Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ESPORTIVO
Luciano Pereira Marotto
e-Book 3
Sumário
INTRODUÇÃO������������������������������������������������� 3
TALENTO ESPORTIVO��������������������������������� 19
PROGRAMAS DE TREINAMENTO A
LONGO PRAZO��������������������������������������������� 26
CONSIDERAÇÕES FINAIS���������������������������� 31
3
e, assim, todo tempo gasto na estratégia de des-
locamento também deve compor o planejamento.
4
Em contrapartida, quando o pensamento está
direcionado ao atleta, a temporada e os períodos
se ajustam às necessidades inerentes ao desen-
volvimento das capacidades físicas e fisiológicas.
P1.1 P1.2 P1.4 P1.5 P1.7 P1.8 P2.1 P2.2 P2.4 P2.5 P2.7 P2.8 P2.10 P2.11 P3.1 P3.2
P1 P2 P3
5
TREINAMENTO ESPORTIVO
– PERÍODOS
Autores como Bompa (2002), Gomes (2009), Tu-
bino (1979), Weineck (1999), Kraemer & Häkkinen
(2004), entre outros, sugerem a temporada dividida
em três períodos. O período preparatório e o pe-
ríodo competitivo que, dependendo da estrutura
geral da temporada, podem admitir subdivisões, o
período preparatório será subdividido em período
preparatório geral e período preparatório específico,
e o período competitivo em período pré-competitivo
e competitivo.
SAIBA MAIS
Sobre Repouso e recuperação: Para a efetiva aplicação
dos conceitos relacionados ao tempo necessário de
repouso para a recuperação adequada, é indispensável
que o treinador organize as capacidades e/ou fatores
a serem treinados em um sequenciamento correto das
6
sessões de treino dentro do microciclo. Busque mais
em: BOMPA, T.O. Periodização: teoria e metodologia
do treinamento. 4. ed. São Paulo: Phorte , 2002.
7
período competitivo e período de transição, con-
siderando um planejamento anual de treinamento
com 52 semanas e variação de um a três ciclos
competitivos.
8
SAIBA MAIS
Sobre os períodos que compõem uma temporada
de treinamento: Apesar do consenso científico acerca
do treinamento esportivo, a aplicação prática permite
que treinadores incrementem ajustes específicos me-
diante necessidades inerentes ao desenvolvimento das
capacidades biomotoras dos atletas. Busque mais em:
WEINECK, J. Treinamento ideal – Instruções técnicas
sobre o desempenho fisiológico, incluindo conside-
rações específicas de treinamento infantil e juvenil.
São Paulo: Manole, 1999.
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
transição
transição
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
competição
competição
competição
transição
transição
transição
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
9
Ainda não temos na literatura especializada do
treinamento esportivo uma periodização ótima para
cada um dos esportes e modalidades esportivas.
O principal critério para se calcular a duração dos
períodos é o calendário de competições, que se
junta com a experiência e criatividade do treinador
que já tem mapeado as condições iniciais das
capacidades biomotoras exigidas na modalidade
esportiva e, principalmente, o ponto em que o atleta
se encontra da carreira esportiva.
10
uma determinada fase do treinamento para o apri-
moramento específico para alguma valência física
ou fisiológica, ou para ajustes técnicos e táticos.
11
nicas geradas nas sessões de treino, por meio da
aplicação de testes específicos, juntamente com
a experiência prática dos treinadores para que os
microciclos subsequentes produzam o efeito de
melhora constante nas capacidades biomotoras
dos atletas.
12
d) Determine os objetivos do microciclo: os
objetivos específicos programados para os mi-
crociclos são pequenas frações, que somadas,
traduzem os objetivos finais de uma temporada
de treinamento;
13
Embasados cientificamente e orientados pelos
resultados dos testes e avaliações preliminares
e, principalmente, pelos testes e avaliações que
ocorrem durante todo o percurso de uma tempo-
rada de treinamento, os treinadores são capazes
de promover a construção e aplicação de microci-
clos específicos visando à recuperação orgânica
ou física, ou um microciclo capaz de estimular as
capacidades biomotoras em períodos que antece-
dem alguma competição, como também pensarem
em microciclos mais volumosos, direcionados
à preparação das capacidades biomotoras para
suportarem as altas intensidades dos microciclos
alocados no período de preparação específica
das valências físicas e fisiológicas da modalidade
esportiva.
14
um ano de treinamento ou para identificar um
período entre duas competições-alvo. (KRAEMER
& HÄKKINEN, 2004)
15
objetivo principal de uma temporada. Posterior-
mente, com o passar dos anos e a consolidação
dos conceitos metodológicos do treinamento
esportivo, competições mundiais, continentais e
até mesmo competições regionais passaram a
compor os objetivos na busca de resultados.
* * * * * *
Jogos Jogos Jogos Jogos Jogos Jogos
Olímpicos Olímpicos Olímpicos Olímpicos Olímpicos Olímpicos
* * * *
mundial mundial continental regional
16
Na representação (A) da figura 3, a competição-alvo
são os Jogos Olímpicos, que são programados para
acontecerem a cada quatro anos. Nesse cenário,
o macrociclo compreende o período de tempo
entre o término de uma Olimpíada e o início da
Olimpíada seguinte. Os mesociclos são períodos
de tempo menores dentro do macrociclo, para que
os treinadores organizem a melhor sequência para
aprimoramento das valências físicas e fisiológicas
com algum grau de prioridade entre elas. Por último,
os microciclos representam períodos menores que
os mesociclos em que são previstas as sessões
de treinos, o controle e os ajustes das atividades
propostas para o treinamento.
17
e microciclo, sendo que a relação conceitual entre
os ciclos de treinamento seja mantida.
Inquestionavelmente, a variação no tempo total de
treinamento, presente nas três situações mostradas
na figura 3, ratifica a necessidade dos objetivos
almejados por um atleta serem definidos com
clareza e, apesar de serem pensados em pontos
limítrofes, precisam estar alinhados com as possi-
bilidades reais do atleta. Nesse ponto, a experiência
prática do treinador contribui consideravelmente
na manipulação adequada dos princípios e das
metodologias do treinamento além da classificação
prioritária das competições presentes no período
de tempo total definido para o treinamento.
SAIBA MAIS
Sobre a estrutura dos ciclos de treinamento: Ordenar
os microciclos dentro de um macrociclo respeitando o
período de treinamento e a condição em que o atleta se
encontra, considerando o volume e a intensidade ideal
para o momento faz toda a diferença. Busque mais em:
BOMPA, T.O. Periodização: teoria e metodologia do
treinamento. 4º ed. São Paulo: Phorte, 2002.
18
TALENTO ESPORTIVO
As competições esportivas são os momentos em
que os atletas demonstram suas habilidades por
meio da plasticidade e destreza que caracterizam a
beleza dos movimentos corporais produzidos pelo
complexo controle biomecânico e com o menor
gasto calórico possível.
19
processo de socialização que permitirá a detecção
do talento em determinado campo de atuação que,
se adequadamente estimulado, irá se desenvolver
e poderá apresentar desempenho acima da média
da população.
20
O primeiro passo no complexo processo para que
um talento possa desempenhar suas habilidades e
apresentar os resultados esperados está no estágio
de detecção de talento esportivo, ou seja, o talento
precisa ser garimpado por meio de observações
ou testes específicos.
21
k) fatores relacionados à aprendizagem (com-
preensão, capacidade de observar e analisar);
22
r) Capacidade de equilíbrio: capacidade da
manutenção do equilíbrio corporal ou recuperação
após uma atividade que provoque o desequilíbrio;
23
iniciar a participação em competições regionais,
nacionais e internacionais.
24
Figura 4: Talento esportivo: Trajetória
Alto desempenho
Resultados e
reconhecimento
Treinamento
Manipulação adequada dos períodos, ciclos
e sessões de treino, apoiada nos conceitos e
métodos científicos
SAIBA MAIS
Sobre a busca de talentos esportivos: Vários autores
da literatura especializada em treinamento esportivo
consideram e apresentam suas ideias, baseadas em
pesquisas científicas, sobre o assunto que é o pontapé
inicial em qualquer programa de treinamento esportivo
se considerarmos que, sem o talento esportivo, poucos
estudos teríamos acerca do treinamento esportivo. Busque
mais em: WEINECK, J. Treinamento ideal: instruções
técnicas sobre o desempenho fisiológico, incluindo
considerações específicas de treinamento infantil e
juvenil. São Paulo: Manole, 1999.
25
PROGRAMAS DE
TREINAMENTO A LONGO
PRAZO
Treinamento a longo prazo é uma expressão que
cabe tanto para atletas experientes quanto para
atletas iniciantes, ou ainda para um programa
de desenvolvimento de um talento esportivo que
acaba de ser detectado.
26
a preparação de um atleta iniciante e permeie a
trajetória da história competitiva do atleta.
27
meio dos jogos; promova adaptações nas regras,
dimensões dos equipamentos, ambiente de jogo
e incentive as crianças a criarem seus próprios
jogos e exercícios.
28
No estágio da especialização (15 a 18 anos) os
exercícios passam a adquirir características que
enfatizem o aprimoramento dos movimentos
específicos do esporte ou modalidade esportiva
escolhida. É necessário disponibilizar tempo sufi-
ciente para que o atleta acomode, principalmente,
os aspectos psicológicos, como as cobranças nos
treinamentos e as pressões por resultados durante
as competições.
29
máximo de tempo possível o período de melhor
desempenho.
30
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conhecer e dominar a aplicação correta dos princípios
do treinamento esportivo é de extrema importância
para qualquer treinador. Entretanto, o domínio da
manipulação dos períodos de uma temporada de
treinamento, desenvolvidos e aperfeiçoados por
estudos científicos que confirmam as experiências
empíricas pensadas e colocadas em prática por
estudiosos da área e treinadores, é o ponto- chave
de qualquer programa de treinamento esportivo.
31
A dedicação e a determinação do atleta e das
pessoas do seu entorno precisam convergir com
os conhecimentos e experiências dos treinadores
que disponibilizarão as aplicações práticas dos
conceitos e metodologias científicas desenvolvidos
para o treinamento esportivo.
32
Referências Bibliográficas
& Consultadas
ANDRADE, P. J. A.; ROCHA, P. S. O.; CALDAS P. R.
L. Treinamento desportivo. Brasília: MEC/DDD,
1978.