Você está na página 1de 79

Fisiologia do Exercício

Aula Nº23
Sumário:
Revisão sobre a regulação e produção hormonal, bem como da sua
importância no exercício físico.
Controlo autonómico durante o exercício físico.

Aula Nº24
Sumário:
Determinação dos diferentes patamares/limiares aeróbio e anaeróbio com base
evolução das curvas da frequência cardíaca, VO2max e lactato (limiares: Lae,
VT1, 2 mmol, OPLA; Lan, VT2, 4 mmol, OBLA).
Métodos de determinação do VO2 max sem realização de teste de exercício
prático:
Protocolo de UTH et al., 2004, com base na relação entre a frequência
cardíaca de repouso e a frequência cardíaca teórica máxima.
Protocolo da Universidade da Califórnia com base na percentagem da gordura
corporal e na idade.
Protocolo da Universidade de Houston com base no nível da atividade física
(NAF), idade, estatura e massa corporal.

 Docente: Armando Oliveira 14 Dez 2020


Plowman & Smith (2011), 3ª ed., p.620
CRH ou CRF - Hormona libertadora
de Corticotrofina ou Corticotropina

Plowman & Smith (2011), 3ª ed., p.622


Ach - Acetilcolina

Plowman & Smith (2011), 3ª ed., p.624


Hormonas

Revisão das principais glândulas produtoras de hormonas


Hormonas

Em termos químicos existem apenas 2 tipos de hormonas

1. Hormonas polipeptídeas longas ou proteínas curtas


A maioria das hormonas são hormonas peptídicas: insulina, ACTH.
Algumas deste grupo têm moléculas de hidratos de carbono e são
chamadas glicoproteínas: TRH, GH, LH, FSH, TSH e hCG.
Derivam dos aminoácidos em outras glândulas endócrinas.

2. Hormonas esteróides
Estas hormonas derivam do colesterol e são segregadas pelo córtex
supra-renal (cortisol), pelas gónadas (testosterona, estradiol,
progesterona) e pela placenta.
Nota: A vitamina D também é um esteróide.

ACTH - Hormona Adrenocorticotrófica


TRH – Hormona Estimulante da Tiroide ou Tirotrofina
GH – Hormona de Crescimento
LH - Hormona Luteinizante ou Luteoestimulina
FSH – Hormona Folículo-Estimulante
TSH – Hormona Estimulante da Tiroide ou tirotrofina
hCG – Hormona Gonadotrofina Coriónica Humana
Hormonas

A especificidade da ação de cada hormona reside na compatibilidade “topográfica” das suas


áreas de acoplagem com as das situadas nas membranas das células-alvo.
As hormonas peptídeas interagem com os recetores das paredes celulares.
As hormonas esteróides possuem mobilidade suficiente para atravessarem a parede celular
e interagirem com o núcleo da célula.

A ligação da hormona com a sua zona-alvo pode:


1 Afetar a permeabilidade da membrana da célula alvo para um determinado
metabolito ou ião;
2 Ativar uma enzima ou sistema de enzimas;
3 Ativar os diferentes mecanismos de produção de proteínas intracelulares e de outras
substâncias.
Hormonas

A concentração das hormonas no plasma dependem:


1- Do ritmo de secreção a que são produzidas pelas respetivas glândulas;
2- Do ritmo a que são desdobradas e removidas do sangue;
3- Para algumas hormonas, da efetiva, ou biologicamente ativa quantidade, i.e.,
qual a quantidade de hormonas que se ligam às proteínas das células-alvo ou ao
receptor-alvo vs qual a quantidade delas em circulação livre ou sem ligação ao
substrato correspondente.

Plowman & Smith (2011), 3ª ed., p.628


Hormonas

As hormonas podem ser libertadas:


- em regime pulsátil (ritmado),
- cicardiano (dia/noite ou por períodos de 24 h,
- cíclico (muitas vezes mensal)
- por solicitação

Plowman & Smith (2011), 3ª ed., p.628


Hormonas

Rítmos cicardianos

https://www.colorado.edu/intphys/Class/IPHY3430-
200/022endocrine1.htm
Hormonas

Algumas hormonas atuam:


- quase instantaneamente,
- outras após minutos,
- horas ou,
- dias.

Plowman & Smith (2011), 3ª ed., p.628


Hormonas

Os níveis das hormonas na corrente sanguínea dependem de:


- doença,
- temperatura,
- altitude,
- estatuto nutricional,
- idade,
- género,
- exercício,
- nível de hidratação e,
- nível de treino.

Plowman & Smith (2011), 3ª ed., p.628


Hormonas

O nível de resposta celular à hormona depende:


1- dos níveis de hormona presentes no sangue,
2- do número relativo de recetores,
3- da força (afinidade) das ligações entre a hormona e o
recetor.

Plowman & Smith (2011), 3ª ed., p.628


Plowman & Smith (2011), 3ª ed., p.628
Plowman & Smith (2011), 3ª ed., p.628
 Função Endócrina
 Função Endócrina
 Função Endócrina

Glândula
Hormona Órgão-alvo Função
Endócrina
Epinefrina Mobilização do glicogénio, aumento do fluxo sanguíneo
(adrenalina, é uma Maioria das células muscular, aumento da frequência cardíaca, da
Medula suprarrenal catecolamina) contratilidade e do consumo de O2
da glândula adrenal Norepinefrina
Maioria das células Promover a constrição das vénulas e arteríolas elevando
(noradrenalina, é
a tensão arterial
uma catecolamina)
Aumentar a retenção de sódio e água e promover a
Aldosterona Rim
excreção do potássio

Córtex Maioria das células (tecido Controlar o metabolismo dos hidratos de carbono,
Cortisol
adiposo, músculo e fígado) lípidos e proteínas. Ação anti-inflamatória
Androgénios e
Ovários, mama e testículos Desenvolver as características sexuais
estrogénios

Dopamina
 Função Endócrina
 Função Endócrina
 A renina renal é sintetizada, armazenada e secretada pelas células justaglomerulares. Nos
mamíferos, sua secreção ocorre por meio de três mecanismos, que podem apresentar-se de
modo independente ou integrado:
 Pelos barorrecetores das células justagomerulares encontrados na parede da artéria aferente,
sempre que ocorrer uma queda de pressão de perfusão;
 Pelas células da mácula densa, encontradas entre as arteríolas aferentes e eferentes, quando
houver a deteção de queda da concentração de iões.
 Pelos adrenoceptores β1 das células justaglomerulares, quando há a estimulação por parte da
noradrenalina, libertada nas terminações nervosas pós-ganglionares do aparelho
justaglomerular.
Os sistemas renina-angiotensina tecidual e
sistémico desempenham múltiplas funções sobre:

- o sistema cardiovascular, regulando a pressão arterial e o tónus vascular;


- o sistema endócrino, libertando aldosterona;
- O sistema nervoso, libertando catecolaminas.
Respostas Hormonais ao Exercício

Transporte facilitado da glicose:

A contração muscular atua como coadjuvante no transporte da


glicose, constituindo um mecanismo independente da ação da
insulina no transporte da glicose.
Sabendo-se que o exercício físico estimula a ação da insulina, esta
independência pode ajudar a compreender como um sujeito saudável
e diabético mobiliza de forma diferente a glicose durante o exercício.

Brooks et al., 2000, (3ª ed.), p.165


Respostas Hormonais ao Exercício

- A manutenção dos níveis do sangue e dos metabolitos


celulares próximos ao do estado de repouso é particularmente
importante assim que o sujeito é submetido ao stress do
exercício físico. Em particular, os níveis de glucose devem
manter-se entre 4,5 mM (90-100 mg·dl-1)
- Obs: mM (milimolar)
Respostas Hormonais ao Exercício

 O exercício físico provoca o consumo da glicose sanguínea, porém o conteúdo


da glicose sanguínea pode ser aumentada ou diminuída através do aumento ou
redução da sua libertação pelo fígado e rins e ainda pela mobilização de outras
fontes energéticas que possam tornar-se como alternativas.

Brooks et al., 2000, (3ª ed.), p.165


Respostas Hormonais ao Exercício

A resposta fisiológica de regulação coordenada de manter os níveis da


glicose em regimes homeostáticos durante o exercício físico é da
responsabilidade partilhada entre o sistema nervoso autonómico e o
sistema endócrino (hormonal).

Brooks et al., 2000, (3ª ed.), p.65


Respostas Hormonais ao Exercício

Os dois sistemas libertam mediadores químicos na corrente sanguínea com


vista a ajudar a manter os níveis ajustados de glicose. Com a queda
pronunciada da glicose durante o exercício intenso e prolongado um
mecanismo de controlo por feedback atua com vista a uma maior produção de
glicose para a corrente sanguínea. Contudo durante o exercício moderado ou
de elevada intensidade a regulação da glicose é feita em regime de feed-
forward, mantendo assim o equilíbrio.

Brooks et al., 2000, (3ª ed.), p.168


Respostas Hormonais ao Exercício

Brooks et al., 2000, (3ª ed.), p.167


Respostas Hormonais ao Exercício

As hormonas são substâncias químicas que são segregadas para


dentro dos fluídos corporais (sangue e linfa) pelas glândulas
endócrinas.
Os alvos da sua ação podem estar próximos (ação local como a
acetilCoa) ou distantes da zona de produção e serem apenas um ou
mais ou até de diferentes tipos. A sua ação é extremamente forte.
Durante o repouso o metabolismo é essencialmente regulado pelas
hormonas e no exercício físico, tanto os mecanismos hormonais
como os fatores de controlo intracelular atuam na regulação
metabólica.

Brooks et al., 2000, (3ª ed.), p.165


Respostas Hormonais ao Exercício

O papel da insulina é o de facilitar o transporte da glicose através das paredes celulares.


O corpo humano possui 4 isoformas de transportadores de glicose, sendo que no caso dos músculos são as
formas GLUT-1 e GLUT-4 que atuam, reagindo diferentemente às concentrações de insulina e às
concentrações de glicose.

Brooks et al., 2000, (3ª ed.), p.170


Respostas Hormonais ao Exercício

O fígado exerce um papel crucial em todo o processo da homeostasia da glicose. Quando os níveis sanguíneos estão
altos, o fígado armazena glicose sob a forma de glicogénio, libertando-a mais tarde na corrente sanguínea quando o seu
valor é baixo.
Tanto a glicogénese como a gluconeogénese estão envolvidas neste processo.

Brooks et al., 2000, (3ª ed.), p.59


Respostas Hormonais ao Exercício

Um dos efeitos da insulina é o de estimular a síntese de glicokinase (enzima responsável pela fosforilação da
glicose-6-fosfato e provocar a subida de glicose pelo fígado, é uma enzima muito sensível ao nível de glicose
sanguínea) e consequentemente elevar o nível de armazenamento de glicogénio no fígado. Outra ação
importante da insulina é a de inibir a produção de glicose hepática via gliconeogénese. Esta ação da insulina
é contrariada pelo glucagon e pela epinefrina.
Assim, a níveis elevados de glicose sanguínea a insulina responde com a inibição de formação de glicose
hepática e promove a síntese de glicogénio hepático (armazenamento). Esgotada a capacidade de
armazenamento de glicogénio no fígado, a glicose-6-fosfato excedentária estimula a glicólise e leva à
formação de acetilCoa e de ácidos gordos.
Quando os níveis de insulina são baixos, os triglicerídeos são hidrolisados nos tecidos adiposos e os ácidos
gordos e o glicerol são libertados na corrente sanguínea, fornecendo combustíveis alternativos à glicose.
Richter et al., 1982 cit. por Brooks et al. 2000 referem que os músculos em contração conseguem elevar a
o consumo de glicose sem a insulina.

Brooks et al., 2000, (3ª ed.), p.173


Respostas Hormonais ao Exercício

A falta de insulina pode levar à formação de cetonas. Durante o exercício prolongado, a insulina sanguínea
pode descer levando à consequente subida das cetonas. Felizmente a subida é contrariada pelo facto de tanto
o músculo como o cérebro poderem utilizar as cetonas como combustível.
O treino de endurance promove a oxidação das cetonas no músculo. Contudo, em sujeitos mal nutridos ou
diabéticos, a subida dos níveis de ácidos cetónicos pode resultar em estados de acidose que podem provocar
desconforto grave, coma e até a morte.

Brooks et al., 2000, (3ª ed.), p.173


Respostas Hormonais ao Exercício

O treino reduz a produção hormonal, nomeadamente de glucagon e de catecolaminas. Reduz


igualmente embora com menor grandeza os índices de insulina.
O treino eleva a concentração de proteínas GLUT-4 nos músculos. A translocação das GLUT-4
(movimento das proteínas GLUT-4 do interior da célula para a superfície da célula) realiza-se através de um
mecanismo independente da insulina, sendo importante para compreender o comportamento da glicose nos
sujeitos saudáveis e nos diabéticos durante o exercício físico.

GLUT-1 Isoforma 1 da Proteína Transportadora de Glicose


GLUT-4 Isoforma 4 da Proteína Transportadora de Glicose e que é regulada pela insulina Brooks et al., 2000, (3ª ed.), pp.171,174
Respostas Hormonais ao Exercício

 Kern, Dohm et al. 1990, cit., Brooks et al., 2000, verificaram que as fibras
musculares lentas oxidativas (vermelhas) possuíam mais proteínas GLUT-4 e
maior capacidade de utilização da glicose que as fibras brancas de contração
rápida. Pelo que as fibras oxidativas do músculo adaptam-se a consumir e a
mobilizar mais glicose durante o exercício físico, mesmo quando a insulina
diminui. O treino de resistência pode melhorar a ação da insulina durante o
exercício e na sua recuperação.

Brooks et al., 2000, (3ª ed.), p.174


Respostas Hormonais ao Exercício

Depois do treino e, tal como na insulina


sanguínea, a resposta do glucogan ao
exercício físico é o de registar um
aumento comparativamente ao estado de
repouso, como forma de colaborar na
manutenção dos níveis de glicose
sanguínea. Porém esta resposta é bem
menos pronunciada após o efeito do
treino.

Brooks et al., 2000, (3ª ed.), p.175


Respostas Hormonais ao Exercício

Os esteróides anabolizantes naturais são sintetizados nos testículos,


ovários e glândulas suprarrenais, a partir do colesterol.
Os sintéticos são baseados na principal hormona masculina,
a testosterona, modificada por 3 vias:
A - esterificação do grupo –OH na posição 17;
B - alquilação do C17;
C - modificação do núcleo esteróide (6,7).

Os esteróides anabolizantes são moléculas lipofílicas, que são transportados na circulação


sistémica por proteínas específicas (“sex hormone binding globulin” – SHBG) até aos tecidos
alvo.
Controlo Autonómico Durante o Exercício

Plowman & Smith (2011), 3ª ed., p.623


Controlo Hormonal Pelo SN PARASSIMPÁTICO

Brooks et al., 2000, (3ª ed.), p.176


Controlo Hormonal Pelo SN SIMPÁTICO

Epinefrina e
Norepinefrina

Brooks et al., 2000, (3ª ed.), p.177


Controlo Autonómico Durante o Exercício

O papel do sistema nervoso autonómico na regulação do exercício é


muito diversa. A resposta ao exercício é sobretudo mediada pelo ramo
do sistema nervoso autonómico simpático. Adicionalmente à
estimulação direta dos nervos simpáticos via enervação de múltiplos
órgãos, a estimulação simpática leva à libertação de epinefrina e de
norepinefrina a partir da medula adrenal. Esta hormonas circulantes
servem para aumentar a resposta das fibras do sistema nervoso
simpático que enervam diferentes órgãos.

Plowman & Smith (2011), 3ª ed., p.627


Controlo Autonómico Durante o Exercício

Funções do ramo simpático do sistema nervoso autonómico durante o


exercício, a saber:
1- Aumentar as funções cardiorrespiratórias;
- aumentar o débito cardíaco,
- regular a circulação sanguínea e manter a pressão arterial e o volume sanguíneo,
- assegurar que o corpo pode parar estancar qualquer ferida desnecessária;
2- Manter o equilíbrio térmico (termorregulação)
3- Aumentar a mobilização das fontes energéticas para a produção de
energia.
Plowman & Smith (2011), 3ª ed., p.624
Catecolaminas

As catecolaminas (e.g., epinefrina, norepinefrina) são compostos químicos


derivados dos aminoácidos tirosina. São solúveis na água e 50% circulam no
sangue ligadas a proteínas plasmáticas. São libertadas pela glândula suprarenal em
situações de stress (e.g., psicológico, medo, ira, hipoglicémia,…)
Efeito da Intensidade do exercício e do treino na resposta das catecolaminas

Desde que não seja prolongado e provoque a descida do nível de


glicose sanguínea, o exercício moderado não tem qualquer efeito
(ou a ter será de muito pouca influência) sobre os níveis de
catecolaminas circulantes.
Porém, desde que a intensidade do exercício aumente até 50 a 60%
do VO2máx, os níveis de catecolaminas a circular no sangue sobre
dramaticamente.

Brooks et al., 2000, (3ª ed.), p.178


Efeito da Intensidade do exercício e do treino na resposta das catecolaminas

Durante o exercício, a secreção de epinefrina e a norepinefrina tem um efeito


muito forte nos níveis de glicose sanguínea e sobre o metabolismo dos
carbohidratos.
No músculo através da ação dos β-recetores, a epinefrina aciona o mecanismo da
adenilciclase. A produção aumentada de AMPc (monofosfato cíclico de
adenosina), em resposta à ativação dos receptores β-adrenérgicos, afeta várias
enzimas envolvidas no metabolismo do glicogénio e da gordura no fígado,
adipócitos e células musculares. O resultado consiste numa resposta coordenada,
em que a energia armazenada na forma de glicogénio e gordura torna-se
disponível como glicose para suprir a contração muscular.
Efeito da Intensidade do exercício e do treino na resposta das
catecolaminas

 A secreção das catecolaminas estimula a glicogeneogénese no fígado e a


glicogenólise e a produção de lactato no músculo. A epinefrina suporte o ciclo
de Cori.
 A sensibilidade do mecanismo da glicogenólise hepática à epinefrina é menor que
a sensibilidade ao glucagon. Contudo, a rápida libertação de elevados níveis de
catecolaminas durante o exercício físico intenso é suficiente para elevar de forma
significativa a glicose sanguínea ao estimular a glicogenólise hepática.

Brooks et al., 2000, (3ª ed.), p.178


Efeito da Intensidade do exercício e do treino na resposta das
catecolaminas

O exercício físico com intensidade de 100% do VO2máx provoca uma subida nos
níveis de catecolaminas sanguíneas, que por sua vez levam a um intenso
aumento da concentração de glicose sanguínea.
Em sujeitos treinados a subida é ainda mais pronunciada levando a uma
hiperglicemia durante exercício de intensidade máxima por força da sua elevada
sensibilidade e consequente resposta vigorosa através de um mecanismo de
controlo por feed-forward.
A resposta endócrina em sujeitos treinados durante exercícios intensos ou
máximos pode ser idêntica ou até mais alta que nos sedentários.

Brooks et al., 2000, (3ª ed.), p.178


Efeito da Intensidade do exercício e do treino na resposta das catecolaminas

a b
d

Brooks et al., 2000, (3ª ed.), p.179


Efeito da Intensidade do exercício e do treino na resposta das catecolaminas

Brooks et al., 2000, (3ª ed.), p.180


OBLA – onset of blood lactate accumulation
OPLA – onset of plasma accumulation
V1 – velocidade de corrida em que se dá o registo da OPLA
V2 – velocidade de corrida em que se dá o registo da OBLA
Testes Indiretos de Avaliação do VO2 máx.

Os testes indiretos de avaliação do VO2 máx. recolhem


informação sobre:
 - O comportamento da Fc;
 - O tempo realizado;
 - Outras variáveis como o IMC, Idade, etc,…)

Tal como os testes de avaliação direta, deve ser conhecido e seguido


com rigor as condições da sua aplicação, a população alvo a que se
dirige e o seu nível de precisão.
Testes de Avaliação do VO2 máx. Sem Exercício

Não apresentam qualquer risco;


Apresentam maiores índices de precisão que os testes diretos e indiretos.

Protocolo de Estimativa Sem Exercício da Universidade de Houston


• Utiliza através de equações de regressão múltipla as seguintes variáveis
para a estimativa doVO2 máx.:
– Idade;
– Nível de atividade física;
– Percentual de gordura ou IMC.
Jackson et al., (1990)
Estimativa sem exercício da Universidade de Houston

• Nível de Atividade Física:

I. Não participa regularmente de programas de atividade física


ou desportos recreacionalmente.
0 – Evita caminhar ou esforço (sempre usa elevador, carro ao invés de
caminhar).
1 – Caminha por prazer, usa escadas, ocasionalmente exercita-se
suficientemente para ficar ofegante e suado.
II. Participa regularmente de atividades recreacionais ou
trabalho que requeiram atividade física leve, como golf,
equitação, exercícios calisténicos, ginástica, ténis de
mesa ...
2 – 10 a 60 minutos por semana.
3 – mais de uma hora por semana.
Estimativa sem exercício da Universidade de Houston

• Nível de Atividade Física:

III. Participa regularmente de exercícios físicos pesados


(como tênis, basquete, handebol) ou de atividades aeróbicas
vigorosas (como corrida, natação, ciclismo,
Remo etc ...)
4 – Corre menos que uma milha por semana ou menos de 30 min em
atividades comparáveis.
5 – Corre de 1 a 5 milhas por semana ou 30 a 60 min em
atividades comparáveis.
6 - Corre de 5 a 10 milhas por semana ou 1 a 3 horas em
atividades comparáveis.
7 - Corre mais de 10 milhas por semana ou mais de 3 horas em
atividades comparáveis.
QUESTIONÁRIO DE VO2 PREDITO
Nível da Atividade Física (NAF)
Formula: VO2 máx = 34,142 + 0,133 (idade) – 0,005 (idade)2 + 11,403 (sexo 0-1) + 1,463 (atividade física 0-
7) + 9,170 (estatura) - 0,254 (peso) • Se for mulher = 0, se for homem = 1

Nível Atividade Física


Evita caminhar ou esforçar-se. Por exemplo, usa sempre o elevador, utiliza o carro sempre que
0
possível em vez de caminhar.
1 Caminha por prazer, normalmente usa as escadas, às vezes exercita-se ao ponto de ficar ofegante.

Normalmente participa em atividades não formais, ou de trabalho que envolvam atividade física
2 moderada, como caminhar para se exercitar, montar a cavalo, ginástica, bowling, hidroginástica,
musculação e afazeres domésticos, 10 a 60 minutos por semana.

Normalmente participa em atividades não formais, ou de trabalho que envolvam atividade física
3 moderada, como caminhar para se exercitar, montar a cavalo, ginástica, bowling, hidroginástica,
musculação e afazeres domésticos, mais de 1 hora por semana.

Corre menos de 1,5 km por semana ou pratica atividades como natação, ciclismo, remo, saltar à
4
corda, futebol, voleibol, ténis, basquetebol, ou andebol durante menos de 30 minutos por semana.

Corre 1,5 a 8 km por semana ou pratica atividades como natação, ciclismo, remo, saltar à corda,
5
futebol, voleibol, ténis, basquetebol, ou andebol durante 30 a 60 minutos por semana.
Corre 8 a 30 km por semana ou pratica atividades como natação, ciclismo, remo, saltar à corda,
6
futebol, voleibol, ténis, basquetebol, ou andebol durante 1 a 3 horas.
Corre mais de 30 km por semana ou pratica atividades como natação, ciclismo, remo, saltar à
7
corda, futebol, voleibol, ténis, basquetebol, ou andebol durante mais de 3 horas por semana.
VO2 max Protocolo da Universidade de Houston

Recorre a equações de regressão múltiplas envolvendo as seguintes variáveis para a


estimativa do VO2max:
-Idade em anos;
-Nível de atividade física (NAF);
-Percentagem de gordura corporal ou IMC.

VO2 max Mathews et al. (1999) com base no NAF (0 a 7) e na estatura e (R2 = 0,74) e um erro padrão de
peso corporal estimativa ±5,64 mL·kg-1·min-1

Mathews et al. (1999)


VO2 max = 34,142 + 0,133 x (idade em anos) – 0,005 x (idade em anos)2 + 11,403 x (sexo 0-1) + 1,463 x (nível da atividade
física 0-7)+ 9,170 x (estatura em m) - 0,254 x (massa corporal em kg)

Heil et al. (1995) -Sujeitos saudáveis entre 20-79 anos de idade


VO2 max =36,58 - (0,541 x NAF) - (0,381 x idade, anos) - ( 0,754 x % gordura) + (10,987 x (sexo [fem = 0 e masc = 1])

Jackson et al. (1990)


Via %G VO2 max = 50,513 + ( 1,589 x NAF)- (0,289 x idade, anos) - 0,552 x (% G) +5,863 x (sexo [fem = 0 e masc = 1])

Via IMC VO2 max = 56,363+(1,921 x NAF) - (0,381 x idade, anos) - (0,754 x IMC) +(10,987 x (sexo [fem = 0 e masc = 1])

Podem calcular o vosso VO2 max recorrendo à matriz em Excel anexa à presente aula.
Bibliografia:
Mathews, C. E., Heil, D. P., Freedson, P. S., Pastides, H. (1999). "Classification of cardiorespiratory fitness without exercise testing". Med Sci Sports
Exer;31: 486-93.
Heil, D. P., Freedson, P.S., Ahlquist, L. E., Price, J., Rippe, J. (1995). "Nonexercise regression models to estimate peak oxygen consumption". Med
Sci Sports Exerc; 27:599-606.
Jackson, A. S., Blair, S. N., Mahar, M. T., Wier, L. T., Ross, R. M., Stuteville, J. E. (1990). “Prediction of functional aerobic capacity exercise testing”.
Med Sci Sports Exerc; 22:863-70.
Alguns investigadores têm apresentado métodos de determinação do VO2 máx
sem recurso ao exercício físico, recorrendo para tal a métodos matemáticos
que simulam o comportamento do sistema cardiorrespiratório de acordo com
parâmetros do sujeito avaliado (FC de repouso, FC teórica máxima, Idade,
massa corporal, nível de atividade física, …).

Iremos apresentar de seguida algumas dessas ferramentas

VO2 max Rexhepi et al. (2014)


VO2 max = 3,542 + x (-0,014 x Idade)+ (0,015 x Massa corporal em kg) + (-0,011x Fc repouso)

Podem calcular o vosso VO2 max recorrendo à


matriz em Excel anexa à presente aula.

VO2 absoluto = ((VO2 relativo x peso em kg)/1000) L·min-1

VO2 relativo = ((VO2 absoluto x 1000)/peso em kg) mL·kg·min-1


REXHEPI, A. M. et al. (2014). "Prediction of VO2max based on age, body mass, and resting heart rate". Human Movement. 15 (1), p. 56-59

Leitura recomendada:
Neto, G. A. M., e Farinatti, P. T. V. (2003). “Equações de predição da aptidão cardiorrespiratória sem testes de exercício e sua
aplicabilidade em estudos epidemiológicos: revisão descritiva e análise dos estudos”, Rev Bras Med Esporte, Vol. 9, Nº 5 –
Set/Out, pp.304-314.
https://www.scielo.br/pdf/rbme/v9n5/v9n5a10
VO2 max Protocolo da Universidade da Califórnia

VO2 max = 57,50 - 0,31 x (idade em anos) – 0,37 x (% gordura)


Jackson e Pollock, 1989 (18-60 anos de idade) Métodos de determinação da % gordura:
3 Pregas Cutâneas Determinada a percentagem da gordura corporal o cálculo da percentagem da massa
Prega Tricipital magra é efetuada pela aplicação das seguintes fórmulas:
% Gordura
Gordura Absoluta = Massa Corporal (kg) =
Prega Abdominal 100
% Massa Magra = Massa Corporal (kg) – Gordura Absoluta
% Gordura
Prega Suprailíaca % Massa Magra = Massa Corporal (kg) -
100

Género Fórmula da Determinação da % da Gordura Corporal

Feminino 0,39287 x (Σ das 3 pregas, mm) - 0,00105 x (Σ das 3 pregas, mm)2 + 0,15772 x (idade, anos) – 5,18845
Masculino 0,41563 x (Σ das 3 pregas, mm) - 0,00112 x (Σ das 3 pregas, mm)2 + 0,03661 x (idade, anos) – 4,03653

(MG) Massa Gorda (kg) = Massa Corporal (kg) x %MG


(MM) Massa Magra (kg) = Massa Corporal (kg) – MG(kg)

Exemplo de uma jovem de 19 anos de idade com 70 kg de massa corporal


Prega tricipital (15 mm); Prega abdominal (30 mm); Prega Suprailíaca (19 mm) (Σ 3 preg = 64 mm
e (Σ 3 preg)2 = 4096 mm
Pela Fórmula obtém-se um valor de 16,8% de massa gorda sendo que 16,8% de 70 kg = 24,3 kg de massa gorda
70 kg – 24,3 kg = 46 kg de massa magra (a que corresponde a 83,2 % da massa corporal total).

Podem calcular o vosso VO2 max recorrendo à matriz em Excel anexa à presente aula.
UTH et al. (2004)

Determinação do VO2 max com base na relação entre a frequência cardíaca


de repouso e a frequência cardíaca teórica máxima.

Podem calcular o vosso VO2 max recorrendo à


matriz em Excel anexa à presente aula.

VO2 max = 15 x ( FCmax ÷ FC repouso) mL·kg·min-1

UTH, N. et al. (2004). Estimation ofVO2 max from the ratio between HRmax and HRrest - the
Heart Rate Ratio Method". Eur J Appl Physiol. 91(1), p.111-115
Fórmula da Determinação da % da Gordura Corporal
Para jovens atletas e não atletas

Boileau et al. (1985)


Pregas Cutâneas
Prega Tricipital

Prega Subescapular

Idade em Anos Fórmula da Determinação da % da Gordura Corporal

12-15 1,35 x (prega tricip + preg subesc) – 0,012 x (prega tricip + preg subesc)2 – 3,4

16-17 1,35 x (prega tricip + preg subesc) – 0,012 x (prega tricip + preg subesc)2 – 4,0

% Gordura
Gordura Absoluta = Massa Corporal (kg) =
100
% Massa Magra = Massa Corporal (kg) – Gordura Absoluta
% Gordura
% Massa Magra = Massa Corporal (kg) -
100
Fórmula da Determinação da % da Gordura Corporal
Para jovens atletas e não atletas

Boileau et al. (1985)


Pregas Cutâneas
Prega Tricipital

Prega Subescapular

Idade em Anos Fórmula da Determinação da % da Gordura Corporal

12-15 1,35 x (prega tricip + preg subesc) – 0,012 x (prega tricip + preg subesc)2 – 3,4

16-17 1,35 x (prega tricip + preg subesc) – 0,012 x (prega tricip + preg subesc)2 – 4,0

% Gordura
Gordura Absoluta = Massa Corporal (kg) =
100
% Massa Magra = Massa Corporal (kg) – Gordura Absoluta
% Gordura
% Massa Magra = Massa Corporal (kg) -
100
Testes de Avaliação do VO2 máx. Sem Exercício

Polar Fitness Test


• Väinämö et al. (1996) desenvolveram um sistema
de rede artificial neural para obterem a predição do
VO2máx através de algumas variáveis (sexo, idade,
massa corporal, estatura, nível de atividade física
nos últimos 6 meses, Fc de repouso e IRR).
Avaliação Cadiorespiratória

Teste para calcular a capacidade aeróbia máxima sub-máximo com o Banco de


Åstrand e com recurso ao nomograma de Åstrand e Rhyming (1954)
Para aplicar a jovens de ambos os géneros com
idades compreendidas entre os 15 e os 40 anos
Utiliza-se um estágio único com um banco de 33 cm de altura da o género feminino e
40 cm para o masculino.

Determina o nível de aptidão física através da obtenção do valor do VO2 max expresso em
valores absolutos (L·min)

1- Obter a massa corporal


2- Estabelecer o ritmo de 30 subidas e descidas durante 6 min
3- Registar a FC em 15 s logo após o término da prova
4- Utilizar o nomograma de Åstrand e Rhyming

Åstrand e Ryhming (1954). A nomogram for calculation of aerobic capacity (Physical Fitness) from pulse rate during
submaximal work. J. Appl Physiol. 1954 Sep;7(2):218-21
Nomograma de Astrand e Rhyming, 1987

Fator de
Idade
Correção

15 1,10
18 1,07
19 1,06
35-38 0,87
39 0,86
40-42 0,83
43 0,82
44 0,81
45-48 0,78
49 0,77
50-51 0,75
52 0,74
53 0,73
54 0,72
56 0,70
57-58 0,69
61 0,66
62-.65 0,65
Exige-se a correção do fator idade cf. os valores anexos nas tabelas ou
Fcorreção = -0,009 x idade + 1,212 A correção da Fc faz-se
Nomograma de Astrand e Rhyming, 1987

Fator de
Idade
Correção
15 1,10
18 1,07
3,6 L · min
19 1,06
35-38 0,87
39 0,86
40-42 0,83
43 0,82
44 0,81

Caso de um sujeito do sexo masculino com 166 bpm de FC, 95 kg e 19 anos de idade 45-48 0,78
49 0,77
1º Determinar o VO2 max (L · min) ligando a FC com o valor da massa corporal e
50-51 0,75
registar o valor da interseção no segmento do VO2 max L · min (3,6 L · min)
52 0,74
53 0,73
54 0,72
56 0,70
57-58 0,69
61 0,66
62-.65 0,65
Nomograma de Astrand e Rhyming, 1987

Fator de
Idade
Correção
15 1,10
18 1,07
3,6 L · min
19 1,06
35-38 0,87
39 0,86
40-42 0,83
43 0,82
44 0,81

Caso de um sujeito do sexo masculino com 166 bpm de FC, 95 kg e 19 anos de idade 45-48 0,78
49 0,77
1º Determinar o VO2 max (L · min) ligando a FC com o valor da massa corporal e
50-51 0,75
registar o valor da interseção no segmento doVO2 max L · min (3,6 L · min)
2º Multiplicar esse valor por 1000 para converter em mL · min 52 0,74
1000 x 3,6 = 3600 mL· min 53 0,73
54 0,72
56 0,70
57-58 0,69
61 0,66
62-.65 0,65
Nomograma de Astrand e Rhyming, 1987

Fator de
Idade
Correção
15 1,10
18 1,07
3,6 L · min
19 1,06
35-38 0,87
39 0,86
40-42 0,83
43 0,82
44 0,81

Caso de um sujeito do sexo masculino com 166 bpm de FC, 95 kg e 19 anos de idade 45-48 0,78
49 0,77
1º Determinar o VO2 max (L · min) ligando a FC com o valor da massa corporal e
50-51 0,75
registar o valor da interseção no segmento doVO2 max L · min (3,6 L · min)
2º Multiplicar esse valor por 1000 para converter em mL · min 52 0,74
1000 x 3,6 = 3600 mL· min 53 0,73
3º Dividir esse valor pela massa corporal do avaliado (3600/95 = 37,9 mL · kg · min) 54 0,72
56 0,70
57-58 0,69
61 0,66
62-.65 0,65
Nomograma de Astrand e Rhyming, 1987

Fator de
Idade
Correção
15 1,10
18 1,07
3,6 L · min
19 1,06
35-38 0,87
39 0,86
40-42 0,83
43 0,82
44 0,81

Caso de um sujeito do sexo masculino com 166 bpm de FC, 95 kg e 19 anos de idade 45-48 0,78
49 0,77
1º Determinar o VO2 max (L · min) ligando a FC com o valor da massa corporal e
50-51 0,75
registar o valor da interseção no segmento doVO2 max L · min (3,6 L · min)
2º Multiplicar esse valor por 1000 para converter em mL · min 52 0,74
1000 x 3,6 = 3600 mL· min 53 0,73
3º Dividir esse valor pela massa corporal do avaliado (3600/95 = 37,9 mL · kg · min) 54 0,72
4º Corrigir a FC pelo efeito da idade recorrendo à fórmula:
56 0,70
Fcorreção = -0,009 x idade + 1,212
57-58 0,69
61 0,66
62-.65 0,65
Nomograma de Astrand e Rhyming, 1987

Fator de
Idade
Correção
15 1,10
18 1,07
3,6 L · min
19 1,06
35-38 0,87
39 0,86
40-42 0,83
43 0,82
44 0,81

Caso de um sujeito do sexo masculino com 166 bpm de FC, 95 kg e 19 anos de idade 45-48 0,78
49 0,77
1º Determinar o VO2 max (L · min) ligando a FC com o valor da massa corporal e
50-51 0,75
registar o valor da interseção no segmento doVO2 max L · min (3,6 L · min)
2º Multiplicar esse valor por 1000 para converter em mL · min 52 0,74
1000 x 3,6 = 3600 mL· min 53 0,73
3º Dividir esse valor pela massa corporal do avaliado (3600/95 = 37,9 mL · kg · min) 54 0,72
4º Corrigir a FC pelo efeito da idade recorrendo à fórmula:
56 0,70
Fcorreção = -0,009 x idade + 1,212
Fcorr =1,06 57-58 0,69
5º Multiplicar o fator de correção pelo valor do VO2max em mL · kg ·min 61 0,66
37,9 x 1,06 = 40,2 mL · kg · min ou seja possui um valor Médio de VO2max
62-.65 0,65
Avaliação Cadiorespiratória

Harvard Step Test Brouha et al. (1943)

Este método exige que o sujeito suba e desça um banco com 50,8 cm
de altura durante 5 minutos ao ritmo de 30 subidas e 30 descidas por
minuto (0,5 Hz).

Durante 300 s sobe o banco 150 Repousa sentado e recolhe o Bpm


vezes e desce outras 150 entre 1-1½ min; 2-2½ min e 3-3½
min
Harvard Step Test Brouha et al. (1943)

• O atleta mantém-se em repouso até 10 min antes da prova.

• O professor dá a voz de início e aciona o funcionamento do cronómetro,


respetivamente.

• O sujeito realiza 150 ciclos (150 subidas e 150 descidas).

• Passados 5 min é interrompido o teste

• Após um minuto de recuperação, avalia-se o batimento cardíaco por


minuto (P1).

• Após dois minutos de recuperação, avalia-se o batimento cardíaco por


minuto (P2).

• Após três minutos de recuperação, avalia-se o batimento cardíaco por


minuto (P3).

Obtenção do resultado mediante a fórmula:


3000
• 𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 = 2 x (pulso1 + pulso2 + pulso3)
Avaliação Cadiorespiratória

Harvard Step Test Brouha et al. (1943)

IAF
Índice de Aptidão
Física Atletas com 16 anos de idade
<54 Mau
Feminino Masculino
54 a 67 Fraco <50 <55 Mau
50-60 55-64 Fraco
68 a 82 Médio 61-75 65-79 Médio
76-86 80-90 Bom
83 a 96 Bom
>86 >90 Excelente
McArdle et al., (2000)
>96 Excelente

cf. Fox et al. (1973)


Queens College Step Test
McArdle et al. (1972)

Material necessário:
• Banco com 16.25 inches ou 41,3 cm de
altura
• Cronómetro
• Metrónomo
• Cardiofrequencímetro (não
obrigatoriamente)
• Assistente
Queens College Step Test
McArdle et al. (1972)

Protocolo
O sujeito em avaliação deve subir e descer o banco com
extensão total das pernas durante 3 minutos e ao ritmo de
22 ciclos por minuto para o sexo feminino e de 24 ciclos
por minuto para os do sexo masculino.

Subir e descer ao ritmo de 22 ciclos


i.e., colocar o metrónomo a 0,73 Hz e subir a cada batida e
descer a cada batida (22 subidas + 22 descidas por minuto)
durante 3 minutos

Subir e descer ao ritmo de 24 ciclos


i.e., colocar o metrónomo a 0,80 Hz e subir a cada batida e
descer a cada batida (24 subidas e 24 descidas por minuto)
durante 3 minutos
Queens College Step Test
McArdle et al. (1972)

Procedimento:
1. O avaliado aquece durante 10 minutos.
2. O assistente ajusta o metrónomo para a cadência
indicada com o género (22/min sexo feminino 24/min
sexo masculino).
3. O assistente dá a voz de comando “Começa” e aciona o
cronómetro dando-se início ao teste.
4. O assistente assegura que o avaliado mantém a cadência
ajustada ao som do metrónomo.
5. O assistente para o teste ao fim de 3 minutos e recolhe o
batimento cardíaco durante 15 segundos (PR) apenas
após o 5º segundo de recuperação (i.e., 5-20 segundos
de recuperação após esforço.
Queens College Step Test
McArdle et al. (1972)

https://www.exercisetherapyaustralia.com.au/knowledge-base/how-fit-are-
you-take-the-4-minute-at-home-fitness-test/attachment/step-up-fitness-test-1/

VO2 máx
O valor estimado do VO2máx em ml·kg·min é obtido através da equação:
Sexo feminino: VO2max (ml/kg/min) = 65,81 – 0,1847 x Fc (bpm)
Sexo masculino:VO2max (ml/kg/min) = 111,33 – 0,42 x Fc (bpm)
Queens College Step Test
McArdle et al. (1972)

Variante: Podemos recorrer a um cardiofrequencímetro para obtermos os


batimentos cardíacos 20 segundos após o final do exercício.
Fiabilidade: Teste re-teste para a recuperação cardíaca foi de r = 0.92.
Validade: A correlação entre a recuperação cardíaca e o VO2max foi de r = -0.75.
Vanragens: Escasso equipamento e custos envolvidos, tempo reduzido necessário,
podendo ser realizado pelo próprio.
Desvantagens: Diferentes caraterísticas biomecânicas entre indivíduos alteram-se de
sujeito pra sujeito (e.g., indivíduos mais altos estão em vantagem sobre os mais
pequenos). Aparentemente os dados matemáticos foram organizados para a
corrida em tapete treadmill, partindo do pressuposto que o consumo de O2 nas
duas atividades (corrida e subida e descida de degraus) é o mesmo.
Queens College Step Test
McArdle et al. (1972)
Valores de Referência:
16 a 19 de idade, população norteamericana (Davis 2000)
Género Muito
Bom Suficiente Medíocre Mau
Bom

Feminino <129 158-129 166-159 170-167 >170


Masculino <121 148-121 156-149 162-157 >162

Tabelas de Análise por Idade e Sexo


Anos de Idade Anos de Idade
Nível 18-25 26-35 36-45 46-55 56-65 ≥ 66 Nível 18-25 26-35 36-45 46-55 56-65 ≥ 66

Excelente > 60 > 56 > 51 > 45 > 41 > 37 Excelente 56 52 45 40 37 32


Bom 52-60 49-56 43-51 39-45 36-41 33-37 Bom 47-56 45-52 38-45 34-40 32-37 28-32
Médio 47-51 43-48 39-42 35-38 32-35 29-32 Médio 42-46 39-44 34-37 31-33 28-31 25-27
Médio 42-46 40-42 35-38 32-35 30-31 26-28 Médio 38-41 35-38 31-33 28-30 25-27 22-24
Médio 37-41 35-39 31-34 29-31 26-29 22-25 Médio 33-37 31-34 27-30 25-27 22-24 19-22
Fraco 30-36 30-34 26-30 25-28 22-25 20-21 Fraco 28-32 26-30 22-26 20-24 18-21 17-18
Muito Fraco < 30 < 30 < 26 < 25 < 22 < 20 Muito Fraco 28 < 26 < 22 < 20 < 18 < 17

McArdle, W. D., Katch, F. I., Pechar, G. S., Jacobson, L., Ruck, S. (1972). “Reliability and iterrelationships between maximal oxygen intake, physical work
capacity and step-test scores in college women”. Medicine and Science in Sports, 4(4):182-6.

Você também pode gostar