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Projeto - Treinamento Funcional

1. Introdução
O presente estudo aborda diferentes dimensões motivacionais, (como saúde,
prazer, estética etc.) e sua relação com o treinamento funcional, e como esses
aspectos influenciam na escolha do treinamento funcional como atividade
física. Os principais objetivos são: revisar com base na literatura existente,
principalmente de língua portuguesa, o conhecimento acerca do treinamento
funcional, seus métodos, objetivos e benefícios, além de identificar os
principais aspectos motivacionais (saúde, prazer e bem-estar, estética,
sociabilidade, controle de estresse e competitividade) associados á prática do
TF (COREZOLA, 2015). O treinamento funcional (TF) refere-se a um conjunto
de exercícios praticados como a finalidade do preparo físico e/ou
aprimoramento de habilidades, cuja execução está relacionada a execução de
ações motoras realizadas no cotidiano. O treinamento funcional define-se como
um novo conceito de treinamento especializado que utiliza o próprio corpo
como instrumento de trabalho, com a finalidade de realizar movimentos de
forma integrada e eficiente. O TF possui uma abordagem dinâmica,
desafiadora, complexa e, principalmente motivante, pois é construído tendo
como base movimentos do cotidiano ou movimentos específicos esportivos a
fim de treinar o indivíduo a partir da funcionalidade dos movimentos. Sua
principal característica está ligada a um conjunto de exercícios para trabalhar o
corpo sob diferentes vertentes e estímulos, buscando, assim, alcançar padrões
de movimentos cada vez mais eficientes como empurrar, puxar, agachar, girar,
lançar, dentre outros. A essência do TF está baseada na melhoria dos aspectos
neurológicos, através de exercícios que desafiam os diversos componentes do
sistema nervoso e resultando em melhorias nas tarefas do dia a dia, bem como
nos gestos esportivos. O TF é realizado contra uma resistência, em que a força
gerada beneficia diretamente a execução de atividades da vida diária e
movimentos associados ao esporte (DA SILVA, RIBEIRO, 2020).

2. O que é treinamento funcional


Treino – sm (der regressiva de treinar) 1 Ato ou efeito de treinar. 2 Exercício ou
conjunto de exercícios praticados por um atleta ou conjunto de atletas como
preparo físico ou como fim de apurar suas habilidades.
Funcioanal – adj (lat functione+al) 1 Relativo as funções vitais. 2 Em cuja
execução ou fabricação se procurar atender, antes de tudo, a função, ao fim
prático.
Em síntese das definições encontradas no dicionário Michaelis (2009), pode-se
dizer que o treinamento funcional se refere a um conjunto de exercícios
praticados como preparo físico ou com o fim de apurar habilidades, em cuja
execução se procura atender a função ao fim prático, ou seja, os exercícios do
treinamento funcional apresentam propósitos específicos, geralmente
reproduzindo ações motoras que serão utilizadas pelo praticante no seu
cotidiano.
Em conceito mais técnico Clark (2001) diz os movimentos funcionais referem-
se a movimentos integrados, multiplanares e que envolvem redução,
estabilização e produção de força. Em outras palavras, os exercícios funcionais
referem-se a movimentos que mobilizam mais de um segmento ao mesmo
tempo, que podem ser realizadas em diferentes planos e que envolvem
diferentes ações musculares (excêntrica concêntrica e isométrica). Para que
esse treinamento seja eficiente, a cadeia cinética funcional deve ser treinada
na busca da melhora de todos os componentes necessários para permitir ao
praticante adquirir o nível ótimo de função ou a ele retornar (MONTEIRO,
EVANGELISTA, 2011).

3. Origem do TF
O treinamento funcional teve sua origem com os profissionais da área de
fisioterapia e reabilitação, já que estes foram pioneiros na utilização de
exercícios que imitavam o que os pacientes faziam em casa ou no trabalho
durante a terapia, possibilitando, assim, um breve retorno à vida normal e a
suas funções laborais após uma lesão cirurgia. Assim, se a tarefa ocupacional
do paciente requeresse levantamentos de peso repetidos, a reabilitação
deveria ter como objetivo principal permitir um retorno a essa função mais
breve possível, com bom desempenho e sem dor.
Baseado no sucesso de sua aplicação na reabilitação, o conceito de
treinamento funcional passou a ser utilizado no desenvolvimento de programas
para a melhora no desempenho Atlético e do condicionamento físico e para
minimizar possíveis lesões dos praticantes da atividade física. Atualmente,
muitos profissionais são adeptos dessa nova metodologia, mesmo com 1 o
volume pequeno de publicações científicas mostrando os benefícios desse tipo
de treinamento em relação aos treinamentos tradicionais (MONTEIRO,
EVANGELISTA, 2011).

4. TF em diferentes faixas etárias


4.1 Idosos
O envelhecimento é um processo multifatorial, gradual e irreversível, que
envolve alterações estruturais e funcionais inerentes a todos os seres vivos,
induzindo perda de capacidade adaptativa, aumento da suscetibilidade a
doenças crônicas não transmissíveis, disfunções osteomusculares e
metabólicas, prejuízos na funcionalidade e na qualidade de vida. A capacidade
funcional pode ser entendida como a competência fisiológica em realizar
atividades da vida diária com autonomia, segurança, independência e sem
fadiga excessiva³. O declínio da capacidade funcional pode ser explicado em
grande parte pela perda de eficiência dos sistemas cardiorrespiratório,
neuromuscular, osteoarticular e somato-sensorial induzida pelo processo de
envelhecimento associado à redução do nível de atividade física habitual.
Portanto, a redução nos níveis de força e potência muscular, na aptidão
cardiorrespiratória, no equilíbrio e em outras variáveis que estão relacionadas à
funcionalidade serão gradativamente observadas durante a vida, caso tais
capacidades não sejam estimuladas adequadamente. Adicionalmente, o
comportamento sedentário acelera o declínio físico e funcional do processo de
envelhecimento, aumentando as dificuldades para se realizar tarefas muitas
vezes de baixa complexidade, tais como caminhar, transportar objetos leves,
calçar meias e sapatos, tomar banho, levantar-se da cadeira, entre tantas
outras, resultando muitas vezes em perda da autonomia e da auto-estima e,
eventualmente, em morte prematura. O TF é um método sistematizado de
exercícios multifuncionais com a premissa básica de melhoria do sistema
psicobiológico. Este tipo de treinamento se baseia na aplicação de exercícios
integrados, multiarticulares e multiplanares, combinados a movimentos de
aceleração, redução e estabilização, que tem como objetivo principal aprimorar
a qualidade de movimento, melhorar a força da região central do corpo (core) e
a eficiência neuromuscular, além de se adaptar as necessidades específicas de
cada indivíduo. Considerando que o TF pode acarretar inúmeros benefícios
para a população idosa, tais como na composição corporal, na força e potência
muscular, na resistência cardiorrespiratória, no equilíbrio, na flexibilidade e,
também, na cognição (REZENDE-NETO, 2016).
4.2 Adultos
Parece ser claro que, para adultos que pretendem manter um bom
condicionamento físico com o intuito de melhorar seu desempenho em uma
atividade esportiva, o treinamento funcional tem muito a contribuir, pois a tarefa
específica sempre é realizada visando a melhora das habilidades esportivas.
Entretanto, quando se fala de condicionamento físico de adultos não atletas,
considera-se sempre treinar os componentes da aptidão física relacionados à
saúde, como resistência aeróbica, anaeróbica força e flexibilidade, afinal, o
objetivo fundamental do treinador é melhorar as condições de saúde de seus
praticantes, e não algum desempenho específico. Foi com esse intuito que a
maioria dos programas de exercício para o público adulto foi criada. Sendo
assim, é muito raro que um programa de exercício tenha como objetivo
principal o desenvolvimento dos outros componentes da aptidão física, que,
segundo Gallahue e Ozmun (2005), estão relacionados ao desempenho, como
equilíbrio, a coordenação, a agilidade, a velocidade e a potência. Esses
componentes são imprescindíveis na realização de atividades físicas, mas não
são o alvo principal do treinamento físico. De acordo com Paul Check A gente
decide (2009), um dos pioneiros na divulgação e na adoção do treinamento
funcional como forma de condicionamento físico, um exercício somente pode
ser considerado funcional se ele preenche esses critérios que são: melhora de
capacidade biomotora relevante, padrão de movimento comparável a reflexos
(reflexos de endireita-mento e equilíbrio), o som do centro de gravidade sobre
sua base de suporte, compatibilidade com programa motor generalizado,
compatibilidade de cadeia aberta/fechada, isolamento para a integração
(MONTEIRO, EVANGELISTA, 2011).

4.3 Criança/Adolescente
Praticar atividades recreativas como pular corda, correr na rua, em parquinhos
são realidades que poucas crianças podem devido à falta de segurança e até
mesmo a falta de tempo de acompanhamento dos pais. De acordo com Vieira,
o treinamento funcional veio com a realidade de introduzir atividades de
movimentos laterais, para frente, para traz, saltos, corridas e muitos outros
previamente trabalhado pelo profissional de Educação Física capacitado. No
Brasil três entre dez crianças sofre com problemas de obesidade e uma
atividade que vem sendo cada vez mais procurada pelos pais dessas crianças
devido ao local de prática que se mantem em segurança e estabilidade para
seus filhos é o Treinamento Funcional, que possibilita realizar exercícios de
psicomotricidade, lateralidade para trabalhar suas capacidades motoras e
outras habilidades que envolvem o desenvolvimento infantil. Nos dias atuais de
acordo com Mesquita, o treinamento tem como característica principal
movimentos que venha desenvolver a musculatura, com movimentos que
envolve o agachar, levantar, pular, flexão e extensão dos joelhos cotovelos,
ofertando o fortalecimento e prevenindo o enfraquecimento dessas junções.
Assim melhorando a aptidão física relacionada a performance e prevenção de
lesão músculo esquelético, também realiza a convergência das habilidades
motoras fundamentais do ser humano, para produção de movimentos mais
eficientes. A vantagem deste método de treinamento é a de atender tanto o
indivíduo mais condicionado como o menos condicionado, criando um
ambiente dinâmico de treino. Assim o treinamento funcional tem como
finalidade melhorar desenvolver o aumento da força das junções ósseas de
todo corpo e principalmente da coluna, em que os movimentos específicos de
fortalecimento exige uma grade de exercícios qualificados. A criança precisa
ser incentivada a ter uma vida mais ativa e nada melhor que oferecer uma
atividade na qual se pratica divertindo. Assim intensifica-se que, a criança por
necessidade natural precisa se exercitar, e o treinamento funcional de acordo
como os autores dos artigos e livros pesquisados é excelente para o bom
desenvolvimento das crianças e adolescentes. Também se justificam que é
possível explorar diversas habilidades, focando o desenvolvimento da
coordenação, o equilíbrio, a agilidade, a resistência, a mobilidade articular e,
principalmente, o gasto de energia. A grande variedade de exercícios e os
constantes desafios proporcionados durante a aula aumentam ainda mais o
interesse e o estímulo do aluno. Atividades como correr, pular, deslocar e saltar,
utilizando materiais como bolas, cordas e barreiras são trabalhadas de forma
lúdica e prazerosa, impedindo que o treino se torne cansativo e monótono
(SOUZA eat, 2018).
5. Benefícios da prática do TF
Os movimentos que compõem o TF, realizados sobre uma biomecânica
corporal correta, claramente poderão trazer os benefícios desejados pelo
praticante, seja este uma atleta, um indivíduo fisicamente ativo ou uma pessoa
sedentária que deseja ingressar na atividade física. Essa visão abrangente
permite que o TF atinja o objetivo de controlar o sistema músculo esquelético,
sem abrir mão do aperfeiçoamento do sistema sensório motor e proprioceptivo,
geralmente esquecido pelos treinamentos convencionais. Além disso, a postura
do corpo humano é controlada diretamente através destes órgãos sensitivos,
que tem entre suas principais funções, a regulação do equilíbrio e a orientação
do corpo no ambiente. No entanto, esse treinamento visa aprimorar ou resgatar
a eficiência do movimento humano para atividades do cotidiano. Além da
tonificação muscular, o treinamento funcional implica maior complexidade do
movimento e envolvimento de várias capacidades físicas. Isso faz o organismo
tem um gasto energético muito maior, além de trazer grandes contribuições,
como melhora da flexibilidade, emagrecimento, otimização da coordenação
motora, equilíbrio e condicionamento cardiorrespiratório. Isso tudo além de
motivação e do aumento da autoestima. Podemos concluir então que um
programa de exercícios funcionais traz vários benefícios tanto ao corpo como
também a mente. Pensando nisso, elucido alguns dos muitos benefícios do
método: (COREZOLA, 2015).
Desenvolvimento da consciência cinestésica;
Melhoria da postura;
Melhoria do equilíbrio muscular;
Diminuição da incidência de lesão;
Melhora do desempenho Atlético;
Estabilidade articular principalmente da coluna vertebral;
Aumento da eficiência dos movimentos;
Melhora do equilíbrio estático e dinâmico;
Melhora da força, coordenação motora;
Melhora da resistência central (cardiorrespiratória) e periférica (muscular);
Melhora da lateralidade corporal;
Melhora da flexibilidade e propriocepção;
dentre outras qualidades necessárias e indispensáveis para a eficiência de
área esportiva.
6. Alguns programas e metodologias do TF
Procurar adequar o treino aos seus alunos é uma necessidade de
qualquer professor e quando se trata de treinamento funcional não
podemos deixar de notar o meio em que está inserido nosso aluno para
que possamos utilizar da melhor maneira possível caráter da
especificidade dos exercícios funcionais: não devemos pensar em
apenas um músculo mas sim movimentos específicos no qual o corpo
em situação de desequilíbrio procura alcançar uma sinergia entre os
diversos segmentos corporais, Utilizando de suas valências físicas, para
com isto realizar o movimento da melhor e mais eficiente forma possível.
Atualmente em nosso país dentre as diversas abordagens
metodológicas aplicadas podemos destacar 3 linhas de treinamento
funcional: aquela voltada à especificidade do desporto, aquela baseada
no pilates que coloca o core como o centro do treinamento e, aquela
voltada aos exercícios interligados com foco na melhora da capacidade
funcional do indivíduo. São necessários três passos básicos:

 Exercícios básicos primeiro: Dominar a técnica dos exercícios


mais simples antes de considerar qualquer progressão como por
exemplo bases instáveis. Um aluno deve conseguir realizar um
movimento simples como um agachamento com seu peso
corporal antes de avançar qualquer etapa.
 Exercícios de peso corporal: A maneira mais fácil de se
entregar um treino de força é a sobrecarga. Se algum aluno não
consegue realizar um exercício com cargas isso significa que seu
corpo ainda não é funcional o suficiente para suportar aquele
peso, sendo necessário reduzi-lo ou retirá-lo.
 Progressão do simples ao complexo: devemos sempre realizar
a progressão de treinamento utilizando os movimentos básicos
primeiros e somente após dominá-los é que devemos acrescentar
carga ou realizá-los de forma mais intensa (COREZOLA, 2015).

7. Papel do Profissional EF e o TF
O profissional de Educação Física, no atual contexto social, vem ganhando
grande destaque na atuação e desenvolvimento de ações motoras ligadas ao
treinamento funcional, principalmente, por se tratar de uma nova metodologia
de treinamento que atrai uma maior atenção daqueles que procuram por uma
atividade diversificada que busca trabalhar todas as funções e capacidades do
corpo. Além disso, ele é responsável também por planejar, organizar e aplicar
programas de treinamento especializados e direcionados para cada objetivo
almejado por seus clientes, dentro das possibilidades discutidas pelas ciências
do treinamento. Ele se torna, então, o principal incentivador e motivador de
seus clientes a adotarem novos hábitos saudáveis e a prática orientada de
exercícios físicos. No entanto, tratando-se de um programa de treinamento
especialidade, deve-se considerar que, sua prescrição depende totalmente da
orientação de um especialista, sendo que o profissional de Educação Física é
capacitado para exercer atividades por meio de intervenções, de avaliação, de
prescrição e orientação de sessões de atividades físicas com fins educacionais,
de treinamento, de prevenção de doenças e promoção da saúde. Considera-se
que a sua formação profissional permite desenvolver um trabalho significativo e
satisfatório voltado para os objetivos esperados por seus clientes/ alunos em
relação à prática orientada. Da mesma forma, torna-se papel do profissional de
Educação Física avaliar as condições dos pacientes e elaborar um programa
de atividades acessíveis ao grupo, possibilitando a realização de um trabalho
permanente e eficaz, visando sempre à melhoria da qualidade de vida de seus
clientes/alunos. (DA SILVA, RIBEIRO, 2020, pg. 123)

8. Conclusão
Os resultados revelaram que os indivíduos considerados ativos apresentaram
aumento dos índices das variáveis ligadas às melhorias da qualidade de vida,
tais como: melhor disposição para o sono e repouso; m aior mobilidade ; maior
disposição para o desenvolvimento das atividades da vida cotidiana; menor
aderência ao uso constante de medicamentos; maior incidência de sentimentos
positivos; aumento elevado da autoestima e aspectos relacionados à imagem
corporal e aparência, melhora significativa no desenvolvimento das relações
pessoais; maior disposição para as atividades sexuais; dentre outras variáveis
analisadas. A falta da prática regular de exercícios físicos pode interferir
diretamente na melhoria de alguns aspectos relacionados à qualidade de vida,
tais como: presença constante de dor e desconforto durante a realização das
atividades diárias; prevalência de sentimentos negativos; dificuldades
relacionadas ao sono e repouso; menor disposição para o desenvolvimento das
atividades da vida cotidiana; menor disponibilidade para manutenção dos
cuidados voltados para a saúde; além de outras variáveis apresentadas. Em
suma, torna-se importante ressaltar que a prática regular de um programa de
treinamento funcional poderá contribuir satisfatoriamente para o aumento das
variáveis relacionadas à qualidade de vida, bem como possibilitar melhorias
para a capacidade funcional do ser humano e aspectos relacionados à
autoestima, autonomia e condições favoráveis para o desenvolvimento das
relações sociais. (DA SILVA, RIBEIRO, 2020, pg. 123)

9. Referências
SOUZA, ANDREIA DE; GOMES, IVANILDA DA SILVA; FAGUNDES, Diego
Santos. TREINAMENTO FUNCIONAL Histórico E Os Benefícios Em Crianças
Sedentárias. 2018.
RESENDE-NETO, Antônio Gomes et al. Treinamento funcional para idosos:
uma breve revisão. Revista brasileira de ciência e movimento, v. 24, n. 3, p.
167-177, 2016.

MONTEIRO, Artur Guerrini; EVANGELISTA, Alexandre Lopes. Treinamento


funcional: uma abordagem prática. Phorte Editora LTDA, 2011.

DA SILVA, Laine Santos; RIBEIRO, Davi Soares Santos. Treinamento


Funcional: contribuições para a qualidade de vida de moradores da área rural
de Paripiranga (BA). Ciência em Movimento, v. 22, n. 43, p. 123-137, 2020.

COREZOLA, Gabriel Moreira. Motivos que levam a prática do treinamento


funcional: uma revisão de literatura. 2015.

Indivíduos ativos, ou aqueles que são sedentários, mas querem começar a


praticar atividade física, podem se beneficiar dos movimentos que compõem o
TF quando executados em uma base biomecânica sólida. TF para atingir o
objetivo de controlar o sistema muscular occipital sem tirar o foco do
desenvolvimento dos sistemas motor e proprioceptivo, que normalmente são
negligenciados no treinamento convencional. além disso, esses órgãos
sensíveis, que têm como funções primárias a regulação do equilíbrio e a
orientação do corpo, são os responsáveis diretos pelo controle da postura do
corpo humano. No entanto, essa formação visa aumentar ou restaurar
eficiência do corpo humano em movimento para as atividades cotidianas. A
eficiência do corpo humano em movimento para atividades cotidianas. Além
adição ao músculo, o treinamento funcional envolve uma maior complexidade
de movimento e envolve uma variedade de habilidades tonificação, o
treinamento funcional envolve uma maior complexidade de movimento e
envolve uma variedade habilidades físicas. Resulta em um gasto energético
muito maior para o organismo, além de benefícios significativos como melhora
da flexibilidade, ganho de peso, melhora da coordenação motora, do equilíbrio
e da condição cardiorrespiratória. Aumento da autoestima, chegar à conclusão
de que um programa de exercícios funcionais tem vários programas de
exercícios apresenta diversas vantagens para o corpo e para a mente. Eu
expliquei alguns dos muitos benefícios do método ao pensar sobre isso:

O QUE É TREINAMENTO FUNCIONAL


O termo “funcional” pode ser entendido como: a) Referente à função ou não
desempenho desta; b) Concernente a funções orgânicas vitais ou à sua
realização; c) Diz-se daquilo que é capaz de cumprir com eficiência seus fins
utilitários; d) é utilizada também como adjetivo particular ou relativo às funções
biológicas ou psíquicas. Ou seja, a aplicação correta do termo “funcional” deve
estar associada ou se relacionar às funções do sistema psico-biológico
humano, com eficácia e respeitando as funções citadas. Sabe-se que o
treinamento funcional está amparado na proposta de melhoria de aspectos
neurológicos que conduzem a capacidade funcional do corpo humano,
empregando exercícios que estimulem os diferentes componentes do sistema
nervoso, gerando, dessa forma, sua adaptação (SILVA, 2011; CAMPOS e
CORAUCCI NETO, 2004). Em uma síntese das definições encontradas no
dicionário Michaelis (2009), pode-se dizer que o treinamento funcional refere-se
a um conjunto de exercícios praticados como preparo físico ou com o fim de
apurar habilidades, em cuja execução se procura atender à função e ao fim
prático, ou seja, os exercícios do treinamento funcional apresentam propósitos
específicos, geralmente reproduzindo ações motoras que serão utilizadas pelo
praticante em seu cotidiano. Em um conceito mais técnico, Clark (2001) diz que
movimentos funcionais referem-se a movimentos integrados, multiplanares e
que envolvem redução, estabilização e produção de força. Em outras palavras,
os exercícios funcionais referem-se a movimentos que mobilizam mais de um
segmento ao mesmo tempo, que pode ser realizado em diferentes planos e
que envolvem diferentes ações musculares (excêntrica, concêntrica e
isométrica). Para que esse treinamento seja eficiente, a cadeia cinética
funcional deve ser treinada na busca da melhora de todos os componentes
necessários para permitir ao praticante adquirir ou retornar a um nível ótimo de
função. Os movimentos funcionais referem-se a movimentos associados,
multiplanares e que abrangem redução, estabilização e produção de força; ou
seja, os exercícios funcionais referem-se a movimentos que empregam mais de
uma fração corporal simultaneamente, podendo ser realizado em diversos
planos e envolvendo diversas ações musculares (excêntrica, concêntrica e
isométrica). Em outras palavras, o treinamento funcional trabalha movimentos,
e não músculos isoladamente, envolvendo, dessa forma, todas as capacidades
físicas – equilíbrio, força, velocidade, coordenação, flexibilidade e resistência -
de forma integrada por meio de movimentos multiarticulares e multiplanares e
no envolvimento do sistema proprioceptivo, este último, de acordo com Ribeiro
(2006 apud SILVA, 2011) relacionado com a sensação de movimento
(sinestesia) e posição articular, sendo que, dentre as principais funções deste
sistema, estão a manutenção do equilíbrio, a orientação do corpo e a
prevenção de lesões. Prandi (2011), comenta que ao eleger determinado
exercício, levando-se em consideração a perspectiva da funcionalidade, não
significa que se realizou “treinamento funcional”, porque está diante de
aspectos distintos.
Referência: DE, A. REDUÇÃO et al. FACULDADE CENTRO–
MATOGROSSENSE CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA.
A ORIGEM DO TF
O exercício físico vem sendo cada vez mais difundido na população em
geral, e assegurado por estudos científicos como fator determinante para a
saúde. Desta forma, uma modalidade que vem ganhando espaço no
ramo fitness é o Treinamento Funcional (TF). O termo surgiu ainda na
Segunda Guerra Mundial, com a reabilitação de lesões dos soldados e teve
seu surgimento no Brasil com os profissionais da fisioterapia na
reabilitação de seus pacientes, em que simulavam movimentos
cotidianos no intuito de promover retorno às funções após trauma ou lesão
(Rodrigues e colaboradores, 2016; Barbosa e colaboradores, 2016). Diante
dos bons resultados, profissionais da Educação Física passaram a utilizar
este método para fins de treinamento. Nesse sentido, o TF aprimora as
aptidões musculoesqueléticas, proporcionando melhoria tanto em
atividades diárias como esportivas específicas. Diferentemente do
treinamento tradicional, que visa a performance do músculo, o TF visa a
performance por meio do movimento. O TF busca o desenvolvimento
integrado das capacidades motoras do praticante permitindo, de
maneira eficiente e segura, melhora na habilidade do movimento, aumento
da força do core e aperfeiçoamento neuromuscular. Ainda em
complemento, os autores destacam a utilização de exercícios de força
visando não só o ganho específico de força, mas também o
desenvolvimento de outras capacidades como potência, agilidade,
flexibilidade, coordenação, equilíbrio e outras. Nesse contexto, destaca- se
que a modalidade TF tem como objetivo aprimorar a capacidade funcional
do corpo como um todo.

Referência: COUTO, Luiza Cerqueira; DE PAIVA FERREIRA, Thaís Alves;


COSTA, Mara Jordana Magalhaes. Características das capacidades físicas de
praticantes da modalidade treinamento funcional. RBPFEX-Revista Brasileira
de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 14, n. 92, p. 645-656, 2020.
Citação: (COUTO, DE PAIVA FERREIRA E COSTA, 2020)

ADULTOS
Enfrentamos diariamente uma rotina de tarefas e compromissos individuais.
Junto a isso, estamos vulneráveis a lesões, doenças e fatores de risco. Para
qualquer um desses componentes, o exercício físico é uma forma central de
prevenção. Os índices de obesidade e sedentarismo crescem em nosso país,
abrindo portas para uma intervenção profissional voltada ao combate, ao
tratamento e principalmente a precaução como um estilo de vida ativo e
saudável sobre atividades físicas. A necessidade de criar uma cultura saudável
e sólida sobre a prática de exercícios é um desafio para o Educador Físico em
todos os lugares em que se encontra. O Treinamento Físico Funcional é um
método recente dentro do mercado fitness nacional. Sua centralidade volta-se
para o desempenho das habilidades físicas do corpo humano. Com isso,
aplicamos dentro de um espaço de treinamento sua metodologia inclinandose
para os objetivos individuais de cada sujeito. A proposta de uma forma prática
de exercícios diferenciados, específicos e baseado na anatomia humana
enriquece a sua estrutura metodológica. A comunidade científica começa a
receber seus estudos como aqui estamos, a fim de contribuir, informar e
encontrar respostas relevantes para nossa sociedade. Vivemos em uma
globalização mecânica sobre o trabalho dia após dia, perdendo na maioria dos
casos, nossas referências anatômicas e movimentos gerais do nosso corpo
que não utilizamos. É neste contexto que necessitamos de exercícios livres,
funcionais e complexos sobre nossas capacidades físicas. Com objetivo de
manter nosso organismo funcionando conforme sua própria aptidão física foi
gerada para produzir, em níveis saudáveis. Como complementam Teixeira e
Evangelista (2014), o Treinamento Físico Funcional busca o aprimoramento
das funções vitais do nosso corpo. E o desenvolvimento específico de
movimentos que contemplam nossas atividades da vida diária (TEÔTONIO et
al., 2014). Nesta linha, temos um direcionamento conceitual para um fim prático
específico, a fim de promover saúde e conquistar objetivos individuais. O
treinamento executado na prática explicitou a realidade que o método envolve.
Os conceitos teóricos fundamentados tornaram-se evidentes pela intervenção.
O encaixe dos padrões de movimento, suas proporções dentro da prescrição
até a execução de cada exercício, apresentou a forma clara da metodologia,
evidenciando a real proposta e forma de trabalho do Treinamento Físico
Funcional. 42 A variância dos exercícios constrói uma nova visão de treinar. A
monotonia ou repetitividade não fazem parte deste tipo de prática. Um ponto
crucial para esta analogia pode ser explicada pelo dinamismo em que os
componentes indicadores do treino são propostos. A partir do momento em que
não entramos apenas como produtores de força e sim, como condutores,
estabilizadores e dominantes do início ao fim de qualquer movimento
complexo. Isto, nos coloca em uma posição não repetitiva constantemente, ao
ponto de utilizarmos todas nossas habilidades criando muitas fontes de
informação. Ao mesmo tempo, geramos interação e produtividade neurológica,
utilizando mais energia, conhecimento e evolução corporal. Cada exercício livre
treinado e executado exige diversas capacidades físicas em completo
funcionamento interligadas. Este fator envolve nosso organismo de forma que
trabalhe em conjunto e exige claramente uma harmonia entre nossas dez
capacidades físicas. Algumas com mais exigência em certos casos ou menos
em outros momentos. Ao final, temos a clareza sobre a importância de um
treinamento completo, e enxergamos uma grande perda calórica, uma grande
requisição de trabalho muscular e desenvolvimento integral dos sistemas do
corpo humano. As ferramentas que agregam e formam o Treinamento Físico
Funcional possuem uma diversidade grandiosa. Além disso, cada um possuí
uma universalidade de opções de diferentes exercícios e formas de execução,
permitindo criatividade, variabilidade e uma enorme diferenciação sobre outros
métodos de treinamento. Os resultados finais da intervenção foram
animadores, da mesma forma como todo progresso das oito semanas
planejadas para o desenvolvimento prático. As aulas ocorreram conforme o
programa criado inicialmente. O método se mostrou cada vez mais interativo e
diversificado para o sujeito. As dificuldades de maior percepção ficaram por
conta de um alinhamento, de uma integração coordenada que este tipo de
treinamento exige. Neste contexto, como indica Corezola (2015), onde cada
gesto motor de cada capacidade física é solicitado, trabalhando o corpo
humano como um todo, de forma integral e ligada na forma de melhorar nosso
desempenho. Todos os processos contribuíram para elevarmos o gasto
calórico, o trabalho muscular, o desempenho sobre a prática influenciando de
forma significativa a manipulação da composição corporal do indivíduo. As
diferenças avaliativas sobre o pré e pós-treinamento apresentaram resultados
significativos para a pesquisa. A intervenção cumpriu com seus objetivos
pressupostos, coletando ao final de sua execução dados que surpreenderam
as expectativas geradas anteriormente. 43 De fato, podemos concluir que o
Treinamento Físico Funcional contribuiu de forma objetiva e eficaz sobre a
composição corporal do indivíduo. O objetivo foi alcançado demonstrando
redução significativa do percentual de gordura corporal da participante do
estudo. O método apresentou-se como uma opção criativa e diferenciada para
exercícios físicos, resgatando nossa anatomia funcional e abrindo um leque de
diferentes possibilidades. A abrangência global sobre capacidades físicas
permite um treinamento específico para modalidades esportivas, já que o
desempenho é uma centralidade tanto na metodologia quanto no desporto.
Não foi relatado monotonia qualquer sobre o treinamento pela participante.
Seus treinos eram interativos, dinâmicos e ao mesmo tempo desafiadores. Isso
torna o ato de treinar mais propício ao sucesso. Contudo, precisamos de mais
estudos científicos voltados para esta modalidade. Prescrições a médio e longo
prazo, tanto sobre a composição corporal como outros objetivos que sejam
relevantes para a saúde, qualidade de vida ou desempenho atlético.
REFERÊNCIA: PAROLIN, Rafael de Souza. Efeitos do treinamento físico
funcional na composição corporal de adulto ativo.
Citação: (PAROLIN, 2016)

RESUMO DE “ADULTOS”
Enfrentamos diariamente uma rotina de tarefas e compromissos individuais.
Junto a isso, estamos vulneráveis a lesões, doenças e fatores de risco. Para
qualquer um desses componentes, o exercício físico é uma forma central de
prevenção. Os índices de obesidade e sedentarismo crescem em nosso país,
abrindo portas para uma intervenção profissional voltada ao combate, ao
tratamento e principalmente a precaução como um estilo de vida ativo e
saudável sobre atividades físicas. A necessidade de criar uma cultura saudável
e sólida sobre a prática de exercícios é um desafio para o Educador Físico em
todos os lugares em que se encontra. Vivemos em uma globalização mecânica
sobre o trabalho dia após dia, perdendo na maioria dos casos, nossas
referências anatômicas e movimentos gerais do nosso corpo que não
utilizamos. É neste contexto que necessitamos de exercícios livres, funcionais
e complexos sobre nossas capacidades físicas. Com objetivo de manter nosso
organismo funcionando conforme sua própria aptidão física foi gerada para
produzir, em níveis saudáveis. Ao final, temos a clareza sobre a importância de
um treinamento completo, e enxergamos uma grande perda calórica, uma
grande requisição de trabalho muscular e desenvolvimento integral dos
sistemas do corpo humano.

Texto reescrito sem plágio – O que é treinamento funcional

Em outras palavras o uso adequado do termo "funcional" deve estar conectado


ou acompanhado as funções do sistema psiquiátrico - biológico humano que
foram mencionados acima. "funcional" deve estar conectado ou acompanhado
as funções do sistema psiquiátrico - biológico humano que foram mencionados
anteriormente. O foco do treinamento é melhorar os aspectos neurofisiológicos,
neurofisiológicos que regem a capacidade funcional do corpo humano por meio
de atividades que aspectos vários componentes do sistema nervoso, levando à
adaptação do sistema. que regem a capacidade funcional do corpo humano por
meio de atividades que estimulam vários componentes do sistema nervoso,
levando à adaptação do sistema, configurações encontradas no dicionário
Michaelis (2009). Em outras palavras, os exercícios em o treinamento funcional
têm objetivos específicos e normalmente replicam ações motoras que o
praticante usará na vida diária. O termo "movimentos funcionais" refere-se a
movimentos multiplanares integrados movimentos multiplanares movimentos
envolvendo produção, estabilização e redução de força. Em outras palavras,
exercícios funcionais são movimentos que envolvem mais de um grupo
muscular ao mesmo tempo, podem ser executados em vários planos e incluem
uma variedade de ações musculares (aceleradas, contraídas e isométricas). O
desenvolvimento da academia de cinema funcional deve focar no
aprimoramento de todos os componentes necessários para que o praticante
adquira ou recupere um nível funcional excelente para que o treinamento seja
eficaz. A frase "movimentos funcionais" refere-se a movimentos multiplanares
coordenados que envolvem a redução da força, estabilização e força de
produção. Também conhecidos como " exercícios funcionais ". Em outras
palavras, o treinamento funcional foca nos movimentos e não nos músculos
específicos, integrando todas as habilidades físicas como equilíbrio, força,
velocidade, coordenação, flexibilidade e resistência por meio de movimentos
multiarticulares, multiplanares, além de envolver o sistema proprioceptivo, este
último que está conectado ao sentido de movimento (sinestesia) e posição
articular como uma de suas funções primárias. fatores, escolher um
determinado exercício sem levar em conta sua funcionalidade não implica que
tenha sido feito um " treinamento funcional ".

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