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AULA 1
Antiguidade clássica terminava-se sistematicamente para atividades militares ou olímpicas (Bompa, 2002)
• Com o passar do tempo as atividades físicas foram tomando um caráter extremamente competitivo e até em
certo momento da história uma questão de supremacia racial, e na busca de melhores resultado houve a
necessidade de sistematização dos treinos, para a melhor forma física dos atletas e consequentemente
melhores resultados.
• A busca por treinos específicos e orientados apenas de forma empírica, foi naturalmente perdendo o sentido e a
eficácia com o avanço da ciência, sendo introduzidas teorias de periodização sustentada pelos dados científicos
contemporâneos.
• A paternidade de uma teoria cientifica ainda valida ( mesmo que com profundas modificações) sobre a
estrutura e a planificação do treinamento no mundo desportivo, é devida ao professor Lev Pavilovit Matveev.
Ainda segundo De La Rosa (2001) vários estudos foram realizados, uns de forma complementar para o aperfeiçoamento
da periodização de Matveev, sendo estes podendo ser chamado de modelos tradicionais, e outros quebram essa forma
tradicional de estruturação de treinamento.
A preparação desportiva é um processo tão complexo que o resultado final so pode ser atingido com a união de diversos
fatores cuja explicações e cujo entendimento não depende do conhecimento do conteúdo de treinamento, mas
também da arte e da intuição do treinador.
Segundo Gabbett (2010), monitorar as respostas ao treinamento e ajustar as novas cargas a serem aplicadas é
determinante para oferecer ao atleta uma adequada recuperação ou progressão de cargas.
Para que um atleta alcance um elevado nível de rendimento esportivo é necessário submetê-lo a situações rigorosas de
treinamento.
A teoria do treinamento esportivo vem da mescla de várias ciências, como fisiologia do exercício, biomecânica,
psicologia do esporte, sociologia e pedagogia, que contribuem na fundamentação dos conceitos e métodos de
organização do processo de treinamento.
Um sistema pode ser entendido como um conjunto de elementos dinamicamente relacionados formando uma atividade
para atingir um objetivo operando sobre entradas para fornecer saídas
De acordo com a TGS, um sistema pode ser classificado em função de sua natureza como aberto ou fechado. Um
sistema fechado recebe essa denominação por estar fechado a influências externas.
TEORIA GERAL DOS SISTEMAS
Sistema fechado – o treinamento como um sistema fechado, modelo de treinamento mais difundido e praticado na
atualidade, embora um plano de atuação para o preparo do atleta que não permite modificações ao longo do processo
Sistema aberto – um sistema é classificado aberto quando apresenta relações de intercâmbio com o ambiente. Nesse
caso, são utilizados mecanismos de feedback a partir dos quais a parte das saídas de um sistema (geralmente
informação) volta para entrada do sistema, provocando sua alteração.
Sistema integrado do treinamento desportivo – o planejamento do treinamento deve ser flexível, com o objetivo de
responder prontamente às demandas surgidas durante a realização.
A interpretação da TGS para interesse de organização de treinamento esportivo destaca postos-chave como a
definição do treinamento esportivo como um conjunto de partes inter-relacionadas, que trabalham na direção de um
objetivo comum, como o aumento do rendimento esportivo.
AULA 2
O desenvolvimento e o aperfeiçoamento das condições físicas de um atleta são fundamentais em uma complexa
interação de um conjunto de leis que norteiam a preparação física.
1. Individualidade Biológica
2. Adaptação
3. Sobrecarga
4. Manipulação das cargas de treinamento (Volume, intensidade e densidade)
5. Continuidade
6. Especificidade
1. Individualidade Biológica
O fenômeno que explica a variabilidade entre elementos da mesma espécie, o faz com que não exista pessoas iguais
entre si. Cada ser humano possui uma estrutura de formação física e psíquica própria, neste sentido, o treinamento
individual tem melhores resultados pois obedecem às características e necessidades do indivíduo.
• Herança genética determina em grande parte a resposta do treinamento aeróbio e anaeróbio (tipologia de
fibras) – seleção natural (exemplo os jamaicanos na corrida)
• Pessoas que são mais responsivas por volume e/ou intensidade EX.: fisioculturista/ ou uma pessoa muito magra
que quer começar a malhar, e da um treino maior em intensidade ele provavelmente não ira conseguir uma boa
hipertrofia, pois ele é responsivo principalmente a tipologia muscular (Fibras do tipo 1), pois o treinamento tem
que ser mais voltado para o volume de treinamento
2. Adaptação
Capacidade de adaptação ou adaptabilidade é o nome que se dá à diferentes assimilações dos estímulos, frente a
mesma qualidade(intensidade) e quantidade(volume) de exercícios ou carga de treinamento. Ela pode ser atribuída á
correlação organismo/ambiente, sob o ponto de vista da predisposição hereditária e sua expressão (genética)
• Homeostase
• Síndrome da adaptação geral
3. Sobrecarga (42:05)
• Para um conjunto de músculos se desenvolver, estes necessitam de sobrecarga acima do que estão
acostumados diariamente, caso contrário, irão regredir.
• Weineck (2000) afirma que existe a necessidade de que a sobrecarga ultrapasse a intensidade anterior para que
a homeostase seja quebrada e, desta forma, possa iniciar um processo de adaptação
• Normalmente, aplica-se a sobrecarga no início sobre o volume; após essa sobrecarga estar assimilada é que
sobrecarrega a intensidade.
A letra “A” é de onde o cara ta saindo, ou seja, o ponto 0, no 1 será aplicado o estímulo e seguindo o princípio da
adaptação ele terá um “catabolismo” e o rendimento dele vai cair. A partir daí ele vai para o segundo período que é o
da recuperação, e se tiver esse período de descanso necessário ele terá uma supercompensação que é do 3 ao 4.
Alcançado o ponto 4 ele irá receber um novo estímulo, ou seja, terá que ser um estímulo maior que a primeira
intensidade e/ou volume maior, e assim o processo se repete. Houve um aumento de intensidade com um aumento
concomitante de desempenho.
• O tempo necessário para a recuperação é proporcional à intensidade e ao volume do trabalho realizado.
• Hegedus (1969, 1984) denominou-se esse fenômeno de ASSIMILAÇÃO COMPENSATÓRIA, que seria composto
de um período de recuperação, nos quais seriam recompostas as energias perdidas, e de um período de
restauração ampliada, no qual seria assimilada uma superdose energética
• O aproveitamento do fenômeno da assimilação compensatória, ou supercompensação, que possibilita a
aplicação progressiva do princípio da sobrecarga, pode ainda ser seriamente comprometido pela incorreta
disposição de tempo de aplicação das cargas.
Do 1 para o 2 ele aplicou uma carga, do 2 para o 3 teve a recuperação adequada do 3 para o 4 teve o período de
supercompensação , no 4 ao 5 ele aplicou uma carga, porém a intensidade foi baixa, do 6 ao 7 ele manteve o estímulo e
manteve a recuperação, isso aconteceu até o 12, e quando temos uma manutenção de intensidade e tempo de
recuperação mantido o desempenho cai. Ou seja, ele não usou o princípio da sobrecarga e o desempenho dele se
manteve por um período e depois caiu.
➢ Podem surgir dois problemas nessa área: fase de recuperação excessiva para a compensação da carga aplicada
e fase de recuperação insuficiente.
➢ O EQUILÍBRIO entre carga aplicada e tempo de recuperação garantirá a existência da supercompensação de
maneira crônica
Este princípio está intimamente ligado a sobrecarga, pois o aumento das cargas de treinamento de trabalho é um dos
fatores que melhoram a performance.
Segundo Verkhoshansky (1996) o aumento da condição física é dependente do aumento das cargas de trabalho, e a
escolha da incidência do volume, intensidade ou densidade no período determinado de treinamento respeitara a
qualidade física trabalhada, o tempo de treinamento e o nível de condicionamento físico.
Pode-se afirmar que o êxito de atletas de alto rendimento, independente da especialização esportiva, estão
referenciados a uma grande quantidade (volume) e uma alta qualificação (intensidade) no trabalho, sendo que estas
duas variáveis (volume e intensidade) deverão sempre estar adequadas as fazes de treinamento, surgindo uma
orientação da interdependência entre si.
5. Continuidade
O grande segredo do princípio da continuidade é a aplicação de nova carga de trabalho durante o período de
recuperação ampliada, ou seja, antes que o organismo, ao se recuperar totalmente, retorne ao nível de homeostase
inicial (diariamente ligado ao princípio da sobrecarga).
É aquele que impõe, como ponto essencial, que o treinamento deve ser montado sobre os requisitos específicos da
performance desportiva, em termos de qualidade física interveniente, sistema energético preponderante, segmento
corporal e coordenação psicomotora utilizada no esporte.
Variabilidade
Quanto maior for a diversificação desses estímulos – é obvio que estes devem estar em conformidade com todos os
conceitos de segurança e eficiência que regem a atividade – maiores serão as possibilidades de se atingir uma melhor
performance
Saúde
Em práticas de atividades físicas hodiernas, verificamos não somente aquelas ligadas á aquisição e manutenção da
saúde e praticante, mas também aquelas de alta performance, que podem trazer malefícios devido ao compromisso
com o alto rendimento e resultados, e ainda, as atividades que não tem compromisso algum com aspecto saúde.
Se faz logico e transparente que essas leis não existem apenas por existir. Cada princípio, considerado individualmente,
possui seu valor e função próprios, entretanto, a integração entre esses princípios adquire inestimável importância.
AULA 3
Na linguagem desportiva, o termo “meio” significa o que se utiliza, e o termo “método”, como se utiliza o meio no
processo de obtenção do objetivo da preparação.
Dessa forma, o exercício físico representa o MEIO e o modo de utilização representa o MÉTODO.
MEIOS DE TREINAMENTO
Os exercícios são classificados segundo a medida de semelhança das características cinemáticas e dinâmicas das ações
motoras do esporte, sendo de:
Exercício competitivo
• Atividades motoras integral, dirigida no sentido da solução da tarefa locomotora que contribui o objetivo da
competição e realizada de acordo com as regras da modalidade esportiva
• Considerada estritamente as características cinemáticas e dinâmicas do movimento
• ESPECIFICIDADE DO TREINAMENTO
TREINAMENTO GENERALIZADO
Entende-se por treinamento generalizado o treinamento multilateral, usando um fortalecimento harmonioso de toso o
corpo, aprendizagem de vários fatores , de disciplina, sempre com o objetivo de formação geral
TREINAMENTO ESPECÍFICO
É a forma na qual se estabelece uma relação ótima entre os componentes determinantes do rendimento em uma
modalidade esportiva
Com o treinamento específico se acelera o processo de adaptação física e psíquica. Para cumprir as exigências das
competições e/ou jogo.
Na classificação geral dos métodos orientados para o treinamento das capacidades motoras, o exercício pode ser
executado no regime contínuo, intervalado ou misto
• Prioridade é sempre iniciar com cargas intervaladas, terminando com as cargas contínuas
• Sistema anaeróbico alático → aeróbio
• Métodos combinados
AULA 4
Cargas de treinamento 1
Carga
Somatório de eventos estressores não-relacionados ao esporte (sono, alimentação, estresse, fadiga etc.) e os
relacionados ao esporte (treino prescrito).
Carga externa
Estímulo externo aplicado ao atleta no treino ou na competição (minutos de treino, peso levantado, series, distância
percorrida etc.)
Carga interna
Respostas fisiológicas e psicológicas em decorrência da carga externa aplicada, combinada com os eventos estressores
não-relacionados ao esporte
Conteúdo da carga
- Nível de especificidade
- Potencial de treinamento
Volume da carga
- magnitude da carga
- intensidade da carga
- duração da carga
Organização da carga
- distribuição da carga
- Inter conexão das cargas
1. CONTEÚDO DA CARGA
NÍVEL DE ESPECIFICIDADE
POTENCIAL DE TREINAMENTO
• É identificado pela forma em que a carga estimula a condição do atleta para que ele apresente melhoras
• Ao diagnosticar a adaptação, mudar-se o enfoque do treinamento.
• Viru (1995) identificar 5 tipos de carga;
1. Carga insuficiente
2. Carga de recuperação (exemplo: gliconeogênese)
3. Carga de manutenção
4. Carga de desenvolvimento
5. Carga excessiva
2. VOLUME DA CARGA
MAGNITUDE DA CARGA
• É entendido como a medida quantitativa geral das cargas, a densidade e velocidade de execução dos exercícios.
Caso A – Agachamento
INTENSIDADE DA CARGA
• A forma que se colocam as cargas nas partes que se divide o treinamento (sessão de treino, dia, microciclo,
mesociclo e macrociclo.
INTERCONEXÃO DE CARGAS
Cargas de treinamento 2
EXERCICIOS CICLICOS
Através do PACE ou cima do percentual de consumo máximo de oxigênio, ou seja, percentual de VO2, que temos três
possibilidades (% do máximo em teste, de reserva(utilizado na planilha) ou estimado).
Os mais comuns na prática são:
Após encontrar o valor do treino é preciso determinar a velocidade para terrenos planos:
• Exercícios anaeróbicos exigem ferramentas sofisticadas laboratoriais para avaliações quantitativas do trabalho,
inviabilizando o uso na prática.
• Dessa forma deve ser quantificado através da magnitude e da PSE