Você está na página 1de 4

INSTITUTO POLIVANTE EDIK RAMON

ENSINO PARTICULAR

FICHA DE REFORÇO À APRENDIZAGEM – DISCIPLINA

CURSO: F.B e E.J ANO LECTIVO:


2021/2022
Nome: Jorge Miúdo _____________________________11_ªClasse Turma: _A__
Sala:22_e 28__

Unidade didática: Período Sistemático.

Sumário: A filosofia de Aristóteles

Objectivo geral: Aprender o período Sistemático

Objectivo específico: Mencionar os principais pilares da filosofia de Aristóteles

A filosofia de Aristóteles

Aristóteles ficou muito conhecido por iniciar o chamado período sistemático da filosofia
antiga, tendo classificado e sistematizado o conhecimento já existente até então.
Aristóteles foi um importante filósofo para Grécia antiga e para o ocidente em geral,
visto que a importância dada por ele ao conhecimento empírico e suas classificações
sistemáticas do conhecimento muito influenciaram a filosofia escolástica, moderna e as
ciências modernas que surgiram a partir do século XVI.

Nascido na cidade de Estagira, pertence ao império da Macedónia, no ano 384 a.C., e


morreu no ano 322 a.C. Aristóteles foi considerado pela posteridade o mais importante
filósofo da Grécia, ao lado de Platão. Estudou na academia de Platão durante muitos
anos até se tornar professor da instituição. Nesse período, profundou-se nos estudos
platónicos sobre o ser, a essência das coisas, sobre a dialética, sobre a política, e sobre
as ideias socráticas. Aprofundou também estudos das ciências da natureza, o campo do
conhecimento pelo qual o filósofo tinha certa predileção na sua formação inicial quando
era mais jovem.

Quando Platão morreu, Aristóteles esperava receber o cargo de gestor da academia, o


que não aconteceu. Chateado com a situação, em 347 a.C., mudou-se para
ARTANEUS, cidade da Ásia menor onde recebeu o cargo de conselheiro político. No
ano 343 a.C., Aristóteles voltou para Macedônia e tornou-se professor e mentor
intelectual do filho do imperador Filipe II. No ano 335 a.C., o pensador fundou o
LICEU, uma escola filosófica para ensinar os seus discípulos.

A FILOSOFIA DE ARISTÓTELES

Aristóteles, como nas outras áreas do saber, é o primeiro sistematizador da filosofia. Se


para Platão o mundo visível ou sensível é apenas um reflexo do mundo das ideias, para
Aristóteles o mundo real é este mundo fenomenal e sensível, e por conseguinte, é o
ponto de partida para qualquer descoberta suprassensível. Desta feita, defende o filósofo
que todo nosso conhecimento começa pelos sentidos, isto é, pela observação de factos
concretos e palpáveis. Neste caso, os principais pilares da filosofia aristotélicas são:
substância e acidente, matéria e forma e acto e potência.

• Substância: é aquilo que se determina a si mesmo e se basta ontologicamente


porque possui a plenitude do ser em si mesmo.

• Acidente: é a qualidade não essencial de uma coisa ou é aquilo com o qual ou


sem o qual, a substância permanece tal.

• Matéria: é o substrato requerido para cada mutação seja ela acidental ou


substancial.

• Forma: é a razão pela qual a matéria se transforma num ser ou coisa bem
determinada. É a figura ou essência de cada coisa.

• Acto: é aquilo que está em acção ou acontecer. É o que é.

• Potência: é o que não é, mas que pode vir a ser.

A ética aristotélica.

Aristóteles definiu a ética como reflexão específica sobre as questões que dizem
respeito à moralidade humana. Na sua obra intitulada, ética a Nicómaco, Aristóteles
determina a natureza e o fim da acção virtuosa e mostra que o ser humano alcança a
felicidade no exercício da natureza racional e social.

Como a ética platónica, a ética aristotélica também é EUDEMONISTA, porque


considera a felicidade como fim último do agir humano. Segundo o filósofo a
felicidade, é a realização plena do ser humano. É de referir, que para Aristóteles, a
realização plena de um ser passa necessariamente por uma vida conforme a natureza
própria do ser. No caso do ser humano a sua natureza ou essência é a racionalidade.

No entanto, Aristóteles define o homem, não só como animal racional, mas também
como animal político ou social. Ou seja, o ser humano não é puro espírito ou um ser
puramente contemplativo, mas é também um ser com os outros, um ser encarnado e
mundano. Por isso, deve desfrutar de prazeres, riquezas, famas..., mas segundo o critério
da justa medida pois IN MEDIO STAT VIRTUS.
OS TIPOS DE VIRTUDES NA PERSPECTIVA ARISTOTÉLICA

Em termos aristotélico, a virtude é uma disposição de carácter adquirida


voluntariamente e definida pela razão em conformidade com uma conduta refletida. Ou
ainda, uma disposição de carácter que inclina o ser racional a excluir o excesso e o
defeito para se fixar no justo meio ou na justa medida. De facto, as acções humanas
podem se corromper e se tornar imperfeitas só pelo facto de serem marcadas pelo
excesso ou defeito. EX: demasiada coragem gera teimosia e a falta de coragem gera a
timidez. Assim, os tipos de virtudes segundo Aristóteles são:

• Virtudes dianoéticas: são aquelas que concorrem para o funcionamento e


desenvolvimento das faculdades intelectivas. Elas são cinco:

---- NOUS (ciência intuitiva)

----- EPISTEME (ciência intelectiva)

----- SHOPHIA (sabedoria prática)

----- TECHNE (habilidade artística)

-----PHRONESIS (ciência prática)

• Virtudes morais: são aquelas que presidem ao controlo das paixões ou


imoralidades. As mais importantes são quatro e constituem aquilo que os antigos
chamaram de virtudes cardeais que são:

----- Coragem ou fortaleza: visa controlar os apetites irascível;

----- Prudência: visa corrigir o intelecto no sentido de avaliar com exatidão a


bondade ou a malícia;

----- Temperança: controla os apetites concupiscíveis;

----- Justiça: visa harmonizar as relações intersubjetivas.

O BEM NA PERSPECTIVA ARISTOTÉLICA

Aristóteles ponta três factores que facilitam o exercício da socialização entre


seres humanos:

• Natureza racional;

• Consciência moral;

• Liberdade.

Nestes casos o BEM é tudo aquilo que concorre a para a consecução de uma vida boa,
sensata e justa,

OS TIPOS DE JUSTIÇA SEGUNDO ARISTÓTELES


• Justiça distributiva;

• Justiça correctiva ;

• Justiça comutativa

Professor: Jorge Miúdo

Você também pode gostar