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SOBRAL-CE
2018
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SOBRAL-CE
2018
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JANAYNA MAYHARE SOARES
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Prof. Ms. NOME DO ORIENTADOR
Orientador(a)
_____________________________________________________________
1º Examinador Prof.Me.
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2º Examinador Prof. Me.
_____________________________________________________________
Coordenador(a) do Curso Prof.Me.
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Dedicatória
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por todas as coisas boas que vivi, por que se que o bem
apenas Dele é que veio, agradeço a minha mãe por ser tão boa e acreditar em mim e aos
meus familiares e amigos por sempre estarem comigo. Meu muitíssimo obrigado. Deus os
abençoe e os guarde. Amém!
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RESUMO
ABSTRACT
The Education teacher has a fundamental role within the Family Health Program, because
physical activities are currently widely debated, studies prove that the practice of the same
consequence in innumerable benefits to the human body. While physical activity is of
course the best investment in health and its toning benefits and are essential for any age,
this study has a bibliographic character where we try to explain and discuss the theme
based on theoretical, To analyze the importance of the physical educator in the family
health program. In it we will cover Family Health Program or NASF, The models of
Physical Education in the History of Brazil, Physical Activities in the Prevention of
Diseases and Diseases from the Practice of Physical Activities, from these themes we
emphasize that it is fundamental the insertion of the professional physical education
teacher within the framework of the multiprofessional team of the family health program,
since the same, acting in all Family Health Program.
SUMÁRIO
1. Introdução................................................................................................................. 09
2. Objetivos................................................................................................................... 11
2.1 Objetivo Geral...................................................................................................... 11
2.2 Objetivo Específico.............................................................................................. 11
3. Metodologia............................................................................................................... 12
4. Programa Saúde de Família o NASF....................................................................... 13
4.1 Os modelos da Educação Física na História do Brasil....................................... 18
4.2 O Programa Saúde da Família (PSF) e o Professor de Educação Física........... 22
5. Atividades Física na Prevenção de Doenças......................................................... 27
5.1 Doenças a Partir da não Prática de Atividades Físicas....................................... 31
6. Considerações Finais .............................................................................................. 35
Referências.................................................................................................................... 38
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1. Introdução
Nos dias atuais Estudos epidemiológicos salientam que a atividade física diária e a
adoção de um estilo de vida ativo que são necessários para uma qualidade de vida
saudável, uma vez que a atividade física regular contribui na prevenção e controle das
doenças crônicas não transmissíveis especialmente às relacionadas às doenças
cardiovasculares e o câncer. Está correlação também a uma melhoria da mobilidade e da
capacidade funcional durante o envelhecimento, sendo fundamental incentivar mudanças
para a adesão de um estilo de vida ativo. Com a criação dos NASF, os profissionais de
Educação Física foram inseridos no serviço de Atenção Básica, atuando na
implementação e concretização da Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS). As
práticas corporais e a atividade física (PCAF) constituem um dos sete eixos temáticos de
atuação da PNPS.
O Programa Saúde da Família (PSF) nasce no Brasil como uma estratégia de
reorientação do modelo assessorial a partir da atenção básica, em compatibilidade com
os princípios do Sistema Único de Saúde. Considera-se que a busca de novos modelos
de assistência decorre de um momento histórico e social, onde o modelo
tecnicista/hospital não atende mais à emergência das mudanças do mundo moderno e,
portanto, às necessidades de saúde das pessoas.
As atividades físicas com o auxilio de um profissional formado na área tem
auxiliado para a diminuição sedentarismo e seus malefícios relacionados à saúde e ao
bem-estar do individuo. Tendo visto que o sedentarismo ainda é o grande vilão na
sociedade moderna.
A promoção da saúde é umas das maneiras de saúde introduzida na atenção
básica de atendimento onde reduz seus indicadores de forma bem efetiva através da
prática de atividade física na dentro da comunidade, onde na medida em que as cidades
executam ações envolvendo a pratica de atividade física neste nível de atenção, as
internações tem uma grande redução esta causa por causa deste atendimento inicial,
reduzindo consideravelmente os custos repassados na saúde e bem como uma grande
melhora na qualidade vida da população.
Neste intuito, o presente estudo está estruturado em dois capítulos da seguinte
forma:
O primeiro capitulo traz uma contextualização sobre o Programa Saúde de Família
desde o seu início, sua implementação no SUS, sua lei que a regulamenta, seus
princípios e a ligação entre o programa e a inclusão do profissional de educação física
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2. Objetivos
3. Metodologia
Atenção Primária em Saúde (APS). Este modelo de atenção visa intervir nos
determinantes sociais de saúde e possibilita uma compreensão ampliada do
processo saúde/doença. O foco do novo modelo de atenção à saúde está voltado
para a promoção da saúde, o que se torna evidente pela aprovação da Política
Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) que confirma sua institucionalização no
SUS.
O Programa Saúde da Família (PSF) nasce no Brasil como uma estratégia de
reorientação do modelo assessorial a partir da atenção básica, consistindo com os
princípios do Sistema Único de Saúde. Considera-se que a busca de novos modelos de
assistência decorre de um momento histórico/social, onde o modelo tecnicista/hospital
não atende mais à emergência das mudanças do mundo moderno e, portanto, às
necessidades de saúde das pessoas. Assim, o PSF se apresenta como uma nova
maneira de trabalhar a saúde, tendo a família como centro de atenção e não somente a
população doente, incluindo nova visão no processo de modificação em saúde na medida
em que não espera a população chegar para ser atendida (ROSA & LABATE, 2005).
Por esse modelo de atenção entende-se que o conceito que estabelece
negociações entre o técnico e o político. Como uma dada realização de pensamentos de
política sanitária em diálogo com certo saber técnico. Uma tradução para esse projeto de
atenção à saúde de princípios éticos, jurídicos, clínicos, organizacionais, socioculturais.
O Núcleo de Atendimento à Saúde da Família (NASF) é uma equipe de diversos
profissionais de várias áreas de conhecimento, que devem atuar de maneira integrada e
apoiando os profissionais das Equipes Saúde da Família, as Equipes de Atenção Básica
para populações específicas, compartilhando as práticas e saberes em saúde nos
territórios sob responsabilidade destas equipes (BRASIL, 2009).
Criado com o objetivo de amplitude e finalidade das ações da atenção básica, bem
como seu reparo, o NASF deve buscar contribuir para a plenitude do cuidado aos
usuários do Sistema Único de Saúde, principalmente por intermédio da ampliação da
clínica, auxiliando no aumento da capacidade de análise e de intervenção sobre
problemas e necessidades de saúde, tanto em termos clínicos quanto sanitários e
ambientais dentro dos territórios.
Contribuindo com o cenário de alcance do programa, os melhores resultados em
saúde, o NASF tem a perspectiva da promoção da saúde e do cuidado da população,
investigando responder aos novos e antigos desafios da fraqueza dos brasileiros,
ocasionando a possibilidade de ampliar a oferta das práticas integrativas e
complementares e a oferta da melhor tecnologia disponível para grande parte das
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das famílias nas quais são responsáveis, estabelecendo planos que enfrentem o processo
de saúde e doença.
Já nas políticas públicas de saúde, seja na categoria da formação, ou na de
manifestação têm importância fundamental nos modos de pensar e agir em saúde no
Brasil. E, no caso da educação física, as mudanças já são visíveis especialmente no que
se refere às práticas corporais.
As Políticas Nacionais Promoção da Saúde (BRASIL, 2011), sugere que os
prontos atendimentos aconteçam na rede básica de saúde e na comunidade, e
estabelecem orientações, como: mapear e apoiar as ações de práticas corporais /
atividade física existente nos serviços de atenção básica e Estratégia de Saúde da
Família e inserir naqueles onde não há ações; ofertar práticas corporais / atividade física
como caminhadas, prescrição de exercícios, práticas lúdicas, esportivas e de lazer, na
rede básica de saúde, voltadas tanto para a comunidade como um todo quanto para
grupos vulneráveis.
Partindo do conceito das PNPS no qual a saúde está pautada nas Ciências
Naturais e o corpo é visto de forma fragmentada e destituído de subjetividade, que podem
ser percebidos tanto nos âmbitos da formação e da pesquisa como no da intervenção
(CARVALHO, 2001; FENSTERSEIFER, 2006) onde Todavia, o saber adquirido do
profissional é cada vez mais em várias disciplinas e suas funções dizem respeito também
à questão da administração e gestão do trabalho, além da perspectiva técnica ao
atendimento da população na qualidade de vida (CARVALHO, 2001).
Atenção Primária à Saúde (APS) e Atenção Básica no Sistema Único de Saúde
(SUS) A Atenção Primária à Saúde é definida pelo Ministério da Saúde como um conjunto
de ações em saúde realizadas pela Saúde da Família, por meio de permanente exercício
de interdisciplinaridade, para atender as várias demandas que determinam a saúde e
qualidade de vida da população, requerendo a contribuição de todos os campos e áreas
do conhecimento para fazer-se eficaz. A atenção básica é definida como um conjunto de
ações de caráter individual ou coletivo situadas no primeiro nível de atenção dos sistemas
de saúde e voltado para a promoção da saúde, a prevenção de agravos, o tratamento e a
reabilitação. Isto indica que a atenção básica está contemplada pela atenção primária.
De acordo com a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB):
A atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito
individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção
de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde.
É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias
democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a
populações de territórios bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade
sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas
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Assim entramos na educação física brasileira onde no final do século passado teve
sua consolidação como profissão, Bagrichevsky (2003) explana que a educação física na
época tinha problemas com legitimidade, um impasse no seu papel no país onde ela
sempre esteve ligada ao nacionalismo, onde atendia interesses militaristas por volta dos
anos cinquenta e sessenta se verifica que, em geral, está sempre esteve alinhada com as
ideologias hegemônicas e voltada ao atendimento de projetos conservadores de
sociedade.
Entretanto, foi particularmente a começar pela década de 1980 que a
Educação Física emergiu, de forma mais evidente. Surgiu certo movimento cientista no
campo da educação física, criador de um conjunto de obras consideráveis pontuais que
proporcionavam questionamentos essenciais nas bases políticas, sociais e epistêmico da
educação física brasileira.
Pode-se entender que emergiu uma expressão coletiva contra a supremacia
que, no seu processo de solidificação, o padrão teórico dentro da Educação Física
corrente da época, fundado no chamado “paradigma” da aptidão física. Tais movimentos,
que a partir daquela década, seguiu a produção de uma série de polifonia ao modelo
influente até os dias atuais. Essa manifestação coletiva portava características próprias.
Dava-se de um movimento que se possibilitou em função da conversação da educação
física com as ciências sociais (BAGRIESVKSY, 2003).
No final do século XVIII e início do Século XIX, os trabalhos físicos foram
compreendidos, como “métodos“ e “remédios“. Acreditava-se que, por meio deles, as
condições instrumentarias de vida a que estava passível ao trabalhador, seria realizável
adquirir um corpo saudável, ágil e instruído exigido pela sociedade. É
preciso destacarse que, em relação às circunstancias de vida e de trabalho, decorrido há
mais de um século, esse relato pouco se alterou em países como o Brasil (SOARES et
al., 1992).
Mocker (1992) explana que a maioria dos cursos de educação física do Brasil que
reconhece o esporte hegemônico enquanto sinônimo de educação física, fortalece, junto
aos futuros professores, a concepção das aulas similares, exclusivamente, no caráter de
treinamento (insistente repetição dos gestos motores desportivos).
Taffarel (1992) perfaz que o esporte competitivo da época produzia as relações que
se estabelecem em uma sociedade autoritária, já que sua essência é a rivalidade, a
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Nos últimos tempos a falta de atividade física tem auxiliado para o aumento do
sedentarismo e seus malefícios relacionados à saúde e ao bem-estar do indivíduo. Tudo
isso, e efeito de um novo padrão de vida da sociedade moderna (SAMULSKI, 2000).
Entende-se que a atividade física em toda sua gama apresenta efeitos benéficos
em relação à saúde, além de tardar o envelhecimento e prevenir o progresso de doenças
crônicas degenerativas, as quais são derivadas do sedentarismo, sendo um dos maiores
problemas e gastas com a saúde pública nas sociedades modernas nos últimos anos.
Tudo isso tem sido causado principalmente pela inatividade física e assim sendo motivada
pelas inovações tecnológicas e aos maus hábitos alimentares (GUEDES, 2012).
A prática regular diária de exercícios físicos é estimada como a forma de se
prevenir e combater os males associados com o envelhecimento. Desta maneira devemos
destacar que a atividade física bem aplicada na adolescência pode induzir um adulto à
prática permanente, convertendo-se, no futuro, um idoso saudável.
A promoção da saúde é umas das maneiras de saúde introduzida na atenção
básica de atendimento onde reduz seus indicadores de forma bem efetiva através da
prática de atividade física na dentro da comunidade, onde na medida em que as cidades
executam ações envolvendo a pratica de atividade física neste nível de atenção, as
internações tem uma grande redução está causa por causa deste atendimento inicial,
reduzindo consideravelmente os custos repassados na saúde e bem como uma grande
melhora na qualidade vida da população (ALVES & PONTELLI, 2015).
O profissional de Educação Física trabalha diretamente com a promoção, resguardo,
recuperação e manutenção da saúde, aparado de acordo com a lei, sua função é a de
administrar a atividade física e o desporto. É direito e dever do profissional de Educação
Física, devido a sua íntima relação com a promoção da saúde, envolver-se dos Serviços
de Saúde Pública. Sobre a atuação do Educador Físico nesse meio Manide e Arvanitou
(2002, p. 237) afirmam:
A diferenciação e a natureza complementar das competências profissionais
específicas constituem condições indispensáveis para que os diversos
especialistas possam cumprir sua função social, já que os conhecimentos médicos
são indispensáveis, mas não suficientes.
destas atividades devem ser mais incentivos dos órgãos públicos responsáveis
melhorando assim a qualidade de vida de sua população, pois ainda há falta de
programas de atividades físicas em horários diversificados para atender a classe
trabalhadora, maior divulgação e implantação das Academias da Saúde, de projetos de
reabilitação e prevenção de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são
indispensáveis nesse processo de mudança (KNUTH, 2009).
Alves (2005) referência estudos epidemiológicos que mostram forte associação
entre atividade física ou aptidão física e saúde. Estudos que apontam que a inatividade
física é um fator de risco para doenças, tais como: cardiovasculares, hipertensão arterial e
obesidade, dentre outras doenças. E, que além de baixar a incidência de fatores de risco,
para vários problemas de saúde, contribui ainda no controle da ansiedade, da depressão,
das doenças pulmonares crônicas, da asma, além de possibilitar melhor autoestima e
ajuda no bem-estar e socialização dos cidadãos.
Nos dias de hoje é bastante aceito que os problemas de saúde, na maior parte dos
países são de natureza degenerativa associada com mudanças nos estilos de vida.
Contudo, essa multiplicação de pessoas com sobrepeso / obesidade é característica de
muitos países, principalmente aqueles em desenvolvimento, resultando em milhares de
mortes a cada ano em todo o mundo, efeito das doenças relacionadas ao peso corporal.
As consequências do sedentarismo e ter sobrepeso / obesidade isso parecem ser
bastante claras. As pessoas obesas têm maiores probabilidades de vivenciar mais
doenças crônicas, desde uma simples “falta de ar” a veias varicosas a outro extremo,
como a osteoporose ou condições mais sérias tais como doenças coronarianas,
hipertensão e diabetes assim como certas formas de câncer (GUARDA, 2010).
As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) podem ser definidas por
doenças com história natural alongada, diferentes fatores de risco complexos, influência
de fatores etiológicos desconhecidos, causa necessária desconhecida, aspecto de causa
desconhecida, ausência de participação ou participação polêmica de micro-organismos
entre os determinantes, longo período de latência, longo curso assintomático, curso
clínico em geral lento, prolongado e permanente, manifestações clínicas com períodos de
remissão e de agravamento, lesões celulares irreversíveis e evolução para diferentes
graus de incapacidade ou para a morte (KNUTH, 2009).
Em meio de crianças e adolescentes a prevalência do sedentarismo aparece em
número alarmante, no quadro de sobrepeso/obesidade. Todavia, a sua consequência
atinge crianças de todos os níveis sociais, colocando-se assim um problema de saúde
pública que traz consequências negativas diretas sobre a sociedade moderna. O estilo de
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vida da população da cidade tem sofrido constantes mudanças de costumes com relação
à dieta alimentar e atividade física, esses fatores estão relacionados diretamente ao perfil
da sociedade atual. Desta maneira, a prática de atividade física regular é vista como
importante aliada para que se tenha um estilo de vida saudável e ativo fisicamente, além
de ser fundamental no controle e tratamento de sobrepeso/obesidade (JENOVESI, 2003).
Caparro (2005) explana que a preocupação com a higiene e saúde vem desde a
Escola Nova, uma proposta que levava aos professores a pensar a Educação Física a
partir de uma concepção biológica, isto é, fica confirmado que para termos adultos
saudáveis é necessário incutir nas crianças e adolescentes os benefícios de hábitos
sadios e atividades físicas pelos resultados positivos para a nossa qualidade de vida.
Apesar de várias evidências, a maioria dos adolescentes leva uma vida sedentária. Sendo
a inatividade física fator determinante a promoção de risco de doenças.
É essencial destacar a mudança de hábitos diários dos adolescentes, os mesmos
devem se tornar mais ativos, procurar estimular se e movimentar-se mais no dia a dia,
subir escadas, correr, participar de atividades de lazer ao ar livre. E, não
indispensavelmente deixar os relacionamentos virtuais, mas dosar sua prática. Faz-se
necessário construir mecanismos de combate a inatividade física entre os adolescentes
na busca de uma melhor qualidade de vida, que favoreça a saúde e a vida social futura
(HALLAL. et al; 2006).
Goldner (2013) explana que a ausência de atividade física periódica pode gerar
efeitos negativos sobre a vida do indivíduo como o aumento da taxa de diabetes,
surgimento de doenças cardíacas, e leva até mesmo a um aumento do risco de enfarte,
um estilo de vida sedentária é um forte colaborador nas mortes por doenças crônicas que
inclui doenças coronárias, infarto e câncer, perdendo somente para o hábito de fumar e a
obesidade. A preponderância de um estilo de vida sedentária aumenta com a idade,
sendo de essencial e importe o incentivo à prática de atividades físicas regulares.
O mesmo autor cita que a atividade física é um importante aliado do tratamento
antidepressivo devido ao seu baixo custo e sua individualidade preventiva de patologias
que podem levar um indivíduo a situações de estresse e depressão. Estudos que
comparam a atividade física à depressão têm verificado que indivíduos que praticam
atividade física de forma regular reduzem significantemente os sintomas depressivos.
Outro motivo relevante é a obesidade, que vem se tornando nos últimos anos um
mal de combate mundial. O predomínio de alimentação desequilibrada e ausência de
pratica da atividade física combinam em obesidade que influencia na propensão de
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atividade física é fundamental para melhorar a saúde física e mental das pessoas (WHO,
2000).
Outro mal que aparece em indivíduos que não fazem atividade física é o Diabetes
Mellitus ela uma doença causada pela diminuição da ação da insulina, seja pela
diminuição na sua produção ou pelo aumento do bloqueio periférico de sua ação.
Onde a insulina é essencial para que a glicose entre nas células em quantidade
suficiente para suprir as suas necessidades calóricas. Consequentemente, quando ocorre
diminuição da ação da insulina, o nosso organismo não consegue empregar corretamente
sua principal fonte energética, assim desenvolvendo Diabetes Mellitus.
A captação deficiente de glicose pelas células, e seu acúmulo na corrente
sanguínea, principalmente nos sistemas cardiocirculatório e nervoso. Muitos indivíduos
diabéticos precisam fazer uso de medicamentos para controlar a doença, mas, livremente
disto, umas alimentações devidamente apropriadas, associadas à prática regular de
exercícios físicos, ajudam no controle metabólico e também previne as complicações
liberadas pelo Diabetes. É essencial que o paciente seja avaliado e liberado pelo seu
médico antes de iniciar a prática de uma atividade física. Todos os pacientes diabéticos
devem fazer exercícios, a menos que exista expressa indicação médica que impeça esta
prática (RAINOR, 2001).
O stress também faz parte desses malefícios este conceito foi inicialmente descrito
por Hans Seyle, em 1956, que o definiu como “o grau de desgaste total causado pela
vida”. O Estresse pode ser definido como uma condição de tensão que causa uma
transgressão no equilíbrio interno do organismo, isto é, um estado de tensão doentio para
o organismo. Este desequilíbrio ocorre quando a pessoa necessita responder a alguma
demanda que ultrapassa sua capacidade adaptativa.
A situação de dificuldade funcional e a necessidade de assistência nas atividades
básicas de vida diária podem representar um fator estressante no processo de
envelhecimento. O aparecimento progressivo de doenças e dificuldades funcionais são
fatores determinantes (ANDRÉA, 2010).
O Mesmo autor ainda explana que o estresse é resultado da relação entre a
pessoa e o ambiente. Os autores introduzem o termo coping, referindo-se ao conjunto de
esforços, cognitivos e comportamentais, utilizado pelos indivíduos com o objetivo de lidar
com problemas específicas, protegendo-os de aspectos considerados ameaçadores ao
seu bem-estar.
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6. Considerações Finais
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