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FELIPE VERONEZE
R.A.: B235373
SÃO PAULO
2022
FELIPE VERONEZE
Orientador: Profº.
SÃO PAULO
2022
FELIPE VERONEZE
Orientador: Profº.
Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________/___/___
Prof. Nome do professor da banca
Universidade Paulista – UNIP
Endereço: Av. Marquês de São Vicente, 3001, Água Branca, 05036040 - São Paulo,
SP – Brasil
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 6
2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................ 8
2.1 Obesidade Infantil ................................................................................................ 8
2.2 Desenvolvimento infantil .................................................................................... 10
2.3 Treinamento de força ......................................................................................... 15
2.3.1 Treinamento de força e suas vantagens ........................................................ 16
2.3.2 Treinamento de força nas aulas de educação física ..................................... 17
3 DISCUSSÃO ......................................................................................................... 19
4 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 22
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 23
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1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
Entre a população jovem, há um aumento cada vez mais acentuado nos índices
de obesidade. Um fato preocupante neste fenômeno é a alta frequência de crianças
com sobrepeso, e na sua maioria, tornando-se adultos obesos e com doenças
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afetivo; físico, referindo-se a mudanças reais, como altura ou peso. Todas essas áreas estão
fortemente inter-relacionadas, de modo que o desenvolvimento cognitivo e afetivo domina o
desenvolvimento motor. O desenvolvimento humano é a sucessão e regressão dos seres
humanos à medida que envelhecem (PAYNE, 2010)
As habilidades motoras básicas resultam de vários fatores que interagem e influenciam
o desenvolvimento motor da criança, incluindo maturidade, ambiente de ensino, motivação,
condições sociais e culturais e experiências passadas. Proporcionar oportunidades para
aprender e desenvolver habilidades motoras básicas é fundamental para o desenvolvimento
de uma criança. As habilidades motoras exibem padrões específicos e elementos comuns e
fornecem uma base motora para o desempenho futuro de movimentos mais específicos
dentro de cada habilidade especializada do esporte (SOUZA et al, 2008).
Deve haver uma certeza clara e compreensão do desenvolvimento para integrar
adequadamente esta filosofia na atividade física das crianças. Dois termos são fundamentais
para a compreensão do desenvolvimento humano: maturação (maturidade) e crescimento.
Desenvolvimento é uma expressão que se refere ao progresso e à regressão que ocorrem
em diferentes fases da vida. O crescimento é um elemento estrutural do desenvolvimento; a
maturação envolve mudanças funcionais no desenvolvimento humano.
O aumento da diversidade comportamental leva a uma expansão do repertório motor
horizontal. Posteriormente, elementos comportamentais como andar, correr, pular e
arremessar interagem para formar estruturas motoras cada vez mais complexas, levando à
expansão vertical do repertório motor. Por exemplo, o elemento de corrida interage com o
elemento de bola quicando para criar uma estrutura mais complexa chamada drible. De fato,
uma grande variedade de combinações pode e deve ser construída ao longo da infância,
aumentando com a complexidade (TANI et al, 2012).
Brincar cria uma "zona de desenvolvimento proximal" para as crianças, que é
simplesmente a distância entre o nível atual de desenvolvimento determinado pela resolução
independente de problemas e o atual nível potencial de desenvolvimento determinado pela
resolução de problemas. Sob a orientação de um adulto ou com um parceiro mais capaz
(PIAGET, 2013).
Para evitar que o esporte pareça mais negativo do que positivo na infância, é
necessário formular rigorosamente as metas de treinamento e organizar a encenação
esportiva. Para tanto, o estágio de desenvolvimento do atleta deve ser respeitado e a
consideração das características do desenvolvimento emocional, cognitivo, físico e motor da
criança é essencial para o sucesso do processo de treinamento esportivo (ROCHA et al,
2010).
Os jogos são elementos privilegiados que permitem experimentar combinações em
diferentes situações. Pode-se começar com jogos de baixa organização envolvendo situações
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como 2x2, 3x2, 3x3, etc. com objetivos diferentes, e trabalhar gradativamente até chegar a
jogos de alta organização, ou seja, considerar situações próximas às do esporte. Assim,
quando os alunos atingem o estágio de desenvolvimento apropriado para aprender
habilidades específicas do esporte, eles não apenas adquirirão um forte conjunto de
habilidades fundamentais, mas também a capacidade de perceber e entender situações e
contextos, tomar decisões e resolver problemas. Os promotores de movimento genéricos
pretendem desenvolver essas habilidades por meio de estruturas funcionais, mas com
habilidades motoras específicas (TANI et al, 2012).
As crianças devem ter oportunidades efetivas para desenvolver proficiência básica em
habilidades motoras básicas. A falha em melhorar a eficiência das habilidades motoras
básicas inibirá o desenvolvimento de movimentos especializados para brincadeiras,
exercícios e levará à baixa participação em atividade física na idade adulta. Também é
importante notar que o pouco envolvimento nos movimentos motores durante a infância pode
levar ao atraso no desempenho motor em várias habilidades (SOUZA et al, 2008).
Segundo Piaget (2013), a aprendizagem estabelece um vínculo entre adaptação,
adaptação e assimilação por meio de informações adquiridas em seu ambiente. São os
processos de internalização do conteúdo externo, passando por etapas para que a
compreensão possa ocorrer. As crianças possuem diferentes fases de seu desenvolvimento
motor e cognitivo de acordo com a teoria de Piaget, e estas são apresentadas na Tabela 1.
Para aplicação no esporte, podem ser descritos como os quatro estágios sucessivos
do desenvolvimento motor individual aplicado ao ambiente esportivo, que são:
etapas, principalmente para quem vai trabalhar a iniciação esportiva na escola ou até mesmo
nos clubes. Segundo Gallahue e Ozmun (2005), o desenvolvimento motor é a transformação
contínua no comportamento motor ao longo da vida, fornecido pela interação entre as
demandas da tarefa, a biologia individual e as condições ambientais.
A iniciação esportiva é o período em que a criança começa a aprender habilidades
motoras de forma específica e planejada. De acordo com Santana (2002), é indicado buscar
uma iniciação do movimento que leve em consideração todas as complexidades humanas,
entendidas como o período em que as crianças começam a praticar um ou mais esportes de
forma regular e direcionada, com o objetivo imediato de dar continuidade ao seu
desenvolvimento global, não significando em partidas regulares (GONÇALVES et al, 2010).
Rose Jr. e Tricoli (2005), discutem os aspectos físicos e psicológicos relevantes para
a iniciação esportiva:
• Físico: Inclui habilidades físicas, bem como habilidades motoras básicas e específicas.
Em termos de capacidades físicas, é proporcionada a vivência desportiva e o
desenvolvimento de capacidades físicas como coordenação, resistência, velocidade,
força e flexibilidade, tendo em conta o ambiente e a idade do aluno. As pessoas
também devem tentar exercitar essas habilidades físicas de uma forma divertida e
divertida. Quanto às habilidades motoras, considere duas situações: básica e
específica. A importância das habilidades motoras básicas em função da faixa etária
em questão. Portanto, caminhar, correr, pular e arremessar são os movimentos
básicos nesta fase do processo. Em termos de habilidades específicas, há uma clara
necessidade de proporcionar aos alunos o aprendizado dos fundamentos do
movimento que está sendo praticado.
• Psicológico: Autoestima e liderança devem ser desenvolvidas. Criar um ambiente que
promova um senso de identidade é fundamental para estimular o desenvolvimento do
mundo interior de um indivíduo. A autoestima torna-se importante quando os
indivíduos acreditam em si mesmos e em suas habilidades. A liderança procura
reforçar os modelos de comportamento positivo – concebidos para promover o
sucesso da equipa e estimular a compreensão do contexto da atividade.
De acordo com Ruas (2014), para o período de adaptação inicial (8 semanas) para
adaptações de desenvolvimento de força muscular, cargas mais leves e repetições mais altas
(10RM a 15RM) devem ser priorizadas. Assim, 1 a 2 séries de 8 a 15 repetições de carga
moderada (30 a 60% 1RM) ao longo de 8 a 12 exercícios permitirão um progresso gradual e
agressivo com base nos alunos e seus objetivos. Recomenda-se uma frequência de pelo
menos 2 a 3 dias por semana, não consecutivos. Este tipo de programa pode proporcionar
aos iniciantes a oportunidade de aprender técnicas de exercícios adequadas para acomodar
a força muscular. Depois de ganhar experiência, os jovens podem continuar a treinar com
mais ou menos intensidade e volume de acordo com os objetivos traçados na fase inicial.
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3 DISCUSSÃO
De acordo com Carvalho (2021), o excesso de peso atinge de 10% a 20% das crianças
e adolescentes, por isso é necessário discutir os benefícios da atividade física orientada nessa
fase, visto que em geral esse problema persiste e se agrava na vida adulta, causando excesso
de peso em 54% dos brasileiros. Informações sobre os benefícios, cuidados importantes e
locais de prática para cada exercício ou treinamento podem ser relevantes. Um foco
importante na literatura da área de educação física tem sido lidar com a intensidade,
quantidade e frequência da atividade física das crianças. Diante desse problema, a Figura 1
apresenta diferentes locais e medidas preventivas importantes para evitar efeitos negativos
no crescimento e desenvolvimento infantil.
lado, são vários os benefícios do treinamento de força nesta fase da vida, principalmente para
quem deseja praticar esportes competitivos.
Muitos alunos que foram à escola trouxeram experiências negativas nas aulas de
educação física que se tornaram lembranças tristes e sentimentos de incapacidade física e
motora, ou mesmo medo de não conseguir se exercitar adequadamente. Por outro lado, muito
poucos alunos experimentaram uma prática agradável e conseguiram melhorar
razoavelmente seu desempenho. A razão é que os cursos que deveriam oferecer atividades
práticas, orientação sobre questões de saúde, hábitos e estilos de vida saudáveis, felicidade
e alegria não atendem nem mesmo aos objetivos gerais listados nos Parâmetros Curriculares
Nacionais. O recurso fundamental para o desenvolvimento da disciplina de forma holística
será a informação, a construção do conhecimento com capacidade de produzi-lo e gerenciá-
lo, pois a educação é entendida como uma atividade prática por meio da qual o conhecimento
é produzido e difundido (CARVALHO, 2021).
Quadro 1. Síntese dos principais indicadores relativos ao treinamento resistido para crianças e
adolescentes
FONTE: Benedet et al, 2013.
futuras adaptações, maximiza os ganhos das metas estabelecidas e reduz o risco de lesão
por uso excessivo do músculo.
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4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BENEDET, J.; FREDDI, J. C.; LUCIANO, A. P.; DE SOUZA ALMEIDA, F.; DA SILVA,
G. L.; DE FRAGAS HINNIG, P.; ADAMI, F. Treinamento resistido para crianças e
adolescentes. ABCS Health Sciences, v. 38, n. 1, 2013.
BENELI, L. M.; PIAGENTINI, F. D. A. A. Treinamento de força como opção de
aplicação na área da educação física escolar para crianças e adolescentes. Ensaios
e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde, v. 16, n. 3, p. 117-131, 2012.
BONILLA, E. F. Obesidad infantil: otro problema de malnutrición. Revista Med, v. 20,
n. 1, p. 6-8, 2012.
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Efeitos metabólicos do exercício físico na obesidade infantil: uma visão atual. Revista
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ROSE JR., D.; TRICOLI, V. (Org.). Basquetebol: uma visão integrada entre ciência
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sistemática. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício (RBPFEX),
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SINGH, A.; BASSI, S.; NAZAR, G. P.; SALUJA, K.; PARK, M.; KINRA, S.; ARORA, M.
Impact of school policies on non-communicable disease risk factors–a systematic
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TANI, Go; BASSO, Luciano; CORRÊA, Umberto Cesar. O ensino do esporte para
crianças e jovens: considerações sobre uma fase do processo de desenvolvimento
motor esquecida. Revista brasileira de educação física e esporte, v. 26, p. 339-
350, 2012.