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APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 1

10º BBM
MATRIZ SOPE – B3

BOMBEIRO: O AMIGO CERTO NAS HORAS INCERTAS


APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 2

FORMAS E MANIFESTAÇÃO DA RESISTÊNCIA MUSCULAR, FORÇA, VELOCIDADE


E FLEXIBILIDADE.

Resistência Muscular

Definição: é a qualidade física que permite um músculo ou grupamento muscular realizar


um mesmo movimento, sem perder a eficiência, amplitude e força der execução por um
maior tempo possível.
Manifestações: corridas de longa distancias, inúmeros momentos em esportes coletivos
tais como: futebol, vôlei , basquete, natação, remo, etc.

Força Dinâmica: é aquela onde a intensidade e a resistência ao movimento fator


primordial e não a velocidade de execução.
Manifestação em esportes como fisiculturismo e em determinados movimentos em lutas.
Força estatística: é a modalidade de força onde o componente isométrico predomina
(força = resistência a ser vencida).

FORÇA EXPLOSIVA (POTENCIA): é qualidade física onde a velocidade de execução do


movimento é o fator primordial.
Manifestações: levantamentos olímpicos e em diversos gestos esportivos como: cortada
no vôlei, chute no futebol, viradas na natação, etc.

Flexibilidade é a qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento


de máxima amplitude, por uma articulação ou conjunto de articulações dentro dos limites,
sem o risco de provocar lesão.
Manifestação: esta qualidade física certamente é utilizada em todos os desportos.

2. LEI E PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO ESPORTIVO

Atualmente, é muito importante que técnicos , treinadores e profissionais de Educação


Física, seja qual for à área de atuação, desconheçam estes princípios.
A aplicação de um programa de atividades físicas, deve respeitar criteriosamente os
princípios, para que haja uma maior probabilidade de êxito no alcance de suas metas não
seja dada à devida importância, corre-se o risco de não obter a eficiência desejada, e o
que é pior, causar prejuízos à integridade física e a saúde dos alunos/ atletas.

2.1 Principio da individualidade Biológica


O ser humano apresenta diferentes capacidades de adaptação ao treinamento físico, e
podem ser manifestadas de acordo com a interferência do meio ambiente.
O genótipo tem papel primordial na determinação do corpo ao treinamento.

2.2 Principio da Adaptação


Baseia-se na permanente busca do equilíbrio pelo organismo (homeotase).

“para cada tipo de estímulo o organismo desenvolve um mecanismo de adaptação”.

2.3 Princípio da Sobrecarga


Para que os músculos possam ganhar força e resistência, eles devem ser
sobrecarregados, o que significa que devem ser “forçados” alem do ponto que
normalmente são.
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2.3.1 O Organismo:
Alem de ser capaz de restituir sozinho as energias gastas durante o exercício;
Prepara-se para sofrer ainda mais forte que anterior (fenômeno de assimilação
compensatória).

2.4 Princípio da Continuidade:


O processo de treinamento deve ter uma freqüência ideal de realização, a fim de que as
adaptações possam ter seus níveis potencializados.
As interrupções do programa de treinamento só devem ocorrer frente ao surgimento de
estado de sobretreinamento ou devido a outra situações que realmente necessitem de um
afastamento.

Principio da Continuidade A) Interrupção do período de treinamento;


B) Duração do período e treinamento

2.5 Principio de interdependência volume/intensidade:


Como já foi visto, o aumento progressivo das cargas de trabalho é uma imposição para o
aumento do desempenho.

* Cargas altas menor tempo de duração


* Cargas baixas maior tempo de duração

a) Sobrecarga de volume (quantidade de treinamento), expresso em : numero de series,


repetições numero de exercícios, numero de dias de treinamento, numero de seções e
horas.
b) sobrecarga de intensidade (quantidade do treinamento), expresso em : aumento de
carga, velocidade de execução do movimento, aumento da freqüência cardíaca, etc.

Aumenta a ênfase sobre o VOLUME nos treinamentos

Resistência
muscular Resistência
Flexibilidade anaeróbica Ritmo Força velocidade
localizada

Aumenta a ênfase sobre a INTENSIDADE nos treinamentos

2.6 Principio da especificidade


S adaptações do treinamento são altamente especificas ao tipo de atividade realizada.
Para tal é muito importante utilizar exercícios físicos que simulem situações especificas do
esporte a ser treinado, não esquecendo de adequar os sistemas energéticos.
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3. Princípios específicos para o treinamento muscular:

3.1 Principio da Segurança;


3.2 Principio da estruturação;
3.3 Principio da Prioridade;
3.4 Principio da Seletividade;
3.5 Principio da Variabilidade;
3.6 Principio do Isolamento Muscular;
3.7 Principio da Adaptação Específica à demanda Imposta.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA

TUBINO M. J. G – Metodologia Cientifica do treinamento Desportivo, São Paulo, Ibrasa,


2000.

HERNENDES JR, B.D.O. - Treinamento desportivo . Rio de Janeiro -Sprint 2000.

BUY DANTAS E.H.M – A prática de Preparação Física. Rio de Janeiro , Shape, 1998.

FECK S. J. KAEMER S. J. – Fundamentos do treinamento de Força, Porto Alegre,


ArtMed, 1999.

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INTRODUÇÃO AO TREINAMENTO ESPORTIVO - 2a PARTE

Professor Mestrando Fernando José Sernadelli


Escola Superior de Educação Física de Muzambinho - MG

O músculo

O músculo é o único tecido capaz de desenvolver tensão ativamente. Esta capacidade


possibilita os músculos lisos, esqueléticos e cardíacos a desempenharem funções
diferentes no corpo humano.

(Hali,1991)
Existem três tipos de músculos no corpo humano:

Musculatura Lisa = incumbido à vida de nutrição (digestivo, exereção.)

Musculatura Cardíaca = é um músculo excepcional (involuntário)

Musculatura Esquelética = relacionados à vida de relações contêm duas proteínas


contráteis (actina e miosina).

É envolvido por uma fina camada de tecido conjuntivo.

É envolvido por uma fina camada de tecido conjuntivo

Epirnísio - envolve o músculo

Perimísio - envolve o fascículo

Endomísio - envolve a fibra muscular.

Origem e inserção - Quando um músculo se contrai energicamente, ele tende a mover


os dois ossos os quais esta inserida.
(Rasch e Burke,1977)

Origem - Ponto mais proximai de onde um músculo s insere.

Inserção - local mais distal no qual o músculo se insere.

Propriedade dos músculos estriados

Elasticidade – é a capacidade pelo qual o músculo, depois de distendido por uma força
exterior volta ao que era logo ao terminar aquela força.

Irritabilidade – capacidade do tecido muscular para responder à estimulação.

Tonicidade – umas características especificas do tecido muscular, permitindo ao mesmo


músculo outro tipo de encurtamento.

Contratilidade – é a propriedade elo qual o músculo exitado por agentes exteriorores se


contrai rapidamente.
Contração Isométrica (estática)

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Contração isocinética (velocidade controlada e força igual em toda amplitude)
Contração Isotônica (Dinâmica) – concêntrica e execêntrica

Andrivet, Lacler q e Treinamento é conjunto de procedimentos tendentes a conduzir


Chignon (França) um ser humano ao máximo de suas possibilidades físicas.
O treinamento Desportivo é um meio encaminhado a exercitar e
Bayer (Alemanha) coordenar as funções fisiológicas dos diferentes grupos
musculares do organismo.
O treinamento deve ser tão cientifico e organizado quando ser
pode. Sobretudo, devemos ter uma idéia clara do que se propõe,
Carlyle (Austrália)
para que prova em particular ser treina, quando queremos
lograr a melhor performance.
O treinamento ou “Aperfeiçoamento” é o coroamento da “
aprendizagem propriamente dita” e da “fixação”. È a
especialização , e como tal, é condicionado ao grau de formação
Daiuto (Brasil)
integral (intelectual, física, emocional e social), e nunca apenas
em relação ao grau de formação técnica ou de capacidade
individual
Treinamento é o conjunto de atividades que tendem a
Giralndes
desenvolver as qualidades mentais e físicas com o objetivo de
(Argentina)
alcançar o máximo de redimensionamento individual
O treinamento Desportivo constituí uma preparação sistemática
Hegedus (Uruguai) do organismo, respeitando processos de adaptações
psicobiológicas e que visam obter um alto rendimento.
Treinamento é a soma de solicitações corporais repetidas,
Hollman executadas em espaços de tempo determinados, destinados a
(Alemanha) aumentar o rendimento, as quais levam a modificações
morfológicas e funcionais do organismo.
Treinamento Desportivo, como fenômeno pedagógico, é
processo especializado da Educação Física orientada,
Matvéiév (União objetivando alcançar elevados resultados desportivos. A
Soviética) preparação desportiva compreende o aproveitamento de todo
conjunto de maiôs qua assegurem a obtenção e elevação da
predisposição para alcançar resultados desportivos.
O treinamento procura obter através de uma adaptação orgânica
Pires Gonçalves
lenta e gradual a condição física desejada para realizar
(Brasil)
determinado esforço em época certa: a performace.
O treinamento desportivo é conjunto de procedimentos e meios
utilizados para se conduzir um atleta à sua plenitude física,
Dantas (Brasil) técnica e psicológica dentro de um planejamento racional,
visando executar uma performance máxima num período
determinado.

Métodos de treinamento

A preparação física depende da estruturação do treinamento e do emprego conveniente


dos meios físicos (métodos) mais eficientes, o que permitirá que se alcancem os objetivos
fisiológicos. Esta preparação está dividida em:

1 -Preparação neuromuscular. Ex: hipertrofia muscular. 2-Preparação orgânica


(cardiopulmonar)-
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A - Função cardiovascular. Ex: aumento cavidades,capilarização. B - Função
respiratória. Ex: aumento do V02max.
C - Função metabólica. Ex: neutraiízação do ácido lático.

MÉTODOS TIPO DE CARGA PROCESSOS


Cerutty, Marathon-training, Cross-
Contínuos Constantes promenade, Aeróbio, Zona Alvo,
Fartlek, Corrida contínua.
Interval-Training lento, interva-
training rápido, interval Sprint,
Intercalados Intermitente
Aceleration Sprint, Hollow Sprint e
tempo –training.
Divididos em Sprints repetidos e corridas
Fracionados
módulos repetidas
Em circuito Seqüências Circuit-training
Fator estressante Hipoxie-training, altitude training.
Adaptativos acrescido ao
exercício

Os programas de treinamento cardiopulmonar, orientados pelas qualidades físicas


visadas, podem compreender diversos métodos. Os métodos serão escolhidos também
em função da periodização do treinamento.
Durante a fase básica do período de preparação, quando a ênfase é sobre o volume do
trabalho, dar-se-a preferência à utilização dos métodos contínuos e/ou fracionados.
(Dantas 1998)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HALI, S. - Biomecânica Básica Guanabara Koogan-RJ, 1991.

RASCH, BURKE - Cinesiología e Anatomia Aplicada. Guanabara Koogan-RJ, 1977.

DANTAS, E.H.M.- A prática da Preparação Física 4'Ed., Shape- RJ, 1998

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INTRODUÇÃO AO TREINAMENTO ESPORTIVO – 3ª PARTE

Professor Mestrando Sérgio Henrique Braz


Escola Superior de Educação, Física de Muzambinho - MG

Treinamento - é a instrução organizada de procedimentos, com o objetivo de aumentar o


rendimento físico, psicológico e mecânico dos homens.

Características do treinamento
• O treinamento sempre objetivo a obtenção do maior rendimento individual possível no
esporte ou modalidade praticada.
• O treinamento é quase sempre uma questão individual. O rendimento esportivo é a
soma de vários fatores, que podem variar de pessoa para pessoa.
• Para se obter um nível elevado de desenvolvimento físico, técnico, tático e psicológico
o praticante deve se sujeitar a cargas de treinamento elevadas.
• O treinamento é caracterizado pela sua natureza planejada e sistemática.
• No treinamento esportivo o treinador tem um papel preponderante.

Componentes do treinamento
• preparação física
• preparação técnica
• preparação tática
• preparação intelectual

Preparação Física - visa o desenvolvimento das capacidades motoras principais: força,


velocidades, resistência aeróbia, resistência anaeróbia, flexibilidade, etc. Compreende
dois aspectos:
• preparação física geral.
• preparação física especial.

Preparação Técnica - é um processo de movimentos, atitudes e posições gerais do


indivíduo, que se realiza) com uma utilidade determinada, tendo como objetivo apreender
a técnica esportiva de forma racional. É um processo a longo prazo e sem interrupções,
devendo ser sempre aperfeiçoado. A técnica depende muito da condição de preparação
física, podendo ser melhor assimilada quando as condições físicas são boas.

devendo ser sempre aperfeiçoado. A técnica depende muito da condição de preparação


física, podendo ser melhor assimilada quando as condições físicas são boas.

Preparação Tática - consiste em achar o melhor meio para um indivíduo vencer uma
competição ou atingir um melhor resultado. Depende também da condição física.

Preparação Intelectual - depende do nível intelectual do indivíduo, de sua motivação e de


seu preparo físico. Todo atleta deve estar psiquicamente preparado para o que vai
realizar, para isso deve haver uma preparação teórica. Os esportistas devem saber os
princípios do treino, de como se aquecer, dos aspectos biomecânicos da prova ou do
esporte, da descrição das provas e jogadas, etc.

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Todos os componentes do treinamento estão ligados entre si. Eles são treinados
conjuntamente, atendendo um ou outro em maior proporção, dependendo da fase do
treinamento e do nível dos atletas.

Etapas da Preparação Esportiva

Preparação Básica - é a fase inicial de todo treinamento, tem duração de


aproximadamente de 3 a 4 anos, pode ser iniciada aproximadamente aos 8 anos de
idade. Objetiva o desenvolvimento das condições básicas necessárias para obtenção de
bons resultados na idade adulta, assim sendo não deve haver especialização nesta etapa.
As crianças devem colher experiências motoras de várias atividades, principalmente as do
tipo natural, como corridas, saltos, lançamentos.

Prer)aração Específica - é conhecida como etapa de construção, de formação. Tem


duração entre 3 e 5 anos. Nesta etapa continua o aperfeiçoamento das capacidades
motoras básicas, dando-se ênfase à modalidade preferida pelo atleta. Deve-se ter
cuidado para não exagerar no treinamento específico visando à obtenção de alto
rendimento, o que poderá limitar o desempenho futuro. Essa fase é caracterizada pela
maior necessidade de treinamento regular do atleta, de forma a torná-lo um hábito de
vida, nada justificando o abandono dos treinos. No final desta etapa o trabalho pode ser
mais específico e ela se encerra quando o atleta alcançar níveis suficientes de formação
física e psíquica.

Preparação de Altos Rendimentos - o sucesso nesta etapa depende da boa formação nas
etapas anteriores. O objetivo é a preparação do atleta para competições de alto nível. Nos
esportes individuais deve haver especialização em uma só prova, duas em casos
excepcionais. Nesta fase a preparação geral deve ser utilizada apenas no período de
preparação e a parte específica deve ter mais valor, ocorrendo um maior volume de
treino, dividido em dois períodos diários. Não se pode precisar quando termina esta etapa,
tudo dependerá das condições individuais.

A Periodização do Treinamento

Conceito - é a divisão organizada do treinamento com o intuito de preparar o atleta para


competições mais importantes, de tal forma que os melhores resultados sejam obtidos
exatamente no período determinado.

Objetivos da Periodização
• Preparar o atleta para conseguir melhores resultados
• Preparar o atleta para as principais competições
• Preparar o atleta para conseguir sua melhor forma competição mais importante

A periodização é dividida em:


• Macrocicio - olímpico, anual, semestral e quadrimestral ,
• Mesocicio - mensal
• Microcicio - semanal
• Sessão de treinamento - diário

Macrocicio - dependendo do objetivo a ser alcançado, o macrocicio será dividido em


períodos, durante os quais realizar-se-ão tarefas e aplicar- se-ão cargas da mesma
natureza. O macrocicio terá três períodos:

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• Período de preparação - é a época que atleta será elevado à condição competitiva
na temporada. Tem como objetivo principal incrementar o nível técnico-tático, físico e
psicológico para permitir altos índices de performance. É dividido em fase básica para
preparação geral e fase específica para preparação especifica.

• Período de competição - desde o período preparatório as competições já fazem parte


integrante do treinamento, porém neste período passam a ser o objetivo principal. É
evidente que nele os atletas realizam as competições com sua performance máxima.
• Período de transição - esta fase destina-se a proporcionar ao atleta uma recuperação
física e mental após os extremos esforços a que se submeteu nas competições que
ocorreram no período anterior.

Mesocicio - é o elemento estrutural da periodízação que possibilita a homogeneização do


trabalho. Existem sete tipos de mesocicio:
• Mesocicio de Incorporação - é utilizado no início do período de preparação, visando
possibilitar a passagem do atleta da situação de repouso ativo para a situação de
treinamento.
• Mesocicio Básico - é empregado no meio das fases básicas e especifica, havendo
tantos quantos forem possíveis, visando propiciar a adaptação fisiológica do
organismo às cargas aplicadas.
• Mesocicio Estabilizador - tem o objetivo de consolidar, estabilizar e fixar as adaptações
orgânicas que foram obtidas nos mesocicios anteriores, sendo utilizado no final da
fase básica e especifica.
• Mesocielo de Controle - é sempre colocado após o meso estabilizador para indicar o
grau de treinamento alcançado e possibilitar a transferência do condicionamento
obtido para a performance competitiva.
• Mesocício Pré-competitivo - é empregado antes de competições muito importantes e
apenas para atletas de alta qualificação. Através da aplicação de cargas elevadas e
períodos relativamente amplos de recuperação, provoca-se a quebra na razão de
crescimento do condicionamento do atleta conduzindo a índices mais elevados de
performance.
• Mesocicio Competitivo - não possui estrutura pré - estabelecida, pois as exigências da
periodização se subordinam às necessidades de performance.
• Mesocicio Recuperativo - é utilizado no período de transição, visando propiciar a
recuperação metabólica e psicológica adequadas, por meio de uma recuperação ativa.

• Microciclo - é composto por 6 a 7 sessões de treinamento. É composto por seis tipos


de microcicios:

• Microcicio de Incorporação - tem o objetivos de possibilitar a passagem gradual do


atleta de um situação de transição para uma realidade de treino. Caracteriza-se por
apresentar estímulos não muito fortes.
• Microciclo Ordinário - é o mais encontrado durante o treinamento, visa provocar
adaptações orgânicas desejáveis, capazes de incrementar o nível de condicionamento
do atleta. Caracteriza-se por apresentar, na fase de estímulo, aplicação de cargas
moderadas homogêneas, durante os seus três dias de duração, buscando obter o
efeito de treinamento pela sucessão acumulada de esforços.
• Microcicio de Choque - caracteriza-se pela máxima aplicação da carga, podendo ser
em volume ou intensidade, de acordo com a fase de treinamento.
• Microciclo de Recuperação - é onde ocorre a restauração ampliada da homeostase e
quando acumulam-se reservas para fazer frente as exigências do treinamento,

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caracterizada por apresentar estímulos reduzidos e um numero maior de dias de
repouso, possibilitando uma adequada recuperação metabólica ativa.
• Microcicio Pré-competítivo - tem por objetivo fazer transferência, em situação ideal,
das valências obtidas com o treinamento para as necessidades de performance da
competição.
• Microcicio Competitivo - não possui estrutura predeterminada. O regulamento e a
forma de competição é que estipularão como serão ordenadas as atividades do cicio.
A performance passa a ter prioridade absoluta e todas as açoes serão realizadas
buscando a eficácia máxima.

Sessão de treinamento - é a menor unidade da periodização, é o treinamento diário. Deve


ser elaborado de acordo com a modalidade e prova de cada atleta, com suas principais
características.

Prescrição do Treinamento pela Freqüência Cardíaca

É o mais popular meio de indicar a intensidade de uma carga de trabalho. Existem


diferentes protocolos para determinar a intensidade do treino, todos procuram identificar a
freqüência cardíaca máxima. Entre os mais conhecidos, o de Karvonen é o mais utilizado.

Fcmáx. = 220 - idade

O procedimento mais simples, caso não se possua monitor de freqüência cardíaca, é


colocar os dedos indicador e anular da mão esquerda na face interna do punho direito,
aproximadamente a 2 centímetros abaixo da base do polegar, observando o relógio e
contar o pulso durante 60 segundos.
De acordo com o objetivo a ser alcançado, utiliza-se um percentual da freqüência
cardíaca máxima.

Deve-se calcular a freqüência cardíaca de trabalho em seu limite inferior e superior de


acordo com a seguinte formula.

Primeiramente identifica-se: (exemplo realizado para zona aeróbia glicolítica)


Idade = 20 anos
Fcmáx = 200 btm
Linf - 70% = 140btm
Lsup - 80% = 160 btm

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DANTAS, E. H. M. A pratica da Preparação Física. 4ª Ed Rio de Janeiro, Shape 1998.

HERNANDES, JUNIOR, B. D. º Treinamento Desportivo. Rio de Janeiro: Srprint, 2000.

NOVAES, J. S., VIANNA, J. M. Personal Training & Condicionamento Físicop em


Academia, Rio de Janeiro: Shape, 1998.

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INTRODUÇÃO AO TREINAMENTO ESPORTIVO – 4ª PARTE

Professor Maestro Wagner Zeferino de Freitas


Escola Superior de Educação Física de Muzambinho – MG

1. TESTES, MEDIDAS E AVALIAÇÕES

 Teste: é uma pergunta específica utilizada para aferir conhecimento ou habilidade


de uma pessoa. È uma ferramenta específica da medida e implica em uma
resposta da pessoa que está sendo medida (MARINS & GIANNICHI, 2003).
 Medida: é a quantificação da resposta do teste. È uma técnica de avaliação que
usa procedimentos que, geralmente , são precisos e objetivos, resultando em
dados geralmente quantitativos, que podem ser expressos de uma forma numérica
(MARINS & GIANNICHI, 2003).
 Avaliação: é um processo que nos permite, objetiva ou subjetivamente, comparar
critérios e determinar a evolução de uma pessoa ou grupo numa linha de tempo,
seus avanços e retrocessos (MARINS & GIANNICHI, 2003).
 Análise: é a resultante da comparação dos resultados obtidos de um evento
(MARINS & GIANNICHI, 2003).

1.1. Porque, quem, o que e como testar?

Avaliamos para determinar o progresso do indivíduo, como forma de classificar e,


selecionar os indivíduos, diagnosticar, padrões.

1.2. Critérios para seleção de testes (validade, fidedignidade, objetividade).

Validade: quão bem um teste mede o que se quer medir.


Fidedignidade: grau de consistência dos resultados de um teste em diferentes testagens,
utilizando-se sempre os mesmo sujeitos.
Objetividade: grau de concordância dos resultados do teste entre os testadores.

Parâmetros para a seleção dos testes:

Validade Fidedignidade objetividade


Excelente 0,80- 1,00 0,90 – 1,00 0,95 – 1,00
Bom 0,70 – 0,79 0,80 – 0,89 0,85 – 0,94
Regular 0,50 – 0,69 0,60 – 0,79 0,70 – 0,84
Fraco 0,00- 0,49 0,00 – 0,59 0,00 – 0,69

2. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA

Antropometria é a ciência de se medir o corpo humano (BARROW & MCGEE, 2003).

2.1. Peso Corporal:

Material: uma balança com precisão de 100g.


Protocolo: o avaliado deve se posicionar em pé, de costas para a escala da balança, com
afastamento lateral dos pés, estando a plataforma entre os mesmos. Em seguida coloca-

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se sobre e no centro da plataforma, ereto e com o olhar num ponto fixo à sua frente.
Dever usar o mínimo de roupa possível. É realizada apenas uma medida.

2.2. Estatura:

Material: pode ser utilizado urna fita métrica fixada à parede, graduada em centímetros e
décimos de centímetros
Protocolo: o avaliado deve estar na posição ortostática (PÓ): em pé, posição ereta, braços
estendidos ao longo do corpo, pés unidos. A cabeça deverá posicionar-se de forma que a
face esteja na vertical.

2.4. Perimetria:
São as medidas antropométricas de circunferência que correspondem aos chamados
perímetros que podem ser definidos como o perímetro máximo de um segmento corporal
quando medido em ângulo reto em relação ao seu maior eixo (FERNANDES FILHO,
2003).
Material: fita métrica (de preferência metálica) com precisão de 0,1 cm.

Pontos a serem medidos:

Pontos:
1. Pescoço
2. Tórax
2.1. Homem
2.2. mulher
3. Cintura
4. Abdômen
5. Quadril
6. Coxa meso-femural
7. panturrilha
8. Braço Normal
9. braço forçado
10. antebraço
11. punho

Protocolo de Penroe, Nelson e Fisher (1985):


As medidas de perimetria de algumas partes especificas do corpo humano podem ser
usadas para prognosticar o G%, onde se supõe que esta medidas tenham uma relação
positiva portanto, quando as perimetria corporais aumentam, se supõe qua os níveis de
G% também aumentem.

Perimetria dos Homens: punho e abdômen


Perimetria das mulheres: abdômen e quadril

Calcule a G% prognosticada com a equação especifica apropriada área para o sexo:

Homens:
Calcule a LBM (massa corporal magra)
LBM (kg) = 41,955 + (1,038786 X PC) – [(0,82816 x (CA - CP) (cote e Wilmore).
DepOis calcule o G% através da Fórmula:

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Mulheres:
Calcule o G%:
G% = (0,55 x CQ) – (0,24 x EST) + (0,28 x CA) – 8,43

Onde:
PC = Peso Corporal (Kg)
EST = Estrutura (Cm)
CA = Circunferência do abdômen (Cm)
CP = Circunferência do punho (Cm)
CQ = Circunferência do quadril (Cm)

2.5 Dobras Cutâneas (DC):

A medida de espessura das DC devem se realizar sempre do lado direito do


avaliado. Recomenda-se a realização de usam serie de medidas sucessivas num mesmo
ponto. Entretanto tendo em vista a enorme variabilidade das medidas de espessura das
DC, na eventualidade de ocorrerem discrepâncias superiores a 5re uma das medidas e
das demais no mesmo local, uma nova série de três medidas deverá ser realizada; a pele
deve estar seca e o avaliador com as unhas aparadas e lixadas.
Dobras cutâneas: 1 tricipital; 2 subescapular; 3. Supraliaca; 4 abdominal; 5
coxa; 6 peitoral (homens); peitoral (mulheres); 8 panturrilha; 9 biciptal; 10 axilas cutâneas.
Material: Compasso de dobras cutâneas
Protocolos: Jackson & Pollock
Os pontos das dobras cutâneas de coletas para homens são: tríceps, o tórax, e
a região supraescapular e para as mulheres são: o tríceps, abdômen e a suprailíaca.
Como resultado das três dobras cutâneas, realiza-se a somatória. Na tabela
específica do sexo avaliado, na coluna esquerda, encontra-se o valor somatório obtido e
correlaciona-se o mesmo com a idade do avaliado. O resultado será o da interseção
(Jackson & Pollock, 1985)

2.6. índice de massa Corporal (IMC)

IMC = Peso Corporal


(estrutura)2

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Índice de Massa Corporal e Obesidade

IMC (Kg/m2)
Homens Mulheres
Não obeso < 25 < 27
Moderadamente obeso 25 - 30 27 –30
Maciçamente obeso 30 – 40 30 – 40
Morbidamente obeso > 40 > 40

2.7. Índice de relação de Gordura entre os perímetros da Cintura e do Quadril

3. AVALIAÇÃO DO COMPONENTE CARDIORRESPIRATÓRIO

VO 2max = O resultado final de uma avaliação funcional vem normalmente expresso em um


parâmetro fisiológico denominado VO2max, definindo como “quando de O2 que um individuo
consegue captar do ar nével celular nas unidades de tempo” (LEITE, 1986)

Técnicas de campo:
Testes de andar e correr em 12 minutos (Cooper)
Publico alvo: 10 a 70 anos

Para obtenção do VO2max utiliza-se a seguinte formula:

Nível de aptidão física de Cooper para mulheres


Faixa
Muito fraca Fraca Regular boa Excelente Superior
etária
13 –19 - 25.0 25,1 – 30,9 31,0 – 34,9 35,0 38,9 39,0 – 41,9 > 42
20 –29 -23,6 23,7 – 28,9 29,0 – 32,9 33,0 – 36,9 37,0 – 40,9 > 41
30 –39 -22,8 22,9 – 26,9 27,0 – 31,4 31,5 – 35,6 35,7 – 40,0 > 40,1
40 – 49 -21,0 21,4 - 24,4 24,5 – 28,9 29,0 – 32,8 32,9 – 36,9 > 37,0
50 –59 - 20,2 20,3 – 22,7 22,8 – 26,9 27,0 – 31,4 31,5 – 35,7 > 35,8
Mais de 60 - 17,5 17,6 – 20,1 20,2 – 24,4 24,5 – 30,2 30,3 – 31,4 > 31,5

BOMBEIRO: O AMIGO CERTO NAS HORAS INCERTAS


APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 16
Nível de aptidão física de Cooper para homens
Faixa
Muito fraca Fraca Regular boa Excelente Superior
etária
13 –19 - 35,0 35,1 - 38,3 38,4 – 45,1 45,2 – 50, 9 51,0 – 55,9 > 56,0
20 –29 - 33,0 33,1 – 36,4 36,5 – 42,4 42,5 – 46,4 46,5 – 52,4 > 52,5
30 –39 - 31,5 31,6 – 35,4 35,5 – 40,9 41,0 – 44,9 45,0 – 49,4 > 49,5
40 – 49 -30,2 30,3 –33,5 33,6 – 38,9 39,0 – 43,7 43,8 – 48,0 > 48,1
50 –59 - 26,1 26,2 – 30,9 31,0 - 35,7 35,8 – 40,9 41,0 – 45,3 > 45,4
Mais de 60 - 20,5 20,6 – 26,0 26,1 – 32,2 32,3 – 36,4 36,5 – 44,2 > 44,3

TESTE DE FLEXÃO DE BRAÇOS (POLLOCK & WILMORE, 1993)

Protocolo:

Homens: os movimentos serão executados com o aluno no chão, deitado de barriga para
baixo, as mãos colocadas sobre o chão, braços estendidos na linha e largura dos ombros.
O peito deve tocar o solo a cada movimento e os braços devem se estender na volta. As
costas devem ficar retas e o exercício dever ser feito até a exaustão (contar o número de
repetições).

Mulheres: deitar de barriga para baixo no chão, com o corpo reto e as pernas únicas.
Dobras os joelhos em ângulo reto e colocar as mãos no chão, ao nível dos ombros.
Erguer o corpo até os braços ficarem estendidos e o peso suportado, completamente,
pelas mãos e pelos joelhos. O corpo deve formar uma linha reta da cabeça aos joelhos;
não curvar os quadris nem as costas. A seguir dobrar os braços até que o peito toque (um
objeto) no chão. As pernas ou a cintura não devem tocar o solo. O peso continua a ser
suportado pelos braços e joelhos. O exercício completo deve ser feito até a exaustão
(contar o número de repetições).

5. AVALIAÇÃO DE FLEXIBILIDADE
Os testes para a medição e avaliação da flexibilidade podem ser divididos em tres
grandes grupos:
 Testes angulares: aqueles que possuem resultados expressos em ângulos Ex:
geniometria.
 Testes lineares: os que se caracterizam por expressar os seus resultados e, uma
escala de distancia: Ex: sentar e alcançar.
 Testes adimensionais: constituem-se na interceptação de movimentos articulares,
comprando-os com uma folha de gabarito. Ex: flexiteste.

6. AVALIAÇÃO DA COORDENAÇÃO GERAL

 Teste de Burpee (JOHSON & NELSON, 1979).

7. AVALIAÇÃO DA AGILIDADE

Corrida de vai-e-vem (Shuttle Run)

8. ELETROCARDIOGRAFIA

BOMBEIRO: O AMIGO CERTO NAS HORAS INCERTAS


APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 17

Referencia Bibliográficas

FERNANDES FILHO, J. A Pratica da avaliação Físic. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Shape,


2003.
MARINS, J. B.; GIANNICHI. R. S. Avaliação & prescrição da atividade física 3º EdiçãoRio
de Janeiro: Shepe, 2003.

BOMBEIRO: O AMIGO CERTO NAS HORAS INCERTAS


APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 18

INTRODUÇÃO AO TREINAMENTO ESPORTIVO - 5a PARTE

Professor Mestre Autran José da Silva Júnior


Escola Superior de Educação Física de Muzambinho - MG

Conteúdo Programático

1. Metabolismos celulares
1.1. Trifosfato de adenosina: degradação e ressíntese

1.2. Definição e diferenciação

1.3. Metabolismo anaeróbio alático


A. Metabolismo em repouso, exercício e recuperação
B. Fonte energética: creatina fostato

1.4. Metabolismo anaeróbio lático


A. Metabolismo em repouso, exercício e recuperação
B. Fontes energéticas: glicose e glicogênio muscular
B.l. Glicólise
B.2. Síntese e remoção de ácido lático

1.5. Metabolismo aeróbio


A. Metabolismo em repouso, exercício e recuperação
B. Fontes energéticas: glicose, gordura e proteínas
C. Glicólise, Cicio de Krebs e Sistema transporte de elétrons
D. Resumo e comparação dos metabolismos celulares

2. Contração Muscular
2.1. Mecanismo de contração muscular
2.2. lnervação, tipos de fibras musculares e recrutamento em exercício.

3. Parâmetros cardiovasculares em esforços com diferentes intensidades


3.1. Freqüência cardíaca e Pressões arteriais sistólicas e diastólicas
A. Definição
B. Comportamento em exercícios em diferentes intensidades e entre Indivíduos treinados
e sedentários.

4. Adaptações fisiológicas e recursos ergogênicos


4.1. Adaptações induzidas pelo treinamento aeróbio e anaerõbio
4.2. Recursos ergogênicos

1. METABOLISMO CELULAR
1.1 Trifosfato de Adenosina: degradação e ressíntese

BOMBEIRO: O AMIGO CERTO NAS HORAS INCERTAS


APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 19

Metabolismo anaeróbio alático


A. metabolismo em repouso, exercício e recuperação

1.4 Metabolismo anaeróbio lático


B. Fontes energéticas : Glicose e glicogênio muscular (Glicose)

BOMBEIRO: O AMIGO CERTO NAS HORAS INCERTAS


APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 20

A queda da glicose ocorre na presença SUFICIENTE de O2 e sua degradação


é COMPLETA e result:38 ATPs, CO2 e H2O. durante uma pratica aeróbia a fadiga deve-
se por queda da glicogênio muscular. O metabolismo aeróbio também utiliza gordura em
exercícios de longas durações e com baixas intensidades ( mais comum palmitato
(c16H32O2) que produz 390 ATPs)

BOMBEIRO: O AMIGO CERTO NAS HORAS INCERTAS


APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 21

2 a contração muscular
2.1 mecanismos de contração muscular
2.2 intervenção, tipos de fibras musculares

Recrutamento em exercícios

Referencias bibliográficas
DODD, S ET AL Blood Lactate Diisappearance At Variois Intensites Of Recovery Exercise
j. Appl. Physiol.: Respirat Environ Exercicese Physiol., 57:1462, 1984

BOMBEIRO: O AMIGO CERTO NAS HORAS INCERTAS


APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 22
ÉTICA E VALORES – 1ª PARTE

Professor Mestrando lvan Antônio de Freitas


Escola Superior de Educação Física de Muzambinho - MG

O estudo da ética implica em a entendermos, inicialmente, pela sua


interpretação etimológica e, aí, buscamos fulcro na filosofia que a ve como "o estudo da
moral".

Neste nosso pequeno estudo, devemos entendê-la de forma prática, de modo


a transferir para o nosso comportamento cotidiano seus preceitos e recomendações que
implicam nas várias vertentes do relacionamento humano: social, profissional, político,
religioso e familiar. Iniciaremos, para tanto, copilando texto de Chaui (1996: 339/342),
cujo título é "Ética ou filosofia moral":

Toda cultura e cada sociedade instituí uma moral, isto é, valores concernentes
ao bem e ao mal, ao permitido e ao proibido, e à conduta correta, válidos para todos os
seus membros. Culturas e sociedades fortemente hierarquizadas e com diferenças de
castas ou de classes muito profundas podem até mesmo possuir várias morais, cada uma
referida aos valores de uma casta ou de uma classe socíal

No entanto, a simples exigência da moral não significa a presença explícita de


uma ética, entendida como filosofia moral, isto é, uma reflexão que discuta, problematize
e interprete o significado dos valores morais. Podemos dizer, a partir dos textos de Platão
e de Aristóteles, que, no ocidente, a ética ou filosofia moral inicia se com Sócrates.

Percorrendo praças e ruas de Atenas - contavam Platão e Aristóteles, ,


Sócrates perguntava ao atenienses, fossem jovens ou velhos, o que eram os valores nos
quais acreditavam e que respeitavam ao agir.
Que perguntas lhes fazia ele ? Indagava: O que é a coragem ? o que é a
justiça ? O que é a piedade ? O que é a amizade ? A elas, os atenienses respondiam
dizendo serem virtudes. Sócrates voltava a indagar. O que é a virtude? Retrucavam os
atenienses: É agir em conformidade com o bem. E Sócrates questionava: O que é o bem?

As perguntas socráticas terminavam sempre por revelar que os atenienses


respondiam sem pensar no que diziam. Repetiam o que lhes fora ensinado desde a
infância. Como cada um havia interpretado à sua maneira o que aprendera, era comum,
no diálogo com o filosofo, uma pergunta receber respostas diferentes e contraditórias.
Após um certo tempo de conversa com Sócrates, um ateniense via-se diante de duas
alternativas: ou zangar-se e ir embora irritado, ou reconhecer que não sabia o que
imaginava saber, dispondo-se a começar, na companhia socrática, a busca filosófica da
virtude e do bem.

Por que os atenienses sentiam-se embaraçados (e mesmo irritados) com as


perguntas socráticas? Por dois motivos principais: em primeiro lugar, por percebermos
que confundiam valores morais com fatos constatáveis em sua vida cotidiana (diziam, por
exemplo, "Coragem é o que fez fulano na guerra contra os persas); em segundo lugar,
porque inversamente, tomavam os fatos da vida cotidiana como se fossem valores morais
evidentes (diziam, por exemplo, "É certo fazer tal ação porque meus antepassados a
fizeram e meus parentes a fazem'). Em resumo, confundiam fatos e valores, pois
ignoravam as causas ou razões por que valorizavam certas coisas, certas pessoas ou
certas ações e desprezava, outras, embaraçando-se ou irritando-se quando Sócrates lhes

BOMBEIRO: O AMIGO CERTO NAS HORAS INCERTAS


APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 23
mostrava que estavam confusos. Tais confusões, porém não eram (e não são)
ínexplícáveis.

Nossos sentimentos, nossas condutas, nossas ações e nossos


comportamentos são modelados pelas condições em que vivemos (família, classe e
grupo social, escola, religião, trabalho, circunstâncias, políticas, etc.). Somos
formados pelos costumes de nossa sociedade, que nos educa para respeitarmos e
reproduzirmos os valores propostos por ela como bons e, portanto, como
obrigações e deveres. Dessa
maneira, valores e deveres parecem existir por si e em si mesmos, parecem se
naturais e intemporais, fatos ou dados com os quais nos relacionamos desde nosso
nascimento: somos recompensados quando os seguimos, punidos quando os
transgredimos.
Sócrates embaraçava os atenienses porque os forçava a indagar qual a origem
e a essência das virtudes (valores e obrigações) que julgavam praticar ao seguir os
costumes de Atenas. Como e por que sabiam que uma conduta era boa ou má, virtuosa
ou viciosa? Por que por exemplo, a coragem era considerada virtude e a covardia, vício?
Por que valorizavam positivamente a justiça e desvalorizavam a injustiça, combatendo-a?
Numa palavra: o que eram e o que valiam realmente os costumes que lhes haviam sido
ensinados?

Os costumes, porque são anteriores ao nosso nascimento e formam o tecido


da sociedade em que vivemos, são considerados inquestionáveis e quase sagrados ( as
religiões tendem a mostrá-los como tendo sido ordenados pelos deuses, na origem dos
tempos). Ora, a palavra costume, se diz, em grego, ethos - donde, ética - e, em latim,
mores - donde, moral. Em outras palavras, ética e moral referem-se ao conjunto de
costumes tradicionais de uma sociedade e que, como tais, são considerados
valores e obrigações para a conduta de seus membros. Sócrates índagava o
que eram, de onde vínham, o que valíam tais costumes.

No entanto, a língua grega possuí um outra palavra que, infelizmente, precisa


ser escrita em porfuguês, com as mesmas letras que a palavra que significa costume:
ethos. Em grego, exístem duas vogaís para pronunciar e grafar nossa vogal e: uma vogal
breve, chamada epsilon, e uma voaal loncia chamada eta. Ethos, escríta com a vogal
longa, significa costume; porém, escrita com a vogal breve, significa caráter, índole
natural, temperamento, conjunto das disposições físicas e psíquicas de uma pessoa.
Nesse segundo sentido, ethos se refere às características pessoais de cada um que
determinam
quais virtudes e quaís vícios cada um é capaz de praticar. Referem-se,
portanto, ao senso moral à consciência étíca índivíduais.

Dirígindo-se aos atenienses, Sócrates lhes perguntava qual o sentido dos


costumes estabelecidos ( os valores éticos ou morais da coletividade, transmitidos de
geração a geração), mas também indagava quais as disposições de caráter
( características pessoais, sentimentos, atitudes, condutas individuais) que levavam
alguém a respeitar ou a transgredir os valores da cidade, e por quê.

Ao indagar o que são a virtude e o bem, Sócrates realiza na verdade, duas


interrogações. Por um lado, interroga a sociedade para saber se o que ela costuma
considerar virtuoso e bom corresponde efetivamente à virtude e ao bem: e, por outro lado,
interroga os
indivíduos para saber se, ao agir, possuem efetivamente consciência dos
significado e da finalidade de suas ações, se o seu caráter ou sua índole são virtuosos e
BOMBEIRO: O AMIGO CERTO NAS HORAS INCERTAS
APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 24
bons realmente. A indagação ética socrátíana diríge-se, portanto, à sociedade e ao
indivíduo.

As questões socrátícas inauguram a ética ou filosofia moral, porque definem o


campo no qual valores e obrigações morais podem ser estabelecidos, ao encontrar seu
ponto de partida: a consciência do gente moral É sujeito ótico moral somente aquela que
sabe o que diz, conhece as causas e os fins de sua ação, o significado de suas atenções
e de suas atitudes e a essência dos valores morais. Sócrates firma que apenas o
ignorante é vicioso ou incapaz de virtude, pois quem sabe o que é bem não poderá deixar
de agir virtuosamente.

Se devemos a Sócrates o início da filosofia moral, devemos a Aristóteles a


distinção entre saber teorétíco e saber prático. O saber teorético é o conhecimento de
seres e fatos que existem e agem dependentemente de nós e sem nossa intervenção ou
interferência. gmos conhecimento teorétíco da Natureza. O saber prático é Conseqüência
de nossas ações e, portanto, depende de nós. A ética é ,n saber prático, por seu turno,
distingue-se de acordo com a prática, Considerada como práxis ou como técnica. A ética
refere-se à práxis.

Na práxis, o agente, a ação e a finalidade do agir são inseparáveis. assím, por


exemplo, dizer a verdade é uma virtude do agente, separável de sua fala verdadeira e de
sua finalidade, que é proferir na verdade. Na práxís ética somos aquilo que fazemos e o
que fazemos é a finalidade boa virtuosa. Ao contrário, na técnica, DIZ rístóteles, o agente,
a ação e a finalidade da ação estão separados, sendo independentes uns dos outros. Um
carpinteiro, por exemplo, ao fazer uma mesa, realiza uma ação técnica, mas ele próprio
não é essa ação nem a mesa produzida por ela. A técnica tem como finalidade a
fabricação de alguma coisa diferente do agente e da ação fabricadora. essa maneira,
Aristóteles distingue a ética e a 'técnica como práticas que diferem pelo modo de relação
do agente com a ação e com a finalidade da ação.

Também devemos a Arístóteles a definição do campo das ações éticas. Estas


não só são definidas pela virtude, pelo bem e pela obrigação, mas também pertencem
àquela esfera da realidade na qual cabem a deliberação e a decisão ou escolha. Em
outras palavras, quando o curso de uma realidade segue leis necessárias e universais,
não há como nem por que deliberar e escolher, pois as coisas acontecerão
necessariamente taís como as leis que as regem determinam que devam
acontecer.

Não deliberamos sobre as estações do ano, o movimento dos astros, a forma


dos minerais ou dos vegetais. Não deliberamos e nem decidimos sobre aquilo que é
regido pela Natureza, is to é, pela necessidade. Mas deliberamos e decidimos sobre tudo
aquilo que, para ser e acontecer, depende de nossa vontade e de nossa ação. Não
deliberamos e não decidimos sobre o necessário, pois o necessário é o é o que será
sempre, independentemente de nós. Deliberamos e decidimos sobre o possível, isto é
sobre aquilo que pode ser ou deixar de ser, porque para ser e acontecer depende de nós,
de nossa vontade e de nossa ação. Aristóteles acrescenta à consciência moral, trazida
por Sócrates, a vontade guiada pela razão como o outro elemento fundamental da vida
ética.

A importância dada por Aristóteles à vontade racional, à deliberação e à


escolha o levou a considerar uma virtude como condição de todas as outras e presente
em todas elas: a prudência ou sabedoria prática. O prudente é aquele que, em todas as
situações é capaz de julgar e avaliar qual a atitude e qual ação que melhor realizarão a
BOMBEIRO: O AMIGO CERTO NAS HORAS INCERTAS
APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 25
finalidade ética, ou seja, entre as várias escolhas possíveis, qual a mais adequada para
que o agente seja virtuoso e realize o que é bom para sí e para os outros.

Se examinarmos o pensamento filosófico dos antigos, veremos que nele a ética


afírma três grandes princípios da vida moral:

1. Por natureza, os seres humanos aspiram ao bem e à felicidade, que só


podem ser alcançados pela conduta virtuosa;

2. A virtude é uma força interior do caráter, que consiste na consciência do bem


e na conduta definida pela vontade guiada pela razão, pois cabe a esta última o controle
sobre instintos e impulsos irracionais descontrolados, que existem na natureza de todo
ser humano;
3. A conduta étíca é aquela na qual o agente sabe o que está e o que não está
em seu poder realizar, referíndo-se, portanto, ao que é possível e desejável para um ser
humano. Saber o que está em nosso poder significa, principalmente, não se deixar
arrastar pelas circunstâncias, nem pelos instintos, nem por uma vontade alheia, mas
afirmar nossa independência e nossa capacidade de autodeterminação.

O sujeito ético ou moral não se submete aos acasos da sorte, à vontade e aos
desejos de um outro, à tirania das paixões, mas obedece apenas a sua consciência - que
conhece o bem e as vírtudes - e à sua
vontade racional - que conhece os meios adequados para chegar aos fins
morais. A busca do bem e da felicidade são a essência da vida ética.

Os filósofos antigos(gregos e romanos) consideravam a vida ética


transcorrendo como um embate contínuo entre apetites e desejos - as paixões - e nossa
razão. Por natureza, somos passionais e a tarefa primeira da ética é a educação de nosso
caráter ou de nossa natureza, para seguirmos a orientação da razão. A vontade possuía
um lugar fundamental nessa educação, pois era ela que deveria ser fortalecida para
permitir que a razão controlasse e dominasse as paixões.
O passional é aquele que se deixa arrastar tudo quanto satisfaça
imediatamente seus apetites e desejos, tomando-se escravo deles. Desconhece a
moderação, busca tudo ímoderadamente, acabando vítima de si mesmo.
Podemos resumir a ética dos antigos em três aspectos principais:
1. O racionalismo: a vida virtuosa é agir em conformidade com a razão, o que
conhece o bem, o deseja e guia nossa vontade até ele;
2. O naturalismo: a vida virtuosa é agir em conformidade com a Natureza (o
cosmos) e com a nossa natureza ( nosso ethos), que é a parte do todo natural,
3. A inseparabilidade entre ética e política: isto é, entre a conduta do
indivíduo e os valores da sociedade, pois somente na existência compartilhada com os
outros encontramos liberdade, justiça e felicidade.
A ética, portanto era concebida com educação do caráter do sujeito moral para
dominar racionalmente impulsos, apetites e desejos, para orientar a vontade rumo ao bem
e à felicidade, e para formá-lo como membro da coletividade sociopolítica. Sua finalidade
era a harmonia entre o caráter do sujeito virtuoso e os valores coletivos, que também
deveriam ser virtuosos.

Referências Bibliográficas
Chaui, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo. Atica. 1996

BOMBEIRO: O AMIGO CERTO NAS HORAS INCERTAS


APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 26
ÉTICA E VALORES – 2ª PARTE

Professor Mestrando Mareus Vinícius de Miranda


Escola Superior de Educação Física de Muzambinho - MG

OS IDEAIS ÉTICOS NO DECORRER DA HISTÓRIA

Para os gregos o ideal ético estava ou na busca teórica e prática da idéia de


Bem , da qual as realidades mundanas participariam de alguma maneira (Platão), ou
estava na felicidade (Aristóteles).
Para outros gregos, o ideal ético estava no viver de acordo com a natureza, em
harmonia cósmica.
No cristianismo, os ideais éticos se identificaram com os religiosos. O homem
viveria para conhecer , amar e servir a Deus, diretamente e em seus irmãos.
Com o Renascimento e o Iluminismo a burguesia que começava a crescer
acentuou outros aspectos da ética: o ideal seria viver de acordo com a própria liberdade
pessoal.
No século XX, os pensadores da existência apontavam a liberdade como um
ideal ético apontando para a autenticidade, opção, cuidado, etc.
Já o pensamento social e dialético buscou como ideal ético a idéia de uma vida
social mais justa, com a superação das injustiças econômicas mais gritantes.
Finalmente vemos que a maioria dos paises ricos atuais se caracteriza por uma
ética que em muitos casos lembra a busca grega do prazer, mas nem sempre com
moderação.
A reflexão ético-social do século XX trouxe uma observação importante: na
massificação atual, a maioria hoje talvez já não se comporte mais eticamente, pois não
vive imoral, mas amoralmente.

A ÉTICA NOS DIAS DE ATUAIS

Hoje a ética foi reduzida a algo de privado. Os grande problemas éticos se


encontram na família, na sociedade civil e no Estado.
Quando falamos na família, vemos que hoje se colocam de maneira muito forte
as questões das exigências éticas do amor.
Quando nos voltamos para a sociedade civil, vemos que os problemas atuais
continuam os mais urgentes: referem-se ao trabalho e à propriedade.
Em relação ao Estado, os problemas éticos são muito ricos e complexos. A
liberdade do indivíduo só se completa como liberdade do cidadão de um Estado livre e de
direito. As leis, a Constituição, as declarações de direitos, a definição dos poderes, a
divisão dos mesmos para evitar abusos, e a própria prática das eleições periódicas
aparecem hoje como questões éticas fundamentais.

ÉTICA E EDUCAÇÃO FÍSICA

Considerada como um importante fator na vida dos indivíduos, a Educação


Física apresenta aspectos que lhe conferem características para a sua profissionalização.
Entre eles são destacados dois que são a existência de um conhecimento especializado e
técnico e a existência de uma competência especial para a devida aplicabilidade,
possibilitando que seus valores e benefícios sejam efetivos à sociedade.
Quando falamos da atuação do profissional e das relações que o mesmo
estabelece, é importante reforçarmos a dimensão ética disso, discutindo os valores,
significados, o que leva à busca de um desempenho profissional competente, mostrando
a necessidade de um saber fazer bem.
BOMBEIRO: O AMIGO CERTO NAS HORAS INCERTAS
APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 27
Assim sendo, a atuação profissional de Educação Física está baseada na
ética que parte da existência da história da moral, enquanto conjunto de normas que
regulam o comportamento individual e social do homem, tendo como ponto de partida,
seus valores, princípios e normas, buscando atender aos anseios da sociedade.
Por essa condição, a qualidade e competência da atuação dos profissionais,
sustentam-se na ética da Educação Física evitando com isso, sua redução a uma
atividade normativa ou pragmática que a transformaria em um objeto do senso comum,
isto é, num conjunto de regras ou normas adquiridas informalmente. Sabe-se que, com o
desenvolvimento e necessidades de hoje, a sociedade já não aceita mais essa alternativa.
O CÓDIGO DE ÉTICA

O Código de Ética vem nos falar em seus artigos de importantes resoluções que
envolvem Responsabilidades, Deveres, Proibições, Direitos, Benefícios, Infrações,
Penalidades, Julgamento e Casos omissos, sendo eles:

Art. 1° - Deveres e responsabilidades dos profissionais de Educação Física;


Art. 2º - O que é vedado ao profissional de Educação Física;
Art. 3º - A conduta do profissional de Educação Física com relação aos colegas
deve ser pautada nos princípios de consideração, apreço e solidariedade em consonância
com os postulados de harmonia da categoria profissional;
Art. 4º - O profissional de Educação Física deve, em relação aos colegas,
observar algumas normas de conduta;
Art. 5º - O profissional de Educação Física deve, com relação à profissão,
observar algumas normas de conduta;
Art. 6º - Os direitos do profissional de Educação Física;
Art. 7º - O profissional de Educação Física deve fixar previamente o contrato de
serviços, de preferência por escrito, em bases justas, considerando os seguintes
elementos:
• A relevãneia, o vulto, a complexidade e a dificuldade do serviço a ser
prestado;
• O tempo que será consumido na prestação do serviço;
• A possibilidade de ficar impedido ou proibido de prestar outros serviços
paralelamente;
• O fato de tratar de cliente eventual, temporário ou permanente;
• Necessidade de locomoção na própria cidade ou para outras cidades, do
Estado ou País;
• Sua competência, renome profissional e equipamentos e instalações;
• Maior ou menor oferta de trabalho no mercado onde estiver inserido;
• Valores médios praticados pelo mercado em trabalhos semelhantes.
Art. 8° - O profissional de Educação Física poderá transferir a prestação dos
serviços a seu encargo a outro Profissional de Educação Física, com a anuência do
cliente;
Art. 9º - É vedado ao Profissional de Educação Física oferecer ou disputar
serviços profissionais mediante aviltamento de honorários ou concorrência desleal;
Art. 10° - A transgressão dos preceitos deste Código constitui infração
disciplinar, sancionada segundo a gravidade, com a aplicação de uma das seguintes
penalidades:
• Advertência escrita reservada com ou sem aplicação de multa;
• Censura pública, no caso de reincidência específica; • Suspensão do exercício
da profissão;
• Cancelamento do registro profissional e divulgação do fato;

BOMBEIRO: O AMIGO CERTO NAS HORAS INCERTAS


APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 28
Art. 11° - O conhecimento efetivo de qualquer infração deste Código por um
profissional nele inscrito, sem a correspondente denúncia ao respectivo Conselho
Regional, constitui em infração ao mesmo;
Art. 12° - Aplicação de penalidade, conforme os preceitos deste código,
ocorrerão após o julgamento pelo T. R. E. e no caso de recurso pela sentença do T. S. E.
;
Art. 13° - A penalidade prevista como advertência, consiste numa admoestação
ao infrator reservadamente, acompanhada ou não do pagamento de multa que poderá
variar entre 1 e 1 O vezes o valor da anuidade;
Art. 14° - A censura pública consiste numa repreensão que será registrada em
sua ficha no CREF na presença de duas testemunhas.
Art. 15° - A suspensão do exercício profissional não poderá ultrapassar a 29
dias com prejuízo dos proventos;
Art. 16° - O cancelamento do registro profissional de Educação Física, impede o
exercício profissional em qualquer circunstância;
Art. 17° - O julgamento das questões relacionadas às transgressões a este
Código de Ética caberá, inicialmente, aos Conselhos Regionais de Educação Física, que
funcionarão como Tribunais Regionais de Ética;
Art. 18° - As omissões deste Código serão analisadas pelo Conselho Federal de
Educação Física.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

.ARANHA, M. L. A. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo. Moderna, 1993.


CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo. Ática, 1996.

SOCORROS DE URGÊNCIA - PREVENÇÃO E PROCEDIMENTOS

Professor Dougias Bueno da Silva Professora Mestre Flávia Maria Serra Ghirotto
Escola Superior de Educação Física de Muzambinho - MG

Neste resumo sobre Primeiros Socorros, apresentaremos os quadros onde


qualquer pessoa poderá intervir sobre Lima pessoa que sofre um acidente, com
condições de fazer alguma coisa sem o risco de piorar seu estado.
Assim não teremos a preocupação de descrever a massagem cardíaca, que a
nosso ver é imprescritível que se faça. Treinamento com bonecos. Esta massagem
cardíaca feita intempestivamente e sem o devido treino pode ocasionar lesões cardíacas
e torácicas, muitas vezes piores do que a patologia ou o trauma inicial.

O nosso lema como socorrista sempre será:


"'MUITO AJUDA QUEM NÃO ATRAPALHA".

Isto é se não sabe fazer, não faça, pois sua atuação pode piorar o quadro.
Inicialmente frente a uma emergência, temos sempre que:

I - Conhecermos os telefones dos locais onde poderemos obter socorro:


Hospitais, Bombeiros, Resgate.
Como proceder
Ligar para a emergência mantendo a calma, descrever o que houve e depois
dar seu nome, RG, Endereço, onde deve ser procurada a vítima, referências do local,
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APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 29
conhecidas como igrejas, locais públicos, etc. pois o trote é comum e faz com que os
serviços de resgate tenham que sair sem necessidade.

II - Cuidado com a sua pessoa:


 Locais perigosos, com riscos como: avenidas e ruas com grande
movimento - parar o transito.
 Risco de explosão, fiação elétrica caída.
 Em suma não seja a próxima vítima. Não tente ser o herói morto do dia.
Zele pela sua segurança.

III - Cuidado com doenças transmissíveis, proteja, olhos (óculos), mãos (luvas,
etc.)

No local do acidente ou da urgência lembrar sempre do que é mais grave para


a vítima:
a) Respiração - a vítima morre em menos de 5 minutos sem respirar. Então
temos, que verificar se tem alguma coisa na boca obstruindo - sangue - próteses
dentárias, catarro. Com a mão protegida com luva, saco plástico, remove-Ias e verificar se
respira = se há expansão de tórax.
b) Expansão do Tórax - colocar as mãos sobre os 2 lados do peito da pessoa e
verificar se as 2 partes estão elevando-se. Isto serve para identificar problemas na parede
do tórax.
c) Sangramentos - visíveis: grandes lesões na pele, podem provocar grandes
perdas sanguíneas levando a estado de choque neste caso. Devemos comprimir o local
com força para diminuir ou acabar com o sangramento.

1 )Hemorragias Internas - Não são visíveis, pois o corpo tende a desviar o


sangue da periferia. Desta maneira o pulso próximo a extremidade das mãos tende a
diminuir ou desaparecer. É necessário que se pesquise o pulso no punho, dos 2 lados e
também na parte interna do braço, abaixo da mama muscular do bíceps do braço,
também dos 2 lados.
2) Verificar a consciência da pessoa - Isto é se ela é capaz de responder à
perguntas simples tais como: como se chama, nome da mãe, onde mora, se tem irmãos.
Pois pelo simples fato de ouvir, interpretar a pergunta no cérebro e responde-ia, mostra
que há integridade ou poucas lesões cerebrais.
Nas pessoas que não conseguir responder bem estas questões, supor que
tenha lesão cerebral.

OBS. - Sempre que se tenha alteração da consciência, por trauma na cabeça,


pressupor que a coluna vertebral posa ter sido lesada também, principalmente a coluna
cervical. Que a parte mais desprotegida de toda a coluna vertebral. Então temos que
tomar cuidado com o transporte desta pessoa, pois sua lesão pode levar a situações sem
volta, como as tetrapleigias (paralisia dos braços e pernas).

- Visto isto vamos inicialmente. Como proceder ao chegarmos a um local


onde se tenha uma ou mais vítimas de um acidente:

a) Evitar pânico - A ansiedade é normal mais deve ser controlada para se


pensar melhor e realizar corretamente os primeiros socorros.
b) Zelar pela sua segurança (não seja um herói morto)
c) Usar barreiras de proteção (luvas, sacos plásticos, ete)
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APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 30
d) Checar: Consciência, Respiração, Expansão do tórax, Sangramento,
Pulsos no membro superior se possível - no fundo do braço e depois no pescoço.
e) Verificar como foi o acidente se houve grande agressão ao carro, de onde a
pessoa caiu, qual o choque que a pessoa levou, de onde foi retirado da água, ete. pois é
importante nos acidentes observar e interpretar as forças envolvidas.:

1 )Relacionando as forças envolvidas como ocorreu o acidente é possível


estimar as lesões no corpo da pessoa e também se ter a gravidade das lesões.
2) Nos acidentes com carro a forma como ele ocorreu - colisão frontal, de
traseira, lateral, capotamento - velocidade - pela deformação dos componentes internos e
externos do carro.
3) Considerar como graves os acidentes com motocicletas, bicicletas e também
aquelas que foram ejetadas do carro.
4) Todo o atropelamento deve ser considerado potencialmente grave - alto
risco de lesões.
5) Nas quedas - verificar a altura, parte do corpo que sofreu o primeiro impacto.
6) Nos acidentes com arma de fogo - verificar tipo e calibre. Nas armas brancas
o tamanho dela e o local de penetração.

- Lembrar sempre que:

"Vítimas que recebem cuidados definitivos até uma hora após sofre trauma tem
maiores chances de sobreviver do que os que chegam após."

- Manobras para liberação da língua, para desobstrução das vias aéreas. Isto
ocorre em pessoas inconscientes deitadas em decúbito dorsal

- Lembrar que a pessoa inconsciente pode ter lesão cervical - cuidado com o
pescoço.
FERIMENTOS

Ferimento - Ruptura da pele com sangramento externo

Ciassifícação:

A) Escoriação - Somente a superfície da pele é removida, doloridas com pouco


sangramento.

B) Laceração - Ferimento com bordas irregulares no local atingido


arrancamento do tecido.

C) Incisão - Ferimento com bordas regulares - o sangramento depende da


profundidade.

D) Perfuração - Ferimento por objeto pontudo que perfura a pele - o perigo se


encontra em quanto que o corpo foi perfurado - se objeto estiver entravado no local não
retirá-lo.

E) Avulsões - Arrancamento de pedaço de pele: - pode ocorrer hemorragia


grave.

F) Amputação - Separação de parte do corpo. Aqui neste caso, está autorizado


o uso do garrote ou torniquete para estancar a hemorragia.
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APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 31

Como proceder

1 )Proteção individual - não tocar no sangramento sem envolver a mão no


plástico ou luva.
2) Lave o ferimento com água.
3) Remova objetos estranhos que não saiu com o jato de água. 4) Comprima
forte sobre o ferimento para estancar o sangue. 5) Cubra o local com pano limpo.
6) Não é necessário colocar todo, mercúrio, álcool, água oxigenada, sobre o
local. Atrapalha a cicatrização da lesão.
Tipos de sangramentos:

a) Sangramento Arterial - O mais grave, o sangue esguicha do ferimento, e a


perda sanguínea é maior.
b) Sangramento Venoso - O sangue flui para fora, brotando do ferimento.
c) Sangramento Capilar - O mais comum, tem aspecto oleoso e escorre com
lentidão.

Como proceder para controlar o sangramento:

1) Proteção individual - luva, sacos plásticos enrolados na mão.


2) Pano limpo sobre o local de sangramento e aplicar pressão.
3) Se possível elevar o membro.
4) Aplique bandagem sobre o local com pouca contração.

ANAFILAXIA
(Choque alérgico)

Reações alérgicas grandes que pode ocorrer em minutos, quando i pessoa


entra em contato com certas substâncias: Medicamentos: Penicilina, aspirina, sulfas.
Alimentos: frutos do mar, castanhas, amendoim, ovos. Ferroadas de insetos: abelhas,
formigas, marimbondo. :loiens de flores.

Como identificar;

1) Chiado no peito
2) Respiração curta e rápida
3) Sensação de inchaço na garganta
4) Manchas avermelhadas pelo corpo
5) lnchaço - língua – boca
6) Pulso acelerado
7) Tonturas – vômitos
8) Desfalecimento

LESÕES DO TÓRAX

Como proceder

Avaliar respiração Soltar a roupa


Se o paciente tem aplicado adrenalina debaixo de pele Transporte rápido ao
hospital

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APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 32
No trauma do tórax é importante sempre verificar a respiração - freqüência e
amplitude).
A ferimentos fechados. A lesão principal é fratura das costelas que é
caracterizada pela dor local ao tossir, respirar e ao movimento.

como proceder-
a) Posição confortável com compressão local com um travesseiro ou cobertor.
b) Objetos perfurando o tórax - não retirar

Como proceder
a) Faça um curativo fixando o objeto.
b) Assistência médica imediata

ferimento soprante - ferimento que lesa a parede do tórax e os limões, de forma


que quando a pessoa respira o ar sai pelo ferimento.

Como proceder

a) Pedir a pessoa para respirar firme e colocar um curativo sobre o


local prendendo em 3 pontas deixando uma livre. Feche o lado
com esparadrapo ou fita adesiva, deixe uma parte livre para que o
ar possa sair, e não entrar.
b) Se começar a ter dificuldade para respirar, remova o curativo e
recomeçar a fazer o curativo de novo.

LESÃO NO ABDÔMEN

Ferimento fechado - procure, palpando com a ponta dos dedos por áreas
dolorosas e tensas.

Como proceder:

A) Deixe de jejum - deitada, confortável, cuidado com vômitos

B - Ferimento Penetrante

Se objeto estiver fincado no abdômen não o remova faça curativos com pano
limpo e leve ao hospital.
Se houver saída de vísceras, não tente recoloca-las dentro do abdômen, pois
aumenta a chance de infecção. Cubra-os com pano limpo úmido dobre os panos e leve
rápido ao hospital.

LESÃO DE BACIA ÓSSEA

A pessoa tem muita dor local. Imobilize a pessoa.

Como proceder.

A) Colocar um cobertor entre as pernas e fixa-los, amarrando os joelhos e


tornozelos. Se os joelhos estiverem fletidos não estenda, imobilize desta maneira.
B) Mantenha a pessoa sobre superfície dura.
C) Transporte com uma maca e não role a pessoa e não a movimente
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LESÕES NOS OSSOS - ARTICULAÇÕES E MÚSCULOS

Fratura - perda da integridade do osso:

Pode ser.
1) Fechada: A pele no local da fratura está intacta não há ferimento
2) Aberta: A pele no local da fratura ou próxima a ela está lesionada

Nas fraturas há o risco de lesões de estruturas próximas ao osso lesado, como


artérias, veias e nervos e órgãos como coração, fígado, bexiga urinária e reto.

Como identificar uma fratura

A) Deformidade no local
B) Dor intensa a palpação C) Inchaço
D) Incapacidade do uso do local lesionado
E) Movimentos anômalos em local que não existem
F) Crepitação no local - pelo roçar das extremidades ósseas lesada,,

Como proceder.

A) Remover a roupa sobre o local


B) Imobilize em posição, se possível de repouso (como dormimos) com talas
de madeiras, papelão, etc
C) Se tiver exposto cubra o local com pano limpo, e imobilize (diminui c, dor)

É obrigatório verificar.

1 )Circulação no local alem da fratura - pulso, coloração da pele - pois pode


haver lesão de artéria - emergência
2) Sensibilidade - passando a mão na extremidade da área lesada E
verificando se a pessoa sente - se não, lesão nervosa - emergência.
3) Movimentos - impossibilidade de realizar movimentos - lesão nervosa- -
emergência.

Como proceder

A) Repouso
B) Gelo local
C) Imobilizar como esta e se possível na posição de repouso - como dormirmos
- em flexão.

LUXAÇÃO

Quando as extremidades ósseas que compõem a articulação deixam de


encontrar - ocorre deformidade no local - é uma emergência As mais comuns ocorrem -
ombro, dedos, mandíbula. Temos dor intensa, imobilidade funcional, inchaço local.

Como proceder:

A) Não tentar colocar no lugar por mais simples que possa parecer. B) Avaliar -
pulso distal, sensibilidade distar, movimento distal. C) Repouso - gelo.
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APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 34
D) Imobilize na posição encontrada - Entorse: Ruptura de ligamentos que
compõem uma articulação - eles foram esticados além de sua capacidade: dor intensa no
local - hematoma.

Como proceder

A) Repouso
B) Gelo local
C) Imobilização

DISTENSÃO MUSCULAR

Ocorre quando o músculo realiza um trabalho que vai alem da sua capacidade
de estender provocando rupturas das fibras musculares.
A pessoa tem dor aguda, dor ao toque no músculo, aumento de volume local,
perda da força e dor muscular ao realizar movimentos.

Como proceder.:

A) Repouso
B) Gelo local

CONTUSÃO MUSCULAR

Trauma direto contra o músculo. Ocorre dor local, inchaço com presença de
hematoma local hora após.

Como proceder.-

A) Repouso
B) Gelo local

CÂIMBRAS
Espasmos e contrações musculares não controladas, provocando dor intensa e
perda do movimento.
Como Proceder:

a) alongar a musculatura afetada


b) pressionar o músculo afetado
c) compressa de gelo
d) reposição hídrico- eletrônico
OBS.:A aplicação da compressa de gelo deve durar entre 20 e 30 minutos no Maximo.

DESIDRATAÇÃO PELO CALOR

Causas: Transpiração acentuad; pequeno aumento da temperatura.


Ocorre pela baixa ingestão de líquidos durante exercícios extenvantes e
prolongados.

Sintomas:
a) sede intensa
b) fadiga
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APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 35
c) dor de cabeça
d) náusea e vômitos.

Como proceder:

a) remova para lugar fresco


b) bebida isotônica
c) eleve as pernas – 30 cm
d) remova excesso de roupa
e) borrife água e abane

INTERMAÇÃO

Clássica: Ocorre mais em pessoas idosas, doentes crônicos, alcoólatra e


obesos. Nos dias quentes de verão: ocorre desidratação e elevação da temperatura.
pode-se ter até 50% de morte.
POR ESFORÇO:
Acomete atletas e trabalhadores, militares e pessoas que transpiram muito. Em
demasia ela se desenvolve com palidez. A pessoa ficar com a pele extremamente quente,
suor intenso, podendo chegar a confusão mental – agressivas agitadas, podendo chegar
a convulsão e coma.
O que fazer:

A) remova a vítima pala lugar fresco


B) retire suas roupas, ficando apenas de roupas intimas
C) cabeça e tronco (ombros) elevados
D) resfrie a pessoa: borrifando água, abanado, compressas de gelo
(axilas, virilhas, pescoço)
E) procurar um medico pois há risco de morte eminente.

REMOÇÃO DE ACIDENTADOS

Em acidentes o transporte é preservar a vítima, durante a sua remoção. Avaliar se deve


ser retirada do local se houver risco eminente de morte.
a) risco de incêndio
b) risco de explosão
c) impossível garantir segurança no local – multidões
d) impossível atentar a vítima no local onde ela se encontra.

Regras importantes:
a) todas as lesões devem ser imobilizadas antes do transporte – principalmente o
pescoço e a coluna como um todo.
b) Cuidado para não ser a próxima vítima.
c) Não remover a vítima com suspeita de fratura de coluna, a não ser em casos
excepcionais
d) Remove-la apenas após saber para onde levar
e) Não abandone as pessoas inconscientes ( vômitos – morte por sufocamento)
f) Não tente remover a vítima sozinho se houver outras pessoas próximas.
g) Cuidado com as secreções ( sangue, saliva, fezes, urina) pois elas podem
transmitir doenças – proteção com material impermeável.

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APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 36
ACIDENTES AUTOMOI3ILíSTICOS
A) Estacione seu carro fora da faixa de rolamento (+- 20metros) - pisca alerta ligado
B) Se possível e necessário pare o trânsito no local
C) Peça para avisar autoridades e regate (se houver)
D) Desligue os carros acidentados e sinalize +- 100 metros antes
E) Imobilize a cabeça e o pescoço das vítimas com as mãos - proteção impermeável
F) Avalie respiração, expansão pulmonar e pulsos
G) Não as remova a não ser que tenha outros riscos - colisões, fogo
H) Se não houver outros meios como ambulâncias, remova os acidentados em carros,
camionetes, onde possa a coluna ficar reta e imobilizando o pescoço e a cabeça.

INCÊNDIO
Oriente o abandono da área.
Chamar bombeiros.
Usar extintor de incêndio manual apenas para pequenos incêndios eles duram 25
segundos apenas

ACIDENTES COM CORRENTE ELÉTRICA

Na eletrocussão a corrente passa pelo corpo, acompanhando áreas de menor resistência


- vasos sanguíneos e nervos, até achar um ponto de saída. Ela gera calor e causando
grandes danos. Estes danos geralmente aparecem horas após o acidente.
O que fazer.-
A) Desligar a corrente elétrica ou pedir para a concessionária faze-lo;
B) B) Não toque nos fios;
C) Não tente remover a vítima. OBS> Ao se aproximar da vítima você irá sentir
formigamento nas pernas, pare e volte saltitando em um pé;
D) Permanecer dentro do carro, se os fios caíres sobre eles;
Não remoa os fios caídos.

ACIDENTES COM PRODUTOS PERIGOSOS

Procurar placas interativas – tipo explosão, “tóxicos”, corrosivos


O que fazer.-
A) Afastar da área contra o vento
B) Se entrar em contato, lavar com água corrente
C) Retirar as roupas – se houver contato
D) Afastar as outras pessoas.

ACIDENTES EM ESPAÇOS CONFINADOS

Espaço confinados – local onde possam ocorrer a ocupação humana. Ex.: esgotos,
porões, cisternas, silos, caixas d’água.
Nestes locais tem pouco oxigênio e rapidamente a vítima fica inconsciente.

O que fazer:
A) Chame por socorro
B) Não entre no local - a não ser que tenha equipamento autônomo de respiração

ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS

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APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 37
Acidentes comuns na zona rural e no turismo rural. Com o aumento do interesse pelo
rapei, rafting, etc. Aumenta a quantidade de pessoas que vão as matas. Os acidentes
com animais peçonhentos estão aumentando.

Cobras:

No acidente com cobras é muito importante identificação da cobra. Esta medida visa
descartar o acidente com cobras não peçonhentas e o uso do soro antiveneno específico,
que é o único tratamento eficaz.
Os venenos das cobras dependendo do gênero causam dor local com hemorragias, outro
apenas formigamento local, com queda das pálpebras.
Como regra geral; quanto mais rápido o aparecimento de sintomas mais grave o acidente,
mais rápido se faz o uso do antiveneno (soro específico).
TRATAMENTO GERAL:

A) Repouso - Não fazer o paciente correr. Transporta-lo rapidamente até o veículo, se


possível carregando.
B) Manter elevado e estendido o segmento mordido.
C) Dar líquidos.
D) Limpar o local com água corrente

Não fazer:

A) Dar bebidas estranhas à pessoa


B) Cortar ou perfurar o local (risco de infecções)
C) Não colocar substâncias sobre o local da mordida

O único tratamento eficaz é o soro antiveneno específico que deve ser aplicado nas 2
primeiras horas se possível.

Escorpião:

De ocorrência comum, geralmente próximo de casas com entulhos ao redor. Acometendo


65% dos casos extremidade do membro superior geralmente acidentes benignos - cursam
com intensa dor local, os casos graves ocorrem em crianças.

Primeiros socorros:
A) Identificação do animal B) Repouso
C) Controle médico principalmente crianças.

Aranhas:

Tem habito domiciliares e peridomiciliares.

Os acidentes mais comuns são com:


- Aranhas Armadeiras (elas elevam as pernas dianteiras armando o salto);
- Aranhas Marrons: pouco agressivas encontradas em barrancos;
- Aranhas Viúva Negra: acidentes ocorrem quando são comprimidas; - Aranhas
Caranguejeiras: Aranha de jardim
ACIDENTES COM HIMENÓPTEROS

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APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 38
Os acidentes geralmente causam dor local. A gravidade do caso ocorrem em pessoas
alérgicas ao veneno, crianças e velhos. As pessoas devem ser levadas ao hospital para
observação.

Primeiros socorros:
A) Identificar o animal;
B) Repouso
C) Analgésicos - antialérgicos (médico)

Abelhas:

Os acidentes podem ser mortais dependendo do número de picadas (+ de 200 picadas já


leva a lesões gravíssimas, com dose mínima mortal de veneno) e com alergia ao veneno

Primeiros socorros:
A) Remover os ferrões por raspagem e não por arrancamento.
B) Observar sinais graves independentes do número de picadas. C) Grande vermelhidão
no corpo.
D) Falta de ar - reações semelhantes a asma. E) Vômitos - diarréia.
F) Queda de pressão - batedeiras

VESPAS:- Marimbondos

Os mesmos efeitos do veneno podem ocorrer apenas que não deixa o ferrão preso a pele
da pessoa

Formigas:

Acidente com grande número de picadas, formando pápulas locais.

Primeiros socorros:
A) Remoção das roupas
B) Compressas frias locais

ACIDENTES COM LAGARTAS - TATURANAS

Acidentes comuns, o relacionado com o período do ano, mais comum nos períodos
quente.

Primeiros socorros:
A) Lavar o local com água fria B) Elevação dos membros C) Analgésicos

Se apresentar hemorragias voltar serviço médico com urgência.

Besouros (Potó):
Pequenos besouros alongados causando lesões caustica levando a dermatite.

Primeiros socorros:
A) Lavar com água corrente B) Permanganato de potássio C) Tintura de iodo local

Arraias
Acidentes dentro de rios e mar, por ferroadas - dor intensa.

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APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 39
Primeiros socorros: A) Lavar o local B) Água morna
C) Compressão local

Celenterados
Anêmonas, corais, caravelar, águas vivas - disparam dardos venenosos - nematocisto.

Primeiros socorros:
A) Repouso local afetado
B) Retirada dos tentáculos - pode aumentar envenenamento C) Não usar água doce
D) Não esfregar panos secos
E) Usar luvas ou facas
F) Lavar com água do mar
G) Ácido acético - vinagre a 5% por 30minutos
H) Retirar os ferrões restantes. Aplicar porta bicabornato talco e água do mar, esperar
secar e raspar com faca
1) Gelo ou água fria do mar por 5 - 10 minutos

QUEIMADURAS

A pele humana é o maior órgão do corpo humano. Com a sua destruição temos as perdas
de defesas, como a barreira mecânica contra a invasão das bactérias, controle de perda
de calor o que pode levar a graves alterações do organismo.

Classificação das queimaduras:


1º Grau - Vermelhidão local
2º Grau - Aparecimento de bolhas
3ºGrau - Destruição da pele com aparecimento de tecidos profundos como músculos.

Causas:

A) Térmico: Calor mais comum, frio, usar água fria ou quente


B) Elétricas: Alta ou baixa tensão, os efeitos graves podem aparecem 1 a 2 dias após.
C) Químicos: Pós - Remover o pó com escavação e lavar com água; Líquidos: Lavar com
água corrente
D) Atrito: Lesões semelhantes as térmicas. Cuidado com pequenos corpos estranhos no
local - limpeza com água
E) Radiação: Pouco freqüentes - tratamento difícil.

OBS.: As queimaduras com substancias que virem gelatinas= plásticas, piche - uso de
água deve ser mais prolongado pois a queimadura é sempre mais profunda.

ÁREA CORPORAL QUEIMADA

Temos várias tabelas para isto, mas na urgência pode-se usar o calculo da palma da mão
que equivale a 1% da área do corpo. Então quando a queimadura ultrapassa a 10% da
área corporal a observação no hospital se faz obrigatório.
Nos acidentes fechados, ternos que lembrar que o ar aquecido pode queimar as vias
respiratórias agravando as lesões.

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Tratamento de urgência:

A) Retirar a pessoa do local se ambiente fechado


B) Colocar água fria - calor, ou água quente (frio) em abundancia
C) Retirar objetos metálicos que conservam calor - anéis, pulseiras fivelas, etc.
D) Cobrir a lesão com pano limpo
E) Encaminhar a um hospital mais próximo

Não colocar outras substancias sobre o local como pasta de dente, óleo de cozinha,
azeite, pois alem de não resolver causa dor ao ser removido no hospital.

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