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Treinamento

Desportivo

Prof. Me Evelyn Feitosa


SOBRECARGA REVERSIBILIDADE

PRINCIPIOS
DO ESPECIFICIDADE
GOLFE TREINAMENTO

INDIVIDUALIDADE ESPECIFICIDADE
BIOLÓGICA
SOBRECARGA ESPECIFICIDADE
Homeostase e Supercompensação;
Estresse do treinamento como um
mecanismo evolutiva;
A carga de treinamento deve estimular
novos ajustes (restabelecer o equilíbrio);
Requer tempo de recuperação adequado;
Sobrecarregasse o organismo, de
maneira adequada, variando-se a
frequência, a intensidade, o volume e a
duração do treinamento;
A sobrecarga deve ser individualizada e
aplicada de forma progressiva ao longo
SOBRECARGA
do processo de treinamento;
Supercompensação

Resposta que propicia melhor suprimento energético


para exercícios que venham a requerer maior
mobilização metabólica ou, ao contrário, uma economia
de energia em atividades físicas habituais na estrutura
de treinamento.

SOBRECARGA
(WELCH, 1993)
SOBRECARGA
SOBRECARGA
Necessidade de se modular constantemente
as cargas de esforço em um programa de
treinamento, para que ele sempre produza
uma resposta adaptativa positiva.

SOBRECARGA
SOBRECARGA
FASES DA SAG (Síndrome de Adaptação Geral)

FORMAS DE ESTRESSE
AÇÕES COORDENADAS

Estrutras, órgãos, sistemas

Resposta do
organismo ao
estresse Adequação no fornecimento e
reabastecimento de:

Oxigênio (O2) e de energia, força e de resistência muscular,


resistência à dor, acuidade mental, além de proteção temporária
contra infecções.
COMO PODEMOS APLICAR A
SOBRECARGA PROGRESSIVA NA
PRÁTICA?
Não apenas elevar o peso ou a resistência do
treinamento
Pense a sobrecarga como forma de impor trabalho ao
músculo

Ex. 1: Ginástica:

Utilização do peso/resistência do corpo


em treinamento de equilíbrio sobre a


trave.

A aplicação de sobrecarga neste


exemplo pode se dar pela alteração da
intensidade do exercício, manipulando
o peso/resistência que o indivíduo
“carrega” para realizar o movimento, a
velocidade de execução ou a amplitude
do movimento, tornando o mesmo
exercício mais difícil de ser realizado.
Ex. 2: Musculação- hipertrofia

Manipular as séries e repetições


Sessões de 3 séries de 12 repetições >> 4


séries de 10 ou então 5 séries de 8, e assim
por diante... alterando o volume de
treinamento.
Controle: calcular o volume -
multiplicação do número de séries pelo
número de repetições pela carga.
Como exemplo - hipertrofia dos músculos
dorsais - exercício remada baixa:

3 séries de 8 repetições com 30 kg (trabalho = 720)


4 séries de 6 repetições com 35 kg (840)
3 séries de 12 repetições com 28 kg (1.008).
Ex. 3: Corrida
Impor cargas externas que
aumentem a resistência
do ar.
Utilização de
equipamentos como
paraquedas
Manipular o volume de
treinamento diário, ou
seja, a quilometragem
total percorrida.
“o que não se usa, perde-se”

GOLFE

As alterações corporais obtidas com o treinamento


REVERSIBILIDADE físico são de natureza transitória.
"O princípio da reversibilidade poderá se manifestar,
seja por um período muito longo entre os estímulos,
por escassez de intervalos de recuperação ou por
desistência do indivíduo"

ESPECIFICIDADE
REVERSIBILIDADE
"O princípio da especificidade é aquele que impõe, como
ponto essencial, que o treinamento deve ser montado
sobre os requisitos específicos da performance desportiva,
em termos de qualidade física interveniente, sistema
energético preponderante, segmento corporal e
coordenações psicomotoras utilizados"
(DANTAS, 1995).

ESPECIFICIDADE
ESPECIFICIDADE
GOLFE

ESPECIFICIDADE
INDIVIDUALIDADE VARIABILIDADE
BIOLÓGICA GENÉTICA
ESPECIFICIDADE
GOLFE

ESPECIFICIDADE
INDIVIDUALIDADE
BIOLÓGICA
Cada ser humano possui uma
estrutura e uma formação física
e psíquica próprias e, por isso,
individualizar os estímulos de
treinamento apresentaria
melhores resultados, uma vez
que seriam obedecidas as
características e as necessidades
GOLFE

individuais dos praticantes de


esporte.

INDIVIDUALIDADE VARIABILIDADE
BIOLÓGICA GENÉTICA
Sobre GÉNETICA...
de que modo ela
pode influenciar ou
"determinar" no
treinamento/desem
penho esportivo?

INDIVIDUALIDADE
BIOLÓGICA
Interdependência volume-intensidade

A aplicação do princípio da
interdependência volume-
intensidade leva em consideração as capacidades físicas visadas
durante as fases de treinamento.

Aumento em uma, consequentemente ocorrerá uma diminuição da


outra;
Algumas capacidades físicas devido às suas características
necessitam de uma ênfase maior no volume de treinamento
(capacidade aeróbia, flexibilidade, dentre outras), outras uma ênfase
maior na intensidade de treinamento (velocidade, força, potência,
anaeróbia, dentre outras);
Interdependência volume-intensidade

Segundo TUBINO; MOREIRA (2003):



o treinamento deve seguir uma
trajetória com ênfase inicial na quantidade (volume) até chegar a
qualidade (intensidade) de preparação.

É importante ressaltar que um excesso de sobrecarga pode


resultar em um sobretreinamento (overtraining) que é
definido com acúmulo do estresse de treinamento que
compromete o atleta a realizar sessões de treino, e a longo
prazo o desempenho. O sobretreinamento, está associado a
sintomas fisiológicos e psicológicos (fadiga crônica,
perturbação do humor, etc)

(POWERS; HOWLEY, 2014)


CARGAS DE TREINAMENTO
CARGAS DE TREINAMENTO

Carga de trabalho à qual o desportista é


submetido.
O resultado da relação entre o volume total
de trabalho e a qualidade do trabalho, ou seja,
a intensidade;
Medida quantitativa do trabalho de
treinamento desenvolvido
CARGAS DE TREINAMENTO

CARGA EXTERNA

CARGA INTERNA
CARGAS DE TREINAMENTO

CARGA EXTERNA
CARGAS DE TREINAMENTO

CARGA INTERNA

PERCEPÇÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO (PSE)

FC
LACTATO
CK

CARGA DE TREINAMENTO: COMPONENTES, ADAPTAÇÕES E


APLICAÇÃO

CONTEÚDO DA
CARGA
NÍVEL DE ESPECIFICIDADE
ASPECTOS DO
TREINAMENTO:

POTENCIAL DE TREINAMENTO
Capacidades Físicas
As capacidades físicas são importantes
variáveis que contribuem efetivamente
para o desempenho físico de atletas em
diferentes modalidades esportivas

Que
capacidades
são essas
ADES F
ID ÍS
C

IC
CAP

AS
RESISTÊNCIA COORDENAÇÃO

50 VELOCIDADE

FORÇA
40

30

FLEXIBILIDADE
20

10
ADES F
ID ÍS
C

IC
CAP

AS
É importante salientar que essas capacidades,
por mais que apresentem seus limites
50
convencionais, não se desenvolvem ou se
aperfeiçoam separadamente, mas mantêm
entre si e com40 outras propriedades do
organismo humano certas relações e ligações.
30

20

10
ADES F
ID ÍS
C

IC
CAP

AS
A seleção dos meios de treinamento e dos
métodos de preparação física deve ser
50
determinada pelas exigências do sistema de
preparação a longo prazo (muitos anos) da
modalidade 40 desportiva e pelo nível do

desenvolvimento individual das capacidades


fisiológicas
30 do desportista.

20

10
RESISTÊNCIA

“a capacidade geral psicofísica de tolerância à fadiga em


sobrecargas de longa duração, bem como a capacidade de
uma rápida recuperação após estas sobrecargas”

"...tolerância ao exercício RESISTÊNCIAR MUSCULAR


físico em uma determinada
intensidade e duração,
RESISTÊNCIA LOCALIZADA
ou seja, representa a RESISTÊNCIA AERÓBIA
capacidade de resistir à RESISTÊNCIA ANAERÓBIA
fadiga".

RESISTÊNCIA
FORÇA
Adaptado de CHAGAS; LIMA (2015)
VELOCIDADE
A capacidade de velocidade manifesta- se na
possibilidade de o atleta executar as ações
motoras, no menor tempo possível, em
determinado percurso. Deve-se distinguir a
compreensão da “capacidade de velocidade” da
compreensão de “rapidez”.
Dependência da força e da velocidade de execução do exercício.
FLEXIBILIDADE

"É uma capacidade física do


organismo humano que condiciona
a obtenção de grande amplitude
durante a execução dos
movimentos"

Atribuição ao termo “mobilidade”


(deslocamento/articulação);
Flexibilidade ativa e passiva;

FLEXIBILIDADE ATIVA FLEXIBILIDADE PASSIVA


FLEXIBILIDADE

FLEXIBILIDADE
PASSIVA

Fatores relacionados:

extensibilidade dos músculos


e ligamentos;
limiar de dor do desportista;
tipo de articulação
a resistência mútua dos músculos em
torno da articulação;
propriedades elásticas da aparelho
muscular ;
possibilidades de aperfeiçoamento
da flexibilidade:

sexo
idade
período sensível (amadurecimento natural)

Oscilações nos índices de flexibilidade:

temperatura do corpo e do meio


ambiente;
nível de fadiga;
o grau de excitação emocional,
o aquecimento e seu conteúdo;
capacidade de relaxamento dos
músculos;
COORDENAÇÃO

"capacidade de dirigir os
movimentos de acordo com as
soluções de tarefas motoras"

sistemas sensoriais;
desenvolvimento biológico;
4-5 anos - ritmos mais altos
7-12 anos- formação;
idade mais favorável para o treinamento;
cinestesia

COORDENAÇÃO
Períodos sensíveis do desenvolvimento das capacidades físicas
(adaptado de Zakharov; Gomes, 1992)
Cardiovascular/
Orgânica
PERIODIZAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO DAS MODALIDADES DESPORTIVAS
Orientação nas questões específicas de
preparação;
Não há uma classificação completa das
modalidades desportivas.

O OBJETIVO DAS COMPETIÇÕES E


OS REQUISITOS
PREDOMINANTES EM RELAÇÃO
ÀS CAPACIDADES FÍSICAS
(MOTORAS) DO DESPORTISTA.
COM BASE NESSES ASPECTOS, É
POSSÍVEL CLASSIFICAR OS
DESPORTOS EM OITO GRUPOS
DE MODALIDADES DESPORTIVAS

(Zakharov; Gomes, 1992)


GRUPO I –
Modalidades complexas de coordenação: são as que
exigem a expressividade estética e artística na
execução de exercícios competitivos, tais como
ginástica artística, nado sincronizado, patinação
artística, salto ornamental, ginástica rítmica
desportiva, etc. (KELLER; PLATONOV, 1983)

GRUPO II

Modalidades de força e de velocidade: exigem as


características acíclica e mista dos movimentos em
que os atletas procuram alcançar resultados máximos
expressos em medidas exatas de deslocamento (saltos
de atletismo, arremessos, halterofilismo).
Grupo III
Modalidades de alvo: aqui a atividade motora é
pequena, a maior evidência está em poder avaliar
corretamente a condição de atirar em um alvo
utilizando armas desportivas (arco e flecha, tiro
com pistola, dardo, etc.).

GRUPO IV
Modalidades de condução: a atividade motora
está preferencialmente ligada à direção
(condução) dos meios de locomoção (corridas de
automóvel, motocicleta, vela, hipismo, etc.).
Grupo V
Modalidades cíclicas: manifestam-se
preferencialmente nas provas de corrida no
atletismo, no ciclismo, na natação, no remo, no
esqui, na patinação, no triatlo, com
características destacadas para a resistência.

Grupo VI
Jogos desportivos: destacam- se as modalidades
com bola e as coletivas, tais como futebol,
voleibol, basquetebol, tênis, handebol, hóquei,
etc.
Grupo VII
Modalidades de combates: a tática está ligada à
condição técnica, à preparação física, à característica
de contato e de golpes e impõe vantagens sobre o
adversário (luta greco romana, luta livre, judô,
caratê,boxe, esgrima, etc.).

Grupo VIII
Provas combinadas: a característica é determinada com
base na combinação tática, na qual tais modalidades
proporcionam pontos que representam o resultado final
(pentatlo moderno, decatlo na modalidade de atletismo,
biatlo na de esqui, etc.).
Desportos individuais e
coletivos,
Fisiológicos/energéticos: aeróbios,
anaeróbios e
mistos (intermitentes);
Biomecânica: cíclicos e acíclicos;
MEIOS E METÓDOS DA PD

"o exercício físico representa o meio, e o modo


de sua utilização representa o método"


CLASSIFICAÇÃO DOS EXERCÍCIOS

GOMES, 2009, PAGINA 53


Método de ensino integral
Método Dividido
(análitico-sintético)
Método misto
Matveev (1977), considerado o pai da teoria
da periodização, apresenta, em seus
estudos, períodos bem definidos
(preparatório, competitivo e transitório),
grande ênfase nas cargas de preparação
geral e organização das cargas em complexa
(diferentes capacidades desenvolvidas na
mesma sessão ou microciclo) e paralela
(diferentes capacidades desenvolvidas ao
longo de um mesmo período).
Modelo de microciclo de uma semana e dinâmica da carga

Fonte: Adaptado de material didático do Curso de formação de treinadores nível II da Confederação Brasileira de Atletismo, Bragança
Paulista, 2010.
Comportamento e distribuição das cargas ao longo de um
mesociclo

Fonte: Adaptado de material didático do Curso de formação de treinadores nível II da


Confederação Brasileira de Atletismo, Bragança Paulista, 2010.

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