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Resumo- Princípios do Treinamento Físico

Para Tubino os cinco princípios do Treinamento Esportivo são: O Princípio da


Individualidade Biológica, O Princípio da Adaptação, O Princípio da Sobrecarga,
O Princípio da Continuidade, O Princípio da Interdependência Volume-
Intensidade, O Principio da Especificidade e o Principio da Variabilidade

O Princípio da Individualidade Biológica

Cada ser humano possui uma estrutura e formação física e psíquica própria, neste
sentido, o treinamento individual tem melhores resultados, pois obedeceria as
características e necessidades do indivíduo.
Grupos homogêneos também facilitam o treinamento desportivo.
Cabe ao treinador verificar as potencialidades, necessidades e fraquezas de seu
atleta para o treinamento ter um real desenvolvimento. Há vários meios para isso,
além da experiência do treinador, que conta muito, os testes específicos são
primordiais.

O Princípio da Adaptação

De acordo com Weineck, a adaptação é a lei mais universal e importante da vida.


Adaptações biológicas apresentam-se como mudanças funcionais e estruturais em
quase todos os sistemas. Sob “adaptações biológicas no esporte”, entendem-se as
alterações dos órgãos e sistemas funcionais, que aparecem em decorrência das
atividades psicofísicas e esportivas

O Princípio da Sobrecarga

Para Tubino, estímulos mais fortes devem sempre ser aplicados por ocasião
do final da assimilação compensatória, justamente na maior amplitude do
período de restauração ampliada para que seja elevado o limite de adaptação
do atleta. Este é o princípio da sobrecarga, também chamado princípio da
progressão gradual, e será sempre fundamental para qualquer processo de
evolução desportiva.

Tubino (1984) cita algumas indicações de aplicação do Princípio da


Sobrecarga, referenciado nas variáveis: Volume (Quantidade) e Intensidade
(Qualidade); em vários Tipos de Treinamento, como: Contínuo, Intervalado, em
Circuito, de Musculação, de Flexibilidade e Agilidade, e Técnico.

O quê o professor ou o treinador deve ter é o bom senso ao definir a


sobrecarga que vai trabalhar com o seu aluno ou atleta, observando todos os
outros Princípios do Treinamento Esportivo, sempre respeitando as
necessidades e anseios do atleta e, principalmente, os limites éticos do
treinamento.

O Princípio da Continuidade

Este princípio está intimamente ligado ao da adaptação, pois a continuidade


ao longo do tempo é primordial para o organismo, progressivamente, se
adaptar.
A continuidade de treinamento evita que o treinador subtraia etapas
importantes na formação atlética de um esportista. Em geral um atleta que tem
um alto desempenho, com certeza teve uma continuidade ao longo de sua
preparação, treinamento e também do aprendizado do esporte praticado. A
continuidade é importante inclusive no treinamento amador e no lazer, e não
somente no aspecto fisiológico, mas também, como por exemplo, no aspecto
psicológico e entre outros aspectos cujos fatores podem interferir na prática
esportiva.

O Princípio da Interdependência Volume-Intensidade

Este princípio está intimamente ligado ao da sobrecarga, pois o aumento das


cargas de trabalho é um dos fatores que melhora a performance. Este aumento
ocorrerá por conta do volume e devido à intensidade.
Nem sempre as variáveis volume e intensidade estão claramente explícitas ao
treinador para que este possa definir um treinamento ou ação baseado na
relação entre estas. Portanto, utilizando o bom senso, na dúvida nunca se deve
arriscar ou colocar o atleta ou praticante em risco. Um bom treinador consegue
enxergar com maior clareza a relação de interdependência entre volume e
intensidade de um treinamento ou ação de atividade.

, O Principio da Especificidade

De acordo com Dantas (1995), a partir do conceito de treinamento total,


quando todo o trabalho de preparação passou a ser feito de forma sistêmica,
integrada e voltada para objetivos claramente enunciados, a orientação do
treinamento por meio de métodos de trabalho veio, paulatinamente, perdendo a
razão de ser. Hoje em dia, nos grandes centros desportivos, esta forma de
orientação do treinamento foi totalmente abandonada em proveito da
designação da forma de trabalho pela qualidade física que se pretende atingir.
Podemos dizer que este princípio sempre esteve intrínseco em todo o
treinamento esportivo, desde o mais rústico nas práticas utilitárias, mas tê-lo
como princípio norteador e como um dos parâmetros que devem ser levados
em consideração é essencial ao estudo e planejamento crítico e consciente nos
treinamentos contemporâneos.
Se a especificidade do movimento, e conseqüentemente da modalidade
esportiva, está atrelada à memória do gesto motor, de seu treinamento,
podemos dizer que o Princípio da Especificidade está ligado diretamente aos
gestos específicos de uma determinada modalidade e o treinamento utilizado
para o aprendizado e o desenvolvimentos destes respectivos gestos
específicos.

Principio da Variabilidade

Também denominado de Princípio da Generalidade, encontra-se fundamentado


na idéia do Treinamento Total, ou seja, no desenvolvimento global, o mais
completo possível, do indivíduo. Para isso deve-se utilizar das mais variadas
formas de treinamento
Capacidades Biomotoras
Capacidade biomotora é cada um dos componentes físicos desenvolvidos pelo corpo.
De acordo com Bompa (2002), a combinação entre força, velocidade, resistência,
coordenação, flexibilidade e equilíbrio é fundamental para o sucesso nas atividades
motoras e interligar essas seis ações é o objetivo do TF.

Resistência

Resistência é a capacidade de resistir à fadiga diante da utilização de uma ou


mais capacidades biomotoras
De acordo com Wilmore e Costill (2001), endurance é o termo que descreve
dois conceitos separados, mas que estão relacionados à resistência muscular e
à resistência cardiorrespiratória. Enquanto a resistência muscular está
relacionada a músculos individuais, a resistência cardiorrespiratória é a
capacidade de todo o corpo sustentar o exercício prolongado.
Segundo Campos e Coraucci Neto (2004), a resistência (cardiovascular e
muscular) é importante no TF porque diminui ou retarda o aparecimento da
fadiga que debilita a propriocepção e aumenta o rendimento aeróbio e
anaeróbio, vitais para a manutenção ou melhoria da capacidade funcional. A
capacidade de resistir num exercício predominantemente aeróbio garante a
competência metabólica para que determinadas tarefas motoras possam ou
não ter uma resposta eficiente (Jenkins, 2005).

Equilíbrio

Coutinho (2011) define equilíbrio como a interação harmoniosa e


contextualmente apropriada entre a estabilidade e a mobilidade do corpo,
respeitando a sua base de sustentação. O equilíbrio é composto das reações
involuntárias dinâmicas de sensações e impulsos para manter uma postura
ereta e movimentos funcionais (Gomes, 2010).

Garber (2011) afirma que o treinamento de força, além de aumentar a massa


e força muscular, a densidade mineral óssea, o equilíbrio dinâmico e os níveis
totais de atividade física, também diminui os riscos de quedas e fraturas
ósseas.

Velocidade

Segundo Barbanti (1996), velocidade é definida como a máxima rapidez de


movimentos que pode ser alcançada. Santos et al. (2010) afirmam que a
velocidade no esporte é a capacidade de atingir maior rapidez de reação e de
movimento, de acordo com o condicionamento específico, baseada no
processo cognitivo, na força máxima de vontade e no bom funcionamento do
sistema neuromuscular.

Bompa (2002) cita que grande parte da capacidade de velocidade é


determinada geneticamente, pois quanto maior for a proporção de fibras
musculares de contração rápida, maior será a capacidade de contração rápida
e explosiva do organismo. Porém, apesar da relação da velocidade com a
genética, essa capacidade é treinável.

A velocidade motora resulta, portanto, da capacidade psíquica, cognitiva,


coordenativa e do condicionamento, sujeitas às influências genéticas, do
aprendizado, do desenvolvimento sensorial e neuronal, bem como de tendões,
músculos e capacidade de mobilização energética (Weineck, 2003).

Coordenação

A coordenação motora é a capacidade do cérebro de equilibrar os movimentos do


corpo, mais especificamente, dos músculos e das articulações. A coordenação motora
é uma das capacidades físicas mais requeridas nas atividades cotidianas,
principalmente, nas atividades que exigem precisão.
Porém, no envelhecimento, atividades comuns também apresentam alta exigência de
coordenação de movimento, o que pode ser um limitante funcional em pessoas com
essa capacidade prejudicada. Em uma pesquisa realizada por Glaner (2003), foram
obtidos dados que mostraram que dos acidentes com idosos, 70% são devido a uma
diminuição na capacidade de andar, correr, saltar e coordenar movimentos, logo,
torna-se necessária a melhora da coordenação para esta faixa etária.

Flexibilidade

Flexibilidade é compreendida como a habilidade para mover uma articulação


por meio de uma amplitude de movimento sem estresse para a unidade
(Campos e Coraucci Neto, 2004). De acordo com Badaro et al (2007), a
flexibilidade é muito importante, pois favorece uma maior mobilidade nas
atividades diárias e esportivas, diminui o risco de lesões, favorecendo o
aumento da qualidade e quantidade de movimentos e uma melhora da postura
corporal.
Referências indicam que a melhor intervenção para melhora da flexibilidade
são os exercícios de alongamento por ser uma forma de trabalho que visa à
exploração de graus de amplitude de movimento (ADM) habitualmente não
explorados no cotidiano

Força

Força muscular é o produto de ações musculares e do sistema nervoso


(Bossi, 2011) e é compreendida como a capacidade do músculo esquelético
produzir tensão, força e torques máximos em uma determinada velocidade
(Dantas e Coutinho, 2010).

Diversas formas de exercício são eficientes em aumentar a força muscular,


no entanto, o treinamento de força se mostra a intervenção mais eficaz em
qualquer tipo de público

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