Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Da adaptação a um estímulo
De acordo com Weineck (1991) a adaptação é a lei mais universal e importante
da vida. Adaptações biológicas apresentam-se como mudanças funcionais e estruturais
em quase todos os sistemas. Sob “adaptações biológicas no esporte”, entendem-se as
alterações dos órgãos e sistemas funcionais, que aparecem em decorrência das atividades
psicofísicas e esportivas. O indivíduo possui um estado de equilíbrio denominado
homeostase e toda vez que um exercício físico é realizado, ocorre um estresse fisiológico
e psicológico ao organismo. Esse estresse é necessário para a quebra da homeostase a fim
de gerar uma otimização no condicionamento físico. Dependendo da intensidade do
estresse aplicado, a resposta do organismo pode variar.
Da força muscular
Fadiga
É a incapacidade de continuar funcionando ao nível normal da capacidade própria
devido a uma percepção ampliada do esforço. Fadiga é onipresente na vida cotidiana, mas
geralmente torna-se particularmente perceptível durante exercícios pesados. É o chamado
esgotamento, na essência da palavra. Um fenômeno multifatorial.
A fadiga possui duas formas; uma se manifesta como uma incapacidade muscular
local para desenvolver um trabalho e a outra se manifesta como uma sensação abrangente
de falta de energia, corporal ou sistêmica.
Os processos que levam à fadiga são: a perda do glicogênio muscular, o
empareamento da respiração mitocondrial, o empareamento do drive neural, não ter uma
boa velocidade de condução dos potenciais de ação, espécies reativas de oxigênio, cálcio
tampando poros da mitocôndria, excesso de fosfato inorgânico, queda do pH intra e
extracelular.
Da Avaliação
Ainda que o teste de 1 repetição máxima seja seguro – e não exista evidência
mostrando o contrário -, nem sempre ele é tão produtivo por conta do público a trabalhar,
mais precisamente porque seria mais interessante que se encaixasse puramente com a a
rotina do praticante, histórico e experiência de execução com cargas altas (o National
Strength and Conditioning Association, NSCA, cita que as cargas para uma repetição
estejam entre 90 a 95% da capacidade máxima do sujeito). Trata-se, também, de um teste
mais demorado.
Treinamento de Potência
Potência é uma grandeza física escalar medida em watts (W). Pode ser definida
como a taxa de realização de trabalho a cada segundo ou como o consumo de energia por
segundo. O watt, unidade de potência do sistema internacional de unidades (SI), equivale
a 1 joule por segundo.
Na Física, trabalho é a medida da transformação de uma forma de energia em
outras formas de energia mediante a aplicação de uma força. Sendo assim, a definição de
potência pode estar relacionada com qualquer forma de energia, tais como: energia
mecânica, energia potencial elétrica e energia térmica.
Pode-se determinar a potência realizada pela aplicação de uma força F que desloca
um corpo de massa m em uma distância d.
Acredita-se que a ação muscular de potência seja influenciada por vários
parâmetros mecânicos e neurais, incluindo força máxima, comprimento e ângulo do
fascículo, rigidez da unidade músculo-tendão e o recrutamento de unidades motoras de
contração rápida responsáveis por produzir uma taxa mais alta de desenvolvimento.
Hipertrofia
É, basicamente, o aumento da síntese de proteína miofibrilar e aumento de numero
do DNA. O estresse mecânico imposto pelo exercício resistido (musculação) levará a
respostas hormonais e a de fatores de crescimento, a um processo inflamatório, e
consequente ativação de células satélites, podendo contribuir, de forma conjunta, para o
processo.
A hipertrofia é multifatorial, e sua resposta é, portanto, dependente de uma série
de fatores externos e internos.
Diversos métodos são utilizados para tentar estimular ainda mais a hipertrofia em
sujeitos avançados. No entanto, a aplicação do principio da sobrecarga com uma
periodização bem estruturada parece surtir mais efeitos.
Da avaliação
Da avaliação do VO2Máx
2. CORE training?
3. Tensional vs metabólico?
As redes sociais viraram um grande palco, que deu voz a todos – infelizmente.
Infelizmente por um simples motivo: qualquer um, até pessoas incapacitadas e/ou mal
intencionadas podem dar opiniões diversas, criando confusões desnecessárias. A
papagaiada da divisão entre “tensional e metabólico” é mais uma dessas baboseiras.
Não há nem que se falar em divisão didática, uma vez que não há contração do
musculo esquelético se não houver degradação/hidrólise de ATP; por isso, não há
como dissociar estresse mecânico de metabólico. Não há literatura para o que não
existe.
5. Cãibras
A cãibra muscular associada ao exercício é uma contração involuntária temporária,
mas intensa e dolorosa do músculo esquelético ocorrendo durante ou logo após um
período de atividade física.
Cãibras são altamente imprevisíveis e parece provável que diferentes mecanismos
podem operar em diferentes cenários.
Mecanismos propostos incluem distúrbios de água e equilíbrio eletrolítico e atividade
reflexa espinhal anormal.
Nenhuma estratégia de prevenção ou tratamento é consistentemente eficaz.
6. Correção postural
A dor lombar sem causa conhecida é referida como lombalgia inespecífica e diretrizes
recomendam uso de um modelo biopsicossocial para informar a avaliação e gestão tendo
em vista as associações entre fatores comportamentais, psicológicos e sociais e a
persistência futura de dor e incapacidade.
Diretrizes também recomendam que exames laboratoriais e de imagem não ser usado
rotineiramente como parte do manejo inicial, mas sim reservado para pacientes para os
quais o resultado é provável gerenciamento de mudanças (por exemplo, se uma condição
séria, como suspeita de infecção).
Existe pouca pesquisa de prevenção, com o único conhecimento intervenções eficazes
para a prevenção secundária sendo o exercício combinado com educação e exercício
sozinho os melhores agentes.
Vale ressaltar que não há um exercício ideal a ser feito. O simples fato de colocar o
corpo em movimento já pode aliviar quadros assim. A musculação (treinamento resistido)
figura como excelente e funcional opção.
8. Treinamento Concorrente
Por muito tempo, o gelo foi colocado como o santo remédio para toda e qualquer
lesão. Embora aparentemente lógicos os mecanismos, de fato, tinham baixo grau de
evidência ligado apenas à redução de dor e edema, não ligado à melhoria de quadro e
maior agilidade no retorno às atividades.
Abaixo, o que há de mais atual em evidência para a utilização ou não de gelo:
P para proteger
Diminuir ou restringir o movimento por 1 a 3 dias para minimizar o sangramento,
evitar a distensão das fibras lesadas e reduzir o risco de agravamento da lesão. O descanso
E para elevar
Eleve o membro acima do coração para promover o fluxo de líquido intersticial
para fora dos tecidos. Apesar das evidências fracas que apoiam seu uso, a elevação mostra
uma baixa relação risco-benefício.
C para comprimir
A pressão mecânica externa usando bandagens ou bandagens ajuda a limitar o edema
intra-articular e a hemorragia tecidual. Apesar dos estudos conflitantes, a compressão
após uma entorse de tornozelo parece reduzir o inchaço e melhorar a qualidade de vida.
(Hansrani, 2004).
E para educar
Os terapeutas devem educar os pacientes sobre os benefícios de uma abordagem ativa
para a recuperação. Modalidades passivas, como eletroterapia, terapia manual ou
acupuntura, logo após a lesão, têm efeitos insignificantes na dor e na função em
comparação com uma abordagem ativa, e podem até ser contraproducentes a longo prazo.
De fato, nutrir um locus de controle externo ou a "necessidade de ser consertado" pode
levar a um comportamento dependente de terapia. Melhor educação sobre a condição e
gerenciamento de carga ajudará a evitar tratamento excessivo. Isso, por sua vez, reduz a
probabilidade de injeções ou cirurgias desnecessárias e contribui para uma redução no
custo dos cuidados de saúde (por exemplo, devido à compensação por invalidez associada
à dor lombar). Em uma era de opções terapêuticas de alta tecnologia, defende-se
fortemente o estabelecimento de expectativas realistas com os pacientes sobre os tempos
de recuperação, em vez de perseguir a abordagem da 'cura mágica'. (Graves et al, 2014).
V para vascularização
A atividade cardiovascular representa uma pedra fundamental na gestão de lesões
músculo-esqueléticas. Embora sejam necessárias pesquisas sobre a dosagem, o exercício
aeróbico sem dor deve ser iniciado alguns dias após a lesão para aumentar a motivação e
o fluxo sanguíneo para as estruturas lesadas. A mobilização precoce e o exercício
aeróbico melhoram a função física, apoiando o retorno ao trabalho e reduzem a
necessidade de medicação para dor em indivíduos com problemas musculoesqueléticos.
(Sculco et al, 2001).
Comfort, P., Jones, P.A., Thomas, C., DosʼSantos, T., McMahon, J.J. & Suchomel, T.J.
2020. Changes in early and maximal isometric force production in response to moderate-
and high-load strength and power training. Journal of Strength and Conditioning
Research, Epub ahead of print;
Haugen, T., Danielsen, J., Alnes, L.O., McGhie, D., Sandbakk, O. & Ettema, G. 2018.
On the importance of “front-side mechanics” in athletics sprinting. International Journal
of Sports Physiology and Performance, 13, 420–427;
Stone, M.H. 1993. Position statement: Explosive exercises and training. National
Strength and Conditioning Association Journal, 15, 7–15;
Suchomel, T.J., Nimphius, S. & Stone, M.H. 2016b. The importance of muscular strength
in athletic performance. Sports Medicine, 46, 1419– 1449
Suchomel, T.J., P. Comfort, and J.P. Lake, Enhancing the Force–Velocity Profile of
Athletes Using Weightlifting Derivatives. Strength & Conditioning Journal, 2017. 39(1):
p. 10-20
Asmussen, E., and Bøje, O. 1945. Body temperature and capacity for work. Acta Physiol.
Scand. 10(1): 1–22. doi:10.1111/j.1748-1716. 1945.tb00287.x.
Baudry, S., and Duchateau, J. 2007. Postactivation potentiation in a human muscle: Effect
on the rate of torque development of tetanic and voluntary isometric contractions. J. Appl.
Physiol. 102(4): 1394–1401.doi:10.1152/japplphysiol.01254.2006.PMID:17204572.
Behm, D.G., Plewe, S., Grage, P., Rabbani, A., Beigi, H.T., Byrne, J.M., and Button,
D.C. 2011. Relative static stretch-induced impairments and dynamic stretch-induced
enhancements are similar in young and middle-aged men. Appl. Physiol. Nutr. Metab.
36(6): 790–797. doi:10.1139/h11-107. PMID:22014144.
Nesser TW, Huxel KC, Tincher JL, et al. The relationship between core stability and
performance in division I Football players. J Strength Cond Res. 2008;22(6):1750–4.
Okada T, Huxel KC, Nesser TW. Relationship between core stability, functional
movement, and performance. J Strength Cond Res. 2011;25(1):252–61.
Stanton R, Reaburn PR, Humphries B. The effect of short-term swiss ball training on core
stability and running economy. J Strength Cond Res. 2004;18(3):522–8.
Tse MA, McManus AM, Masters RSW. Development and val- idation of a core
endurance intervention program. J Strength Cond Res. 2005;19(3):547–52.
Shinkle J, Nesser TW, Demchak TJ, et al. Effect of core strength on the measure of power
in the extremities. J Strength Cond Res. 2012;26(2):373–80.
Behm DG, Leonard AM, Young WB, et al. Trunk muscle electromyographic activity with
unstable and unilateral exer- cises. J Strength Cond Res. 2005;19(1):193–201.
Kibler WB, Press J, Sciascia A. The role of core stability in athletic function. Sports Med.
2006;36(3):189–98.
Freitas SR, Mendes B, Le Sant G et al. Can chronic stretch- ing change the muscle-tendon
mechanical properties? A review. Scand J Med Sci Sports. 2018;28(3):794–806.
Woods K, Bishop P, Jones E. Warm-up and stretching in the pre- vention of muscular
injury. Sports Med. 2007;37(12):1089–99. 5. Shellock FG, Prentice WE. Warming-up
and stretching for improved physical performance and prevention of sports-related
injuries. Sports Med. 1985;2(4):267–78.
Kokkonen J, Nelson AG, Eldredge C et al. Chronic static stretching improves exercise
performance. Med Sci Sports Exerc. 2007;39(10):1825–31.
Chaabene H, Behm DG, Negra Y et al. Acute e ects of static stretching on muscle strength
and power: an attempt to clarify previous caveats. Front Physiol. 2019;10:1468.
Gray SR, Soderlund K, Watson M, et al. Skeletal muscle ATP turnover and single fibre
ATP and PCr content during intense exercise at different muscle temperatures in humans.
Pflugers Arch. 2011;462(6):885–93.
Kilduff LP, West DJ, Williams N, et al. The influence of passive heat maintenance on
lower body power output and repeated sprint performance in professional rugby league
players. J Sci Med Sport. 2013;16(5):482–6.
Geisser ME, Haig AJ, Wallbom AS, Wiggert EA. Pain-related fear, lumbar flexion, and
dynamic EMG among persons with chronic musculoskel-etal low back pain. Clin J Pain.
2004;20:61-69.
Gilman SL. Stand Up Straight! A History of Pos-ture. London, UK: Reaktion Books;
2018.
Kent P, Laird R, Haines T. The effect of changing movement and posture using motion-
sensor biofeedback, versus guidelines-based care, on the clinical outcomes of people with
sub-acute or chronic low back pain-a multicentre, cluster-randomised, placebo-
controlled, pilot trial. BMC Musculoskelet Disord. 2015;16:131.
https://doi.org/10.1186/s12891-015-0591-5.
Foster, N. E., Anema, J. R., Cherkin, D., Chou, R., Cohen, S. P., Gross, D. P., … Woolf,
A. (2018). Prevention and treatment of low back pain: evidence, challenges, and
promising directions. The Lancet, 391(10137), 2368–2383. doi:10.1016/s0140-
6736(18)30489-6.
Radaelli R, Trajano GS, Freitas SR, Izquierdo M, Cadore EL, Pinto RS. Power Training
Prescription in Older Individuals: Is It Safe and Effective to Promote Neuromuscular
Functional Improvements? Sports Med. 2023 Mar;53(3):569-576. doi: 10.1007/s40279-
022-01758-0. Epub 2022 Aug 29. PMID: 36036337.
Schoenfeld BJ, Ogborn DI, Krieger JW. 2015. Effect of repetition duration during
resistance training on muscle hypertrophy: a systematic review and meta-analysis. Sports
Medicine 45(4):577–585 DOI 10.1007/s40279-015-0304-0.
Rolf IP. Fascia—organ of support. In: Rolf IP. Rolfing: Reestablishing the Natural
Alignment and Structural Integration of the Human Body for Vitality and Well-Being.
Rochester, Vt: Healing Arts Press; 1989:37-44.
Ward RC. Myofascial release concepts. In: Basmajian JV, Nyberg RE, eds. Rational
Manual Therapies. Baltimore, Md: Williams & Wilkins; 1993:223-241.
Stecco L. Fascial Manipulation for Musculoskeletal Pain. Padova, Italy: Piccin Nuova
Libraria; 2004.
Sucher BM, Hinrichs RN, Welcher RL, Quiroz L-D, St Laurent BF, Morrison BJ.
Manipulative treatment of carpal tunnel syndrome: biomechanical and osteopathic
intervention to increase the length of the transverse carpal ligament: part 2. Effect of sex
differences and manipulative “priming.” J Am Osteopath Assoc. 2005;105:135-143.
Available at: http://www .jaoa.org/cgi/content/full/105/3/135. Accessed July 29, 2008.
Threlkeld AJ. The effects of manual therapy on connective tissues. Phys Ther.
1992;72:893-902. Available at: http://www.ptjournal.org/cgi/reprint/72/12/893.
Accessed July 29, 2007.
Booth FW, Thomason DB. Molecular and cellular adaptation of muscle in response to
exercise: perspectives of various models. Physiol Rev. 1991;71(2):541–85.
Wackerhage H, Schoenfeld BJ, Hamilton DL, Lehti M, Hulmi JJ. Stimuli and sensors
that initiate skeletal muscle hypertrophy following resistance exercise. J Appl Physiol
(1985). 2019;126(1):30–43.
Refalo MC, Helms ER, Hamilton DL, Fyfe JJ. Towards an improved understanding of
proximity-to-failure in resistance training and its influence on skeletal muscle
hypertrophy, neuromuscular fatigue, muscle damage, and perceived discomfort: a
scoping review. J Sports Sci. 2022;40(12):1369–91.
Morton RW, Sonne MW, Farias Zuniga A, Mohammad IYZ, Jones A, McGlory C, et al.
Muscle fibre activation is unaffected by load and repetition duration when resistance
exercise is performed to task failure. J Physiol. 2019;597(17):4601–13.