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2. (Unifesp 2022) Examine o meme criado a partir de uma cena famosa do filme O sétimo selo,
do cineasta sueco Ingmar Bergman.
3. (Unichristus - Medicina 2022) Terminou a agonia do dia longo e azul. Puseram-lhe nas mãos
o Cruzeiro do Sul
E o céu todo se encheu de sangue constelado, como se um grande deus se houvesse suicidado!
E a tarde viúva lhe caiu de bruços sobre o corpo ainda quente e lhe fechou os olhos longamente
e chorou tanto que ficou pingando estrelas...
Pingos brancos de lágrimas no espaço.
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EXERCÍCIOS REVISIONAIS DE FIGURAS DE LINGUAGEM
(...)
Aliás
Aceite uma ajuda do seu futuro amor
Pro aluguel
Devolva o Neruda que você me tomou
E nunca leu
Eu bato o portão sem fazer alarde
Eu levo a carteira de identidade
Uma saideira, muita saudade
E a leve impressão de que já vou tarde.
HOLLANDA, Chico Buarque de; HIME, Francis. Chico Buarque, letra e música. São Paulo:
Companhia das letras, 1989. p. 173.
Em “Devolva o Neruda que você me tomou / E nunca leu”, observa-se a utilização do autor pela
obra. Isso evidencia a presença de
a) metáfora.
b) metonímia.
c) catacrese.
d) ironia.
e) paradoxo.
5. (G1 - epcar (Cpcar) 2022) Sobre o título do manifesto escrito por Nuccio Ordine – “A utilidade
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Conheci uma moça que escondia como um crime certa feia cicatriz de queimadura que
tinha no corpo. De pequena a mãe lhe ensinara a ocultar aquela marca de fogo e nem sei que
impulso de desabafo levou-a a me falar nela; e creio que logo se arrependeu, pois me obrigou a
jurar que jamais repetiria a alguém o seu segredo. Se agora o conto é porque a moça é morta e
a sua cicatriz já estará em nada, levada com o resto pelas águas de março, que levam tudo.
Lembrou-me isso ao escutar outra moça, também vaidosa e bonita, que discorria perante
várias pessoas a respeito de uma deformação congênita que ela, moça, tem no coração. Falava
daquilo com mal disfarçado orgulho, como se ter coração defeituoso fosse uma distinção
aristocrática que se ganha de nascença e não está ao alcance de qualquer um.
E aí saí pensando em como as pessoas são estranhas. Qualquer deformação, por mais
mínima, sendo em parte visível do nosso corpo, a gente a combate, a disfarça, oculta como um
vício feio. Este senhor, por exemplo, que nos explica, abundantemente, ser vítima de divertículos
(excrescências em forma de apêndice que apareceram no seu duodeno), teria o mesmo gosto
em gabar-se da anomalia se em lugar dos divertículos tivesse lobinhos pendurados no nariz?
Nunca vi ninguém expor com orgulho a sua mão de seis dedos, a sua orelha malformada; mas
a má formação interna é marca de originalidade, que se descreve aos outros com evidente
orgulho.
Doença interna só se esconde por medo da morte – isto é, por medo de que, a notícia
se espalhando, chegue a morte mais depressa. Não sendo por isso, quem tem um sopro no
coração se gaba dele como de falar japonês.
Parece que o principal impedimento é o estético. Pois se todos gostam de se distinguir
da multidão, nem que seja por uma anomalia, fazem ao mesmo tempo questão de que essa
anomalia não seja visivelmente deformante. Ter o coração do lado direito é uma glória, mas um
braço menor que o outro é uma tragédia. Alguém com os dois olhos límpidos pode gostar de
épater uma roda de conversa, explicando que não enxerga coisíssima nenhuma por um daqueles
límpidos olhos, e permitira mesmo que os circunstantes curiosos lhe examinem o olho cego e
constatem de perto que realmente não se nota diferença nenhuma com o olho são. Mas tivesse
aquela pessoa o olho que não enxerga coalhado pela gota-serena, jamais se referiria ao defeito
em público; e, caso o fizesse, por excentricidade de temperamento sarcástico ou masoquista, os
circunstantes bem-educados se sentiriam na obrigação de desviar a vista e mudar de assunto.
Mulheres discutem com prazer seus casos ginecológicos; uma diz abertamente que já
não tem um ovário, outra, que o médico lhe diagnosticou um útero infantil. Mas, se ela tivesse
um pé infantil, ou seios senis. será que os declararia com a mesma complacência?
Antigamente havia as doenças secretas, que só se nomeavam em segredo ou sob
pseudônimo. De um tísico, por exemplo, se dizia que estava “fraco do peito”; e talvez tal reserva
nascesse do medo do contágio, que todo mundo tinha. Mas dos malucos também se dizia que
“estavam nervosos” e do câncer ainda hoje se faz mistério – e nem câncer e nem doidice pegam.
Não somos todos mesmo muito estranhos? Gostamos de ser diferentes – contanto que
a diferença não se veja. O bastante para chamar atenção, mas não tanto que pareça feio.
Fonte: O melhor da crônica brasileira,1/ Ferreira Guillar... [et al.]. 5a ed. Rio de Janeiro: José
Olympio, 2007.
Vocabulário:
épater: impressionar
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7. (Unesp 2022) Para produzir o efeito cômico e também crítico da tirinha, o cartunista mobiliza
os seguintes recursos expressivos:
a) eufemismo e pleonasmo.
b) personificação e hipérbole.
c) hipérbole e eufemismo.
d) personificação e antítese.
e) hipérbole e antítese.
Vaso chinês
(www.academia.org.br)
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“Meu trabalho é a crônica da beleza e do extermínio. Retratos de um país que, em breve, não
veremos mais. Coleciono rostos, paisagens, movimentos, brilhos com a esperança de que não
estarão condenados a viver apenas na memória e no papel. Cada imagem que capturo conduz
à fé de que a natureza e o homem humilde do sertão e das matas resistirão, apesar de tanta
invasão, inconsciência, devastação e morte. De um lado, o genocídio dos povos primitivos, a
miséria, a violentação impune dos ecossistemas; de outro, a fertilização imensa deste país
amazônico, verdadeira sinfonia de belezas. Meu canto é cumplicidade e reverência. Minha
fotografia é oxigênio.”.
(Araquém Alcântara – Brasil em preto e branco. Do site da Revista Prosa, Verso e Arte. Acessado
em 07/01/2022.)
9. (Unicamp indígenas 2022) Assinale a alternativa na qual o autor faz uso de uma antítese.
a) “Coleciono rostos, paisagens, movimentos, brilhos...”
b) “Cada imagem que capturo conduz à fé...”
c) “Meu trabalho é a crônica da beleza e do extermínio.”
d) “Meu canto é cumplicidade e reverência.”
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10. (Unesp 2020) O eu lírico recorre ao recurso expressivo conhecido como hipérbole no verso:
a) “Quem fez tão diferente aquele prado?” (1ª estrofe)
b) “E em contemplá-lo, tímido, esmoreço.” (1ª estrofe)
c) “Quanto pode dos anos o progresso!” (2ª estrofe)
d) “Que faziam perpétua a primavera:” (3ª estrofe)
e) “Árvores aqui vi tão florescentes,” (3ª estrofe)
Havia um homem que odiava Van Gogh. Pintor desconhecido, pobre, atribuía todas suas
frustrações ao artista holandês. Enquanto existirem no mundo aqueles horríveis girassóis,
aquelas estrelas tumultuadas, aqueles ciprestes deformados, dizia, não poderei jamais dar vazão
ao meu instinto criador.
Decidiu mover uma guerra implacável, sem quartel, às telas de Van Gogh, onde quer
que estivessem. Começaria pelas mais próximas, as do Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Seu plano era de uma simplicidade diabólica. Não faria como outros destruidores de
telas que entram num museu armados de facas e atiram-se às obras, tentando destruí-las; tais
insanos não apenas não conseguem seu intento, como acabam na cadeia. Não, usaria um
método científico, recorrendo a aliados absolutamente insuspeitados: os cupins.
Deu-lhe muito trabalho, aquilo. Em primeiro lugar, era necessário treinar os cupins para
que atacassem as telas de Van Gogh. Para isso, recorreu a uma técnica pavloviana.
Reproduções das telas do artista, em tamanho natural, eram recobertas com uma solução
açucarada. Dessa forma, os insetos aprenderam a diferenciar tais obras de outras.
Mediante cruzamentos sucessivos, obteve um tipo de cupim que só queria comer Van
Gogh. Para ele era repulsivo, mas para os insetos era agradável, e isso era o que importava.
Conseguiu introduzir os cupins no museu e ficou à espera do que aconteceria. Sua
decepção, contudo, foi enorme. Em vez de atacar as obras de arte, os cupins preferiram as vigas
de sustentação do prédio, feitas de madeira absolutamente vulgar. E por isso foram detectados.
O homem ficou furioso. Nem nos cupins se pode confiar, foi a sua desconsolada
conclusão. É verdade que alguns insetos foram encontrados próximos a telas de Van Gogh. Mas
isso não lhe serviu de consolo. Suspeitava que os sádicos cupins estivessem querendo apenas
debochar dele. Cupins e Van Gogh, era tudo a mesma coisa.
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Algumas pessoas tornam-se heróis contra sua própria vontade. Mesmo que elas tenham
ideias realmente (ou potencialmente) revolucionárias, muitas vezes não as reconhecem como
tais, ou não acreditam no seu próprio potencial. Divididas entre enfrentar sua insegurança
expondo suas ideias à opinião dos outros, ou manter-se na defensiva, elas preferem a segunda
opção. O mundo está cheio de poemas e teorias escondidos no porão.
Copérnico é, talvez, o mais famoso desses relutantes heróis da história da ciência. Ele
foi o homem que colocou o Sol de volta no centro do Universo, ao mesmo tempo fazendo de
tudo para que suas ideias não fossem difundidas, possivelmente com medo de críticas ou
perseguição religiosa. Foi quem colocou o Sol de volta no centro do Universo, motivado por
razões erradas. Insatisfeito com a falha do modelo de Ptolomeu, que aplicava o dogma platônico
do movimento circular uniforme aos corpos celestes, Copérnico propôs que o equante fosse
abandonado e que o Sol passasse a ocupar o centro do cosmo. Ao tentar fazer com que o
Universo se adaptasse às ideias platônicas, ele retornou aos pitagóricos, ressuscitando a
doutrina do fogo central, que levou ao modelo heliocêntrico de Aristarco dezoito séculos antes.
Seu pensamento reflete o desejo de reformular as ideias cosmológicas de seu tempo
apenas para voltar ainda mais no passado; Copérnico era, sem dúvida, um revolucionário
conservador. Ele jamais poderia ter imaginado que, ao olhar para o passado, estaria criando uma
nova visão cósmica, que abriria novas portas para o futuro. Tivesse vivido o suficiente para ver
os frutos de suas ideias, Copérnico decerto teria odiado a revolução que involuntariamente
causou.
Entre 1510 e 1514, compôs um pequeno trabalho resumindo suas ideias, intitulado
Commentariolus (Pequeno comentário). Embora na época fosse relativamente fácil publicar um
manuscrito, Copérnico decidiu não publicar seu texto, enviando apenas algumas cópias para
uma audiência seleta. Ele acreditava piamente no ideal pitagórico de discrição; apenas aqueles
que eram iniciados nas complicações da matemática aplicada à astronomia tinham permissão
para compartilhar sua sabedoria. Certamente essa posição elitista era muito peculiar, vinda de
alguém que fora educado durante anos dentro da tradição humanista italiana. Será que
Copérnico estava tentando sentir o clima intelectual da época, para ter uma ideia do quão
“perigosas” eram suas ideias? Será que ele não acreditava muito nas suas próprias ideias e,
portanto, queria evitar qualquer tipo de crítica? Ou será que ele estava tão imerso nos ideais
pitagóricos que realmente não tinha o menor interesse em tornar populares suas ideias? As
razões que possam justificar a atitude de Copérnico são, até hoje, um ponto de discussão entre
os especialistas.
12. (Unesp 2019) Em “Copérnico era, sem dúvida, um revolucionário conservador” (3º
parágrafo), a expressão sublinhada constitui um exemplo de
a) eufemismo.
b) pleonasmo.
c) hipérbole.
d) metonímia.
e) paradoxo.
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Mulher proletária,
o operário, teu proprietário
há de ver, há de ver:
a tua produção,
a tua superprodução,
ao contrário das máquinas burguesas,
salvar o teu proprietário.
LIMA Jorge de. Obra Completa (org. Afrânio Coutinho). Rio de Janeiro: Aguilar, 1958.
13. (Uece 2019) Analisando o verso do poema “forneces braços para o senhor burguês” (ref. 1),
a figura de linguagem que aí se destaca é
a) catacrese, uma vez que, como não há um termo específico para o poeta expressar, de forma
adequada, a ideia de “fornecer filhos”, ele se utiliza da expressão “fornecer braços”, lógica
semelhante ao que se costuma usar em termos como “braços da cadeira”.
b) metonímia, tendo em vista que o termo “braços” mantém com o termo “filhos” uma relação de
contiguidade da parte pelo todo para o poeta destacar que o que mulher proletária fabrica é
só uma parte do seu rebento, os “braços”, utilizados para proveito da atividade capitalista, e
não “filhos”, na sua completude como seres humanos, para estabelecer com estes uma
relação afetiva.
c) hipérbole, já que o verso quer enfatizar a ideia de exagero de alguém fornecer inúmeros braços
para o trabalho da indústria mercantil.
d) prosopopeia, pois o poeta está personificando a máquina como se fosse uma mulher produtora
de filhos.
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O país do carnaval
Toda terça-feira
O amor acaba
Um passeio pela cidade do
Rio de Janeiro
Cidade de Deus
Inferno
Asfalto selvagem
Onde estivestes de noite
No shopping
Depois que acabou
Abraçado ao meu rancor
Um beijo de Colombina
14. (G1 - ifsul 2019) A figura de linguagem utilizada no texto, quando o autor cita o país do
Carnaval (Brasil), consiste em substituir um termo por uma expressão mais longa, mantendo a
mesma ideia. Outros exemplos são: O país do sol nascente (Japão), A terra dos faraós (Egito).
A essa figura de linguagem, denominamos
a) perífrase.
b) metáfora.
c) comparação.
d) hipérbole.
15. (Ufu 2018) Fernanda é tudo que sobrou do que sempre me ensinaram. A sombra dos
quarenta graus à sombra. Procurem os gestos no vocabulário, olhem Fernanda: estão todos lá.
Sua vida é um palco iluminado. À direita as gambiarras do perfeccionismo. À esquerda os
praticáveis do impossível. Em cima o urdimento geral de uma tentativa de enredo a ser refeita
todas as noites, toda a vida. Atrás os bastidores, o mistério essencial. Embaixo, o porão, que
torna viáveis os mágicos e onde, faz tanto tempo!, se ocultava o ponto. Em frente o diálogo, que
é uma fé, e comove montanhas.
Na seção Retratos 3x4 de seu site, Millôr Fernandes escreve sobre alguns de seus amigos,
dentre eles, a atriz Fernanda Montenegro.
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EXERCÍCIOS REVISIONAIS DE FIGURAS DE LINGUAGEM
Gabarito:
Resposta da questão 1:
[E]
Resposta da questão 2:
[B]
A representação da morte como ser humano e a resposta debochada que dá ao homem que
lhe perguntava se estava ali por causa dele (trad. - “Não, por causa das plantas que estão no
interior da sua casa”) revela que o meme explora os recursos expressivos da personificação e
da ironia, como transcrito em [B].
Resposta da questão 3:
[A]
Vemos o uso da linguagem figurada no texto, como marcado pelas personificações do céu e da
tarde, por exemplo.
Resposta da questão 4:
[B]
Metonímia é a figura de linguagem caracterizada por uma relação de contiguidade entre dois
elementos, normalmente a partir da ideia de parte pelo todo. Assim, ao valer-se da figura do
autor pela obra, tem-se uma relação metonímica (parte pelo todo).
Resposta da questão 5:
[A]
Vemos um paradoxo no título, já que ele aproxima duas ideias completamente opostas,
colocando a utilidade do inútil.
Resposta da questão 6:
[E]
Ao substituir a palavra “tísico” por “fraco do peito” na frase transcrita em [E], o autor vale-se de
um eufemismo, figura de linguagem que usa termos mais agradáveis para suavizar uma
expressão. Assim, é correta a opção [E].
Resposta da questão 7:
[D]
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Resposta da questão 8:
[B]
Vemos sinestesia em duas expressões dos versos apresentados em [B]: “tinta ardente”, em
que se mesclam os sentidos da visão (tinta) com o paladar (ardente); e “calor sombrio”, em que
se mesclam os sentidos do tato (calor) com a visão (sombrio).
Resposta da questão 9:
[C]
Apenas em [C], o uso dos termos “beleza” e “extermínio” configuram uma antítese,
contraposição de palavras que produzem efeito surpreendente, paradoxal, como a realçar a
diferença entre contrários.
É correta a opção [D], pois a afirmação de que a primavera seria perpétua, ou seja, duraria
eternamente e não três meses, representa uso de recurso expressivo conhecido como
hipérbole, ênfase expressiva resultante do exagero da significação linguística.
A elipse, figura de linguagem que consiste na omissão de uma palavra que se subentende,
está transcrita na opção [B]. Na frase “Começaria pelas mais próximas, as do Museu de Arte
Moderna de São Paulo” (2º parágrafo), foi omitido o vocábulo “telas”, mencionado
anteriormente. (Decidiu mover uma guerra implacável, sem quartel, às telas de Van Gogh,
onde quer que estivessem. Começaria pelas mais próximas, as telas do Museu de Arte
Moderna de São Paulo).
No verso destacado, a palavra “braços” representa os filhos da mulher proletária, que são
tomados como mão de obra pelo senhor burguês. Assim, os braços estariam no lugar do
desses filhos (e sobretudo do seu trabalho), constituindo uma relação de parte-todo,
característica da metonímia.
Perífrase é a figura de linguagem que consiste na substituição de um termo por outro mais
desenvolvido, mas de sentido equivalente. Assim, “país do Carnaval”, “O país do sol nascente”
e “A terra dos faraós” são perífrases.
O texto gira em torno de uma metáfora: a comparação implícita entre Fernanda e um palco
iluminado.
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