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Aristóteles

O problema dos escritos

• As obras de Aristóteles podem ser classificadas em 2 grupos: as obras exotéricas (com X) e as obras esotéricas (com S).

a) Obras exotéricas: são as obras que Aristóteles teria escrito para serem publicadas e lidas por pessoas que não faziam
parte do seu círculo de alunos.
b) Obras esotéricas: são as obras que Aristóteles teria escrito para uso interno em sua escola, o Liceu, com seus alunos.
2. Divisão do Conhecimento

CIÊNCIAS PRODUTIVAS: Objetivo:Produzir um resultado “externo”.1. Poética e Retórica

2.Todo tipo de técnica

CIÊNCIAS PRÁTICAS: Objetivo:Produzir um resultado “interno”. Orientar as ações humanas ao melhor tipo de vida
possível.1. Política2. Ética

CIÊNCIAS TEÓRICAS: Objetivo:Conhecer a realidade e contemplar a verdade.1. Metafísica

2. Matemática 3. Física / Biologia / Psicologia

3. Ciências Produtivas

TODA TÉCNICA

• “Técnica” = todo conhecimento prático que possui uma base teórica, causal.(O quê x Porquê)

• O verdadeiro conhecimento é o conhecimento das causas.Ex.: Culinária e Medicina

POÉTICA-Objetivo:Produzir boas obras literárias.Importâncica:Teatro e tragédia gregas

RETÓRICA-Objetivo:Produzir discursos convincentes.Importânica:Vida política Partes“Ethos”: quem fala e ouve “Logos”:


argumentos “Pathos”: emocional

• Toda técnica: segundo Aristóteles, uma técnica é um conhecimento prático que possui uma base teórica. Quem domina
uma determinada técnica não sabe somente “que” tal coisa acontece, mas sabe “por que” tal coisa acontece.

Para Aristóteles, o verdadeiro conhecimento é o conhecimento das causas. E por quê? Porque quem conhece as causas
conhece de forma mais profunda e é capaz de prever resultados.

Ex. 1: Culinária Medicina

• Poética: a Poética de Aristóteles possuía o objetivo de ensinar seus leitores e produzirem boas obras literárias.

Esse conhecimento era importante, sobretudo, para os dramaturgos e tragediógrafos gregos.

• Retórica: a Retórica de Aristóteles possuía o objetivo de ensinar seus leitores e produzirem discursos convincentes.

Esse conhecimento era importante porque todo homem grego deveria participar da vida política da cidade. E um político
deve ser capaz de falar bem e persuadir seus ouvintes.

4. Ciências Práticas

• Existem 2 ciências práticas segundo o pensamento de Aristóteles:

CIÊNCIAS PRÁTICAS

ÉTICA:Objetivo:Orientar o ser humano a viver o melhor tipo de vida possível.


POLÍTICA:Objetivo:Proporcionar os meios necessários para que o ideal ético possa ser posto em prática

I. A Ética de Aristóteles

1) A questão da Felicidade

• Todo ser humano age tendo em vista um fim, uma finalidade, ou seja, toda ação humana visa atingir um objetivo. Por
isso, dizemos que a ética aristotélica é teleológica
• Esse fim, esse objetivo a ser alcançado, seria o bem. Todo ser humano age visando alcançar o que julga ser um bem para
si. Ninguém é atraído pelo mal. Quando o homem faz algo de mal, o faz porque espera obter um bem maior.

a) Bem Real x Bem Aparente:


- Bem Aparente: aquilo que apenas parece ser um bem.
- Bem Real: aquilo que de fato é um bem.
b) Bem Intermediário x Bem Final:
- Bem Intermediário: aquele que é buscado para conseguir outras coisas com ele.
- Bem Final: aquele que é buscado por si mesmo.
90% das coisas que buscamos as buscamos para conseguir algo. 90% dos bens que buscamos são intermediários.

• Mas, se todos os bens fossem intermediários, nosso desejo tenderia ao infinito e nunca alcançaríamos a paz, nunca
ficaríamos saciados.

• Logo, deve haver algum bem que seja buscado por si mesmo. Algo que, quando alcançarmos, nos sacie.

• E que bem seria esse?

• Seria a Felicidade. Afinal, tudo é buscado em vista dela.

I. A Ética de Aristóteles

2) E o que seria a Felicidade?

• Quando falamos sobre o tema da felicidade segundo o pensamento de Aristóteles, deparamo-nos com uma dificuldade: o
conceito atual de “felicidade” não é o mesmo que Aristóteles utilizava.

• Como assim?

• Isso seria a “felicidade” para Aristóteles: desenvolver-se plenamente enquanto ser humano, tornar-se um ser humano
plenamente desenvolvido. Perceba que não se trata de algo subjetivo, que depende de nossas opiniões ou gostos pessoais,
mas algo objetivo, igual para todos os indivíduos.• Se a felicidade, segundo Aristóteles, consiste em desenvolver
plenamente aquilo que é

• Que tipos de seres existem?

NÃO VIVOS,VIVOS

• E como deduzir racionalmente que existe uma coisa chamada alma?

• Podemos seguir 2 procedimentos:

a) O primeiro caminho consiste em comparar o ser humano com os demais seres e elencar o que cada tipo de vida faz. A
partir disso, percebemos que o ser humano realiza as mesmas atividade, mas as realiza de forma diferente.

b) O segundo caminho consiste em investigar o que o ser humano possui propriamente de diferente.

• Primeiro procedimento:

a) Comparar o ser humano com os demais seres naquilo que eles têm de igual:

VIVOS

VEGETAIS: - Nutrição- Reprodução


ANIMAIS: - Nutrição- Reprodução- Locomoção- Sentidos
HUMANOS: - Nutrição- Reprodução- Locomoção- Sentidos
O ser humano possui as mesmas faculdades dos outros seres, e até as possui em nível inferior, mas as utiliza de forma
diferente.

Ele coloca um “carimbo” humano em tudo o que faz.

• Segundo procedimento:

b) Comparar o ser humano com os demais seres naquilo que eles têm de diferente:

VIVOS

VEGETAIS: - Nutrição- Reprodução


ANIMAIS: - Nutrição- Reprodução- Locomoção- Sentidos
HUMANOS: - Nutrição- Reprodução- Locomoção- Sentidos – (Inteligência- Vontade A felicidade deve estar aqui)
I. A Ética de Aristóteles

• Existem 2 tipos de virtudes:

a) Virtudes morais (ou éticas)


b) Virtudes intelectuais (ou dianoéticas)
I. A Ética de Aristóteles

3.1) As Virtudes Morais: relacionadas à vontade

a) Virtude moral : inclinação natural para agir bem.

b) Vício moral: inclinação natural para agir mal

• Tanto as virtudes como os vícios são adquiridas pelo esforço pessoal, através da repetição de atos bons ou maus. Essa
repetição de atos é chamada de “hábito”.

• As virtudes são o meio-termo entre 2 extremos: o excesso e a falta.

I. A Ética de Aristóteles

3.1) As Virtudes Intelectuais: relacionadas à inteligência

São duas:

a) Phronesis (prudência ou sabedoria prática): está voltada para a parte mais prática da inteligência, ou seja, mostrar para a
vontade o bem a ser buscado e o mal a ser evitado.

b) Sophia (sabedoria ou sapiência): está voltada para a parte mais teórica da inteligência, ou seja, para o conhecimento da
verdade propriamente dito, para o conhecimento das realidades superiores.

E o que aconteceria se alguém chegasse nesse nível?

• A pessoa conquistaria a virtude da “contemplação”.

• Com isso, Aristóteles está dizendo que, se um ser humano se aperfeiçoar ao máximo que sua natureza lhe permite, ele
chegará a tocar o divino com “as pontas dos dedos”.

II. A Política de Aristóteles

• Qual a importância da política?

• A política seria extremamente importante porque teria o papel de organizar a sociedade de modo que proporcionasse
aos cidadãos os meios para desenvolverem as virtudes e alcançarem a felicidade.

5. Ciências Teóricas

• Existem 3 ciências teóricas segundo o pensamento de Aristóteles:

CIÊNCIAS TEÓRICAS-METAFÍSICA

• Objetivo: Buscar o conhecimento por si mesmo, independente de aplicações práticas. Quando um conhecimento é
buscado para produzir algum resultado, seja externo (ciências produtivas), seja interno (ciências práticas), ele vale menos
do que o resultado pretendido.

II. A Metafísica de Aristóteles

O que é a Metafísica?

• Se a “física” é a ciências das realidades físicas, materiais, a “metafísica” é a ciência que se ocupa das realidades que estão
acima do mundo físico, das realidade imateriais.

• Se a “física” se ocupa daquilo que podemos conhecer através dos nossos sentidos, a “metafísica” se ocupa daquilo que
não podemos conhecer através dos sentidos. E justamente por isso a metafísica é a ciência mais abstrata, porque trata de
algo que não pode ser visto, tocado, medido ou experimentado.

• O nome “metafísica” significa exatamente isso:“Aquilo que está além”, “após”. “As coisas físicas”, “materiais”.
• A metafísica estuda a organização da realidade. Ela estuda como a realidade está estruturada. Estuda as “leis” que regem
a realidade.

• A metafísica estuda a organização da realidade. Ela estuda como a realidade está estruturada. Estuda as “leis” que regem
a realidade.

Algumas teorias metafísicas

1) A teoria das 4 causas:

• Segundo Aristóteles, tudo o que existe é composto por 4 causas:


a) Causa Material: a matéria de que é feito
b) Causa Formal: a essência
c) Causa Eficiente: quem fez
d) Causa Final: para que serve

O sistema cardiovascular humano, também chmado sistema circulatório, pode ser subdividido em sistema sanguíneo e
sistema linfático.

1. Sistema sanguíneo

O sistema sanguíneo apresenta três componentes principais: sangue, vasos sanguíneos e coração. O sangue é um fluido
formado por elementos figurados, isto é, células e fragmentos celulares (plaquetas), dispersos em um líquido, o plasma.
Bombeado pelo coração, o sangue circula pelo inte rior dos vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares sanguíneos).

O coração humano é um órgão oco, com tamanho comparável ao de um punho fechado e cerca de 400 gramas. Localiza-se
um pouco à esquerda do centro do peito, sob o osso esterno. As paredes do coração são consti tuídas por tecido muscular
estriado cardíaco, o miocárdio. A superfície interna do miocárdio é revestida por uma camada de células achatadas,
denominada endocárdio.
Externamente, o coração é envolto pelo pericárdio, constituido por três camadas membranosas.A mais interna,
denominada epicárdio, está intimamente aderida ao miocárdio e fica separada das outras duas por uma fina camada
liquida.

O coração humano tem quatro cavidades internas, as câmaras cardíacas. As duas câmaras superiores são chamadas de
átrios cardíacos, ou aurículas; as duas inferiores são chamadas de ventriculos cardíacos.

A diferença está relacionada à função dessas câmaras: enquanto os átrios bombeiam sangue para os ventrículos
imediatamente abaixo deles, o ventrículo direito bombeia sangue para os pulmões e o esquerdo,para as demais partes do
corpo.

Cada átrio comunica-se com o ventrículo embaixo dele por meio de um orificio guarnecido por uma valva atrioventricular,
cuja função é garantir a circulação do sangue em um único sentido, sempre do átrio para o ventriculo. O átrio esquerdo
comunica-se com o ventriculo pela valva atrioventricular esquerda, ou valva bicúspide, ou valva mitral. O átrio cardíaco
direito comunica -se com o ventrículo direito pela valva atrioventricular direita, ou valva tricuspide.

O sangue sai do coração por artérias de grande diâmetro: a artéria pulmonar, ligada ao ventrículo direito e que leva sangue
em direção aos pulmões, e a aorta, ligada ao ventrículo esquerdo e que leva sangue para as demais partes do corpo. Junto
aos orifícios de abertura da aorta e da artéria pulmonar há as chamadas valvas semilunares, cuja função é impedir o refluxo
de sangue durante o relaxamento da musculatura cardíaca.

Artérias são vasos que levam sangue do coração para os órgãos e tecidos corporais. Elas apre sentam parede relativamente
espessa, constituída por três camadas de tecido, denominadas túnicas.Internamente, as artérias são revestidas por um
tecido epitelial formado por uma só camada de células achatadas, o endotelio, ou túnica interna. A camada intermediária
da parede arterial, deno minada túnica média, é formada por tecido conjuntivo elástico e tecido muscular liso. A camada
mais externa das artérias, chamada de túnica adventícia, é constituída por tecido conjuntivo fibroso.

As artérias que partem do coração ramificam-se progressivamente em artérias menores, atin gindo todas as partes do
corpo. Nos órgãos e tecidos, os finíssimos ramos terminais das artérias, denominados arteriolas, prolongam-se formando
vasos ainda mais finos, os capilares sanguíneos.

Por ser um órgão de grande atividade e função vital, o coração precisa ser constantemente abastecido de sangue rico em
gás oxigênio e em nutrientes. A irrigação sanguínea do músculo cardíaco é realizada pelas artérias coronárias, que partem
da aorta e ramificam-se junto às cé lulas do miocárdio. Quando ocorre alguma obstrução das coronárias, deixando áreas do
coração sem circulação, as células do local morrem, levando ao infarto do miocárdio. Mais adiante, você poderá aprender
mais sobre como prevenir essas e outras doenças cardiovasculares.

Capilares sanguíneos são vasos finíssimos, de diâmetro microscópico, que estabelecem co municação entre uma arteriola e
uma vênula, como são chamadas as veias mais finas. Os capilares sanguíneos estão presentes em praticamente todas as
regiões do corpo, e nenhuma de nossas células fica a mais de 130 micrometros (0,13 milímetro) de distância de um capilar
sanguineo.As células da parede dos capilares deixam entre si pequenos espaços, por onde extravasa líquido sanguíneo,
denominado líquido intersticial, ou tissular, que banha as células próximas, nutrindo-as e oxigenando-as.

No ponto de conexão entre uma arteriola e um capilar há uma célula muscular lisa, enrolada no vaso sanguíneo, que
constitui o esfincter pré-capilar. Quando esse esfincter unicelular se contrai, a passagem do sangue para o capilar é
diminuída ou bloqueada; desse modo, o organismo pode regular o suprimento de sangue que aflui para os tecidos.

Veias são vasos que levam sangue de órgãos e tecidos para o coração; suas paredes são também constituídas por três
túnicas, correspondentes às das artérias. Entretanto, as túnicas média e adventícia das veias são menos espessas que suas
correspondentes arteriais. As veias podem se contrair e relaxar com lentidão e não apresentam movimentos de putsação
como as artérias.
No interior das veias de maior diâmetro há válvulas, cuja função é impedir o refluxo de sangue e garantir sua circulação em
um único sentido. O movimento dos músculos esqueléticos próximos às veias as espreme, fazendo o sangue fluir no
sentido que leva ao coração.Nos órgãos e tecidos, as finas veias ligadas às extremidades dos capilares são denominadas
vênulas. Estas reúnem-se e formam veias de calibre progressivamente maior, até as grandes veias que desembocam no
coração (veias cavas superior e inferior).

O sistema linfático é constituído por uma ampla rede de vasos linfáticos distribuídos por todo o corpo. Os vasos linfáticos
mais finos têm calibre pouco maior que o dos capilares sanguíneos, diferindo destes por terminar em fundo cego, isto é,
em uma extremidade fechada. Os capilares linfáticos situam-se entre as células dos tecidos, de onde captam parte do
líquido tissular que extravasou dos capilares sanguíneos, reconduzindo-o à circulação.

Se, por algum motivo, o sistema linfático deixar de cumprir sua função de drenar os restos do líquido tissular, este tende a
se acumular nos tecidos, causando inchaços conhecidos como edemas linfáticos. A confluência dos capilares linfáticos
origina vasos de diâmetro progressivamente maior que convergem para a região torácica, onde formam dois ductos
linfáticos de grande calibre; estes se unem às veias provenientes dos braços, chamadas de veias subclávias.

Linfa

No interior dos vasos linfáticos circula a linfa, fluido esbranquiçado de constituição semelhante à do sangue, do qual difere
principalmente por não conter hemácias. A linfa contém leucocitos (glóbulos brancos), dos quais quase 99% são linfocitos;
no sangue, esse tipo de leucocito representa cerca de 50% do total de glóbulos brancos.

Linfonodos

Em diversos pontos da rede linfática há linfonodos, ou nódulos linfáticos, estruturas de con sistência esponjosa presentes
ao longo dos vasos linfáticos. Eles se localizam em posições estra tégicas no corpo, como o pescoço, as axilas e a virilha, o
que lhes permite cumprir seu papel de filtrar a linfa que vem das extremidades corporais. Ao passar pelos linfonodos, a
linfa circula por finos canais em que há leucócitos, que identificam e destroem substâncias e corpos estranhos.

Quando o corpo é invadido por microrganismos, os leucocitos dos linfonodos próximos ao local da invasão que identificam
o invasor passam a se multiplicar ativamente, para combate-lo. Com isso, os nódulos linfáticos aumentam de tamanho e
formam inchaços conhecidos popularmente como inguas: muitas vezes, o exame dos linfonodos permite detectar um
processo infeccioso em andamento.

Adenoides e tonsilas são órgãos linfáticos especials, localizados na entrada das vias respiratórias e do tubo digestório; sua
localização estratégica permite limitar a entrada de microrganismos invasores.

Há ainda muitos linfonodos na parede do intestino, cuja função é reter e destruir particulas estranhas que penetrem junto
com os alimentos, ou produzidas pelas bactérias que vivem no trato intestinal.

baço é um órgão rico em linfonodos localizado do lado esquerdo do abdome, sob as últimas costelas. Ele desempenha
diversas funções importantes, entre as quais: a) armazenamento de linfocitos e monócitos, dois tipos de glóbulos brancos;
b) filtragem do sangue para a remoção de microrganismos, substâncias estranhas e resíduos celulares; c) destruição de
hemácias enve lhecidas. Além disso, o baço ainda atua como "banco de sangue" de emergência, sendo capaz de armazenar
hemácias e lançá-las na corrente sanguínea em momentos de necessidade, como em um esforço físico intenso.

1. Dupla circulação
O sistema cardiovascular humano, como o dos outros vertebrados, é fechado. O sangue circula continuamente dentro de
vasos sanguíneos, executando o seguinte trajeto: coração→ artérias→ arteriolas → capilares → →vênulas → veias →
coração.

Impulsionado pelo ventrículo esquerdo, o sangue vai a todos os sistemas corporais, de onde retorna ao coração. Por isso,
diz-se que nossa circulação sanguínea é dupla; o trajeto "coração pulmões→ coração" é denominado circulação pulmonar,
ou pequena circulação, e o trajeto "coração→ sistemas corporais → coração" é denominado circulação sistêmica, ou
grande circulação.

O sangue proveniente das diversas partes do corpo chega ao átrio direito por duas grandes veias cavas. Uma delas, a veia
cava superior, traz o sangue que irrigou a cabeça, os braços e a parte superior do tronco. A veia cava inferior, por sua vez,
traz o sangue que irrigou as pernas e a parte inferior do tronco.

Do átrio direito o sangue passa para o ventrículo direito, de onde é bombeado para a artéria pulmonar. Esta se divide em
duas, a direita e a esquerda, que levam o sangue a cada um dos pulmões. Nesses órgãos, o sangue passa pelos finíssimos
capilares sanguíneos que recobrem os alvéolos pulmonares e captura gás oxigênio do ar inspirado, ao mesmo tempo que
libera gás carbônico; esse processo de troca de gases é denominado hematose.

Depois de ser oxigenado nos pulmões, o sangue retorna ao coração pelas velas pulmonares, que desembocam no átrio
esquerdo. Daí ele passa para o ventrículo esquerdo, que o bombela para a aorta. Esta se divide em vários ramos, que levam
sangue oxigenado a todos os sistemas do corpo. Em um ciclo completo, o sangue executa o seguinte trajeto: coração (átrio
direito)-> →pulmões→ coração (ventrículo esquerdo) tecidos corporais→→ coração (átrio direito).

2. Funcionamento do coração

O movimento do sangue em nosso corpo é mantido pelas contrações rítmicas do coração, pro cesso em que as câmaras
cardíacas se relaxam e se contraem alternadamente. O relaxamento de uma câmara cardíaca é chamado diastole, e sua
contração, sistole. Durante a diástole, a câmara cardíaca se enche de sangue; durante a sístole, ela bombeia sangue para
fora dela.

Ciclo cardíaco

Uma sequência completa de sístoles e diástoles das câmaras do coração é chamada de ciclo cardíaco e dura cerca de 0,8
segundo.é marcado pela sístole dos átrios, que bombeiam sangue para o interior dos ventrículos, que estão em diás tole.
Valvas presentes nas entradas das veias cavas (junto ao átrio direito) e das veias pul monares (junto ao átrio esquerdo)
fecham-se durante a sístole atrial, evitando assim refluxo de sangue para essas veias.

frequência cardíaca, isto é, o número de vezes que o coração se contrai por unidade de tempo, varia de acordo com a
condição de saúde, o grau de atividade e a situação emocional da pessoa.

A frequência dos batimentos cardíacos é controlada por uma região especial do coração denominada marca-passo, ou
nodo sinoatrial, ou ainda nó sinoatrial. Este é um aglomerado de células musculares especializadas, localizado perto da
junção entre o átrio direito e a veia cava superior. Aproximadamente a cada segundo, as células do marca-passo emitem
um sinal elétrico que se propaga diretamente para a musculatura dos átrios, provocando sua contração (sístole).Outra
região especializada do coração, chamada nodo atrioventricular, ou nó atrioventricular,distribui o sinal gerado pelo marca-
passo, estimulando a musculatura dos ventrículos a entrar em sistole.

Pressão arterial
A pressão que o sangue exerce sobre a parede interna das artérias é denominada pressão arterial. Em uma pessoa jovem e
com boa saúde, a pressão nas artérias durante a sístole ventricular, chamada de pressão sistólica, ou pressão máxima,
oscila em torno de 110 mmHg e 120 mmHg. Durante a diástole ventricular, a pressão diminui, ficando em torno de 70
mmHg a 80 mmHg; esta é a chamada pressão diastólica, ou pressão mínima.

O sistema imunitário, também chamado de sistema imunológico, é constituído por certos tipos de leucócitos,
principalmente linfocitos, e pelos orgãos nos quais ocorre a formação, a maturação e a multiplicação desses Teucocitos.
Vejamos a seguir seus constituintes e como ele funciona.

1. Células do sistema imunitário

Macrófagos são células que se movimentam continuamente entre os tecidos, onde ingerem, por fagocitose,
microrganismos, restos de células mortas, resíduos celulares etc. Quando estão no sangue, os macrófagos são identificados
como um tipo de leucócito, o monócito; ao passar do sangue para os tecidos, o monócito transforma-se em macrófago.

Os principais "soldados" do sistema imunitário são os linfocitos. Há vários tipos de linfocito, cada um especializado em
determinadas funções relacionadas à defesa do organismo.

Os linfocitos B, por exemplo, são especializados na produção de anticorpos, proteínas capazes de se combinar
especificamente a substâncias estranhas ao corpo, levando à sua destruição ou inativação. Genericamente, toda substância
estranha ao organismo e que desencadeia a produção de anticorpos é chamada de antígeno.

Outro grupo de linfocitos é constituído por vários tipos de linfocitos T. Um deles é o linfócito T citotóxico, também
conhecido como linfocito CD8. Esses linfocitos são especializados em reconhecer e matar células corporais alteradas, como
as infectadas por vírus, impedindo-as de se multiplicar. Os linfocitos CD8 também atacam células estranhas à pessoa, sendo
os prin cipais responsáveis pela rejeição de órgãos transplantados.

Os linfocitos T auxiliadores, também conhecidos como linfocitos CD4, são os comandantes do sistema imunitário. Eles
recebem informações dos macrófagos sobre a presença de invasores do corpo e estimulam imedia tamente os linfocitos B
e os linfócitos T citotóxicos a combater os invasores. Se os linfocitos CD4 deixarem de atuar, os linfocitos B e CD8 (T
citotóxicos) não serão ativados.

Os linfocitos T reguladores, descobertos recentemente, têm função moduladora na resposta imunitária, podendo refrear a
ação dos linfocitos T auxiliadores e citotóxicos.

2. Órgãos do sistema imunitário

Os linfocitos B e os linfocitos T originam-se na medula óssea vermelha, como as demais células sanguíneas. Os linfocitos B
amadurecem na própria medula, enquanto as células precursoras dos linfocitos T migram para o timo, um órgão situado
sob o osso esterno, na altura do coração, onde terminam seu amadurecimento. Por constituírem os principais locais de
formação e amadurecimento dos linfó citos, a medula óssea e o timo costumam ser denominados órgãos imunitários
primários.

Órgãos que têm linfocitos capazes de se multiplicar são as linfonodos, as adenoides, as tonsilas, o apêndice vermiforme e o
baço, genericamente chamados de órgãos imunitários secundários.

Imunidade humoral e imunidade celular

O sistema imunitário combate os invasores em duas frentes: a imunidade celular e a imunidade humoral.

Imunidade humoral é aquela de que participam proteínas especiais presentes no plasma sanguíneo, os anticorpos. Estes
são produzidos pelos linfocitos B maduros, ou plasmócitos.
Anticorpos são proteínas do grupo das imunoglobulinas cuja forma molecular espacial lembra uma letra "Y". Cada molécula
de anticorpo compõe-se de quatro cadeias polipeptídicas, duas de maior tamanho e idênticas entre si, denominadas
cadeias pesadas, e duas de menor tamanho, também idênticas entre si, denominadas cadeias leves.

Imunidade celular é aquela mediada diretamente pelos linfocitos T citotóxicos. Na mem brana plasmática dessas células há
proteinas que reconhecem células anormais ou infectadas por vírus e se ligam a elas. Os linfocitos T citotóxicos lançam
sobre as células "estranhas" uma substância denominada perforina, que perfura a membrana plasmática das células
alteradas, matando-as.

Mesmo após uma infecção ter sido combatida, resta no organismo certa quantidade de linfocitos especiais, as células de
memória, que guardam por anos ou pelo resto da vida a capacidade de reconhecer agentes infecciosos com os quais o
organismo esteve em contato4. Imunizações ativa e passiva: vacinas e soros

Costuma-se distinguir dois tipos de imunização, situações em que o organismo é protegido da invasão de substâncias
estranhas graças à presença de anticorpos. Na imunização ativa, o próprio organismo é estimulado a produzir os anticorpos
protetores; na imunização passiva, os anticorpos gerados em outro organismo são retirados, purificados e inoculados no
ser que se deseja imunizar.

uma vacina é uma solução de antigenos contra os quais se quer proteger o organismo ou mesmo de microrganismos vivos
previamente atenuados de modo a não causarem doença.Soros imune uma solução de anticorpos contra a peçonha
extraídos do sangue de um animal previamente imunizado. A aplicação de soro é considerada imunização passiva.

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