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ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADOLESCENTE

1
Sumário
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2
Desafios do enfermeiro na atenção à saúde do adolescente na estratégia
de saúde da família ............................................................................................ 3
INTRODUÇÃO ..................................................................................... 3
METODOLOGIA................................................................................... 5
RESULTADOS E DISCUSSÕES ......................................................... 5
Principais programas e ações em saúde do adolescente .................... 9
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................... 13
PRESSUPOSTOS LEGAIS E CONCEITUAIS ...................................... 13
2 ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA AS AÇÕES NAS ESCOLAS E NAS
UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE ................................................................... 17
2.1 Ações de atenção primária à saúde na escola pela Estratégia
Saúde da Família/Unidade Básica de Saúde ............................................... 17
2.1.1 Avaliação inicial. .................................................................. 17
2.1.2 Crescimento e desenvolvimento.......................................... 18
2.1.3 Saúde bucal ........................................................................ 20
2.1.4 Imunização .......................................................................... 21
2.1.5 Saúde mental ...................................................................... 23
2.1.6 Prevenção de violências e acidentes .................................. 24
2.2 Ações de educação em saúde na escola .................................. 25
3 ORIENTAÇÕES CLÍNICAS PARA AS AÇÕES A SEREM
DESENVOLVIDAS EM ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE ............................. 27
3.1 Abordagem ................................................................................ 27
3.1.2 Saúde bucal ........................................................................ 32
3.1.3 Imunização .......................................................................... 34
3.1.4 Saúde sexual e saúde reprodutiva ...................................... 36
Violência sexual e outros tipos de violência ....................................... 37
3.1.5 Saúde mental ...................................................................... 38
3.1.6 Prevenção de violências e acidentes ..................................... 39
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 45

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de


empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

2
Desafios do enfermeiro na atenção à saúde do
adolescente na estratégia de saúde da família

INTRODUÇÃO

As discussões propostas
neste artigo surgiram ao longo
de uma experiência na
disciplina de saúde da criança e
do adolescente do curso de
pós-graduação, no qual
discutiu-se a organização do
trabalho em equipe, a
descontinuidade do atendimento e a forma como as ações de saúde são
realizadas. Aliado a isso, soma-se o fato de, na área escolhida para a realização
do estudo, existir uma carência acentuada de adolescentes que buscam serviços
de saúde na Estratégia de Saúde da Família – ESF (anteriormente titulada como
Programa de Saúde da Família – PSF), o que direcionou para a necessidade de
estudar as práticas educativas voltadas para esta clientela na atenção primária.
Neste sentido, considera-se importante aprofundar o campo de conhecimento
sobre os enfermeiros que atuam cotidianamente na Estratégia de Saúde da
Família.

Para Pereira (2004), A origem da palavra adolescência vem do Latim “ad”


(‘para’) + “olescere” (‘crescer’), o que expressa “crescer para”. No Brasil, o
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069/90, considera, do
ponto de vista cronológico, a adolescência entre a faixa etária dos 12 até os 18
anos de idade completos. Já a Organização Mundial de Saúde (OMS) define a
adolescência como sendo o período da vida que começa aos 10 anos e termina
aos 19 anos completos.

Assim, observaram que os adolescentes pouco utilizam os serviços de


saúde e, quando o fazem, buscam apenas serviços curativos e não de

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prevenção. Os autores também descreveram elevada resistência de
adolescentes em aproximar-se dos serviços de saúde e, em contrapartida,
resistência dos serviços procurados em acolher os interesses de adolescentes.

Diante deste contexto, este trabalho busca responder à seguinte questão:


Quais os fatores determinantes da privação dos jovens nos serviços de saúde
de atenção primária?

Com base no assunto abordado, considerou-se como objetivo geral da


pesquisa caracterizar a qualidade do atendimento ofertado aos adolescentes na
atenção primária e, assim, descrever as principais atividades desenvolvidas pelo
enfermeiro na saúde do adolescente e analisar as dificuldades da prática do
profissional quanto à promoção da saúde do adolescente.

De acordo com o Caderno de Saúde Integral de Adolescentes e Jovens:


Orientações para a Organização de Serviços de Saúde (2007), existe a
necessidade de serviços de saúde de qualidade, a qual é colocada como um
desafio para atingir melhores condições de vida e de saúde dos adolescentes
brasileiros. Isto significa, também, compreender a importância dos aspectos
econômicos, sociais e culturais que integram a vida desses grupos, pois, de
acordo com Costa, Queiroz e Zeitoune (2012), esta faixa etária passa por
modificações físicas, psicológicas e sociais.

Dessa forma, parte-se do pressuposto de que o déficit de programas e


ações voltadas para o público alvo e a falta de qualidade na assistência prestada
aos adolescentes na atenção primária têm contribuído para o afastamento dos
jovens na Estratégia de Saúde da Família. O acesso da população aos serviços
de saúde é fundamental para uma assistência à saúde eficiente.

Trabalhar na Estratégia Saúde da Família (ESF) e desenvolver


habilidades relacionadas à saúde do adolescente, na perspectiva da promoção
da saúde, constitui um desafio para o enfermeiro. Proporcionar a assistência ao
adolescente que se encontra em pleno processo de transformação
biopsicossocial e pautar o cuidado, levando em consideração as necessidades
e singularidades desse grupo, exige um processo de crescimento e de aquisição
de novos conhecimentos.

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METODOLOGIA

No presente estudo, a pesquisa bibliográfica é utilizada como método para


o desenvolvimento da revisão da literatura, com abordagem qualitativa. Este
procedimento foi escolhido por possibilitar a síntese e análise do conhecimento
científico já produzido sobre o tema investigado. A pesquisa apresenta enfoque
qualitativo por ter em seu perfil o objetivo de identificar e conhecer as múltiplas
características de um objeto de estudo. Delimitou-se qualitativa por não
apresentar dados estatísticos, números e gráficos.

Para alcançar os objetivos desta pesquisa, utilizou-se a base de dados


Scientific Electronic Library Online (Scielo) com os seguintes descritores: “saúde
do adolescente”, “enfermeiro”, “Estratégia saúde da família” e “promoção da
saúde”.Para tanto, foi necessário consultar e analisar manuais e pactos
disponíveis pelo Ministério da Saúde e outras referências bibliográficas acerca
deste tema os quais possibilitaram que este trabalho adquirisse forma para ser
fundamentado.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Atenção à saúde do adolescente: Desafios do enfermeiro na atenção


primária. A construção dessa categoria embasou-se nas leituras que
caracterizaram as dificuldades e barreiras encontradas na assistência ao
adolescente.

A atribuição do enfermeiro na Estratégia de Saúde da Família (ESF)


engloba o apoio e supervisão do trabalho dos agentes comunitários de saúde
(ACS), o oferecimento de assistência aos que necessitam de cuidados, a
organização cotidiano da ESF, a programação de ações e a execução de
atividades juntamente à comunidade. (SOUZA, et. al., 2012).

Henriques, Rocha e Madeira (2010) afirmam que o enfermeiro julga o


atendimento aos adolescentes um trabalho árduo, pois, muitas vezes o mesmo

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não sabe lidar com a situação e atribuem ao próprio adolescente o obstáculo no
atendimento.

Entende-se, pois, que a atenção primária constitui-se como um importante


espaço de atuação, no qual os enfermeiros podem trabalhar desencadeando o
estímulo às potencialidades do adolescente, através do exercício da promoção
da saúde, visando fazê-los capazes de cuidar da sua saúde.

Henriques, Rocha e Madeira (2010), destacam que é necessária uma


comunicação satisfatória entre enfermeiro e o adolescente, uma vez que o modo
pelo qual os homens se expressam é de grande importância no processo de
entendimento. Portanto, a comunicação é elemento fundamental na relação
entre o profissional e o adolescente.

Para a aceitação do adolescente no espaço de saúde, é importante


permitir que ele seja escutado e que possa expor suas ideias, sentimentos e
experiências, sendo respeitado e valorizado. (SANTOS, et.al., 2012).

Outra questão a ser evidenciada é que a relação existente entre o


profissional e o adolescente é permeada por conflitos e questionamentos. Por
ser um sujeito em transformação, seu atendimento é dificultoso.

Henriques, Rocha e Madeira (2010, p.301) complementam relatando que:

“As mudanças sofridas pelos adolescentes são intensas. Eles constituem


grupo heterogêneo com características individuais, não cobertas pelos critérios
técnicos. A adolescência é, portanto, fase de importantes transformações
biológicas e mentais, articuladas ao redimensionamento de papéis sociais, como
mudanças na relação com a família e escolha de projeto de vida. Percebe-se o
quanto essa fase deve ser valorizada, constituindo-se em período de muita
vulnerabilidade e exposição a fatores de risco.”

Estes autores explicam, também, que a interação entre o profissional e o


adolescente baseia-se na criação de vínculos, estabelecendo relações de
confiança pautadas na relação de troca e respeito, estabelecida com o diálogo.
Para isso, deve-se ser compreensivo, pronto para escutar suas necessidades
sem discriminação.

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Para Tôrres, Nascimento e Alchieri (2012), entretanto, a procura dos
adolescentes pelo serviço de saúde de atenção básica é centrada apenas na
doença, através de consultas mé-dicas e odontológicas, marcação de exames e
entrega de medicamentos. Isso se contrapõe ao modelo de organização da
assistência proposto pela Estratégia Saúde da Família (ESF) que mostra uma
nova maneira de trabalhar a saúde, tendo a família como centro de atenção e
não somente o indivíduo doente.

“A ausência de ações específicas à promoção da saúde do adolescente


na atenção básica também contribui para a condição culturalmente imposta de
ir à busca do serviço somente quando instaurado um quadro patológico,
fortalecendo e hegemonizando o modelo biomédico vigente.”

Alves et.al. (2008), também confirmam que os adolescentes, de um modo


geral, não buscam esclarecimentos e/ou assistência na equipe de saúde da
família, ou esta não está realmente preparada para disponibilizar serviços de
qualidade. É adequado assegurar estratégias de educação sexual e reprodutiva,
saúde mental, prevenção de acidentes, na relação familiar e maus-tratos,
voltadas para promoção da saúde e prevenção de doenças com maior risco de
ocorrência nesta faixa etária.

“Pode-se perceber que o acesso dos adolescentes ao serviço de saúde


ainda necessita ser facilitado, tendo em vista a necessidade de discussão das
questões que permeiam essa fase da vida, faltando, no contexto investigado, o
vínculo com a equipe e ações mais específicas para esse grupo.”

O acesso da população a serviços de saúde é fundamental para uma


assistência à saúde eficiente. A ESF, em sua prática diária, apresenta
dificuldades que impedem uma assistência à saúde adequada. Um dos fatores
que contribui para essa situação é a dificuldade de acesso de alguns grupos
populacionais a esses serviços.

Santos et.al. (2012) reforça o despreparo dos serviços de saúde em


relação às práticas de cuidado com os adolescentes, de forma a atender as suas
peculiaridades e complexidades, faltando espaços e suportes apropriados no
âmbito da orientação, proteção e recuperação da saúde.

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A individualidade na atenção ao adolescente se apresenta como desafio
para o enfermeiro, podendo-se citar como obstáculos a serem superados a
necessidade de adequação do diálogo entre o profissional e o jovem
adolescente. Mas, nesse processo, deve-se considerar a forma como os
adolescentes enxergam os profissionais e os serviços de saúde, e suas reais
necessidades.

De acordo com Bôas, Araújo e Timóteo (2008), diversas dificuldades são


apresentadas pelas equipes da ESF, sendo consideradas prioritárias as que
dizem respeito à estruturação da atenção básica, descontinuidades na
implantação de ações intersetoriais e de promoção da saúde, bem como às
relativas ao apoio institucional e ao perfil de alguns profissionais. Estes impasses
são apontados pelos enfermeiros como fatores que limitam a autonomia,
interferindo no processo de trabalho.

Neste sentido, a elaboração de programas voltados para a saúde do


adolescente necessita de uma abordagem interdisciplinar, abrangendo aspectos
relacionados ao cotidiano dos adolescentes e ao contexto em que estão
inseridos, buscando adequar os conteúdos dos projetos às diferentes
modalidades de demanda individual e coletiva. (HENRIQUES; ROCHA E
MADEIRA, 2010).

Trabalhar na Estratégia Saúde da Família (ESF) e desenvolver


habilidades relacionadas à saúde do adolescente, na perspectiva da promoção
da saúde, constitui um desafio para o enfermeiro, pois proporcionar a assistência
ao adolescente, que se encontra em pleno processo de transformação
biopsicossocial, e pautar o cuidado, levando em consideração as necessidades
e singularidades desse grupo, exige um processo de crescimento e de aquisição
de novos conhecimentos.

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Principais programas e ações em saúde do adolescente

Para que se possa compreender melhor as peculiaridades desta faixa


etária, destacou-se os principais programas relacionados à saúde do
adolescente. O Programa Saúde do Adolescente (PROSAD), criado em 1989,
fundamenta-se na política de promoção da saúde, identificando grupos de risco
na detecção precoce dos agravos e também na reabilitação, cumprindo as
diretrizes do Sistema Único de Saúde. Tem como público alvo jovens de ambos
os sexos, de 10 a 19 anos de idade, priorizando como áreas de atuação o
crescimento e o desenvolvimento, a sexualidade, a saúde bucal, a saúde mental,
a saúde reprodutiva, a saúde do escolar adolescente e a prevenção de
acidentes.

Em 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente vem trazer a prioridade


absoluta na atenção integral a esta faixa etária, garantindo o direito à vida e à
saúde. Em 1993 foram lançadas as primeiras Normas de Atenção à Saúde
Integral do Adolescente, conduzindo as equipes de saúde na atenção ao
adolescente.

O Programa Saúde na Escola (PSE), criado pelo Decreto nº 6.286, de 5


de dezembro de 2007, contribui para a formação integral dos estudantes por
meio de ações de promoção da saúde, prevenção de doenças e agravos à saúde
para o enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno
desenvolvimento de crianças e jovens da rede pública de ensino.

“A saúde, no espaço escolar, é concebida como um ambiente de vida da


comunidade, cujo referencial para ação deve ser o desenvolvimento do
educando, como expressão de saúde, com base em uma prática pedagógica
participativa, tendo como abordagem metodológica a educação em saúde
transformadora. O contexto familiar, comunitário, social e ambiental da criança
deve ser considerado, bem como a análise dos seus valores, condutas,
condições sociais e estilos de vida.”

A literatura relata que, apesar da proposta de prioridade absoluta


decretada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e do direito
constitucional à saúde, a atenção à saúde do adolescente ainda não alcançou

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de forma satisfatória essa parcela populacional. Tal diferença entre as garantias
legais à saúde e a realidade dos adolescentes deve-se a múltiplos fatores, dentre
os quais pode-se destacar a ênfase em programas de saúde direcionados à
mulher, à criança e ao idoso, o mito de que as pessoas jovens não adoecem, o
baixo percentual de profissionais da atenção básica capacitados para o
atendimento, a falta de integração entre os serviços de saúde e as demais
instituições públicas que atendem à população jovem. Existe, além disso, a
necessidade de incluir, de forma mais abrangente e efetiva, a saúde de
adolescentes e jovens no planejamento e gestão do SUS, como forma de
concretizar as ações propostas para esta parcela da população.

“A literatura tem apontado uma realidade um tanto ou quanto adversa na


qual, em virtude das exigências de serviços burocráticos, do grande número de
programas que devem ser colocados em prática, somados à falta de estrutura e
de recursos, o atendimento integral aos adolescentes torna-se um desafio,
ficando sem continuidade, restringindo-se à consulta de enfermagem realizada
por demanda espontânea.”

É fundamental elaborar estratégias públicas que focalizem a saúde dessa


população com ações promotoras da saúde, preventivas e curativas, capazes de
garantir a assistência integral à saúde dos jovens.

As ações de promoção da saúde do adolescente desenvolvidas pelos


enfermeiros

A promoção da saúde é uma das estratégias que busca a melhoria da


qualidade de vida da população. Esta deve dialogar com as diversas áreas do
setor sanitário, com outros setores do governo e com a sociedade para que
sejam participantes no cuidado com a vida, formando redes de compromisso e
corresponsabilidade, fortalecendo estratégias intersetoriais no avanço da
qualidade de vida dos indivíduos.

Quanto à prática de ações de prevenção e promoção da saúde


desenvolvidas pelos enfermeiros no serviço para os adolescentes, algumas das
literaturas referem que estas geralmente são individuais, mas, quando
desenvolvidas em grupo, são realizadas na comunidade e na escola. Outros
enfermeiros enfrentam dificuldades organizacionais e estruturais, dentre elas a

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equipe incompleta, e dessa forma não conseguem desenvolver atividades
grupais.

O trabalho do enfermeiro neste âmbito é diversificado, pois, além do


cuidado ao indivíduo, família e grupos da comunidade, abrange também ações
educativas, gerenciais e participação no processo de planejamento em saúde.

Em conformidade com o Manual de Atenção à Saúde do Adolescente


(2006), as ações de prevenção e de promoção de saúde têm o intuito de
estimular o potencial imaginativo e decidido dos adolescentes, incentivando a
participação e o protagonismo juvenil para a elaboração de propostas, a fim de
que priorizem o comportamento e o autocuidado em saúde da população jovem.

A prevenção não se limita ao fornecimento de informações, mas envolve


uma participação ativa dos adolescentes, desenvolvendo assim sua autonomia
e responsabilidade.

O enfermeiro pode planejar suas ações orientando-se pelas questões


essências que envolve esta faixa etária, tais como o crescimento e
desenvolvimento, a busca da identidade, da independência, projeto de vida,
sexualidade e educação. (ABEN, 2000).

Para Gurgel, et. al. (2010), a educação em saúde é um campo


abrangente, para o qual convergem várias concepções, tanto das áreas da
educação, quanto da saúde.

“As ações educativas devem ampliar o debate transpondo o campo


biomédico, tentando compreender as subjetividades, as múltiplas implicações e
o processo vivenciado na adolescência, ante essa prevenção”.

Neste aspecto, para que o enfermeiro desenvolva atividades de educação


em saúde para adolescentes, é importante um olhar diferenciado para as
vulnerabilidades, riscos socioeconômicos e culturais destes jovens,
considerando que a maioria pertence a famílias com nível de escolaridade baixo
e com dificuldades de acesso à informação.

O enfermeiro desempenha fundamental papel na equipe de saúde da


família e pode promover ações interdisciplinares que integrem família, escola, e
comunidade, despertando no adolescente o interesse de ampliar o

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conhecimento e desenvolver habilidades e atitudes, contribuindo para o
crescimento, desenvolvimento e amadurecimento de maneira mais segura e
saudável.

A consulta de enfermagem também é um espaço reservado para o


atendimento ao adolescente. A abordagem centrada no profissional,
interrogativa e informativa deve ser substituída por uma relação favorável à
construção conjunta de novos conhecimentos, valores e sentimentos. Nesse
sentido, são importantes o estabelecimento de vínculo e uma relação de
confiança. A interação entre os envolvidos na consulta deve se basear na troca,
e no respeito à privacidade. As observações e posturas do enfermeiro deve
traduzir respeito, poupando os juízos de valores, reprovações e imposições. As
mensagens precisam ser claras e objetivas e a base da relação deve ser o
diálogo sendo estabelecida na escuta livre de pré-julgamentos. (MANDÚ, 2004).

“Nos vários processos de abordagem do adolescente, deve-se trabalhar


todo tempo com: sua motivação; espaços e posturas favoráveis à expressão de
seus valores, conhecimentos, comportamentos, dificuldades e interesses;
elementos de troca e reflexão que favoreçam o controle da própria vida, práticas
de responsabilização e de participação mais ampla nas decisões que lhes dizem
respeito. Reconhecer sempre a totalidade da vida adolescente, estar atento aos
seus dilemas, ouvi-lo, apoiá-lo e o acolher, exercendo os princípios do respeito,
privacidade e confidencialidade.”

Analisando a situação, como fizeram Cavalcante, Alves e Barroso (2008),


a capacitação do enfermeiro é necessária para permitir a ampliação do seu
conhecimento científico sobre a temática, adquirindo um novo modo de
trabalhar, em benefício de uma abordagem mais dinâmica e interdisciplinar nas
ações de promoção à saúde, procurando sempre envolver, não só o
adolescente, como também a família, a escola, os parceiros, os pais e os amigos.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta reflexão permitiu elucidar que trabalhar com adolescentes na área


da saúde remete ao enfermeiro uma mudança na sua maneira de atuação no
trabalho, desenvolvendo uma visão mais abrangente para a compreensão das
demandas e das ações que deverão ser desenvolvidas para este público alvo,
visto que a falta da qualidade na assistência prestada aos adolescentes na
atenção primária contribui para o afastamento dos jovens na Estratégia de Saúde
da Família.

Na atuação com o adolescente, viu-se a necessidade de mais flexibilidade


na captação desse jovem para o serviço de saúde e também na forma como vai
integrar-se com a equipe multiprofissional. Os fatores determinantes da privação
dos jovens nos serviços de saúde de atenção primária deve-se ao fato do
despreparo da equipe, desde a captação precoce, acolhimento com escuta
desqualificada, falta de vínculo e descontinuidade da assistência. A ausência de
ações específicas à promoção da saúde do adolescente na atenção básica
também contribui para o abandono do jovem na ESF.

O sucesso do trabalho está vinculado à capacidade de construir ações


conjuntamente entre os adolescentes e o serviço de saúde.

Ante o exposto, compreende-se que ações planejadas e conduzidas


adequadamente, durante a adolescência na estratégia de saúde da família,
podem contribuir para a formação de cidadãos mais preparados para o futuro.

PRESSUPOSTOS LEGAIS E CONCEITUAIS

Considerando a adolescência uma construção sócio histórica cujas


manifestações são fortemente influenciadas pelos fatores socioeconômicos,
políticos e culturais do ambiente onde o adolescente vive;

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Considerando que saúde integral é o grau de bem-estar que permite ao
adolescente crescer e se desenvolver de acordo com seu potencial biológico,
psicológico e social;

Considerando atenção integral como o conjunto de esforços organizados


em caráter inter-setorial e interdisciplinar que visam oferecer respostas
adequadas às exigências da adolescência para alcançar e manter a saúde
integral;

Considerando as Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde


de Adolescentes e Jovem na Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde;
considerando a Política Nacional de Promoção da Saúde, que tem por objetivo
promover a qualidade de vida e reduzir a vulnerabilidade e os riscos relativos
aos determinantes e condicionantes do processo saúde-doença;

Considerando o Pacto pela Vida e o Programa Mais Saúde.

Considerando as prerrogativas legais e éticas trazidas pelo Estatuto da


Criança e do Adolescente, pela Lei Orgânica da Saúde e pela Lei das Diretrizes
e Bases da Educação Nacional;

Considerando a Portaria nº 1.190, de 2009, que instituiu o Plano


Emergencial de Ampliação do Acesso ao Tratamento e Prevenção
em Álcool e outras Drogas no Sistema Único de Saúde – SUS (Pead);

Considerando o Programa Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE),


instituído em 2005 por meio de trabalho conjunto entre os Ministérios da Saúde
e da Educação e organismos internacionais;

Considerando o art. 4º do Decreto nº 6.286, de 2007, que instituiu o


Programa Saúde na Escola (PSE); Considerando os programas, projetos e
estratégias adotados pelos territórios com vistas à articulação entre os setores
Saúde e educação, para além dos programas nacionais anteriormente citados;
Considerando as diretrizes da Programação Pactuada e Integra- da (PPI), que
estabelecem o mínimo de: uma consulta médica ao ano e 2 (duas) consultas de
enfermagem ao ano, para adolescentes e jovens; Cabe à Equipe de Saúde da
Família desenvolver ações de atenção primária e organizar a rede de saúde do
seu território, bem como promover articulações intra e intersetoriais,

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estabelecendo parcerias e corresponsabilidades para a elaboração, condução e
avaliação de ações destinadas à prevenção de agravos, promoção e assistência
à saúde de adolescentes e jovens. Sendo assim, propõem-se as seguintes
orientações básicas: É competência da rede de atenção básica, especialmente
da Estratégia Saúde da Família:

1. Participar e/ou desenvolver ações de promoção de saúde nos


territórios, articulando e potencializando os diversos espaços e equipamentos
comunitários, especialmente a escola.

2. Articular canais junto à população adolescente que facilitem a sua


expressão e o reconhecimento de suas potencialidades por meio de atividades
artísticas, esportivas e culturais, rádio ou jornal comunitário, campeonatos,
gincanas, grupos de voluntários, palanque da cidadania, olimpíadas desportivas
ou intelectuais.

3. Articular ações intra e intersetoriais fortalecendo uma intervenção


mais coletiva, capaz de promover o desenvolvimento saudável de adolescentes
e favorecer ambientes protetores.

4. Participar e/ou desenvolver ações de incentivo à participação


juvenil, fortalecendo o protagonismo juvenil, identificando e valorizando
lideranças estudantis e juvenis da comunidade para participarem na solução de
problemas que impactam

5. Articular parcerias e desenvolver ações de educação em saúde que


valorizem a alimentação saudável, a prática de atividades de lazer, de esportes
e culturais favorecendo hábitos saudáveis.

6. Articular parcerias e promover, junto às famílias, atividades


de educação e saúde relacionadas ao crescimento e desenvolvimento de
adolescentes, à saúde sexual e à saúde reprodutiva, à prevenção de violências
e acidentes, à promoção da cultura de paz, à redução do uso abusivo de álcool
e outras drogas, dando ênfase ao diálogo familiar como estratégia
fundamental na melhoria das relações afetivas entre pais, responsáveis e filhos
e favorecendo comportamentos, hábitos e ambientes seguros e saudáveis para
adolescentes.

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7. Realizar a vigilância à saúde no desenvolvimento de adolescentes
e jovens identificando fatores de risco e de proteção às doenças e agravos,
identificando as desarmonias do crescimento, os distúrbios nutricionais e
comportamentais, as incapacidades funcionais, as doenças crônicas e a
cobertura vacinal, o uso abusivo de álcool e outras drogas e a exposição às
violências e aos acidentes, encaminhando o adolescente, quando necessário,
para os serviços de referência e para a rede de proteção social. 8. Desenvolver
ações educativas relacionadas à saúde sexual e saúde reprodutiva baseadas
nas demandas e necessidades trazidas pelos adolescentes criando ambientes
participativos de discussões em grupo que favoreçam o exercício das relações
afetivas e fortaleçam o autoconhecimento, o autocuidado e o cuidado com o
outro para tomadas de decisões esclarecidas e responsáveis.

9. Articular parcerias e desenvolver estratégias sistemáticas de


busca ativa de adolescentes grávidas no território acolhendo-as e realizando
atendimento pré-natal considerando as especificidades e necessidades deste
grupo etário, envolvendo os parceiros e os familiares no atendimento.

10. Articular estratégias no território, em redes intra e intersetorial, para


o desenvolvimento de ambientes protetores às adolescentes grávidas, mães e
pais adolescentes, na garantia da sua permanência na escola, do acesso à
profissionalização e ao primeiro emprego e do fortalecimento dos laços
familiares.

11. Identificar, no território, os adolescentes em situação de


vulnerabilidade social e pessoal, articulando as políticas sociais básicas e a
sociedade para uma ampla intervenção que favoreça a melhoria da qualidade de
vida e promova ações de apoio, inclusão social, proteção e garantia de direitos.

12. Construir espaços para troca de experiências, atualizações e


estudos entre os profissionais, incluindo a intervisão e supervisão dos casos.

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2 ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA AS AÇÕES NAS
ESCOLAS E NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE

A seguir, estão relacionados os procedimentos que podem ser


desenvolvidos nas escolas. Consistem em ações iniciais de acompanhamento
básico de saúde de adolescentes, bem como ações educativas em saúde que
podem ser desenvolvidas em parceria com a comunidade escolar. Em anexo,
encontram-se os quadros 1, 2 e 3 que consolidam o rol de ações detalhados ao
longo destas Orientações, a fim de proporcionar aos profissionais a visão
integrada do processo de atenção integral de saúde de adolescentes nas
unidades de saúde e nas escolas.

2.1 Ações de atenção primária à saúde na escola pela


Estratégia Saúde da Família/Unidade Básica de Saúde

2.1.1 Avaliação inicial.


O que fazer?

17
Equipe responsável

Questões técnicas, éticas e legais

O/A adolescente tem direito a:

Frequência Recomendada

2.1.2 Crescimento e desenvolvimento


O que fazer?

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Equipe responsável

• Médico

• Enfermeiro

• Técnico de enfermagem e Agente comunitário da saúde

• Universitários e estagiários

• Outros parceiros

Questões técnicas, éticas e legais

O/A adolescente tem direito a:

Frequência Recomendada

19
2.1.3 Saúde bucal
O que fazer?

Equipe responsável

20
Questões técnicas, éticas e legais

O/A adolescente tem direito a:

Frequência Recomendada

2.1.4 Imunização

O que fazer?

21
Equipe responsável

Questões técnicas, éticas e legais

O/A adolescente tem direito a:

Frequência Recomendada

22
2.1.5 Saúde mental

O que fazer?

Equipe responsável

23
Questões técnicas, éticas e legais

O/A adolescente tem direito a:

Frequência Recomendada

2.1.6 Prevenção de violências e acidentes

O que fazer?

1. Identificar fatores de risco e de proteção para violências, incluindo as


violências doméstica, urbana e sexual, e para acidentes, incluindo
acidentes domésticos e de trânsito.
2. Prestar esclarecimentos, promover ações educativas e pre- ventivas e ações
de promoção da saúde e da cultura de paz.
3. Promover ambientes e entornos seguros e saudáveis na es- cola e junto à
comunidade escolar por meio de articulações e parcerias intersetorais.
4. Realizar a notificação compulsória de violência doméstica, sexual e outras
violências nas situações de violências con- tra adolescentes e enviar cópia
dessa notificação ao Conse- lho Tutelar da Criança e do Adolescente,
conforme preco- niza o ECA, e para a Unidade de Saúde/ESF.
5. Encaminhar para serviços de referência, Caps e Nasf os casos que
necessitem de atendimento e investigação diag- nóstica. No Nasf, um
dos papéis fundamentais no acom- panhamento referencial de
adolescentes em situação de violência ou no apoio matricial às
ESF/PSF é o do psicólo- go, que deve receber formação e/ou
treinamento adequa- do para acompanhamento de adolescentes em
situações de violências.
6. Encaminhar os casos identificados de adolescentes em si- tuação de
vulnerabilidade ou que sofreram violências para a rede de proteção social
e de garantia de direitos, incluin- do os Conselhos Tutelares, CREAS e
CRAS.

24
Equipe responsável

Questões técnicas, éticas e legais

O/A adolescente tem direito a:

2.2 Ações de educação em saúde na escola


• Definir os pontos prioritários a serem desenvolvidos com a
comunidade escolar, incluindo as temáticas de promoção da alimentação
saudável, higiene bucal, prevenção de violências e acidentes, prevenção e
redução do consumo abusivo de álcool e outras drogas, prevenção das
DST/Aids, promoção da saúde sexual e saúde reprodutiva, controle do
tabagismo, promoção de práticas corporais/atividade física, promoção da cultura
da paz, projeto de vida, saúde do trabalhador entre outros, em seu planejamento.

• Elaborar e executar oficinas de educação em saúde com a


comunidade escolar.

25
• Elaborar materiais para as oficinas de educação em saúde com a
comunidade escolar.

• Incentivar a utilização dos materiais encaminhados para as escolas


pelo MS/MEC.

• Incentivar a utilização da Caderneta de Saúde de Adolescentes nas


ações de educação em saúde.

• Elaborar um cronograma conjunto com as escolas para


acompanhamento das ações educativas em saúde realizadas pela comunidade
escolar.

• Articular com universidades, organizações não governa- mentais,


setor privado e outros agentes sociais, o estabelecimento de parcerias para o
desenvolvimento de ações de educação em saúde dentro da escola.

• Elaborar e executar atividades curriculares e extracurriculares de


maneira continuada com os alunos, pais e outros atores da comunidade escolar.

• Incluir adolescentes e jovens no planejamento, execução e


avaliação de atividades de educação em saúde, incentivando a educação entre
pares.

• Elaborar materiais educativos para as atividades.

• Utilizar os materiais impressos encaminhados pelo MEC/ MS nas


atividades curriculares e extracurriculares.

• Utilizar a Caderneta de Saúde do Adolescente nas atividades


educativas curriculares e extracurriculares.

• Articular com universidades, organizações não governamentais,


setor privado e outros agentes sociais para estabelecer parcerias para o
desenvolvimento de ações de educação em saúde dentro da escola.

Equipe responsável

26
3 ORIENTAÇÕES CLÍNICAS PARA AS AÇÕES A
SEREM DESENVOLVIDAS EM ATENÇÃO PRIMÁRIA EM
SAÚDE

3.1 Abordagem

No atendimento à saúde de adolescente, alguns pontos devem ser


considerados durante a abordagem clínica, destacando-se o estabelecimento do
vínculo de confiança entre a Estratégia Saúde da Família, as Unidades Básicas
de Saúde, os adolescentes, suas famílias e os estabelecimentos escolares. Uma
atitude acolhedora e compreensiva também possibilitará a continuidade de um
trabalho com objetivos específicos e resultados satisfatórios no dia a dia.
Princípios importantes que facilitam a relação entre a equipe de saúde e o
adolescente:

1. O adolescente precisa perceber que o profissional de saúde inspira


confiança, que adota atitude de respeito e imparcialidade. Não emite juízo de
valor sobre as questões emocionais e existenciais escutadas. Nesse terreno o
profissional de saúde não deve ser normativo.

2. O adolescente precisa estar seguro do caráter confidencial da


consulta, mas ficar ciente também das situações na qual o sigilo poderá ser
rompido, o que, no entanto, ocorrerá sempre com o conhecimento dele. Essas
situações estão relaciona das a riscos de vida do adolescente e de outras
pessoas.

3. É importante estar preparado não só para ouvir com atenção e


interesse o que o adolescente tem a dizer, mas também ter sensibilidade
suficiente para apreender outros aspectos que são difíceis de serem
expressados verbalmente por eles.

4. Geralmente, o atendimento de adolescente necessita de tempo e,


na maioria das vezes, demanda mais de um retorno.

27
5. O modelo clássico de anamnese clínica mostra-se inadequado ao
atendimento do adolescente na Unidade Básica de Saúde, pois não são
considerados os aspectos da vida social, de trabalho, da sexualidade, da
situação psicoemocional, de situações de vulnerabilidade ou de riscos para
violências, acidentes, uso abusivo de álcool e drogas, entre outros.

6. Na maioria das vezes, o adolescente não procura o médico ou outro


profissional de saúde espontaneamente. Ele é levado pelos pais, familiares ou
cuidadores e, com certa frequência, contra a sua vontade. Assim, é comum
defrontar- se com um jovem ansioso, inseguro, com medo, assumindo uma
atitude de mais absoluto silêncio ou, pelo contrário, de enfrentamento.

7. Quando o adolescente procurar a Unidade Básica de Saúde sem o


acompanhamento dos pais ele tem o direito de ser atendido sozinho. No entanto
a equipe poderá negociar com ele a presença dos pais ou responsáveis, se for
o caso.

8. A entrevista inicial poderá ser feita só com o adolescente ou junto


com a família. De qualquer forma, é importante haver momento a sós com o
adolescente, que será mais de escuta, propiciando uma expressão livre, sem
muitas interrogações, evitando-se as observações precipitadas.

9. O exame físico exige acomodações que permitam privacidade e


ambiente em que o adolescente se sinta mais à vontade. O exame é de grande
importância, devendo ser completo e de- talhado, possibilitando a avaliação do
crescimento, do desenvolvimento e da saúde como um todo.

Alguns aspectos devem ser levados em conta pelo profissional:

a) Realização de uma anamnese cuidadosa com atenção a todos os


sintomas e sinais clínicos evidentes ou sugestivos de alguma doença ou agravo
ou mesmo de situação de saúde favorável e adequada à idade;

b) Esclarecimento sobre a importância do exame físico;

c) Esclarecimento sobre os procedimentos a serem realizados;

d) Respeito ao pudor;

e) Compreensão do adolescente sobre as mudanças do seu corpo;

28
f) A associação de emoções (satisfação/insatisfação) com a
autoimagem corporal que o adolescente traz. Durante o exame físico, poderá
haver outro profissional presente, como medida de segurança e resguardo para
o profissional e para o adolescente em relação a possíveis interpretações, por
parte do adolescente, parentes ou responsáveis, que possam colocar em dúvida
a integridade ética e deontológica de conduta e procedimentos seguidos no
atendimento. É importante esclarecer ao adolescente, antes do exame, tudo o
que vai ser realizado. O uso adequado de lençóis e camisolas torna o exame
mais fácil.

O roteiro inclui:

1. Aspecto geral (aparência física, humor, pele hidratada, eupneico,


normocorado, etc.);

2. Avaliar aspectos emocionais, de estresse, ansiedade, triste- za,


euforia, (des)orientação mental, física e/ou espacial e uso de medicação
psicotrópica;

3. Avaliação de peso, altura, IMC/idade e altura/idade – usar


curvas e critérios da OMS (2007);

4. Verificação da pressão arterial (deve ser mensurada pelo menos


uma vez/ano usando as curvas de pressão arterial para a idade);

5. Avaliação dos sistemas: respiratório, cardiovascular;


gastrointestinal, etc.;

6. Avaliação do Estagiamento Puberal – usar critérios de Tanner


(masculino e feminino);

7. Avaliação da acuidade visual e auditiva;

8. Avaliação de aspectos cognitivos e comportamentais;

9. Avaliação de possíveis sintomas ou sinais (físicos, psíquicos e


sociais) sugestivos ou indicativos de violência doméstica, sexual, maus-tratos,
dentre outros. Aproveitar sempre o momento após a consulta para esclarecer o
uso do preservativo (masculino e feminino) e dos contraceptivos para a
prevenção da gravidez e das DSTs/aids, enfatizando a dupla proteção, que é o

29
uso do preservativo masculino ou feminino, associado a outro método
contraceptivo. O momento também é propício ao esclarecimento sobre os efeitos
adversos do uso abusivo de álcool, tabaco e outras drogas. Observar o estágio
de maturação sexual e avaliar a necessidade de encaminhamento à referência.
Encaminhar para exame ginecológico as adolescentes que já ini- ciaram ou não
atividades sexuais e apresentarem algum problema ginecológico. Em relação ao
adolescente masculino, que já tenha iniciado ou não as atividades sexuais,
esclarecer suas dúvidas, orientando para o autocuidado e para a prevenção de
doenças sexualmente transmissíveis e gravidez. Avaliar a necessidade de
encaminhamento caso apresentem algum problema genito-urinário. Encaminhar
para serviços de referência em violências para avaliação por equipe
multiprofissional, incluindo avaliação psicológica, quando necessária, para
identificar, tratar e acompanhar casos es- pecíficos de adolescentes vítimas de
maus-tratos e de outras formas de violências, incluindo a violência doméstica e
sexual. Nessas situações sempre deverá ser feita a comunicação ao Conselho
Tutelar, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Nas
situações de violência sexual, encaminhar para serviços de referência,
enfatizando-se a prevenção das DST/aids, da anticoncepção de emergência
(observando-se o prazo máximo recomendado de até 72 horas), da hepatite B,
entre outras doenças ou complicações decorrentes da violência, incluindo as
consequências psicológicas. Em caso de gravidez decorrente de estupro,
encaminhar para os serviços de referência para aborto previsto em lei. Ao final
da consulta devem ser esclarecidos os dados encontrados e a hipótese
diagnóstica. A explicação da necessidade de exames e de medicamentos pode
prevenir possíveis resistências aos mesmos. A partir dessa abordagem, os
tópicos abaixo referem-se à atenção à saúde a ser realizada pelos profissionais
de saúde na Unidade Básica de Saúde, sendo importante a inclusão de outros
profissionais que não compõem a Equipe de Saúde da Família.

30
3.1.1 Crescimento e desenvolvimento

O que fazer?

Adolescente com e sem encaminhamento:

Equipe responsável

Questões técnicas, éticas e legais

O/A adolescente tem direito a:

31
3.1.2 Saúde bucal
O que fazer?

Adolescentes com encaminhamento:

32
Atendimento mínimo na Atenção Básica:

Equipe responsável

Questões técnicas, éticas e legais

O/A adolescente tem direito a:

33
3.1.3 Imunização
O que fazer?

Adolescente com encaminhamento:

Adolescente sem encaminhamento:

34
Equipe responsável

Questões técnicas, éticas e legais

O/A adolescente tem direito a:

35
3.1.4 Saúde sexual e saúde reprodutiva

O que fazer?

Adolescentes com/sem encaminhamento:

36
Violência sexual e outros tipos de violência

Gravidez

Equipe responsável

37
Questões técnicas, éticas e legais

O/A adolescente tem direito a:

3.1.5 Saúde mental


O que fazer?

Adolescentes com/sem encaminhamento:

1. Identificar fatores de risco e de proteção ao uso abusivo de álcool


e outras drogas.

2. Prestar esclarecimentos, promover ações preventivas e realizar


aconselhamento a respeito do uso de álcool, tabaco e outras drogas.

3. Identificar distúrbios comportamentais ou psiquiátricos,


encaminhando-os, quando necessário.

4. Encaminhar para os Caps, Nasf e/ou serviço de referência, os/as


adolescentes identificados como usuários de álcool e outras drogas.

5. Garantir e realizar o tratamento de adolescentes usuários(as) de


álcool e outras drogas.

6. Em caso de prescrição medicamentosa psicotrópica, orientar o


adolescente, os familiares/responsáveis sobre a utilização, os efeitos adversos,
as interações e os cuidados necessários a partir do uso.

7. Se necessário, encaminhar para serviço de referência, os/ as


adolescentes identificados(as) como usuários(as) de álcool e outras drogas.

8. Disponibilizar e realizar ações de atenção integral à saúde,


mobilizando adolescentes, famílias e comunidade.

38
9. Deverá informar aos pais sobre a situação de saúde do
adolescente, caso o mesmo esteja impossibilitado clinicamente.

Equipe responsável

• Médico

• Profissionais de saúde mental

• Psicólogo

• Assistente social

Questões técnicas, éticas e legais O/A adolescente tem direito a:

1. Privacidade no momento da consulta, caso desejem.

2. Garantia de confidencialidade e sigilo, caso desejem.

3. Consentir ou recusar o atendimento.

4. Atendimento à saúde sem autorização e desacompanhado dos


pais.

5. A informação sobre seu estado de saúde.

3.1.6 Prevenção de violências e acidentes


O que fazer? Adolescentes com/sem encaminhamento:

1. Identificar fatores de risco e de proteção para violências, incluindo


a violência doméstica, urbana e sexual, e para acidentes, incluindo acidentes
domésticos e de trânsito.

2. Prestar esclarecimentos, promover ações educativas e pre-


ventivas e ações de promoção da saúde e da cultura de paz.

3. Promover ambientes e entornos seguros e saudáveis na unidade


de saúde, na escola e junto à comunidade escolar por meio de articulações e
parcerias intersetorais.

4. Realizar a notificação compulsória de violência doméstica, sexual


e outras violências nas situações de violências contra adolescentes e enviar

39
cópia dessa notificação ao Conselho Tutelar conforme preconiza o ECA e para
a Unidade de Saúde/ESF. Enviar cópia da notificação para a vigilância
epidemiológica do município.

5. Encaminhar para os serviços de referência, Caps e Nasf os casos


que necessitem de atendimento especializado, seguindo-se os princípios da
integralidade da atenção e da humanização.

6. Encaminhar os casos identificados de adolescentes em si- tuação


de vulnerabilidade ou que sofreram violências para a rede de proteção social e
de garantia de direitos, incluin- do Conselhos Tutelares, Creas e Cras.

Equipe responsável

• Médico

• Enfermeiro

• Psicólogo

• Assistente social

• Técnico em enfermagem e Agente comunitário de saúde

• Membros da comunidade escolar

• Outros profissionais parceiros

Questões técnicas, éticas e legais O/A adolescente tem direito a:

1. Privacidade no momento da consulta, caso desejem.

2. Garantia de confidencialidade e sigilo, caso desejem.

3. Consentir ou recusar o atendimento.

4. Atendimento à saúde sem autorização e desacompanhado dos


pais.

5. A informação sobre seu estado de saúde.

40
Anexo

Quadro 1. Ações de atenção primária à saúde na escola pela Estratégia


Saúde da Família/ Unidade Básica de Saúde

Questões técnicas, Frequência


Equipe
O que fazer? éticas e legais Recomen-
responsável
O/A adolescente tem direito a: dada

Agendar reunião com a escola. 1. Privacidade no momento do


Elaborar, junto com a escola, um instrumento de coleta Médico atendimento.
sobre informações básicas de saúde, contendo minima- Enfermeiro 2. Garantia de confidencialidade
Avaliação Inicial

mente: registros de vacinas, alergias, outros dados clínicos Técnico de enfer- e sigilo.
relevantes, condições socioeconômicas e outras informa- magem 3. Consentir ou recusar o atendi-
ções sociodemográficas pertinentes. Outros profis- mento. Anual
Solicitar que os adolescentes levem os cartões de vacina sionais 4. Atendimento à saúde sem au-
antigos e a Caderneta de Saúde do Adolescente. Membros da torização e
Preencher o instrumento de coleta de informações do comunidade desacompanhado dos
adolescente. escolar pais.
Preencher a Caderneta de Saúde do Adolescente. 5. A informação sobre seu estado
de saúde.
1. Privacidade no momento da
Médico avaliação.
o

Enfermeiro 2. Garantia de confidencialidade


Avaliar:
Crescimento

Técnico de enfer- e sigilo.


Peso, Altura, IMC, Acuidade visual, Pressão Arterial.
magem 3. Consentir ou recusar o atendi-
Preencher as informações nos campos relacionados na
Agente comuni- mento. Semestral
Caderneta de Saúde do Adolescente.
tário de Saúde 4. Atendimento à saúde sem au-
Agendar/encaminhar os casos diagnosticados como neces-
Universitários e torização e
sários para atendimentos na Unidade de Saúde.
estagiários desacompanhado dos
eD

Outros parceiros pais.


5. A informação sobre seu estado
de saúde.
Identificar no levantamento das necessidades1:
Anormalidades dentofaciais.
Índice de má-oclusão.
Dentista 1. Privacidade no momento do
Índice de estética dental (dentição, espaço e oclusão).
Agente de saúde atendimento.
Fluorose dentária.
dentário 2. Garantia de confidencialidade
Cárie dentária e necessidade de tratamento.
Saúde Bucal

Técnico de saúde e sigilo.


Doença periodontal (índice periodontal comunitário para
dentário 3. Consentir ou recusar o atendi-
escolares acima de 12 anos).
Agente comuni- mento. Semestral
Na Caderneta de Saúde do Adolescente deve-se preencher
tário de saúde 4. Atendimento à saúde sem au-
as informações básicas de acordo com a legenda do
Membros da co- torização e
odontograma.
munidade esco- desacompanhado dos
Agendar/encaminhar os casos de intervenções necessárias2.
lar orientados/ pais.
Realizar a higiene bucal supervisionada semanalmente (fio
treinados 5. A informação sobre seu estado
dental+ escovação) 3.
de saúde.
Realizar bochecho fluorado 4.
Evidenciar a placa bacteriana.

Atualizar e completar o cartão de vacina na Caderneta de 1.Privacidade no


Saúde do Adolescente. momento da
Verificar na ficha de condições básicas de saúde do adoles- consulta.
Médico
cente qualquer registro de efeitos adversos decorrentes de 2.Garantia de
Enfermeiro De acordo
determinada vacina aplicada. confidencialidade e
Imunização

Técnico de com o
Agendar as próximas doses na Caderneta de Saúde do Ado- sigilo.
enfermagem calendário
lescente. 3. Consentir ou recusar o atendi-
Agente comuni- vacinal
Elaborar e preencher o “cartão espelho” para controle e mento.
tário de saúde
monitoramento vacinal. 4. Atendimento à saúde sem au-
Orientar sobre possíveis efeitos adversos decorrentes da torização e desacompanhado
vacina. dos pais.
5. A informação sobre seu estado
de saúde.
Esclarecer sobre o desenvolvimento pessoal, relações hu- Médico 1. Privacidade no momento da
manas, projetos de vida, e outros temas correlatos. Enfermeiro consulta.
Identificar fatores de risco e de proteção ao uso abusivo de Técnico em 2. Garantia de confidencialidade
Saúde Mental

álcool e outras drogas. enfermagem e sigilo.


Prestar esclarecimentos, promover ações preventivas e Agente comuni- 3. Consentir ou recusar o atendi-
realizar aconselhamento a respeito do uso de álcool, taba- tário de saúde mento. S
co e outras drogas. Outros profis- 4. Atendimento à saúde sem au- e
Encaminhar para os Caps, Nasf e/ou serviço de referência, sionais parceiros torização e m
os/as adolescentes identificados como usuários de álcool e Membros da desacompanhado dos e
outras drogas ou que apresentem sintomas ou sinais indi- comunidade pais. s
cativos de alterações comportamentais ou psiquiátricas. escolar 5. A informação sobre seu estado t
de saúde. r

41
a
l

Identificar fatores de risco e de proteção para violências, in-


cluindo as violências doméstica, urbana e sexual, e para aciden-
tes, incluindo acidentes domésticos e de trânsito.
Prestar esclarecimentos, promover ações educativas e pre-
Prevenção de Violências e Acidentes

ventivas e ações de promoção da saúde e da cultura de paz.


Promover ambientes e entornos seguros e saudáveis na
escola e junto à comunidade escolar por meio de articula- Médico 1. Privacidade no momento da
ções e parcerias intersetorais. Enfermeiro consulta.
Realizar a notificação compulsória de violência domésti- Psicólogo 2. Garantia de confidencialidade e
ca, sexual e outras violências nas situações de violências Assistente social sigilo e ética.
contra adolescentes e enviar cópia dessa notificação ao Técnico em 3. Atendimento
Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente, conforme enfermagem humanizado.
preconiza o ECA, e para a Unidade de Saúde/ESF. Agente comuni- 4. Consentir ou recusar o atendi-
Encaminhar para serviços de referência, Caps e Nasf tário de saúde mento.
os casos que necessitem de atendimento e investigação Outros profis- 5. Atendimento à saúde sem au-
diagnóstica. No Nasf, um dos papéis fundamentais no sionais torização e
acompanhamento referencial de adolescentes em situa- Membros da desacompanhado dos
ção de violência ou no apoio matricial às ESF/PSF é o do comunidade pais.
psicólogo, que deve receber formação e/ou treinamento escolar 6. A informação sobre seu estado
adequado para acompanhamento de adolescentes em situ- de saúde.
ações de violências. 7. Garantia de proteção
Encaminhar os casos identificados de adolescentes em si- social.
tuação de vulnerabilidade ou que sofreram violências para
a rede de proteção social e de garantia de direitos, incluin-
do os Conselhos Tutelares, CREAS e CRAS.

Quadro 2. Ações de educação em saúde na escola

O que fazer? Equipe responsável

Definir os pontos prioritários a serem desenvolvidos com a comunidade escolar, incluindo as temáticas de promoção da
alimentação saudável, higiene bucal, prevenção de violências e acidentes, prevenção e redução do consumo abusivo de ESF, Caps, NPVPS,
álcool e outras drogas, prevenção das DST/aids, promoção da saúde sexual e saúde reprodutiva, controle do tabagismo, professores, diretores,
promoção de práticas corporais/atividade física, promoção da cultura da paz, projeto de vida, saúde do trabalhador entre APM, adolescentes.
outros, em seu planejamento.

Elaborar e executar oficinas de educação em saúde com a comunidade escolar.


Elaborar materiais para as oficinas de educação em saúde com a comunidade escolar.
Incentivar a utilização dos materiais encaminhados para as escolas pelo MS/MEC.
ESF, Caps, NPVPS, pro-
Incentivar a utilização da Caderneta de Saúde do Adolescentes nas ações de educação em saúde.
fessores, alunos e par-
Elaborar um cronograma conjunto com as escolas para acompanhamento das ações educativas em saúde realizadas pela comuni-
ceiros da comunidade.
dade escolar.
Articular com universidades, organizações não governamentais, setor privado e outros agentes sociais, o estabelecimen-
to de parcerias para o desenvolvimento de ações de educação em saúde dentro da escola.

Elaborar e executar atividades curriculares e extracurriculares de maneira continuada com os alunos, pais e outros atores
da comunidade escolar.
Incluir adolescentes e jovens no planejamento, execução e avaliação de atividades de educação em saúde, incentivando a NPVPS, professores,
educação entre pares. diretores, coordena-
Elaborar materiais educativos para as atividades. dores, adolescentes e
Utilizar os materiais impressos encaminhados pelo MEC/MS nas atividades curriculares e extracurriculares. outros atores da comu-
Utilizar a Caderneta de Saúde do Adolescente nas atividades educativas curriculares e extracurriculares. nidade.
Articular com universidades, organizações não governamentais, setor privado e outros agentes sociais para estabelecer
parcerias para o desenvolvimento de ações de educação em saúde dentro da escola.

42
Questões técnicas,
Equipe éticas e legais.
O que fazer?
responsável O/A adolescente tem
direito a:

1. P
rivacidade
no mo-
Adolescente com e sem encaminhamento: Médico
mento da
Realizar avaliação estágios de maturação sexual. Enfermeiro
consulta.
Avaliação nutricional. Nutricionista
2. G
Avaliação clínica da saúde integral. Dentista
arantia de
Avaliação clínica e encaminhar para a referência, caso seja necessário. Outros
e Desenvolvimento

confiden-
Preencher a Caderneta de Saúde do Adolescente. profissionais
cialidade e
Crescimento

sigilo.
3. Co
nsentir ou
recusar o
atendimento.
4. Atendimento à saúde
sem autorização e desa-
companhado dos pais.
5. A
informação
sobre seu
estado de
saúde.
Adolescentes com encaminhamento:
Analisar o preenchimento da Caderneta do Adolescente em sua multidisciplinaridade
e fazer os encaminhamentos adequados.
Atualizar, preencher o odontograma presente na Caderneta do Adolescente.
Elaborar o plano terapêutico individual de acordo com o levantamento das
necessidades.
Fazer busca ativa dos adolescentes faltosos nas consultas de retorno.
1. P
Adolescentes sem encaminhamento:
rivacidade
Avaliar motivo da procura.
no mo-
Verificar se está matriculado em alguma escola e se participou do levantamento das
Dentista mento da
necessidades em saúde bucal.
Outros pro- consulta.
Fazer o preenchimento do odontograma.
Saúde Bucal

fissionais 2. G
Elaborar o plano terapêutico individual de acordo com o levantamento das
(para a busca arantia de
necessidades.
ativa) confiden-
Motivar e encaminhar para as outras áreas da saúde.
cialidade e
Fazer busca ativa dos adolescentes faltosos nas consultas de retorno.
sigilo.
Atendimento mínimo na Atenção Básica:1
3. Co
Adequação do meio bucal com remoção dos fatores retentivos de placa.
nsentir ou
Exodontias simples.
recusar o
Selamento de cavidades (definitivas ou temporárias).
atendimento.
Instruções de higiene bucal.
4. Atendimento à saúde
Profilaxia.
sem autorização e desa-
Controle de placa.
companhado dos pais.
Raspagem supra e subgengival.
5. A
informação
sobre seu
estado de
saúde.

43
Adolescente com encaminhamento:
Atualizar e completar o cartão de vacina na Caderneta de Saúde do Adolescente.
Verificar na ficha clínica do adolescente, qualquer registro de efeitos adversos
1. P
decorrentes de determinada vacina aplicada.
rivacidade
Agendar as próximas doses na Caderneta de Saúde do Adolescente.
no mo-
Elaborar e preencher o “cartão espelho” para controle e monitoramento vacinal.
mento da
Orientar sobre possíveis efeitos adversos decorrentes da vacina. Médico
consulta.
Adolescente sem encaminhamento: Enfermeiro
2. G
Verificar na ficha clínica do adolescente, qualquer registro de efeitos adversos Técnico de
arantia de
decorrentes à determinada vacina aplicada. enfermagem
confiden-
Imunização

Realizar a avaliação clínica do adolescente, caso não tenha nenhum registro na UBS.
cialidade e
Atualizar e completar o cartão de vacina na Caderneta de Saúde do Adolescente.
sigilo.
Agendar a vacinação e a avaliação clínica, caso não seja possível a avaliação no momento.
3. Co
Agendar as próximas doses na Caderneta de Saúde do Adolescente.
nsentir ou
Elaborar e preencher o “cartão espelho” para controle e monitoramento vacinal.
recusar o
Orientar sobre possíveis efeitos adversos decorrentes da vacina.
atendimento.
4. Atendimento à saúde
sem autorização e desa-
companhado dos pais.
5. A
informação
sobre seu
estado de
saúde.
Adolescentes com/sem encaminhamento:
Realizar consultas clínicas.
Encaminhar para as referências, se necessário.
Incluir adolescentes e jovens nas ações coletivas, individuais de prevenção e
acompanhamento de DST/aids, se for necessário.
Ofertar e/ou encaminhar para diagnóstico de HIV, sífilis e hepatites.
Fornecer preservativos sem barreiras, (independentemente de estar cadastrado no
programa da UBS ou ter prescrição médica, entre outros entraves burocráticos).
Disponibilizar métodos anticoncepcionais de emergência.
Reforçar a dupla proteção.
Realizar aconselhamento, priorizando os passos de reflexão sobre o contexto de
vulnerabilidade de adolescentes e jovens. 1. Privacidade no
Incluir os/as adolescentes e jovens nas ações coletivas e individuais de planejamento Médico momento da
sexual e reprodutivo. Enfermeiro consulta, caso
e Saúde Reprodutiva

Orientar os pais ou responsáveis legais de adolescentes que buscam orientações Técnico de desejem.
Saúde Sexual

pertinentes sobre saúde sexual, garantindo o direito ao sigilo e à autonomia do enfermagem 2. Garantia de
adolescente. Agente confidencial
Verificar as razões da recusa de adolescentes em terem os pais na consulta sobre comunitário idade e
saúde sexual se for o caso. de saúde sigilo, caso
Violência sexual e outros tipos de violência: Psicólogo desejem.
Realizar consultas clínicas. Assistente 3. Consentir ou recusar o
Realizar todas as ações previstas no protocolo básico e realizar os exames necessários. social atendimento.
Tratar as DST/aids e acompanhar a evolução clínica. Outros pro- 4. Atendimento à saúde
Evitar a gravidez indesejada pós-estupro, com a anticoncepção de emergência. fissionais sem
Preencher a ficha de notificação compulsória de violência sexual e encaminhar uma autorização e
cópia ao Conselho Tutelar ou Ministério Público ou Vara da Infância e Juventude ou desacompan
Delegacias da Criança e Adolescentes ou Delegacias locais. hado dos pais.
Orientar os pais ou responsáveis sobre os direitos de adolescentes e suas 5. A informação sobre seu
responsabilidades de proteção sobre os adolescentes. estado de saúde.
Gravidez:
Realizar consultas clínicas, incluindo o pré-natal e puerpério.
Realizar exames de rotina, incluindo dois testes para HIV.
Incluir os adolescentes nas ações de planejamento sexual e reprodutivo.
Incentivar a formação de grupo de adolescentes grávidas incluindo seus parceiros.
Notificar, dependendo do caso, a gravidez de adolescente de 10 a 14 anos, guardada
as recomendações sobre o sigilo.

Adolescentes com/sem encaminhamento:


Identificar fatores de risco e de proteção ao uso abusivo de álcool e outras drogas.
Prestar esclarecimentos, promover ações preventivas e realizar aconselhamento a 1. Privacidade no
respeito do uso de álcool, tabaco e outras drogas. momento da
Identificar distúrbios comportamentais ou psiquiátricos, encaminhando-os, quando consulta, caso
Médico
necessário. desejem.
Profissionais
Encaminhar para os Caps, Nasf e/ou serviço de referência, os/as adolescentes 2. Garantia de
de saúde
identificados como usuários de álcool e outras drogas. confidencial
mental
Garantir e realizar o tratamento de adolescentes usuários(as) de álcool e outras drogas. idade e
Psicólogo
Mental
Saúde

Em caso de prescrição medicamentosa psicotrópica, orientar o adolescente, os sigilo, caso


Assistente
familiares/responsáveis sobre a utilização, os efeitos adversos, as interações e os desejem.
social
cuidados necessários a partir do uso. 3. Consentir ou recusar o
Outros tera-
Se necessário, encaminhar para serviço de referência, os/as adolescentes atendimento.
peutas
identificados(as) como usuários(as) de álcool e outras drogas. 4. Atendimento à saúde
Disponibilizar e realizar ações de atenção integral à saúde, mobilizando adolescentes, sem
famílias e comunidade. autorização e
Deverá informar aos pais sobre a situação de saúde do adolescente, caso o mesmo desacompan
esteja impossibilitado clinicamente. hado dos
pais.
5. A informação sobre seu
estado de saúde.

44
Adolescentes com/sem encaminhamento:
Identificar fatores de risco e de proteção para violências, incluindo a violência
Médico
doméstica, urbana e sexual, e para acidentes, incluindo acidentes domésticos e de
Enfermeiro 1. Privacidade no
trânsito.
Psicólogo momento da
Violências e Acidentes Prestar esclarecimentos, promover ações educativas e preventivas e ações de
Assistente consulta, caso
promoção da saúde e da cultura de paz.
social desejem.
Promover ambientes e entornos seguros e saudáveis na unidade de saúde, na escola e
Prevenção de

Técnico2.em Garantia de
junto à comunidade escolar por meio de articulações e parcerias intersetorais.
enfermagem confidencialidade e
Realizar a notificação compulsória de violência doméstica, sexual e outras violências
Agente sigilo, caso desejem.
nas situações de violências contra adolescentes e enviar cópia dessa notificação ao
comunitário 3. Consentir ou recusar o
Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente conforme preconiza o ECA e para a
de saúde atendimento.
Unidade de Saúde/ESF. Enviar cópia da notificação para a vigilância epidemiológica
Membros 4. da Atendimento à saúde
do município.
comunidade sem autorização e
Encaminhar para os serviços de referência, Caps e Nasf os casos que necessitem de
escolar desacompanhado dos
atendimento especializado, seguindo-se os princípios da integralidade da atenção e
Outros pro- pais.
da humanização.
fissionais 5. A informação sobre seu
Encaminhar os casos identificados de adolescentes em situação de vulnerabilidade
parceiros estado de saúde.
ou que sofreram violências para a rede de proteção social e de garantia de direitos,
incluindo Conselhos Tutelares, Creas e Cras.

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