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capítulo 1

Fundamentos em prescrição
de exercícios ísicos
Marcos Doederlein Polito
Juliano Casonatto

A conduta para a prescrição de exercícios ísicos é ampla e deve


considerar alguns aspectos, tais como: características individuais de
quem está submetido ao treinamento (status de saúde, dados antropo-
métricos, disponibilidade de tempo, alimentação e repouso), recursos
disponíveis (in raestrutura para o treinamento) e objetivos (objetivos
desejados versus objetivos possíveis).
Não obstante, é importante de nir alguns termos comumente
utilizados no âmbito da prescrição de exercícios. Eventualmente,
“atividade ísica” é con undida com o termo “exercício”. Atividade
ísica signi ca qualquer orma de movimento voluntário em que haja
gasto energético. Nessa perspectiva, atividade ísica pode ser desde
tare as domésticas até um esporte de alto rendimento. Por outro
lado, “exercício” signi ca o controle da atividade ísica. É quando
são estabelecidos valores para a duração (volume) e para o nível de
es orço (intensidade) da atividade ísica. Em linhas gerais, esses valo-
res devem ser prescritos de acordo com as características e os anseios
do praticante.
Nesse contexto, o propósito deste capítulo é azer uma breve des-
crição dos princípios mais relevantes para a prescrição de exercícios,
considerando as bases teóricas do treinamento ísico, os bene ícios e
os riscos dos exercícios e a avaliação pré-participação.

PRINCÍPIOS BÁSICOS DO TREINAMENTO FÍSICO/DESPORTIVO


De orma geral, a construção de programas de treinamento é re-
alizada com o intuito de se aprimorar o desempenho ísico por meio
de adaptações siológicas que resultem em maior disponibilidade de
2 Pollock: fsiologia clínica do exercício

energia, aumento das estruturas musculares e melhora no contro-


le neuromuscular. Nesse sentido, pro ssionais que trabalham com o
desempenho humano devem estar amiliarizados com os princípios
básicos associados ao processo de treinamento, uma vez que esses
princípios norteiam as avaliações e a determinação da quantidade de
treinamento que estará associada à manutenção da saúde e à preven-
ção de lesões.
Existem teorias relacionadas ao treinamento que demonstram que
a resposta a um treinamento especí co é in uenciada por variáveis -
siológicas, psicológicas e sociais, sendo que a contribuição relacionada
ao impacto de cada variável ainda não é plenamente conhecida1.
Nesse sentido, os próximos tópicos se propõem a discutir os pre-
ceitos teóricos de cada princípio do treinamento ísico.

Princípio da adaptação
Uma das características básicas para que um determinado ser vivo
não seja extinto é a capacidade de adaptar-se a uma nova condição de
vida. Essa característica tem garantido a existência das várias espécies
de vida que habitam o planeta ao longo do tempo e em di erentes am-
bientes. Nessa condição, o ser humano tem conseguido permanecer
no planeta devido a sua capacidade de adaptação.
Na biologia, entende-se “adaptação” undamentalmente como
uma reorganização orgânica e uncional do organismo, diante de
exigências internas e externas. Ela ocorre constantemente e está di-
recionada à melhor realização das tare as que a induz, representando
a condição interna de uma capacidade melhorada de uncionamento,
existindo em todos os níveis hierárquicos do corpo. Dessa orma, essa
capacidade se relaciona à evolução da espécie, sendo uma característi-
ca importante da vida2.
No caso do treinamento ísico, a exigência externa do exercício
promove a necessidade de alguns ajustes siológicos, os quais alguns
autores denominam de síndrome da adaptação geral3. ratam-se de
modi cações dependentes de variáveis de volume e intensidade do
treinamento, ou seja, podem reduzir, manter ou aumentar dependen-
do do modelo de treino realizado.

Princípio da sobrecarga progressiva


Com a prática de exercícios, os sistemas biológicos podem se
adaptar a cargas maiores do que aquelas da demanda diária comum.
Fundamentos em prescrição de exercícios ísicos 3

Dessa orma, a carga de treinamento deve ser elevada gradualmente de


modo que permita a adaptação com menor chance de ocorrência de
lesões. Caso contrário, cargas muito elevadas ou muito reduzidas não
determinariam uma adadptação satis atória, seja por impossibilidade
de execução ou por gerar estímulos insu cientes. Assim, a manipula-
ção das diversas variáveis associadas à prescrição de exercícios, como
tipo, volume e intensidade, devem pressupor que o corpo tenha opor-
tunidade de se recuperar do estresse ísico provocado. Assim, para que
o treinamento produza resultados satis atórios, o equilíbrio entre a
carga aplicada no treinamento e o tempo de recuperação é undamen-
tal para a adaptação4,5.
O ponto de destaque se re ere ao momento exato em que é gerada
a adaptação aos estímulos provocados pela sessão de exercício3,6. Nessa
temática, Hegedus6, em 1969, já sugeria que os di erentes estímulos
siológicos produzem diversos desgastes, e que esses desgastes são re-
postos posteriormente, de modo que o organismo é capaz de restituir
as energias utilizadas e, mais ainda, se prepara para uma carga de tra-
balho mais intensa (supercompensação).

Princípio da especifcidade
As vias energéticas, os sistemas enzimáticos, os tipos de bras
musculares e as respostas neuromusculares se adaptam especi camen-
te ao modelo de treinamento ao qual eles estão submetidos. Ou seja, se
um indivíduo é submetido especi camente a um treinamento de orça
ele terá um pequeno e eito na resistência cardiorrespiratória. Inversa-
mente, o treinamento especí co para a resistência cardiorrespiratória
exerce pouco e eito na orça.
Nesse sentido, o princípio da especi cidade se caracteriza pelo ato
de que o exercício ísico deve ser prescrito com base nos requisitos es-
pecí cos do desempenho, em termos de qualidade ísica intervenien-
te, sistema energético preponderante, segmento corporal e coordena-
ções psicomotoras utilizadas4.
Diante dessas questões, cabe salientar que programas de treina-
mento mais e etivos do ponto de vista global do desenvolvimento
siológico devem conter uma variedade de exercícios que estejam
relacionados ao aprimoramento das diversas capacidades ísicas (ae-
róbica, anaeróbica, velocidade, orça, exibilidade) e que envolvam
todos os grandes grupos musculares para que seja evitado um possível
desequilíbrio no desenvolvimento siológico regional.
4 Pollock: fsiologia clínica do exercício

Princípio da reversibilidade
O exercício regular é necessário para que a adaptação ocorrida em
um programa de treinamento seja mantida. Sem a manutenção das
repetidas sessões de exercício, as adaptações decorrentes são perdidas
progressivamente, de orma que a capacidade ísica retorna aos níveis
pré-treinamento.
Enquanto períodos de repouso são necessários para que haja as
adaptações positivas da supercompensação, por outro lado, intervalos
extensos sem a aplicação de estímulos (exercício) reduzem o desem-
penho. O e eito siológico do treinamento ísico é reduzido gradativa-
mente com o passar do tempo. Isso acontece porque o músculo esque-
lético é caracterizado pela capacidade de se adaptar dinamicamente a
variados níveis de demandas uncionais.
Alguns aspectos siológicos decorrentes da inatividade ísica estão
ligados diretamente ao princípio da reversibilidade, como a redução
da densidade capilar e da di erença arteriovenosa de oxigênio que
ocorrem já nas primeiras semanas de inatividade ísica, além de uma
rápida redução na atividade de enzimas oxidativas que diminuem a
produção mitocondrial de A P7.

Princípio da variação e recuperação


De orma geral, os grupos musculares se adaptam durante três
semanas e na sequência ocorre a estabilização. Assim, a variação no
treinamento e também nos períodos de recuperação é necessária para
uma contínua progressão de cargas sem grandes riscos de lesões e/ou
overtraining. As sessões de exercícios devem se alterar entre sessões
intensas, leves e moderadas, de modo que permitam a recuperação
siológica e possibilitem uma adequada supercompensação. Além dis-
so, os tipos e a intensidade dos exercícios devem variar para que não
ocorra a monotonia.
Esse princípio se undamenta na ideia do desenvolvimento global
do indivíduo, uma vez que quanto maior or a diversi cação dos estí-
mulos promovidos pelo exercício, maiores serão as possibilidades de
se atingir um melhor desempenho8.

Princípio da individualidade biológica


Individualidade biológica é o enômeno que explica a variabilida-
de entre elementos da mesma espécie, azendo com que não haja pes-
soas iguais3. Nesse sentido, cada indivíduo deverá responder de ma-
Fundamentos em prescrição de exercícios ísicos 5

neira especí ca ao mesmo modelo de exercício. Esse enômeno está


relacionado às diversas variáveis que compõem o organismo, como
maturação, código genético, nutrição, treinamento prévio, ambiente,
sono, repouso, nível de estresse, motivação etc.
Benda e Greco9 de nem que uma das razões do desempenho é a
capacidade biotipológica, que se divide em enótipo, que são as carac-
terísticas observáveis ou caracteres de um organismo, e o genótipo,
que se relaciona ao material hereditário herdado dos pais.
Assim, o genótipo é o responsável pelo potencial do indivíduo, que
inclui atores como a composição corporal, biótipo, altura máxima es-
perada, orça máxima possível e distribuição relativa dos di erentes
tipos de bras musculares, dentre outros. O enótipo está relacionado
à evolução das capacidades envolvidas no genótipo9. Nesse prisma, o
desempenho do indivíduo é produto da inter-relação entre o genóti-
po e o enótipo, dando origem às respostas das especi cidades que o
caracterizarão4.
Quanto mais o exercício se aproximar das características genéticas,
associadas às in uências do meio ambiente, maiores serão as respostas
alcançadas. Por outro lado, o treinamento ísico não melhora a capacida-
de de desempenho além daquele limite preestabelecido pelo genótipo10,
de orma que os aspectos neurais, musculares, psicológicos, cognitivos,
anatômicos e biomecânicos são características herdadas e con guram
de uma orma geral a aptidão ísica. Um desenvolvimento muito acima
da média dessas condições (talento)11 está presente em uma pequena
parcela da população, sendo um di erencial para um atleta de elite.

Princípio da interdependência volume intensidade


O presente princípio está compreendido na relação ótima entre o
volume e a intensidade do exercício, uma vez que essas variáveis do
exercício se relacionam inversamente, ou seja, quando o volume de
treino se eleva, reduz-se a intensidade e vice-versa.
Como precaução, a prioridade durante as primeiras modi cações
nas sessões de treinamento se pauta no volume dos exercícios, em se-
guida eleva-se a intensidade. Isso se dá basicamente pelo ato de que
o volume se caracteriza pela quantidade e/ou duração do treinamento
realizado (p. ex., tempo, distância, repetições e requência semanal).
Por outro lado, a intensidade é entendida como a qualidade do trei-
namento, representando o nível de estresse siológico por unidade de
tempo (p. ex., velocidade e carga levantada).
6 Pollock: fsiologia clínica do exercício

Quando o volume e a intensidade estão reduzidos, não há estímulo


su ciente para ocasionar adaptações. Por outro lado, volume e inten-
sidade elevados e mantidos ao longo de um período de treinamento
podem aumentar a chance de lesões12.

BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO


Diversos estudos de base populacional têm demonstrado que a
pratica regular de exercícios ísicos está associada a uma melhoria das
condições siológicas, metabólicas e psicológicas, bem como a redu-
ção do risco de desenvolver diversas doenças de caráter crônico-dege-
nerativas13,14. Nesse sentido, a literatura aponta que o exercício é um
importante ator de proteção à ocorrência de eventos cardiovasculares,
como redução na ocorrência de in arto agudo do miocárdio, hiper-
tensão, diabetes mellitus tipo II, alguns tipos de câncer, osteoporose,
obesidade, depressão e ansiedade13-15.
Além disso, alguns pesquisadores concluíram que a adesão a pro-
gramas de exercício e as melhorias nos níveis de aptidão ísica têm
reduzido o risco de morte prematura, ou seja, pessoas que se envol-
vem em programas de exercícios têm apresentado maior expectativa
de vida quando comparadas aos indivíduos sedentários16-18. Adicio-
nalmente, tanto indivíduos de meia-idade, como também idosos que
se envolvem de orma sistemática com a prática de exercícios demons-
tram também redução no risco de agravos à saúde quando compara-
dos com seus pares continuamente sedentários16.

RISCOS ASSOCIADOS AO EXERCÍCIO


A prática habitual de exercícios ísicos tem sido associada à redu-
ção na ocorrência de eventos cardiovasculares. No entanto, a práti-
ca de sessões agudas de es orço extremamente vigorosas podem, em
alguns casos, representar risco de morte súbita19 e in arto agudo do
miocárdio20,21, principalmente em indivíduos sedentários e com baixo
nível de aptidão ísica.
Vale lembrar que eventos cardiovasculares provocados durante
a prática de exercícios ísicos estão, de maneira geral, relacionados a
doenças preexistentes que não são conhecidas pelo praticante. Assim,
é importante destacar que o exercício por si só não provoca qualquer
distúrbio cardiovascular em indivíduos que não apresentam proble-
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mas cardiocirculatórios. Nesse sentido o risco do exercício para qual-


quer população depende da prevalência de doença cardiovascular.
O risco de eventos cardiovasculares é maior em adultos, quando
comparados a indivíduos jovens por conta do aumento na prevalência
de doença cardiovascular aterosclerótica. Os maiores estudos envol-
vendo o risco de acometimentos causados pela prática de exercícios
estimam que a incidência de morte súbita durante a prática de exercí-
cios vigorosos seja na ordem de uma morte para cada 15.000 ou 18.000
indivíduos19,22, o que, do ponto de vista epidemiológico, é considera-
do um baixo risco. No entanto, esses dados podem ser di erentes na
comparação entre todas as pessoas que se exercitam com aquelas que
vêm a óbito por causa do exercício, principalmente o de intensidade
elevada. Por isso, é necessário, independentemente da aixa etária ou
do status de saúde, realizar exames clínicos adequados antes de iniciar
um programa de treinamento com altas exigências metabólicas.

AVALIAÇÕES PRÉ-EXERCÍCIO
Para que seja possível uma prescrição de exercício mais e etiva e que
gere melhores adaptações siológicas e, por consequência, aumento da
aptidão ísica, é importante que os valores de capacidades ísicas rela-
cionadas às condições de saúde, como a resistência cardiorrespiratória,
orça/resistência muscular e exibilidade sejam conhecidas. No entanto,
antes da realização de qualquer teste que tenha por m identi car os
níveis de aptidão ísica, assim como antes do envolvimento em progra-
mas de exercício ísico é undamental que seja veri cada a existência
de contraindicações para a realização de es orços ísicos mais intensos.
Vale destacar que os procedimentos pré-participação em progra-
mas de exercícios ísicos devem ser validados e apresentar uma rela-
ção custo-bene ício adequada à condição. Dessa orma, os recursos
para avaliação do risco para participação de programas de exercícios e
testes de es orço vão desde questionários autoadministrados até testes
laboratoriais so sticados.
O PAR-Q – Physical Activity Readiness Questionnaire23 – que possui
uma versão em língua portuguesa, oi desenvolvido pelo ministério da
saúde do Canadá para indivíduos entre 15 e 69 anos de idade e tem
por nalidade identi car a presença de risco para a prática de exercícios
ísicos. Assim, dentre outras questões, o PAR-Q interroga sobre o uso
de medicamentos que poderiam a etar a resposta do indivíduo ao exer-
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cício, de modo que é possível identi car se o indivíduo que se propõe


a iniciar um programa de condicionamento ísico ou realizar testes de
es orço progressivo está apto para tal. Vale lembrar que esse instrumento
não substitui a necessidade de exame médico quando o indivíduo pre-
tende realizar um treinamento intenso e/ou atividades de competição.
Nesse sentido, o Colégio Americano de Medicina do Esporte24 re-
comenda a realização de uma veri cação inicial para identi cação de
atores de risco associados ao desenvolvimento de doenças cardiovas-
culares, con orme listados abaixo:
1. Histórico amiliar: in arto agudo do miocárdio, revascularização
ou morte súbita antes dos 55 anos para pai ou outro parente ho-
mem de primeiro grau ou antes dos 65 para mãe ou outro parente
mulher de primeiro grau.
2. abagismo: umante atual ou a menos de seis meses.
3. Hipertensão: pressão arterial sistólica > 139 mmHg ou diastólica
> 89 mmHg con rmadas por medidas em di erentes ocasiões e
períodos do dia ou utilização de medicamentos anti-hipertensivos.
4. Dislipidemia: lipoproteína de baixa densidade (LDL) > 130 mg.dL-1
ou lipoproteína de alta densidade (HDL) < 40 mg.dL-1 ou utiliza-
ção de medicamentos para controle do per l lipídico.
5. Glicose de jejum elevada: glicose sanguínea de jejum > 99 mg.dL-1
con rmada por duas medidas realizadas em di erentes ocasiões.
6. Obesidade: índice de massa corporal (IMC) > 30 kg.m-2 ou circun-
erência de cintura > 102 cm para homem e > 88 cm para mulher.
7. Sedentarismo: pessoas não praticantes de programas de exercícios
ísicos regulares.
Além disso, deve-se levar em consideração os sinais e sintomas que
sugerem a presença de doenças metabólicas, pulmonares ou cardio-
vasculares, con orme abaixo:
1. Dor ou descon orto no peito, no pescoço, na mandíbula, nos bra-
ços ou em outros locais que possam sugerir isquemia.
2. Respiração curta ou com es orço excessivo.
3. Vertigem ou síncope.
4. Dispneia em repouso ou durante o sono.
5. Edema de tornozelo.
6. Palpitação ou taquicardia.
7. Claudicação intermitente.
8. Sussurro cardíaco conhecido.
9. Fadiga incomum ou respiração curta em atividades cotidianas.
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A partir daí, o Colégio Americano de Medicina do Esporte24 su-


gere a estrati cação de categorias de risco para a prática de exercícios
ísicos vigorosos, con orme abaixo:
1. Baixo: homem < 45 anos e mulher < 55 anos de idade assintomáti-
cos que não apresentam mais de um ator de risco.
2. Moderado: homem ≥ 45 anos e mulher ≥ 55 anos de idade ou que
apresentam dois ou mais atores de risco.
3. Alto: indivíduos que apresentam um ou mais sinais e sintomas que
sugerem a presença de doenças metabólicas, pulmonares ou car-
diovasculares ou doença cardiovascular, metabólica ou pulmonar
conhecida.
Uma vez que os sinais, sintomas e atores de risco são conhecidos,
os indivíduos a serem submetidos aos testes de es orço e a programas
de exercícios podem ser estrati cados com base na probabilidade de
ocorrência de eventos cardiovasculares durante a execução dos exercí-
cios. Os cuidados e a estrati cação dos riscos se tornam cada vez mais
importante, na medida em que existe um aumento constante na pre-
valência de atores de risco relacionados às doenças cardiovasculares.

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