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A ADVERTÊNCIA DOS ANTEPASSADOS

Os antepassados desejam a felicidade de seus descendentes e a prosperidade


de sua linha familiar. Por conseguinte, não negligenciam sua guarda um instante s
equer, impedindo-os de cometerem erros e pecados, ou seja, evitando que trilhem
o mau caminho. Se um descendente, induzido pelo demônio, comete uma má ação, aplicam-lhe
castigos na forma de acidentes ou doenças, não só como advertência mas também para a limp
eza dos pecados cometidos anteriormente. No caso do enriquecimento ilícito por par
te do descendente, fazem com que este tenha prejuízos, ocasionando, por exemplo, u
m incêndio ou outras formas de perda, que lhe esgotam a fortuna. Conforme o pecado
, aplica-se também a doença como processo de purificação.
Suponhamos que uma criança contraia gripe. Uma gripe comum seria facilmente
solucionada através do JOHREI; nesse caso, entretanto, não se verificam bons resulta
dos. A criança tem vômitos freqüentes, perda de apetite, acentuado enfraquecimento em
poucos dias e acaba morrendo. É uma situação estranha, que se enquadra justamente no q
ue falamos acima: advertência dos antepassados. As causas podem ser várias, entre el
as o relacionamento amoroso do pai com outra mulher. Se ele não perceber na primei
ra advertência, poderão ocorrer-lhe sucessivas perdas de filhos. Estes são sacrificado
s por um prazer passageiro; trata-se, portanto, de uma conduta bastante reprovável
. Os antepassados evitam sacrificar o chefe da família por ser ele o seu sustentácul
o, de modo que os filhos tomam o seu lugar.
Vejamos outro exemplo. O chefe de uma família, homem de aproximadamente quar
enta anos, nunca havia rezado perante o oratório de antepassados que havia em sua
casa. Sua filha, preocupada, conversou com um tio, irmão do pai, e transferiu o or
atório para a casa dele. Pensando no futuro, o tio foi à casa do irmão e pediu-lhe que
reconhecesse, por escrito, a transferência do oratório, que havia sido transmitido
por várias gerações e que estava agora sob a sua guarda. O irmão concordou, mas, quando
pegou a caneta, sua mão começou a tremer em espasmos, sua língua ,contraiu-se e ele não
conseguiu mais falar nem escrever. Tentaram vários tratamentos sem nenhum resultad
o, e por fim vieram a um discípulo meu em busca de cura. Lembro-me de ter ouvido d
ele a história que a filha desse homem lhe contara. No caso em questão, os antepassa
dos não admitiram que o oratório fosse retirado definitivamente da casa do primogênito
, que, por tradição, deveria guardá-lo. Se isso acontecesse, a linhagem da família ficar
ia alterada, podendo, então, ocorrer a sua extinção.
5 de fevereiro de 1947
(Alicerce do Paraíso - Vol.3 - pág.118)

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