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PORÉM SEMPRE DEVE SER VISADO QUE CONHECIMENTO NUNCA É DEMAIS, E TUDO
O QUE APRENDEMOS NA VIDA HÁ ELA DEVE SER AGREGADO.
BOA LEITURA!
FUNDAMENTOS DO POTE DE ABO
Em todo o Candomblé de N’gola “Angola” o banho de abo é popular e cheios de
segredos e rodeado de histórias e experiências. O que nos motiva a escrever
sobre ele, pois tudo que é popular acaba criando muitos mitos e inverdades sobre
o mesmo.
O abo ficou tão famoso que acaba ganhando espaço até dentro de culturas e ritos
semelhantes, como na Umbanda e algumas casas de culto de Ketú e Djedje, esse
agregamento do banho de abo pode ser entendido por diversas formas:
- O sacerdote já foi ou é de Angola.
- As pessoas vão até os templos e procuram pelo abo, o que estimula a adoção.
- Por falta de conhecimento, se adota o mais obvio e popular
- Se todos falam e usam, então deve ser bom, vou fazer!
Novamente não vamos julgar se é certo ou errado agregar um fundamento de
nação em outras religiões, mas você poderá nesse material obter informações
valiosas que irão desmistificar por si só, e fazer esse julgamento. Mas o popular é
que:
Toma se desse abo, todos que irão se iniciar para esses J’kisis ou já são iniciados,
para que a força dos mesmos sempre esteja presente em seu corpo.
O Hamba desse abo, conduz a pessoa para o poder diplomático, despertando e
ampliando a diplomacia, raciocínio rápido, estilo, cultura, imaginação e
criatividade além da persuasão e dinamismo para resolução de problemas, etc...
Esse pote fica perto de Bombo N’jila ou de N’zazi, mas toda vez que há
sacrifícios para alguma das divindades do fogo, deve colocar um pouco do abo
em uma cabaça, deixar próximo do assentamento do N’kisi e deixar um pouco do
Manhinga “sangue”, cair sobre ele, após um dia do sacrifício, essa porção de abo
deve ser devolvido ao pote, assim o Hamba nunca enfraquecerá.
O pote deve ser de argila, e a boca deve ser larga, para facilitar o manejo do abo,
O pote deve ser molhado com gim, vodka ou cachaça, após secar deve untar
tanto dentro quanto fora com banha de carneiro, não precisa derreter, esfregue
com a mão até fixar uma boa camada.
Coloque no fundo do pote uma pedra de carvão mineral e utilize de alguma
cachaça ou “aguardente” para atear fogo dentro do pote. Assim que a banha
começar a derreter um pouco, sacrifique um galo de espora dentro, o sangue deve
cair um pouco em Bombo N’jila ou de N’zazi. Remova as patas, cabeça, ponta de
asa e o gogo do animal. Faça um buraco onde o pote ficará e enterre essas partes.
Posicione o pote no local fixo dele, sobre as partes enterrados, com contato direto
com chão de terra. Retire as plumas do animal, e enfeite toda a extensão do pote,
sem deixar as penas cair dentro do mesmo. O galo deve ser frita em banho de
carneiro e dividida entre as divindades de fogo, citadas acima.
PREPARANDO O ABO MATUBIA
Após o pote ser consagrado e estalado corretamente, podemos preparar o abo que
iniciará seu Hamba. Para isso, precisaremos das Jinsaba dia J’kisis “Folhas dos
N’kisi”
BAVU KISASA = PALMATÓRIA DO MATO
TUBIA = CANSANÇÃO
NZINGAPÉ = FOLHA DO DENDEZEIRO
DULULU = FEDEGOSO MACHO
ULUKAJI = TAMARINDO
MUKAJU = CAJUEIRO
MUMANGA = MANGUEIRA
XIKUKUNIRA = JAQUEIRA
MUXERU = FRUTA-PÃO
KIMGOMBÔ = FOLHA DO QUIABO
DISU DIEMBÊ = OLHO DE POMBO
KIRIMA = CAJAZEIRA
TOLO = ARUEIRA
OXI = PINHÃO DE PRAIA
TUBIAXÓ = COCO DE MAROTO
LUNDO = COITÉ
BUTANU = SETE CHAGAS
NGAIM = BERDOEJA
DULULU-ATU = FEDEGOSO FÊMEA
ULUKAJI = TAMARINDO
MBONGÔ = ALECRIM
MUEU-KIANKULU = BALAIO DE VELHA
LUZENZESU-KIANKULU = CANELA DE VELHO
NKASI-MASIKA = DAMA DA NOITE
KISANGA = LÁGRIMAS DE NOSSA SENHORA
NDAKA IA NJENDE = LÍNGUA DE VACA
KANDA IA NJENDE = PATA DE VACA
ITEI = ARNICA
KITANDU = SAMAMBAIA DO MATO
KIBUBILO = PATARAZI
RITANGA = FOLHA DA ABÓBORA
MAKASÁ = CATINGA DE MULATA
MAKANHA = NEGRA MINA
JIMBONGO = FORTUNA
ILÚMBUA = MANJERONA
KINGOMBÔ = FOLHA DO QUIABO
Macere todas as folhas com água de nascente e cachoeira, coe e separe o liquido
do bagaço. O Liquido deve ser jogado dentro do pote de abo.
O Bagaço deve ser fervido com cachaça ou vodka e água normal. Juntamente
com raiz Lundo “Coité”, vinte e uma favas de alibé e seis favas de jatobá além de
cravo e canela “uma mão cheia”. Coloque um ramo de alecrim, e a cada vez que
adicionar mais água, deve colocar um novo ramo de alecrim, repita isso até
finalizar o cozimento.
Deixe ferver por um dia e uma noite, sempre acrescentando mais água, para isso
faça em um fogão a lenha com o fogo baixo. Após esse período, coe.
O liquido adquirido do cozimento, deve ser adicionado ao pote ainda quente.
Adicione Gim ou Vodka até tampar a boca do pote, aguarde durante sete dias até
poder usar o abo, nesse período, deve rezar as divindades do fogo e rezar o
N’gorozi para o abo.
O bagaço deve voltar ao fogo em uma panela seca, até se transformar em um pó.
Peneire esse pó para ficar bem fino, e coloque dentro de uma cabaça. Essa cabaça
deve ser amarrada no pote do abo Matubia, do lado de fora, e nunca deve ser
mexida ou alterada.
DETALHES IMPORTANTE
Todo o processo ensinado aqui tem uma função básica, tanto na questão magica
do abo, quanto na manutenção de sua força.
- O Cozimento das ervas e favas funciona para remover todas as substancias,
químicas e magicas dos elementos e assim adicionado ao pote. Potencializando
todo o Sampula “banho” que já foi adicionado da maceração das folhas. Esse
processo inibi o apodrecimento precoce do abo.
- Quando untamos o pote com cera de abelha ou outros elementos, estamos
garantindo que a argila não absorva no primeiro impacto todos os nutrientes do
liquido depositado nela, por isso molhamos primeiro para umedecer e depois
untamos. Esse processo não permitira que o primeiro abo preparado que é o mais
importante, seja drenado para as paredes do vaso. E isso também irá fazer seu
vaso durar por muitos anos e não apodrecerá e contaminara seu abo.
- E para finalizar, sempre adicionamos alguns materiais, seja Gim, cera ou banha
na boca do pote, esse processo justamente é para vedar o contado do abo com o
oxigênio, além de prevenir contra apodrecimento precoce ele ajudara a fermentar
naturalmente. Criando um ácido não prejudicial ao ser humano mais letal para
bactérias e outros vermes. Ou seja, o abo se torna ant. Bactericida naturalmente.
Não se engana com essas explicações, os antigos não tinham termos científicos
para os fenômenos, mas eles sabiam para que servia e como fazer.
ABO MENHA
O segundo pote pronto, podemos iniciar a preparação do terceiro.
PERMISSÃO DA ÁGUA – Esse é o destino sacerdotal, ligado aos J’kisis da
água e do céu. Que conduz o Muzenza para seus cargos espirituais e despertar de
energias, dons e conhecimentos sobrenaturais.
Os J’kisis são: Pambu N’jila / M’Pamzu/ Kisimbi/ N’dandaN’Lunda/ Mikaia/
Kaitumba / N’zumbarandá/ N’vunji/ Lembá/ Lembá Dilê / Kukeêto/
Lembarenganga / Lembafuranga.
Toma se desse abo, todos que irão se iniciar para esses J’kisis ou já são iniciados,
para que a força dos mesmos sempre esteja presente em seu corpo.
O Hamba desse abo, conduz a pessoa para o poder espiritual, despertando e
ampliando dons espirituais, controle de energias naturais e sobrenaturais e quem
sabe psíquicos, despertam sabedoria para o sacerdócio ou cargos de autoridade
dentro da casa de Culto, além de ajudar na inteligência e memoria, etc...
Esse pote fica perto de Pambu N’jila ou de N’dandaN’Lunda, mas toda vez que
há sacrifícios para alguma das divindades da água ou do céu, deve colocar um
pouco do abo em uma cabaça, deixar próximo do assentamento do N’kisi e
deixar um pouco do Manhinga “sangue”, cair sobre ele, após um dia do
sacrifício, essa porção de abo deve ser devolvido ao pote, assim o Hamba nunca
enfraquecerá. “Céu é composto de Oxigênio e Nitrogênio, elementos que formam a água”
O pote deve ser de argila, e a boca deve ser larga, para facilitar o manejo do abo,
O pote deve ser molhado com água de rio, após secar deve untar tanto dentro
quanto fora com manteiga de Karité “acha em loja de medicina natural”, não precisa
derreter, esfregue com a mão até fixar uma boa camada.
Coloque no fundo do pote uma pedra de rio, coloque água de rio até cobrir
metade da pedra. Sacrifique dentro, uma Gansa branca “ou pata”, o sangue deve
cair um pouco em Pambu N’jila ou em N’dandaN’Lunda. Remova as patas,
cabeça, ponta de asa e o gogo do animal. Faça um buraco onde o pote ficará e
enterre essas partes. Posicione o pote no local fixo dele, com contato direto com
chão de terra. Retire as plumas do animal, e enfeite toda a extensão do pote, sem
deixar as penas cair dentro do mesmo. A gansa deve ser frita em banho de Karité
e dividida entre as divindades da Água e Ar, citadas acima.
PREPARANDO O ABO MENHA
Após o pote ser consagrado e estalado corretamente, podemos preparar o abo que
iniciará seu Hamba. Para isso, precisaremos das Jinsaba dia J’kisis “Folhas dos
N’kisi”
BUDANDÁ = SAMAMBAIA DE JARDIM
INSIÊ = ALFAVACA DE COBRA
MAKO DANDÁ = PALMA DO LAGO
RIDUMBA = ALFAVACA CHEIROSA
KITARI = MARCELA DO CAMPO
RISUMBA AVULU = COLÔNIA
KUXIMA = FOLHA DA COSTA (SAIÃO – MACAÇA – ORIRI)
KIXIRIXIMBA = ERVA DE SANTA MARIA
UNKABU-MUTANGI = BRIO DE ESTUDANTE
KINSANGA = LÁGRIMAS DE NOSSA SENHORA
MUXI-MINDÉLE = LARANJEIRA
IANGU DIEMBE = ERVA POMBINHA (QUEBRA PEDRA)
ANGÔ = SÃO JOÃO
MAJENDE = HORTELÃ
UANDANDA IA FUTA = VÉU DE MIMO
KAMUKETE = CAVALINHA
MAMA PUENA = MÃE BOA
JINSEBU KIAKALUNGA = MUSGO MARINHO
TULULU = TAPETE (BOLDO DO CHILE)
TAMBUKA = MANJERICÃO BRANCO
RIALU = FOLHA DA FORTUNA
MESU UA NZAMBI = OLHOS DE DEUS
AUÓTE OU MUJINHA = FOLHA DE ALGODÃO (ALGODOEIRO)
Macere todas as folhas com água de rio, nascente, cachoeira e chuva, coe e
separe o liquido do bagaço. O Liquido deve ser jogado dentro do pote de abo. O
bagaço deve ser fervido com 500 ml de Leite de cabra e água normal, juntamente
com raiz de Risumba avulu “Colônia”, favas de “Oxum”, Favas de “Oyá”, fava
de “Opelé” e três efun inteiros, noz moscadas e anis estrelado. Coloque um
pedaço generoso de raiz de KITULA = “LÍRIO CHEIROSO”.
Deixe ferver por um dia e uma noite, sempre acrescentando mais água, para isso
faça em um fogão a lenha com o fogo baixo. Após esse período, coe.
O bagaço deve ser escorrido e voltar ao fogo em uma panela seca, até se
transformar em um pó. Peneire esse pó para ficar bem fino, e coloque dentro de
uma cabaça. Essa cabaça deve ser selada e colocada no fundo do pote do abo
Menha. O liquido adquirido deve ir para o pote.
Jogue mel de abelha, até completar a boca do pote, aguarde durante sete dias até
poder usar o abo, nesse período, deve rezar as divindades da água e Ar o rezas o
N’gorozi para o abo.
MUKANGE UÁ MUKUÁ
- A MÁSCARA DO GUARDIÃO-
Cada pote de abo tem seu guardião, uma divindade que o guarda e projete, para
que as pessoas respeitem, zelem pelo abo e não utilizem de forma errada.
Esses guardiões foram escolhidos, quando perceberam que muitos inimigos
começaram a descobrir o poder do abo, e sorrateiramente colocava dentro dele
venenos ou matérias que poderiam afetar seu efeito sobre a pessoa que usa,
causando até Kizila N’kisi “Afastamento da divindade”.
Abo Manhinga = “Permissão de Sangue” – Guardião N’kisi Aluviá
Abo matubia = “Permissão de fogo” – Guardião N’kisi Bombo N’jila
Abo menha = “Permissão da água” – Guardião N’kisi Pambu N’jila
Por isso os potes ficam próximo aos assentamentos dessas divindades, que no
comum são assentadas diretamente no chão em um ambiente aberto. Mas mesmo
nessas condições devemos confeccionar e consagrar o Mukange uá Mukuá que
são as máscaras que detém o poder dessas divindades para proteger o pote.
De forma nenhuma, uma pessoa pode banhar se dos três abo ao mesmo tempo.
NI RISANGA N’KATENDE UÁ M’PAMZU
- POTE DE KATENDÊ & MIPAMZU -
N’KATENDE é a divindade das folhas e suas liturgias. Este N’kisi está ligado
com folhas, que só se encontra dentro das matas mais escuras, onde a luz do sol
não consegue entrar. É um grande curandeiro, pode fazer que uma folha traga
vida ou morte. Devido a isto, devemos cultuar de uma maneira segura e com
conhecimento. Muito ligado a Mutakalombo, pois atuam sobre o mesmo
território.
M’PAMZU é a divindade feminina que atua da mesma forma de N’Katende, a
única diferença é que está n’kisi encontra se sempre nas matas mais abertas, sua
ligação se da com as ervas frias e doces, ou seja, folhas leves que são usadas em
banhos de apaziguamento e limpeza. Detêm o poder da magia sobre as folhas,
mas para isso deverá ser cultuada junto a N’Katende.
Muitas casas e sacerdote atribuem o Abo a essas
divindades, por serem as divindades que liberam a
força das folhas. Mas vimos que o abo é resultado de
todos os J’ksis e N’katende e M’pamzu estão
relacionados a potes de abos diferentes
N’Katende é forte e sempre está auxiliando N’kosi e
Mutakalombo, divindade de duplo caráter, então
nitidamente está no Abo Manhinga – Sangue &
Guerra, Vida & Morte.
M’Pamzu é matriarca, curandeira e zeladora da
saúde e desenvolvimento das crianças. Hora mãe
hora avó. Logo está relacionada ao Abo Menha –
Água que cura, água da vida.
Mas devido essas faltas de informações, todos atribuíram um único pote de abo,
para suprir uma casa de culto com varias divindades de energias diferentes que
recebiam uma energia de uma única divindade, que na maior parte da vez é
N’katende. Existe sim um pote de barro que fica atrás do assentamento dessas
divindades, nesses potes são depositados, bagaços e restos de banhos e favas.
Mas esses potes não são usados como banho, é apenas uma força da própria
divindade. Se o banho é negativo então é no pote de N’katende, se é positivo
então é no pote de M’pamzu. É uma satisfação do uso da erva, invés de jogar
fora, depositamos ali, para que a divindade saiba que respeitamos seu poder e seu
sagrado. Esse sim é um pote que vai cheirar forte e ter bichos e larvas, pois há o
livre processo de decomposição, por isso deixamos esses potes metades
enterrados e a outra sem. Não confundam isso com o abo sagrado cheio do poder.
CONCLUSÃO
Sei que muitas lendas e tabus são criados entorno de algo que deve ser simples,
assim também aconteceu com o abo, que é de uso exclusivo do povo de Angola e
seu Candomblé Maravilhoso.
Fiz questão de trazer o máximo de informações que pude, pois, um material
desse nível não é fácil de elaborar de forma coerente e transmitido para um povo
tão tradicionalista que não conhecem a tradição que defendem.
Espero que tenham gostado, pois eu gostei, fiquei imaginado você e suas caretas
feitas ao ler esse material, deve ter ficado surpreso né? Bom meu amigo, essa foi
a intenção, agora com o conhecimento a mãos, lapide isso e pratique e põem a
prova. Tenho certeza que não irá se arrepender e N’Zamby o abençoara com
muito Hamba.
A Nação de Angola é a mais antiga e a mais diferente de todas as outras, muitos
segredos estão enterrados nas covas dos sacerdotes antigos, mas muita coisa
ainda se fala e pratica por aí, descubra essa angola tribal cheia de magia e
encantos e verá que a cultura Yorubá dos Orixás não é a única que tem
fundamentos.
Em caso de dúvidas, desbrave se na pesquisa e na busca do conhecimento e
resgate desse culto. Será um prazer saber que motivei isso em você, infelizmente
o numero de Terreiros e pessoas de culto a N’kisi diminui a cada dia, devido a
migração para cultos mais favoráveis, não vamos deixar isso acontecer, vamos
nos fortalecer e mostrar que a Angola é poderosa.
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