Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ESPORTIVO
Luciano Pereira Marotto
e-Book 4
Sumário
INTRODUÇÃO������������������������������������������������� 3
FORÇA E POTÊNCIA��������������������������������������� 6
RESISTÊNCIA����������������������������������������������� 21
VELOCIDADE������������������������������������������������ 25
FLEXIBILIDADE�������������������������������������������� 31
COORDENAÇÃO������������������������������������������� 33
CONSIDERAÇÕES FINAIS���������������������������� 37
Graus de adaptações e
modelações individuais
Resposta
adaptativa padrão
Condição inicial
3
Um ponto a ser considerado e jamais negligenciado,
é a experiência prática adquirida pelos treinadores
durante os anos em que conduziu treinamentos
apoiados nos conceitos e metodologias cienti-
ficamente atualizados, mas que em algum mo-
mento do trajeto, permitiu que fossem realizados
pequenos ajustes na aplicação das metodologias
e no entendimento de conceitos, em função de
necessidades específicas.
4
as respostas dentro dos graus de adaptações e
modelações individuais para determinada capa-
cidade biomotora.
5
FORÇA E POTÊNCIA
Conceitualmente, força muscular é a capacidade
física de reagir a um estímulo externo, capaz de
gerar movimento uniforme em um corpo, cessando
seu estado de repouso, ou capaz de manter o esta-
do de repouso em resposta a uma força contrária.
6
Segundo Weineck (1999), a força não é um com-
ponente isolado no desenvolvimento dos movi-
mentos esportivos, está sempre em combinação
com outros fatores que determinam o sucesso
do gesto motor e apresentada, basicamente, em
força máxima, força rápida e resistência de força.
7
A força rápida representa a capacidade do sistema
neuromuscular movimentar o corpo ou parte corpo
com velocidade máxima. Em muitos esportes e
modalidades esportivas a força rápida também é
associada ao movimento de objetos como bolas,
pesos, discos, etc.
8
trabalho, sendo assim, o grau de correlação entre
a força máxima e a velocidade de movimentação
eleva-se com o aumento da carga.
9
citar alguns desses fatores a serem observados
no desenvolvimento da força do planejamento de
uma temporada de treinamento.
10
Outros fatores relacionados diretamente com as-
pectos ligados às contrações musculares também
contribuem para o ganho de força em um programa
de treinamento. Entre esses fatores estão sessões
de treinamento com contrações de força máxima,
contrações unilaterais e contrações de duração
maior propiciam um aumento de força mais pro-
nunciado que as sessões com contrações de força
submáxima, contrações bilaterais e contrações de
menor duração, respectivamente.
11
experientes os exercícios devem ser mais específi-
cos, direcionados para os movimentos principais.
12
dos modelos para utilizá-los adequadamente nos
períodos de um programa de treinamento.
SAIBA MAIS
Sobre modelo de treinamento e seus efeitos: o co-
nhecimento sobre o tempo adequado para se beneficiar
dos efeitos causados pelo treinamento é fundamental
no momento de planificar as sessões de treino. Busque
em: WEINECK, J. Treinamento ideal – Instruções
técnicas sobre o desempenho fisiológico, incluindo
considerações específicas de treinamento infantil e
juvenil. São Paulo: Manole, 1999.
13
Por outro lado, a literatura descreve como desvan-
tagem do modelo de treino concêntrico o emprego
frequente de estímulos subliminares, o que não
favorece o ganho de força para pessoas treinadas,
mesmo com a aplicação de alto volume de repe-
tições, e que também pode trazer prejuízos para
o aparelho motor passivo em pessoas iniciantes;
não favorece o aumento da elasticidade muscular,
portanto, inadequado para esportes e modalidades
esportivas que dependem da elasticidade muscular
para execução de movimentos específicos.
SAIBA MAIS
Sobre métodos de aplicação do modelo de treina-
mento concêntrico: o modelo de treinamento con-
cêntrico propicia um leque de métodos eficazes para
o desenvolvimento de força. Busque em: WEINECK,
J. Treinamento ideal : Instruções técnicas sobre o
desempenho fisiológico, incluindo considerações
específicas de treinamento infantil e juvenil. São
Paulo: Manole, 1999. e BOSCO, C. A força muscular:
aspectos fisiológicos e aplicações práticas. São
Paulo: Phorte, 2007.
14
força se dá no momento de relaxamento após um
período de encurtamento das fibras musculares.
15
o desenvolvimento da força por meio da força
máxima e não da força submáxima.
16
equipamento e na unicidade de movimentos de
extensão e flexão.
17
do modelo pliométrico em pliometria pequena,
média ou grande.
18
O modelo de treinamento isométrico é de fácil
execução, apresenta grande eficácia no aumento
da força e propicia o direcionamento do treina-
mento para um grupo muscular específico; por
outro lado, o treinamento isométrico não favorece
o desenvolvimento da coordenação; ele exerce
influência negativa sobre a elasticidade muscular,
e, se utilizado isoladamente, promove uma rápida
estagnação do aumento da força, além de ser um
modelo treinamento altamente monótono.
SAIBA MAIS
Sobre a fisiologia muscular: ter domínio sobre o
arrazoado teórico da fisiologia muscular ajudará a
aprofundar o conhecimento teórico dos modelos de
treinamento. Busque em: BOSCO, C. A força muscular:
19
aspectos fisiológicos e aplicações práticas. São
Paulo: Phorte, 2007.
20
RESISTÊNCIA
A resistência é a capacidade mais abrangente
entre todas as capacidades, considerando fatores
físicos, fisiológicos e também os psicológicos. A
resistência psicológica representa a capacidade de
suportar um estímulo no seu limiar mais alto por
um determinado período de tempo, já a resistência
física e fisiológica é a capacidade do organismo
ou órgãos isolados tolerarem a demanda física/
fisiológica.
21
vias energéticas distintas e específicas a cada
demanda.
22
Harre (1976 apud Weineck, 1999) subdivide a re-
sistência de longa duração considerando o tempo
de atividade e a mobilização da via energética
aeróbica correspondente.
23
vimento da resistência geral, relativo ao tempo
de prática do atleta, com um volume elevado de
exercícios que envolvam variadas possibilidades
de demandas fisiológicas. Consequentemente,
com a progressão do programa de treinamento
em direção à fase competitiva, o tempo reservado
ao treinamento de resistência geral e o volume de
exercícios diminuem, abrindo espaço para exercí-
cios mais intensos e mais específicos.
SAIBA MAIS
Sobre métodos de treinamento da resistência: com-
preender o balanço energético nos diferentes tipos de
resistência é fundamental para relacionar os métodos
de treinamento. Busque em: WEINECK, J. Treinamento
ideal : Instruções técnicas sobre o desempenho
fisiológico, incluindo considerações específicas de
treinamento infantil e juvenil. São Paulo: Manole, 1999..
24
VELOCIDADE
A velocidade é uma capacidade biomotora requerida,
praticamente, em todos os esportes, principalmen-
te naqueles em que o desempenho é dependente
da movimentação do corpo, de forma isolada ou
associada à manipulação de objetos.
25
estímulo não programado no menor espaço de
tempo; velocidade de ação que é a capacidade
de realizar movimentos específicos, acíclicos,
diante do adversário no menor espaço de tempo;
velocidade de frequência que é a capacidade de
realizar movimentos cíclicos com máxima veloci-
dade. (WEINECK, 1999)
26
Por ser uma capacidade biofísica intimamente
ligada ao sistema nervoso central, a velocidade é
menos treinável em atletas de idade mais avançada
em comparação às capacidades físicas: força e
resistência.
SAIBA MAIS
Sobre fatores anatomofisiológicos da capacidade de
treinamento da velocidade: aprofundar os conhecimen-
tos de fatores condicionantes para o desenvolvimento
da velocidade é fundamental para uma boa condução
do treinamento da capacidade biofísica. Busque em:
WEINECK, J. Treinamento ideal : Instruções técnicas
sobre o desempenho fisiológico, incluindo conside-
rações específicas de treinamento infantil e juvenil.
São Paulo: Manole, 1999.
27
alguns elementos fundamentais para o sucesso
na condução das sessões de treino.
28
velocidade, sendo assim, os treinadores precisam
ajustar a quantidade de estímulos por sessão e a
quantidade de sessões com base no período da
temporada.
29
O método da repetição pode ser aplicado de maneira
progressiva que preconiza o aumento progressivo
da velocidade até atingir a máxima e revela duas
variações interessantes.
30
FLEXIBILIDADE
A flexibilidade traduz a capacidade dos atletas pro-
duzirem movimentos com o máximo relaxamento
muscular e, consequentemente, maior amplitude
articular. Atletas com a flexibilidade reduzida estão
mais propensos a lesões musculares e articulares,
apresentam maior dificuldade em aprender ou
aperfeiçoar alguns movimentos, além de limitarem
o desenvolvimento de outras capacidades como
força, velocidade e coordenação.
31
O método ativo para desenvolvimento da flexibili-
dade pode ser dividido em ativo estático em que
há uma contração isométrica da musculatura an-
tagonista quando a musculatura agonista atinge
o grau máximo de relaxamento; já o método ativo
dinâmico é baseado em movimentos oscilatórios
(pendular) da estrutura músculo-articular envolvida
no desenvolvimento da flexibilidade.
O método passivo preconiza que a flexibilidade
máxima é atingida por meio da ajuda de um parceiro
ou emprego de peso adicional sobre as estruturas
envolvidas no processo de desenvolvimento da
flexibilidade, sem que haja o fortalecimento da
musculatura antagonista.
Por último, o método combinado, também deno-
minado na literatura por facilitação proprioceptiva
neuromuscular (FNP), consiste em atingir a flexibili-
dade máxima momentânea por meio de contrações
resistidas da musculatura agonista e relaxamento
máximo posterior da mesma musculatura. Este
método é baseado no conceito de autoinibição
protetora, exercida por estruturas localizadas nos
tendões e nos fusos musculares conectados às
estruturas do sistema nervoso.
Os treinadores devem reservar tempo suficiente
para o desenvolvimento da flexibilidade durante
o período preparatório geral e sessões de manu-
tenção no período pré-competitivo e competitivo.
32
COORDENAÇÃO
A habilidade coordenativa de uma pessoa é o
conjunto das capacidades coordenativas que
modulam e controlam a execução de movimentos
sequenciais de maneira coordenada e com menor
custo energético. As capacidades coordenativas
são classificadas em gerais, que se manifestam
em diversos setores da vida cotidiana e esportiva;
e, capacidades coordenativas específicas que,
contrapondo as capacidades gerais, são poten-
cialmente direcionadas a um determinado esporte
ou modalidade esportiva.
33
O conhecimento isolado das capacidades coorde-
nativas que compõem a habilidade, propicia ao trei-
nador identificar qual apresenta maior necessidade
de aprimoramento para que o atleta desempenhe
satisfatoriamente as demandas esportivas.
34
recuperação do equilíbrio após algum movimento
que o desestabilize.
35
Metodologicamente, o desenvolvimento dos pe-
ríodos e das sessões de treinamento das capa-
cidades coordenativas ocorrem de maneira um
pouco diferente das capacidades biomotoras e
alguns pontos importantes precisam ser obser-
vados, como por exemplo o estado de fadiga que
precisa, necessariamente, ser evitado em função
do alto grau de dependência que as capacidades
coordenativas têm com o sistema nervoso central.
36
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os esportes e as modalidades esportivas requerem
um balanço harmonioso entre as capacidades
físicas, fisiológicas e psicológicas para que os
atletas produzam resultados satisfatórios nas
competições esportivas.
37
que compõem as temporadas de treinamento,
propiciam aos atletas a possibilidade de buscarem
de maneira satisfatória os resultados planejados.
38
Referências Bibliográficas
& Consultadas
ANDRADE, P. J. A.; ROCHA, P. S. O.; CALDAS P. R.
L. Treinamento desportivo. Brasília: MEC/DDD,
1978.