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QUALIDADES FÍSICAS

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:
DANTAS,E. A Prática da Preparação Física. Editora Shape, RJ, 2003
TUBINO, M.J.G. & MACEDO, M.M.Qualidades Físicas em Educação Física e Desportos.
Editora Shape, RJ, 2006
PLATONOV, M & BULATOVA, M. A Preparação Física. Ed Sprint, RJ, 2005

QUALIDADES FÍSICAS – Prof. Drd Erik Salum de Godoy CREF 279-G/RJ


RESISTÊNCIA:
• DEFINIÇÃO: “É a capacidade do organismo de realizar esforços, resistindo
à fadiga e mantendo o padrão de rendimento, ou seja, preservando a
funcionalidade específica em níveis elevados de performance”
• CLASSIFICAÇÕES:
a) Global (diversas massas musculares)
Abrangência
b) Localizada (R.M.L.)

a) Aeróbica
Metabólica
Alática
b) Anaeróbica
Lática

a) Curta duração
Tempo de Duração b) Media duração
c) Longa duração

a) Geral
Especificidade
b) Específica

a) de força
Exigência Motora b) de potência
c) de velocidade

Tipo de Contração a) Dinâmica


Muscular b) Estática

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RESISTÊNCIA:
• EXERCÍCIOS:
a) Curta Duração – 3 a 10 minutos
Aeróbicos b) Média Duração – 11 a 30 minutos
c) Longa Duração – mais de 30 minutos
a) Curta duração – até 20 segundos (ATP – CP)
b) Média duração – 20 a 60 segundos (Lático)
Anaeróbicos
c) Longa duração – 60 a 120-180 segundos (Ac. Lático + débito
de O2)
Aeróbicos-Anaeróbicos (conforme intensidade)

R.M.L.D.A R.M.L.E.A R.M.G.D.A R.M.G.E.A


R.M.L.D.AN R.M.L.E.A.N R.M.G.D.AN R.M.G.E.AN

FONTES:
DANTAS, E. – A Prática da Preparação Física – Ed. Shape, 2003.
PLATONOV & BULATOVA – A Preparação Física – Ed. Sprint, 2003.
TUBINO, M.J.G. – Metodologia Científica do Treinamento Desportivo, 1985.
GODOY, E.S. – Musculação Fitness, Ed. Sprint, 1994.

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FORÇA:
• DEFINIÇÃO: Qualidade física relacionada com a capacidade da fibra
muscular em exercer tensão, gerada pela necessidade de contrapor-se a
uma resistência.
• CLASSIFICAÇÕES:
Quanto ao tipo de contração muscular:
a) Força Dinâmica / Isotônica - Manifestação da força que produz movimento
articular.
– F.D. Concêntrica / Positiva – Manifestada durante a fase concêntrica /
positiva da contração muscular dinâmica concêntrica.
– F.D. excêntrica / negativa – Manifestada durante a fase excêntrica /
negativa da contração muscular dinâmica excêntrica.
– Força isocinética – Manifestação específica da F.D.C. em que a tensão
desenvolvida é determinada pela velocidade angular do movimento,
constante em toda a amplitude do movimento. A resistência se altera
adequando-se as variações mecânicas do movimento. Ocorra em
movimentos no meio líquido ou em aparelho específicos (aparelhos
isocinéticos).
– Força explosiva / rápida – Manifestação especifica da F.D.C. em que a
tensão na fibra deve ser desenvolvido no menor tempo possível.

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FORÇA:
b) Força Estática / Isométrica - Manifestação da força que não produz
movimento articular.

Quanto à intensidade:
Supramáxima – Resistência > Tensão desenvolvida.
Máxima – Resistência = Tensão desenvolvida,
Submáxima – Resistência < Tensão desenvolvida.

• FATORES DETERMINATES:
1) Fator Neural
2) Fator Muscular
3) Fator Mecânico

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FORÇA:
1. Fator Neural
Índice de codificação – freqüência de descarga de potenciais de ação
pelos motoneurônios.
Recrutamento de unidades motoras – seleção e ordem de ativação das
unidades motoras.
Sincronização – sincronia das descargas dos potenciais de ação para as
unidades motoras.

Unidade Fibra
Motoneurônios Características
Motora Muscular

A Fásico IIb contração rápida, força, anaeróbica

B Fásico IIa contração rápida, força, anaeróbica

contração lenta, endurance,


C Tônico I
aeróbica

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FORÇA:
1. Fator Neural
Índice de codificação – freqüência de descarga de potenciais de ação
pelos motoneurônios.
Recrutamento de unidades motoras – seleção e ordem de ativação das
unidades motoras.
Sincronização – sincronia das descargas dos potenciais de ação para as
unidades motoras.

Unidade Fibra
Motoneurônios Características
Motora Muscular

A Fásico IIb contração rápida, força, anaeróbica

B Fásico IIa contração rápida, força, anaeróbica

contração lenta, endurance,


C Tônico I
aeróbica

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FORÇA:
1. Fator Neural (continuação)
• As primeiras reações de adaptação são no fator neural.
• Resultam na melhora da coordenação intermuscular (entre os músculos que
atuam em um movimento) e da coordenação intramuscular (dentro de um
mesmo músculo).
• A melhora na coordenação intramuscular é responsável pelo aumento da
força sem a ocorrência do aumento da área de secção transversa
(hipertrofia).
• O fator neural controla a intensidade da contração muscular.
• O fator neural determina o treinamento e recebe influência do mesmo.

2. Fator Muscular
Envolve:
a) Tipo de contração
* isométrica,
* dinâmica,
* autotônica [combinação de contrações estáticas c/ dinâmicas
(WEINECK, 1999)]

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FORÇA:
2. Fator Muscular (continuação)
b) Resistência à fadiga
* em função do tempo de realização dos estímulos

c) Reações de adaptação
* Hipertrofia – aumento da área de secção transversa da fibra
muscular, sendo uma reação biológica de adaptação decorrente do
aumento de tensão sobre a fibra. Pode ser:
aguda – aumento imediato após o exercício, mas de curta duração,
decorrente do acúmulo de catabólitos e fluidos no músculos, por causa
da constrição dos vasos sanguíneos pelas contrações musculares.
crônica - conseqüência da continuidade do treinamento e do
anabolismo.
actomíosinica / estrutural – decorrente do anabolismo das proteínas,
(miosina, actina e demais proteínas).
sarcoplasmática – decorrente do aumento das substâncias existentes
dentro do sarcoplasma.

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FORÇA:
2. Fator Muscular (continuação)
Relação da força com a hipertrofia - 3 a 4 kg de força/cm2 de secção
transversa, independente de sexo e tipo de fibra. (HOLLMANN &
HETTINGER, 1983).

* Hiperplasia – divisão longitudinal da fibra, decorrente de esforços de alta


intensidade (evidências em cobaias e suposição em humanos).

OBS: O fator muscular também determina e recebe influência do


treinamento.

3. Fator Mecânico
Relacionado às vantagens/desvantagens mecânicas.

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FORÇA:
3. Fator Mecânico
Relacionado às vantagens/desvantagens mecânicas.
Tipos de alavanca
Interfixa Interresistente Interpotente

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FORÇA:
Ângulos de tração

Linhas de tração

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FORÇA:
3. Fator Mecânico (continuação)

O fator mecânico determina aspectos como:


* “pegadas” (neutra, pronada, supinada, aberta, fechada);
* recursos materiais empregados (barra w, HBC, HBL)
* amplitude de movimento (total, parcial);
* posicionamento corporal (abduzido, aduzido, fletido, extendido, etc);
* incidência do estímulo;
* etc.
OBS: Apesar de determinar o treinamento, o fator mecânico não se altera
com o mesmo.

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FORÇA:
4. Outros Fatores
Idade;
Estado psico-emocional;
Sexo;
Saúde;
Ocorrência de lesões;
Algias;
Estado de treinamento;
Estado nutricional;
Conhecimento prévio do esforço a realizar;
Medidas antropométricas;
Fadiga.

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FORÇA:

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AGILIDADE:
• DEFINIÇÃO: qualidade física que proporciona a capacidade de mudar a
posição do corpo, ou de seus segmentos, e/ou a direção e sentido de um
movimento corporal, no menor tempo possível. Também é denominada
como velocidade de troca de direção por alguns autores.

• FATORES DETERMINANTES:
A agilidade tem como fatores determinantes outras qualidades físicas.
Flexibilidade – proporciona a mobilidade necessária para um nível excelente
de agilidade.
Velocidade - necessária para a execução de movimentos no menor tempo
possível.
Força - necessária para promover o deslocamento do corpo, ou de seus
segmentos (especificamente a manifestação de força rápida ou explosiva,
ou ainda da força de saída) na mudança de movimento.
Resistência - se a mudança rápida de movimentação corporal no menor
tempo possível se repetir por um período significativo.

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VELOCIDADE:
• DEFINIÇÃO: qualidade responsável pelo deslocamento do corpo ou de
seus segmentos no menor tempo possível, ou ainda, por produzir resposta
a um estímulo no menor tempo possível.

• CLASSIFICAÇÕES:
1) Velocidade de deslocamento / movimento
1.a) Velocidade de deslocamento do corpo
1.b) Velocidade de deslocamento de segmentos corporais (freqüência)
2) Velocidade de reação

• FATORES DETERMINANTES:
a) Condições do SNC (sinapses, engramas motores, arcos reflexos,
etc).
b)Conhecimento do estímulo (no caso da velocidade de
reação)/aspectos cognitivos.
c) Tipos de unidades motoras / fibras musculares predominantes na
constituição do indivíduo.
d)Dimensões corporais / aspectos biomecânicos (no caso da
velocidade de deslocamento do corpo).
e) Força. 17
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FLEXIBILIDADE:
• DEFINIÇÃO: “Qualidade física responsável pela execução voluntária de um
movimento de amplitude angular máxima, por uma articulação ou conjunto
de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem o risco de provocar
lesão”. (DANTAS, 2005)

• FATORES INTERVENIENTES:
1. Sindermoses
 Fibrosas 2. Suturas
3. Gonfose
1. Sincondroses
 Cartalagíneas
(mobilidade articular)
Tipo de Articulação

2. Sinfíses
1. Planas

Morfológica
2. Troclear/Gíngimo/Dobradiça
3. Pino / Trocóide
4. Condilar / Elipsóide
5. Selar / Sela
 Sinoviais 6. Esferóide / Esferoidal
Funcional

1. Monoaxial
2. Biaxial
3. Triaxial
4. Anaxial

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FLEXIBILIDADE:
• FATORES INTERVENIENTES (continuação):
Forma dos Ossos (mobilidade articular)

1. Extensibilidade
Propriedades do Tecido Muscular 2. Elasticidade
(elasticidade e plasticidade) 3. Irritabilidade
4. Contratibilidade

Tipos de Fibra Muscular 1. Oxidativas (- flexível)


(elasticidade e plasticidade) 2. Glicolíticos (+ flexível)

 Plásticos
1. em série
Componentes  Elásticos
2. em paralelo
 Inextensíveis

Origem e Inserção 1. Insuficiêcia Ativa (agonista)


Musculares 2. Insuficiência Passiva (antagonista)
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FLEXIBILIDADE:
• FATORES INTERVENIENTES (continuação):
1. Articulares
Proprioceptores 2. Musculares (Fuso Muscular)
3. Órgão Tendinoso de Golgi

Idade Temperatura ambiente


Sexo Relaxamento
Individualidade Exercícios X Aquecimento
Outros Respiração Volume Muscular
Hora do dia Maleabilidade da pele
Fadiga Estado de condicionamento

• IMPORTÂNCIA:
a) Aperfeiçoamento motor
b) Eficiência mecânica
c) Profilaxia de lesões
d) Expressividade e consciência corporal
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FLEXIBILIDADE:
• CLASSIFICAÇÃO:
a) Induzida (passiva)
Quanto ao agente
b) Autônoma (ativa)

Estática (estática)
Quanto a velocidade a) Controlada / lenta
Dinâmica
b) Balística / rápida

a) Geral
Quanto abrangência
b) Específica

a) Absoluta
Quanto ao referencial
b) Relativa

a) Simples
Quanto às articulações envolvidas
b) Composta
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EQUILÍBRIO:
• DEFINIÇÃO: é a capacidade de manter o corpo e seus segmentos em
determinada posição, reagindo a agentes externos (ex: lei da gravidade)

• CLASSIFICAÇÕES:
Estático – quando não há movimentação
Dinâmico – quando há movimentação
Recuperado – quando há alteração inesperada da situação

• FATORES INTERVENIENTES:
a) Propriocepção (sentido cinestésico)
b) Percepção corporal e espaço-temporal
c) Condições do SNC (sentidos)

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• DEFINIÇÃO:
COORDENAÇÃO:
“é a ação conjunta do SNC e da musculatura esquelética dentro de uma
seqüência de movimentos objetivos” (Weineck, 2000)
Capacidade do organismo executar suas funções motoras da maneira mais
simples, econômica e precisa.

• CLASSIFICAÇÕES / EXEMPLOS:
a) Coordenação óculo-manual
b) Coordenação óculo-podal
c) Coordenação auditiva-manual
d) Coordenação auditiva podal
e) Interdependência dos segmentos corporais
f) Coordenação motora grossa ou elementar
g) Coordenação motora fina

• FATORES INTERVENIENTES:
a) Condições do SNC
b) Vivência de experiências motoras (principalmente na criança)
c) Formação de engramas
d) Propriocepção
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RITMO e DESCONTRAÇÃO:
RITMO
• DEFINIÇÃO: Qualidade relacionada à capacidade de execuções
cadenciadas e/ou sincronizadas dos movimentos.
.
• FATORES INTERVENIENTES:
a) Condições do SNC
b) Coordenação

DESCONTRAÇÃO
• DEFINIÇÃO: Qualidade relacionada com a capacidade de relaxar,
descontrair os grupos musculares.

• FATORES INTERVENIENTES:
Condições do SNC

• CLASSIFICAÇÕES:
a) Total / geral / global – promove o relaxamento do corpo todo.
b) Diferencial / diferenciada / parcial / específica / localizada – promove
o relaxamento em segmentos corporais específicos.
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Fontes de Consulta:
• DANTAS, E. Alongamento & Flexionamento. RJ, 5a ed. Shape Editora, 2005 (capítulo 1)
• WEINECK, J – Manual do Treinamento Esportivo.SP, Ed. Manoçe, 1989.
• HOLLMANN, W & HETTINGER, T. –Medicina do Esporte, SP, Ed. Manole, 1983.
• DANTAS, E. – A Prática da Preparação Física – Ed. Shape, 2003.
• PLATONOV & BULATOVA – A Preparação Física – Ed. Sprint, 2003.
• TUBINO, M.J.G. – Metodologia Científica do Treinamento Desportivo, 1985.
• GODOY, E.S. – Musculação Fitness, Ed. Sprint, 1994.

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PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO
TREINAMENTO
São princípios que possibilitam prescrever o treinamento /
atividades físicas de maneira científica, ou seja,
estabelecendo as relações de antecedência-conseqüência-
interdependência, evitando o trabalho feito à base de
ensaio-e-erro, ou o que é pior, o trabalho reproduzido,
copiado, “xerocado”.

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PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy
1. Princípio da Individualidade.
2. Princípio da Adaptação.
3. Princípio da Sobrecarga.
4. Princípio da Interdependência Volume-Intensidade.
5. Princípio da Continuidade.
6. Princípio da Especificidade.
7. Princípio da Conscientização Objetiva.
8. Princípio da Segurança

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PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIDADE

GENÓTIPO + FENÓTIPO = INDIVÍDUO

GENÓTIPO - carga genética da pessoa, que determina fatores


como: somatotipo, altura, força, aptidões físicas e intelectuais etc.

FENÓTIPO - tudo que é acrescido ou somado ao indivíduo


através da estimulação recebida, formando assim as diversas
características e potencialidades expressas.

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PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy
PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIDADE

OBS: alguns autores denominam este princípio como


PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA, mas
considerando que a estimulação externa recebida depende de
outros fatores além dos biológicos, como os sócio-econômicos e
psico-afetivos, optou-se por utilizar apenas o termo
INDIVIDUALIDADE.

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PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy
PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIDADE

FATORES DETERMINANTES DO RENDIMENTO

FENÓTIPO GENÓTIPO

Meio ambiente Motivações = RENDIMENTO


Estímulos de treinamento Personalidade
Condições sócio-econômicas Biótipo
Incentivos Habilidades

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PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO

Fundamenta-se na permanente busca da homeostase pelo


organismo, considerando a homeostase “... o estado de equilíbrio
instável mantido entre os sistemas constituintes do organismo; e
o existente entre este e o meio ambiente.” (DANTAS, 2003).

Os estímulos do ambiente, ou em nosso caso, os estímulos do


treinamento, podem promover desequilíbrios no organismo, que
ao buscar entrar novamente em homeostase irão gerar repostas
de adaptação.

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PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO

RELAÇÃO DA INTENSIDADE DOS ESTÍMULOS COM A HOMEOSTASE


Intensidade do Estímulo Resposta
1. Débeis ............................................ não acarretam conseqüências
2. Médios ........................................... apenas excitam
3. Fortes ............................................. provocam adaptações
4. Muito Fortes .................................. causam danos

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PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy
PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO

Os estímulos fortes e muito fortes, e suas respectivas


conseqüências foram estudados por HANS SEYLE (1956), que
denominou tais estímulos como stress; e os respectivos efeitos
causados no organismo como Síndrome de Adaptação Geral
(SAG).

Os stress podem ser:


1. Físicos (exercícios, temperatura ambiente, etc);
2. Bioquímicos (uso de substâncias químicas – drogas,
medicamentos; fumo; alimentação; etc);
3. Mentais (ansiedade, angústia, etc).

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PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO

SÍNDROME DE ADAPTAÇÃO GERAL

Os estímulos fortes (stress), capazes de causar adaptação do


organismo, são os que interessam ao treinamento e tornam
possível a melhora do rendimento (performance).

É importante, saber diferenciar os seguintes aspectos para não


ferir ao Princípio de Segurança, excedendo limites que ponham
em risco a integridade do indivíduo que está sendo treinado sob
nossa orientação.

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PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy
PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO
1. Cansaço sensação subjetiva de desgaste
2. Fadiga compensada manifesta a redução da economia
funcional, alterações no padrão motor e intensa atividade
orgânica com intuito de promover compensações para suportar
as demandas impostas pela atividade, conseguindo assim manter
o rendimento, sem esgotar as capacidades do organismo.
3. Fadiga explícita manifesta a incapacidade do organismo de
manter determinado padrão de rendimento, pois não se consegue
promover compensações para ajuste com as demandas impostas,
ocorrendo o esgotamento das capacidades do organismo.
4. Sobretreinamento recuperação incompleta, (strain).
5. Exaustão profundo desgaste do organismo com características
progressivas.

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PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy
PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO

Indicativos de uma recuperação incompleta (Strain):


• Aumento da FC basal
• Irritabilidade
• Inapetência
• Lesões musculares
• Perda de peso
• Insônia
• Falta de vontade para treinar
• Desinteresse

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PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy
PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO

INTENSIDADE EFEITOS ORGÂNICOS

Leve Não possui

Média Reação de Alarme / Excitação

Forte Adaptações / Efeitos de Treinamento

Muito forte Strain (se aplicados constantemente)

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PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy
PRINCÍPIO DA SOBRECARGA
Quando se aplica de uma carga de trabalho / treinamento, o
organismo procura restabelecer a homeostase, ao findar a
aplicação do estímulo.

O tempo necessário para esta recuperação é proporcional ao tipo


e a intensidade do estímulo aplicado. (também depende da
individualidade)

Ao buscar restabelecer a homeostase durante a recuperação, o


organismo se prepara para sofrer novo stress assimilando um
excedente de capacidade.

Sendo assim, para que o mesmo estímulo possa provocar stress


ele deverá apresentar uma carga maior do que a anteriormente
aplicada.
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PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy
PRINCÍPIO DA SOBRECARGA
Faixa de ganho
possível na
capacidade do
organismo.

Faixa de
aplicação de
cargas
médias e fortes.
(Fonte: adaptado de DANTAS, 2003)

Legenda Ítens
Aplicação de cargas
crescentes
Período de recuperação
Assimilação
Período de restauração Compensatória
ampliada
Nível de capacidade física

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PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy
PRINCÍPIO DA SOBRECARGA
SUPERCOMPENSAÇÃO: fenômeno que ocorre como reação de
adaptação aos estímulos, dependente das cargas aplicadas e do
tempo de recuperação.
APLICAÇÃO DE NOVA CARGA
1
2 3

Nível inicial de A 24 - 48 h B
capacidade

1. Ponto ideal de aplicação de nova carga


2. Aplicação prematura de carga
3. Aplicação tardia de carga
4. A - B . Intervalo entre aplicação de cargas

Se a carga for aplicada na:


zona 2 surgirá o strain
zona 3 desperdiçar-se-á o nível de treinamento

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PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy
PRINCÍPIO DA SOBRECARGA

MAGNITUDE DA CARGA APLICADA


Inferior à inicial diminui o nível de treinamento
Igual à inicial diminui o nível de treinamento após a assimilação
Maior que a inicial nova supercompensação

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PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy
PRINCÍPIO DA INTERDEPENDÊNCIA
VOLUME - INTENSIDADE
Volume Intensidade

VOLUME (quantidade) expressa a quantidade total da carga de trabalho / estímulo de treinamento.


ex.:
Quilômetros
Séries
Repetições
Tempo de Treinamento

INTENSIDADE (qualidade) expressa a magnitude da carga aplicada.


ex.:
Quilogramas
Ação no intervalo
Velocidade
Amplitude de movimentos
Modalidade ou espécie de exercício

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PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy
PRINCÍPIO DA INTERDEPENDÊNCIA
VOLUME - INTENSIDADE

Aumenta a importância da Intensidade

Resistência Resistência Resistência


Aeróbica Muscular Flexibilidade Anaeróbica Força Velocidade
Localizada

Aumenta a importância do Volume

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PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy
PRINCÍPIO DA SOBRECARGA

OBS:
A identificação das variáveis é essencial para quantificação do
treinamento.
Alguns autores também citam como variável a DENSIDADE (a
relação entre o tempo de aplicação do estímulo e a tempo de
recuperação).
A sobrecarga em uma das variáveis implica na redução, ou pelo
menos na manutenção, das cargas nas outras. Em raríssimas
condições, é possível uma criteriosa aplicação de sobrecargas em
todas as variáveis.

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PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE

É necessária uma contínua aplicação de estímulos de treinamento


para que se possa obter respostas de adaptação.

As pausas no treinamento são planejadas para promover a


recuperação dos estímulos aplicados e são determinadas em
função do período de aplicação de estímulos de treinamento, bem
como em função da natureza dos mesmos.

A interrupção do treinamento reduz as demandas impostas ao


organismos, e o mesmo irá se adaptar com a proporcional
redução do nível de condicionamento.

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PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
De acordo com Dantas (2003), as qualidades físicas necessitam de
um determinado período de treinamento para manifestarem
adaptações significativas
Ex.:
1) Resistência Aeróbica 10 microciclos
2) Resistência Anaeróbica 07 microciclos
3) Velocidade de Movimentos 16 microciclos
4) Força Dinâmica 12 microciclos
5) Força Estática 08 microciclos
6) Força Explosiva 08 microciclos
7) Resistência Muscular Localizada 08 microciclos
8) Flexibilidade 16 microciclos
9) Hipertrofia 12 microciclos.

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PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy
PRINCÍPIO DA ESPECIFICIDADE

O treinamento deve ser montado conforme as características


específicas do rendimento esperado.

Sendo assim, o treinamento deve proporcionar a melhora nos


sistemas energéticos participantes; nos segmentos corporais
utilizados e nas coordenações psicomotoras empregadas na
atividade a ser desenvolvida.

Devem ser considerados:

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PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy
PRINCÍPIO DA ESPECIFICIDADE

1. Aspectos Metabólicos
• Sistema energético preponderante
• Relação entre os períodos de atividade e períodos de recuperação
• As ações executadas

2. Aspectos Neuromusculares
• Tipo de fibra muscular / unidade motora ativado
• Padrão de recrutamento das unidades motoras
• Engramas motores
• Sinergias musculares dos movimentos a serem realizados
• Apoio e sustentação do movimento

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PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy
PRINCÍPIO DA ESPECIFICIDADE

OBS: na periodização do treinamento esportivo, a especificidade


do treinamento aumenta com a proximidade das competições,
visando proporcionar ao atleta a capacidade competitiva. Sendo
assim, no período de preparação haverá uma fase em que se deve
observar a preponderância da especificidade do treinamento,
denominada de fase específica do período de preparação.

50
PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy
PRINCÍPIO DA CONSCIENTIZAÇÃO
OBJETIVA

Diz respeito à conscientização do indivíduo quanto aos propósitos


e conseqüências do treinamento.

51
PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy
PRINCÍPIO DA SEGURANÇA

A aplicação do treinamento não deve comprometer a integridade


do indivíduo que está sendo treinado. Os riscos inerentes à
prática do treinamento devem ser calculados e minimizados pela
previsão e controle das variáveis intervenientes e pela observação
dos princípios anteriormente citados.
FONTES:
DANTAS, E. – A Prática da Preparação Física – Ed. Shape, 2003.
DANTAS, E. – Treinamento Desportivo – CD-ROM – Ed. Shape, 2005.
TUBINO, M.J.G. – Metodologia Científica do Treinamento Desportivo, 1985.
GODOY, E.S. – Musculação Fitness, Ed. Sprint, 1994.

52
PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO – Prof. Drd Erik Salum de Godoy
EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO,
TIPOS DE PREPARAÇÃO E
FORMAÇÃO DA COMISSÃO
TÉCNICA
EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO
(HISTÓRICO)

Período da Arte:
I Olimpíadas da Grécia Antiga (776 A.C) até I Olimpíada da Era
Moderna (1896 Atenas)
Veneração e transformação em espetáculo, pelos gregos, das artes marciais
e da luta pela sobrevivência.
Vencedores eram os que possuíam qualidades inatas (DANTAS, 2003).
Conhecimentos do treinamento (dietas, exercícios, trabalho psicológico
com o sofrimento, massagens, etc).
Referência ao caráter cíclico do treinamento – “tetras” – manuais de
treinamento (treinamento hípico dos hititas) (TUBINO & MOREIRA,
2003).
Clique no link ao lado para ver: Ilustrações do Período da Arte

54
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO – COMISSÃO TÉCNICA E TIPOS DE PREPARAÇÃO
EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO
(HISTÓRICO)

Período da Improvisação:
I Olimpíadas da Era Moderna (1896 Atenas) até VII Olimpíadas (1920
Antuérpia)
Todos tinham situações idênticas de treinamento, continuam vencendo os
que possuem qualidades inatas. (TUBINO & MOREIRA; 2003; DANTAS,
2003)
Não havia preocupação de treinar sistematicamente, os recursos eram
precários e não específicos.
O esporte ainda é totalmente “amador”.
Clique no link ao lado para ver: Ilustração do período da improvisação

55
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO – COMISSÃO TÉCNICA E TIPOS DE PREPARAÇÃO
EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO
(HISTÓRICO)

Período do Empirismo (DANTAS, 2003) ou Sistematização (TUBINO


& MOREIRA, 2003):
VII Olimpíadas (1920 Antuérpia) até XV Olimpíadas (1952 Helsinque)
O enfoque sobre como obter o sucesso esportivo começa a mudar
Início dos estudos sobre treinamento, planejamento e sistematização do
treinamento.
Surgem as “Escolas de Treinamento” – diferenciações nos treinamentos.
Surgem os treinadores profissionais, mas ainda pouco aceitos.

Clique no link ao lado para ver: Ilustrações do período do empirismo

56
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO – COMISSÃO TÉCNICA E TIPOS DE PREPARAÇÃO
EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO
(HISTÓRICO)

Período Pré-Científico:
XV Olimpíadas (1952 Helsinque) até XVIII Olimpíadas (1964 Tóquio)
Desenvolvimento da base científica do treinamento.
Contribuições da fisiologia do esforço e demais ciências para melhora da
performance esportiva (DANTAS, 2003).
São marcos da incipiente “ciência do esporte” a criação do interval-
training (Gerschler & Reidell), o conceito do treinamento total (Raoul
Mollet) e o planejamento de temporada, a periodização
clássica/tradicional do treinamento, de Matveiev.

Clique no link ao lado para ver: Ilustração do Período Pré-Científico

57
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO – COMISSÃO TÉCNICA E TIPOS DE PREPARAÇÃO
EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO
(HISTÓRICO)

Período Científico:
XVIII Olimpíadas (1964 Tóquio) a XXIII Olimpíadas (1980 Moscou)
Investimentos na ciência do esporte.
Guerra Fria: Socialismo X Capitalismo.
Os sistemas tentando mostrar superioridade nas Olimpíadas.
Consolidação da Ciência do Esporte, da periodização do treinamento
(DANTAS, 2003).

Clique nos links ao lado para ver: Ilustrações do Período Científico (a)
Ilustrações do Período Científico (b)

58
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO – COMISSÃO TÉCNICA E TIPOS DE PREPARAÇÃO
EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO
(HISTÓRICO)

Período Tecnológico
XXII Olimpíadas (1980 Moscou) até XXV Olimpíadas (1992 Barcelona)
Recursos tecnológicos ajudando na performance.

Clique no link ao lado para ver: Ilustração do Período Tecnológico (uso da


tecnologia no IT)

59
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO – COMISSÃO TÉCNICA E TIPOS DE PREPARAÇÃO
EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO
(HISTÓRICO)

Período do Marketing:
A partir da XXV Olimpíadas (1992 Barcelona)
Novas motivações (DANTAS, 2003).
Grande número de eventos, profissionalização e mercantilização do
esporte.
Alterações nos sistemas e periodização do treinamento – Periodização
Contemporânea.
Clique no link ao lado para ver: Ilustração do Período do Marketing

60
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO – COMISSÃO TÉCNICA E TIPOS DE PREPARAÇÃO
EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO
(HISTÓRICO)

Esporte Antigo Esporte Moderno Esporte Contemporâneo


Interval-Training
Periodização Periodização
Tetras
Clássica Contemporânea
Treinamento Total

Período da Arte Período Científico Período do Marketing

61
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO – COMISSÃO TÉCNICA E TIPOS DE PREPARAÇÃO
Comissão Técnica / Tipos de Preparação

A partir do conceito do Treinamento Total de Raoul Mollet, temos diversos


tipos de preparação, visando a obtenção da melhor performance possível.

Técnica - conjunto de procedimentos e conhecimentos


capazes de propiciar a execução de uma atividade específica,
de complexidade variável, , com o mínimo de desgaste e o
Preparação máximo de sucesso.
Técnica Preparação técnica - conjunto de atividades e ensinamentos
que o atleta assimila visando a execução do movimento
desportivo com o máximo de eficiência e o mínimo de
esforço (DANTAS, 2003).
Clique no link ao lado para ver: Ilustrações da Preparação Técnica

62
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO – COMISSÃO TÉCNICA E TIPOS DE PREPARAÇÃO
Comissão Técnica / Tipos de Preparação
Tática – arte de dispor de nossos recursos de maneira a
explorar ao máximo os pontes fracos do adversário, ao
Preparação mesmo tempo que se minimizam nossas deficiências.
Tática Preparação Tática – conjunto de procedimentos que
asseguram a utilização dos princípios técnicos mais
adequados a cada situação da competição ou do adversário

Clique no link ao lado para ver: Ilustração da Preparação Tática

63
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO – COMISSÃO TÉCNICA E TIPOS DE PREPARAÇÃO
Comissão Técnica / Tipos de Preparação
Preparação Física - constitui-se pelos métodos e
processos de treino utilizados de forma seqüencial,
Preparação Física em obediência aos princípios da periodização e que
visam levar o atleta ao ápice da forma física
específica, a partir de uma base geral ótima

Clique no link ao lado para ver: Ilustrações da Preparação Física

64
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO – COMISSÃO TÉCNICA E TIPOS DE PREPARAÇÃO
Comissão Técnica / Tipos de Preparação
Preparação Médica – consiste nas atividades profiláticas
Preparação
e terapêuticas de medicina geral e nos procedimentos
Médica
específicos de medicina desportiva (DANTAS, 2003).

Clique no link ao lado para ver: Ilustrações da Preparação Médica

Preparação Psicológica – parte do treinamento desportivo


que, considerando as características individuais
Preparação hereditárias (genótipo) e as influências assimiladas do
Psicológica meio (fenótipo) propicia ao atleta suportar o treinamento e
atingir o máximo de suas potencialidades através da
mobilização de sua vontade (DANTAS, 2003).
Clique no link ao lado para ver: Ilustração da Preparação Psicológica (a)
Ilustração da preparação Psicológica (b)
65
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO – COMISSÃO TÉCNICA E TIPOS DE PREPARAÇÃO
Comissão Técnica / Tipos de Preparação
Preparação Complementar – chamada por Raoul Mollet
de preparação invisível , é o conjunto de medidas
Preparação
administrativas que permitem que o treinamento total se
Complementar
desenvolva... (Dantas, 2003). Também propicia a
obtenção da performance. É a parte logística.

66
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO – COMISSÃO TÉCNICA E TIPOS DE PREPARAÇÃO
Comissão Técnica / Tipos de Preparação
Tipo de preparação Responsável Demais profissionais
Preparação Auxiliares, Biomecânico,
Técnico
técnica Coereógrafo, Estatístico, Analista,
Olheiro, Roupeiro, Armeiro,
Preparação tática Técnico Camera
Preparador
Preparação física Auxiliares, Fisiologista, Bioquímico
Físico
Fisioterapeuta, Nutricionista,
Preparação médica Médico
Massagista, Enfermeiro
Preparação
Psicólogo Auxiliares
psicológica
Administrador, Operador de
Preparação
Supervisor turismo, Motorista, Advogado,
complementar
Despachante, Tradutor, etc
67
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO – COMISSÃO TÉCNICA E TIPOS DE PREPARAÇÃO
PERIODIZAÇÃO
E
PLANOS DE EXPECTATIVAS

68
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PERIODIZAÇÃO
DEFINIÇÃO DE PERIODIZAÇÃO:
SISTEMA METODOLÓGICO DE DISTRIBUIÇÃO DOS
CONTEÚDOS DO TREINAMENTO, EM FUNÇÃO DA
DISPONIBILIDADE DE RECURSOS E FUNDAMENTADO NO
CONHECIMENTO DAS LEIS E PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO
ESPORTIVO, PROPORCIONANDO A POSSIBILIDADE DE
ATINGIR DETERMINADAS METAS INTERMEDIÁRIAS E
CULMINANDO COM A MELHOR FORMA ESPORTIVA
POSSÍVEL NAS COMPETIÇÕES ANTERIORMENTE
ESCOLHIDAS.
(GETTE LABIMH, 2004)

69
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PERIODIZAÇÃO
OBJETIVOS DA PERIODIZAÇÃO:
PROMOVER A MELHOR PERFORMANCE POSSÍVEL, NO
MOMENTO DESEJADO E PREVIAMENTE ESTABELECIDO E,
CONCOMITANTEMENTE, PRESERVAR A INTEGRIDADE DO
ATLETA, EVITANDO A OCORRÊNCIA DOS EFEITOS NEGATIVOS
DECORRENTES DAS ESTIMULAÇÕES DOS TREINOS, ATRAVÉS DA
COERENTE DISTRIBUIÇÃO DOS CONTEÚDOS E ADEQUADA
MANIPULAÇÃO DAS CARGAS DE TREINAMENTO POR ETAPAS
ESPECÍFICAS, AO LONGO DE TODA A CARREIRA DO ATLETA.
(GETTE LABIMH, 2004)

METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PERIODIZAÇÃO


70
PLANO DE EXPECTATIVA:

O PLANO DE EXPECTATIVA constitui-se no planejamento que engloba


diversas temporadas / macrociclos / ciclos de treinamento, apresentando
assim objetivos / metas definidas a longo prazo.

METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PERIODIZAÇÃO


71
Plano de Expectativas Individualizado
Representa o planejamento da carreira esportiva do atleta, desde
sua formação na iniciação esportiva ao momento do encerramento
de sua etapa de performance de alto rendimento. Tem como
proposta o desenvolvimento das potencialidades dos talentos
desportivos de um país.
Sua concepção foi desenvolvida na URSS (Escola Soviética do Treinamento
Desportivo), a partir da década de 50 do século XX. .

Consiste no “plano de governo” nas áreas de Educação Física e


Desportos destinado a o esporte de alto rendimento (competitivo),
visando o desenvolvimento de potenciais talentos esportivos.

72
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PERIODIZAÇÃO
Plano de Expectativas Individualizado

ETAPA LOCAL

Manutenção Clubes, Sindicatos, Academias, etc

Performance Centros de Treinamento, Clubes

Especialização Escolas (high school), Clubes,


Centros de Treinamento
Formação Básica Escolas, “Escolinhas de Iniciação
Esportiva”, Clubes

73
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PERIODIZAÇÃO
Plano de Expectativa Desportivo
Representa o planejamento plurianual de uma determinada
modalidade esportiva, traçando os objetivos / metas para uma massa
crítica de atletas de um país.
Originalmente abrangia o período compreendido entre duas
olimpíadas (4 anos), uma vez que este era o evento esportivo de
maior expressão no mundo. Atualmente, com a intensa
mercantilização do esporte, o plano de expectativa desportivo
apresenta maior flexibilidade, podendo abranger de uma a várias
temporadas, tendo como metas intermediárias e principais diversos
eventos de expressão (copas, ligas, mundiais, mundialitos, desafios,
etc), ou que gerem recursos para o esporte, para a equipe e seus
respectivos patrocinadores / investidores. Desta forma devem ser
escalonados no tempo os objetivos desportivos de curto, médio e
longo prazo a serem alcançados
74
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PERIODIZAÇÃO
Plano de Expectativa Desportivo
Sendo assim, o plano de expectativa desportivo fica constituído por um ou
vários MACROCICLOS, sendo estes definidos pelo “PEAK”
MACROCICLO - porção de treinamento compreendido numa temporada,
que se encerra num clímax; o peak..
Peak :- a melhor forma atlética (técnica, tática, física e psicológica)
atingida por um atleta / por uma equipe, como resultado de um programa
de treino

75
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PERIODIZAÇÃO
Plano de Expectativa Desportivo
VARIANTE MACROCICLO PERIODIZAÇÃO CARACTERÍSTICA

SIMPLES Três peaks discretos


I QUADRIMESTRAL
TRIPLA Três peaks significativos

Desportos c/ preponderância
SIMPLES de volume. 2 peaks extensos

II SEMESTRAL
Desportos com
DUPLA preponderância de
intensidade. Dois peaks
acentuados
Desportos coletivos e ênfase na
III ANUAL SIMPLES Resistência Aeróbica ou Força
Dinâmica.

76
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PERIODIZAÇÃO
Plano de Expectativa Desportivo
MESOCICLO (periodização clássica)
É o elemento estrutural da periodização que homogeiniza a característica
preponderante de uma parte do treinamento.(variável, qualidade física,
fundamento)

Dura de três a cinco semanas, sendo no entanto o de quatro semanas o mais


utilizado por facilitar a harmonização com o calendário civil (mês).

No mesociclo ocorre a oscilação das cargas médias, possibilitando obter o


resultado acumulativo do mês, adaptando o organismo do atleta a elas.

77
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PERIODIZAÇÃO
Plano de Expectativa Desportivo
MICROCICLO (periodização clássica)

São as menores unidades de treinamento onde há oscilação de carga,


combinando dias de treinamento e recuperação.

Em geral, duram de 2 a 14 dias, mas o mais comum é o microciclo de 7 dias,


coincidindo com a semana civil.

78
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PERIODIZAÇÃO
Plano de Expectativa Desportivo
SESSÕES DE TREINAMENTO
TIPOS / FINALIDADES:
Fundamental, Complementar, Específicas, Complexas
(PLATONOV & BULATOVA, 2005)

SESSÕES DE FINALIDADE FUNDAMENTAL:


São as sessões em que são executados os trabalhos para cumprir os
objetivos principais da preparação básica. As cargas aplicadas são as de
maior importância, usando os métodos mais eficazes.

SESSÕES DE FINALIDADE COMPLEMENTAR:


São aquelas que visam um resolver questões isoladas da preparação. A
magnitude das cargas destas sessões não deve ser demasiada, para não
esgotar as capacidades orgânicas do atleta.

79
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PERIODIZAÇÃO
Plano de Expectativa Desportivo
SESSÕES DE FINALIDADE ESPECÍFICA:
São as sessões destinadas a resolver determinadas questões da preparação
do atleta (força, flexibilidade, resistência). As magnitudes das cargas
devem promover uma melhora acentuada das qualidades / capacidades
almejadas.

SESSÕES DE FINALIDADE COMPLEXA:


São as sessões que se propõem a desenvolver, de uma só vez, diversas
qualidades / capacidades do atleta.

ESTRUTURA DA SESSÃO DE TREINAMENTO:


· Aquecimento
· Parte Principal
· Final

80
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PERIODIZAÇÃO
Plano de Expectativa Desportivo
Periodização (Modelo Clássico de Matveiev):

Divisão do macrociclo em três períodos:


a) Período de Preparação;
b) Período de Competição / Competitivo;
c) Período de Transição

OBS: Os autores Tubino e DANTAS consideram um período Pré-


Preparatório, onde a comissão técnica faz um levantamento de toda a
situação e traça a logística, elaborando o plano de treinamento. Neste
período atletas ainda não estão treinando, apenas sendo avaliados.

81
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PERIODIZAÇÃO
Plano de Expectativa Desportivo
Período de Preparação – visa conduzir o atleta/equipe à condição
competitiva. Subdivide-se em duas fases:
1a) Fase Básica
· Predominância das cargas de volume sobre as cargas de intensidade;
· Enfatiza-se a preparação física (alguns treinadores também
enfatizam
a preparação técnica);
· Proporciona o condicionamento geral;
· Manifestação de uma baixa capacidade competitiva;
· 2a)Em geral
Fase dura o dobro da fase específica.
Específica

· Predominância das cargas de intensidade sobre as cargas de volume;


· Enfatiza-se a preparação técnico-tática (alguns treinadores também
enfatizam a preparação física específica);
· Proporciona o condicionamento específico;
· Manifestação de uma crescente capacidade competitiva.
82
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PERIODIZAÇÃO
Plano de Expectativa Desportivo
Período de Competição / Competitivo:
momento em que se deve atingir a melhor capacidade competitiva
possível (forma atlética). É o período em que se realiza o “ajuste fino”, o
“polimento” do treinamento para realizar a performance almejada. A
manipulação adequada das cargas de treinamento depende do “feeling”
do treinador, de sua experiência e do conhecimento que possui sobre a
equipe / atleta.

Período de Transição
período que visa a recuperação física e psíquica do atleta, no qual as
cargas de treinamento são consideravelmente reduzidas ou altera-se a
natureza dos estímulos de treinamento. Também visa o encadeamento
entre os macrociclos.

83
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PERIODIZAÇÃO
ELABORAÇÃO DO MACROCICLO

84
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PERIODIZAÇÃO – ELABORAÇÃO DO MACROCICLO
Elaboração do Macrociclo

Os períodos e as fases terão a sua duração determinada pelo calendário


da seguinte forma:
· 5 a 7 dias antes da apresentação  inicia Período de Pré - Preparação.
· 3 a 5 dias após a apresentação  Finda o período Pré - Preparação.
· Último dia da competição-alvo  Finda o Período de Competição.
· Período de Transição - 2 a 3 sem (semestral).
- 4 a 6 sem. (anual)
· 8 a 12 dias antes da competição de 2ª ordem  Inicia o Período de
Competição.
· 14 a 18 dias antes da 1ª competição de 3ª ordemInicia a Fase
Específica.

85
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PERIODIZAÇÃO – ELABORAÇÃO DO MACROCICLO
Elaboração do Macrociclo
A elaboração do macrociclo é feita em ordem reversa. Após o estudo de
disponibilidades e possibilidades, tendo determinado uma competição-alvo,
fixar esta competição no plano de treinamento e então determinar a duração de
cada período em função desta competição.
Exemplo:
Com outros colegas você faz parte da comissão técnica da equipe de handebol
da escola. A direção da escola disponibilizou uma verba anual de R$ 20.000,00
para esta equipe. Após fazer o levantamento da situação, verificou-se que:

Sua equipe é de nível técnico elevado, com diversos atletas da seleção brasileira
juvenil, unida e disciplinada.
A escola possui instalações para treinamento (quadra, vestiário, médico,
fisioterapia, musculação, piscina, etc).
As aulas iniciaram em 03/03 e os treinos da equipe em 10/03
86
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PERIODIZAÇÃO – ELABORAÇÃO DO MACROCICLO
Elaboração do Macrociclo
O calendário de competições assim:
Dia Olímpico da Região Serrana – 27/04; local: Nova Friburgo; custo da
competição – R$ 500,00
Torneio de Escolas do Bairro – 12/05 a 01/06; local: Rio de Janeiro; sistema de
eliminatória simples – perdeu está fora; custo da competição – RS 500,00
Desafio Jornal dos Sports – 21 e 22/06; local: Petrópolis; sistema de
eliminatória simples; custo da competição – RS 2.500,00.
Jogos Intercolegiais (handebol) – 14 a 28/07; local: Rio de Janeiro; sistema de
rodízio duplo (turno e returno); custo da competição R$ 2.000,00.
Olimpíadas Marianas – 03 a 07/09; local: Belo Horizonte (MG); sistema de
eliminatória simples; custo da competição: R$ 4.000,00.
Torneio de Beach Handebol – 16 a 19/10; local: Angra dos Reis (RJ); custo da
competição: R$ 2.000, Torneio Revelação – 12 a 16/10, local: Saquarema
(RJ); sistema de eliminatória simples; custo do evento: R$ 1.000,00.
Troféu Olimpkus – 06 a 09/11, local Rio de Janeiro; sistema de eliminatória
simples; custo da competição R$ 500,00
JEB’s – 12 a 15/11, local: São Paulo (SP), custo da competição RS 6.000,00
87
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PERIODIZAÇÃO – ELABORAÇÃO DO MACROCICLO
Início Início C.A.
EVENTO das dos
aulas treinos JEBS

100%
R
E 90%
N
D 80%
I
70%
M
E 60%
N
T 50%
O
40%

MICROCICLO
MESOCICLO
SEMANAS
0 0 1 2 2 0 1 1 2 0 1 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 2 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 29
1 7 4 1 8 4 1 8 5 3 0 7 4 1 7 4 1 8 5 2 9 6 2 9 6 3 0 7 4 1 8 4 1 8 5 1 8 5 2 9 6 3 0 7 3 0 7 4 1 8 5 2 4
0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 2 0 1 2 2 0 1 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 3 0 1 2 2
6 3 0 7 3 0 7 4 2 9 6 3 0 6 3 0 7 4 1 8 5 1 8 5 2 9 6 3 0 7 3 0 7 4 1 7 4 1 8 5 2 9 6 2 9 6 3 0 7 4 1 8

MÊS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN

FASE
PERÍODO
MACROCICLO

1º Passo: Marcar a competição-alvo no cronograma / gráfico


88
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PERIODIZAÇÃO – ELABORAÇÃO DO MACROCICLO
Início Início C.A.
EVENTO das dos INTERCOLEGIAL OLIMPÍADA TORNEIO TO
aulas treinos MARIANA HB JEBS

100%
R
E 90%
N
D 80%
I
70%
M
E 60%
N
T 50%
O
40%

MICROCICLO
MESOCICLO
SEMANAS
0 0 1 2 2 0 1 1 2 0 1 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 2 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 29
1 7 4 1 8 4 1 8 5 3 0 7 4 1 7 4 1 8 5 2 9 6 2 9 6 3 0 7 4 1 8 4 1 8 5 1 8 5 2 9 6 3 0 7 3 0 7 4 1 8 5 2 4
0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 2 0 1 2 2 0 1 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 3 0 1 2 2
6 3 0 7 3 0 7 4 2 9 6 3 0 6 3 0 7 4 1 8 5 1 8 5 2 9 6 3 0 7 3 0 7 4 1 7 4 1 8 5 2 9 6 2 9 6 3 0 7 4 1 8

MÊS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN

FASE
PERÍODO PERÍODO PREPARATÓRIO COMP
MACROCICLO

2º Passo: Marcar as demais competições e o início do Período Competitivo


(1a 2 microciclos / 8 a 12 dias antes do início da competição de 2ª ordem)
89
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PERIODIZAÇÃO – ELABORAÇÃO DO MACROCICLO
Início Início C.A.
EVENTO das dos INTERCOLEGIAL OLIMPÍADA TORNEIO TO
aulas treinos JI MARIANA HB JEBS

100%
R
E 90%
N
D 80%
I
70%
M
E 60%
N
T 50%
O
40%

MICROCICLO
MESOCICLO
SEMANAS
0 0 1 2 2 0 1 1 2 0 1 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 2 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 29
1 7 4 1 8 4 1 8 5 3 0 7 4 1 7 4 1 8 5 2 9 6 2 9 6 3 0 7 4 1 8 4 1 8 5 1 8 5 2 9 6 3 0 7 3 0 7 4 1 8 5 2 4
0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 2 0 1 2 2 0 1 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 3 0 1 2 2
6 3 0 7 3 0 7 4 2 9 6 3 0 6 3 0 7 4 1 8 5 1 8 5 2 9 6 3 0 7 3 0 7 4 1 7 4 1 8 5 2 9 6 2 9 6 3 0 7 4 1 8

MÊS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN

FASE Fase específica


PERÍODO PERÍODO PREPARATÓRIO COMP
MACROCICLO

3º Passo: Marcar o início da Fase Específica do Período Preparatório


(1 a 3 microciclos / 14 a 18 antes do início da 1ª competição de 3ª ordem)
90
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PERIODIZAÇÃO – ELABORAÇÃO DO MACROCICLO
Início Início C.A.
EVENTO das dos INTERCOLEGIAL OLIMPÍADA TORNEIO TO
aulas treinos MARIANA HB JEBS

100%
R
E 90%
N
D 80%
I
70%
M
E 60%
N
T 50%
O
40%

MICROCICLO
MESOCICLO
SEMANAS
0 0 1 2 2 0 1 1 2 0 1 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 2 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 29
1 7 4 1 8 4 1 8 5 3 0 7 4 1 7 4 1 8 5 2 9 6 2 9 6 3 0 7 4 1 8 4 1 8 5 1 8 5 2 9 6 3 0 7 3 0 7 4 1 8 5 2 4
0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 2 0 1 2 2 0 1 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 3 0 1 2 2
6 3 0 7 3 0 7 4 2 9 6 3 0 6 3 0 7 4 1 8 5 1 8 5 2 9 6 3 0 7 3 0 7 4 1 7 4 1 8 5 2 9 6 2 9 6 3 0 7 4 1 8

MÊS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN

FASE Fase básica Fase específica


PERÍODO PERÍODO PREPARATÓRIO COMP
MACROCICLO

4º Passo: A Fase Básica do Período de Preparação fica determinada pela


data estabelecida para início dos treinamentos até o início da fase específica
91
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PERIODIZAÇÃO – ELABORAÇÃO DO MACROCICLO
Início Início C.A.
EVENTO das dos INTERCOLEGIAL OLIMPÍADA TORNEIO TO
aulas treinos MARIANA HB JEBS

100%
R
E 90%
N
D 80%
I
70%
M
E 60%
N
T 50%
O
40%

MICROCICLO
MESOCICLO
SEMANAS
0 0 1 2 2 0 1 1 2 0 1 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 2 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 29
1 7 4 1 8 4 1 8 5 3 0 7 4 1 7 4 1 8 5 2 9 6 2 9 6 3 0 7 4 1 8 4 1 8 5 1 8 5 2 9 6 3 0 7 3 0 7 4 1 8 5 2 4
0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 2 0 1 2 2 0 1 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 3 0 1 2 2
6 3 0 7 3 0 7 4 2 9 6 3 0 6 3 0 7 4 1 8 5 1 8 5 2 9 6 3 0 7 3 0 7 4 1 7 4 1 8 5 2 9 6 2 9 6 3 0 7 4 1 8

MÊS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN

FASE Fase básica Fase específica


PERÍODO PERÍODO PREPARATÓRIO COMP TRANS
MACROCICLO

5º Passo: O Período de Transição inicia no dia após o fim da C.A.


92
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PERIODIZAÇÃO – ELABORAÇÃO DO MACROCICLO
Início Início C.A.
EVENTO das dos INTERCOLEGIAL OLIMPÍADA TORNEIO TO
aulas treinos MARIANA HB JEBS

100%
R
E 90%
N
D 80%
I
70%
M
E 60%
N
T 50%
O
40%

MICROCICLO
MESOCICLO
SEMANAS
0 0 1 2 2 0 1 1 2 0 1 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 2 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 29
1 7 4 1 8 4 1 8 5 3 0 7 4 1 7 4 1 8 5 2 9 6 2 9 6 3 0 7 4 1 8 4 1 8 5 1 8 5 2 9 6 3 0 7 3 0 7 4 1 8 5 2 4
0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 2 0 1 2 2 0 1 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 3 0 1 2 2
6 3 0 7 3 0 7 4 2 9 6 3 0 6 3 0 7 4 1 8 5 1 8 5 2 9 6 3 0 7 3 0 7 4 1 7 4 1 8 5 2 9 6 2 9 6 3 0 7 4 1 8

MÊS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN

FASE Fase básica Fase específica pol


PERÍODO PERÍODO PREPARATÓRIO COMP TRANS
MACROCICLO

6ºPasso: Determinar o polimento (1 a 2 microciclos antes da C.A.)*


93
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PERIODIZAÇÃO – ELABORAÇÃO DO MACROCICLO
Início Início C.A.
EVENTO das dos INTERCOLEGIAL OLIMPÍADA TORNEIO TO
aulas treinos MARIANA HB JEBS

100%
R
E 90%
N
D 80%
I
70%
M
E 60%
N
T 50%
O
40%

MICROCICLO
MESOCICLO
SEMANAS
0 0 1 2 2 0 1 1 2 0 1 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 2 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 29
1 7 4 1 8 4 1 8 5 3 0 7 4 1 7 4 1 8 5 2 9 6 2 9 6 3 0 7 4 1 8 4 1 8 5 1 8 5 2 9 6 3 0 7 3 0 7 4 1 8 5 2 4
0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 2 0 1 2 2 0 1 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 3 0 1 2 2
6 3 0 7 3 0 7 4 2 9 6 3 0 6 3 0 7 4 1 8 5 1 8 5 2 9 6 3 0 7 3 0 7 4 1 7 4 1 8 5 2 9 6 2 9 6 3 0 7 4 1 8

MÊS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN

FASE Fase básica Fase específica pol


PERÍODO PERÍODO PREPARATÓRIO COMP TRANS
MACROCICLO

7ºPasso: Determinar as qualidades físicas necessárias, distribuí-las


adequadamente nas fases, escolhendo os métodos para desenvolve-las
94
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PERIODIZAÇÃO – ELABORAÇÃO DO MACROCICLO
Início Início C.A.
EVENTO das dos INTERCOLEGIAL OLIMPÍADA TORNEIO TO
aulas treinos MARIANA HB JEBS

100%
R
E 90%
N
D 80%
I
70%
M
E 60%
N
T 50%
O
40%

MICROCICLO
MESOCICLO
SEMANAS
0 0 1 2 2 0 1 1 2 0 1 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 2 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 29
1 7 4 1 8 4 1 8 5 3 0 7 4 1 7 4 1 8 5 2 9 6 2 9 6 3 0 7 4 1 8 4 1 8 5 1 8 5 2 9 6 3 0 7 3 0 7 4 1 8 5 2 4
0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 2 0 1 2 2 0 1 1 2 3 0 1 2 2 0 1 1 2 0 0 1 2 3 0 1 2 2
6 3 0 7 3 0 7 4 2 9 6 3 0 6 3 0 7 4 1 8 5 1 8 5 2 9 6 3 0 7 3 0 7 4 1 7 4 1 8 5 2 9 6 2 9 6 3 0 7 4 1 8

MÊS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN

FASE Fase básica Fase específica pol


PERÍODO Pré PERÍODO PREPARATÓRIO COMP TRANS
MACROCICLO

8º Passo: Estabelecer os mesociclos e respectivos microciclos em função do


que ficou determinado no passo anterior.
95
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PERIODIZAÇÃO – ELABORAÇÃO DO MACROCICLO
MÉTODOS DE
PREPARAÇÃO FÍSICA
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO

MÉTODOS CONTÍNUOS
(esportes cíclicos, esportes acíclicos combinados-fase básica )
CERUTTY
• Criado em 1952, em Portsea (Austrália), por Perry Wells Cerutty.
• Treinamento de corridas de fundo e meio-fundo.
• Treinos em ambiente natural, com grande volume e intensidade.
• Exige da volição do atleta.
• Sessões de 40 a 120 minutos
• 3 sessões diárias
• Fortalecimento – corridas em areia, contra o vento, em aclives;
Condicionamento – máximo de volume (até 30 km por sessão)
Ritmo – ao final do ciclo, com trabalhos fracionados, no ritmo de prova
• Intensidade – sempre a máxima possível para o volume previsto

97
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO CÁRDIO PULMONAR
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO
MARATHON TRAINING
• Criado nos anos 50, em Auckland (Nova Zelandia), por Arthur Lydiard.
• Treinamento de corridas de fundo e meio-fundo, baseado no método Cerutty
e IT.
• Sessões de 60 a 150 minutos, 365 dias de treinamento ao ano.

98
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO CÁRDIO PULMONAR
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO
CROSS PROMANADE
• Criado nos anos 60, por Raoul Mollet, baseado no fartlek, power training
e interval training.
• Visa quebra de rotina de trabalho.
• Sessões de 40 a 90 minutos.
• Esquema:
Aquecimento
Desenvolvimento muscular
Trabalho contínuo variado
Trabalho intervalado

99
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO CÁRDIO PULMONAR
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO
AEROBICS - AERÓBICO
• Criado para promover aptidão em não atletas (pilotos de caça da Força
Aérea dos EUA) pelo Dr. Keneth Coooper, adaptado pelo prof. Cláudio
Coutinho ao treinamento de alto rendimento (seleção brasileira de
futebol – 1970)
• Visa a preparação cárdio-pulmonar de atletas de esportes terrestres.
• Esquema: a partir de dados como idade, sexo e nível de aptidão, num
sistema progressivo de condicionamento, busca-se obter determinada
pontuação em função do distância, do tempo de duração e da freqüência
semanal da prática de atividades cíclicas – corrida, natação, ciclismo,
corrida estacionária, natação, remo, etc)

100
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO CÁRDIO PULMONAR
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO
AEROBICS - AERÓBICO

ATIVIDADE DISTANCIA TEMPO PONTOS

08.000 15:00 – 19:59 05


09.600 20:00 – 23:59 06
CORRIDA 12.800 24:00 – 31:59 08
16.000 30:00 – 39:59 10

101
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO CÁRDIO PULMONAR
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO
FARTLEK
• Criado na década de 30 por Gross Holmer, em Bossom (Suécia).
• Eficiente, inicialmente usado para corredores de fundo, ainda hoje pode
ser aplicado para atletas de atividades cíclicas e acíclicas combinadas.
• Segundo (Dantas, 1985) é um método informal, sem grande controle
fisiológico, o atleta determina a intensidade. Mas nada impede de
associar o controle pela Zona-Alvo de FC
• Fartlek - “brincar de correr”
• Esquema: sessões de 40 - 120 minutos, com variações de ritmo,
intensidade, terreno, inclinação, atividade.

102
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO CÁRDIO PULMONAR
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO
FARTLEK
• Exemplo de sessão de fartlek para atletas de water polo:
• Volume: 2.000m.
25m crawl, 25 m alternada deitado (100 m);
12,5m crawl polo, 12,5 m alternada c/ mão fora (100m)
100 m tiro em dupla
100 m alternada lateral trocando passe
50 m 3 crawl 3 costas
50 m 25 crawl polo em zigue zague, 25 peito
(repetir até completar 2.000 m)

103
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO CÁRDIO PULMONAR
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO
ZONA-ALVO DE FC
• Adaptado do programa de reabilitação cardíaca preconizado pelo
ACSM.
• Controle fisiológico para métodos de treinamento*.
• Utilizada com diversas atividades.
• Pelo menos 20 minutos de atividade na zona-alvo.
• Zona –Alvo (BURKE, 2003)
50 a 60% da FCmáx., para o trabalho regenerativo ou para o transporte
cotidiano (intensidade leve)
60 a 70% da FCmáx., para o treinamento que visa o controle ponderal
(intensidade leve a moderada)
70 a 95% da FCmáx., para o trabalho de melhora dos diversos níveis de
aptidão física (intensidade moderada)
95 a 100% da FCmáx., para o trabalho de desenvolvimento da capacidade
competitiva (intensidade elevada)

104
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO CÁRDIO PULMONAR
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO
ZONA-ALVO DE FC
• 1º passo: determinação da FC máx.
 Fórmulas: 220-(0,65 x idade) (Jones et al).
 determinação da FC máx na atividade específica (Edwards, 1994) – só
para atletas – envolve riscos controlados.
 emprego do Ownindex da Polar.
• 2º passo: Determinação da FC basal (média de 3 dias)
• 3º passo: Determinação do limite inferior
Linf = FCbasal + 0,6(FCmáx – FCbasal)
• 4ºpasso: Determinação do limite superior
Lsup = Linf + 0,675 (FCmáx – Linf)

105
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO CÁRDIO PULMONAR
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO
ZONA-ALVO DE FC
• 1º passo: determinação da FC máx.
 Fórmulas: 220-(0,65 x idade) (Jones et al).
 determinação da FC máx na atividade específica (Edwards, 1994) – só
para atletas – envolve riscos controlados.
 emprego do Ownindex da Polar.
• 2º passo: Determinação do limite inferior de acordo com objetivo
Linf = % inf FCmáx
• 3º passo: Determinação do limite superior
Lsup = % sup FCmáx
ZONA-ALVO DE FC
• Utilizar a metodologia dos monitores de FC (Polar)
Ownindex
Ownzone
Owncal
106
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO CÁRDIO PULMONAR
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO
ZONA-ALVO DE FC

107
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO CÁRDIO PULMONAR
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO
ZONA-ALVO DE FC

108
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO CÁRDIO PULMONAR
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO
CORRIDA CONTÍNUA
• Criado nos laboratórios de fisiologia dos EUA, citado a 1ª vez por F.
Wilt em 1968
• Finalidade: treinamento das atividades cíclicas
• Tipos:
Corrida contínua lenta - 70 a 85% da FC máx, ou 56 a 77% do VO2máx.
Corrida contínua rápida – acima de 85% da FC máx ou acima de 77% do
VO2máx.

109
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO CÁRDIO PULMONAR
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO
CORRIDA CONTÍNUA
• 1º passo: Determinação do VO2máx. (testes de pista e/ou de laboratório)
• 2º passo: Determinação da intensidade de trabalho (VOt)
VOt = [% escolhido em decimais + VO2máx/350] x VO2máx
• 3º passo: Determinação do tempo de duração do exercício

Intensidade
T (minutos)
(% VO2máx)
60 0.5
40 a 60 0.5 a 0.70
20 a 40 0.7 a 0.85
5 a 20 0.85 a 1,00

110
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO CÁRDIO PULMONAR
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO

CORRIDA CONTÍNUA
• 4º passo: Determinação da distância a ser percorrida
D (em metros) = 5(VOt –6)T
• Também pode ser estimado o tempo para distância pela fórmula:
T (em minutos) = 2 a 5 x distância da prova / 5(VOt – 6)

111
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO CÁRDIO PULMONAR
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO
MÉTODO CIRCUITO - (esportes cíclicos – prep. neuromuscular, esportes acíclicos e acíclicos combinados )

CIRCUITO
• Criado em 1953, por Morgam & Adamson, na Universidade de Lee,
Inglaterra, para permitir o treino em recintos fechados durante o
inverno.
• Segundo Dantas (2003), possui um caráter geral, sendo complementar,
não especificando nenhuma qualidade física.
• Observações práticas mostram que este método conduz a um bom
condicionamento num curto espaço de tempo, servindo para sessões de
treinamento de finalidade complexa.

112
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO CÁRDIO PULMONAR
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO

MÉTODOS CIRCUITO - (esportes cíclicos – prep. neuromuscular, esportes acíclicos e acíclicos combinados )

CIRCUITO
• Promove economia de tempo.
• Proporciona facilidade de organização, individualização de cargas de
trabalho, mesmo em aplicações coletiva
• Facilita o controle de treinamento e a aplicação de sobrecargas.
• Adequado a atividades acíclicas e acíclicas combinadas*
• Permite trabalhos de preparação básica e preparação específica*
• Aplicabilidade em sessões de finalidade complexa (preparação física-
técnica-tática)
• Trabalhos de resistência geral e resistência específica*

113
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO CÁRDIO PULMONAR
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO
MÉTODOS CIRCUITO - (esportes cíclicos – prep. neuromuscular, esportes acíclicos e acíclicos combinados )

Montagem do Circuito:
• 1º passo: escolher os exercícios.
Esta escolha decorre das características da preparação que se deseja
obter [física, física e técnica, física e tática, física-técnica e tática, das
qualidades físicas que se quer desenvolver, da especificidade que se
queira imprimir, da fase do treinamento, dos recursos disponíveis, do
nível do(s) atleta(s)]
• 2º passo: montagem do circuito
• 3º passo: calibragem do circuito

114
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO CÁRDIO PULMONAR
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO
MÉTODOS CIRCUITO - (esportes cíclicos – prep. neuromuscular, esportes acíclicos e acíclicos combinados )

Montagem do Circuito:
• Formas de aplicação:
Carga Fixa (individual)
Tempo fixo (coletivo)
Continuo
Intermitente
• Sobrecarga:
Volume – nº de voltas, nº de exercícios/estações, nº de reps, tempo
Intensidade – peso, velocidade, intervalo

115
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO CÁRDIO PULMONAR
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO

MÉTODOS CIRCUITO - (esportes cíclicos – prep. neuromuscular, esportes acíclicos e acíclicos combinados )

Montagem do Circuito:
• Controles:
Carga Fixa – tempo necessário para realizar a carga
Tempo fixo – carga realizada no tempo
Comportamento da FC
Comportamento do lactato
Escala de percepção de esforço (BORG)

116
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO CÁRDIO PULMONAR
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO
MÉTODO INTERVALADO - (esportes cíclicos, esportes acíclicos e acíclicos combinados )

Treinamento Intervalado:
• Origem: proposto em 1939 por GERSCHLER – Friburgo (Alemanha),
formatado em 1952 por REIDELL (fisiologista)
• Parâmetros:
Estímulo – esforço a ser realizado
Tempo – tempo para realizar o estímulo
Repetições – nº de vezes que se realizará o estímulo
Intervalo – período entre a realização dos estímulos
Ação no intervalo
(ETRIA)

117
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO CÁRDIO PULMONAR
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO
MÉTODO INTERVALADO - (esportes cíclicos, esportes acíclicos e acíclicos combinados )

Treinamento Intervalado:
• Tipos de IT:

118
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO CÁRDIO PULMONAR
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO

MÉTODO INTERVALADO - (esportes cíclicos, esportes acíclicos e acíclicos combinados )

Treinamento Intervalado:
• Esquema de trabalho:
1º passo - escolha dos estímulos
2º passo – teste de carga máxima
3º passo - determinação da intensidade de trabalho
4º passo – determinação do nº de repetições
5º passo – determinação do intervalo tempo para chegar a FC de
recuperação
FCrec = FCrep + 0,56(FCmáx – FCrep)
ou
Intervalo longo, Intervalo médio, Intervalo curto

6º passo – determinação da ação no intervalo

119
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO CÁRDIO PULMONAR
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO

TREINAMENTO DA FLEXIBILIDADE – ALONGAMENTO E FLEXIONAMENTO

Alongamento:

Estiramento Soltura Suspensão

120
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO NEUROMUSCULAR
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO
TREINAMENTO DA FLEXIBILIDADE – ALONGAMENTO E FLEXIONAMENTO

Flexionamento:

Estático Dinâmico FNP

121
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO NEUROMUSCULAR
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO

TREINAMENTO DA FORÇA E POTÊNCIA

MUSCULAÇÃO:

Estilo Bodybuilding
Clique no link ao lado para ver:Ilustrações do treinamento de força - estilo
bodybuilding

Estilo levantamento olimpico (potência)


Clique no link ao lado para ver: Ilustração do treinamento de força estilo
weightlifting

Estilo levantamento básico (força)


Clique no link ao lado para ver:Ilustração de treinamento de força estilo
powerlifting
122
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO NEUROMUSCULAR
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO
TREINAMENTO DA FORÇA E POTÊNCIA

CIRCUITO:

PLIOMÉTRICO:

Clique no link ao lado para ver: Ilustração de método pliométrico

123
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO NEUROMUSCULAR
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO
TREINAMENTO DA FORÇA E POTÊNCIA

TREINAMENTO RÚSTICO:

Clique no link ao lado para ver:Ilustração do treinamento rústico

124
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO NEUROMUSCULAR
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO
TREINAMENTO DA FORÇA E POTÊNCIA

TREINAMENTO FUNCIONAL
Clique no link ao lado para ver:Ilustração de treinamento funcional (a)
Ilustração de treinamento funcional (b)
Ilustração de treinamento funcional (c)

PERIODIZAÇÃO:
• Formação corporal
• Força
• Específico (resistência de força, potência, stamina, etc)

125
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – PREPARAÇÃO NEUROMUSCULAR
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DANTAS, E. A Prática da Preparação Física. RJ Shape Editora, 5ª ed.,
2003.
TUBINO, MJG; BASTOS, SM. Metodologia Científica do
Treinamento Desportivo. RJ, Shape Editora, 2003.
PLATONOV, V; BULATOVA,M. A Preparação Física. RJ, Editora
Sprint, 2005.

126
METODOLOGIA DO TREINAMENTO – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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