Completo Encontro PAIF - PSB 2021

PAIF – Serviço de Proteção e
Atendimento Integral à
Família
2021
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Coordenadoria de Ação Social
Proteção Social Básica
O Trabalho Social com Famílias na Emergência
A pandemia é uma situação de Emergência em Saúde Pública de

Importância Nacional (ESPIN).
DESENVOLVIMENTO SOCIAL
A atuação do CRAS nas emergências
Foco no CRAS como referência
atendimento do no território:
público impactado
pela pandemia Desafio de adaptar
ofertas de acordo com
as demandas geradas
pela pandemia.
“É importante que as pessoas se sintam

acompanhadas e percebam que a equipe de
referência do serviço está à disposição para
esclarecimentos, orientações e medidas de
acolhida, quando a presença nos serviços está
impedida ou dificultada, pelas medidas de
restrição de circulação.” (Informe I – Frente
Nacional em Defesa do SUAS)
CRAS na pandemia: organização para
dar respostas
Houve definição de pessoa(s) de referência na gestão para

organizar os trabalhos, dar diretrizes, pensar metodologias junto
com a equipe, apoiar e atender as necessidades das equipes,
dialogar com os(as) coordenadores(as) de unidade?
Descentralizaram postos de atendimentos?
Focaram nos territórios mais vulneráveis/pobres?
Houve construção de protocolos – ou ficou tudo no informal?
Mantiveram serviços funcionando em horários adaptados, com

equipes em revezamento ou fecharam por proteção?
Contexto de pandemia
Entes federativos e setores Como referência do território e

unidade pública presente e aberta
O que é da Assistência social durante a pandemia o CRAS recebe
e o que é de outras políticas cidadãos com demandas referentes a:
setoriais;
INSS
O que é do atendimento nos
serviços e o que é da gestão; Fórum de Trabalho
Papel do Conselho Municipal; Cartório eleitoral
O que é do governo municipal; Defensoria Pública
O que é do governo estadual;
O que é do governo federal.
Contexto de pandemia
Trabalhadores na pandemia “Vivemos um momento de sofrimento coletivo,

isso intensifica também os sentimentos de
Houve distribuição e uso de EPIs e incerteza e insegurança das equipes. Criar
definição dos grupos de risco da espaços constantes de escuta e cuidados
equipe? coletivos é uma medida essencial. Reuniões
virtuais, diálogos entre as equipes que estão
Suporte psicossocial às equipes? em diferentes níveis de atenção, cria o vínculo
na tarefa comum e esse movimento produz o
Supervisão técnica para orientar o sentimento de pertença e de relevância da ação
trabalho social? desenvolvida. Grupos rotineiros de leitura sobre
experiências em outros países ou mesmo sobre
Participação no plano de
os trabalhos desenvolvidos em outras
contingência?
localidades, pode gerar maior certeza da ação
Demandas ouvidas pela gestão?
a ser desenvolvida e essa segurança também
combate o sofrimento das equipes. Essa é a
Inclusão na vacinação? aposta.”
INFORME 1 Assistência Social no enfrentamento
Auto organização? ao COVID-19 – Frente Nacional em Defesa do
SUAS.
Vulnerabilidades relacionais
Busca Ativa Demanda Encaminhamento de Encaminhamento da rede
espontânea outros setores socioassistencial
Acolhida
(estudo social)
Acompanhamento Atendimento
(encontro inicial)
Ações do PAIF:
Acompanhamento Particularizado Acompanhamento em Grupo
Acolhida
Plano de Acompanhamento Familiar
Oficina com
Adequação do Plano
Intervenção em Intervenção em Famílias
ações Mediações grupo de Ações
particularizadas famílias Particularizadas
Inserção em ações Inserção em Ações
do PAIF Avaliação ações do PAIF Comunitárias
Encaminhamentos
Alcançou os objetivos Não alcançou os objetivos
propostos no Plano de propostos no Plano de
Acompanhamento Familiar Acompanhamento Familiar
Desligamento do
Acompanhamento Familiar
Busca Ativa
Identificar situações de vulnerabilidade e risco
social no território e as potencialidades.
Dimensão ética do incluir ‘os invisíveis’.
A busca ativa nem sempre se traduz em visita domiciliar
 Divulgação dos serviços ofertados nos CRAS em variadas mídias,

grupos dos SCFV, centros de saúde, escolas, associações de
moradores, sindicatos, conselhos de direito, grêmios estudantis, etc;
 Realização de fóruns intersetoriais, apresentando o CRAS e seus

serviços;
 Contato com lideres comunitários/associação de bairros.
Busca Ativa na pandemia...
Grupos prioritários? Idosos acamados, crianças Em territórios onde a violência

e adolescentes sem acesso à escola (on line), aumentou (mortes, agressões,
pessoas com deficiência, pessoas dependentes de abusos, outros) ou com maior
cuidados de adultos, gestantes, nutrizes, crianças incidência de famílias em situação
em trabalho infantil, povos tradicionais, população de insegurança alimentar,
rural, migrantes recém-chegados com barreiras de insegurança sanitária e famílias
comunicação, população em situação de rua? contaminadas por Covid-19?
“As crianças não estão no centro das atenções A partir de dados oficiais ou
desta pandemia. Porém, elas correm o risco de estar informações junto a/ao: vigilância
entre suas maiores vítimas. (...) Todas as crianças,
de todas as idades e em todos os países, estão
socioassistencial, órgão gestor,
sendo afetadas, em particular pelos impactos equipes de agentes comunitários
socioeconômicos e, em alguns casos, por medidas de saúde (da ESF), entidades
de mitigação que podem inadvertidamente causar sociais, Fundo Social ou demais
mais danos do que efeitos positivos. Esta é uma órgãos?
crise universal e, para algumas crianças, o
impacto será para toda a vida.” António Gueterres
Secretário Geral das Nações Unidas.
Acolhida
É o primeiro contato “qualificado” da família com o SUAS.

É essencial!
 Processo inicial de escuta das necessidades trazidas pela

família, identificando seus recursos e potencialidades.
 Processo inicial de oferta de informações sobre as ações do
Serviço, da rede socioassistencial e demais políticas setoriais.
 Considerar aspectos objetivos (situação socioeconômica da
família)
 Considerar aspectos subjetivos sobre a vida familiar,
comunitária e sobre o território (crenças, valores, formas de
comunicação e expectativas em relação ao serviço);
 Formas: em grupo ou individualmente.
Acolhida: em grupo
Repasse de informações gerais sobre o Serviço
Escuta das demandas gerais das famílias
Compreensão dos impactos do território sobre tais demandas
Publicização e discussão de interesse de um grande número de
famílias ou da comunidade (BPC, Bolsa Família, inclusão produtiva)
Objetivo
Otimizar o repasse de informações e sanar dúvidas
contribuir para não individualização da problemática enfrentada
pelas famílias daquele território.
As famílias que participaram da acolhida em grupo deverão
gradativamente ser acolhida também de modo particularizado.
Acolhidas particularizadas e em grupos se complementam
Acolhida: individualizada
As famílias que participaram da acolhida em grupo deverão

gradativamente ser acolhidas também de modo particularizado
Por quê?
As famílias terão a oportunidade de relatar aquilo que não se
sentiram à vontade para expor coletivamente.
Profissional poderá registrar as informações repassadas de forma

sistemática e sigilosa no prontuário da família.
Onde é realizada
CRAS Domicílio
Somente em situações específicas – não
respondem ao convite de comparecer no
CRAS ou por vivenciar situações de
vulnerabilidade e risco social
Acolhida na pandemia
Houve disseminação de informações e orientações à população sobre as ações
do Serviço, acesso ao auxílio emergencial, cestas de alimentos e outros?
Houve adaptação da linguagem para que a população pudesse entender o que

estava acontecendo e saber a quem recorrer?
Quais as situações prioritárias para acompanhamento presencial no CRAS?

Quais as situações para atenção em domicílio?
Quais as que são para acompanhamento remoto?
Tiveram que combater fake news?

Quantas vezes se
explicou à
Usaram carros de som, telefonemas, recursos virtuais população em geral
(e-mail, redes sociais, aplicativos, vídeo chamada, o que é o SUAS?
webinários), canal de televisão, rádios, entre outros?
Acolhida: estudo social
Por que é imprescindível a compreensão da realidade familiar, suas

vulnerabilidades e potencialidades?
O profissional, 1. As possibilidades e limites da ação

juntamente com a socioassistencial
família que está sendo
acolhida, estabelecerá: 2. O prosseguimento que
será dado a família: Atendimento
CASO: “Tenho que fazer estudo

Acompanhamento
social em casos de dependência
química? Não é da Saúde?”
= É intersetorialidade.
Acolhida - estudo social: pandemia
Falta de acessos a alimentos, à rede sanitária;
Auxílio emergencial;
Escola (não acesso às aulas virtuais);
Violências agravadas em casa...
E as potencialidades das
famílias e dos território:
quais são?
Atendimento e Acompanhamento
Atendimento
Atender: dar ou prestar atenção, estar atento, dar audiência, servir a alguém.
Ação imediata de oferta de atenção diante de uma demanda da família ou do

território. Pode se encerrar na resolução de uma demanda específica ou pode dar
início a um processo de acompanhamento familiar.
São: Acolhida, Oficina com famílias, Ações particularizadas, Ações comunitárias,
Encaminhamentos – são as chamadas “Ações do PAIF”.
Acompanhamento
Acompanhar : fazer companhia, seguir na mesma direção, seguir com atenção.
Conjunto de intervenções desenvolvidas de forma continuada, a partir de

compromissos entre famílias e profissionais.
Construção de um Plano de Acompanhamento Familiar.
Ações de Atendimento: Oficinas
Encontros previamente organizados,
com objetivos de curto prazo.
Conduzidos pelos técnicos de nível superior – apoio demais

técnicos.
É uma das ações mais importantes no desenvolvimento do

PAIF, dada a sua potencialidade em atingir os objetivos do
serviço.
Problematização e a reflexão crítica das situações

vividas em seu território (questões muitas vezes
cristalizadas, naturalizadas e individualizadas)
Ações de Atendimento: Oficinas
Discussão de projetos de vida a partir de potencialidades coletivamente

identificadas
Melhoria da comunicação e fomento à cooperação
Identificação das vulnerabilidades e recursos do território
Espaços de vivência que contribuam para que as pessoas se tornem

sujeitos capazes de realizar mudanças (protagonismo)
Participação social para garantia dos direitos e o exercício da cidadania:

planejamento do PAIF, Comitês, Conselhos, Conferências, Associações.
2021 é ano de Conferência de Assistência Social: como está no

seu CRAS: “organizar para participar ou participar para organizar?”
REFLEXÃO
CONVIVÊNCIA
AÇÃO
TRANSFORMAÇÃO
Oficinas: Sugestão de temas
Direito a transferência de renda - Programa BPC, Bolsa
DIREITOS: Família (discussões e reflexões sobre os direitos e deveres
de quem recebe tais benefícios, importância e dificuldade
quais são e
para o cumprimento das condicionalidades, etc.)
como
acessá-los Direito à documentação civil - Importância da
documentação para o acesso a outros direitos, dificuldades
enfrentadas para ter acesso a documentação, etc.
Direito à cultura, ao esporte e ao lazer
Direito das Crianças e adolescentes/ Idosos/

Mulheres/Pessoas com deficiência etc
Direito ao meio ambiente saudável - Reflexão sobre a

importância dos recursos naturais, discutir os impactos
ambientais e territoriais de obras governamentais na vida da
comunidade – ex. construção de hidroelétricas - promover
campanhas de reutilização e reciclagem etc.
Oficinas: Sugestão de técnicas
Mapa do território
Montar uma mapa da rede de serviços, programas e projetos

existentes no território e município e aqueles que estão ausentes
Objetivos:
1- permitir a visualização da rede presente no território
2- estimular a mobilização das famílias para garantia dos seus

direitos
Família: os Direitos da família - sua função protetiva e deveres do Estado e da família;

desafios da
Convívio intergeracional - construção de vínculos e resolução de conflitos;
vida em
família Cuidar de quem cuida - proporcionar troca de experiências, a importância
da inclusão social dessas pessoas, planejamento de ações no território
ligadas a inclusão.
Uso de álcool e outras drogas na família - como prevenir, estratégias de

enfrentamento do vício, serviços disponíveis no território e no município.
Adolescência e juventude – direitos e deveres: gravidez na adolescência

(causas e efeitos, discutir apoio familiar e estatal etc.). Mortalidade de
jovens por causas externas (discutir principais causas: trânsito, violência
urbana, uso de drogas).
Sexualidade e doenças sexualmente transmissíveis - discutir a vivência

segura da sexualidade nos diferentes ciclos de vida, a importância da não
discriminação e combate ao preconceito etc.
Utilizar filmes, reportagens e músicas que
retratem um problema enfrentado na vivência
Família familiar;
Temática difícil de ser
trabalhada Adoção de encenações;
Aprende-se que Origamis;

“problemas de família
são da família”, que Esculturas em massa de modelar, colagens;
“roupa suja se lava em
casa”. Desenhos feitos pelos integrantes das oficinas
com o objetivo de resgatar a história familiar,
sua origem e trajetórias no decorrer do tempo,
sua rede de apoio etc;
Valorizar os recursos e potencialidades que as

famílias possuem.
Território como construção humana

Território:
superando Discutir o conceito de território, apresentar dados
vulnerabilidades estatísticos e geográficos sobre o território.
e identificando
potencialidades Refletir sobre a importância do conhecimento do território -
como o território impacta na vida das pessoas (a partir dos
relatos dos que nele vivem), a necessidade de serviços etc.
Como produtor de experiências, de memórias que consolidam

forças e capacidades que determinam a identidade territorial
etc
Território como local de potencialidades e vulnerabilidades:

criação de estratégias para identificar e fortalecer as
potencialidades das famílias e mobilizá-las.
Jornal mural
Grande painel destinado a afixar notícias e informes que tenham

impacto na vida da comunidade ( colocar em uma das paredes
externas do CRAS)
- serve para difundir informações
- estimular a comunidade a participar da vida do território
- expressar, cotidianamente, sua realidade social e cultural por

meio de textos, poesias, fotos, desenhos, colagens, etc.
Oficinas na Pandemia
Temas:
Uso das ferramentas Segurança de renda – perda de trabalho na
virtuais? pandemia; perda do auxílio do governo;
alternativas de trabalho na pandemia;
Famílias novas e famílias já cooperação;
atendidas?
Direito a moradia digna - como ficar em casa
Ocupação do tempo ou sem condições mínimas? Famílias que vivem de
ação planejada, crítica? aluguel? Movimentos sociais de luta por
moradia;
Temas surgidos na
pandemia foram Proteção em casa - violência doméstica a
incorporados? mulheres, crianças, idosos, pcd, etc;
Houve adaptação das Vítimas da Covid-19 - trauma, luto, medo,

metodologias de trabalho revolta, ansiedade, angústia e solidão.
social com as famílias?
Direito de ser: negros, LGBTQIs, povos
tradicionais, mulheres, jovens...
Ações de Atendimento: Ações Particularizadas
Acontecem após a acolhida de modo individualizado e pontual.

Visam conhecer a dinâmica da família mais aprofundadamente e
prestar um atendimento mais específico.
 Uma família que participou de uma ação particularizada pode demandar
inserção em processo de acompanhamento familiar;
 As ações particularizadas não preveem encontros periódicos, ao
contrário do acompanhamento particularizado.
Onde são feitas: no CRAS; no domicílio (situações específicas).
Pandemia
Houve aumento das ações particularizadas?
Articulação com a rede setorial e socioassistencial intensificada?

Saúde, INSS, Educação, Fundo Social de Solidariedade;
Ações de Atendimento: Ações comunitárias
Devem agregar Espaço para que as famílias

São maiores diferentes possam intervir na
que as oficinas grupos do
com famílias. construção da vida pública
território. nos seus territórios.
Acesso à informação sobre direitos

Como?
Manifestação de interesses comuns
Palestras
Aumento da capacidade de formular
Campanhas
reivindicações
Eventos
Organização e associativismo para
comunitários
defesa de interesses coletivos
Pandemia
Campanhas nas ruas por meio de carros de som?
Espaços nas rádios ou tv para abordar temas da proteção social?
Ações junto ao comércio, igrejas, universidades, movimentos sociais?
Quais direitos?
Ações de Atendimento: Encaminhamentos
Promoção do acesso aos

Encaminhamentos para outras
direitos e conquista da
políticas setoriais: indispensável
cidadania o investimento do órgão gestor na
promoção da intersetorialidade.
Dados mínimos que devem

Como deve ser feito?
constar: identificação da pessoa
1. Necessidade de contatos prévios e
encaminhada; unidade de
posteriores da equipe
destino; motivo do
encaminhamento; identificação
2. Garantir o retorno da informação e o efetivo
do profissional.
atendimento
3. Formalizado por meio de documento ou

formulário que possa ser entregue ao usuário E na pandemia,
e/ou enviado para outra unidade
como tem sido?
Acompanhamento
Conjunto de intervenções desenvolvidas de forma

continuada, a partir de compromissos entre famílias e
profissionais, que pressupõem a construção de um
Plano de Acompanhamento Familiar.
Famílias que Acompanhamento

necessitam de uma
atenção diferenciada
particularizado
devido ao
agravamento das Acompanhamento
vulnerabilidades. em grupo
Acompanhamento particularizado
Situação indicada Motivos:

- demanda uma atenção imediata
 risco de retornar à situação de extrema
pobreza ou recair em risco social
 dificuldade de deslocar até o CRAS
 proteção a algum de seus membros
Famílias em condições  não se sentir à vontade para participar
desfavoráveis para em grupo
acompanhamento em  situação que demanda sigilo
grupo  horários incompatíveis com os do grupo
Acompanhamento em grupo
Situação indicada Objetivo: romper com a ideia de que as

situações de vulnerabilidades vivenciadas
são naturais e individualizadas
Criar identificações e sentimento de grupo
Construção conjunta de alternativas
Responder situações de Necessário realizar um bom diagnóstico

vulnerabilidades territorial
vivenciadas pelas famílias
com forte incidência no Construir grupos de famílias com
território. afinidades, necessidades e
características similares de forma a
incentivar o compartilhamento de
experiências entre os participantes e a
reflexão sobre a realidade
(em grupo ou individual)
Pressupõe
Plano de Acompanhamento familiar
Intervenções em ações particularizadas ou em grupo

de família (mediações)
Inserção em Ações do PAIF (mediações)
Avaliação - Alcance de aquisições e superação de

vulnerabilidades de forma gradativa (mediações)
(em grupo ou individual)
Planejamento conjunto entre a(s) família(s) e profissional:

Imprescindível para o alcance dos objetivos desse processo.
Deve constar:
 Vulnerabilidades a serem superadas
 Potencialidades que o grupo/família possuem (devem ser fortalecidos)
 Recursos que o território possui (mobilizados na superação das
vulnerabilidades)
 Estratégias adotadas pelos profissionais e família
 Compromissos da família e dos técnicos no processo de superação
 Percurso proposto para o acompanhamento: quantas intervenções, quais
as ações de interesse de cada família, os resultados que se quer alcançar
Intervenções em Ações Particularizadas
ou em Grupo
Momentos de encontro entre as famílias e os

profissionais responsáveis pelo acompanhamento.
São desenvolvidas reflexão sobre as seguintes temáticas:
 vulnerabilidades enfrentadas
 formas de superá-la
 identificação de recursos e potencialidades
Momento também de devolutiva do profissional sobre as

respostas as demandas enfrentadas pela família
Avaliação
Etapa fundamental para a efetividade do acompanhamento
Realizada em conjunto pela família(s) e profissional(is)
Devem ser periódicas
Decidir quanto a continuidade ou encerramento
Avaliar se houve êxito:
SIM: encerrar
o processo NÃO: adequação
do plano
PÓS PANDEMIA
É voltar à pré-pandemia? É o “novo normal”?

Aliás, o que era normal antes? O que é normal agora? Normal pra quem?
Após passarmos por uma pandemia planetária, que mudou o mundo e
aprofundou desigualdades e o sofrimento da maioria da população: viveremos
qual normalidade?
“Para o professor Mauro Cardoso Simões, da Faculdade de Ciências

Aplicadas (FCA) da Unicamp, da Filosofia, é uma ilusão pensar
que a vida é regular, estável, previsível e que isso é o "normal".
Para ele, a expressão não dá conta da catástrofe que a humanidade
está experimentando. O "novo" que estaria por vir é imprevisível e
pode conter tanto visões negativas, preconceituosas e
segregacionistas, como algo positivo que seria uma maneira mais
saudável de pensar na nossa vida em sociedade.”
https://www.unicamp.br/unicamp/tv/direto-na-fonte/2020/06/08/novo-normal-para-quem-o-que-filosofia-
tem-dizer-sobre-expressao
PÓS PANDEMIA
Mas certamente já temos e teremos muitos aprendizados: da gestão, das ciências,

das políticas públicas, do trabalho em equipe, dos erros e acertos; e segue...
E atenção: no campo de trabalho com direitos não cabem os discursos sobre o
aprendizado de cunho religioso, auto ajuda, motivacional e outros desse tipo.
Mas... dentro do retorno à normalidade do funcionamento dos serviços:

Organizar as equipes e serviços de forma a garantir a continuidade dos
atendimentos às famílias;
Transformar o posto temporário em unidade permanente onde for necessário;
Aproveitar a articulação intersetorial e consolidá-la;
Aprofundar os aprendizados na relação entre CRAS e CREAS e outros serviços,
incluindo a desmobilização gradual dos abrigos emergenciais e para
estruturação de outras estratégias para proteção dos indivíduos as famílias,
caso tenham sido realizadas no município;
PÓS PANDEMIA
 Reorganizar o acompanhamento do PAIF: as famílias novas que acessaram o

CRAS são agora famílias acompanhadas pelo PAIF?
 Promover ações que visem o resgate e o fortalecimento dos vínculos familiares
e comunitários e apoiar os afetados na readaptação e construção de novos
projetos de vida, no âmbito dos serviços e programas socioassistenciais.
 Incentivar a participação das famílias e indivíduos afetados em espaços de
discussão e decisões relacionadas ao contexto de emergência socioassistencial
(conselhos, organizações da sociedade civil, Câmara de Vereadores, etc). A
participação não é meio, ela é resultado do trabalho social: se as famílias já
estão participando destes espaços, isso é um indicador de que o serviço está
cumprindo seu papel.
 Atuar na prevenção e no enfrentamento de situações de violência e violação de
direitos, decorrentes ou agravadas pelo contexto de emergência.
PÓS PANDEMIA
 Articular ações de proteção social para a promoção e o resgate da autonomia dos
afetados pelo contexto de emergência, oferecendo suporte e orientação sobre
direitos e oportunidades para inserção ou retorno ao mundo do trabalho.
 Promover ações articuladas com a Política de Habitação para o
atendimento/acompanhamento às famílias em processo de reassentamento, se
houver, como público prioritário, desenvolvendo ações próprias da Assistência
Social, como o atendimento e o acompanhamento familiar nos serviços PAIF e
PAEFI, SCFV e outros;
 Orientar e mobilizar a comunidade local, estimulando ações de solidariedade
mútua e apoiando estratégias coletivas de superação de estigmas e dos desafios
vivenciados pelas famílias e territórios.
 Encaminhar usuários para possível suporte jurídico, nos casos em que
indenizações por danos morais ou coletivos sejam possíveis e inclusão deste
público no acompanhamento pela Proteção Social Básica ou Proteção Social
Especial, quando necessário.
Recomendações Gerais
Aprimoramento do PAIF
Profissionais devem estar preparados para enfrentar questões como:
dificuldade em acessar determinados territórios, ausência da rede de
proteção social, falta de apoios sociais, não aceitação da família em ser
atendida/acompanhada.
Não podem ser vistas como entraves para realização das ações. Devem ser
previstas e analisadas para serem superados.
Recomenda-se manter o registro das dificuldades para subsidiar discussões

e reflexões sobre a superação e aperfeiçoamento.
Os profissionais e sua atuação
Comunicação >> Estar atento as barreiras pessoais que interferem nesse
processo:
- uso de termos técnicos
- palavras que sugerem preconceitos
- impaciência
- expressão inadequada de sentimentos e emoções etc.
Relatórios >> Necessidade de elaboração de relatórios técnicos de rotina.
Procedimentos referentes ao registro das informações

o Todos os atendimentos precisam ser identificados (conter carimbos e
assinatura dos profissionais responsáveis pelo atendimento).
o Todas as etapas de trabalho são de domínio de todos os técnicos de nível
superior (caracteriza o trabalho interdisciplinar).
o Os usuários têm o direito ao acesso às informações referentes ao seu
atendimento.
Ações de caráter de inserção / inclusão produtiva
Ações cujo foco é a inserção/inclusão produtiva, geração

de renda ou capacitação/qualificação profissionais
não compõem o rol de ações do PAIF
Podem ser desenvolvidas no CRAS, desde que não

interfiram na adequada oferta do trabalho social com
famílias, não comprometendo espaço físico e recursos
humanos destinados ao PAIF.
A potencialidade do PAIF está na identificação e

mobilização das famílias para a participação em ações
de inclusão produtiva.
A grande generosidade está em lutar para que, cada
vez mais, essas mãos, sejam de homens ou de povos,
se estendam menos em gestos de súplicas. Súplica de
humilde a poderosos.
E vão se fazendo, cada vez mais, mãos humanas, que
trabalham e transformam o mundo.
Paulo Freire, Caderno PAIF Vol. 2 , pag. 97.
“Construir uma cultura e uma ética democráticas, fundadas nos Direitos
Humanos com o objetivo de assegurar a vida digna para todos, é o maior desafio
que o Brasil e a América Latina se propuseram na última década do século XX e o
grande projeto a realizar, desde já, para o século XXI.
Mas a Democracia é como o Amor: não pode ser comprada, não pode ser
decretada, não pode ser imposta. A Democracia só pode ser vivida e construída.
Por isso ninguém pode nos dar a Democracia. A Democracia é uma decisão,
tomada por toda uma sociedade, de construir e viver uma ordem social onde os
Direitos Humanos e a vida digna sejam possíveis para todos. No Brasil esta
decisão foi assumida e explicitada nos primeiros artigos da Constituição
Brasileira.”
MOBILIZAÇÃO SOCIAL UM MODO DE CONSTRUIR A DEMOCRACIA E A
PARTICIPAÇÃO José Bernardo Toro A. Nisia Maria Duarte Werneck
Obrigada!
Cristiane Lamin Souza Aguiar

Naiara Carneiro Teixeira
Proteção Social Básica
CAS – Coordenadoria de Ação Social

Secretária de Estado de Desenvolvimento Social
Legislação
Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional pela

Organização Mundial da Saúde em 30 de janeiro de 2020;
Portaria MS nº 188, de 4 de fevereiro de 2020, que declara Emergência em Saúde Pública

de Importância Nacional (ESPIN);
DECRETO Nº 10.282, DE 20 DE MARÇO DE 2020 (Governo Federal) Regulamenta a Lei

13.979, de 6 de fevereiro de 2020, para definir os serviços públicos e as atividades essenciais.
(Incluindo Assistência Social)
PORTARIA Nº 100, DE 14 DE JULHO DE 2020 MINISTÉRIO DA CIDADANIA (Nota Técnica

nº 36/2020) https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-100-de-14-de-julho-de-2020-
267031342
PORTARIA Nº 1.565, DE 18 DE JUNHO DE 2020 MINISTÉRIO SAÚDE

https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-1.565-de-18-de-junho-de-2020-262408151
Acesso à Resoluções e produções publicadas pela SEDS

https://www.desenvolvimentosocial.sp.gov.br/lista-de-normativas-federais-e-estaduais/
Materiais de base e apoio
CADERNO PAIF – VOL 2
https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/Orientacoes_PAI
F_2.pdf
NOTA TÉCNICA CAS/PSB Nº 11 DE 2020 Portaria MC nº 100 Comentada: recomendações

para o funcionamento e monitoramento da rede socioassistencial de Proteção Social Básica.
(SEDS-SP)
Diretrizes para a atuação da Politica de Assistência Social em contexto de Emergências

Socioassistenciais – Ministério da Cidadania (Minuta)
SUAS na pandemia: planejar para proteger (Vira e Mexe)
Diretrizes para a elaboração de um Plano de Contingência de Assistência Social (SEDS-SP)
O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos na Pandemia (SEDS-SP)
INFORME 1 Assistência Social no enfrentamento ao COVID-19 (Frente Nacional em Defesa

do SUAS)
Orientações aos Gestores Municipais de Assistência Social 2021 (SEDS-SP)
Materiais de Apoio
Diretrizes e orientações gerias para a preparação dos Cras em contexto de pandemia -

Congemas e Unicef
Contribuições para a adaptação e o aprimoramento dos serviços de proteção social

básica do SUAS no contexto de calamidade, emergência e pandemia da COVID-19 –
Congemas/Unicef
Vídeos e Lives
Sistema Único de Assistência Social e Proteção Social no Contexto de Pandemia
Vídeos "Concepção de Convivência Social, com profas Abigail Torres e Stela Ferreira –
SEDS-SP
NO MIUDINHO DA PANDEMIA: SUAS, CRAS e PAIF em tempos de COVID (SUAS

Conversas)
Série Dialogando 2021: A Prevenção ao Trabalho Infantil na Proteção Social Básica

(SEDS-SP)
2ª Live FETSUAS-SP Conferências 2021

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A pandemia é uma situação de Emergência em Saúde Pública de

Foco no CRAS como referência

“É importante que as pessoas se sintam

Houve definição de pessoa(s) de referência na gestão para

Descentralizaram postos de atendimentos?

Focaram nos territórios mais vulneráveis/pobres?

Houve construção de protocolos – ou ficou tudo no informal?

Mantiveram serviços funcionando em horários adaptados, com

Entes federativos e setores Como referência do território e

Papel do Conselho Municipal; Cartório eleitoral

O que é do governo municipal; Defensoria Pública

O que é do governo estadual;

O que é do governo federal.

Trabalhadores na pandemia “Vivemos um momento de sofrimento coletivo,

Dimensão ética do incluir ‘os invisíveis’.

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