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PRINCÍPIOS BIOLÓGICOS

PRINCÍPIO DA SOBRECARGA
Existe alguma relação entre a grandeza da carga e o correspondente
processo da adaptação?
PRINCÍPIO DA SOBRECARGA
Quaisquer aparelhos, órgãos, células e estruturas intracelulares, só são
conduzidas a um nível superior de organização estrutural e a uma
melhoria funcional quando atuam sobre eles cargas funcionais com a
intensidade suficiente para ativar de uma maneira considerável o ciclo
de autorrenovação da matéria viva.

Cargas fracas;

Cargas médias;

Cargas fortes;

Cargas demasiado fortes.


PRINCÍPIO DA ESPECIFICIDADE
Em função da carga ONDE surge o processo da adaptação?

Só os aparelhos, órgãos, células e estruturas intracelulares que forem


suficientemente ativados pela carga funcional é que experimentam
alterações estruturais conducentes a uma melhoria funcional,
mantendo os restantes sensivelmente o mesmo nível que tinham
anteriormente.

Só aquilo que se desgasta (especificidade) de uma MANEIRA


SIGNIFICATIVA (sobrecarga) é que se adapta.

(teste do fundista e remador)


PRINCÍPIO DA AÇÃO REVERSÍVEL
As adaptações provocadas pela carga são permanentes?

QUANDO desaparece o efeito de treino?


PRINCÍPIO DA AÇÃO REVERSÍVEL
Os aparelhos, órgãos, células e estruturas intracelulares que deixem de
ser sujeitos à aplicação de uma determinada carga funcional regridem
em organização estrutural e capacidade funcional até ao nível que
tinham anteriormente.

• Cargas de grande volume e pequena intensidade têm um efeito de treino mais


prolongado;

• Cargas de grande intensidade e de pequeno volume têm um efeito de treino


mais breve;

• As aquisições que levam mais tempo a ser obtidas, mantêm-se durante mais
tempo;

• O decréscimo dos efeitos da adaptação da carga, será tanto maior quanto


mais recente e menos consolidados forem os níveis de adaptação.
PRINCÍPIO DO EFEITO RETARDADO DA CARGA
(heterocronia)
QUANDO surge o processo de adaptação à carga?
PRINCÍPIO DO EFEITO RETARDADO DA CARGA
(heterocronia)
Os aparelhos, órgãos, células ou estruturas intracelulares só são
conduzidos a um nível superior de organização estrutural e a uma
melhoria da sua capacidade funcional algum tempo depois da
aplicação da carga.

Esforço de grande intensidade – aparecimento rápido do efeito do


treino – desaparecimento rápido do efeito do treino logo que deixamos
de fazer este tipo de esforço.

Esforço de pequena intensidade – aparecimento mais tardio do efeito


do treino – desaparecimento lento do efeito do treino quando
deixamos de fazer este tipo de esforço.
PRINCÍPIOS GERAIS PEDAGÓGICOS
PRINCÍPIOS GERAIS PEDAGÓGICOS
1 – Princípio da atividade consciente

Þ Obriga a que a formação do desportista seja conduzida no sentido do


desempenho autónomo, consciente e criativo da tarefas do treino e da
competição

Þ Quanto maior for a autonomia, maior a mobilização da capacidade de


rendimento

Pressupõe: Compreensão consciente dos objetivos a atingir e das


tarefas e exigências necessárias para que eles se concretizem
TREINO ‘PARA’ VS TREINO ‘COM’
PRINCÍPIOS GERAIS PEDAGÓGICOS
2 – Princípio da atividade sistematizada e planeada

Þ Sistematização significa utilizar sequências metodológicas para


atingir os objetivos previstos

• Pressupõe: Plano de treino que respeite as normas para a formação


do rendimento, particularidades da modalidade desportiva,
particularidades do atleta (idade, anos de prática desportiva, estado
momentâneo das diversas capacidades, etc.)

 Significa: Prever e executar de forma lógica


PRINCÍPIOS GERAIS PEDAGÓGICOS
3 – Princípio da atividade apreensível

 Só devemos propor ao atleta atividades que sejam apreensíveis

• Para isso há que ter em consideração: idade, sexo, capacidade


individual de rendimento

 Só devem ser exigidas cargas que promovam uma mobilização


ótima dos potenciais físicos e psíquicos

Necessidade de avaliação e controle

 Procedimentos importantes

• Do simples para o complexo

• Do conhecido para o desconhecido

• Do leve para o pesado

• Do concreto para o abstrato


PRINCÍPIOS GERAIS PEDAGÓGICOS
4 – Princípio da atividade dirigida e da autoatividade

Þ Dirigir não é tutelar

Provocar a execução de atividades conscientes e criativas

Þ Compete ao treinador estimular, organizar e articular a atividade do


desportista

 Existe uma ligação entre atividade e autoatividade


PRINCÍPIOS GERAIS PEDAGÓGICOS
5 – Princípio da estabilidade dos resultados

O treino para além das aquisições (capacidades e habilidades)


pressupõe que estas sejam fixadas e estabilizadas

ÞSem estabilização não há evolução da capacidade de rendimento

Þ Consegue-se pela exercitação sistematizada e planeada e através de


uma avaliação e controlo frequentes

ÞExige uma boa organização do treino e alguma diversidade, evitando


a monotonia
PRINCÍPIOS ESPECIAIS DO TREINO
PRINCÍPIOS ESPECIAIS DO TREINO
1 – Princípio da máxima realização

 O desporto é uma atividade em que se verifica a tendência para a


máxima realização

Razões:

motivações pessoais

significação social das realizações desportivas

ÞA máxima realização varia de indivíduo para indivíduo


PRINCÍPIOS ESPECIAIS DO TREINO
E pré-determina: os conteúdos

• os meios

• os métodos

• a dinâmica da carga

• a estrutura do treino
PRINCÍPIOS ESPECIAIS DO TREINO
“No desporto (treino incluído) é regra o desejo de identificar ao máximo
os esforços e capacidades do atleta na forma de resultados e de
assegurar as condições do seu máximo desenvolvimento”

(Matvéiev, 1986)
PRINCÍPIOS ESPECIAIS DO TREINO
2 – Princípio da especialização profunda

A concentração de tempo e esforços numa determinada modalidade


desportiva é uma condição necessária para se poder alcançar
resultados desportivos elevados

3 – Princípio da individualização

Exige que o aumento das cargas no treino corresponda estritamente às


capacidades funcionais e adaptativas do organismo, tendo ainda em
consideração as diferenças individuais de ritmo de evolução do nível
do treino
PRINCÍPIOS ESPECIAIS DO TREINO
4 – Princípio da unidade entre preparação geral e especial
(multilateralidade)

O corpo humano é uma totalidade

Nenhuma qualidade se desenvolve isoladamente

Desenvolvimento:

• Positivo – quando o desenvolvimento de uma qualidade melhora


outras

• Negativo – quando o desenvolvimento de uma qualidade se faz em


detrimento de outras
PRINCÍPIOS ESPECIAIS DO TREINO
A especialização unilateral contradiz o desenvolvimento natural do
organismo

 Conseguem-se resultados a curto prazo que resultam em perdas a


longo prazo (TRANSADAPTAÇÃO)

 A multilateralidade fundamenta-se ainda nas leis da formação das


aptidões motrizes (transferência de aptidões motrizes)
PRINCÍPIOS ESPECIAIS DO TREINO
“Um conjunto de leis exige que, para haver progresso no desporto, o
treino, ao mesmo tempo que assegura o grau máximo de
aperfeiçoamento do atleta na modalidade escolhida, garanta também
o seu desenvolvimento físico global e a sua educação motora geral”

(Matvéiev, 1986)

VS
PRINCÍPIOS ESPECIAIS DO TREINO

Deve respeitar-se as seguintes proposições:

• 1 – A inseparabilidade da preparação geral e da preparação especial;

• 2 – Intercondicionalismo de conteúdo da preparação geral e da


preparação especial;

• 3 – Incompatibilidade da preparação geral com a preparação especial


e necessidade de se respeitar uma certa proporção mútua no
processo do treino.
PRINCÍPIOS ESPECIAIS DO TREINO
5 – Princípio da continuidade do processo de treino

É necessário planear-se o processo de treino de maneira a assegurar a


máxima continuidade possível ao efeito positivo das sessões de
treino, eliminando intervalos injustificados entre estas e reduzindo ao
mínimo a regressão do nível de treino nas suas diversas fases.
PRINCÍPIOS ESPECIAIS DO TREINO
A continuidade caracteriza-se por:

1 – Encadeamento de sessões ao longo do ano e ao longo de vários


anos que asseguram o máximo efeito da especialização desportiva;

2 – A ligação entre os vários elos desse encadeamento é assegurado


pela continuidade dos fenómenos de adaptação rápida, do seu efeito
acumulado e adaptação a longo prazo;

3 – Os intervalos, entre as sessões, são mantidos entre os limites que


asseguram um desenvolvimento constante do nível de preparação.
PRINCÍPIOS ESPECIAIS DO TREINO
6 – Princípio da progressão das cargas

• Parte da verificação que quanto mais elevado for o estado de


preparação maior deverá ser o volume e a intensidade do treino

Þ Quais as possibilidades de aumentar a carga de treino:

1 – Aumento do volume e da intensidade;

2 – Aumento das exigências no que respeita à coordenação de


movimentos;

3 – Aumento do número de competições.


PRINCÍPIOS ESPECIAIS DO TREINO
7 – Princípio da alternância

ÞA – A dinâmica das cargas deve ter em consideração as leis da fadiga


e da recuperação após uma atividade física intensa
PRINCÍPIOS ESPECIAIS DO TREINO
PRINCÍPIOS ESPECIAIS DO TREINO

7 – Princípio da alternância

C – Necessidade de alternar períodos de trabalho intenso ou de muito


trabalho, com períodos de aligeiramento, criando condições para a
recuperação e o desenvolvimento eficaz dos processos de adaptação
PRINCÍPIOS ESPECIAIS DO TREINO
PRINCÍPIOS ESPECIAIS DO TREINO

8 – Princípio da ciclicidade da carga

 O processo de treino é um sistema de ciclos de carga, tal como o


rendimento tem um carácter cíclico

 A divisão do treino em ciclos baseia-se nos princípios citados


anteriormente

 A periodização do treino por ciclos encontra a sua explicação neste


princípio

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