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PLANO SINGULAR DE ATENDIMENTO

TaxiMotion | Project Carpool


INFORMES

Formação
Introdutória;
Vídeos
Introdutórios sobre
o sisPIM
OBJETIVOS DA FORMAÇÃO

Desenvolver e/ou fortalecer o olhar


singularizado às famílias e grupos
Conhecer os objetivos do Plano Singular de
Atendimento
Compreender como este se insere na
metodologia do PIM
Apreender sobre seu potencial e
aplicabilidade
Formar multiplicadoras/es que repliquem
a formação com a finalidade de implantar
o instrumento
Vamos relembrar... O que é
vulnerabilidade?
PÚBLICO-ALVO
Compreende-se por famílias em situação de
Famílias com gestantes e/ou com vulnerabilidade aquelas que estão expostas a
crianças menores de seis anos de idade. diferentes fatores sociais, culturais, individuais,
históricos, econômicos, que incidem de forma
desigual sobre o desenvolvimento integral
Prioridade:
infantil. O conceito de vulnerabilidade adotado
Famílias em situação de
pelo programa estrutura aspectos da gestão e da
vulnerabilidade metodologia de atendimento, favorecendo
Famílias com gestante intervenções na realidade social que buscam
Famílias com criança de até três minimizar iniquidades sociais e em saúde.
anos de idade
Vamos relembrar...
EIXOS DE ATUAÇÃO
Vigilância e promoção do desenvolvimento
integral infantil
Interação parental positiva

OBJETIVO DO PIM Articulação em rede

O PIM é uma estratégia intersetorial da Atenção


Básica que busca apoiar as famílias, a partir de
sua cultura e experiências, no desenvolvimento REFERENCIAL
integral infantil.
TEÓRICO
Vygoysky - Piaget - Winnicott - Bowlby -
Paulo Freire - Neurociências - entre
outras/os
Articulação em rede
Plano Singular de atendimento
O que é?

O PSA é uma estratégia de planejamento na qual,


a partir do contexto de cada família, são traçadas
as ações que serão desenvolvidas durante seu
atendimento pelo PIM. Se estrutura a partir das
informações identificadas no processo de
territorialização, de caracterização e das
necessidades e expectativas da família,
considerando suas diferenças e particularidades
em diálogo com os objetivos do PIM

É inspirado do Plano Individual de Atendimento


(assistência social) e no Projeto Terapeutico Singular
(saúde).
Caminho metodológico S
ular
ing ento
Monitoramento

lano dim
P
Aten
de

Caracterização

Sensibilização das Visitas e Atividades


Famílias e Comunidades
Grupais

Territorialização
Formulários de caracterização
PLANEJAMENTO

Plano Singular
de Atendimento

Diálogo em rede
Diálogo em rede
Primeiros
Desejos e Desejos e
Contatos com a Plano de Visita
expectativas da expectativas da
família
família família
Territorialização
Monitoramento
Necessidades
Caracterização Execução das
identificadas
visitas
Será que é possível atender todas essas famílias da mesma forma?
Que experiências
já temos de
atenção
singularizada?
Quais os objetivos do PSA?

Por isso, é Para além do trimestre


Cada família e pessoa
representa um universo fundamental valorizar gestacional e os marcos do
singular, embora as diferenças entre desenvolvimento infantil,
apresente também cada história de vida, que outros elementos são
particularidades do dinâmica familiar, importantes no
meio e da sociedade cultura e experiência planejamento das nossas
ações?
onde vive
Quais os objetivos do PSA?

Não é fixo, deve ser


Visitador(a), em diálogo Traçar metas a revisitado quando algo
com curto, médio e longo muda no contexto familiar
monitor(a)/supervisor(a) prazo - as metas e/ou com base no
e GTM, em conjunto devem ser possíveis monitoramento da atenção
com demais serviços da às famílias (MDII e
de serem realizadas
rede e com a própria acompanhamento
família, pensam e monitoradas
trimestral da gestante)
juntos(as)
Quais os objetivos do PSA?

Identificar desafios e
Proporcionar espaço possibilidades que são
de discussão e
referentes àquela família em
educação
específico, mas que podem
permanente,
partindo de proporcionar uma
situações concretas aprendizagem que favorece o
atendimento de outras.
Quem faz o PSA?
Equipe do PIM, em diálogo permanente com a rede de serviços e com a família atendida.
É papel da(o) monitor(a)/supervisor(a) supervisionar e monitorar, junto às(aos) visitadoras(es), o
plano singular.

Quando deve ser feito?


O processo de planejamento singularizado é permanente. No entanto, o registro do Plano é
feito a cada vez que se inicia o atendimento de uma nova família, no período pactuado para
reavaliação e a cada vez que algo acontecer e mudar os rumos do atendimento.
PLANO DE
VISITA/ Quais os objetivos da visita?
ATIVIDADE Quais pontos devo ficar atenta?
EM GRUPO Qual atividade lúdica pode apoiar
no alcance deste objetivo?
Como levarei as orientações para a
família?
Quais pontos são importantes estar
Com base no
PSA! atento na avaliação?
Como registrar?
Diversas equipes municipais
estavam nos perguntando...
qual o instrumento do PSA?
Onde que se deve registrar?

Então criamos um instrumento


para apoiar nessa
organização e registro!
Referencias e Materiais de Apoio
Mão na massa!
Conhecendo Mariana e sua família*
A enfermeira Cláudia e a médica Paula da Unidade de Saúde contataram a equipe do PIM para dialogar sobre
a situação de Mariana, uma gestante adolescente, com 14 anos. Referem que é acompanhada pelo conselho
tutelar desde a infância, devido a situações de vulnerabilidade em seu contexto familiar.
Mariana vem de uma família composta pela mãe e três irmãs. O uso de drogas é uma questão presente em sua
realidade da família de Mariana e há relatos de que uma das irmãs parou com o usoem virtude do nascimento
de seu filho, que está com 4 meses. Com 12 anos, Mariana passou por uma internação decorrente do uso
abusivo de substâncias.
A médica Paula conta que na primeira consulta de pré-natal, a gestante mostrou-se arredia e difícil, dizendo
que ninguém mandava nela. Referiu desejo de ficar com o seu bebê e demonstrou medo que “retirassem o
bebê” dela ao nascer. Relatou que não estava fazendo uso de drogas, no entanto também não estava
frequentando mais o CAPSia - Centro de Atenção Psicossocial da Infância e Adolescência.

Após esta primeira conversa com a equipe da Unidade de Saúde, a visitadora do PIM Fernanda foi junto com a
enfermeira Cláudia para uma primeira visita, na casa da família do namorado de Mariana, onde ela está
residindo atualmente. Fernanda entra na casa, observa atenta que há poucos cômodos, que a casa de madeira
está em condições precárias, com grandes frestas por onde entra um vento gelado, um fogão à gás está
desligado, em seu lugar há um fogão à lenha que além de esquentar a casa, economiza o dinheiro do gás.
Mariana estava sentada em um sofá com a televisão ligada, fumando um cigarro, e ao lado dela a sogra, que
conhecia a enfermeira da UBS. A enfermeira Cláudia cumprimenta as duas e lembra Mariana sobre o que tinham
conversado sobre o PIM e a apresenta para a visitadora. Fernanda conta um pouco sobre os objetivos do PIM,
Mariana, meio desconfiada, diz que já queria adiantar que não conseguirá vê-la toda semana, porque ela tinha dias
que estava ali e outras que estava na casa da mãe, especialmente quando ela e o namorado brigavam. A visitadora
diz para Mariana que elas podem combinar e em alguns momentos fazer a visita na casa da mãe dela A gestante
aceita as visitas do programa e agendam uma próxima conversa para a próxima semana no mesmo horário.
Fernanda inicia a conversa com Mariana, contando que inicialmente queria conhecê-la um pouco melhor e que iria
fazer algumas perguntas para ela. Mariana ficou um pouco desconfiada mas, aos poucos, pareceu mais confortável
. A visitadora havia levado alguns materiais e disse que juntas iriam fazer atividades, com essa proposta Mariana
que gostava de fazer trabalhos manuais se entusiasmou!
Ela conta para a visitadora que estava na escola, na 6ª série, mas que parou de frequentar o colégio há um mês
quando descobriu que estava grávida. Fernanda interroga sobre os motivos que a levaram a interromper os
estudos, ela diz que na escola os colegas ficavam debochando dela e que a escola ficava perto da casa da mãe, que
era longe da casa do namorado ,o que dificultava seu acesso.
A visitadora perguntou se ela já tinha a caderneta da gestante, ela disse que sim e mostrou para ela. Fernanda viu que
estava registrado que ela tinha 14 anos, estava na 16ª semana de gestação, havia registro de situações de risco pelo
uso abusivo de substância, e consumo de 10 cigarros por dia. No gráfico de acompanhamento nutricional estava
indicado baixo peso. Mariana conta para a visitadora que não tinha gostado muito da consulta, mas que o
conselheiro tutelar havia dito para ela que seria necessário acionar a Promotoria, caso ela não fizesse adesão aos
cuidados necessários para um período gestacional seguro, para ela e para o desenvolvimento do bebê. Ela diz que
também estava com dificuldades para fazer os exames porque não tinha documentos. Já tinha cartão SUS quando
criança, CPF e certidão de nascimento, mas todos os seus documentos foram perdidos pela mãe.
Conversando um pouco sobre a família, ela conta que o pai do bebê, seu namorado tem 18 anos e não está
trabalhando nem estudando. Ele reside com a família, o pai e a mãe.. No mesmo terreno tinham mais duas casas além
da deles, onde viviam duas irmãs , com companheiros e com seus filhos.
A visitadora propõe se encontrarem na próxima semana para se conhecerem um pouco mais. Mariana diz que sim e
pergunta quando vão começar a fazer as coisas com aqueles materiais. A visitadora a questiona sobre o que ela
gostaria de fazer, ela diz que queria uma capa para colocar sua caderneta da gestante, que já estava começando a
rasgar, as duas combinam que na próxima visita enquanto conversarem farão essa capa. Elas se despedem e
Fernanda volta ao PIM e inicia o diálogo com Aline, sua monitora, sobre a conversa com Mariana, as informações do
formulário G(Gestante) e elas iniciam a construção do Plano Singular de Atendimento de Mariana e sua família.
Vamos apoiá-las na construção do Plano Singular de Atendimento?
*O caso foi construído a partir de informações de formulários cadastrados no SisPIM, os nomes utilizados são
fictícios.
Mão na massa!
Conhecendo Bento e sua família

A partir da consulta às listas fornecidas pelo CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), a visitadora Fernanda, acompanhada da
Monitora Aline estiveram no Bairro Alto, procurando por uma família beneficiária do BPC (Benefício de prestação continuada), com duas
crianças, uma delas na faixa etária de 9 a 12 meses. Sabiam que ela morava em uma casa de madeira, dobrando a esquina, bem pertinho do
campinho de futebol. Em diálogo com o CRAS, identificaram a família.
A assistente social do CRAS, Lorena, conta que a família é composta por um casal, Carlos e Michele, e dois filhos: Bento, que tem 11 meses, e
seu irmão Nicolas, com sete anos. Nicolas foi diagnosticado com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Ela conta que esta seria uma
família que se beneficiaria muito com o PIM. A partir dessa conversa, a visitadora e a monitora do PIM vão até a casa da família.
Os pais receberam Fernanda e Aline na casa, o ambiente estava organizado, o casal dialogava entre si de modo respeitoso. Fernanda
apresentou o PIM para os pais e contou que foram indicados pelo CRAS. A mãe das crianças achou interessante, no mesmo dia aceitou
responder os questionamentos para o preenchimento do formulário da Caracterização da Família ( Formulário F). Ela tem 34 anos, possui
ensino médio completo, o pai tem 36 anos e possui ensino fundamental incompleto. O benefício de prestação continuada é a principal fonte
de renda da família, que paga aluguel da moradia, com 4 cômodos, energia elétrica e instalação sanitária adequada.
Carlos faz alguns bicos como pedreiro, no entanto relatou que só um deles, pai ou mãe, não dá conta de cuidar das duas crianças.
Michele relatou que até o bebê nascer ela pensava na possibilidade dele “ser como o irmão” e que os cuidados que uma criança com
deficiência exige ela já conhece. A visitadora observou que faltava entusiasmo na fala da mãe em relação aos filhos. Parecia um pouco
indiferente, mas poderia ser o indicativo de um dia cansativo, ou seu jeito de ser mesmo.
Enquanto falavam sobre as rotinas da família, a visitadora perguntou qual seria o melhor dia para ser recebida e também em qual horário.
Acordaram nas quintas as 10:15. Durante a conversa o bebê estava dormindo e o filho mais velho, com 7 anos, estava na APAE. A visitadora
não se estendeu, pois entendeu que aquele poderia ser um dos poucos momentos de descanso dos pais.
Ela propôs, então, retorno na próxima semana para o preenchimento do cadastro da criança - formulário C, explicou que faria algumas
perguntas sobre suas rotinas e também iria precisar da Caderneta da Criança. Combinaram que o documento ficaria separado.
Na semana seguinte, a visitadora chegou e Bento estava acordado enquanto a visitadora preenchia seus dados, ele a observava. O bebê
tem registro civil, seu nascimento não foi prematuro, com Apgar 9, realizou os testes do pezinho, olhinho e orelhinha. Não apresenta
problema de saúde ou doença crônica, não apresenta deficiência diagnosticada clinicamente.
Algo que chamou a atenção de Fernanda foi que Bento não está sendo pesado e medido mensalmente, mas o calendário de vacinação
estava em dia.
Mas havia mais alguma coisa naquele cenário que parecia estar em descompasso, aos olhos da visitadora. Bento estava sentado no chão
sem apoio, manuseando alguns brinquedos e objetos levados pela visitadora. Quando um brinquedo rolava ele não conseguia buscar,
ainda não engatinha e parece não ter força nas pernas. Porém, observou que a mãe não interagia com ele e se perguntou, também, como
seria a interação entre o pai e o bebê. Entre uma pergunta e outra, a visitadora observava o ambiente, as relações e as manifestações de
Bento.
Em seguida ela explicou para os pais que proporia algumas atividades em sequência, para observar e avaliar o desenvolvimento de
Bento. A visitadora tirou da mochila alguns objetos e também utilizou aqueles que ele estava brincando. Pegou o formulário D -
Diagnóstico Inicial do Desenvolvimento, constando os indicadores da faixa etária de 9 a 12 meses e percebeu que ele também apresentou
dificuldade nas áreas da linguagem e cognição, além da motricidade e socioafetiva.
No dia seguinte, em reunião com a monitora/supervisora, Fernanda relatou que a família acessa pouco a rede e mantém pouca interação
com a vizinhança porque o filho mais velho não tolera barulhos. Com essas primeiras conversas e com os formulários preenchidos,
Fernanda e Aline iniciam a construção do plano singular de atendimento.
A visitadora Fernanda em reunião de supervisão com a monitora Aline, relatou suas preocupações: sobre a caderneta não ter dados
registrados em relação ao peso e altura do bebê Bento e também sobre a família não o ter levado, naquele mês, para consultar. Mostrou
também os registros sobre seu desenvolvimento, a partir dos indicadores do PIM que evidenciavam sinais de alerta, principalmente em
relação a sua maturação neurológica. Foi então acordado que a visitadora retornaria, ainda naquela semana, ao domicílio para conversar
com a família sobre a necessidade de acessarem a ESF - Estratégia de Saúde da Família para agendar uma consulta.
No decorrer dos atendimentos, foi possível observar que, durante as visitas, os pais sempre estiveram receptivos à visitadora. A mãe
passou a falar mais sobre sua vida, dizia estar acostumada com poucos contatos na comunidade, pois Nicolasse desorganiza muito,
quando exposto a diferentes ambientes e nas redondezas a criançada está sempre brincando na rua, tem música com som alto, além do
constante barulho dos ônibus e motos, que por ali passam.
Os colegas da rede de serviços enfatizaram a importância do PIM estar atento aos sinais de alerta no que se referia a Bento, o que
significa, neste caso, a necessidade de intervenção precoce. Aline e Fernanda sabiam que precisavam ficar atentas e promover junto à
família interações efetivas. Elas estavam, com o tempo, estabelecendo um bom vínculo com família, sabiam de suas potencialidades e com
apoio da rede orientavam atividades, conforme as respostas de Bento.
Legislação
https://www.pim.saude.rs.gov.br/site/wp-content/uploads/2021/11/Nota-
Tecnica-03-2021-DAPPS-PIM.docx.pdf

https://www.pim.saude.rs.gov.br/site/wp-content/uploads/2021/05/NOTA-
T%C3%89CNICA-DAPPS_SES_RS-_-Inclus%C3%A3o-dos-Visitadores-do-PIM-
no-CNES.pdf
https://atencaobasica.saude.rs.gov.br/upload/arquivos/202211/30124133-
nota-tecnica-saude-pcd-na-ab-nov-2022.pdf

https://www.pim.saude.rs.gov.br/site/wp-content/uploads/2022/06/Nota-
Dengue-DAPPS-2.pdf
Aproveite! Práticas Integrativas e
Complementares
PICS
Em breve....
Nota Técnica : Atendimento PIM na Puericultura
Programe-se!
Publicada a PORTARIA SES Nº 579/2023
Institui o Programa Inverno Gaúcho com Saúde no âmbito do
Estado do Rio Grande do Sul visando ampliar ações de
Assistência à Saúde, nas áreas de Atenção Primária,
Fortalecimento das Ações de Imunização, Porta de Entrada
Hospitalar, Internação – UTI Pediátrica, Telemedicina e
Distribuição de Equipamentos visando o incremento no
atendimento pediátrico no período de junho a agosto, em face do
pico sazonal de Síndromes Respiratórias Agudas Graves – SRAG,
agravado no período do inverno, e aprovar a transferência de
recurso financeiro em caráter excepcional e temporário.
ÁREAS DE ATUAÇÃO - ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E
FORTALECIMENTO DAS IMUNIZAÇÕES

III – a mobilização das equipes do Programa


Primeira Infância Melhor
e Programa Criança Feliz para
intensificação das ações de prevenção em
saúde;
Meta!
Garantir
100%de
cobertura
vacinal das
crianças,
gestantes e
puérperas
atendidas pelo
PIM

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