicadas
rins, denominado (a):
A) alça de henle. B) ureteres. C) bexiga. D) néfron.
VOLUME 1

22
3 - (Asces) O sistema urinário é responsável pela excreção de metabólitos celulares com vistas a
manter a homeostase corporal. Considerando a ureia como produto metabólico, que tipo de
dieta aumenta sua excreção do organismo humano?

a) Massas, pois são ricas em carboidratos.


b) Carnes brancas, pois são ricas em proteínas.
c) Vegetais, pois são ricos em vitaminas.
d) Frituras, pois são ricas em gordura.
e) Lanches salgados, pois são ricos em cloreto de sódio.

REFERÊNCIAS

AMABIS, José Mariano et al. Moderna Plus: Ciências da Natureza. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2020.
160 p. v. 6 volumes.
BRASIL. Sistema Urinário. Histologia Interativa Universidade Federal de Alfenas, [s. l.], 2022.
Disponível em: https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/sistema-urinario/. Acesso em:
07 jul. 2022.
BRASIL. Insuficiência renal crônica. Histologia Interativa Universidade Federal de Alfenas, [s.
l.], 2022. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/insuficiencia-renal-cronica/#:~:text=In-
sufici%C3%AAncia%20renal%20%C3%A9%20a%20condi%C3%A7%C3%A3o,%C3%A9%20len-
ta%2C%20progressiva%20e%20irrevers%C3%ADvel. Acesso em: 06 jul. 2022.
SM EDUCAÇÃO et al, (org.). Ser Protagonista: Ciências da Natureza e suas Tecnologias. 1. ed. São
Paulo: Editora SM, 2020. 160 p. v. 6 volumes.
GASPAROTTO, Odival Cezar et al. Fisiologia animal comparada. Florianópolis, 2011. 238 p. Disponível
em: https://uab.ufsc.br/biologia/files/2020/08/Fisiologia-Animal-Comparada.pdf. Acesso em: 22
jul. 2022.
MECANISMOS de osmorregulação nos peixes ósseos. Netxplica, [s. l.], [2022?]. Disponível em:
http://www.netxplica.com/exercicios/bio10/osmorregulacao.peixes.htm. Acesso em: 07 jul. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 5
jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
5 jun. 2022.
OSMORREGULAÇÃO e excreção. Sobiologia, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www.sobiologia.
com.br/conteudos/FisiologiaAnimal/excrecao.php. Acesso em: 07 jul. 2022.

Ciências Humanas
SISTEMA urinário. [s. l.: s. n.], 26 MAR. 2020. 1 vídeo (9min). Publicado pelo canal Lisboa Miranda.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=mLMUMIm-AMw. Acesso em: 07 jul. 2022.
e Sociais Aplicadas
VOLUME 1

23
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS
ANO DE ESCOLARIDADE REFERÊNCIA ANO LETIVO
2 o ano – 4 o Bimestre Ensino Médio 2022
COMPONENTE CURRICULAR ÁREA DE CONHECIMENTO
Física Ciências da Natureza e suas tecnologias

COMPETÊNCIA
EIXO TEMÁTICO

Luz, Som e Calor.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO HABILIDADE(S)

Propagação da Luz. Compreender os fenômenos de reflexão e refração da luz.


Compreender que a luz em um meio uniforme desloca em linha
reta e com velocidade finita.
Saber explicar como as sombras são formadas.
Saber explicar como objetos não luminosos podem ser vistos.
Representar graficamente a reflexão da luz em uma superfície
plana lisa.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Óptica Geométrica – Reflexão regular, formação de sombras e eclipses


DURAÇÃO: 3 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Tendo como base o currículo referência (CRMG), o docente sempre deve criar situações didáticas
variadas, em que seja possível retomar os conteúdos abordados em diversas oportunidades. Isso
pressupõe que o planejamento inclua diferentes modalidades organizativas: projetos didáticos, ati-
vidades permanentes e sequências didáticas. A abordagem metodológica CTS (Ciências, Tecnologia
e Sociedade) descrita por Bazzo (2003), Santos e Mortimer (2002) e Delizoicov (2002), entre outros,
apontam para a necessidade de uma proposta de trabalho que possa contribuir para um maior signi-
ficado ao aprendizado das disciplinas do núcleo das ciências naturais. Desse modo, a CTS será auxi-

Ciências Humanas
liadora para o trabalho dos objetos de conhecimento deste planejamento: Reflexão regular da luz, a
formação de sombra e eclipses. Ao fim, espera-se que o estudante compreenda os fenômenos ópti-

e Sociais Aplicadas
cos e suas aplicações. Será interessante ainda que os estudantes consigam compreender o princípio
retilíneo e eletromagnético da luz.

VOLUME 1

24
B) DESENVOLVIMENTO:
Esta sequência didática (SD) que, na prática, são conteúdos seriados com o intuito de levar às finali-
dades almejadas, sendo metodicamente estruturadas e organizadas, foi pensada para ser aplicada
no ensino médio nas modalidades regular e EJA. No decorrer dessa SD será abordado o conceito
de reflexão regular da luz, a formação de sombras e eclipses e a natureza eletromagnética da luz.

1º Momento: Sensibilização
• Sensibilize os estudantes para aproximar a teoria científica, contida nos livros de ciência,
do seu cotidiano.
• Destaque a importância das Ciências para o desenvolvimento tecnológico da nossa
sociedade. 
• Desmistifique a visão de que cientistas são pessoas muito inteligentes sempre vestidas de
jaleco branco, fechados nos laboratórios e muito distante do contexto dos estudantes. 

Contexto histórico
É importante que o professor inicie o tema com uma abordagem histórica sobre as ideias de Isaac
Newton sobre a luz.

2º Momento: Diálogo a luz e o cotidiano


Contextualize o tema estimulando os estudantes para um diálogo aberto sobre os seus conheci-
mentos prévios a respeito de cores dos objetos, formação de sombras e eclipses.

3º Momento: Formalização do tema


Explique detalhadamente para os estudantes o conceito de reflexão regular da luz, absorção lumi-
nosa, corpo negro, cor de um objeto.
Investigue se os alunos reconhecem a diferença entre corpos luminosos e corpos iluminados.
Enfatize a importância do estudo da luz, que ela se comporta ora como uma onda eletromagnética,
ora como uma partícula.
Quanto mais exemplos e imagens para retratar este assunto, melhor.

→ Física - Reflexão regular e difusa: https://www.youtube.com/watch?v=nPwFSO9iZdA.


→ Eclipse solar e lunar: https://www.youtube.com/watch?v=nQEx0tZyDNc.
→ Cor dos objetos: https://www.youtube.com/watch?v=2t9767YwxCE.

4º Momento: Atividades práticas


A seguir apresenta-se algumas possibilidades educacionais para auxiliar o professor com exem-
plos práticos sobre o tema proposto. O professor poderá solicitar tais exemplos em forma de apre-
sentação de trabalhos.

Atividade 1: Disco de Newton

Ciências Humanas
Apresente para os estudantes a ideia do disco de Newton e solicite que eles construam um e tentem

e Sociais Aplicadas
aproximar a “mistura de cores” da cor branca. Segue um modelo para o experimento: https://www.
youtube.com/watch?v=LlKeTEzYrjo.

VOLUME 1

25
Atividade 2: Câmara escura
Explique o conceito de câmara escura, máquina fotográfica, lente e olho humano. Segue um exem-
plo de câmara escura de fácil confecção: https://www.youtube.com/watch?v=yZlt8VgjKdc.

Atividade 3: Cores dos objetos


Explique sobre as cores dos objetos e que a cor que enxergamos desse objeto é devida à reflexão
da luz. Segue um exemplo: https://www.youtube.com/watch?v=vcJb3ML4Bag.

RECURSOS:
Livro didático, quadro, giz ou pincel para quadro branco, projetor, acesso à internet.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
O processo avaliativo deverá ser processual e contínuo, abrangendo todas as atividades. As produ-
ções coletivas e individuais, orais (debates, roda de conversa, etc.) e escritas (atividades, avalia-
ção escrita, relatório das aulas experimentais) deverão ser avaliadas. A participação e o empenho
durante as atividades, também deverão ser considerados no processo avaliativo.

ATIVIDADES

1 - (UFMT) Considere dois observadores, um na Terra e outro no planeta Marte. O observador na


Terra vê, à meia-noite, o planeta Marte no ponto mais alto do céu, sobre sua cabeça. À meia-
-noite, no planeta Marte, o observador de lá:

a) vê a Terra no ponto mais alto sobre sua cabeça.


b) não vê a Terra.
c) vê a Terra entre Vênus e Júpiter.
d) vê a Terra em conjunção com Mercúrio e o Sol.
e) verifica que a luz do Sol refletida pela Terra é imperceptível devido à grande distância.

2 - (Mackenzie-SP) Os objetos A e B, quando iluminados pela luz solar, apresentam, respectiva-


mente, as cores vermelha e branca. Esses objetos, ao serem iluminados somente pela luz de
uma lâmpada de sódio, que emite apenas a luz monocromática amarela, serão vistos, respecti-
vamente, com as cores:

a) vermelha e branca.
b) laranja e amarela.
c) vermelha e preta.
d) preta e amarela.
e) branca e preta.

Ciências Humanas
3 - (FAL) Se um objeto reflete toda a luz que sobre ele incide, então ele é:

e Sociais Aplicadas
a) invisível.
b) transparente.

VOLUME 1
c) translúcido.
d) corpo negro.
e) branco.

26
4 - (ENEM)

Seu Olhar
(Gilberto Gil)
Na eternidade
Eu quisera ter
Tantos anos-luz
Quantos fosse precisar
Pra cruzar o túnel
Do tempo do seu olhar

Gilberto Gil usa na letra da música a palavra composta anos-luz. O sentido prático, em geral, não é
obrigatoriamente o mesmo que na ciência. Na Física, ano-luz é uma medida que relaciona a veloci-
dade da luz e o tempo de um ano e que, portanto, se refere a

a) tempo.
b) aceleração.
c) distância.
d) velocidade.
e) luminosidade.

5 - (FEI-SP) Em 1946, a distância entre a Terra e a Lua foi determinada pelo radar. Se o intervalo de
tempo entre a emissão do sinal de radar e a recepção do eco foi 2,56 s, qual a distância entre a
Terra e a Lua? (Dado: velocidade do sinal de radar = 3 · 108 m/s)

REFERÊNCIAS

AMABIS, José Mariano et al. Moderna Plus: Ciências da Natureza. V6, 1. ed. São Paulo. Moderna,
2020.
AZUL + Verde + Vermelho = Branco?. [s. l.: s. n.]. 2022. 1 vídeo (5 min). Publicado pelo canal Manual
do Mundo. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=LlKeTEzYrjo. Acesso em: 22 jul.
2022.
CÂMARA escura com lente (EXPERIÊNCIA de FÍSICA). [s. l.: s. n.]. 2022. 1 vídeo (4 min). Publicado
pelo canal Manual do Mundo. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=yZlt8VgjKdc.
Acesso em: 22 jul. 2022.
COR dos Objetos - Brasil Escola. [s. l.: s. n.]. 2 out. 2017. 1 vídeo (7 min). Publicado pelo canal Brasil
Escola. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=2t9767YwxCE. Acesso em: 22 jul. 2022.
CORES da Luz (Experimento Simples). [s. l.: s. n.]. 9 set. 2020. 1 vídeo (3 min). Publicado pelo canal
Flavio Cunha. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=vcJb3ML4Bag. Acesso em: 22
jul. 2022.
ECLIPSE solar e lunar – Ciências – 8º ano – Ensino Fundamental. [s. l.: s. n.]. 2022. 1 vídeo (7 min).
Ciências Humanas
Publicado pelo canal Futura. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=nQEx0tZyDNc.

e Sociais Aplicadas
Acesso em: 22 jul. 2022
FÍSICA - Reflexão regular e difusa (Khan Academy). [s. l.: s. n.]. 2022. 1 vídeo (11 min). Publicado pelo
VOLUME 1
canal Khan Academy Brasil. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=nPwFSO9iZdA.
Acesso em: 22 jul. 2022.

27
GODOY, L. P. et al. Multiversos: ciências da natureza. 1. ed. – São Paulo: Editora FTD, 2020.
HEWITT, Paul G. Física Conceitual. 9ª. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em:
05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
05 jun. 2022.
ROEHRIGS; S. A. G., ASSIS; K. K., CZELUSNIAKI; S. M. A Abordagem CTS no Ensino de Ciências:
Reflexões sobre os Sistemas de Educação da Educação Básica. Disponível em: <https://download.
inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de_referencia_ver-
sao_1.0.pdf>. Acesso em: 27 jun. 2022.

Ciências Humanas
e Sociais Aplicadas
VOLUME 1

28
EIXO TEMÁTICO

Luz, som e calor.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

Propagação da Luz. Compreender os fenômenos de reflexão e refração da luz.


Compreender a formação de imagens em espelhos planos e
curvos.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Espelhos planos e esféricos


DURAÇÃO: 7 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Tendo como base o currículo referência (CRMG), o docente sempre deve criar situações didáti-
cas variadas, em que seja possível retomar os conteúdos abordados em diversas oportunidades.
Isso pressupõe que o planejamento inclua diferentes modalidades organizativas: projetos didáti-
cos, atividades permanentes e sequências didáticas. A abordagem metodológica CTS (Ciências,
Tecnologia e Sociedade) descrita por Bazzo (2003), Santos e Mortimer (2002) e Delizoicov (2002),
entre outros, apontam para a necessidade de uma proposta de trabalho que possa contribuir para
um maior significado ao aprendizado das disciplinas do núcleo das ciências naturais. Desse modo,
a CTS será auxiliadora para o trabalho dos objetos de conhecimento deste planejamento: A forma-
ção de imagens em espelhos planos e esféricos. Ao fim, espera-se que o estudante compreenda
campo visual, foco de um espelho esférico. Será interessante ainda que os estudantes consigam
calcular distância focal e aumento linear das imagens.

B) DESENVOLVIMENTO:
Esta sequência didática (SD) que, na prática, são conteúdos seriados com o intuito de levar às
finalidades almejadas, sendo metodicamente estruturadas e organizadas, foi pensada para ser
aplicada no ensino médio nas modalidades regular e EJA. No decorrer dessa SD será abordado o
conceito de formação de imagens em espelhos planos e esféricos.
1º Momento: Sensibilização
• Sensibilize os estudantes para aproximar a teoria científica, contida nos livros de ciência,
do seu cotidiano.
• Destaque a importância das Ciências para o desenvolvimento tecnológico da nossa
sociedade. 

Ciências Humanas
• Desmistifique a visão de que cientistas são pessoas muito inteligentes sempre vestidas de
jaleco branco, fechados nos laboratórios e muito distante do contexto dos estudantes. 

e Sociais Aplicadas
Contexto histórico
VOLUME 1
É importante que o professor inicie o tema abordando a história da luz e a evolução da ciência
óptica dos instrumentos ópticos.

29
2º Momento: Diálogo sobre os tipos de máquinas térmicas e o cotidiano
Contextualize o tema estimulando os estudantes para um diálogo aberto sobre os seus conheci-
mentos prévios a respeito de algum tipo de espelho que tenham em casa, se é plano, côncavo ou
convexo e como é a imagem formada por ele.

3º Momento: Formalização do tema


Enfatize para os estudantes que todo o estudo da Óptica Geométrica e dos Espelhos Planos e
Esféricos é fundamentado no princípio da propagação retilínea da luz, na lei da reflexão de Snell-
Descartes e em Geometria Plana básica.
Apresente o conceito de sistema óptico (espelho plano, espelho esférico, dioptro plano e lente),
o ponto objeto e o correspondente ponto imagem. Dioptro plano é o sistema constituído por dois
meios homogêneos e transparentes, separados por uma superfície plana. Exemplo: água de um
lago e o ar.
→ Espelho plano: é importante destacar que os pontos objeto e imagem são simétricos em
relação à superfície do espelho e têm naturezas opostas; isto é, um é real e o outro, vir-
tual. Outro fato que merece destaque é que a imagem de um objeto extenso, formada por
um espelho plano, tem as mesmas dimensões do objeto e é direita em relação ao objeto.
Entretanto, o espelho plano troca a esquerda pela direita e vice-versa. O que caracteriza o
que chamamos de enantiomorfismo; um exemplo típico é levantar uma das mãos no espe-
lho e observar essa troca. Segue um exemplo em vídeo sobre espelho plano: https://www.
youtube.com/watch?v=aIt5OVeAI1w.
→ Espelhos côncavos e convexos: apresente seus principais elementos geométricos, os
raios notáveis e a formação de imagens. Se você dispuser de espelhos esféricos, pode ser
interessante apresentá-los aos estudantes e fazer alguns experimentos demonstrativos
quanto à formação de imagens. Caso não disponha de espelhos esféricos, você pode utilizar
uma colher de metal polida ou levar objetos que contenham esses tipos de espelhos. Alguns
exemplos para debater com seus estudantes: Espelho côncavo: espelhos específicos para
maquiagem; espelhos de barbear; refletores de equipamentos de iluminação, como faróis,
onde a fonte de luz é colocada no foco F; telescópios de reflexão. Espelho convexo: retrovi-
sores de carros e de motos; espelhos no fundo do ônibus; espelhos de segurança utilizados
em lojas, saídas de estacionamentos, entre outros. Essas utilizações decorrem do fato de
que o campo visual do espelho convexo é maior do que o do espelho plano, em idênticas
condições.
Não pode faltar! Raios notáveis (quadro 1), Distância focal (equação dos espelhos esféricos) e
Aumento linear transversal.

Quadro 1 – Raios Notáveis nos Espelhos Esféricos

(a) o raio de
luz incidente
Ciências Humanas
paralelamente
ao eixo principal
e Sociais Aplicadas
reflete-se na
direção do foco.
VOLUME 1

30
(b) o raio de luz
incidente na
direção do foco
principal refle-
te-se paralela-
mente ao eixo
principal.

(c) O raio de
luz incidente
na direção do
centro de curva-
tura reflete-se
sobre si mesmo.

(d) O raio de luz


que incide no
vértice do espelho
esférico reflete-se
simetricamente
em relação ao eixo
principal.

Fonte: AMABIS, José Mariano et al. Moderna Plus: Ciências da Natureza. v 6, 1. ed. São Paulo. Moderna, 2020. p.89, adaptado.

→ Elementos de um espelho esférico: https://www.youtube.com/watch?v=E-j7981Qn1g.


→ Formação de imagens: https://www.youtube.com/watch?v=F3xKNuMcv8I.
→ Equação de Gauss: https://www.youtube.com/watch?v=7WYDo8LzLhU.

RECURSOS:
Quadro, giz ou pincel para quadro branco, projetor, acesso à internet.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
O processo avaliativo deverá ser processual e contínuo, abrangendo todas as atividades. As produ-
ções coletivas e individuais, orais (debates, roda de conversa, etc.) e escritas (atividades, avalia-
ção escrita, relatório das aulas experimentais) deverão ser avaliadas. A participação e o empenho
durante as atividades, também deverão ser considerados no processo avaliativo.

Ciências Humanas
e Sociais Aplicadas
VOLUME 1

31
ATIVIDADES
1 - (PUC) A partir da figura abaixo, que representa um espelho esférico convexo, seu eixo principal
e dois raios de luz incidentes, pode-se concluir que os pontos I, II e III são, desse espelho, res-
pectivamente, o:
a) foco, centro de curvatura e vértice.
b) vértice, foco e centro de curvatura.
c) foco, vértice e centro da curvatura.
d) vértice, centro de curvatura e foco.
e) centro de curvatura, foco e vértice.

2 - (Cefet-PR) Dois espelhos planos fornecem de um objeto 11 (onze) imagens. Logo, podemos con-
cluir que os espelhos podem formar um ângulo de:

a) 10°.
b) 25°.
c) 30°.
d) 36°.
e) 72°.

3 - (Cesgranrio) A vigilância de uma loja utiliza um espelho convexo de modo a poder ter uma ampla
visão do seu interior. A imagem do interior dessa loja, vista através desse espelho, será:

a) real e situada entre o foco e o centro da curvatura do espelho.


b) real e situada entre o foco e o espelho.
c) real e situada entre o centro e o espelho.
d) virtual e situada entre o foco e o espelho.
e) virtual e situada entre o foco e o centro de curvatura do espelho.

4 - (Mackenzie) Quando colocamos um pequeno objeto real entre o foco principal e o centro de
curvatura de um espelho esférico côncavo de Gauss, sua respectiva imagem conjugada será:

a) real, invertida e maior que o objeto.


b) real, invertida e menor que o objeto.
c) real, direita e maior que o objeto.
d) virtual, invertida e maior que o objeto.
e) virtual, direita e menor que o objeto.

5 - (ITA) Um objeto linear de altura h está assentado perpendicularmente no eixo principal de um


espelho esférico, a 15 cm de seu vértice. A imagem produzida é direita e tem altura de h/5. Este

Ciências Humanas
espelho é:

e Sociais Aplicadas
a)
b)
côncavo, de raio 15 cm.
côncavo, de raio 7,5 cm.
c) convexo, de raio 7,5 cm.
VOLUME 1
d) convexo, de raio 15 cm.
e) convexo, de raio 10 cm.

32
REFERÊNCIAS
AMABIS, José Mariano et al. Moderna Plus: Ciências da Natureza. V6, 1. ed. São Paulo. Moderna,
2020.
AULA 04 - Espelhos Planos [s. l.: 4]. 2022. 1 vídeo (15 min). Publicado pelo canal Davi Oliveira - Física
2.0. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=aIt5OVeAI1w. Acesso em: 22 jul. 2022.
ESPELHOS esféricos | aula 01 | formação de imagens. [s. l.: 1]. 2022. 1 vídeo (26 min). Publicado pelo
canal Davi Oliveira - Física 2.0. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=E-j7981Qn1g.
Acesso em: 22 jul. 2022.
ESPELHOS esféricos | aula 02 | formação de imagens. [s. l.: 2]. 2022. 1 vídeo (54 min). Publicado pelo
canal Davi Oliveira - Física 2.0. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=F3xKNuMcv8I.
Acesso em: 22 jul. 2022.
ESPELHOS esféricos | aula 03 | equação de gauss. [s. l.: 3]. 2022. 1 vídeo (55 min). Publicado pelo
canal Davi Oliveira - Física 2.0. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=7WYDo8LzLhU.
Acesso em: 22 jul. 2022.
GODOY, L. P. et al. Multiversos: ciências da natureza. 1. ed. – São Paulo: Editora FTD, 2020.
HEWITT, Paul G. Física Conceitual. 9ª. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em:
05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
05 jun. 2022.
ROEHRIGS; S. A. G., ASSIS; K. K., CZELUSNIAKI; S. M. A Abordagem CTS no Ensino de Ciências:
Reflexões sobre os Sistemas de Educação da Educação Básica. Disponível em: <https://download.
inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de_referencia_ver-
sao_1.0.pdf>. Acesso em: 27 jun. 2022.

Ciências Humanas
e Sociais Aplicadas
VOLUME 1

33
EIXO TEMÁTICO

Luz, som e Calor.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

Propagação da Luz. Compreender os fenômenos de reflexão e refração da luz.


Compreender que a luz pode ser refratada e saber representar
graficamente a refração da luz.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Refração Luminosa


DURAÇÃO: 3 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Tendo como base o currículo referência (CRMG), o docente sempre deve criar situações didáti-
cas variadas, em que seja possível retomar os conteúdos abordados em diversas oportunidades.
Isso pressupõe que o planejamento inclua diferentes modalidades organizativas: projetos didáti-
cos, atividades permanentes e sequências didáticas. A abordagem metodológica CTS (Ciências,
Tecnologia e Sociedade) descrita por Bazzo (2003), Santos e Mortimer (2002) e Delizoicov (2002),
entre outros, apontam para a necessidade de uma proposta de trabalho que possa contribuir para
um maior significado ao aprendizado das disciplinas do núcleo das ciências naturais. Desse modo,
a CTS será auxiliadora para o trabalho dos objetos de conhecimento deste planejamento: A refra-
ção luminosa e suas propriedades. Ao fim, espera-se que o estudante compreenda o índice de
refração. Será interessante ainda que os estudantes consigam compreender que a velocidade da
luz muda em certos meios físicos e o funcionamento de uma fibra óptica.

B) DESENVOLVIMENTO:
Esta sequência didática (SD) que, na prática, são conteúdos seriados com o intuito de levar às
finalidades almejadas, sendo metodicamente estruturadas e organizadas, foi pensada para ser
aplicada no ensino médio nas modalidades regular e EJA. No decorrer dessa SD será abordado o
conceito refração luminosa.
1º Momento: Sensibilização
• Sensibilize os estudantes para aproximar a teoria científica, contida nos livros de ciência,
do seu cotidiano.
• Destaque a importância das Ciências para o desenvolvimento tecnológico da nossa
sociedade. 

Ciências Humanas
• Desmistifique a visão de que cientistas são pessoas muito inteligentes sempre vestidas de
jaleco branco, fechados nos laboratórios e muito distante do contexto dos estudantes. 

e Sociais Aplicadas
2º Momento: Contexto com o cotidiano/experimento
VOLUME 1
O tema refração pode ser introduzido de diversas formas, visto que o fenômeno é facilmente obser-
vado experimentalmente. Uma demonstração experimental seguida de uma roda de conversa pode

34
proporcionar um momento de levantamento dos conhecimentos prévios dos estudantes. Reflita
com seus alunos sobre a sensação de que um bastão dentro de um copo com água parece estar
“quebrado” ou de que uma piscina parece mais rasa do que realmente é. Em ambas as situações,
devemos questionar os estudantes sobre o papel dos meios utilizados, como o ar e a água, ini-
ciando a discussão sobre índices de refração. Fique à vontade para utilizar vídeos para ajudar a
explicar o fenômeno de refração da luz.

3º Momento: Formalização do tema


Explique detalhadamente para os estudantes o conceito de índice de refração. O índice de refração
absoluto de um meio, para uma dada luz monocromática, é a relação entre o valor da velocidade de
propagação da luz no vácuo (c) e o valor da velocidade de propagação da luz no meio em questão (v).
Qualquer meio material no qual a luz se propaga causa uma diminuição na velocidade de propaga-
ção da luz que o atravessa. Isso ocorre porque as ondas eletromagnéticas (campos elétrico e mag-
nético oscilantes) que constituem a luz interagem com as cargas elétricas de átomos e moléculas
do material, tendo como consequência a redução da velocidade de propagação.

→ Lei de Snell-Descartes – A igualdade entre os produtos dos senos dos ângulos de inci-
dência e de refração pelos respectivos índices absolutos dos meios é conhecida como lei
de Snell-Descartes. Com base nessa lei, conclui-se que, no meio mais refringente, o raio
de luz está mais próximo do normal. A seguir, no caso de uma incidência oblíqua, faça um
esquema considerando a luz se propagando do meio mais para o meio menos refringente
e, também, do meio menos para o meio mais refringente.Sugestão: https://www.youtube.
com/watch?v=1Qsak5cFaN0.
→ Reflexão total – Ocorre quando o ângulo de incidência é maior que o ângulo limite (L). É
primordial que os estudantes entendam que a reflexão total ocorre somente quando a luz se
propaga no sentido de um meio mais refringente para o meio menos refringente. Ao utilizar
o termo refringente, explique seu significado ao estudante: um meio mais refringente do
que outro significa que ele tem um índice de refração absoluto maior do que o do outro.
Sugestão: https://www.youtube.com/watch?v=Bc6pHmIx6Wo.
Explique o funcionamento de uma fibra óptica através da reflexão total.

RECURSOS:
Quadro, giz ou pincel para quadro branco, projetor, acesso à internet.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
O processo avaliativo deverá ser processual e contínuo, abrangendo todas as atividades. As produ-
ções coletivas e individuais, orais (debates, roda de conversa, etc.) e escritas (atividades, avalia-
ção escrita, relatório das aulas experimentais) deverão ser avaliadas. A participação e o empenho
durante as atividades, também deverão ser considerados no processo avaliativo.

ATIVIDADES
Ciências Humanas
e Sociais Aplicadas
1 - (Mackenzie-SP) Quando um raio de luz monocromática, proveniente de um meio homogêneo,
transparente e isótropo, identificado por meio A, incide sobre a superfície de separação com
um meio B, também homogêneo, transparente e isótropo, passa a se propagar nesse segundo
VOLUME 1
meio, conforme mostra a ilustração a seguir. Sabendo-se que o ângulo a é menor que o ângulo
b, podemos afirmar que no meio A a velocidade de propagação da luz é

35
a) menor que no meio B.
b) sempre igual à velocidade no meio B.
c) maior que no meio B.
d) maior que no meio B, somente se a é ângulo limite de
incidência.
e) maior que no meio B, somente se a é o ângulo limite de
refração.

2 - (UFSM-RS) Sabendo que um meio apresenta índice de refração absoluto 3/2, assinale a afirma-
ção correta.

a) A frequência de qualquer radiação eletromagnética, ao passar do ar para esse meio, é


alterada.
b) A velocidade de propagação da luz nesse meio diminui.
c) O período de qualquer radiação eletromagnética, ao passar do ar para esse meio, é alterado.
d) Um raio de luz que forma um ângulo de 60° com a normal, ao passar do ar para esse meio, sai
com um ângulo maior que 60°.
e) Um raio de luz que forma um ângulo de 70° com a normal, ao passar do ar para esse meio,
não sofre desvio.

3 - (FEI-SP, adaptada) Levando-se em conta o índice de refração e a velocidade de propagação no


vidro, podemos afirmar que:
a) Vve > Vam < Vaz
b) Vve < Vam < Vaz
c) Vve > Vam > Vaz
d) Vve = Vam = Vaz
e) Vve < Vam > Vaz

4 - (FEI-SP) Quando a luz se propaga no vácuo (n = 1) para um líquido, o ângulo de incidência vale 45o
e o de refração 30o. Determine a velocidade com que a luz se propaga no líquido.

a) 3 · 108 m/s.
b) 2,1 · 108 m/s.
c) 0,7 · 108 m/s.
d) 4 · 108 m/s.

Ciências Humanas
e) 6 · 108 m/s.

e Sociais Aplicadas
5 - (Unimontes-MG, adaptada) Um raio de luz, propagando-se no ar com uma velocidade V, dirige-
-se para uma substância X (veja a figura). A velocidade de propagação desse raio, através da
VOLUME 1
substância X, é de, aproximadamente:

36
a) 0,50 V.
b) 0,55 V.
c) 0,62 V.
d) 0,72 V.
e) 0,76 V.

REFERÊNCIAS

AMABIS, José Mariano et al. Moderna Plus: Ciências da Natureza. V6, 1. ed. São Paulo. Moderna,
2020.
GODOY, L. P. et al. Multiversos: ciências da natureza. 1. ed. – São Paulo: Editora FTD, 2020.
HEWITT, Paul G. Física Conceitual. 9ª. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em:
05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
05 jun. 2022.
REFLEXÃO total da luz - óptica - Aula 9 - Prof. Boaro. [s. l.: s. n.]. 2022. 1 vídeo (21 min). Publicado
pelo canal Professor Boaro. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Bc6pHmIx6Wo.
Acesso em: 22 jul. 2022.
REFRAÇÃO da luz | aula 01 | índice de refração. [s. l.: s. n.]. 2022. 1 vídeo (26 min). Publicado pelo
canal Davi Oliveira - Física 2.0. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=1Qsak5cFaN0.
Acesso em: 22 jul. 2022.
ROEHRIGS; S. A. G., ASSIS; K. K., CZELUSNIAKI; S. M. A Abordagem CTS no Ensino de Ciências:
Reflexões sobre os Sistemas de Educação da Educação Básica. Disponível em: <https://download.
inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de_referencia_ver-
sao_1.0.pdf>. Acesso em: 27 jun. 2022.

Ciências Humanas
e Sociais Aplicadas
VOLUME 1

37
EIXO TEMÁTICO

Luz, som e calor.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

Propagação da Luz. Compreender os fenômenos de reflexão e refração da luz.


Compreender a formação de imagens em lentes.
Compreender o funcionamento básico dos instrumentos óticos
simples: lupa, olho, microscópio e telescópio.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Refração Luminosa


DURAÇÃO: 7 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Tendo como base o currículo referência (CRMG), o docente sempre deve criar situações didáti-
cas variadas, em que seja possível retomar os conteúdos abordados em diversas oportunidades.
Isso pressupõe que o planejamento inclua diferentes modalidades organizativas: projetos didáti-
cos, atividades permanentes e sequências didáticas. A abordagem metodológica CTS (Ciências,
Tecnologia e Sociedade) descrita por Bazzo (2003), Santos e Mortimer (2002) e Delizoicov (2002),
entre outros, apontam para a necessidade de uma proposta de trabalho que possa contribuir para
um maior significado ao aprendizado das disciplinas do núcleo das ciências naturais. Desse modo,
a CTS será auxiliadora para o trabalho dos objetos de conhecimento deste planejamento: O estudo
das Lentes e dos instrumentos ópticos. Ao fim, espera-se que o estudante compreenda a forma-
ção de imagens em lentes convergentes e divergentes. Será interessante ainda que os estudantes
consigam compreender o funcionamento básico dos instrumentos ópticos.

B) DESENVOLVIMENTO:
Esta sequência didática (SD) que, na prática, são conteúdos seriados com o intuito de levar às
finalidades almejadas, sendo metodicamente estruturadas e organizadas, foi pensada para ser
aplicada no ensino médio nas modalidades regular e EJA. No decorrer dessa SD será abordado o
conceito de lentes e instrumentos ópticos.

1º Momento: Sensibilização
• Sensibilize os estudantes para aproximar a teoria científica, contida nos livros de ciência,
do seu cotidiano.

Ciências Humanas
• Destaque a importância das Ciências para o desenvolvimento tecnológico da nossa
sociedade. 
e Sociais Aplicadas
• Desmistifique a visão de que cientistas são pessoas muito inteligentes sempre vestidas de
jaleco branco, fechados nos laboratórios e muito distante do contexto dos estudantes. 
VOLUME 1

38
2º Momento: Diálogo sobre os tipos de máquinas térmicas e o cotidiano
Contextualize o tema estimulando os estudantes para um diálogo aberto sobre os seus conheci-
mentos prévios a respeito de algum tipo de lente que eles conheçam.

3º Momento: Formalização do tema


Explique detalhadamente para os estudantes o funcionamento das Lentes. Apresente a defini-
ção de lente esférica, discuta sobre os seis tipos de lentes e suas nomenclaturas. Ressalte que a
depender de sua forma, de seu índice de refração e do meio material em que está imersa, a lente
pode ser convergente ou divergente.

Fonte: AMABIS, José Mariano et al. Moderna Plus: Ciências da Natureza. v 6, 1. ed. São Paulo. Moderna, 2020. p.94.

→ Lentes Delgadas: O comportamento óptico de uma lente delgada é ilustrada no livro do


estudante. Aponte as diferenças ao representar as lentes convergente e divergente no sis-
tema óptico e apresente os elementos: eixo principal (e), centro óptico (O), focos principais
(F) e imagem (F’), distância focal (f) e pontos antiprincipais (A e A’). Destaque que o foco é de
natureza real, para as lentes convergentes, e virtual, para as divergentes. Por fim, apresente
os raios notáveis para lentes delgadas, chamando a atenção para o fato de que, nesse caso,
ao raio incidente corresponde um raio refratado. Sugestão para o estudo das Lentes delga-
das: https://www.youtube.com/watch?v=yY3UqZdKlP0.
Discuta com os estudantes o funcionamento de alguns instrumentos ópticos como teles-
cópio, lunetas, máquinas fotográficas. Neste vídeo há uma explicação sobre instrumentos
Ópticos.

→ Instrumentos ópticos - óptica.


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ECS3GxdlMBQ.

Ciências Humanas
Debata também com os estudantes a física do olho humano, como é formada a imagem, o

e Sociais Aplicadas
globo ocular, os defeitos da visão e como interpretar corretamente uma receita de óculos.
Neste vídeo há uma boa explicação sobre os defeitos da visão:
VOLUME 1

39
→ Miopia, hipermetropia e astigmatismo - Óptica da Visão.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=QJYxZk0JeC0.

RECURSOS:
Quadro, giz ou pincel para quadro branco, projetor, acesso à internet.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
O processo avaliativo deverá ser processual e contínuo, abrangendo todas as atividades. As produ-
ções coletivas e individuais, orais (debates, roda de conversa, etc.) e escritas (atividades, avalia-
ção escrita, relatório das aulas experimentais) deverão ser avaliadas. A participação e o empenho
durante as atividades, também deverão ser considerados no processo avaliativo.

ATIVIDADES

1 - (UFMG, adaptada) Nesta figura, está representado o perfil de três lentes de vidro: Rafael quer
usar essas lentes para queimar uma folha de papel com a luz do sol. Para isso, ele pode usar
apenas.
a) a lente I.
b) a lente II.
c) a lente III.
d) as lentes I e III.
e) as lentes II e III.

2 - (UFAL) Considere a lente de vidro, imersa no ar, que está representada no esquema a seguir. Ela
é uma lente
a) convexo-côncava e convergente.
b) bicôncava e divergente.
c) côncavo-convexa e convergente.
d) biconvexa e convergente.
e) convexo-côncava e divergente.

3 - (PUC-MG) Um objeto, colocado entre o foco e o centro óptico de uma lente convergente, produ-
zirá uma imagem:

Ciências Humanas
a)
b)
virtual, reduzida e direita.
real, ampliada e invertida.
e Sociais Aplicadas
c)
d)
real, reduzida e invertida.
virtual, ampliada e direita.
VOLUME 1

40
4 - (UFRN) Dois defeitos da visão são a hipermetropia e a miopia. As figuras I e II mostram esque-
maticamente esses defeitos, sem identificar, contudo, qual é o olho hipermetrope e qual é o
míope. Em cada uma das figuras, que estão em escala, mostra-se a formação, no olho humano,
da imagem de uma pessoa que está distante. Se cada olho fosse normal, a imagem se formaria
exatamente sobre a retina. Entre as opções abaixo, identifique a que apresenta a associação
correta entre figura, defeito de visão e respectivo tipo de lente de correção.
a) figura I – miopia – lente divergente.
b) figura I – hipermetropia – lente
convergente.
c) figura II – hipermetropia – lente
divergente.
d) figura II – miopia – lente convergente.

5 - (UFRJ) É sabido que lentes descartáveis ou lentes usadas nos óculos tradicionais servem para
corrigir dificuldades na formação de imagens no globo ocular e que desviam a trajetória inicial
do feixe de luz incidente na direção da retina. Sendo assim, o fenômeno físico que está envol-
vido quando a luz atravessa as lentes é a

a) reflexão especular.
b) difração luminosa.
c) dispersão.
d) difusão.
e) refração luminosa.

REFERÊNCIAS

AMABIS, José Mariano et al. Moderna Plus: Ciências da Natureza. V6, 1. ed. São Paulo. Moderna,
2020.
GODOY, L. P. et al. Multiversos: ciências da natureza. 1. ed. – São Paulo: Editora FTD, 2020.
HEWITT, Paul G. Física Conceitual. 9ª. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.
INSTRUMENTOS ópticos - óptica - Aula 16 - Prof Boaro. [s. l.: 16]. 2022. 1 vídeo (24 min). Publicado
pelo canal Professor Boaro. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ECS3GxdlMBQ.
Acesso em: 22 jul. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em:
05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível

Ciências Humanas
em: https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
05 jun. 2022.
e Sociais Aplicadas
MIOPIA, hipermetropia e astigmatismo - óptica da visão - aula 18 - prof. Boaro. [s. l.: 18]. 2022. 1
vídeo (42 min). Publicado pelo canal Professor Boaro. Disponível em: https://www.youtube.com/
VOLUME 1
watch?v=QJYxZk0JeC0. Acesso em: 22 jul. 2022.

41
PROPRIEDADES das Lentes delgadas (raios notáveis) - física. [s. l.: s. n.]. 13 ago. 2020. 1 vídeo (5
min). Publicado pelo canal Professor Eduardo Cavalcante. Disponível em: https://www.youtube.
com/watch?v=ECS3GxdlMBQ. Acesso em: 22 jul. 2022.
ROEHRIGS; S. A. G., ASSIS; K. K., CZELUSNIAKI; S. M. A Abordagem CTS no Ensino de Ciências:
Reflexões sobre os Sistemas de Educação da Educação Básica. Disponível em: https://download.
inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de_referencia_ver-
sao_1.0.pdf. Acesso em: 27 jun. 2022.

Ciências Humanas
e Sociais Aplicadas
VOLUME 1

42
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS
ANO DE ESCOLARIDADE REFERÊNCIA ANO LETIVO
2 o ano – 4 o Bimestre Ensino Médio 2022
COMPONENTE CURRICULAR ÁREA DE CONHECIMENTO
Química Ciências da Natureza e suas tecnologias

COMPETÊNCIA
EIXO TEMÁTICO

Materiais - Aprofundamento.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO HABILIDADE(S)

Velocidade de uma reação Reconhecer a variação na velocidade das TQ.


química/ teoria das colisões/ Identificar fatores que afetam a velocidade das TQ: temperatura.
fatores que influenciam a
velocidade de uma reação Identificar fatores que afetam a velocidade das TQ: superfície de
(superfície de contato, tempe- contato.
ratura, pressão, catalisador e Identificar fatores que afetam a velocidade das TQ: concentração.
concentração).
Caracterizar a variação da velocidade das TQ por meio de modelo
explicativo.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Rapidez das transformações químicas


DURAÇÃO: 4 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Grande parte das transformações químicas que ocorrem ao nosso redor não é percebida pelos nossos
sentidos. Isso ocorre porque nem todas reações são acompanhadas por alterações de cor, odor ou
textura. Mesmo quando tem alterações visuais, elas só são percebidas quando se manifestam em um
intervalo de tempo relativamente curto. O envelhecimento do ser humano é um processo que não é
facilmente percebido em curto intervalo de tempo. Nesse caso, torna-se importante analisar em deta-
lhe os estados inicial e final de um sistema.
O reconhecimento de que as transformações químicas ocorrem em diferentes intervalos de tempo

Ciências Humanas
e a compreensão desses processos permitem estimar, por exemplo, o tempo de degradação de um
ambiente pela poluição, o prazo de validade do leite, o tempo necessário para a evacuação de um prédio
e Sociais Aplicadas
em chamas, o envelhecimento do ser humano ou o tempo para assar um bolo. Possibilita ainda tomar
decisões para cada uma dessas situações. Na indústria, o tempo necessário para que uma transforma-
VOLUME 1
ção química ocorra determina as condições que serão usadas durante as reações, permitindo estabe-
lecer formas de aumentar a rapidez do processo para a obtenção de determinado produto.

43
B) DESENVOLVIMENTO:
3 Propostas da Sequência Didática
Professor(a), De acordo com Cavalcante, Assaí e Delamuta (2019, p. 179):
A Cinética Química é uma importante área de estudo e compreensão de determinados fenômenos
da química, tornando fundamental para o entendimento científico necessário a todos aqueles que
se encontram no Ensino Médio. Neste contexto, a Cinética Química tem como objetivo estudar a
velocidade das reações químicas e os fatores que podem influenciar nesta velocidade, analisando
como as substâncias interagem durante o processo reativo. Este conhecimento também pode pro-
porcionar ao estudante a compreensão de diferentes processos que estão presentes no seu dia
a dia, como por exemplo, a conservação de alimentos, o uso de catalisadores nos veículos, entre
outros. Porém mesmo, com diversos motivos para ensinar esse conteúdo, as dificuldades para o
processo educativo não tem se superado. Muitas pesquisas mostram que tem sido difícil ensinar e
aprender de forma efetiva e diferenciada.
Desta forma, sugere-se que ao trabalhar o conteúdo dê importância igual aos aspectos fenome-
nológico, representacional e teórico da Química. Discuta os fenômenos, verifique se foram com-
preendidos pelos estudantes. Para em seguida passar para o representacional e o teórico. Tendo
assegurado que o estudante tenha compreendido os três aspectos.
Apresentado um dos maiores motivos para ensinar a Cinética Química, apresenta-se a seguir uma
proposta de Sequência Didática elaborada, com suas respectivas etapas. Vale ressaltar que essa
sequência foi dividida em 3 etapas, totalizando 4 horas/aula. Logo em seguida estão apresentados
quadros com materiais de apoio para o professor utilizar no momento da aplicação.

MATERIAIS
ETAPA DESCRIÇÃO DAS AÇÕES
DE APOIO

Leitura (em conjunto com os estudantes) do texto – como é feito o iogurte? Anexo I

Problematização Discussão sobre as condições reacionais para a reação de fermentação de


Anexo I
Inicial: preparo do iogurte.
(1 hora/aula).
Após discutir com os estudantes esses pontos, solicitar que respondam às
Anexo II
questões contidas no anexo II, para ser entregue ao final da aula.

Retomar com os estudantes alguns pontos importantes da aula anterior,


como a necessidade da temperatura e a presença das enzimas produzidas
pelas bactérias na fermentação do leite. Para embasar esta discussão, o Anexo II
professor pode utilizar trechos de respostas dos estudantes nas questões
entregues na aula anterior.
Organização do
Conhecimento: Relatar ou escrever no quadro os conceitos relacionados aos mecanis-
(1 hora/aula). mos de reações (Teoria das colisões), descrevendo a energia envolvida,
-
com ajuda de gráficos de energia e desenhos demonstrando a teoria das
colisões.

Ciências Humanas
Experimento sobre os fatores: temperatura, Superfície de Contato e
Anexo III
Concentração.

e Sociais Aplicadas
VOLUME 1

44
MATERIAIS
ETAPA DESCRIÇÃO DAS AÇÕES
DE APOIO

Retomar os fatores cinéticos tratados nos experimentos da aula anterior.


Além de retomar os fatores cinéticos tratados nos experimentos, o profes-
Anexo III
sor abordará o conceito e influência do catalisador em uma reação química,
utilizando recursos gráficos, de forma a relacionar fatores energéticos.

Descrever no quadro o conceito de catálise reacional, utilizando o mesmo


recurso gráfico que fora utilizado na primeira aula da sequência didática, -
Organização do
de modo a relacionar os fatores energéticos envolvidos.
Conhecimento:
(1 hora/aula).
Discutir o texto de curiosidades contido no anexo IV, estabelecendo rela-
Anexo IV
ções entre os fenômenos descritos com os fatores estudados.

Atividades
propostas
Sistematizar os conceitos com a resolução de atividades.
na final
desta SQ.

Retomar a problemática inicial. Anexo V.


Aplicação do
Conhecimento:
Extrapolar a problemática inicial, utilizando uma atividade Team Based
(1 horas/aula) Anexo V.
Learning (TBL).

RECURSOS:
ANEXO I

COMO É FEITO O IOGURTE?


A fabricação do iogurte é controlada pelo processo de coalhadura. Basicamente, trata-se de
fazer o leite estragar de uma maneira bastante específica.
Para dar as bases para a textura final, fabricantes comerciais agitam o leite, recém tirado
das vacas leiteiras, sem adicionados químicos, em um equipamento que se assemelha a uma
máquina de lavar. Isso modifica sua estrutura microscópica, quebrando os grandes glóbulos de
gordura em inúmeras partículas menores.
A partir daí as proteínas do leite formam uma membrana em torno de cada partícula. Isso garante
uma melhor distribuição da gordura através do iogurte conforme o leite coalha.
Neste momento, a temperatura é aumentada. O calor ajuda a eliminar qualquer bactéria indese-
jada presente no leite e também a diminuir o pH do meio (deixando-o mais ácido). Nas fábricas
comerciais, o leite é fervido por 30 minutos a 85ºC, e depois por cinco minutos entre 90ºC e 95ºC.
Iniciando o processo de fermentação, como o meio está ácido, a lactose (açúcar presente no
leite) é convertido naturalmente a ácido lático.

Ciências Humanas
e Sociais Aplicadas
VOLUME 1

45
Contudo, o leite é resfriado a 37ºC, que é a temperatura ideal para a proliferação das duas mais
importantes bactérias que agora são adicionadas ao leite e que ficam presentes até o produto
final: Lactobacillusdelbrueckii e Streptococcus thermophilus. Essas bactérias, nesta tempera-
tura de 37°C, produzem uma enzima que aceleram a conversão das moléculas de lactose em
moléculas de ácido lático.
Essa conversão só é possível em um meio ácido, e a enzima produzida pelas bactérias utilizam-se
da acidez do meio para produção mais rápida do ácido lático.
Com essa produção, as proteínas presentes começam a se soltar, em ramificações e unindo-se
umas às outras formando uma espécie de rede, que por sua vez retém água e glóbulos de gordura.
Fonte: Adaptado de GREENWOOD, Veronique. A química por trás do iogurte. BBC News Brasil, [s. l.], 26 ago. 2015.

→ Sugestão de questões para discussão:

1. Quais dos processos descritos no texto poderiam ser eliminados e ainda assim obteríamos
o iogurte como produto final?
2. Quais têm que permanecer?
3. Mudar as temperaturas de fervura e de resfriamento iriam modificar o processo, de que
maneira?
4. Retirar as bactérias do processo, poderia modificar o produto final, ou o processo? Se sim,
como?

ANEXO II - Questões a respeito do processo de fermentação

QUESTÕES
01- Cite pontos que você julga necessário para ocorrer este processo de fermentação?
02- Se não fosse feito o aquecimento do leite após o processo de coalhadura, isso influenciaria
no resultado final? Como você imagina que aconteceria?
03- Se não fosse feito o resfriamento do leite após o processo de coalhadura, como isso influen-
ciaria no resultado final do processo de fermentação?
04- Se as duas importantes bactérias fossem retiradas do processo de fermentação, ele iria
ocorrer? Se sim, de que forma o processo seria afetado?
05- Podemos afirmar que as bactérias são essenciais para o processo de fermentação aconte-
cer? Justifique.

Ciências Humanas
e Sociais Aplicadas
VOLUME 1

46
ANEXO III - Sugestões de experimentos

Experimento 1 – Temperatura: Preparar três copos de água (gelada, natural e quente), e a cada
copo de água acrescentar um comprimido efervescente. Diferentes aspectos podem ser visua-
lizados na velocidade da efervescência desses comprimidos.
Experimento 2 – Superfície de Contato: Preparar 2 copos com água gelada. No primeiro copo
adicionar um comprimido efervescente inteiro, e no segundo copo adicionar um comprimido
efervescente triturado. Diferentes aspectos podem ser percebidos na velocidade da reação.
Experimento 3 – Concentração: Preparar 3 garrafas de vidro, a primeira contendo 15 mL de água
e 5 mL de vinagre, a segunda contendo 5 mL de água e 10 mL de vinagre, a terceira contendo 20
mL de vinagre. Colocar um comprimido efervescente em cada uma das garrafas e com um cro-
nômetro medir a velocidade da reação, observando o quantitativo de bolhas durante a reação.
Professor(a), após cada experimento, é recomendável discutir com os estudantes os mecanismos
tratados anteriormente, relacionando os aspectos visíveis, com os mecanismos reacionais em
cada experimento. Certificando-se de que ficaram claros os fatores que influenciaram na veloci-
dade das reações em cada um dos experimentos.

ANEXO IV- CURIOSIDADES

Várias reações que acontecem no cotidiano estão ligadas por fatores importantes, como pode-
ríamos explicar essas reações e esses fatores?
1. As bananas amarelinhas, como compramos em feiras e supermercados, não foram sempre
assim. Antes de terem essa coloração (que indica o seu amadurecimento), as bananas são
transportadas ainda verdes do seu local de plantio até estufas próximas às cidades, onde ficam
até seu total amadurecimento, sendo depois transportadas rapidamente para as prateleiras,
onde as compramos e as consumimos.
2. Desde muito tempo, navios zarpam e afundam por problemas técnicos, após muitos anos,
ainda pode-se encontrar esses navios naufragados no fundo dos oceanos. Após um tempo
debaixo da água, os navios perdem a camada de proteção que tem em suas partes de ferro, per-
mitindo assim um rápido processo de enferrujamento. Curiosidade: você sabia que em regiões
mais próximas aos polos, a ferrugem forma-se mais lentamente, enquanto em regiões mais
próximas ao litoral (praias), a ferrugem se forma mais rapidamente.
3. Imagine-se em um acampamento, está frio a noite, você tem que fazer uma fogueira para
se aquecer. Ao seu alcance, neste lugar afastado, têm pequenos galhos finos e outros galhos
mais grossos e uma pederneira (equipamento que produz fortes faíscas, utilizado para acen-
der fogueiras). Para iniciar a fogueira é necessário que junte uma quantidade de galhos finos,
rodeando-os com os galhos mais grossos, depois utiliza-se a pederneira para criar faíscas
sobre os galhos mais finos (que estão no centro da fogueira), estes acendem, servindo de ali-
mento para o fogo, que logo se espalha até consumir vagarosamente os galhos mais grossos
(que estão nas extremidades da fogueira), deixando você aquecido por mais tempo.
4. Quando os bebês nascem prematuramente, eles precisam de cuidados especiais, isso porque
ainda não estão aptos a viverem no mundo como conhecemos. Problemas respiratórios comu-
Ciências Humanas
mente afetam estas crianças, e quando colocados em estufas (ou incubadoras) neonatais (no

e Sociais Aplicadas
momento do nascimento), se pode controlar fluxos de oxigênio disponíveis para que o bebê
realize o processo de respiração.

VOLUME 1

47
5. Ainda algo importante a se considerar ao acender uma fogueira é soprar levemente (ou
abanar) sobre a superfície que tentamos acender, isso deixa a brasa (ou o fogo mais intenso),
aumentando a combustão.

ANEXO V - PROPOSTA DE UMA SITUAÇÃO PARA SER RESOLVIDA EM EQUIPE (TBL)

A situação
Para serem consumidos com segurança, os alimentos precisam estar em bom estado de con-
servação. Há muito tempo as pessoas usam diferentes técnicas para conservar os alimentos,
como defumar, desidratar, aquecer, esfriar, cobrir com sal ou ainda, emergir em álcool, gor-
dura, salmoura ou vinagre. No entanto, muitas dessas técnicas eram rudimentares e a geladeira
não havia sido inventada.

O problema
Até que os alimentos sejam consumidos, o bom acondicionamento é de extrema importância
para o transporte em longas distâncias, para o armazenamento por longos períodos e para a
distribuição e a exposição para a venda. Por isso, medidas que aumentam a durabilidade dos
alimentos são fundamentais para o consumo seguro. Nem sempre é possível conservar os ali-
mentos recorrendo às técnicas antigas ou as baixas temperaturas proporcionadas pela gela-
deira ou congelador. Para resolver essa questão, a indústria alimentícia emprega muitos aditi-
vos alimentares, que são compostos químicos que podem conservar, manter ou alterar o sabor,
melhorar a aparência e a textura, etc. No entanto, o uso de parte destes aditivos pode envolver
riscos à saúde e, por isso, são regulamentados por lei.

Pense em uma solução: esse problema também é nosso

1. Você acredita que as pessoas da sua família estão bem orientadas sobre a importân-
cia da adequada conservação dos alimentos? Discuta com seu grupo sobre como essas
orientações são (ou deveriam ser ) divulgadas.
2. Ao escolher um alimento industrializado para consumo, você consulta as informações
nutricionais? Considera todos os ingredientes e aditivos alimentares presentes no pro-
duto? Onde podem ser encontradas essas afirmações?
3. Com base na afirmação de que a conservação dos alimentos é de extrema importân-
cia para o transporte a longas distâncias, discuta com os colegas quais as vantagens e
desvantagens da distribuição global de alimentos regionais, como melancia, abacaxi e
outras frutas brasileiras.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação é um aspecto importante do processo de aprendizagem. Em geral, todas as atividades
realizadas sobre determinado conteúdo ensinado devem ser avaliadas. Isso promove uma diversi-
ficação das formas de avaliação e mostra aos estudantes que o conjunto das atividades que reali-
Ciências Humanas
zam, e não apenas as provas, é valorizado.

e Sociais Aplicadas
Desta forma, sugere-se que as atividades experimentais, elaboração de textos, apresentação de
relatórios dos experimentos, elaboração e exposições das discussões em grupos e a participação
VOLUME 1
dos estudantes nas aulas sejam avaliados e registrados. Considerando que o professor tenha muitos

48
estudantes e pouco tempo, a sugestão ainda é que a cada aula seja reservado alguns minutos para
o fechamento da atividade e feito a devolutiva para os estudantes quanto ao seu desempenho.
Sugiro ainda que seja aplicada uma avaliação somativa no final de cada SD a fim de verificar o nível
de proficiência dos estudantes no assunto.

ATIVIDADES

1 - Na bula de um medicamento está especificado, que, sob orientação médica, ele pode ser admi-
nistrado de duas formas: e comprimido ou em pó para ser dissolvido em água. Com base no que
foi estudado sobre velocidade das reações químicas, levante uma hipótese sobre possíveis dife-
renças na rapidez do efeito desse medicamento no organismo, em função da sua administração.

2 - Entre as reações a seguir, quais interessam ser aceleradas e quais interessam ser retardadas?
Discuta com seus colegas maneiras de efetuar essa alteração da velocidade:

a) queima da madeira para obter energia.


b) corrosão provocada pela maresia.
c) apodrecimento de frutas.
d) amadurecimento de bananas muito verdes para venda.

3 - Para remover uma mancha de um prato de porcelana fez-se o seguinte: cobriu-se a mancha
com meio copo de água fria, adicionaram-se algumas gotas de vinagre e deixou-se por uma
noite. No dia seguinte, a mancha havia clareado levemente.

a) Usando apenas água e vinagre, sugira duas alterações no procedimento de tal modo que a
remoção da mancha possa ocorrer em menos tempo. Justifique cada uma das alterações
propostas.
b) Sabendo que o vinagre é uma solução 5% em ácido acético (CH3COOH), calcule a concentra-
ção, em quantidade de matéria, do ácido acético no vinagre.

4 - A descarga dos automóveis contém quantidades apreciáveis de monóxido de carbono (CO), um


gás venenoso e nocivo à saúde. A reação do monóxido de carbono com o oxigênio do ar produ-
zindo o inofensivo gás carbônico (CO2) ocorre espontaneamente na atmosfera. Essa reação, no
entanto, é muito lenta, e para evitar que o monóxido de carbono seja lançado na atmosfera é
usado o conversor catalítico.

a) Proponha uma equação química para a reação entre o monóxido de carbono e o oxigênio.
b) Sugira uma explicação para o fato de essa reação ser lenta na atmosfera. Como o conversor
catalítico aumenta a velocidade dessa reação?

5 - (UEMG) Ácidos fortes, ao entrarem em contato com metais, como o ferro, produzem gás hidro-

Ciências Humanas
gênio. O quadro a seguir apresenta os resultados de um experimento realizado com uma solu-
ção aquosa diluída de ácido clorídrico (HCl) e amostras de ferro.
e Sociais Aplicadas
VOLUME 1

49
Ao analisar os resultados, um estudante fez as seguintes observações:
I. A reação será mais lenta no sistema 2, pois a temperatura é maior.
II. A massa de ferro usada é um fator determinante para a variação da velocidade dessa reação.
III. A superfície de contato possibilita uma maior interação entre os reagentes, em 3.
IV. O número de bolhas produzido ao final da reação será o mesmo para os três sistemas.

Indique a alternativa que contém a(s) afirmação(ões) correta(s) formulada(s) pelo estudante:

a) Afirmação I.
b) Afirmações I e II.
c) Afirmações III e IV.
d) Afirmações II e IV.

6 - (Unesp) Um professor de Química apresentou a figura a seguir como sendo a representação de


um sistema reacional espontâneo.

Em seguida, solicitou aos estudantes que traçassem um gráfico da energia em função do caminho
da reação, para o sistema representado. Para atender corretamente à solicitação do professor, os
estudantes devem apresentar um gráfico como o que está representado em

Ciências Humanas
e Sociais Aplicadas
VOLUME 1

50
REFERÊNCIAS

CAVALCANTE, Keoma Lima et al Uma proposta de sequência didática utilizando a abordagem dos
três momentos pedagógicos para o ensino de cinética química. Revista digital: Diálogo e Interação,
Vol 12. Publicado em 2019-04-08;
GREENWOOD, Veronique. A química por trás do iogurte. BBC News Brasil, [s. l.], 26 ago. 2015.
disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/08/150825_vert_fut_segredos_
iogurte_ml. Acesso em: 04 jul. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em:
05 jun. 2022.
PULIDO, Dias Marcelo-.SP. Moderna. 2016. Vol 2.

Ciências Humanas
e Sociais Aplicadas
VOLUME 1

51
EIXO TEMÁTICO

Materiais - Aprofundamento.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

Estado de equilíbrio/ cons- Identificar fatores que afetam o equilíbrio e usar o Princípio de
tante de equilíbrio/ deslo- Le Chatelier.
camento de equilíbrio (Le Identificar os fenômenos que concorrem para que uma reação
Chatelier). química seja reversível ou não.
Equilíbrio iônico e o caráter Reconhecer o equilíbrio químico nas reações químicas e fazer
ácido-base/ Ácido e base de previsões sobre sua mudança.
Bronsted-Lowry/ Hidrólise
salina. Prever o sentido do deslocamento de um equilíbrio químico,
aplicando o Princípio de Le Chatelier.
Identificar os fatores que afetam o estado de equilíbrio, a
partir de equações que representam sistemas em equilíbrio.
Utilizar tabelas de constantes de equilíbrio para identificar ou
fazer previsões sobre o comportamento de substâncias nas
reações químicas
Reconhecer o equilíbrio iônico H+ e OH- (pH e pOH).
Identificar ácidos e bases fortes de ácidos e bases fracos,
com base em constantes de equilíbrio.
Escrever a equação de dissociação de ácidos e bases e a cor-
respondente expressão da constante de equilíbrio.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Equilíbrio químico nas transformações químicas


DURAÇÃO: 7 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Prezado professor(a), na sequência didática( SD) a seguir, você terá acesso a uma ferramenta muito
importante para o desenvolvimento de atividades em Químicas com os estudantes. Trata-se do site
PROJETO DE SIMULAÇÕES INTERATIVAS-PhET COLORADO. O PhET é um projeto da Universidade
do Colorado que disponibiliza simulações interativas nas áreas da Química, Biologia, Matemática,
Física e Ciências da Terra, auxiliando a aprendizagem nessas disciplinas. A plataforma dispõe de
aproximadamente 40 simulações na área de Química Geral. As pesquisas podem também ser reali-

Ciências Humanas
zadas por nível de ensino na aba ao lado esquerdo do site.

e Sociais Aplicadas
Todas as simulações estão disponíveis sob uma licença, o Creative Commons - atribuição 4.0
Internacional - de conteúdo aberto que permite que outras pessoas usem, distribuam, criem tra-
balhos derivados com base nesse conteúdo.
VOLUME 1

52
Todas as simulações estão disponíveis para download a partir do link http://phet.colorado.edu/pt_
BR. O uso de simuladores facilita a compreensão pelo estudante dos aspectos teóricos da química,
contribui para uma aula mais dinâmica e ameniza o problema da falta de laboratório ou mesmo
reagentes. Este é um guia direcionado ao estudo de equilíbrio químico para o 2º ano do EM, mas
pode ser utilizado para outros objetos do conhecimento e para outras etapas de ensino.

EQUILÍBRIO QUÍMICO
Muitas reações acontecem no sentido de reagentes formarem produtos na mesma velocidade em
que produtos formam reagentes. A reação direta favorece produtos e a inversa favorece reagentes.
Daí temos um equilíbrio. Mas isso só vai acontecer se a reação for reversível, o que não acontece na
combustão, por exemplo, pois a reação é irreversível.

REAÇÕES ÁCIDO-BASE

Uma solução básica quando submetida em uma ácida reagirá de tal modo a aumentar o pH, dimi-
nuindo acidez e vice-versa. Chamamos essa reação de neutralização. Os produtos são sal e água.
Para verificar a acidez e a basicidade, utilizamos a escala de pH que varia do 0 a 14, sendo o 7 neutro;
de 0 a 6 ácido e de 8 a 14 básico.

Fonte: BATISTA, Carolina. Conceito e determinação de pH e pOH. Toda Matéria, [s. l.], 2022.

B) DESENVOLVIMENTO:
Aula 1: Apresentação das atividades que acontecerão ao longo da sequências de atividades. Essa
apresentação será uma aula motivacional, explicitando para os estudantes a importância do estudo
e do uso no cotidiano do conteúdo de “Equilíbrio Químico”, bem como as metodologias utilizadas
nas aulas seguintes (Anexo1).

Ciências Humanas
Aula 2: Aplicação da lista de exercícios inicial para verificar os conhecimentos prévios dos estu-
dantes. (Anexo 2).

e Sociais Aplicadas
Aula 3: Apresentação do tutorial. As janelas apresentam a aplicação do simulador no uso da “escala
VOLUME 1
de pH” e uso do simulador “soluções ácido-base”. Essa aula pode ocorrer na sala de informática,
caso a escola tenha ou com o uso do projetor multimídias e um computador.

53
Fonte: Escala de pH. PhET University of Colorado, 2022.

→ Sequência do tutorial: primeiro escolher a substância(a); em seguida(b), gotejar pressio-


nando com o mouse o ponto vermelho até atingir o volume, em litros, desejado(d). O medi-
dor(c) deve ser arrastado até a solução (d) para se verificar o pH e determinar(e) se a solução
é ácida ou básica. Pode-se adicionar mais água (f) e retirar solução (g).

Fonte: Escala de pH. PhET University of Colorado, 2022.

Ciências Humanas
→ O painel da janela permite a visualização das soluções microscópicamente. É possível contar

e Sociais Aplicadas
a quantidade de moléculas(b) e alterna-las entre concentração (mol/L ) e quantidade de mol
(a). Também é possível fazer a contagem de moléculas na solução e ver a razão entre os íons
H3O+/OH-(c). As demais funções são observadas como na figura 1, já descritas.
VOLUME 1

54
Fonte: Escala de pH. PhET University of Colorado, 2022.

→ Nesta, o estudante tem a possibilidade de preparar sua própria solução controlando o pH


movimentando as setas para cima e para baixo (a) ou movimentando as setas verdes (b) e
© . À medida que se aumentam os íons H3O+ (b), se diminuem os íons OH-(c) e vice-versa.
Quando(b) e (c)são movimentados, (a )automaticamente muda para ácido (ou mais ácido )
ou para alcalino (ou mais alcalino). Em contrapartida, a quantidade de H2O (d) permanece
inalterada, pois não é possível adicionar ou retirar água nessa janela, apenas controlar o pH
da solução.

Fonte: Soluções Ácido-Base. PhET University of Colorado, 2022.

→ Tutorial para soluções ácido-base. A solução pode ser definida clicando em uma das abas
Ciências Humanas
(a); em seguida, a seta de pH (b) deve ser mergulhada na solução(e). Caso o estudante queira

e Sociais Aplicadas
alternar entre os recursos para verificar o pH ou a força das soluções, deve clicar em um
desses recursos(c), onde é possível visualizar o pH em números(c1), em fitas e pela cor (c2)
e na intensidade da luminosidade da lâmpada (c3). Os estudantes podem visualizar, na solu-
VOLUME 1
ção(e), as moléculas dos íons participantes (H3O+ e OH-), bem como o solvente (H2O), ou o
gráfico contendo a concentração em mol/L, ou ainda, simplesmente, ocultar qualquer infor-
mação(c), clicando em qualquer uma das abas.

55
Fonte: Soluções Ácido-Base. PhET University of Colorado, 2022.

→ A única diferença da figura 4, é que aqui os estudantes podem ser orientados a fazer a
própria solução levando em consideração o que a atividade pede, se ácido ou base; qual a
concentração que varia entre 0,001 e 1,0, por exemplo; qual a força; se mais fraco ou mais
forte(a). Nesse caso, professor(a) , fique à vontade para explorar os recursos da janela.

Aula 4: Esta aula será apenas para a simulação “Escala de pH”. Depois de explicar o tutorial aos
estudantes, agora é o momento deles exercitarem. Deixe-os explorarem a simulação, mas sempre
atento às dúvidas que possam surgir. Passe exercícios para serem realizados na própria simulação e
peça que eles anotem em seus cadernos, pois servirá para responderem a Lista de Exercício Final.

Aula 5: Esta aula será apenas para a simulação “soluções ácido-base”. Após explicar o tutorial aos
estudantes, deixe-os explorarem a simulação, mas sempre atento às dúvidas que possam surgir
Passe exercícios para serem realizados na própria simulação e peça que eles anotem em seus
cadernos, pois servirá para responderem a Lista de Exercício Final.

Aula 6: Nessa aula os estudantes devem presenciar, bem como fazer, uma aula experimental.
O professor(a) deve orientá-los e auxiliá-los na atividade. O roteiro para essa parte da sequência é:
• Em 15 tubos de ensaio ou copos de vidro transparente, colocar cerca ⅓ das substâncias:
solução de soda cáustica; refrigerante tipo soda limonada; leite; café; suco de laranja. Cada
solução deve estar em 3 tubos ou copos diferentes para ver a diferença de pH em cada tipo
diferente de indicador.
• Identifique cada tubo com o nome das substâncias para os três diferentes tipos de indica-
dores: fita de pH; alaranjado de metila; açaí.
• Nos 5 tubos separados para a fita de pH, mergulhe a fita em cada solução e anote os resul-
tados. Siga o procedimento para os 5 tubos separados para o alaranjado de metila e para os
Ciências Humanas
5 separados para o açaí. Anote os resultados.
• Em outro tubo ou copo separado apenas para esse fim, coloque aproximadamente ⅓ de
e Sociais Aplicadas
soda cáustica. Pingue 6 gotas de fenolftaleína, ou açaí. Observe a mudança de cor.
• Em seguida, acrescente aos poucos solução diluída de ácido nítrico ou vinagre ou suco de
VOLUME 1
limão até a soda cáustica tornar-se incolor. Faça esse procedimento com cuidado, pois no
momento que a solução ficar incolor, deve-se parar de acrescentar o ácido.

56
• Depois acrescente mais soda e pingue mais algumas gotas dos indicadores citados acima.
Repita o procedimento com um dos ácidos até que fique incolor novamente. Repita esse
procedimento quantas vezes for necessário até que não se observe mais nenhuma mudança
na coloração.
• Professor(a), explique ao estudante que apesar de essa ser uma reação de neutralização,
pode-se usá-la para exemplificar o processo de reversibilidade de reações, mostrando que
no equilíbrio os produtos se transformam em reagentes e reagentes em produtos, simulta-
neamente e na mesma velocidade.

Aula 7: Nesta aula, far-se-á a aplicação de Lista de Exercício Final (anexo 3) para verificar os conhe-
cimentos adquiridos pelos estudantes durante as atividades nos simuladores e na experimentação.

ANEXO 1:

ROTEIRO PARA A AULA MOTIVACIONAL


Professor(a), na primeira parte de uma SD, a sua “fundamentação”; ou , “justificativa”. Termos
utilizados com o mesmo significado neste caso são ítens que trazem a reflexão sobre o porquê
é importante que os estudantes aprendam o conteúdo proposto. Essa justificativa/fundamen-
tação extrapola as orientações curriculares e busca responder algumas questões, como:
por que o ensino desse conteúdo é significativo para esses estudantes? Qual a importância dessa
sequência na experiência desse grupo? Por que ensinar esses saberes e dessa forma é impor-
tante? Essa fundamentação deve estar clara aos estudantes e explicitada na documentação.
Demonstre a eles situações no cotidiano em que o conhecimento sobre equilíbrio explica o
fenômeno.

ANEXO 2:

LISTA DE EXERCÍCIO INICIAL


1) O que significa quando uma reação entra em equilíbrio?
2) O que são reações reversíveis?
3) Quais as situações em que uma reação equilibrada é perturbada?
4) Explique o princípio de Lê Chatelier.
5) Represente, através de desenho, uma escala de pH?
6) Defina ácido e base.
7) Marque (A) para ácido ou (B ) para base em cada substância abaixo:
( ) amoníaco. ( ) cuspe. ( ) refrigerante.
( ) sabonete. ( ) canja de galinha. ( ) vômito.
( ) sangue. ( ) café. ( ) água de bateria.
( ) leite. ( ) suco de laranja. ( ) soda cáustica.
8) Suponha que uma solução A tenha pH=1.00 e B tenha pH=11.00. O que acontece com o pH

Ciências Humanas
dessas soluções se adicionarmos água?

e Sociais Aplicadas
VOLUME 1

57
ANEXO 3:

LISTA DE EXERCÍCIO FINAL


1) Qual a diferença entre ácido e base?
2) Para que serve a escala de pH?
3) Por que o açaí mudou a coloração das substâncias ácidas e básicas?
4) Qual a coloração das soluções ácidas e básicas quando submetidas ao açaí?
5) O que ocorreu quando foi adicionado ácido nítrico em soda cáustica, sendo que a soda estava
com coloração esverdeada?
6) E depois, o que ocorreu quando mais soda cáustica foi adicionada?
7) Como você pode explicar essa mudança de cor?
8) Qual a intensidade da cor das soluções nos frascos 1 e 2, sendo que no frasco 1 a solução de
soda cáustica estava mais concentrada e no 2 estava menos concentrada?
9) O que acontece com o pH quando é adicionado água na solução?
10) A concentração dos íons interfere na força dos ácidos e das bases? Como?

RECURSOS:
Questionários e listas de exercícios prontas (sugestões em anexos); computadores para um ou dois
estudantes ou celulares com as simulações instaladas; caderno; caneta; lápis; soda cáustica; suco
de laranja; saliva diluída; leite café; refrigerante; fenolftaleína; suco de açaí; fita de pH; alaranjado
de metila.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação é um aspecto importante do processo de aprender. Em geral, todas as atividades rea-
lizadas sobre determinado conteúdo ensinado devem ser avaliadas. Isso promove uma diversifica-
ção das formas de avaliação e mostra aos estudantes que o conjunto das atividades que realizam,
e não apenas as provas, é valorizado.
Desta forma, sugere-se que as atividades experimentais, elaboração de textos, apresentação de
relatórios dos experimentos, elaboração e exposições das discussões em grupos e a participação
dos estudantes nas aulas sejam avaliados e registrados. Considerando que o professor tenha muitos
estudantes e pouco tempo, a sugestão ainda é que a cada aula seja reservado alguns minutos para
o fechamento da atividade e feito a devolutiva para os estudantes quanto ao seu desempenho.
Sugiro ainda que seja aplicada uma avaliação somativa no final de cada SD a fim de verificar o nível
de proficiência dos estudantes no assunto.

ATIVIDADES

1 - Os refrigerantes têm-se tornado cada vez mais o alvo de políticas públicas de saúde. Os de cola
apresentam ácido-fosfórico, substância prejudicial à fixação de cálcio, o mineral que é o prin-
cipal componente da matriz dos dentes. A cárie é um processo dinâmico de desequilíbrio do

Ciências Humanas
processo de desmineralização dentária, perda de minerais em razão da acidez. Sabe-se que o
principal componente do esmalte do dente é um sal denominado hidroxiapatita. O refrigerante,
e Sociais Aplicadas
pela presença da sacarose, faz decrescer o pH do biofilme (placa bacteriana), provocando a des-
mineralização do esmalte dentário. Os mecanismos de defesa salivar levam de 20 a 30 minutos
VOLUME 1
para normalizar o nível do pH, remineralizando o dente. A equação química seguinte representa
esse processo

58
a) OH- , que reage com os íons Ca2+, deslocando o equilíbrio para a direita.
b) H+, que reage com as hidroxilas OH- , deslocando o equilíbrio para a direita.
c) OH- , que reage com os íons Ca2+, deslocando o equilíbrio para a esquerda.
d) H+, que reage com as hidroxilas OH- , deslocando o equilíbrio para a esquerda.
e) Ca2+, que reage com as hidroxilas OH- , deslocando o equilíbrio para a esquerda.

2 - Em um experimento, colocou-se água até a metade da capacidade de um frasco de vidro e, em


seguida, adicionaram-se três gotas de solução alcoólica de fenolftaleína. Adicionou-se bicarbo-
nato de sódio comercial, em pequenas quantidades, até que a solução se tornasse rosa. Dentro
do frasco, acendeu-se um palito de fósforo, o qual foi apagado assim que a cabeça terminou
de queimar. Imediatamente, o frasco foi tampado. Em seguida, agitou-se o frasco tampado e
observou-se o desaparecimento da cor rosa.
MATEUS, A. L. Química na cabeça. Belo Horizonte: UFMG, 2001 (adaptado).

A explicação para o desaparecimento da cor rosa é que, com a combustão do palito de fósforo,
ocorreu o(a)

a) formação de óxidos de caráter ácido.


b) evaporação do indicador fenolftaleína.
c) vaporização de parte da água do frasco.
d) vaporização dos gases de caráter alcalino.
e) aumento do pH da solução no interior do frasco.

3 - Fertilizantes químicos mistos, denominados NPK, são utilizados para aumentar a produtivi-
dade agrícola, por fornecerem os nutrientes nitrogênio, fósforo e potássio, necessários para o
desenvolvimento das plantas. A quantidade de cada nutriente varia de acordo com a finalidade
do adubo. Um determinado adubo NPK possui, em sua composição, as seguintes substâncias:
nitrato de amônio (NH4NO3), ureia (CO(NH2)2) nitrato de potássio (KNO3), fosfato de sódio (Na3PO4)
e cloreto de potássio (KCI).
A adição do adubo descrito provocou diminuição no pH de um solo. Considerando o caráter
ácido/básico das substâncias constituintes desse adubo, a diminuição do pH do solo deve ser
atribuída à presença, no adubo, de uma quantidade significativa de

a) ureia.
b) fosfato de sódio.
c) nitrato de amônio.

Ciências Humanas
d) nitrato de potássio.
e) cloreto de potássio.

e Sociais Aplicadas
VOLUME 1

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4 - A tabela lista os valores de pH de algumas bebidas consumidas pela população.

Bebida pH

Refrigerante 5,0

Cafe 3,0

Vinho 4,5

Suco de limão 2,5

Chá 6,0

O esmalte dos dentes é constituído de hidroxiapatita, um mineral que sofre desmineralização


em meio ácido, de acordo com a equação química:

Das bebidas listadas na tabela, aquela com menor potencial de desmineralização dos dentes é o

a) chá.
b) café.
c) vinho.
d) refrigerante.
e) suco de limão.

5 - Uma das etapas do tratamento da água é a desinfecção, sendo a cloração o método mais
empregado. Esse método consiste na dissolução do gás cloro numa solução sob pressão e sua
aplicação na água a ser desinfectada. As equações das reações químicas envolvidas são:

A ação desinfetante é controlada pelo ácido hipocloroso, que possui um potencial de desinfecção
cerca de 80 vezes superior ao ânion hipoclorito. O pH do meio é importante, porque influencia na
extensão com que o ácido hipocloroso se ioniza.
Para que a desinfecção seja mais efetiva, o pH da água a ser tratada deve estar mais próximo de
A) 0 B) 5 C) 7 D) 9 E) 14

REFERÊNCIAS

Ciências Humanas
BATISTA, Carolina. Conceito e determinação de pH e pOH. Toda Matéria, [s. l.], 2022. Disponível em:

e Sociais Aplicadas
https://www.todamateria.com.br/ph-e-poh/. Acesso em: 06 jul. 2022.
ESCALA de pH. PhET University of Colorado, 2022. Disponível em https://phet.colorado.edu/pt_
VOLUME 1
BR/simulation/ph-scale. Acesso em: 06 jul. 2022.

60
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em:
05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
05 jun. 2022.
LIMA, Helio Guedelha de. Uso do simulador PhET e da experimentação como recursos facilita-
dores para o ensino de equilíbrio químico com estudantes do ensino médio de uma comuni-
dade ribeirinha do baixo Rio Branco, RR, 2020, total de 100 f. Dissertação de mestrado, UERR, Rio
Branco, 2020.
SILVA, M.C.C ; DURVAL, A. Q ; AMARAL, E.S. Preparação de um indicador ácido-base natural de açaí
(Euterpe oleracea) com materiais alternativos no intuito de dinamizar o ensino de funções inorgâ-
nicas (ácidos e bases) para a nona série do ensino fundamental da Escola Pe Gabriel Bulgarelli –
Ananinde. CBQ: Congresso Brasileiro de Química, [s. l.], [2011]. Disponível em http://www.abq.org.
br/cbq/2011/trabalhos/6/6-823-11481.htm. Acesso em: 06 jul. 2022.
SOLUÇÕES Ácido-Base. PhET University of Colorado, 2022. Disponível em: https://phet.colorado.
edu/pt_BR/simulation/acid-base-solutions. Acesso em: 06 jul. 2022.

Ciências Humanas
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Você também pode gostar