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‘Nome do autor

Pró-Reitoria de Graduação
Curso de Educação Física
Trabalho de Conclusão de Curso

TÍTULO DO PROJETO
TREINAMENTO DE FORÇA EM CRIANÇAS E
ADOLESCENTES: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Projeto de pesquisa apresentado ao prof.
___________ como requisito parcial para a
obtenção de nota na disciplina
___________do curso de ___________ das
Faculdades Integradas de Patos – FIP.

Orientador(a):

Autores: Augusto César Bertaccini


Evandro do Carmo Teodorio
José Felipe Gaspar Lima Ribeiro

Orientador: Prof. MSc. Fábio Antônio Tenório de Melo

Patos
Ano ano

Brasília - DF
2016
3

Augusto César Bertaccini

Evandro do Carmo Teodorio

José Felipe Gaspar Lima Ribeiro

TREINAMENTO DE FORÇA EM CRIANÇAS E


ADOLESCENTES: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Artigo apresentado ao curso de Educação Física da


Universidade Católica de Brasília, como requisito
parcial para obtenção do título de Bacharel em
Educação Física.

Orientador: Prof. MSc. Fábio Antônio Tenório de


Melo

Brasília DF
2016
4

ORGANOGRAMA

Artigos identificados nas buscas


Google Acadêmico: 21
Lilacs: 20

Artigos excluídos: 32

Artigos elegíveis
Scielo: 12
Lilacs: 13

Artigos excluídos: 19

Artigos inclusos na revisão: 6


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Augusto César Bertaccini

Evandro do Carmo Teodorio

José Felipe Gaspar Lima Ribeiro

TREINAMENTO DE FORÇA EM CRIANÇAS E


ADOLESCENTES: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Resumo

Treinamento de força é um treinamento com pesos, que pode ser definido como um método
de condicionamento físico envolvendo uma variedade de exercícios incluindo
equipamentos de força, pesos livres, peso corporal, se aplicado de forma correta, tanto na
criança, quanto no adolescente, promove uma maior e melhor adaptação neuromuscular,
e proporciona um aumento em sua capacidade de força muscular e também o crescimento
visível em suas medidas antropométricas. O objetivo deste estudo foi analisar como base
na literatura os efeitos do treinamento de força em crianças e adolescentes. Foi utilizada
uma revisão sistemática da literatura, utilizando as bases de dados Lilacs e Google
Acadêmico. Os resultados demonstraram que se realizado de forma correta, prescrita e
orientada, trará benefícios, entretanto, se executado de maneira incorreta acarretará
possíveis malefícios.

Palavras Chave: Treinamento de Força; Crianças; Adolescentes.


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1. INTRODUÇÃO

Uma das maiores preocupações entre os profissionais de educação física, é a falta da


prática de atividade física na infância e adolescência, já que estilo de vida inativo está
aumentando o risco de doenças coronarianas, hipertensão, diabetes mellitus e obesidade
entre outras doenças crônicas que aparecem nos adultos, porém, muitas organizações tem
estimulado a importância da pratica de atividade física regularmente para melhorar os níveis
de saúde individual e coletiva e na prevenção e reabilitação de doenças cardiovasculares
na infância e na adolescência. (MACHADO, 2011).
Dentre as atividades físicas, que vem sendo muito procurada pelos seus inúmeros
benefícios físicos e resultados rápidos, é o Treinamento de Força (TF), pode ser definido
como um método de condicionamento físico envolvendo uma variedade de exercícios
incluindo equipamentos de força, pesos livres, peso corporal, fitas elásticas, medicine balls
e saltos, utilizados progressivamente em uma ampla escala de cargas resistidas e
diferentes velocidades para o aumento ou manutenção da aptidão muscular (RUAS,
BROWN e PINTO, 2014).
Especificamente esta atividade voltada para crianças e adolescentes possui como
benefícios o aumento da resistência muscular, melhora do sistema cardiovascular, melhora
da flexibilidade e reduz a incidência de lesões em atividades esportivas (BENELI E
PIAGENTINI, 2013). Os mesmos autores em (2012), confirmaram ainda que o TF bem
orientado e individualizado, os riscos são praticamente nulos, trazendo benefícios tanto de
ordem física, quanto nos aspectos psicossociais.

2. OBJETIVO

Analisar como base na literatura os efeitos do treinamento de força em crianças e


adolescentes.
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3. REVISÃO DA LITERATURA

3.1. Criança e Adolescente

No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), conforme a Lei Nº 8.069, em


seu artigo 2º, de 13 de Julho de 1990, considera criança o indivíduo com até doze anos de
idade incompletos, e adolescente, aquele entre doze e dezoito anos.
Gallahue e Ozmun (2005), afirmam que de acordo com a classificação convencional da
idade cronológica, a adolescência se inicia aos 10 anos e pode se prolongar até os 20 anos,
sendo assim, e divide-se em pré-pubescência (10-12 anos) femininos e (11-13 anos)
masculinos e pós-pubescência (12-18 anos) femininos e (14-20 anos) masculinos.
Para Papalia et al (2009), existem cincos fases de desenvolvimento desde o nascimento
até a adolescência: Período pré-natal (concepção ao nascimento); primeira infância que vai
do nascimento até os três anos de idade. Segunda infância que vai dos três anos até os
seis anos de idade. Em seguida vem a Terceira infância, dos cinco aos onze anos de idade.
E a última fase, a Puberdade que vai dos onze anos aos vinte anos de idade.

3.2. Atividade Física

“A atividade física é qualquer movimento corporal, sendo produzido pelos músculos


esqueléticos, resultante num gasto energético maior que os níveis de repouso” (ILHA,
2004). Para Alves et al., (2005), a prática de atividade física ajuda no controle de peso e da
obesidade, da diabetes, da osteoporose, da hipertensão arterial, das dislipidemias, e
diminui o risco de aterosclerose e suas consequências (doença vascular cerebral, angina,
infarto do miocárdio), de afecções osteomusculares e de alguns tipos de câncer (colo e
mama), sendo assim, beneficiando tanto crianças como adolescentes. Hidroginástica,
caminhada, corrida, futebol, são exemplos de atividades físicas. Dentre os exemplos de
atividade física está o treinamento de força (TF).

3.3. Treinamento de Força


Denominado treinamento com pesos, pode ser definido como um método de
condicionamento físico envolvendo uma variedade de exercícios incluindo equipamentos
de força, pesos livres, peso corporal, fitas elásticas, medicine balls e saltos, utilizados
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progressivamente em uma ampla escala de cargas resistidas e diferentes velocidades para


o aumento ou manutenção da aptidão muscular (RUAS, BROWN e PINTO, 2014).
Da Silva, Oliveira (2009), dizem que a força como componente neuromuscular da
aptidão física, tem importante papel na promoção da saúde e na qualidade de desempenho
esportivo. E também, se aplicado de forma correta, tanto na criança, quanto no adolescente,
promove uma maior e melhor adaptação neuromuscular, e proporciona um aumento em
sua capacidade de força muscular e também o crescimento visível em suas medidas
antropométricas. Corroborando da mesma ideia, Oliveira, Lopes e Risso (2003),
demonstram que programas de treinamento de força devidamente planejados e
supervisionados são seguros e eficazes.
O Treinamento de Força (TF), reitera que se realizado e planejado de forma correta
auxilia na melhora do desempenho de algumas habilidades motoras, atividades recreativas
e flexibilidade, além disso, há um aumento da força e da densidade mineral óssea, melhora
do condicionamento muscular e o desempenho esportivo, previne lesões dos variados
esportes. Diminui o estresse emocional e previne algumas doenças musculoesqueléticas
de longa duração, como osteoporose e lombalgia, favorece o crescimento e o
desenvolvimento de crianças e adolescentes por estimular a síntese do hormônio GH.
(BENETTI, SCHNEIDER e MEYER, 2005; PERFEITO, SOUZA e ALVES, 2013; RHEA,
2009; BRAGA, 2008).
Com o respaldo cientifico de que diversos autores valorizam a importância do TF em
crianças e adolescentes por trazer benefícios importantes, assim como Barros (2007),
afirma que a força está presente em todas as atividades do cotidiano, sendo necessária
para manter uma determinada postura e locomoção e possibilitando que crianças e
adolescentes realizem tarefas do dia-a-dia, sem prejuízo de seu equilíbrio biológico,
psicológico e social, além disso podem acrescentar mais benefícios dos quais (SILVA,
2004; BRAGA et al., 2008) afirmam, haver um aumento da força, melhorando as habilidades
de aptidão e desempenho esportivo, prevenindo e auxiliando na recuperação de lesões e
ainda, colaborando para a melhoria do bem-estar psicossocial. Arruda (2010), reitera que
o treinamento de força também é essencial no combate a obesidade, doença que influencia
negativamente na vida deste público, podendo vir a desencadear outras doenças.
As principais organizações de saúde americanas como American College of Sports
Medice (ACMS), American Academy of Pediatrics (AAP), National Strength and
Conditioning Association (NSCA) apoiam a participação de crianças em programas de TF,
desde que esses sejam apropriadamente projetados e possuam supervisão competente.
Segundo essas instituições, são vários os benefícios que as crianças alcançam
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participando deste tipo de atividade. Dentre eles: prevenção e correção de deficiências


posturais, estimulação biológica favorável ao crescimento e desenvolvimento, aquisição de
novas e mais complexas atividades técnicas relacionadas às anteriormente desenvolvidas,
etc (RISSO, LOPES, OLIVEIRA, 1999).
O TF, se planejado e realizado de forma incorreta e não acompanhada por um
profissional de Educação Física, onde a intensidade, volume ou a frequência excedem a
capacidade de realizar corretamente as atividades propostas, podem ocasionar lesões,
sendo essas, as mais frequentes por essa prática inadequada: distensão muscular, danos
a cartilagem, fraturas, lesões lombares. (ALVES e LIMA, 2008; PERFEITO, SOUZA e
ALVES, 2013).

4. MATERIAIS E MÉTODOS

4.1. Método

Foi realizada uma revisão sistemática da literatura nacional sobre o treinamento de


força em crianças e adolescentes.

4.2. População e Amostra

A população deste estudo foi formada por os artigos indexados nas bases de dados
LILACS e Scielo que investigaram o Treinamento de Força em Crianças e Adolescentes.
Para o levantamento da população foram utilizados os seguintes descritores e
termos “Treinamento de Força”, “Benefícios”, “Atividade Física”, “Crianças e Adolescentes”,
combinado através dos operadores booleanos “or” “and” e “and not”.
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4.2.1. Critérios de Inclusão

a) Artigos de estudos primários e secundários de delineamento descritivo, experimental


e quase-experimental, que tenham investigado o Treinamento de Força em Crianças
e Adolescentes como objetivo principal de estudo;
b) Estudos publicados entre 2000 e 2015;
c) Estudos publicados em Português;
d) Estudos disponíveis na integra nas bases de dados escolhidas (e/ou disponíveis
para aquisição na base de dados eletrônica da Biblioteca da UCB), selecionados
pela busca direta ou por busca reversa.

4.3. Instrumento de Coleta dos Dados

Para facilitar a sistematização das informações relativas às variáveis do


estudo foi elaborado um instrumento com o objetivo de facilitar o processo de coleta e
análise dos dados.

4.4. Análise dos Dados

Foi realizada uma análise descritiva das variáveis de estudo confrontando os


resultados encontrados para estabelecimento do nível de concordância, confiabilidade
e relevância dos resultados.
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5. RESULTADOS
A seguir apresentaremos um quadro com os artigos compostos na discussão do
trabalho, mostraremos os objetivos, metodologias, resultados e conclusões de cada um
deles.

5.1. Quadro de Artigos

Autor Ano Objetivos Metodologia Pop/ Resultados Conclusões


Amostra

1– 2003 Realizar uma revisão dos Revisão O TF pode ser desenvolvido


Oliveira, fatores que se Sistemática em crianças e adolescentes
Lopes e relacionam a montagem se o programa for organizado
Risso de um programa de e sistematizado para
treinamento com contribuir no
sobrecarga para desenvolvimento harmonioso
crianças. e da parte estrutural de cada
indivíduo.
2– 2011 Relatar os principais Revisão Acredita-se que as
Ughini, aspectos relacionados à Sistemática recomendações compiladas
Becker e segurança, benefícios e dentre os artigos revisados
Pinto. permitem que o professor de
as recomendações do TF
educação física tenha um
em crianças e jovens. mínimo embasamento
teórico-prático na prescrição
do TF para crianças e
adolescentes.
3– 2012 Sugerir uma opção para Revisão A Educação Física precisa
Beneli e aulas de Educação Física Sistemática passar por uma reformulação
Piagentili escolar, com subsídios e desenvolver novas
metodologias de ensino. O
aos profissionais que se
TF aplicado em ambiente
interessam no escolar (5ª a 8 série), é uma
treinamento da força em estratégia para contribuir nas
crianças e adolescentes aulas de Educação Física.
em ambiente escolar.
4– 2013 Refletir sobre os efeitos Revisão O TF pode ser benéfico para
Perfeito, da aplicação do TF em Sistemática crianças e adolescentes,
Souza e crianças e adolescentes, desde que as devidas
Alves. assim como seus precauções sejam adotadas.
possíveis benefícios ou
malefícios agudos ou a
longo prazo.
5– 2013 Fazer uma análise Revisão Perspectiva que o tema
Benedet, et retrospectiva a partir de Sistemática encontre maior respaldo em
al. consensos e revisões da estudos futuros para
literatura sobre a questões ainda inconclusivas
prescrição de exercícios entre a relação treinamento
resistidos em crianças e de força, academias de
adolescentes. musculação e adolescentes.
6– 2014 Analisar a magnitude do Revisão O TF pode potencializar
Frois et al. efeito do treinamento de Sistemática ganhos de força em crianças,
força, sobre as variáveis porem possui pequena
força, composição significância para ganhos de
corporal e crescimento massa magra e
longitudinal em crianças. emagrecimento nessa
população.
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Em referência aos estudos propostos e anexados sobre a temática, Perfeito, Souza


e Alves (2013), tiveram como objetivo refletir sobre os efeitos da aplicação do TF em
crianças e adolescentes, assim como seus possíveis benefícios ou malefícios agudos ou
crônicos. Tratou-se de um estudo de revisão bibliográfica onde os resultados demonstraram
que esta atividade pode ser benéfica para esse público, desde que as devidas precauções
sejam adotadas.
Benedet, et al. (2013), trouxeram como objetivo principal, uma análise retrospectiva
a partir de consensos e revisões da literatura sobre a prescrição de exercícios resistidos
para crianças e adolescentes. Com isso, foi feito um estudo de revisão bibliográfica onde
concluiu-se que a perspectiva que o tema encontre maior respaldo em estudos futuros para
questões ainda inconclusivas entre a relação treinamento de força, academias de
musculação e adolescentes.
O estudo de Beneli e Piagentini (2012), teve como objetivo sugerir uma opção para
aulas de Educação Física escolar, com subsídios aos profissionais que se interessam no
treinamento da força em crianças e adolescentes em ambiente escolar. Foi realizado um
estudo de revisão bibliográfica da literatura onde os autores concluíram que a Educação
Física precisa passar por uma reformulação e desenvolver novas metodologias de ensino.
O TF aplicado em ambiente escolar (5ª a 8 série), é uma estratégia para contribuir nas aulas
de Educação Física.
Frois, et al. (2014) trazem em seu estudo, analisar a magnitude do efeito do
treinamento de força sobre as variáveis força, composição corporal e crescimento
longitudinal em crianças. Um estudo de revisão bibliográfica onde os resultados mostraram
que o treinamento de força pode potencializar ganhos de força em crianças, porém, possui
pequena significância para ganhos de massa magra e emagrecimento.
Já Ughini, Beckere e Pinto (2011), trouxeram em seu estudo os principais aspectos
relacionados à segurança e eficácia do treinamento de força em crianças e adolescentes,
além de apresentar linhas de orientação desenvolvidas especificamente para essa
população. Tratou-se de um estudo de revisão sistemática, onde foi concluído que se
conduzido com um programa adequado de treinamento de força pode ser saudável e
apresentar benefícios para criança e adolescentes quando esses forem instruídos
apropriadamente por instrutores qualificados que se baseiam em linhas de orientações
corretas de treino.
O estudo de Oliveira, Lopes e Risso (2003), teve como objetivo identificar os fatores
que se relacionam a montagem de um programa de treinamento com sobrecarga para
criança. O estudo foi de revisão da literatura, e obteve como resultado que o treinamento
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de força pode ser desenvolvido em crianças e adolescentes desde que o programa seja
organizado e sistematizado para contribuir no desenvolvimento harmonioso e da parte
estrutural de cada indivíduo.

6. DISCUSSÃO

Partindo do pressuposto de que o Treinamento de Força é de fundamental


importância para a saúde, os presentes artigos dissertam que iniciar a pratica do TF em
crianças e adolescentes traz pontos positivos como aumento de força e densidade
mineral óssea. Porém, foi verificado também estudos que divergem dessa ideia,
apontando pontos negativos como utilização de cargas elevadas, que em uma ação
crônica, podem gerar lesões.
O estudo de Perfeito, et al (2013), mostra que há uma metodologia de treinamento
para cada faixa etária, assim dividido: 5 a 7 anos, prescrever exercícios básicos com
pouco ou nenhuma carga mantendo o volume baixo. 8 a 10 anos, aumentar
gradualmente os exercícios, iniciando um progresso de sobrecarga, e aumentando o
volume lentamente, observando a tolerância ao estresse do exercício. De 11 a 13 anos,
ensinar técnicas básicas do exercício, continuar aumentando a sobrecarga e introduzir
movimentos mais avançados com pouca ou nenhuma carga. 14 a 15 anos, utilizar
programas de força mais avançados, incluindo componentes específicos de esportes e
aumentando o volume. A partir de 16 anos, iniciar nível de programa igual para adultos.
E também, Oliveira, Lopes e Risso (2003), afirmam que essa atividade deve respeitar
as particularidades do crescimento da criança, com isso, deve-se observar cuidados
com a coluna vertebral, com as cargas de treinamento que deve ser inferior à carga
máxima, situações que ao longo podem trazer benefícios como prevenção e correção
de deficiências posturais e estimulação biológica favorável ao crescimento e
desenvolvimento.
Partindo da mesma ideia e executando de acordo com a faixa etária adequada,
Ughini, Becker e Pinto (2011), Frois et al (2014), Beneli e Piagentini (2012), Benedet et
al (2013), Oliveira, Lopes e Risso (2003), reforçam que, é possível alterar
favoravelmente parâmetros de saúde, como um aumento da força muscular, por meio
de um maior recrutamento de unidades motoras, ativação neuromuscular melhorando a
coordenação motora. Há também, uma melhoria e manutenção na aptidão física e
performance, melhorando o desempenho esportivo e diminuindo a ocorrência de lesões.
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Reduz o estresse emocional e o tempo de recuperação de leões, além de prevenir


doenças musculoesqueléticas de longa duração. Atua também na diminuição das
medidas de composição corporal melhorando a imagem e consciência corporal e
consequentemente elevando a autoestima. Na parte hemodinâmica, diminui a pressão
sanguínea em hipertensos e melhora os níveis de lipídeos no sangue. Aumenta a
densidade mineral óssea, aumento do tempo de fadiga muscular e assim diminuição da
exaustão.
Perfeito, Souza e Alves (2013) e Oliveira, Lopes e Risso (2003), partem da ideia que o
TF precisa ser apropriado, prescrito e supervisionado por um profissional da área
levando em considerações algumas questões, como: estar fisicamente e
psicologicamente preparado para treinar, qual programa de treino seguir, ter
conhecimento das técnicas corretas de exercícios, equipamentos que se ajustam as
crianças e adolescentes. Caso essas medidas não sejam adotadas, o risco de lesões
se tornam eminentes. Situações como: Distensões musculares: resultado de um
aquecimento antes de uma sessão de treinamento ou tentativa de superar uma carga
muito elevada. Danos a cartilagem do crescimento: ocorre porque a cartilagem é mais
fraca que o osso devido as mudanças hormonais que ocorrem na puberdade. Fraturas:
durante exercícios com levantamento de carga próximo ou acima da máxima
ocasionando em lesão óssea. Lesões lombares: ocorre quando há execução incorreta
ou o excesso de carga de treinamento, podendo levar crianças e adolescentes a
adquirirem o quadro de lombalgia e, em casos extremos lesões discais.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Contudo, tendo como base os artigos pesquisados, pode-se concluir que o


Treinamento de Força em crianças e adolescentes pode trazer benefícios quanto ao
sistema neurofisiológico, musculoesquelético, e também a nas questões sociais, como, o
aumento de força muscular, aumenta a densidade mineral óssea, aumento da capacidade
cardiorrespiratória, aumento das habilidades motoras, diminui riscos de lesões, melhora a
imagem corporal que consequentemente melhora a autoestima, entre outros. Porém, se
não acompanhado por um profissional de Educação Física capacitado e se não respeitado
a fase maturacional, poderá acarretar desde lesões mais simples até situações crônicas.
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8. REFERÊNCIAS

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crescimento e puberdade de crianças e adolescentes. Rev Paul Pediatr. Salvador, p. 383-
391. abr. 2008.
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ARRUDA, D. P. et. al. Relação Entre Treinamento De Força E Redução Do Peso Corporal.
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BARROS, Cláudia R. S. Força Muscular Em Crianças Órfã Por Aids. São Paulo, 2007.

BENELI, Leandro de Melo; PIAGENTINI, Flávia de Aguiar Andrade. TREINAMENTO DE


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BENETTI, Gisele; SCHNEIDER, Patrícia; MEYER, Flávia. Os Benefícios Do Esporte E A


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em:http://www.proesp.ufrgs.br/proesp/images/stories/pdf/publicacoes/outros%20periodico
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17

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Forças Em Crianças: Segurança, Benefícios E Recomendações. Revista da Faculdade de
Educação Física Unicamp, Campinas, v. 9, n. 2, p.178-198, maio 2011.

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