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APOSTILA

COMIDA DE ORIXÁ









PRATOS DOS ORIXÁS

- ABARÁ:
Um quilo de feijão fradinho Quatro
cebolas grandes
250 gramas de camarão seco defumado
Sal a gosto
Um pedaço de gengibre ralado
Uma xícara de chá de azeite – de – dendê
Camarões frescos (opcional) Folhas de
bananeira

Quebre o feijão e deixe de molho,
retirando a casca. Passe no moinho e
reserve o caldo que escorrer para dar liga
à massa. Acrescente a cebola ralada, o
camarão moído e o sal e bata a massa até
ficar bem
encorpada. Então coloque o camarão
fresco descascado, se desejar, o azeite, e
continue batendo. Enrole a massa em
quadradinhos de folha de bananeira
(passe a folha no fogo para amolecer) e
dobre bem para não vazar. Cozinhe em
banho-maria,

mas cubra antes com um pano úmido. O
abará deve ser oferecido a Obá com
pedidos de sorte o amor e vitória na vida
pessoal. É talvez a comida mais saborosa
do candomblé, vale a pena experimentar.



Abadô
Abadô é um nome comum a dois tipos de
comidas rituais votivas,

feitas de farinha de milho, ou amendoim,
previamente torrados, passado no
moinho, misturado com farinha de
mandioca, sal e açucar, também
chamado de fubá de milho ou fubá de
amendoim pelo povo de santo. Esta
comida ritual é oferecida à vários orixas,
principalmente a Obaluaye, oxumare e
nanã, indispensável no ritual de olubajé.
A mesma mistura
acrescida de mel de abelha é muito
apreciada pelo orixá oxum.





ABERÉM
Aberém é prato típico da cozinha da
Bahia, bolinho de origem afro- brasileira,
feito de milho ou arroz moído na pedra,
macerado em água, salgado e cozido em
folhas de bananeira secas. No
candomblé, é utilizada como comida-de-
santo, sendo oferecida a Omulu e
Oxumaré.


ABALÁ
Abalá é um nome comum a dois tipos de
comidas rituais votivas, inerentes aos
orixás obá, xango e Yewá, quando feita
de massa de milho verde, ou da massa de
carimã votiva ao orixá nanã. Este
alimento ritual é muito apreciado pelo
povo do santo e pela maioria dos
nordestinos e chamado

popularmente de pamonha de milho
verde e pamonha de carimã.
Embora a palavra abalá seja descrito no
dicionário Aurélio como o mesmo que
abará, todavia pela primeira vez Raul
Lody refere-se a esta iguaria feita com
massa de milho verde.
Abalá de milho O milho verde é ralado e
à massa resultante é misturada ao leite
de coco com parte do bagaço, sal e
açúcar. Esta massa é colocada em "palha"
da própria casca do milho, atados nas

extremidades. As pamonhas são
submetidas a cozimento submersas em
água fervente por um período de 15
minutos.
Abalá de carimã O aipim previamente
descascado é submergido por um
período de quatro dias para obter uma
massa chamada de carimã, misturada ao
leite de coco com parte do bagaço, sal e
açúcar. Esta massa é colocada em "palha
de aguedé" (bananeira), atados nas
extremidades. As

pamonhas são submetidas a cozimento
submersas em água fervente por um
período de 25 minutos.




ABRAZO:Bolinho da culinária afro-
brasileira, feito de farinha de milho ou de
mandioca, apimentado, frito em azeite-
de-dendê.
- AXOXÔ:

Axoxô Axoxô ou Oxoxô é como é
conhecida a comida ritual dos Orixás
Oxóssi e Ogum no candomblé e
umbanda, que consiste em milho
vermelho cozido. Quando oferendado
pra o orixa ogum é refogado com cebola
ralada, camarão seco defumado, sal e
azeite de dendê. Quando oferendado
para orixá oxóssi o milho cozido é
misturado com melaço (Mel de cana de
açúcar), não confundir com mel

de abelha que é o grande ewo deste
orixá, enfeitado

com fatias de coco sem casca.
Nota. Esta mesma oferenda pode ser
consagrado à Olokun.
Milho vermelho Fatias de côco
Escolha e cozinhe bem o milho
vermelho (de galinha), escorra e coloque
em um alguidar. Enfeite com as fatias de
coco. Ofereça a Oxóssi

com os pedidos de prosperidade e
fartura.
- BATETÉ:
Feijão fradinho Uma pitada de sal
Escolha e lave o feijão. Torre em uma
caçarola, acrescentando uma pitada de
sal para batizar. Ofereça a Oxóssi,
jogando no telhado e no quintal de casa,
com pedidos de fartura, prosperidade e
dinheiro. Pode ser jogado na copa de
uma árvore.
- CARURU:

O caruru, servido no rigor dos terreiros, é
acompanhado de preceitos que viram
ações propiciatórias das divindades
gêmeas que, são filhos de Xangô com
Iansã ou de Xangô com Oxum. O caruru é
colocado sobre a esteira. As crianças são
convidadas a comer do caruru, e todos,
ao mesmo tempo. Ritual
que rememoriza fartura, ancestralidade e
vida sagrada. Consiste de quiabos
cortado bem

miúdo, azeite de dendê, cebolas raladas,
camarões secos
(alguns moídos), castanhas e amendoins
torrados e moídos, sal, gengibre ralada.
Cem quiabos Quatro cebolas grandes
raladas Gengibre ralado
Sal a gosto
250 g de castanha de caju 250 g de
amendoim
300 g de camarão seco Azeite de dendê
Sete quiabos inteiros

Corte os quiabos em cruz e refogue em
azeite de dendê com cebola e gengibre
(coloque também quiabos inteiros).
Acrescente um pouco de

água e deixe cozinhar. Então, acrescente
o camarão ( um pouco em pó e alguns
inteiros) e junte também amendoim e a
castanha triturados ou batidos no
liquidificador. Mexa sempre com a colher
de pau. Dê uma correção de sal e deixe
apurar. O caruru deve ser

servido nas grandes festas de Ibeji, como
forma de pagar promessas e agradecer as
graças alcançadas. Os pais de gêmeos
devem oferecê-lo todos os anos. Quem
for premiado com um quiabo inteiro no
prato deve ajudar no Caruru do ano
seguinte.
- COMIDA DE EGUN:
Meio quilo de farinha de mandioca Um
litro de água
Dissolva a farinha na água e leve ao fogo,
mexendo sempre, até adquirir a
consistência de um mingau.

Coloque em uma tigela branca e deixe
esfriar, ofereça a Babá – egun com
pedido de vida, saúde e prosperidade.
- COMIDA DE EWÁ:
Pedaços de coco cozido (cortados em
cubos) Feijão fradinho refogado Feijão
preto refogado
Batata doce cozida e picada
Milho de galinha cozido Banana da terra
fita em cubos Camarão seco Os
ingredientes devem ser preparados
separadamente em

pequenas porções, depois misturados em
um alguidar. Ofereça a Ewá com os
pedidos de felicidade e progresso.
- COMIDA DE IYÁ – MI:
Um quilo de inhame Mel
Azeite de dendê
Descasque e cozinhe o inhame, pise- o o
pilão até obter uma massa que deve ser
dividida em duas porções. A primeira é
temperada com mel, a outra, com azeite.
Faça duas bolas e

coloque em um prato branco, cada uma
de um lado. Ofereça às Iyá – mi, aos pés
de uma árvore bem frondosa,
diretamente na terra. A comida aplaca a
ira das grandes mães e afasta doenças do
aparelho reprodutor feminino, trazendo
fertilidade. - COMIDA DE LOGUNEDÉ
Meio quilo de milho de galinha cozido
Meio quilo de feijão fradinho cozido

Azeite de dendê

Um bagre
Pó de camarão seco Sal a gosto
Três cebolas grandes raladas Folhas de
bananeira
Refogue o feijão no azeite com o pó de
camarão e a cebola. Coloque o milho
cozido de um lado do alguidar e o feijão
de outro. O peixe deve ser temperado
com dendê, cebola e pó de camarão e
assado em forma forrada com folha de
bananeira.
Coloca-se o peixe sobre a comida,

entre o feijão e o milho. Ofereça a
Logunedé com os pedidos de sorte no
amor e poder de sedução.
- EBÔ:
Milho ou canjica branca Água Cozinhe
bem o milho e escorra a água. Coloque
em uma tigela branca e deixe esfriar
bem. Ofereça a Oxalá com os pedidos de
paz, harmonia, saúde, felicidade e
prosperidade.
Nota: há quem coloque, ainda, mel e
cubra a vasilha com algodão, dado que
Oxalá não gosta de sua

comida descoberta, nem quente. Nunca é
demais lembrar que Oxalá não gosta de
azeite de dendê.
Somente se usa azeite de oliva em
algumas de suas comidas.
.
- EKURU:
Basta seguir a receita do Abará, mas sem
adicionar à massa azeite de dendê. Pode
ser oferecida à Iansã, aos orixás funfun
(orixás que têm ligação com Oxalá:
Oxaguian, Oxalufã, Efum etc) e a Babá-
egun.

Ekuru é uma comida ritual. A massa é
preparada da mesma forma que a massa
do acarajé, feijão fradinho sem casca
triturado, envolto em folhas de bananeira
como o acaçá e cozido no vapor.

Efó - Nanã é a deusa dos mistérios, sua
origem é simultânea à criação do mundo,
pois quando Odudua (Deus das águas
salgadas) separou a água parada que já
existia, libertou do

“saco da criação" a terra, no ponto de
contato desses dois
elementos formou-se a lama nos
pântanos, local onde se encontram os
maiores segredos de Nanã.
Senhora de muitas conchas Nanã
sintetiza a morte. As grandes mulheres
do Candomblé se reverenciam a esse
orixá por toda trajetória de suas vidas,
fazendo com que o tempo de sua
existência se estenda. Aos sábados no
cair da noite sempre iam ao mangue

oferecer uma comida chamada Andaré.
Trata- se de um vatapá de feijão
fradinho, sem adição de dendê. O ritual
não aparece no momento de oferecer a
comida, mas no momento de prepará-la,
pois aí se sente sua presença. Aprecia
também o acaçá dissolvido em água de
mel, o omitorô(água do cozimento da
canjica com mel), Efô é uma comida ritual
e da culinária baiana , pode ser feita com
folha de mostarda ou da folha chamada
língua de vaca .

Primeiro, aferventa-se a língua-de- vaca,
escorre-se na peneira, estende- se na
tábua e bate-se bem com a faca, até ficar
informe. Enxuga-se e estende-se na
peneira para secar toda a água.
Cozinha-se no azeite-de-dendê
puro, temperado com todo o resto. E a
panela fica tampada, para suar.
Come-se com arroz.
- ERAN PETERÉ: COMIDA PARA ODÉ ou
OSHÓSSI

Erã peterê, eran peterê ou simplesmente
peteran como é comumente chamado
pelo povo de santo é o nome da comida
ritual votiva, pertinente á vários rituais e
orixás da cultura afro brasileira
denominado de candomblé.
Preparado com carne fresca de
preferência dos rituais de
sacrifícios, sal e rapidamente frita no
azeite de dendê, em caso do orixá ser
funfun, deve-se substituir o sal pela
cebola e o dendê por azeite

doce e oferecido ao orixá regente da
obrigação, independente do ixé.
A mesma comida ritual recheada de
camarão defumado, chamado
popularmente xinxin ou moqueca de
carne é servida normalmente aos
adeptos do candomblé nas festas de
barracão, sendo uma comida votiva ao
orixá Akeran (oxossi) por ter ligação ao
eran (carne).
Bofe (pulmão) Fígado Tripas (intestino)
Rim

Passarinha (baço) Bucho (estômago)
Camarão defumado Cebola ralada Sal a
gosto
Azeite – de – dendê Folha de mamona
Afervente todos os miúdos do boi e pique
como se fosse fazer um sarapatel. Então
refogue com os outros ingredientes. Faça
trouxinhas com as folhas de mamona e
ofereça em um alguidar aos pés de
Oxóssi ou leve a uma mata.
- SETE ABARÁS:

Retire os abarás das folhas e desmanche-
os com as mãos. Coloque em um alguidar
e ofereça a Exu, agradecendo pelos
pedidos anteriores.
Quando for comida de ritual, coloca- se
um pouco de pó de camarão, e, quando
fizer parte da culinária baiana, colocam-
se camarões secos previamente
escaldados para tirar o sal, que podem
ser moído junto com o feijão, além de
alguns
inteiros.

• Essa massa deve ser envolvida em
pequenos pedaços de folha de bananeira,
semelhante ao processo usado para fazer
o acaçá, e deve ser cozido no vapor em
banho-maria.

É servido na própria folha.

- INHAME PILADO:
Um quilo de inhame
Um fio de azeite de oliva (azeite doce)
Wáji (índico)

Cozinhe o inhame descascado e cortado
em rodelas. Pise com a mão- de-pilão,
acrescentando um fio de azeite de oliva,
até obter um purê.
Separe duas porções e faça duas bolas.
Coloque
uma sobre a outra em
um prato branco e faça pintinhas com o
wáji (dissolvido em algumas gotas de
água). Ofereça a Oxaguiã com os pedidos
de paz e harmonia e vitória em batalhas
pessoais.

Inhame, azeite de dendê, cebola raladas,
camarão sêco e defumado, gengibre
ralado, camarões frescos inteiros e
cozidos para
enfeitar e sal.
Também oferecido ao Orixá Oxaguian,
substituindo o dendê por azeite doce na
festa do Pilão.
Preparo:
Tirar a casca do inhame e cortar em
pedaços pequenos, cozinhar ao ponto de
amassar com um garfo, colocar os
temperos e um

pouquinho de sal e bater com uma colher
de pau até ficar no ponto de um purê.
Colocar em uma tigela e enfeitar com os
camarões inteiros.
• Abara ti Oxum Material necessário: 2
kg de feijão fradinho, 500ml de azeite de
dendê, 4 cebolas g raladas ou
trituradas,300 g de camarão seco
triturado ou pilado,3 folhas de
bananeiras retirada do caule e queimada
no fogo no sentido de murchar ,cortadas
em pedaços o

suficiente para enrolar a massa
.(aconselho as pessoas que peça a
alguém com experiência para ensinar ou
enrolar a folha.)
Modo de fazer:
IPETÉ
Oxum – Dona da fecundidade e das àguas
doces

Quebra e lavar o feijão para separa- lo da
película ou deixar de molho algumas
horas e descascar um a um se a
quantidade for pouca, depois

triturar o feijão juntamente com as
cebolas já raladas ou trituradas e o
camarão triturado e misturado na massa
ou juntamente com o dendê o suficiente
pata dar sabor e dar liga a maça .Depois
enrolar a massa as poucos nas folhas em
forma de triângulos que assim se torna
um recipiente em forma de cone
dobrando as pontas para dentro para
flechar o cone ,cozinhando assim em
vapor ou em banho Maria

.Depois de seca a maça estará pronta.
CANJICA
Deixe de molho 1⁄2 quilo de canjica. A
seguir escorra a água, ponha outra e leve
a canjica a cozinhar em fogo brando até
que os grãos fiquem moles (verifique
apertando os grãos entre os dedos).
Acrescente então, 1 litro de leite, 1
colher de manteiga e pedaços de canela
em pau. Deixe ferver para engrossar.
Junte depois 1

garrafinha de leite de coco. Deixe ferver
novamente e sirva.
LELÊ
Lelê iguaria africana, doce feito com
quirela de milho vermelho, coco ralado,
açúcar e leite de coco.
Oferecido aos Orixás Oba e Ewa.
MANJAR BRANCO INGREDIENTES
1 lata de leite condensado 1 lata de
leite de coco
2 latas de leite de vaca
3 colheres de sopa de maizena




PREPARO
Misture tudo e leve ao fogo mexendo
sempre até ver o fundo da panela. Forme
um mingau firme.
Despeje num prato pirex, molhado e
faça uma calda de ameixas e coloque por
cima do manjar. Sirva gelado.
- MANJAR:
Farinha de ebó (receita de acaçá) Um
litro de leite de coco
Açúcar a gosto
Pitada de sal

Misture todos os ingredientes e leve ao
fogo brando, sempre mexendo com a
colher de pau, até o ponto de mingau.
Coloque em uma forma sem buraco.
Desenforme em um prato branco.
Ofereça a Iemanjá, pedindo equilíbrio
psicológico e clareza de pensamentos.
MUNGUNZÁ
Mungunzá, mugunzá, ou mucunzá como
é chamado pelo povo do santo é o nome
da comida ritual votiva, pertinente aos
orixás oxalá,

oxaguian, oxalufan e o ikise
lembarenganga, tanto no candomblé
como na umbanda. (De mucunzá, do
quimb. mu’kunza, ‘milho cozido’)
Alimento ritual feita de grãos de milho
(geralmente branco), cozidos em água
sem sal e com açúcar, algumas vezes com
leite de coco e de gado, com pequena
quantidade de "água de flor de
laranjeira", servido aos adeptos com
bastante caldo e aos orixás bem
compactada em forma de ebô.

BOLO DE FUBÁ INGREDIENTES
1 xícara (de chá) de fubá.
1 xícara (de chá) de farinha de trigo. 1
xícara (de chá) de açúcar.
1 xícara (de chá) de leite.
4 colheres (de sopa) de banha ou
manteiga.

1 1⁄2 (uma e meia) colher (de sopa) de
pó Royal. 1⁄2 (meia) colher (de chá) de
sal.
2 ovos.

Canela em pó a gosto. PREPARO
Esquentar o forno.
Peneirar e medir os ingredientes secos.
Peneirar juntos esses ingredientes.
Misturar em outra vasilha os ingredientes
líquidos: ovos ligeiramente batidos, leite
e gordura derretida.
Acrescentar, aos poucos, os ingredientes
líquidos aos secos,

misturando bem até a massa ficar
homogênea.
Despejar em forma ou tabuleiro untado
com banha ou manteiga. Assar em forno
quente.
Passar canela com açúcar refinado
sobre a superfície do bolo ainda quente.
Desenformar depois de frio.
*** Sirva o bolo com café forte e
sem açúcar para os pretos-velhos
***
- OMI – TORÓ:
Água do cozimento da canjica ou

Acaçás dissolvidos em água Mel
(opcional)
Separe a água do cozimento da canjica
(acrescente mais água se estiver muito
espessa), ou dissolva alguns acaçás na
água, até obter um líquido pastoso.
Acrescente um fio de mel. Pode ser
oferecido a Babá – Egun e aos orixás
funfun na mesa do bori.
Aluá
Bebida refrigerante feita de milho, de
arroz ou de casca de abacaxi

fermentados com açúcar ou rapadura,
usada tradicionalmente como oferenda
aos orixás nas festas populares de origem
africana. Aluá, bebida de Oxóssi ..Logum
Edé também aceita.
Pega-se uma vasilha grande e nela
coloca uma boa quantidade de água p
ferver. Põe dentro uma porção de milho,
de arroz e cascas de abacaxi. Deixa
fermentar

p alguns dias. Alguns colocam rapadura
dentro p dar um gosto mais aceitável.
Depois de 3 dias de fermentação, coa-se
serve-se ao Orixá. Alguns servem esta
bebida em coités, outros preferem beber
Aluá na quenga de coco.
VARIEDADES
EXÚ - Farofa - Dendê e Pinga. OGUN -
Feijão Preto com Cebola ( macundê ).
OXOSSI - Milho com Coco.

OSSAIN - Feijão Preto com Mel e Coco.
OBALUAIÊ - Pipocas. XANGÔ - Quiabo
(Ajebó). OXUMARÊ - Batata Doce ou
Amendoim Cozido com Casca e Mel.
OXUN - Ovos Cozidos, Camarões, Milho e
Coco.
IANSÃ - Acarajés.
NANÃ - Folha de Mostarda com Arroz.
OBÁ - Divide com Xangô o Quiabo (
Amalá ).

EWÁ - Frutas.
IROCO - Verduras e Cebola. IEMANJÁ -
Arroz com Mel e Manjar Branco.
OXALÁ - Arroz Branco - Inhame
Pilado e Cozido. COMIDA PARA EXU
Material Necessário: Farinha Azeite- de-
Dendê Mel de
Abelha Milho Branco Fígado, Coração e
Bofe de Boi
Cebola Camarão Seco Socado Um
Oberó Maneira de Preparar:

Mi-Ami-Mi : É a farofa amarela ( farinha
misturada com Azeite-de- Dendê ). Padê
Branco : É a farofa de Mel ( farinha de
mandioca misturada com mel de Abelha
).
Acaçá Branco: O acaçá feito de milho
branco de canjica, moído e enrolado na
folha da bananeira depois de cozido.
Eram: Fígado, coração e bofe de boi,
cortados em pedaços miúdos, misturados
com Azeite-de-Dendê,

camarão seco socado e cebolas cortadas
em rodelas, num Oberó. COMIDA PARA
OSANYIN
Material Necessário: Batata-doce Cebola
Azeite-de-Dendê
1 Oberó Maneira de Fazer:

Cozinha-se a batata-doce só em água.
Depois, descasca-se e amassa- se feito
purê. Ai, mistura-se num refogado de
cebola ralada com Azeite-de-Dendê, e
coloca-se tudo num Oberó.

COMIDA PARA OBÁ
Material Necessário: Feijão Fradinho
Cebola Camarão Seco
Socado Azeite-de-Dendê Farinha de
Mandioca 01 Oberó Maneira de Fazer:
Cozinha-se o feijão em água. Depois,
mistura-se num refogado de cebola
raladas, camarão seco socado, Azeite-de-
Dendê e água. por cima, adiciona-se
farinha de mandioca, fazendo um pirão e
coloca-se num Oberó.

Nota: Conta-se que Obá é a dona do
amor e quando se quer solucionar uma
questão de amor, oferece-se uma comida
desta na beira do lago, com muitas velas
e flores.
COMIDA DE CABOCLO
Material Necessário: Alface Farinha de
Mandioca Mel de
Abelha Azeite de Oliva Carne Crua 01
Travessa de Barro Maneira de Fazer: Faz-
se uma salada de alface, com uma farofa
d'água ou de mel, carne crua e azeite de
oliva por cima,

coloca-se tudo numa travessa de barro.
OUTRA COMIDAS
Abóbora moranga, assada na brasa, com
mel de abelha. Aipim ou mandioca,
assado na brasa, com mel de abelha. Ebô
( canjica ) com fumo de rolo desfiado e
coco. Mingau de milho vermelho com
coco e fumo de rolo. Milho vermelho
com côco e fumo de rolo desfiado.
Amendoim cozido em água, com mel de
abelhas. Vinho branco, moscatel e
cachaça.

ABADOSUN
07 ou 09 espigas de milho verde assado
Melado de cana
Pó de anis-estrelado Preparo
Após assar as espigas coloque em uma
cabaça de ponta para baixo se for para
Iyàgbà, ou emuma gamela com as pontas
para cima se for para Gbòrò, derrame
melado de cana por cima detodas as
espigas e polvilhe com pó de anis.Sirva a
qualquer òrìsá

caçador.Ex. Ògún 2 Erinlè 2 Òtyìn 2
Oyà 2 Yòbá 2 Iyewá 2

Òbàlúwàiyé)
O7 espigas de milho verde MEL Azeite
2de -Dendê
AADÙN
Preparo
Ralar as espigas colocar numa cabaça
acrescentar mel e azeite-de-
dendê.Misturando tudo até ficar com
uma consistência grossa.
ABADO ERAN

1kg de milho vermelho torrado 1kg de
milho vermelho cru
21 pedaços pequeno de carne de boi ou
de caça Azeite de Dendê
Preparo
Após torrar o milho ponha em uma
gamela acrescentando os pedaços de
carne, misture tudo e regue com
bastante azeite de dendê. Em seguida
ofereça à Ògún acompanhado de Gin ou
Uísque.Esta comida só deve ser oferecida
ao òrìsá Ògún na rua, com a finalidade

de destruir as energias negativas
matando as dificuldades da vida pelo fato
do milho esta torrado não brotando mais.
O que logo depois deverá oferecer à
Ògún na volta para casa o milho cru
passar sobre a cabeça deixando cair
diretamente no chão e jogando água por
cima dos milhos com a finalidade de
brota todas as coisas boas e dinheiro no
caminho.ÀBALÁ
Arroz branco L eite de cabra Açúcar (Bola
de arroz doce)




Erva doce
Pó de anis-estrelado Preparo
Cozinhar o arroz com açúcar em fogo
médio. Depois de bem cozido acrescente
o leite, erva doce e anis - estrelado,
batendo bem com a colher de pau, até
virar uma papa deixando ferver mais um
pouco até obter uma pasta. Retire do
fogo deixe esfriar e faça bolas.

Esta comida só não e oferecida a Ògún e
Èsú.
ABARÀ
(L iteralmenteo que fazaceitar
repentinamente) Massa deAkarajé crua
Cebola ralada Camarão seco Azeite de
Dendê
Atàré (pimenta da costa) Folha de
bananeira (assada Preparo

Prepara a massa de feijão idêntica a do
akarajé, acrescente atàré debulhada,
cebola ralada,camarão e dendê. Coloque
um pouco na folha de bananeira,
embrulhando em forma detrouxinhas.
Cozinhe em vapor.
*Abarà é oferecido à Orí, Èsú, Ìyàmi-
Òsòróga, ogun, Oyà, Yòbá, Egùngún,
Òmólú .
Farinha de mandioca 1⁄2 kg de banana
ouro
ÀKÀRA OKUN




Açúcar
7 ovos cru
Pó de anis-estrelado Preparo
Misture a farinha com a banana
amassada, açúcar, anis-estrelado e os
ovos misture bem, depoisvá
acrescentando água morna batendo bem
até obter uma massa leve com boa liga,
forme bolascom as mãos.Esta comida è
exclusivamente oferecida a
Ògún.Obs.Apessoa que

for fazer está comida deve ter uma pena
de coruja em seu peito deixando amostra
entre seu
Asó-Àiya. ÀKÀRÀ-EJÀ
Massa de akarajé (temperada com
camarão e cebola) Peixe Bagre defumado
e de salgado desfiado Azeite-de-Dendê
Preparo
Bata a massa para akarajé e misture o
peixe desfiado.

Frite no azeite-de-dendê.Está comida è
oferecida para Ògún, Òsún, Iyewá, Erinlè,
Òtyìn, Yòbá, Ibeji e Òbàlúwàiyé.
ÀKÀRÀFUN
Prepara uma massa com feijão branco
semelhante à massa de. Akaraje
Cebola ralada
Camarão moído
Sal a gosto (exceto para Òòrisànlà-
Òbátálà) Óleo de girassol
Preparo




Coloque a massa numa bacia e
acrescente a cebola ralada e o camarão
bater ate obter a massa homogênea
deixe-a descansar por 03:00h e Frite no
óleo de girassol.Esta comida é oferecida a
Òsún, Òòrisànlà-Òbátálà, Oyà, Iyewá,
Iyémowo e Òmólú.
3 inhames do norte grande. Camarão
moído
Sal
Cebola ralada

Cebolinha verde e picada Pó de louro
Azeite-de-dendê
Farinha de milho Melado de cana Pó de
Òsún
Pó de anis-estrelado Água
ÀKARÀOGÙN
Preparo
Cozinhe os inhames, descasque-os após o
cozimento e amasse-os bem, fazendo
uma espécie depurê duro.Acrescente
todos os ingredientes faça bolo e frite no
azeite-de-dendê.Arrume numcesto

de palha enfeitando com folhas de Igi-
òpé.Ao oferecer a Ògún acrescente grãos
de atàré.Obs. A mulher quando for
prepara esta comida deve antes passar
pó de carvão sobre as pálpebras dos
olhos. ÀKÀRÀLÀ
Amesma massa de akarajé acrescentando
quiabo picado e frito no azeite-de-
dendê.
AKÀRÁ-IPAKÀ

Preparo

Coloque numa bacia uma boa quantidade
de milharina, acrescente melado à gosto,
os pós de anis e Òsún e a água, misture
bem.Faça trouxas com folhas de
bananeira e amare com palha da costa e
cozinhe no vapor.Esta comida e oferecida
a Iyewá, Òbàlúwàiyé e Òmólú ÀRÀRÀKUU
Massa de feijão preto amassado sem
caldo. Água Cebola ralada Camarão
moído

3 fava de atàré moído- lelekun moído 2
pimenta do reino branca moída Sal
Azeite-de-Dendê Preparo
Coloque o feijão amassado numa bacia e
misture todos os ingredientes e logo após
frite no azeite-de-dendê.Arrume numa
gamela e ofereça ao òrìsá com um facão
virgem em cima.Obs.Oferenda dada a
Òrìsás associados à guerra.
Um vasilhame de barro Banana ouro

Banana D·terra Banana D·água Melão
ÀKOSO (oferenda de frutas)

Mamão Uva Graviola Maça
16 ramos de trigo 01 ekó Dois orógbó
Dois obí·s abata Açúcar
Pó de anis-estrelado Preparo

No fundo do vasilhame colocar um ekó
enrolado em folha um pouco de barro
úmido, cobrindo este barro com açúcar e
anis, por obí e orógbó abertos e arrumar
todas as frutas cobrindo tudo esalpicar
água encima das frutas em seguida
polvilhar com bastante açúcar
cristal.Oferecer a Ògún, Òbàlúwàiyé,
Erinlè, Òsún e Orí.
AMALÁ
(chamado também de Amo-ilà)

Farinha de mandioca 2 molhe de hortelã
Folhas de hortelã pimenta Camarão seco
Uma boa quantidade de quiabo
azeite de dende

Preparo
Faça um pirão bem grosso, depois de
pronto por numa gamela. Refogue a
cebola, as hortelãs e ocamarão quando
tiver bem refogado no azeite de dendê
acrescente o quiabo e

deixe cozinhar emfogo baixo, quando
tiver quase seco coloque o Kan e mexa
um pouco e despeje em cima do pirão.
APAÌBI
(Mata a negatividade)
Farofa de milharina com pedaço de peixe
bagre defumado 07 ovos de pata cozido
Azeite de dendê
Sal
Um casco de tartaruga Preparo

Dentro do casco de tartaruga arruma-se a
farofa e os 07 ovos de pata untar com
azeite de dendê.
Bagre defumado Ovos de pata Banana
d·água
APABURU ou APAKU (O que mata o mal)
Preparo
Pegue o bagre, rale fazendo uma farinha
misture os ovos cozido e esmigalhado,

bananacortadaem rodela misturando
tudo fazendo uma farofa. Divida em dois
vasilhames colocando em umagamela e
uma cabaça.Obs. Esta comida tem á
finalidade de amaciar afastar à morte de
uma criança e atrairprosperidade,
somente ofertada à Ibeji diante do
assentamento de Èsú ou Òbàlúwàiyé,
como também Onilé enterrando-a.
Inhame do norte Atàré Sal

Azeite de dendê BATÊTÊ
Preparo
Pegue três inhames - do- norte cru e
corte em pedaço misture azeite de
dendê, atàré e sal.Coloque numa gamela
e ofereça à Èsú ou Ògún. Na finalidade de
pedir prosperidade.
Inhame do norte Azeite de dendê Sal
DÚNDU
Preparo

Descasque o inhame e corte em rodelas
finas. E frite no azeite de dendê.Oferecer
a Ògún ou Èsú.
ÈBA-OBEJÀ (para dinheiro) Azeite de
dendê

Cebola ralada Camarão seco ou fresco
Cheiro verde
Posta de peixes
Amido de milho Búzios
Duas ou três rabadas de boi Cebola
ralada

1 fava de atàré moída Azeite de dendê
3 colheres de urucum em pó Hortelã de
horta
9 orógbó de cabeça cortada Um
pirão de água Preparo
Faça um refogado com azeite de dendê,
camarão, cebola e atàré, quando estiver
bem refogado acrescente água e arrume
as postas e cheiro verde. Após o
cozimento arrume no vasilhame. Coma
água

que sobrou na panela acrescente um
pouco de amido de milho e faça um
creme, após pronto regue em cima das
postas e espalhe búzios por cima de tudo.
Oferecer aos ancestrais.
ÈBABERU
(pirão de farinha de mandioca com
molho de rabada)
Preparo
Faça um refogue as rabadas com cebola,
atàré, azeite de dendê e o urucum e
deixe cozinhar,quando estiver pronto
acrescente a hortelã e

ponha em cima do pirão. Na hora de
oferecercoloque os orógbó.Obs.Este tipo
de Èba é somente

oferecido à Sàngó
e Egùngún, isto porque, o rabo do boi
comode qualquer outro animal está
relacionado aos antepassados, associado
ao fim, a morte, ou seja,o extermínio de
algo ruim, o que possibilita o recomeço
de coisa boas, representando na
oferendade rabo do boi relacionada ao
Odù Òyèkú

(Morrer e renascer). Se o òrìsá Eegun e os
Egùngún estão associados naturalmente
a morte (Ikú), Sàngónão foge a este
contexto, por ele ser o òrìsáque mata
violentamente através do raio o que
expressa sua relação com Ikú.
Canjica branca
Òri Azeite de dendê EGBO
Preparo
Canjica cozida misturada com òri. Na
hora de oferecer após saudar

Òòrisànlà- Òbátálà,colocarumas gotas de
azeite de dendê no centro da canjica e
saudar Ìyàmi. Esta oferenda tem a
únicafinalidade de atrair felicidade,
alegria, contentamento e satisfação.
Canjica vermelha cozida Pó de osun
Azeite de dendê EGBOYAAN
Preparo
Canjica após cozida misturada com osun
e azeite de dendê. Oferecer a qualquer
Iyágba

07 ovos de galinha
07 ovos de galinha D·angola 07 ovos de
pata
EYINSUN

preparo
Cozinhar todos os ovos descascar e
esmigalhar um a um, numa travessa de
barro e polvilhar um pouco de pó de
manjericão e oferecer a qualquer Iyágba
na finalidade de expurgar doenças.

Ewé lapita. (folha de mostrada) Ewé
òyìnbò (folha de bertalha) Ewé Bala
(folha de taioba) Camarão seco Cebola
ralada
1 fava de atàré debulhada Amendoim
cru e moído Gengibre ralado
07 ovos cozido (de galinha) Azeite dendê
sal ÈFÓ
Preparo

Refogue o azeite de dendê com camarão
cebola e gengibre. Quando estiver bem
refogadoacrescente as folhas e o
amendoim o atàré e sal.
Vá mexendo até virar uma massa.
Coloque num vasilhame e enfeite com os
ovos cozido.Oferecer a Òsònyin
.ÈFÓ Para ÌyàmiÒsòróngà
Èf óOyìnbò Folhas de bertalhas refogada
com azeite de dendê, cebola e camarão.
Para Oyà Èfó Wèmó

Folhas de couve refogada com azeite de
dendê, cebola e camarão.

Para Yòbá Efó Bala F olhas de taioba
refogada com azeite de dendê, cebola
camarão e atàré.
Para orisalá Efó Ebúre Folhas de bredo,
língua de vaca e beldroega- grande,
refogue com ori, cebola e pimenta do
reino branca. Ofereça coberto por efun.
Para Òbàlúwàiyé Efó latipa

Folhas de mostrada refogada com azeite
de dendê, cebola ralada e camarão.
EGEYAN
Aipim
Azeite de dendê Cozinhe e frite a
mandioca no azeite de dendê.
Ofereça à Òbàlúwàiyé e Òsònyin na
finalidade depedir subsistência
EJA-SISUN
(Peixe frito ou defumado) Èsú
Bagre de fumado ou bacalhau seco e
salgado com bastante azeite de

dendê, colocar por cima pirão de farinha
e cobri com búzios.
Yòbá
Tainha ou bagre em posta frita no azeite
de dendê.Obs. (A Yòbá não se oferece
peixe ou outra comida ensopado)
Òsún
2 trilha ou bagre sem pele, frita no
azeite de dendê, cobri com pó de osun e
búzios.
ELÚBO

(Aqui no Brasil chamado de pade, o que
na verdade é um ritual e não comida).
ELÚBO

Farinha de mandioca misturada com
outras especiarias.
Para Òòrisànlà-Òbátálà ou Iyémowo
misture efun e òri e faça uma farofa bem
umedecida.
Para Ibeji misture pó de osun e banana
D·água amassada ou peixe bagre seco.
Para Òbàlúwàiyé misture

rodelas de banana da terra e póde osun.
Para Ògún misture azeite de dendê e pó
de carvão
Para Sàngó e Oyà misture mel e pó
de osun. Para Egùngún misture mel ate
ficar bem umedecida.
Para Òsún
misture gema de ovo cozida esmigalhada,
melado de cana, erva doce e pó de anis
estrelado. Todos esses tipos de elubo são
ofertados à

Èsú no pé do Òrìsá para que ele os
entregue.
(Miúdos cru) Coração de boi Rins
Fígado
Bofe
Azeite de dendê Atàré Mel
L elekun Orógbó
EELO

Preparo

Pegue todos os miúdos dos animais
sacrificados, ponha tudo numa gamela
regue com bastante azeite de dendê
acrescente atàré, mel, lelekun e orógbós
partido ao meio.Esta comida é somente
ofertada à Ìyàmi-Òsòróngà diante do
assentamento do òrìsá que foi feito o
sacrifício.
Farinha de mandioca Água
Uma gamela FESELÚ
Preparo

Misture a farinha com água batendo bem
até obter um pirão cru, deixe inchar e
coloque numa gamela.Esta comida é
oferecida a Egùngún e sua casa ou na rua
antes de qualquer grande ritual.
GBEGÌRÌ(Beguirí)
Feijão fradinho descascado 2 litros Azeite
de dendê Cebola
Camarão fresco
Atàré moído pó de lelekun Pimenta
malagueta seca em pó

Folhas de hortelã de horta seca em pó
Preparo
Cozinhe o feijão fradinho não deixando
muito mole. Faça um refogado com os
ingredientes acima e misture com o
feijão fazendo uma sopa. Obs. Esta sopa
de feijão de vê ser preparada somente
com azeite de dendê e abafada sem
adição de água, depois de pronta coloque
em uma gamela e ofereça à Sàngó ainda
quente.

Gbegìrì(beguirí)

Literalmente ́o que amolece ou acalma
rapidamente esta sopa apimentada é
somente ofertada a Sàngó e Oyà na
finalidade de acalmar uma situação de
traição, ruptura de amizade ou manter o
controle de uma situação incomoda.
Todas as comidas ofertadas a Sàngó
devem ser entregues bem quentes
fumegando devido a suacondição natural
(Quente), isto porque um de

seus Ewo é comida ou qualquer coisa fria
o que lembra a natureza de um defunto
(frio) inexistência de vida, ou seja,
quentura Sàngó não tem nenhuma
aversão à Eègun nem Egùngún, isto
porque possui uma essência fogo (fogo
espiritual)um expressão da quentura
semelhante ao aspecto e característica
de Sàngó.Isso comprova que um dos ewo
de Sàngó não é Egùngún e sim o defunto
por sua condição fria comparado a
qualquer objeto ou

elemento frio.A utilização de qualquer
coisa de aspecto ou característica fria no
culto a Sàngó resultará na sua dissipação
da energia do espírito do raio(Sàngó) o
qual possui natureza quente.
GUNFUN
Cozinhe inhame do norte com à casca,
depois de cozido descasque e esmigalhe
e colocando e em uma vasilha e ofereça
aos Òrìsás de culto associado ao branco
Ex. Òòrisànlà-

Òbátálà, Òsún,Ajaguémó,Iyérewyin,
Òòsà-pepe, etc...
ISÍPETE
1 abóbora bem vermelha sem
casca.Camarão fresco.Cebola ralada.
1fava de atàré moída.Gengibre ralado.
Folhas de hortelã de horta Cravo da índia
moído.
Preparo
Cozinhe a abóbora e depois amasse
fazendo espécie de purê.Faça um
refogado com todos os ingredientes

e misture a abóbora.Ofereça aos
Egùngún masculinos e Sàngó OBEEJA
(peixe ensopado com pirão para atrair
riqueza)

Para Ògún/Logun
_ ensopado de peixe bagre de barriga
amarela com cebola, camarão
fresco,lelekun, pó anis- estrelado, ata
funfun.
Para Òbàlúwàiyé

2 ensopado de peixe bagre com cebola,
camarão seco, ata funfun, pó de anis-
estrelado, semente fresca de melão, òri.
Para Osagiyan
2 ensopado de peixe bagre sem pele com
cebola, camarão fresco, lelekun, ata
funfun, pó de anis 2 estrelado e epó
funfun.Obs. Colocar por cima de um purê
de inhame e cobrir com búzios.
Para Òòrisànlà-Òbátálà ou Iyémowo

- ensopado de bagre sem pele com
cebola, camarão fresco,lelekun, ata
funfun, pó de anis e epo funfun.
Para Iyewá
- ensopado peixe olho de cão com
cebola, camarão seco, lelekun e anis
- estrelado em pó
.Para Òsún
2 ensopado peixe cioba ou bagre sem
pele ensopado com cebola, camarão
seco,lelekun e azeite de dendê.
Para Oyà

2 ensopado de peixe anchova ou bagre
com cebola, azeite de dendê,
camarão,Lelekun,atàré e gengibre.Obs.
Por o peixe em cima de pirão e colocar
búzios por cima do peixe.
Feijão fradinho Azeite dendê
OBÉWA (Sopa de feijão)

Preparo
Feijão cozido al dente e misture com o
azeite de dendê.Esta comida é oferecida
à Ibeji em duas cabaça

com bastante pó de osun por cima,
entregar à ibeji diante òjùbò Òsún para
problemas que envolvem criança
relacionada a gravidez de gêmeo.
Já quando oferece a Òbàlúwàiyé é na
finalidade de obter dinheiro e oferecer a
Èsú para abrir os caminhos.
ÒGÈDE
Banana D· água
2 Oferecida madura ou verde em cacho
somente à Èsú.

Banana D· água
2 Oferecida à Òsún, Erinlè e as Gèlèdès
Banana Ouro
2 Oferecida somente à Ògún e
L ógùn frita e polvilhado com canela em
pó e açúcar. Banana Maça
2 Oferecida à Iyewá frita e polvilhado
com canela e açúcar. Banana D· terra 2
Oferecida à Òbàlúwàiyé, Sàngóe
Egùngún, crua ou frita. Banana figo
2 Oferecida à Òmólú e Òsònyim frita ou
crua em rodelas. Banana prata

2 Oferecida à Òòrisànlà-Òbátálà frita com
óleo de girassol ou cru polvilhado com
açúcar cristal.Obs.Em èbòs de sacrifício
de animais a banana deve ser ofertada
crua cortada em rodelas. No borí certas
qualidades de banana devem ser

oferecidas fritas. Sagu Água
OKA-BAABÀ
Preparo

Numa panela, misture sagu com água e
cozinhe em fogo brando. Quando tiver
adquirido uma consistência retire-o do
fogo e coloque numa gamela branca.Esta
comida é somente ofertada à Òòrisànlà-
Òbátálà e Egùngún masculino.
ÒMÒLOKUN
Feijão fradinho
Azeite de dendê Camarão seco ou fresco
Cebola ralada
Sal

Gengibre seco em pó
07 ovos cozidos untados com dendê Pó
de bagre seco
Preparo
Cozinhe o feijão até ficar bem mole, em
seguida retire do fogo e escorra seu caldo
reservando umpouco dessa água.Prepare
um refogado com azeite de dendê e
todos os outros ingredientes,refoguem o
feijão cozido mexendo bem ate tomar
uma consistência pastosa, em seguida vá
acrescentando a água

reservada aos poucos ate obter uma
pasta homogênea e consistente.Depois
de pronto coloque num vasilhame de
barro.Adornando com os ovos. Se for
mulher querendo filhos oferecer com
07 Ikodidé em pé.

Òmòlokun
(Literalmente ́O que enche filho de vida).
Esta comida é muito especial para as
crianças.A qual deve ser

oferecida à Òsún somente em situações
que tenha extrema necessidadeEx. para
livrar uma criança da morte por doença.
Deve ser enfeitado com
07 ovos de pata cozido e 09 ovos de
galinha cru com um Ikodidé no centro
desta comida. Já quando se tem
necessidade de livrar um adulto de
negatividades e doença banais deverá ser
oferecida à Èsú com
07 ovos de galinha e 09 ovos pata cru e
também um Ikodidé no centro

da comida.Esta comida também é
ofertada no ritual mortuário chamado
asese somente com um ovo de pata
cozido no centro. Na finalidade de livrar o
oficiante e os demais participantes do
ritual.
OJIYÉ
Feijão fradinho cozido Azeite de dendê
Gengibre ralado Bagre seco em pó
Preá seco em pó
07 ovos de pata cozidos untados com
azeite de dendê e enxofre amarelo

Preparo
Feijão fradinho cozido misturar com
azeite de dendê o bagre, preá, gengibre,
arrumar novasilhame e adorna com os
ovos.Obs.Para ativar a energia de uma
pessoa doente ou fraca, salpicar
07 pitadas de enxofre e sal sobre o Ojiyé
e o Orí da pessoa... Diante de Èsú.
OSIKI
Eran igbin (carnes de igbin sacrificado á
qualquer Òrìsá)




Camarão fresco Cebola ralada
Um pedaço de gengibre. Òri Omi-Eró
Um punhado de semente de melão ou
abóbora fresca Ekó ralo Preparo
Cozinhe a carne do igbin quando
tiver bem cozida, refogue com òri,
camarão, cebola, gengibre.
Após pronto misture o ekó e as
sementes.Obs.Em qualquer ritual de

òrìsá que seja realizado sacrifício de
igbin, suas carnes devem serpreparado o
osiki, esta comida e por excelência de
Òòrisànlà, a qual deve ser ofertada ao
próprio Òòrisànlà, no pé do òrìsá que foi
feito o ritual.
Batata doce
Camarão seco ou fresco Cebola ralada
Gengibre ralado
Sal
Azeite de dendê Pó de osun

PÉTÉNAMÓ
Preparo
Cozinhe a batata e amasse bem.Faça um
refogado com o azeite de dendê e todos
os ingredientes. Quando tiver tudo bem
refogado junte a batata e misture bem

retitre do fogo eacrescente pó de
osun.Esta comida é ofertada à
Òbàlúwàiyé e Òsún nos dias de chuva. Na
finalidade de

prosperidadedos negócios e fertilidade.
Inhame do norte Azeite de dendê Cebola
ralada Camarão seco e moído Um Ikodidé
Pó de oun
Búzios branco Urucun (osun-elede)
PETEKI
Preparo
Cozinhe e amasse o inhame ate obter um
purê. Refogue com o azeite de dendê,
cebola, urucun e o camarão. Junte o
inhame e misture

bem e deixe no fogo por mais uns
segundos. Retire dofogo e coloque uma
panela de barro quando esfriar coloque o
ikodidé no centro da comida e espalhe os
búzios por cima.Obs.Esta comida é
somente ofertada à Òsún no culto à
Òbàlúwàiyé, sua única finalidade é atrair
riquezas.
WARA
Uma panela de barro como tampa Queijo
minas esmigalhado
Azeite de dendê

Mel
Uma pitada de Waji Uma pitada de Eedu
Uma pitada de osun

Uma pitada de efun Gin Preparo
Esmigalhar o queijo na panela borrifar gin
e acrescentar o azeite de dendê, mel,
waji, osun e efun.Fechar a panela e
encantar com Oriki, em seguida levar
para um Orita num morro.
WÒLE

Massa de acarajé
09 ovos de galinha cozido e esfarinhado
Sal
Preparo
Cozinhe o inhame ,depois de cozido
descasque e esfarinhe e coloque em uma
gamela para orisá mascolino ou em uma
cabaça para orisá
feminino.Acrescentando ofun, osun,waji (
representando IWÁ,ABÁ,ASÉ).
esta comida é oferecida exclusivamente a
orunmilá

Oferendas a Exú
EXU Pipocas, farofa de farinha de dendê,
farinha com pinga, farinha com mel, bife
no azeite de dendê, bofe, fígado, coração
de boi, acaçá amarelo, carne assada,
vinho, mel, Eko e Gaari Pupa.

Material: Farinha; Azeite de dendê; Mel
de abelhas; Farinha de milho branco;
Figado, coração e bofe de boi; Cebola;
Camarão seco socado; Um alguidar.

Modo de fazer: Faça uma farófa com
dendê, uma com mel e uma com água,
separadamente. Faça o acaça branco
cozinhando a farinha de milho

em água, deixe a massa bem consistente,
depois coloque em um pedaço de folha
de bananeira e enrole. Deixe esfriar.
Corte os miúdos de boi em padaços
pequenos e coloque para refogar com
dendê, cebola, um pouco de sal, o
camarão

e rodelas de cebolas. Coloque as farófas
no alguidar sem misturar muito, ponha o
refogado de miúdos sobre a farófa e
coloque o acaça no centro. Oferece-se
para Exú pedindo o que se quer. Coloque
em uma praça bem movimentada. Veja
Também A forma de despachar os ebós e
os nomes dos mensageiros TEMPO:
Alpiste; Semente de girassol;
Acaçá branco enrolado na farinha de
mandioca;

Farinha de mandioca; Todas as frutas
Frango, angola, pombo, cabritos
• Ejá ti Logun-édé Material necessário:
1 Peixe dourado ou namorado
grande,1 litro de dendê ,4 cebolas
grandes raladas ou trituras
descascadas,500g de camarão graúdo
seco,sal a gosto.
Um peixe Namorado ou dourado grande,
escamado e limpo sem ser cortado, sem
retirar as barbatanas, retirando alem das
escamas a parte

interna as víceras. Depois lavar bem
lavado.Fazer uma mistura de cebola
ralada com camarão seco, rechear o
peixe esse tempero e passar o resto
desse tempero em todo peixe coloca-lo
em uma assadeira sem dobrado sobre
algumas rodelas de cebolas cruas para
não agarrar na assadeira pegar um copo
americano com água e sal para regar o
peixe inteiro e depois regar com o azeite
de dendê de acordo com o tamanho do
peixe,levar ao forno deixar assar

,depois esfriar é retirado da assadeira e
colocado em uma bela travessa. E esta
pronto.
Arroz Doce ingredientes:
- 500g. de arroz - 01 côco
- azeite de oliva -Açúcar
Modo de preparo: Cozinhe o arroz
normalmente com bastante água para

que ela fique meio "papa", tempere com
açucar, coloque em uma tigela

de louça, descasque , rale o côco com ele
cubra o arroz.
ACARAJÉ
Material: Feijão fradinho; Camarão seco
ralado; Cebola ralada; Azeite de dendê; 1
prato de barro ou louça.
Modo de fazer: Coloque o feijão de
molho de um dia para o outro.
Descasque o feijão um a um. Triture
o feijão e misture com cebola ralada e o
camarão seco socado, mexa por um
tempo até que se obtenha uma massa
firme. Coloque a massa para

descansar coberta com um pano e com
uma pedra de carvão dentro. Coloque +/-
um litro de dendê em uma panela funda
e deixe esquentar bem, faça bolos da
massa de feijão com uma colher e
coloque para fritar. Quando estiverem
todos fritos, coloque no prato e deixe
esfriar. Ofereça-os para Yansã. Faça seus
pedidos.







Oferendas a Yansã

Lentilha; 9 ou 11 espiga de milho verde
cozidas;
Todas as frutas em especial pitanga e
morango Franga, angola, pombo,
cabritos, pata, preá
-
VUNJE (ERÊ):
Banana da terra frita com canela; Caruru

Todas as frutas menos as cítricas





Amalá para Iansã
Milho cozido, debulhado, com mel em
cima. Despeje ao redor do amalá o
champagne de pêssego.
Amalá para Nanã
Batata doce com mel por cima. Despeje
ao redor do amalá o champagne rosé..
Amalá para Ogum
Feijão mulatinho ou mangas espada com
casca e abertas. Despeje ao redor do
amalá a cerveja.
Amalá para Oxossi

Axoxô (milho com coco em cima), ou
pamonha, ou milho cozido e frutas
diversas. Despeja-se ao
redor do amalá água de coco, ou água
mineral ou vinho tinto seco.
Amalá para as Crianças
Frutas, doces e balas. Despeje ao redor
do amalá o guaraná.
Amalá para os Pretos Velhos
Feijoada (sem rabo, orelha e pés do
porco), com aipim e coco. Despeje ao
redor do amalá café preto amargo ou
vinho tinto doce.

Amalá para Boiadeiros
Abóbora com mel ou feijão tropeiro com
carne seca. Despeje ao redor do amalá a
cerveja.
Amalá para os Marinheiros
Pode ser o mesmo de Iemanjá ou frutos
do mar. Despeje ao redor do amalá o rum
ou conhaque.
Amalá para os Baianos
Cocada ou farofa com carne seca.
Despeje ao redor do amalá uma batida
(de coco, de preferência).

Amalá para os Ciganos e Povo do Oriente
Frutas diversas ou goulash (cozido de
carne com legumes). Despeje ao redor do
amalá um ponche de frutas ou vinho
tinto.
Amalá para Exus e Pombos-giras Padê de
Exu (farinha com azeite de dendê, com
pimentas por cima).
Despeje ao redor do amalá a cachaça
ou whisky (se for Exu) ou licor ou
champagne rosé (se for Pombo-gira).

Lembrando que todo Amalá deve ser
adornado com os elementos de cada
Orixá e Entidade, como: velas de sua cor,
cigarros, incenso, flores, etc.

Exu ele come tudo que a nossa boca
come, as oferendas dadas ele mais
comumente são os padês a base de
farinha de mandioca branca (paki),
combinada com azeite de dendê ou mel
de abelha, água, bebida alcoólica e acaçá
vermelho feito com

farinha de milho amarelo e enrolado em
folha de bananeira. em algumas ocasiões
também são utilizados pimenta, cebola,
bife e moedas nas oferendas a este Orixá.
Ogum a oferenda são dados inhame (isu)
assado com azeite de dendê e feijoada.

Oxossi come axoxó feito com milho
vermelho (àgbado) cozido decorado com
fatias de coco. Ele também aprecia frutas
e feijão fradinho

torrado. As comidas devem ser colocadas
sob o telhado ou aos pés de uma árvore.
Obaluaiê a oferenda dada a é a pipoca.
Utilizando areia da praia para estourá-las
e enfeitando com fatias de coco.
Oxumare prefere que sejam dados em
oferenda a ele, bata doce amassada e
modelada em forma de cobra e também
farofa de farinha de milho com ovos,
camarões e dendê.

Ossaim prefere acaçá, feijão (ewa), milho
vermelho (àgbado), farofa e fumo de
corda.
Iansã a oferenda consagrada e o acarajé
de forma arredondada com dendê , mas
também é do agrado de Obá.
Obá também tem preferência por um
bolinho de nome abará que consiste em
uma massa de feijão fradinho temperado
com dendê enrolado em folha de
bananeira e cozido em banho-maria.

Oxum omolocum, feijão fradinho cozido
com cebola, camarões e azeite de oliva e
decorado com ovos cozidos e
descascados.
Iemanjá prefere peixe de água salgada,
regados ao azeite e assados, milho
branco cozido e temperado com
camarões, cebola e azeite doce, manjar
com leite de coco e acaçá.
Nanã é oferecido efó, mungunzá,
sarapatel, feijão com coco e pirão com
batata roxa.

Xangô o amalá (pirão de inhame) deve
untar o fundo da gamela e sobre ele é
colocado o caruru decorado com pedaços
de carne, camarões, acarajé e

quiabo (ilá), doze unidades de cada e
enfeitado com um orobô. É válido
lembrar que a oferenda deve ser servida
quente.
Oxalufã só aceita comidas brancas e tem
preferência por milho branco cozido e
sem tempero.

Oxaguiâ o inhame pilado
As comidas oferecidas a Orixás Funfun
(brancos), devem ser sempre colocadas
sempre louças brancas.
ORIXÁS
PRATOS OXALÁ
Tudo branco, Ebô de milho branco sem
sal, (canjica branca), clara de ovos, Acaçá
branco, rodelas de inhame cozido com
mel, ebo e Eko
OGUM

Inhame, feijoada (em algumas nações),
fígado, coração de boi, feijão fradinho,
feijão preto, bagre com molho de
camarão, Eko, e Asoso.
XANGÔ
Amalá, acarajé longos, rabada com
camarão seco, cebola ralada, quiabos e
azeite de dendê, caruru e Eko.
OBALUAIE

Aberem, pipocas, feijão preto, feijão
fradinho, bisteca de porco, ewa dudu,
buruku e Eko.
OMULÚ
Aberem, pipocas, feijão preto, feijão
fradinho, bisteca de porco, ewa dudu,
buruku e Eko.
OXOSSI
Axoxó (milho de canjica vermelha cozida
com mel enfeitado com fatias de coco),
frutas, espiga de milho cozido, pamonha,
olelé-ewa-akará e Eko.




YEMANJÁ
Ebô de milho branco com azeite doce ou
mel, peixe cozido com pirão de farinha de
mandioca, arroz cozido doce enfeitado
com fatias de maça, manjar de maizena,
canjica cozida branca e refogada com
camarões e cebola com azeite de oliva,
peixe de água salgada, ebo pupá, Eko e
acaçá.
OXUM

Omolocum, xinxim de galinha, ipeté, ovos
cozidos, milho com coco e Eko.
IANSA
Acarajé redondo frito no dendê, rodelas
de inhame cozido refogado com dendê e
cebola, amalá, feijão fradinho e Eko.
NANÃ
Acaçá, arroz, inhame, feijão fradinho,
omolocum de feijão branco enfeitado
com ovos cozidos cortados ao meio; efó,
mungunzá, sarapatel,

feijão com coco, Eko e pirão com batata
roxa.
OXUMARE
Aberem, feijão com milho, feijão fradinho
com ovos, inhame, Eko, gaari pupa ni
eyin adie, etc.
OSSAIM
Feijão preto, farofa, mel, acaçá, Eko, ewa
Osain e fumo.
OBÁ
Acarajé, amalá, abará, ovos e Eko.
LOGUM EDÉ

Axoxo, omolucum, inhame, Eko, etc.
EXU
Pipocas, farofa de farinha de dendê,
farinha com pinga, farinha com mel, bife
no azeite de dendê, bofe, fígado, coração
de boi, acaçá amarelo, carne assada,
vinho, mel, Eko e Gaari Pupa.
Ogum a oferenda são dados inhame (isu)
assado com azeite de dendê e feijoada.

Oxossi come axoxó feito com milho
vermelho (àgbado) cozido decorado com
fatias de coco. Ele também aprecia frutas
e feijão fradinho torrado. As comidas
devem ser colocadas sob o telhado ou
aos pés de uma árvore.
Obaluaiê a oferenda dada a é a pipoca.
Utilizando areia da praia para estourá-las
e enfeitando com fatias de coco.
Oxumare prefere que sejam dados em
oferenda a ele, bata doce

amassada e modelada em forma de
cobra e também farofa de farinha de
milho com ovos, camarões e dendê.
Ossaim prefere acaçá, feijão (ewa), milho
vermelho (àgbado), farofa e fumo de
corda.
Iansã a oferenda consagrada e o acarajé
de forma arredondada com dendê , mas
também é do agrado de Obá.
Obá também tem preferência por um
bolinho de nome abará que consiste em
uma massa de feijão

fradinho temperado com dendê enrolado
em folha de bananeira e cozido em
banho-maria.
Oxum omolocum, feijão fradinho cozido
com cebola, camarões e azeite de oliva e
decorado com ovos cozidos e
descascados.
Iemanjá prefere peixe de água salgada,
regados ao azeite e assados, milho
branco cozido e temperado com
camarões, cebola e azeite doce, manjar
com leite de coco e acaçá.

Nanã é oferecido efó, mungunzá,
sarapatel, feijão com coco e pirão com
batata roxa.
Xangô o amalá (pirão de inhame) deve
untar o fundo da gamela e sobre ele é
colocado o caruru decorado com pedaços
de carne, camarões, acarajé e quiabo
(ilá), doze unidades de cada e enfeitado
com um orobô. É válido lembrar que a
oferenda deve ser servida quente.

Oxalufã só aceita comidas brancas e tem
preferência por milho branco cozido e
sem tempero.
Oxaguiâ o inhame pilado
As comidas oferecidas a Orixás Funfun
(brancos), devem ser sempre colocadas
sempre louças brancas.

ORIXÁS PRATOS
OXALÁ Tudo branco, Ebô de milho
branco sem sal, (canjica
branca), clara de ovos, Acaçá branco,
rodelas de inhame cozido com

mel, ebo e Eko
OGUM Inhame, feijoada (em algumas
nações), fígado, coração de boi, feijão
fradinho, feijão preto, bagre com molho
de camarão, Eko, e Asoso.
XANGÔ Amalá, acarajé longos, rabada
com camarão seco, cebola ralada,
quiabos e azeite de dendê, caruru e Eko.
OBALUAIEAberem, pipocas, feijão preto,
feijão fradinho, bisteca de porco, ewa
dudu, buruku e Eko.

OMULÚ Aberem, pipocas, feijão preto,
feijão fradinho, bisteca de porco, ewa
dudu, buruku e Eko.
OXOSSI Axoxó (milho de canjica
vermelha cozida com mel
enfeitado com fatias de coco), frutas,
espiga de milho cozido,
pamonha, olelé-ewa-akará e Eko.
YEMANJÁ Ebô de milho branco com
azeite doce ou mel, peixe cozido com
pirão de farinha de mandioca, arroz
cozido doce enfeitado com fatias de
maça,

manjar de maizena, canjica cozida branca
e refogada com camarões e cebola com
azeite de oliva, peixe de água salgada,
ebo pupá, Eko e acaçá.
OXUM Omolocum, xinxim de galinha,
ipeté, ovos cozidos, milho com coco e
Eko.
IANSA Acarajé redondo frito no dendê,
rodelas de inhame cozido refogado com
dendê e cebola, amalá, feijão fradinho e
Eko.
NANÃ Acaçá, arroz, inhame, feijão
fradinho, omolocum de feijão branco

enfeitado com ovos cozidos cortados ao
meio; efó, mungunzá, sarapatel, feijão
com coco, Eko e pirão com batata roxa.
OXUMARE Aberem, feijão com milho,
feijão fradinho com ovos, inhame, Eko,
gaari pupa ni eyin adie, etc.
OSSAIM Feijão preto, farofa, mel, acaçá,
Eko, ewa Osain e fumo.
OBÁ Acarajé, amalá, abará, ovos e Eko.

LOGUM EDÉ Axoxo, omolucum, inhame,
Eko, etc.

EXU Pipocas, farofa de farinha de dendê,
farinha com pinga, farinha com mel, bife
no azeite de dendê, bofe, fígado, coração
de boi, acaçá amarelo, carne assada,
vinho, mel, Eko e Gaari Pupa.
AADÙN
O7 espigas de milho verde
Mel
Azeite –de -Dendê
Preparo
Ralar as espigas colocar numa cabaça
acrescentar mel e azeite-de-dendê.
Misturando tudo até ficar com uma
consistência grossa.
ADALU
(Comida para Ògún)
Feijão preto
Milho vermelho cozido
Azeite-de-Dendê
Cebola ralada
Atàré moído
Camarões seco
Preparo
Misture o milho e o feijão, refogando
com azeite-de-dendê, atàré, cebola e
camarões. Às vezes é oferecido
acompanhado de carne dos animais
sacrificados em seu ritual.
ABADOSUN
07 ou 09 espigas de milho verde assado
Melado de cana
Pó de anis-estrelado
Preparo
Após assar as espigas coloque em uma
cabaça de ponta para baixo se for para
Iyàgbà, ou em uma gamela com as pontas
para cima se for para Gbòrò, derrame
melado de cana por cima de todas as
espigas e polvilhe com pó de anis.
Sirva a qualquer òrìsá caçador.
Ex. Ògún – Erinlè – Òtyìn – Oyà – Yòbá –
Iyewá – Òbàlúwàiyé.
ABADO ERAN
EGBE HERDEIROS DE IFÁ/GO
APOSTILA DE OFERENDAS
1 kg de milho vermelho torrado
1 kg de milho vermelho cru
21 pedaços pequeno de carne de boi ou
de caça
Azeite de Dendê
Preparo
Após torrar o milho ponha em uma
gamela acrescentando os pedaços de
carne, misture tudo e regue com
bastante azeite de dendê. Em seguida
ofereça à Ògún acompanhado de Gin ou
Uísque.
Esta comida só deve ser oferecida ao
òrìsá Ògún na rua, com a finalidade de
destruir as energias negativas matando
as dificuldades da vida pelo fato do milho
esta torrado não brotando mais. O que
logo depois deverá oferecer à Ògún na
volta para casa o milho cru passar sobre a
cabeça deixando cair diretamente no
chão e jogando água por cima dos milhos
com a finalidade de brota todas as coisas
boas e dinheiro no caminho.
ÀBALÁ
(Bola de arroz doce)
Arroz branco
Leite de cabra
Açúcar
Erva doce
Pó de anis-estrelado
Preparo
Cozinhar o arroz com açúcar em fogo
médio. Depois de bem cozido acrescente
o leite, erva doce e anis - estrelado,
batendo bem com a colher de pau, até
virar uma papa deixando ferver mais um
pouco até obter uma pasta. Retire do
fogo deixe esfriar e faça bolas.
Esta comida só não e oferecida a Ògún e
Èsú. ABARÀ
(Literalmente = o que faz aceitar
repentinamente)
Massa de Akarajé crua
Cebola ralada
Camarão seco
Azeite de Dendê
Atàré (pimenta da costa)
Folha de bananeira (assada)
Preparo
Prepara a massa de feijão idêntica a do
akarajé, acrescente atàré debulhada,
cebola ralada, camarão e dendê. Coloque
um pouco na folha de bananeira,
embrulhando em forma de trouxinhas.
Cozinhe em vapor.
* Abarà é oferecido à Orí, Èsú, Ìyàmi-
Òsòróngà, Ògún, Sàngó, Oyà, Yòbá,
Egùngún, Òmólú e Òbàlúwàiyé.
ÀKÀRA OKUN
Farinha de mandioca
1⁄2 kg de banana ouro
Açúcar
7 ovos cru
Pó de anis-estrelado
Preparo
Misture a farinha com a banana
amassada, açúcar, anis-estrelado e os
ovos misture bem, depois vá
acrescentando água morna batendo bem
até obter uma massa leve com boa liga,
forme bolas com as mãos.
Esta comida è exclusivamente oferecida a
Ògún.
Obs. A pessoa que for fazer está comida
deve ter uma pena de coruja em seu
peito deixando amostra entre seu Asó-
Àiya.
ÀKÀRÀ-EJÀ
Massa de akarajé (temperada com
camarão e cebola)
Peixe Bagre defumado e de salgado
desfiado
Azeite-de-Dendê
Preparo
Bata a massa para akarajé e misture o
peixe desfiado. Frite no azeite-de-dendê.
Está comida è oferecida para Ògún, Òsún,
Iyewá, Erinlè, Òtyìn, Yòbá, Ibeji e
Òbàlúwàiyé.
ÀKÀRÀFUN
Prepara uma massa com feijão branco
semelhante à massa de Akarajé.
Cebola ralada
Camarão moído
Sal a gosto (exceto para Òòrisànlà-
Òbátálà)
Óleo de girassol
Preparo
Coloque a massa numa bacia e
acrescente a cebola ralada e o camarão
bater ate obter a massa homogênea
deixe-a descansar por 03:00 h e Frite no
óleo de girassol.
Esta comida é oferecida a Òsún,
Òòrisànlà-Òbátálà, Oyà, Iyewá, Iyémowo
e Òmólú.
ÀKARÀOGÙN
3 inhames do norte grande.
Camarão moído
Sal
Cebola ralada
Cebolinha verde e picada
Pó de louro
Azeite-de-dendê
Preparo
Cozinhe os inhames, descasque-os após o
cozimento e amasse-os bem, fazendo
uma espécie de purê duro. Acrescente
todos os ingredientes faça bolo e frite no
azeite-de-dendê. Arrume num cesto de
palha enfeitando com folhas de Igi-òpé.
Ao oferecer a Ògún acrescente grãos de
atàré. Obs. A mulher quando for prepara
esta comida deve antes passar pó de
carvão sobre as pálpebras dos olhos.
ÀKÀRÀLÀ
A mesma massa de akarajé
acrescentando quiabo picado e frito no
azeite-de-dendê.
AKÀRÁ-IPAKÀ
Farinha de milho
Melado de cana
Pó de Òsún
Pó de anis-estrelado
Água
Preparo
Coloque numa bacia uma boa quantidade
de milharina, acrescente melado à gosto,
os pós de anis e Òsún e a água, misture
bem. Faça trouxas com folhas de
bananeira e amare com palha da costa e
cozinhe no vapor.
Esta comida e oferecida a Iyewá,
Òbàlúwàiyé e Òmólú.
ÀRÀRÀKUU
AMALÁ
(chamado também de Amo-ilà)
EGBE HERDEIROS DE IFÁ/GO
APOSTILA DE OFERENDAS
Massa de feijão preto amassado sem
caldo.
Água
Cebola ralada
Camarão moído
3 fava de atàré moído- lelekun moído –
pimenta do reino branca moída
Sal
Azeite-de-Dendê
Preparo
Coloque o feijão amassado numa bacia e
misture todos os ingredientes e logo após
frite no azeite- de-dendê. Arrume numa
gamela e ofereça ao òrìsá com um facão
virgem em cima.
Obs. Oferenda dada a Òrìsás associados à
guerra.
ÀKOSO
(oferenda de frutas)
Um vasilhame de barro
Banana ouro
Banana D’terra
Banana D’água
Melão
Mamão
Uva
Graviola
Maça
16 ramos de trigo
01ekó
Dois orógbó
Dois obí’s abata
Açúcar
Pó de anis-estrelado
Preparo
No fundo do vasilhame colocar um ekó
enrolado em folha um pouco de barro
úmido, cobrindo este barro com açúcar e
anis, por obí e orógbó abertos e arrumar
todas as frutas cobrindo tudo e salpicar
água encima das frutas em seguida
polvilhar com bastante açúcar cristal.
Oferecer a Ògún, Òbàlúwàiyé, Erinlè,
Òsún e Orí.
APAÌBI
(Mata a negatividade)
Farofa de milharina com pedaço de
peixe bagre defumado
07 ovos de pata cozido
Azeite de dendê
Sal
Um casco de tartaruga Preparo
Dentro do casco de tartaruga arruma-se a
farofa e os 07 ovos de pata untar com
azeite de dendê.
APABURU ou APAKU
(O que mata o mal)
Bagre defumado
Ovos de pata
Banana d’água
Preparo
Pegue o bagre, rale fazendo uma farinha
misture os ovos cozido e esmigalhado,
banana cortada em rodela misturando
tudo fazendo uma farofa. Divida em dois
vasilhames colocando em uma gamela e
uma cabaça.
Obs. Esta comida tem á finalidade de
amaciar afastar à morte de uma criança e
atrair prosperidade, somente ofertada à
Ibeji diante do assentamento de Èsú ou
Òbàlúwàiyé, como também Onilé
enterrando-a.
BATÊTÊ
Inhame do norte
Atàré
Sal
Azeite de dendê
Preparo
Pegue três inhames - do- norte cru e
corte em pedaço misture azeite de
dendê, atàré e sal. Coloque numa gamela
e ofereça à Èsú ou Ògún. Na finalidade de
pedir prosperidade.
DÚNDU
Inhame do norte
Azeite de dendê
Sal
Preparo
Descasque o inhame e corte em rodelas
finas. E frite no azeite de dendê. Oferecer
a Ògún ou Èsú.
ÈBA-OBEJÀ
(para dinheiro)
Azeite de dendê
Cebola ralada
Camarão seco ou fresco
Cheiro verde
Posta de peixes
Amido de milho
Búzios
Preparo
Faça um refogado com azeite de dendê,
camarão, cebola e atàré, quando estiver
bem refogado acrescente água e arrume
as postas e cheiro verde. Após o
cozimento arrume no vasilhame. Com a
água que sobrou na panela acrescente
um pouco de amido de milho e faça um
creme, após pronto regue em cima das
postas e espalhe búzios por cima de tudo.
Oferecer aos ancestrais.
ÈBABERU

(pirão de farinha de mandioca com
molho de rabada)
Duas ou três rabadas de boi
Cebola ralada
1 fava de atàré moída
Azeite de dendê
3 colheres de urucum em pó
Hortelã de horta
9 orógbó de cabeça cortada
Um pirão de água
Preparo
Faça um refogue as rabadas com cebola,
atàré, azeite de dendê e o urucum e
deixe cozinhar, quando estiver pronto
acrescente a hortelã e ponha em cima do
pirão. Na hora de oferecer coloque os
orógbó.
Obs. Este tipo de Èba é somente
oferecido à Sàngó e Egùngún, isto
porque, o rabo do boi como de qualquer
outro animal está relacionado aos
antepassados, associado ao fim, a morte,
ou seja, o extermínio de algo ruim, o que
possibilita o recomeço de coisa boas,
representando na oferenda de rabo do
boi relacionada ao Odù Òyèkú (Morrer e
renascer). Se o òrìsá Eegun e os Egùngún
estão associados naturalmente a morte
(Ikú), Sàngó não foge a este contexto, por
ele ser o òrìsá que mata violentamente
através do raio o que expressa sua
relação com Ikú.
EGBO
Canjica branca
Òri
Azeite de dendê
Preparo
Canjica cozida misturada com òri. Na
hora de oferecer após saudar Òòrisànlà-
Òbátálà, colocar umas gotas de azeite de
dendê no centro da canjica e saudar
Ìyàmi. Esta oferenda tem a única
finalidade de atrair felicidade, alegria,
contentamento e satisfação.
EGBOYAAN
Canjica vermelha cozida
Pó de osun
Azeite de dendê
Preparo
O Canjica após cozida misturada com
osun e azeite de dendê. Oferecer a
qualquer Iyágba
EYINSUN


07 ovos de galinha
07 ovos de galinha D’angola
07 ovos de pata
Cozinhar todos os ovos descascar e
esmigalhar um a um, numa travessa de
barro e polvilhar um
pouco
ÈFÓ
Ewé lapita. (folha de mostrada)
Ewé òyìnbò (folha de bertalha)
Ewé Bala (folha de taioba)
Camarão seco
Cebola ralada
1 fava de atàré debulhada
Amendoim cru e moído
Gengibre ralado
07 ovos cozido (de galinha)
Azeite dendê
sal
Preparo
Refogue o azeite de dendê com camarão
cebola e gengibre. Quando estiver bem
refogado acrescente as folhas e o
amendoim o atàré e sal. Vá mexendo até
virar uma massa. Coloque num vasilhame
e enfeite com os ovos cozido
Oferecer a Òsònyin.
ÈFÓ
Para Ìyàmi-Òsòróngà
Èfó Oyìnbò
Folhas de bertalhas refogada com azeite
de dendê, cebola e camarão.
Para Oyà
Èfó Wèmó
Folhas de couve refogada com azeite de
dendê, cebola e camarão.
Para Yòbá
Efó Bala
Folhas de taioba refogada com azeite de
dendê, cebola camarão e atàré.
de pó de manjericão e oferecer a
qualquer Iyágba na finalidade de
expurgar doenças.
Para Òòrìsànlà
Efó Ebúré
Folhas de bredo, língua de vaca e
beldroega-grande, refogue com ori,
cebola e pimenta do reino branca.
Ofereça coberto por efun.
Para Òbàlúwàiyé
Efó latipa
Folhas de mostrada refogada com azeite
de dendê, cebola ralada e camarão.
EGEYAN
Aipim
Azeite de dendê
Cozinhe e frite a mandioca no azeite de
dendê. Ofereça à Òbàlúwàiyé e Òsònyin
na finalidade de pedir subsistência
EJA-SISUN
(Peixe frito ou defumado)
Èsú – Bagre defumado ou bacalhau
seco e salgado com bastante azeite de
dendê, colocar por cima pirão de farinha
e cobri com búzios.
Yòbá - Tainha ou bagre em posta frita
no azeite de dendê. Obs. (A Yòbá não se
oferece peixe ou outra comida ensopado)
Òsún – trilha ou bagre sem pele, frita
no azeite de dendê, cobri com pó de osun
e búzios. ELÚBO
(Aqui no Brasil chamado de pade, o que
na verdade é um ritual e não comida).
ELÚBO = Farinha de mandioca misturada
com outras especiarias.
Para Òòrisànlà-Òbátálà ou Iyémowo
misture efun e òri e faça uma farofa bem
umedecida.
Para Ibeji misture pó de osun e banana
D’água amassada ou peixe bagre seco.
Para Òbàlúwàiyé misture rodelas de
banana DA terra e pó de osun.
Para Ògún misture azeite de dendê e
pó de carvão.
Para Sàngó e Oyà misture mel e pó de
osun.
Para Egùngún misture mel ate ficar
bem umedecida.
Para Òsún misture gema de ovo cozida
esmigalhada, melado de cana, erva doce
e pó de
anis estrelado.
Todos esses tipos de elubo são ofertados
à Èsú no pé do Òrìsá para que ele os
entregue.
EELO
(Miúdos cru)
Coração de boi
Rins
Fígado
Bofe
Azeite de dendê
Atàré
Mel
Lelekun
Orógbó Preparo
Pegue todos os miúdos dos animais
sacrificados, ponha tudo numa gamela
regue com bastante azeite de dendê
acrescente atàré, mel, lelekun e orógbós
partido ao meio.
Esta comida é somente ofertada à Ìyàmi-
Òsòróngà diante do assentamento do
òrìsá que foi feito o sacrifício.
FESELÚ
Farinha de mandioca
Água
Uma gamela
Preparo
Misture a farinha com água batendo bem
até obter um pirão cru, deixe inchar e
coloque numa gamela.
Esta comida é oferecida a Egùngún e sua
casa ou na rua antes de qualquer grande
ritual.
GBEGÌRÌ = (Beguirí)
Feijão fradinho descascado
2 litros Azeite de dendê
Cebola
Camarão fresco
Atàré moído pó de lelekun
Pimenta malagueta seca em pó
Folhas de hortelã de horta seca em pó
Preparo
Cozinhe o feijão fradinho não deixando
muito mole. Faça um refogado com os
ingredientes acima e misture com o
feijão fazendo uma sopa.
Obs. Esta sopa de feijão de vê ser
preparada somente com azeite de dendê
e abafada sem adição de água, depois de
pronta coloque em uma gamela e ofereça
à Sàngó ainda quente.
Gbegìrì (beguirí) = Literalmente “o que
amolece ou acalma rapidamente” esta
sopa apimentada é somente ofertada a
Sàngó e Oyà na finalidade de acalmar
uma situação de traição, ruptura de
amizade ou manter o controle de uma
situação incomoda.
Todas as comidas ofertadas a Sàngó
devem ser entregues bem quentes
fumegando devido a sua condição natural
(Quente), isto porque um de seus Ewo é
comida ou qualquer coisa fria o que
lembra a natureza de um defunto (frio)
inexistência de vida, ou seja, quentura
Sàngó não tem nenhuma aversão à
Eègun nem Egùngún, isto porque possui
uma essência fogo (fogo espiritual) um
expressão da quentura semelhante ao
aspecto e característica de Sàngó.
Isso comprova que um dos ewo de Sàngó
não é Egùngún e sim o defunto por sua
condição fria comparado a qualquer
objeto ou elemento frio. A utilização de
qualquer coisa de aspecto ou
característica fria no culto a Sàngó
resultará na sua dissipação da energia do
espírito do raio (Sàngó) o qual possui
natureza quente.
GUNFUN
Cozinhe inhame do norte com à casca,
depois de cozido descasque e esmigalhe
e colocando em uma vasilha e ofereça
aos Òrìsás de culto associado ao branco
Ex. Òòrisànlà-Òbátálà, Òsún,
Ajaguémó,Iyérewyin, Òòsà-pepe, etc...
ISÍPETE
1 abóbora bem vermelha sem casca.
Camarão fresco.
Cebola ralada.
1 fava de atàré moída.
Gengibre ralado.
Folhas de hortelã de horta.
Cravo da índia moído.
Preparo
Cozinhe a abóbora e depois amasse
fazendo espécie de purê. Faça um
refogado com todos os ingredientes e
misture a abóbora.
Ofereça aos Egùngún masculinos e Sàngó.
OBEEJA
(peixe ensopado com pirão para atrair
riqueza)
Para Ògún/Logun _ ensopado de peixe
bagre de barriga amarela com cebola,
camarão fresco, lelekun, pó anis-
estrelado, ata funfun.
Para Òbàlúwàiyé – ensopado de peixe
bagre com cebola, camarão seco, ata
funfun, pó de anis- estrelado, semente
fresca de melão, òri.
Para Osagiyan – ensopado de peixe bagre
sem pele com cebola, camarão fresco,
lelekun, ata funfun, pó de anis –
estrelado e epó funfun.
Obs. Colocar por cima de um purê de
inhame e cobrir com búzios.
Para Òòrisànlà-Òbátálà ou Iyémowo -
ensopado de bagre sem pele com cebola,
camarão fresco, lelekun, ata funfun, pó
de anis e epo funfun.
Para Sàngó – ensopado de bagre com
cebola, camarão fresco, lelekun, pó de
anis-estrelado, pó de ata Dudu (pimenta
do reino), pó de atàré, pó noz-moscada.
Depois de pronto por orógbó ralado por
cima.
Para Iyewá - ensopado peixe olho de cão
com cebola, camarão seco, lelekun e anis
- estrelado em pó.
Para Òsún – ensopado peixe cioba ou
bagre sem pele ensopado com cebola,
camarão seco, lelekun e azeite de dendê.
Para Oyà – ensopado de peixe anchova
ou bagre com cebola, azeite de dendê,
camarão, Lelekun, atàré e gengibre.
Obs. Por o peixe em cima de pirão e
colocar búzios por cima do peixe. OBÉWA
(Sopa de feijão)
Feijão fradinho
Azeite dendê
Preparo
Feijão cozido al dente e misture com o
azeite de dendê
Esta comida é oferecida à Ibeji em duas
cabaça com bastante pó de osun por
cima, entregar à ibeji diante òjùbò Òsún
para problemas que envolvem criança
relacionada a gravidez de gêmeo. Já
quando oferece a Òbàlúwàiyé é na
finalidade de obter dinheiro e oferecer a
Èsú para abrir os caminhos.
ÒGÈDE
Banana D’ água – Oferecida madura ou
verde em cacho somente à Èsú.
Banana D’ água – Oferecida à Òsún,
Erinlè e as Gèlèdès
Banana Ouro – Oferecida somente à
Ògún e Lógùn frita e polvilhado com
canela em pó e
açúcar.
Banana Maça – Oferecida à Iyewá frita
e polvilhado com canela e açúcar.
Banana D’ terra – Oferecida à
Òbàlúwàiyé, Sàngó e Egùngún, crua ou
frita.
Banana figo – Oferecida à Òmólú e
Òsònyim frita ou crua em rodelas.
Banana prata – Oferecida à Òòrisànlà-
Òbátálà frita com óleo de girassol ou cru
polvilhado
com açúcar cristal.
Obs. Em èbòs de sacrifício de animais a
banana deve ser ofertada crua cortada
em rodelas. No gborí certas qualidades
de banana devem ser oferecidas fritas.
OKA-BAABÀ
Sagu Água
Preparo
Numa panela, misture sagu com água e
cozinhe em fogo brando. Quando tiver
adquirido uma consistência retire-o do
fogo e coloque numa gamela branca.
Esta comida é somente ofertada à
Òòrisànlà-Òbátálà e Egùngún masculino.
ÒMÒLOKUN
Feijão fradinho
Azeite de dendê
Camarão seco ou fresco
Cebola ralada
Sal
Gengibre seco em pó
07 ovos cozidos untados com dendê
Pó de bagre seco
Preparo
Cozinhe o feijão até ficar bem mole, em
seguida retire do fogo e escorra seu caldo
reservando um pouco dessa água.
Prepare um refogado com azeite de
dendê e todos os outros ingredientes,
refoguem o feijão cozido mexendo bem
ate tomar uma consistência pastosa, em
seguida vá acrescentando a água
reservada aos poucos ate obter uma
pasta homogênea e consistente. Depois
de pronto coloque num vasilhame de
barro. Adornando com os ovos. Se for
mulher querendo filhos oferecer com 07
Ikodidé em pé.
Òmòlokun = Literalmente “O que enche
filho de vida”. Esta comida é muito
especial para as crianças. A qual deve ser
oferecida à Òsún somente em situações
que tenha extrema necessidade Ex. para
livrar uma criança da morte por doença.
Deve ser enfeitado com 07 ovos de pata
cozido e 09 ovos de galinha cru com um
Ikodidé no centro desta comida.
Já quando se tem necessidade de livrar
um adulto de negatividades e doença
banais deverá ser oferecida à Èsú com 07
ovos de galinha e 09 ovos pata cru e
também um Ikodidé no centro da
comida.
Esta comida também é ofertada no ritual
mortuário chamado asese somente com
um ovo de pata cozido no centro. Na
finalidade de livrar o oficiante e os
demais participantes do ritual.
OJIYÉ
Feijão fradinho cozido
Azeite de dendê
Gengibre ralado
Bagre seco em pó
Preá seco em pó
07 ovos de pata cozidos untados com
azeite de dendê e enxofre amarelo
Preparo
Feijão fradinho cozido misturar com
azeite de dendê o bagre, preá, gengibre,
arrumar no vasilhame e adorna com os
ovos.
Obs. Para ativar a energia de uma pessoa
doente ou fraca, salpicar 07 pitadas de
enxofre e sal sobre o Ojiyé e o Orí da
pessoa... Diante de Èsú.
OSIKI
Eran igbin (carnes de igbin sacrificado á
qualquer Òrìsá)
Camarão fresco
Cebola ralada
Um pedaço de gengibre.
Òri
Omi-Eró
Um punhado de semente de melão ou
abóbora fresca.
Ekó ralo

Preparo
Cozinhe a carne do igbin quando tiver
bem cozida, refogue com òri, camarão,
cebola, gengibre. Após pronto misture o
ekó e as sementes.
Obs. Em qualquer ritual de òrìsá que seja
realizado sacrifício de igbin, suas carnes
devem ser preparado o osiki, esta comida
e por excelência de Òòrisànlà, a qual
deve ser ofertada ao próprio Òòrisànlà,
no pé do òrìsá que foi feito o ritual.
PÉTÉNAMÓ
Batata doce
Camarão seco ou fresco
Cebola ralada
Gengibre ralado
Sal
Azeite de dendê
Pó de osun
Preparo
Cozinhe a batata e amasse bem. Faça um
refogado com o azeite de dendê e todos
os ingredientes. Quando tiver tudo bem
refogado junte a batata e misture bem
retitre do fogo e acrescente pó de osun.
Esta comida é ofertada à Òbàlúwàiyé e
Òsún nos dias de chuva. Na finalidade de
prosperidade dos negócios e fertilidade.
PETEKI
Inhame do norte
Azeite de dendê
Cebola ralada
Camarão seco e moído
Um Ikodidé
Pó de oun
Búzios branco
Urucun (osun-elede)
Preparo
Cozinhe e amasse o inhame ate obter um
purê. Refogue com o azeite de dendê,
cebola, urucun e o camarão. Junte o
inhame e misture bem e deixe no fogo
por mais uns segundos. Retire do fogo e
coloque uma panela de barro quando
esfriar coloque o ikodidé no centro da
comida e espalhe os búzios por cima.
Obs. Esta comida é somente ofertada à
Òsún no culto à Òbàlúwàiyé, sua única
finalidade é atrair riquezas.
WARA
Uma panela de barro como tampa
Queijo minas esmigalhado
Azeite de dendê
Mel
Uma pitada de Waji
Uma pitada de Eedu
Uma pitada de osun
Uma pitada de efun
Gin
Preparo
Esmigalhar o queijo na panela borrifar gin
e acrescentar o azeite de dendê, mel,
waji, osun e efun. Fechar a panela e
encantar com Oriki, em seguida levar
para um Orita num morro.
WÒLE
Massa de acarajé
09 ovos de galinha cozido e esfarinhado
Sal
Preparo
Enrole a massa na folha de bananeira e
coloque para cozinhar no vapor ate que
endureça. Depois de frio tire da folha e
esmigalhe misture os ovos também
esmigalhados e o sal. Ofereça aos Aye da
seguinte maneira; vá até ao fundo do
quintal e comece espalhar esta comida
sobre a terra até chegar no portão
pedindo aos Ayes tudo q necessite
referente a prosperidade e proteção
contr o mal.
YÉFUN – IYAN
Inhame
Pó de osun
Pó de waji
Pó de efun
Cozinhe o inhame, depois de cozido
descasque e esfarinhe e coloque numa
gamela para òrìsá masculino ou numa
cabaça para òrìsá feminino.
Acrescentando por cima pó de efun, pó
de osun e pó de waji, (elementos
símbolos do Iwà aba e àsé).
Esta comida é oferecida exclusivamente à
Òrúnmìlá
AS OFERENDAS
Dentro do culto aos Orixás, o mais
importante são as oferendas aos Orixás,
que têm por finalidade manter o
equilíbrio das relações entre eles e os
seres humanos.
É através das consultas ao Oráculo de Ifá,
que as pessoas, mesmo as não iniciadas,
são informadas a respeito das exigências
de seus Orixás e principalmente de Exú,
relativas às oferendas que desejam
receber.
Nem sempre estas exigências são
estabelecidas pela relação anteriormente
explicada entre o ser humano e seu Orixá
de cabeça, muitas das vezes, é um outro
Orixá quem se oferece para solucionar
um determinado problema ou alguma
dificuldade que está sendo vivenciada e,
em troca, exige algum tipo de sacrifício
em seu louvor.
Algumas vezes, pessoas atormentadas
pelos mais diversos tipos de dificuldades,
recorrem aos préstimos de algum Orixá,
oferecendo algum tipo de sacrifício como
penhor de sua confiança e de sua fé, da
mesma forma que os católicos recorrem
aos seus santos, implorando graças e
fazendo promessas que, invariavelmente,
são pagas somente após a obtenção da
graça solicitada.
Os sacrifícios oferecidos aos Orixás, são
genericamente denominados "ebós" que
se dividem em "ejenbale" (sacrifícios com
derramamento de sangue) e "adimús"
(sacrifícios incruentos).
Os ebós ejenbale, dividem-se em diversos
tipos, exigindo sempre o derramamento
de sangue de algum tipo de animal que
pode ser uma ave, um quadrúpede ou
até mesmo um simples caramujo. Dentre
os mais conhecidos, destacamos:
Ebó ejé: Oferenda votiva que tem por
finalidade obter determinado
favorecimento ou graça de uma
Divindade.
Ebó etutu: Sacrifício de apaziguamento.
Este tipo de sacrifício é geralmente
determinado pelo Oráculo e tem por
finalidade acalmar a ira ou o
descontentamento de uma entidade
qualquer.
Ebó a ye ipin ohun: Sacrifício substitutivo.
Tem por finalidade substituir a morte de
alguém pela oferenda determinada pelo
Oráculo, no Brasil, este sacrifício é
vulgarmente conhecido como "ebó de
troca".
Ebó ba mi d'iya: Sacrifício que visa
atenuar uma punição de morte imposta à
uma pessoa por um Orixá ou por um
espírito maligno. Neste caso, como no
anterior, um carneiro é sacrificado em
substituição ao ser humano.
Ebó Ogunkojà: Sacrifício preventivo que
pode ser público ou individual. Tem por
finalidade evitar qualquer tipo de
acontecimento nefasto que ameace a
pessoa (individual) ou até mesmo uma
cidade ou aldeia (público).
Ebó a d'ibode: Trata-se de um sacrifício
propiciatório e preventivo. Este sacrifício
é oferecido na fundação de uma casa,
aldeia ou cidade e tem por finalidade
acalmar os espíritos da terra no local da
fundação. Antigamente, este ebó exigia o
sacrifício de seres humanos que hoje em
dia, foram substituídos por diversos
animais.
Como podemos observar, o sacrifício de
seres humanos era exigido nos
primórdios do culto o que, sem dúvida,
seria hoje considerado um absurdo, além
de configurar-se, seja em qual for a
circunstância, em homicídio, selvageria e
falta de respeito ao ser humano.
Da mesma forma, o derramamento do
sangue de animais, só deve ocorrer em
situações de extrema necessidade e em
casos em que não possam ser
substituídos por outras oferendas pois, se
os Orixás, acostumados que eram a
receberem sacrifícios humanos,
concordaram na substituição dos
mesmos pelos sacrifícios de animais, é
fácil deduzir-se que estes podem também
dar lugar a sacrifícios de minerais,
vegetais e objetos de seu agrado.
Adentramos uma nova era em que todas
as formas de vida adquirem sua
valorização máxima e a vida dos animais,
da mesma forma que a dos seres
humanos, há que ser respeitada e
preservada ao extremo. É chegada a hora
de darmos um basta ao inútil
derramamento de sangue que, ao invés
de apaziguar os nossos deuses, só
conseguem despertar a sua ira,
tornando-os intolerantes e cada dia mais
distantes de nós.
É necessário que se desperte nos adeptos
do Candomblé a consciência do respeito
devido a todas as formas de vida animal,
cujo sacrifício só pode ser efetivado em
casos excepcionalíssimos e quando todos
os demais recursos hajam sido
esgotados. É num itan de Ifá, do Odu Odi
Meji, que encontramos a fundamentação
para as afirmações anteriormente feitas:
OFERENDAS A EXÚ
- Para limpeza da casa.
Pega-se um coco seco, pinta-se todo com
uáji, rola-se pela casa de dentro para fora
impulsionando-o com o pé esquerdo,
como se fosse uma bola. Quando chegar
na porta da rua, pega-se o coco com a
mão esquerda, leva-se à uma
encruzilhada aberta de quatro esquinas e
ali, atira-se o coco no meio da
encruzilhada com força, para que se
quebre.
- Para problemas de infidelidade.
Abre-se um coco seco em duas partes.
Dentro dele coloca-se um pedaço de
papel de embrulho usado, no qual se
escreveu, anteriormente, o nome da
pessoa infiel. Acrescenta-se 3 grãos de
pimenta da costa; um pouco de azeite de
dendê; um pouco de mel; milho torrado e
pó de peixe defumado. Fecha-se o coco e
amarra-se com linha vermelha e linha
branca, enrolando- se bem até que o
coco fique totalmente envolvido pela
linha. Coloca-se o coco diante de Exú e
durante 21 dias acende-se uma vela
diariamente, pedindo que a pessoa
permaneça fiel ao seu parceiro. No
vigésimo primeiro dia despacha-se numa
encruzilhada. (Quem não tem Exú
assentado pode colocar o coco atrás da
porta da casa).
- Para problemas de saúde.
Pinta-se um coco seco com efun e depois
unta-se todo com ori-da-costa ou, na
falta deste, manteiga de cacau. Coloca-se
o coco num prato branco diante de Exú e
acende-se uma vela pedindo-se pela
saúde da pessoa enferma. A vela deve ser
substituída todos os dias, à mesma hora,
e o pedido reiterado. No sétimo dia, logo
que a vela termine, o coco deve ser
levado e despachado na entrada de um
cemitério.
- Defesa contra inveja e olho-grande.
Coloca-se um coco seco com uma vela
acesa em cima, onde deverá permanecer
por três dias consecutivos. No terceiro
dia, despacha-se numa encruzilhada de
quatro esquinas.
- Para desenvolvimento econômico.
Abre-se um coco do qual se corta quatro
pedaços mais ou menos iguais. Estes
quatro pedaços, depois de bem lavados,
são colocados num prato com a parte
branca para cima. Sobre cada pedaço de
coco coloca-se um pouquinho de mel de
abelhas, um pouquinho de azeite de
dendê e um grão de pimenta-da-costa.
Coloca-se o prato diante de Exú, ou atrás
da porta e acende-se uma vela de sete
dias. No sétimo dia, despacha-se tudo
(inclusive o prato) numa mata.
- Para obter um amor.
Tomar banho de água de rio misturada à
água de coco verde durante cinco dias
seguidos.
- Para problemas de justiça.
Escreve-se, num papel de embrulho
usado, os nomes das pessoas
interessadas na questão, dos advogados
e do juiz. Abre-se um coco seco pelo
meio e coloca-se dentro o papel com os
nomes escritos; milho torrado; 21 grãos
de pimenta-da-costa; mel de abelhas;
azeite de dendê e pó de efun. Fecha-se o
coco e enrola-se muito bem enrolado
com linha preta e linha branca. Coloca-se
num prato diante de Exú, acende-se uma
vela que se renova durante 21 dias. No
final dos 21 dias despacha-se numa mata.
- Para melhorar a sorte.
Rala-se um coco seco e espreme-se a
massa num pano branco. O sumo obtido
é misturado a um copo de leite de cabra.
Mistura-se com água de rio e toma-se
três banhos no mesmo dia, sendo um
pela manhã, um à tarde e um à noite.
- Para apaziguar Exú.
Corta-se um coco seco ao meio, no
sentido horizontal. Uma das metades é
cheia de mel de abelhas, a outra é cheia
de aguardente. Arreia-se aos pés de Exú
com uma vela acesa. No terceiro dia
despacha-se nas águas de um rio.
- Para livrar uma pessoa ameaçada de
prisão.
Dois pombos brancos; ori; fita branca;
fita vermelha; fita azul e fita amarela.
Numa mata fechada, unta-se as pernas
dos pombos com a manteiga de ori;
amarra-se um lacinho de cada fita nas
suas duas patas; passa-se os bichos no
corpo da pessoa e solta-se com vida. É
preciso ter muito cuidado para não
machucar os animais.
Pertence a Lídia Gabriel
- Para livrar alguém da prisão ou de
problemas com a justiça.
Um boneco de pano branco do sexo da
pessoa para quem se vai fazer o trabalho.
Dentro do boneco, se coloca o seguinte:
Um papel com o nome da pessoa; 7 grãos
de ataré; 7 grãos de milho torrados; pó
de peixe defumado; um pedacinho de
couro de onça ou de outro felino de
grande porte; um ovo de codorna inteiro
e um pedacinho do talo de comigo-
ninguém- pode. Costura-se o boneco e se
deixa diante de Exú dentro de um
alguidar com padê de mel. O padê deve
ser renovado a cada sete dias e o boneco
permanecerá ali, até que o problema
esteja resolvido. Solucionada a questão,
o boneco deve ser levado para dentro de
uma delegacia de polícia, para ali ser
deixado. Na volta oferece-se a Exú sete
roletes de cana, dentro de um alguidar
com padê de aguardente.
OFERENDAS A EGUN
- Oguidí.
Coloca-se de molho, numa panela de
barro, uma quantidade de farinha de
milho bem fina (milharina). Esta farinha
deverá permanecer de molho por dois ou
três dias até que fermente. Uma vez
fermentada, acrescenta-se canela em
casca; anis estrelado em pó (Pimpinella
anisum, L.),; baunilha (Epidendrum
vanilla, L.) e açúcar mascavo. Cozinha-se
em fogo lento. Quando tudo tiver
adquirido a consistência de uma massa,
retira-se do fogo e enrola-se em folhas de
mamona (Ricinus communis, L.). Depois
de enroladas e bem amarradas para que
não se abram, coloca-se uma panela com
água para ferver. Assim que a água
estiver fervendo, coloca-se dentro, as
trouxinhas, deixando que cozinhem
durante quinze minutos, retirando-se em
seguida e colocando-se de lado para que
esfriem. Quando estiverem frias, retira-se
o invólucro de folhas e arruma-se numa
travessa de barro, regando-se com
bastante mel.
Deve-se fazer sempre, um número de
nove oguidís ou então, o número
correspondente ao Odu que determinou
a oferenda. Entrega-se a Egun na porta
do cemitério ou nos pés de uma árvore
seca.
- Olele
Deixar, por 3 dias, uma porção de feijão
fradinho (Vigna sinensis, Endl.) de molho
na água.
No terceiro dia, moe-se o feijão fradinho
no liqüidificador usando a menor
quantidade de água possível, para que a
massa resultante fique bem espessa.
Refoga-se, numa panela à parte, uma
cebola, pimentão vermelho, cominho,
orégano e tomate. Quando tudo estiver
bem refogado, junta-se 2 ovos e deixa-se
no fogo por mais um tempo, mexendo
sempre, com uma colher de pau. Tira-se
do fogo e coloca-se, com a colher,
pequenas porções em folhas de mamona,
embrulhando-se em forma de trouxinhas.
Coloca-se as trouxinhas para ferver
durante 25 minutos, depois do que,
retira-se da água e deixa-se esfriar.
Depois de frias, retira-se as folhas de
mamona, arreia-se nos pés de Egun e, no
terceiro dia, retira-se e enterra-se num
terreno baldio ou dentro de uma mata.
Importante: As comidas oferecidas a
Egun não levam sal, com exceção
daquelas feitas para o consumo das
pessoas, das quais retira-se uma pequena
porção para oferecer a Egun.
- Oferenda de coco a Egun para
prejudicar uma pessoa.
Pega-se um coco seco grande, abre-se
um dos olhos de forma que se possa
introduzir pelo buraco, depois de retirada
a água, o seguinte: Um papel com o
nome da pessoa, sua foto ou um pedaço
de pano de sua roupa, pó de osun; 9
pimentas-da-costa; um pouco de terra de
cemitério; um pouco de terra de
encruzilhada; um pouco de poeira da
casa ou do quintal da pessoa que se quer
atingir; um pouco de óleo de cobra; um
pedaço de osso humano; um pedacinho
do talo da folha de comigo- ninguém-
pode; 9 grãos de milho torrado.
Depois que tudo estiver dentro, tapa-se o
buraco do coco com um pedacinho de
pau ou uma rolha de cortiça. Coloca-se o
coco dentro de um alguidar pequeno e
arreia-se diante de Egun. Durante 9 dias
seguidos, acende-se uma vela às 12
horas, outra às 18 e uma terceira às 24
horas. No fim dos 9 dias, leva-se a um rio
e atira-se nas águas.
Este trabalho é muito perigoso e
prejudicial, só devendo ser feito em casos
extremos.
- Trabalho para afastar um inimigo com a
ajuda de Egun
Um galho de irôko (Chlorophora Excelsa)
de aproximadamente 1 metro. Numa das
extremidades, faz-se, no sentido
longitudinal, uma abertura de uns 10
centímetros.
Num papel branco, escreve-se 9 vezes, o
nome da pessoa que se deseja afastar.
Um pedaço de pano vermelho; 9
pimentas-da-costa; um pouco de pelo de
gato preto; um pouquinho de azougue;
um pouquinho de alcatrão; 9 agulhas;
1m. de fita vermelha; 1m. de fita branca;
1m. de fita amarela; 1m. de fita azul; 9
grãos de milho torrado; um pouco de
osun; um pouco de uáji; um pedaço de
osso humano e um carretel de linha
preta.
Coloca-se todos os ingredientes dentro
do papel onde se escreveu o nome das
pessoas e faz-se um embrulho enrolado,
em forma de charuto. Embrulha-se
novamente, com o pano vermelho e
enrola-se com a linha preta, usando toda
a linha do carretel. O embrulho é então,
enfiado na fenda aberta na ponta do
galho de irôko. Em seguida, prende-se
bem, enrolando, primeiro a fita branca,
depois a azul, depois a amarela e
finalmente, a vermelha, de forma que o
embrulhinho fique bem preso ao galho.
Isto feito, coloca-se o galho num prato
branco que será arriado diante de Egun.
Durante 9 dias renova-se a vela. No fim
dos 9 dias leva-se ao cemitério e espeta-
se o galho, com a ponta onde está o
embrulho, numa sepultura fresca,
pedindo ao Egun ali enterrado que afaste
a pessoa para bem distante.
OFERENDAS A OGUN
- Para apaziguar Ogun.
Prepara-se sete ecós, coloca-se num
alguidar com uma moeda corrente e um
grão de ataré em cima de cada um.
Depois de arrumados, acrescenta-se
azeite de dendê, mel de abelhas e
manteiga de cacau derretida. Junta-se,
dentro do alguidar, bastante milho
torrado e rega-se com aguardente.
Arreia-se diante de Ogun com uma vela
de sete dias. Despacha-se numa via
férrea.
- Para evitar derramamento de sangue.
Sete peixes frescos, sem serem limpos,
apenas lavados em água corrente. Os
peixes são arrumados numa travessa de
barro com as cabeças voltadas para fora.
Sobre eles coloca-se: azeite de dendê;
mel de abelhas; ori-da-costa derretido;
melado de cana e sete grãos de ataré
(um sobre a cabeça de cada peixe).
Arreia-se nos pés de Ogun, com uma vela
acesa, durante algumas horas (o tempo
suficiente para que a vela se queime
toda). Depois disto, passa-se os peixes na
pessoa para a qual se está solicitando a
proteção de Ogun. A pessoa deve ficar
despida, resguardadas as partes mais
íntimas. Terminada a limpeza coloca- se
os peixes numa folha de papel pardo e se
despacha numa linha de trem.
- Para obter proteção contra qualquer
tipo de tragédia.
Um peixe pargo de bom tamanho; azeite
de dendê; gin; mel de abelhas; milho
torrado; feijão fradinho torrado e ori-da-
costa. Coloca-se o peixe numa travessa
ou assadeira de barro; cerca-se com o
milho e o feijão torrados; tempera-se
com os ingredientes relacionados. Arreia-
se diante de Ogun com velas acesas.
Depois de três horas, despacha-se numa
mata.
- Para obter uma graça qualquer do Orixá
Ogun.
1 inhame-do-norte cozido; arroz cru; ori-
da-costa; azeite de dendê; mel de
abelhas; melado de cana; 7 pimentas
ataré e gin. Amassa-se o inhame cozido e
mistura-se a massa obtida com o ori-da-
costa e o arroz. Com esta massa,
preparam-se, modelando-se com as
mãos, 7 bolas que, depois de prontas,
serão arrumadas num alguidar de barro
onde já se colocou o milho torrado.
Acrescenta-se os demais ingredientes e
oferece-se a Ogun, diante de seu igbá
onde deverá permanecer por sete dias.
Despacha-se na mata.
- Para apaziguar Ogun.
Para acalmar a ira deste Orixá, basta
oferecer-lhe uma melancia aberta e
regada com melado de cana.
- Para que Ogun defenda uma casa de
malefícios.
Uma faca de aço é colocada no fogo até
que fique em brasa. Quando a lâmina da
faca estiver acesa, pega-se, coloca-se em
cima de Ogun e derrama-se sobre ele
azeite de dendê de forma que o azeite
escorra sobre a ferramenta do Orixá. Esta
faca é embrulhada em pano vermelho
junto com os seguintes ingredientes: 1
fava de ataré inteira; 7 grãos de milho
torrados; sete pedacinhos de coco seco e
um pouco de uáji. Envolve-se tudo,
inclusive a faca, no pano vermelho e
enrola-se, bem enrolado, com linha verde
e linha azul. Somente a lâmina da faca
deverá ser enrolada pelo pano e pelas
linhas, o que formará uma espécie de
bainha. Este fetiche deverá permanecer
atrás da porta da casa e, todas as vezes
em que Ogun comer, deverá ficar junto
com ele, no igbá, durante todo o tempo
do orô e enquanto durar o preceito.
- Para agradar Ogun.
Pega-se 7 ovos de codorna, unta-se com
azeite de dendê, mel de abelhas e pó de
efun. Coloca-se num prato de barro,
espalha-se por cima fumo de rolo
desfiado e molha-se com gin. Deixa-se
diante de Ogun durante sete dias com
uma vela acesa. Despacha-se na mata.
- Para evoluir ou obter uma graça.
Pega-se uma melancia inteira, corta-se
um quadradinho em forma de cubo (sem
abrir a fruta); separa-se o cubinho;
escreve- se, em papel de embrulho, o
que se deseja; coloca-se o papel no
buraco feito na melancia; tapa-se o
buraco com o próprio pedaço extraído
dali; arreia-se nos pés de Ogun, deixando
ali por 3 dias. Durante estes três dias,
acende-se uma vela e pede- se a Ogun o
que se deseja. Despacha-se na linha do
trem.
- Para obter proteção pessoal de Ogun.
Deixar, durante 7 dias, um coco seco
dentro do assentamento de Ogun. No
sétimo dia, retira-se o coco, quebra-se,
retira-se a polpa, descasca-se, rala-se,
espreme-se com um pano branco e
virgem. Ao sumo obtido acrescenta-se
meio litro de leite de cabra, mistura-se
num recipiente com água de chuva e
água de rio (meio a meio); acrescenta-se
ainda: Um copo de água de coco verde;
um copo de caldo de cana; sete colheres
de mel de abelhas e sete colheres de
melado de cana. Mistura-se bem, e deixa-
se o recipiente diante de Ogun, por três
horas, com uma vela acesa. Depois de
decorridas as três horas, toma-se banho
com o líqüido (inclusive a cabeça); deixa-
se o banho secar no corpo durante meia
hora e depois, toma-se banho com água
limpa e sabão da costa. A pessoa deve
usar somente roupas brancas nos sete
dias seguintes e, no mesmo período, terá
que acender velas, bater cabeça e rogar a
proteção do Orixá.
- Para resolver problemas de justiça.
Num pano branco coloca-se os seguintes
ingredientes: 7 grãos de milho torrados;
7 grãos de ataré; 7 pimentas malagueta;
pó de peixe defumado; um pedaço de
talo de comigo-ninguém-pode; 7 folhas
de hortelã e um papel com o nome da
pessoa que está sendo tratada.
Faz-se um embrulho com o pano branco,
amarra-se bem com barbante virgem,
passa-se no corpo da pessoa e deixa-se
no igbá de Oxóssi até que o problema
esteja resolvido.
Resolvido o problema, a pessoa
beneficiada deverá oferecer uma comida
seca ao Orixá, de acordo com a
orientação obtida no oráculo.
- Para boa sorte.
Numa travessa de barro, coloca-se sete
peixes frescos inteiros com as escamas.
Por cima coloca-se: milho torrado;
melado de cana; azeite de dendê e efun
ralado. Deixa-se nos pés de Oxóssi por
três horas e, em seguida, leva-se a um
mata e arreia- se aos pés de uma
palmeira ou coqueiro.
- Para problemas de saúde.
Unta-se sete ovos de galinha d’angola
com ori-da-costa; coloca-se dentro dum
alguidar diante do assentamento de
Oxóssi e coloca-se, sobre eles, um pouco
de azeite de dendê; melado de cana; licor
de anis; fumo-de-rolo desfiado e
bastante pó de efun. Todos os dias,
durante sete dias, passa-se um dos ovos
na pessoa enferma e separa-se para
outro alguidar que deverá ficar atrás do
igbá. No sétimo e último ovo, coloca-se
tudo num pano azul-claro, amarra-se em
forma de trouxa, leva-se à uma mata e
despacha-se num tronco de árvore seca.
- Para estabilidade financeira.
Oferece-se, a Oxóssi, uma melancia
aberta no meio e regada de melado de
cana; deixa-se diante de Oxóssi por três
dias e despacha-se numa mata.
- Para falta de dinheiro.
Pega-se sete cocôs secos, pinta-se de
branco (efun) as partes de cima e de azul
(uáji) as partes de baixo. Coloca-se os
sete cocôs num alguidar grande e,
durante sete dias, vai-se passando um
coco por dia no corpo, tendo-se o
cuidado de separar os cocôs utilizados
para outro alguidar. Depois de passar o
último coco, enrola-se o alguidar com os
sete cocôs num pano azul claro e
despacha-se em água corrente. Uma vela
de sete dias deverá permanecer acesa
durante o tempo em que os cocôs
estiverem diante de Oxóssi.
- Para obter uma graça qualquer.
Sete romãs (Punica granatum, L.); melado
de cana; azeite de dendê; anis estrelado
e efun ralado. Coloca-se os romãs
abertos dentro de um alguidar e, sobre
eles, os ingredientes relacionados. Deixa-
se diante de Oxóssi por sete dias com
uma vela acesa, depois, despacha-se
numa mata.
- Para assegurar boa sorte.
Descasca-se e frita-se ligeiramente, em
gordura de coco, sete cebolas de casca
vermelha. Arruma-se tudo numa panela
de barro e cobre-se com anis estrelado
em pó; melado de cana; azeite de dendê;
pó de peixe defumado e milho torrado.
Arreia- se nos pés de Oxóssi com duas
velas de sete dias acesas. Depois de sete
dias despacha-se na mata sem
desarrumar o adimú.
- Para agradar e apaziguar Oxóssi.
Prepara-se sete ecós. Em cada um deles
coloca-se um grão de atarê, uma moeda
de pequeno valor; uma fava de anis
estrelado e uma pitadinha de efun
ralado. Arruma-se num alguidar e rega-se
com azeite de dendê e um pouco de
vinho branco. Entrega-se a Oxóssi com
uma vela de sete dias e, depois deste
período, despacha-se nos pés de uma
amendoeira.
- Para agradar Oxóssi.
Sete espigas de milho verde, grandes e
tenras, são assadas na brasa. As folhas
que envolvem as espigas são separadas
para forrar o alguidar em que será
oferecido o adimú. Assim que as espigas
forem retiradas do braseiro, ainda
quentes, são regadas, uma a uma, com
azeite de dendê, gordura de coco,
melado de cana, um pouco de licor de
romã e pó de peixe defumado. Depois
disto arruma-se com as pontas mais finas
para cima, no alguidar já forrado com as
folhas das espigas. Coloca-se, dentro do
alguidar, amendoim torrado e rega-se
tudo com vinho branco. Entrega-se a
Oxóssi com uma vela de sete dias. No fim
de sete dias, despacha-se numa mata.
OFERENDAS A LOGUNEDÉ
- Pamonha que se oferece a Logunedé.
Rala-se sete espigas de milho verde bem
tenras. À massa obtida acrescenta-se
coco ralado e açúcar. Envolve-se a massa
nas folhas mais tenras que envolvem as
espigas, formando uma espécie de
trouxinha que se amarra em cima com
palha da costa. Mergulha-se as
trouxinhas em água fervente e retira-se
logo em seguida. Deixa-se esfriar, abre-se
as trouxinhas, arruma-se numa travessa
ou prato de louça. Ao redor coloca-se
fatias de coco seco cortado em tiras,
rega-se com bastante mel e oferece-se ao
Orixá. Despacha-se numa cachoeira.
- Para agradar Logunedé.
Prepara-se uma massa de milho verde
igual à da receita anterior, dispensando-
se o açúcar. Refoga-se uma boa
quantidade de camarão seco em óleo de
milho acrescentando-se cebola branca,
pimentão doce, tomate, coentro
picadinho, vinho branco e um pouco
d'água para fazer o molho. Coloca-se a
massa numa tigela e cobre-se com o
molho. Enfeita-se com 7 camarões
inteiros crus e folhas de hortelã.
- Para obter uma graça.
Pega-se um peixe dourado, limpa-se
bem, retira-se as escamas e recheia-se
com milho verde (grãos); milho torrado;
cebola branca picada; pedacinhos de
coco seco e 1 obí picado em pedacinhos
pequenos. Costura-se o peixe, tempera-
se com azeite de oliva e azeite de dendê;
orégano em pó; coentro e vinho branco.
Coloca-se para assar no forno. Quando o
peixe estiver assado, retira-se do forno,
coloca-se numa travessa e cerca-se de
agrião ligeiramente fervido. Na boca do
peixe introduz-se um papel com o pedido
da graça que se deseja obter. Cobre-se
com bastante mel de abelhas e vinho
branco. Arreia-se nos pés de Logun e, no
dia seguinte, despacha-se num rio de
águas limpas.
- Para agradar Logunedé.
Assa-se, num braseiro, 7 espigas de milho
verde. Cozinha-se, à parte, uma porção
de feijão fradinho misturado com a
mesma quantidade de amendoim. Pega-
se o feijão cozido com o amendoim e
coloca-se num alguidar; arruma-se as
espigas assadas com as pontas para fora;
rega-se com mel de abelhas; azeite de
dendê e vinho branco. Deixa-se por três
dias diante do igbá do Orixá e despacha-
se dentro de uma mata.
- Para agradar Logunedé.
Cozinha-se uma boa quantidade de milho
seco em água pura. Pega-se sete
camarões graúdos, aferventa-se
ligeiramente também em água pura.
Prepara-se um molho idêntico ao
descrito no adimú número 2. Coloca-se o
milho cozido numa travessa ou tigela
branca; arruma-se os camarões em cima
e cobre-se com o molho. Enfeita-se com
folhas de agrião e rega- se com mel de
abelhas e vinho branco. Arreia-se diante
de Logun e despacha-se, três dias depois,
na beira de um rio ou dentro de uma
mata.
- Para atrair uma pessoa.
Pega-se um coco seco, retira-se a água e
abre-se, num dos olhos do coco, um
buraco onde possam passar os seguintes
ingredientes: Um papel com o nome das
pessoas interessadas; sete favas de anis
estrelado; sete pedacinhos de lírio
florentino; sete colheres de café de água-
de-flor-de-laranja; a mesma medida de
melado de cana; a mesma medida de mel
de abelhas; sete pedacinhos de açúcar
cândi; sete gotas de baunilha; sete
folhinhas de hortelã; sete pétalas de rosa
amarela e sete gotas de essência de
rosas. Completa-se com vinho branco.
Fecha-se o buraco com um pedacinho de
madeira e veda-se com cera de abelhas
derretida. Enfeita-se o coco com laços de
fitas amarelas e azuis, leva-se à uma
cachoeira e coloca-se em baixo da queda
d'água. Antes de levar, o coco deve ser
apresentado ao Orixá.
OFERENDAS A IYEMANJÁ
- Adimú para se obter uma graça.
Arruma-se sete espigas de milho verde
assadas dentro de uma panela de barro
com o seguinte: Sete bolas de feijão
fradinho cozido, amassado e ligado com
farinha de acaçá; sete biscoitos de
araruta; sete bananas da terra cortadas
no sentido longitudinal e fritas em
gordura de ori-da-costa; sete bolas de
mingau de milharina adoçado com açúcar
mascavo. Depois de tudo arrumado
dentro da panela rega-se com bastante
mel de abelhas e oferece-se à Iyemanjá,
acendendo-se duas velas. Deixa-se de um
dia para o outro, embrulha-se num pano
branco e leva-se para o mar.
- Para resolver uma situação impossível.
Cozinha-se um inhame grande até que
fique bem macio. Coloca-se num
recipiente qualquer e amassa-se com um
garfo. À massa obtida acrescenta-se:
farinha de milho bem grossa; meio copo
de melado de cana; um pouquinho de
azeite de dendê e um pouco de mel de
abelhas. Mistura-se tudo muito bem e
modela-se 7 bolas, que são arrumadas
numa travessa branca. Sobre as bolas
despeja-se bastante melado de cana; pó
de efun e pó de peixe defumado.
Oferece-se, diante do igbá, com uma vela
acesa, deixando por sete dias. Despacha-
se na beira do mar.
- Para obter uma graça.
Pega-se um melão bem grande, abre-se
uma tampa no alto e retira-se a polpa.
Coloca-se, dentro da fruta, os seguintes
ingredientes: Sete bolinhas de milho
vermelho; sete bolas de inhame; sete
rodelas cortadas de uma espiga de milho
verde; sete peixinhos secos; sete cebolas
brancas pequenas; sete bolas de arroz
branco cozido; sete bolinhas pequeninas
de ori-da- costa; sete colheres de óleo de
amêndoa-doce; mel de abelhas e melado
de cana. Coloca-se o melão num prato
grande ou bandeja forrada com pano
branco, diante de Iyemanjá e acende-se
sete velas que devem ser renovadas por
sete dias, tempo em que o adimú
permanecerá diante do Orixá. Despacha-
se na beira do mar.
- Para obter saúde ou estabilidade
financeira.
Colocar dentro de uma travessa de barro:
Sete pargos frescos bem pequenos; sete
grãos de ataré; sete grãos de milho
torrado; sete moedas correntes; um
pouco de pó de osun; sete agulhas de
crochet; um pouco de areia da praia; sete
colheradas de azeite de amêndoas; sete
colheres de mel de abelhas e sete
colheres de melado de cana. Entrega-se à
Iyemanjá na desembocadura de um rio
com o mar. O mesmo adimú pode ser
oferecido à Olokun. Neste caso substitui-
se as agulhas de crochet por anzóis e se
entrega diretamente nas águas, em alto
mar.
- Para que Iyemanjá trabalhe em favor de
alguém.
Colocar-se, aos pés de Iyemanjá, uma
cesta com frutas variadas, cobre-se tudo
com bastante folhas de beldroega (Planta
herbácea, da família das cariofileas).
Deixa-se, diante do Orixá, durante sete
dias com uma vela votiva acesa. Findo o
prazo, leva-se à uma praia e arreia-se na
areia com sete velas acesas.
- Para firmar a cabeça de uma pessoa.
Coloca-se a sopeira de Iyemanjá no solo,
sobre uma esteira forrada de branco. Em
volta coloca-se nove pratos brancos.
Dentro de cada prato coloca-se um ovo
de pata (cru); um pouco de mel de
abelhas sobre os ovos; uma pequena
porção de coco ralado e uma pitadinha
de pó de efun. Ao lado de cada ovo,
dentro dos pratos, acende-se uma vela
de sete horas. A pessoa, depois de limpa
e lavada com omi eró de folhas frescas de
Iyemanjá, veste uma roupa branca e
deita-se no quarto do Orixá por uma
noite. No dia seguinte colocam-se os
ovos dentro de uma cestinha de palha e
despacha-se no mar, na sétima onda que
bater.
- Para resolver qualquer tipo de
problema.
Pega-se 21 frutas de diferentes espécies,
pica-se em pedaços bem pequenos e
mistura-se dentro de uma tigela branca.
Prepara-se um cozido com vinte e um
diferentes tipos de legumes bem picados
e cozidos em água pura. Separa-se os
legumes em outra tigela branca. Cozinha-
se, em água sem sal, vinte e um
diferentes tipos de grãos como: milho,
canjica, feijões de todos os tipos (menos
preto), soja, arroz, etc. e separa-se tudo
numa outra tigela. Coloca-se tudo dentro
de um balaio, deixando que as coisas se
misturem. Por cima coloca-se um pargo
fresco de tamanho médio, em cuja boca,
introduz- se um obí batá. Enfeita-se tudo
com folhas de beldroegas e vinte e uma
rosas brancas. Salpica-se vinho branco
em cima, enfeita-se com fitas brancas,
rendas, etc. Leva-se à praia e entrega-se
à Iyemanjá, com muito orô e cantigas do
Orixá.
- Para calar a boca de uma pessoa
maledicente.
Retira-se um cubinho da casca de uma
melancia, com o auxílio de uma faquinha.
No buraquinho, introduz-se um papel
com o nome da pessoa de língua ferina e
tapa-se com o pedaço que dali foi
retirado. Deixa-se, durante quatro dias
nos pés do Orixá, depois do que, leva-se a
uma linha de trem deixando ali, de forma
que a fruta seja esmagada pelo trem.
- Adimú para agradar Iyemanjá e obter
sua proteção.
Descasca-se sete cebolas brancas e frita-
se, ligeiramente, em azeite de amêndoas.
Depois de bem douradas as cebolas,
abre- se nelas, com uma faquinha, um
buraco onde se introduz um papel com o
pedido que se deseja obter e um
grãozinho de ataré. Coloca-se as cebolas
num prato branco e se acrescenta, sobre
elas, os seguintes ingredientes: Mel de
abelhas; melado de cana; um pouco de
vinho branco; um pouco de vinho tinto
suave e bastante milho torrado. Deixa-se,
durante sete dias, diante do igbá do
Orixá, sempre com velas acesas.
Despacha-se na beira da praia.
- Para obter uma graça com ajuda de
Iyemanjá.
Numa cesta de vime forrada de pano
azul, coloca-se sete peixes fritos em
azeite de amêndoa; sete bananas da
terra verdes; sete punhados de canjica
cozida; sete bolos de arroz; sete pedaços
de coco seco; sete ecós; sete oleies e sete
moedas brancas. Enfeita-se tudo com
flores brancas e entrega-se à Iyemanjá
diretamente na praia, com velas acesas e
uma taça de vinho branco.
- Para agradar e apaziguar.
Corta-se sete romãs ao meio. Dentro de
cada um deles se coloca uma moeda e
um grão de ataré. Arruma-se as frutas
dentro de uma panela de barro, derrama-
se por cima: azeite de dendê, mel de
abelhas, melado de cana, vinho branco e
sete balas de leite ou de coco. Deixa-se
durante sete dias diante do igbá de
Iyemanjá e, depois, despacha-se dentro
do mar.
Para apressar a solução de qualquer tipo
de problema.
Um peixe pargo bem assado é colocado
numa travessa de barro e recoberto com
rodelas de banana-da-terra previamente
cozidas. Dentro do peixe já estará um
papel no qual se escreveu o desejado.
Por cima de tudo, derrama-se melado de
cana e vinho branco. A panela deve ficar
cheia até a borda. Deixa-se, durante sete
dias diante de Iyemanjá e depois,
despacha-se em pedras onde as ondas do
mar estouram.
- Para agradar Iyemanjá.
Forra-se uma travessa de barro ou de
louça com folhas de alface e sobre elas
arruma-se: 7 ecós; 7 oleles; 7 oguidís;
sete acaçás de milho vermelho
desembrulhados; sete pedaços de coco
seco; sete espigas de milho assadas; sete
moedas; sete bolinhas de ori-da-costa.
Depois de tudo arrumado na travessa
tempera-se com azeite de dendê, mel de
abelhas, melado de cana, ataré, pó de
efun e vinho branco. Este adimú
permanece, durante sete dias, diante do
igbá do Orixá com duas velas acesas.
Despacha-se nas águas de um rio.
- Para alcançar uma graça impossível
Coloca-se, dentro de um copo de cristal,
um papel onde se escreveu o que se
deseja obter. Enche-se o copo com
melado de cana misturado a vinho
branco. Coloca-se diante de Iyemanjá e
cobre-se com um pano branco virgem.
Por cima coloca-se um prato branco
sobre o qual se acenderá uma vela todos
os dias, durante 21 dias. Findo este prazo
o copo com seu conteúdo, o pano e o
prato, serão levados à uma praia e
atirados ao mar, o mais longe possível.
OFERENDAS A OXUN
- Para atrair uma pessoa.
Abre-se uma cabaça ao comprido, limpa-
se bem retirando todas as sementes e as
películas de seu interior e se coloca
dentro: O nome da pessoa que se quer
atrair escrito em papel de embrulho; 5
agulhas de coser; 5 pedacinhos de galho
de irôko; 5 grãos de pimenta-da-costa;
um pouco de milho torrado; uma
pitadinha de pó de osun; uma pitadinha
de sal de cozinha; mel de abelhas; suco
de um limão galego (Citrus medica,
Rissus); pó de peixe defumado e pó de
preá defumada. Fecha-se a cabaça
unindo as duas partes com um laço de
fita amarela; coloca-se sobre um prato
branco diante do igbá-Oxun e, durante 25
dias, à mesma hora, acende-se uma vela
em cima da cabaça pedindo ao Orixá que
traga a pessoa desejada. No vigésimo
quinto dia, depois que a vela acabar,
despacha-se nas águas de um rio.
- Para obter-se uma graça qualquer.
Num prato branco arruma-se: 5 ovos de
galinha crus; 5 folhas de verbena (Lipia
citriodora); uma conta de coral; um
pedaço de azeviche; um molho de agrião
que deverá ser arrumado em volta do
prato, formando uma rodilha. Cobre-se
tudo com bastante mel de abelhas,
salpica-se pó de efun e arreia-se aos pés
de Oxun com 5 velas acesas ao redor.
Este adimú permanece por cinco dias nos
pés do Orixá e é despachado numa
cachoeira.
- Para apaziguar Oxun.
Um mamão bem maduro aberto ao meio,
do qual se retira todas as sementes.
Enfeita-se o mamão por dentro e por fora
com ramos de salsa; coloca-se dentro do
mamão 5 gemas de ovos de galinha e
cobre-se com bastante mel de abelhas.
Junta-se as duas partes do mamão e
coloca-se, sobre um prato, diante de
Oxun, com duas velas acesas. No dia
seguinte despacha-se num rio.
- Para agradar e obter uma graça.
Cozinha-se um inhame, amassa-se e
mistura-se folhas de agrião bem
picadinhas. Com a pasta modela-se 5
bolas. Depois de prontas as bolas de
inhame, rola-se as mesmas sobre farinha
de acaçá até que fiquem bem envolvidas.
Numa travessa de barro, arruma-se as 5
bolas de inhame ao redor de um pargo
assado ao forno. Sobre cada bola coloca-
se uma pimenta ataré, uma moeda, um
grão de milho e uma pétala de rosa
amarela. Rega-se com um pouquinho de
azeite de milho e bastante mel de
abelhas, enfeita-se com galhos e folhas
de agrião miúdo.
- Balaio para agradar Oxun.
Pega-se um balaio grande com alça e
enfeita-se à gosto com panos, fitas e
rendas amarelas. Pronto o balaio, coloca-
se dentro dele diversos tipos de frutas,
sempre em cinco unidades. Acrescenta-
se ainda bastante caramelos de leite e
enfeita-se com folhas de hortelã. No
meio das frutas coloca-se uma boneca
vestida de amarelo, representando a
própria Oxun. Deixa- se diante do Orixá
por oito dias, findo os quais, despacha-se
numa cachoeira. A boneca ficará, para
sempre, junto ao igbá.
- Para obter uma graça.
Pega-se cinco laranjas lima e, sem
descascá-las, corta-se no alto, separando-
se as "tampinhas". Sobre cada uma das
laranjas coloca-se: Uma fava de anis-
estrelado; um pouquinho de pó de lírio-
florentino; umas folhinhas de salsa; umas
gotinhas de mel de abelhas e uma
pitadinha de canela em pó. Repõe-se as
tampinhas em cada laranja e arruma-se
num prato do igbá da
Oxun. O prato deverá ser colocado sobre
a sopeira, no lugar da tampa. Este adimú
permanece cinco dias sobre o igbá e é
despachado, envolto num pano amarelo,
na beira de um rio de águas limpas.
- Para obter uma graça.
O mesmo adimú acima descrito pode ser
feito, substituindo-se as laranjas por ovos
de galinha. Neste caso, abre-se os ovos
em cima, sem que se quebre as cascas
em demasia, escorre-se as claras
deixando somente as gemas dentro das
cascas. Acrescenta-se os mesmos
ingredientes dentro dos ovos. Neste caso
ferve-se ligeiramente um molho de
agrião e, depois de frio, faz-se um ninho
que será colocado no prato para abrigar
os ovos de forma que não virem para que
não se entornem os seus conteúdos.
- Para ocasionar intranqüilidade a um
inimigo.
Dentro de um boneco de pano branco
(do mesmo sexo da pessoa que se quer
atingir) coloca-se: Um papel de embrulho
usado com o nome da pessoa escrito
cinco vezes; cinco gotas de óleo de rícino;
uma folha de irôko; uma folha de urtiga
(Urtica urens, L.); cinco agulhas de
costura; cinco grãos de ataré; um pouco
de lama do fundo do rio e um pouco de
azougue. Este boneco fica, durante cinco
dias, diante de Oxun, de cabeça para
baixo e de costas para o igbá (sem velas
acesas). No fim dos cinco dias, retira-se o
boneco, embrulha-se em pano preto,
leva-se à uma mata e pendura-se, de
cabeça para baixo, num galho de árvore
seca.
OFERENDAS A NANÃ
- Para agradar Nanã.
Cozinha-se, em água de poço sem sal, 13
espigas de milho verde e deixa-se de
lado. Numa panela de barro coloca-se
uma cebola roxa picada; cominho em
grãos; uma folha de louro; um pouquinho
de orégano; um pouco de gengibre
ralado e azeite de dendê. Deixa-se ferver
por meia hora e coloca-se, dentro da
panela, uma porção de fubá de milho
vermelho bem fino. Vai-se mexendo
enquanto cozinha, até que engrosse
como um mingau. Retira-se do fogo,
coloca-se as 13 espigas cozidas com as
pontas para cima e, depois de frio,
oferece-se à Nanã na mesma panela.
Depois de 13 dias, leva-se à um pântano
e se enterra com panela e tudo.
- Para problemas de saúde.
Pega-se 13 pargos frescos bem
pequenos, arruma-se dentro de um prato
de barro e tempera-se com azeite de
dendê; mel de abelhas; melado de cana e
vinho tinto seco. Arreia-se diante de
Nanã e, depois de 13 dias, passa-se o
prato com o adimú no corpo da pessoa
enferma, leva-se a um pântano e enterra-
se com tudo.
- Para saúde.
Pega-se 13 broas de milho, passa-se no
corpo da pessoa e vai-se arrumando num
alguidar de barro. Depois que todas as
broas já estiverem no alguidar rega-se
com azeite de dendê e vinho tinto seco,
salpicando-se por cima pó de efun. Deixa-
se diante do Orixá durante 13 dias, findos
os quais, retiram-se as broas,
substituindo-as por outras, agindo
sempre da mesma forma. As broas
retiradas são levadas e despachadas na
porta do cemitério. A operação deve ser
repetida até que a pessoa fique curada.
- Para obter uma graça.
Pega-se 13 cebolas roxas inteiras e frita-
se ligeiramente em azeite de dendê.
Prepara-se um pouco de pipoca em
azeite de dendê, arruma-se a pipoca num
alguidar e enfeita-se com as cebolas
fritas. Deixa-se nos pés de Nanã por 13
dias. Despacha- se na beira de uma lagoa.
Torra-se, bem torrada, uma mistura de
milho vermelho, feijão fradinho e
amendoim. Coloca-se tudo dentro de
uma cabaça aberta no pescoço. Cozinha-
se uma boa quantidade de canjica e
coloca-se dentro da mesma cabaça.
Acrescenta-se 13 grãos de ataré; um
pouco de milho de pipoca que, depois de
torrado, não se tenha aberto; 13 grãos de
lelekun; 13 favas de bejerekun; pó de
peixe defumado e pó de eku defumado.
Fecha-se a cabaça enrolando-a toda com
palha-da-costa. Deixa-se por 13 dias
diante do Orixá. Depois pendura-se atrás
da porta de casa ou do local de trabalho.
- Para evolução financeira.
Assa-se, no forno, 13 fatias de berinjela.
Depois de assadas unta-se com azeite de
dendê; mel de abelhas e ori-da-costa.
Arruma-se num alguidar e cobre-se com
pipocas. Rega-se com vinho tinto seco.
Despacha-se, depois de 13 dias, na beira
de um poço que tenha água potável.
- Para agradar Nanã.
13 cebolas roxas descascadas e fritas em
azeite doce; 13 espigas de milho verde
assadas na brasa; 13 rodelas de aipim
cozido com casca; milho torrado e pipoca
feita no dendê. Arruma-se, num alguidar,
primeiro o milho torrado e as pipocas.
Por cima dispõe-se as rodelas de aipim,
as espigas e as cebolas. Rega-se com
azeite de dendê e deixa-se 13 dias diante
de Nanã. Despacha-se no mato.
- Para sorte e proteção de Nanã.
Uma panela de barro média; 13 gemas de
ovos de gansa; 13 pimentas-da-costa; 13
búzios; osun; efun; uáji; um pouco de
lama de pântano; um pouco de milho
torrado; peixe defumado; azeite de
dendê; 13 colheres de azeite de
amêndoas; os pedidos que se deseja
obter escritos em papel de embrulho.
Coloca-se o papel dentro da panela e
todos os ingredientes por cima;
completa-se com canjica branca e deixa-
se diante de Nanã por 13 dias. Despacha-
se num pântano.
Metade de uma cabaça bem limpa por
dentro; 13 moedas pequeninas; 13 grãos
de milho de pipoca que não tenham
estourado ao se fazer pipocas para
Omolú; 13 pedacinhos de coco seco; 13
sementes de anis estrelado; azeite de
dendê; um pouco de melado de cana;
azeite de dendê. Escreve-se, num papel
qualquer, o que se deseja de Nanã.
Coloca-se o papel dentro da cabaça e
coloca-se todos os ingredientes por cima.
Completa-se com canjica branca e rega-
se com água de flor de laranjeira. Deixa-
se nos pés de Nanã por 13 dias.
Despacha-se nas águas de um rio.
- Para agradar Oxumarê.
Cozinha-se uma batata doce e amassa-se
bem, formando uma espécie de purê.
Coloca-se a massa dentro de um alguidar
de barro e tempera-se com pó de ataré;
pó de bejerekun; lelekun e bastante
azeite de dendê. Arreia-se para Oxumarê
e deixa-se por 15 dias. Despacha-se no
mato.
- Para obter uma graça.
Com a massa de uma batata doce cozida,
modela-se uma cobra dentro de uma
travessa de barro. Ao redor da cobra,
arruma- se 15 ovos de galinha nos quais
colocou-se, por uma pequena abertura
feita numa das extremidades, os
seguintes ingredientes (para cada ovo): 1
grão de ataré; 1 semente de fava de
aridã; 1 semente de bejerekun e 1 grão
de lelekun. Arreia-se diante do Orixá e
despacha-se, no dia seguinte, nos pés de
uma árvore frondosa.
- Para apaziguar Oxumarê.
Cozinha-se 5 batatas doce, amassa-se e
mistura-se ao purê, pó de aridan e
sementes de lelekun. Com a pasta obtida
modela- se 15 bolas. Depois de prontas
as bolas de batata doce, rola-se as
mesmas sobre farinha de acaçá até que
fiquem bem envolvidas. Numa travessa
de barro, arruma-se as 15 bolas ao redor
de um pargo assado ao forno. Sobre cada
bola de inhame coloca-se uma pimenta
ataré, uma moeda e um búzio
pequenino. Rega-se com azeite de dendê
e deixa-se diante de Oxumarê de um dia
para o outro. Despacha-se em água
corrente.
- Para apaziguar Xangô.
Cozinha-se um inhame-da-costa. Com o
inhame cozido e descascado faz-se uma
massa à qual acrescenta-se: azeite de
dendê; mel de abelhas; pó de peixe
defumado e orogbô ralado. Depois de
bem misturado faz-se seis bolas. Em cima
de cada bola se coloca uma moeda de
cobre. Arruma-se no centro de uma
gamela de madeira e, ao redor, coloca-se
seis sapotís (Achras sapota, L.) bem
maduros. Deixa-se aos pés do Orixá
durante seis dias. Envolve-se num pano
vermelho e leva-se aos pés de uma
palmeira imperial (Oreodoxa regia).
- Para agradar Xangô.
Pega-se seis sapotís maduros, abre-se ao
meio, retira-se as sementes e arruma-se
numa gamela. Dentro de cada sapotí
coloca-se: Seis grãos de milho torrado;
seis pedacinhos de coco seco; um orogbô
(para cada sapotí); um pouquinho de
melado de cana; mel de abelhas; azeite
de dendê; um ataré e um pouco de vinho
tinto. Deixa-se por seis dias nos pés do
Orixá com uma vela acesa, que deve ser
renovada todos os dias.
- Para tirar uma pessoa do cárcere.
Um talo de folha de afomã (Ficus
Membranacea); um pedaço de galho de
cedro (Cedrela mexicana); osun; efun e
ori-da- costa. Raspa-se talo de afomã e o
galho de cedro. O pó obtido é misturado
aos demais ingredientes e com a massa
resultante, faz-se uma bola que deverá
ficar, por seis dias, dentro da gamela de
Xangô. Despacha-se o mais próximo
possível do local onde a pessoa estiver
detida e, se isto não for possível, no alto
de uma pedra de onde se aviste a cidade.
- Para assegurar vitória em questões
judiciais.
Embrulha-se, em pano vermelho, seis
varetas ou palitos de cedro; seis
pimentas ataré; seis grãos de milho
torrados; um pouquinho de pó de peixe
defumado; um orogbô inteiro e uma
folha de cedro. Amarra-se bem amarrado
com linha branca e deixa-se dentro da
gamela de Xangô. No dia da audiência ou
julgamento, a pessoa deve portar o
embrulhinho num de seus bolsos.
- Adimú para boa sorte.
Pega-se seis ovos de galinha d'Angola e
unta-se as cascas com: Azeite de dendê;
mel de abelhas; ori-da-costa; pó de efun
e pó de osun. Coloca-se numa gamela ou
alguidar de barro e sopra-se, em cima,
vinho tinto e aguardente de cana. Deixa-
se diante de Xangô por seis dias e depois,
passa-se os ovos na pessoa, embrulha-se
em pano vermelho e despacha-se aos pés
de uma palmeira imperial.
- Para obter uma graça.
Compra-se o romã mais bonito que se
puder encontrar, abre-se a fruta ao meio
no sentido vertical e retira-se, de seu
interior, todas as sementes. Coloca-se, no
lugar das sementes, um pouquinho de
osun; um pedacinho do talo de comigo-
ninguém- pode; um pouquinho de raspa
de pó de cedro; um pouquinho de raspa
de madeira de irôko; seis ataré; um
pouquinho de azeite de dendê; mel de
abelhas e um pouquinho de canela em
pó. Une-se as duas partes do romã,
envolve-se num pedaço de pano
vermelho e enrola-se bem, com linha
branca. Derrete-se, em banho-maria,
uma quantidade de cera de abelhas. Na
cera derretida vai-se mergulhando e
retirando a bonequinha de pano com a
fruta dentro, dando-se voltas para que a
cera fique aderida ao tecido. Repete-se a
operação até que se transforme numa
bolota de cera. Deixa-se secar até que a
cera fique bem durinha e, somente
então, coloca-se dentro da gamela de
Xangô, onde deverá permanecer até que
a graça seja alcançada. Depois de
atendido o pedido feito ao Orixá,
despacha-se a bolota nos pés de uma
palmeira real.
- Para agradar Xangô e obter sua
proteção.
Arruma-se, numa gamela grande, 12
tomates maduros; 12 laranjas-da-china;
12 bananas-da-terra verdes; um inhame-
da- costa; uma cabaça de pescoço; 12
orogbôs; 12 caramelos; 12 fatias de pão e
12 ataré. Rega-se tudo com muito mel de
abelhas, vinho tinto e melado de cana.
Coloca-se diante de Xangô e deixa-se por
12 dias, renovando a vela diariamente.
No fim dos doze dias leva-se a um campo
e deixa-se ali.
- Para resolver uma situação impossível.
Gordura de coco, cebola, pimentão
vermelho, camarão sêco, cominho,
orégano, louro verde, tomates, quiabo,
farinha de acaçá e azeite de dendê. Pica-
se a cebola, o pimentão, os tomates e os
quiabos (estes em rodelinhas bem finas).
Coloca-se a farinha para cozinhar, com
água, em fogo brando, deixando
engrossar um pouquinho. Numa panela à
parte coloca-se uma colher de gordura de
coco, uma pitada de cominho, uma de
orégano, a folha de louro, a cebola
picadinha, o pimentão e o tomate.
Espera-se cinco minutos e acrescenta-se
o camarão sêco, o quiabo e o mingau que
foi cozido em separado. Coloca- se um
pouco de dendê (se possível a pasta
chamada bambarra). Deixa-se cozinhar
em fogo brando por aproximadamente
uma hora. Quando estiver cozido retira-
se do fogo e se derrama tudo numa
gamela. Separa-se uma porção num
alguidar para ser oferecida a Exú. Depois
de entregar-se a parte de Exú, oferece-se
o adimú nos pés de Xangô, sacode-se o
xeré e vai-se pedindo o que se quer em
voz baixa e a cabeça no chão. Acende-se
duas velas e, no dia seguinte, despacha-
se aos pés de uma palmeira.
OFERENDAS A YEWÁ
- Para agradar Yewá.
Cozinha-se 16 pedaços de mandioca
cortados em cubo. Depois de bem
cozidos, coloca-se numa panela de barro
onde se acrescenta: Melado de cana; mel
de abelhas; canela em casca e 8 favas de
anis estrelado. Deixa-se ferver em fogo
brando durante vinte minutos. Retira-se
do fogo e, depois de frio, coloca-se à
Yewá, deixando por sete dias com velas
acesas. Despacha-se num rio.
- Para conquistar um amor impossível.
Um coração de cera dentro do qual se
coloca os nomes das pessoas
interessadas, escritos 7 vezes, um ao lado
do outro. O papel, depois de escrito, é
enrolado em forma de canudo e
atravessado por sete agulhas de cozer.
Coloca-se o tubinho dentro do coração
de cera e acrescenta-se: Uma folha de
abre caminho; uma folha de elevante;
sete pétalas de rosa vermelha; um
pedaço de talo de comigo-ninguém-pode;
um pouco de pó de osun; pó de peixe
defumado; milho torrado; azeite de
dendê e mel de abelhas. Coloca-se o
coração dentro de uma panelinha de
barro, completa-se com azeite de oliva e
entrega-se ao Orixá, com uma vela de
sete dias acesa e pedindo-se o que se
quer. Despacha-se num rio.
- Para obter uma graça.
Cozinha-se sete raízes de mandioca
pequenas, descascadas. Arruma-se numa
travessa de barro e cobre-se com:
melado de cana; açúcar mascavo; uma
pimenta da costa em cima de cada raiz de
mandioca; pedaços de coco cortados em
tiras finas e mel de abelhas. Arreia-se
diante de Yewá e despacha-se, sete dias
depois, numa lagoa de água doce.
- Para agradar Yewá.
Numa tábua nova e limpa que flutue,
coloca-se um pargo sem escamas, do
qual foram retiradas todas as entranhas.
Dentro do pargo coloca-se: Um papel no
qual se escreveu o que mais se deseja na
vida; um pouco de pipoca; 7 grãos de
pimenta- da-costa; sete pedacinhos de
coco seco; osun; lelekun; sete pétalas de
rosa vermelha; mel de abelhas e azeite
de dendê. Costura-se a barriga do peixe,
coloca-se em sua boca um anzol de pesca
e arruma-se, em cima da tábua, com sete
velas acesas em volta. Entrega-se nas
águas de uma lagoa, que sejam
tranqüilas, para que a tábua flutue na
superfície. Este adimú tem que ser
oferecido à noite, com céu estrelado e
lua crescente.
- Para se obter uma graça.
Prepara-se uma boa quantidade de
pipocas, arroz branco cozido e canjica
cozida. Coloca-se, numa travessa de
barro, primeiro uma camada de arroz;
por cima, uma camada de canjica e,
finalmente, a pipoca. Sobre tudo isto,
espalha-se uma boa porção de camarões
fritos em azeite de dendê (sem limpar,
apenas lavados). Rega-se com azeite de
dendê e enfeita-se com rodelas de
tomate. Arreia-se aos pés de Yewá por
sete dias com duas velas acesas.
Despacha-se, à noite, aos pés de uma
árvore que dê flores.
- Para se obter proteção.
Pega-se um peixe de tamanho médio que
se limpa e corta em postas. Com a cabeça
do peixe prepara-se um pirão de farinha
de mandioca, ao qual se acrescenta
folhas de coentro e alguns grãos de ataré.
As postas são cozidas com pimentão;
coentro; anis estrelado em pó e gengibre
ralado. À parte, frita-se em azeite dendê,
sete camarões grandes, com cabeça e
casca. Forra- se uma travessa de barro
com bastante folhas de alface, sobre elas
derrama-se o pirão depois de frio;
arruma-se as postas de peixe e coloca-se
por cima os camarões fritos. Bate-se as
claras de sete ovos até que atinjam o
"ponto-de-neve" e com isto, cobre-se
todo o adimú. No centro, sobre a clara,
coloca-se um obi de quatro gomos
aberto. Este adimú deve ser entregue à
Yewá na beira de um lago ou rio de águas
mansas e limpas, em noite de céu
estrelado. Os pedidos que forem feitos
são endereçados ao firmamento e o
adimú, antes de ser arriado, deve ser
mostrado aos quatro pontos cardeais,
começando-se pelo este, depois o norte,
o oeste e o sul.
- Para apaziguar Yewá.
Prepara-se uma papa de milharina
vermelha temperada com coentro.
Refoga-se em azeite de dendê, cebola
branca bem picadinha e uma porção de
camarões secos. Coloca-se, numa
travessa de barro, primeiro a papa de
milharina e, por cima dela, os camarões
secos refogados. Rega-se com dendê e
enfeita-se com sete ovos cozidos
cortados em rodelas. Sobre cada rodela
de ovo cozido coloca-se um pouquinho
de cebola branca ralada. No meio coloca-
se um tomate cortado em quatro, sem as
sementes, dentro do qual se coloca um
obi de quatro gomos. Arreia-se nos pés
de Yewá com velas acesas e despacha-
se, depois de sete dias, nas margens de
um rio de águas limpas.
Torra-se feijão fradinho, milho vermelho
e amendoim. Coloca-se num alguidar e
cobre-se com mel de abelhas, vinho
branco e canela em pó. Arreia-se aos pés
do Orixá ou na beira de um lagoa, com
duas velas acesas.
OFERENDAS À OIYÁ
- Adimú para agradar Oyá.
Frita-se, no dendê, nove peixes de água
doce pequenos. Arruma-se numa
travessa de barro. Prepara-se, à parte,
um molho com: cebola branca; pimentão
vermelho; pimenta do reino; tomate;
vinho tinto e camarão seco. Pronto o
molho, derrama-se sobre os peixinhos
fritos e enfeita-se com folhas de alface.
Deixa-se nos pés de Oyá por quatro dias e
despacha-se num bambual.
- Para obter proteção de Oyá.
Descasca-se 9 cebolas roxas das
pequenas e frita-se, inteiras, em azeite de
dendê. Coloca-se as cebolas e o óleo que
sobrou da fritura numa panela de barro
e, por cima, coloca-se: Milho torrado;
feijão fradinho torrado; vários
pedacinhos de coco seco; um copo de
vinho rosado; um pouquinho de melado
de cana; pó de ataré e pó de osun.
Entrega-se diante do igbá ou dentro de
uma mata.
- Para obter uma graça qualquer.
Escolhe-se 9 berinjelas bem bonitas,
abre-se e frita-se, ligeiramente, em azeite
de dendê. As berinjelas serão recheadas
com o seguinte: Cozinha-se um pouco de
feijão fradinho descascado e amassa-se
bem amassadinho. À massa de feijão
acrescenta-se cebola branca bem
picadinha; camarão seco moído; ataré
em pó e osun. Mistura-se bem estes
ingredientes à massa de feijão fradinho e
recheia-se as berinjelas. Arruma-se tudo
numa travessa de barro, rega-se com
azeite de dendê e arreia-se nos pés do
Orixá. Despacha-se quatro dias depois,
no local indicado pelo jogo.
- Para que Oyá trabalhe em uma
determinada questão.
Prepara-se um bom molho com
pimentão, tomate, cebola, alho e azeite
de dendê. Prepara-se 9 acarajés. Sobre
cada acarajé coloca-se um grão de ataré
e uma moeda de cobre. Arruma-se os
acarajés numa travessa de barro forrada
com folhas de bambu e rega-se tudo com
o molho. Arreia-se aos pés de Oyá e
despacha-se, depois de 4 dias num
bambual.
Dentro de uma língua de vaca, coloca-se:
9 grãos de ataré; 9 agulhas; uma pitada
de osun; 4 grãos de milho torrado; 4
pedacinhos de casca de irôko e azeite de
dendê. Enrola-se a língua muito bem
enrolada com linha vermelha; coloca-se
num prato ou alguidar de barro e deixa-
se aos pés de Oyá por quatro horas sem
acender velas. Transcorridas as quatro
horas, pega-se a língua, leva-se a um pé
de flamboayant(Poinciana regia) e
amarra-se num de seus galhos.
- Para afastar uma pessoa sem que haja
briga.
Pega-se um pé de boi (comprado no
açougue); retira-se uma parte do tutano
e coloca-se ali: O nome da pessoa que se
quer ver pelas costas escrito no mesmo
papel em que o pé de boi foi
embrulhado; 9 grãos de ataré; 9 agulhas;
9 gotas de azougue; 2 penas de asa de
andorinha; uma aleta (nadadeira) de
peixe; pó de estrada e areia da praia.
Enrola-se o pé num pano vermelho,
amarra-se bem amarrado com linha
vermelha. Arruma-se tudo numa travessa
de barro e apresenta-se à Oyá, sem
arriar. Pede-se o afastamento da pessoa
(nunca o seu mal), leva-se para o quintal
ou para qualquer lugar fora de casa e
enterra-se o embrulho.
- Para dificuldades financeiras.
Prepara-se um boa quantidade de
pipocas feitas no azeite de dendê, coloca-
se num balaio e oferece-se à Oyá junto
com Obaluaye. Prepara-se, em vasilhas
separadas para cada Orixá, uma mistura
de vinho seco com canela em pó e mel de
abelhas. Acende-se uma vela para cada
Orixá e despacha-se na porta do
cemitério.
- Para evitar aborto com a proteção de
Oyá.
Escolhe-se uma berinjela grande e bonita,
corta-se em 9 fatias, frita-se em óleo de
amêndoas. Corta-se, ao meio, uma
cabaça de pescoço, limpa-se por dentro e
arruma-se ali as rodelas de berinjela
fritas. Tempera-se com pó de peixe
defumado, pó de preá; osun e efun. A
cabaça é fechada e amarrada com fita
vermelha. Coloca-se num alguidar e
deixa-se diante do igbá de Oyá até o final
da gravidez. Depois que a criança nascer
deve ser mostrada ao Orixá e só então, a
cabaça será despachada num pé de
akokô.
- Para obter uma graça.
Frita-se 9 pedaços de mandioca cortados
em rodela (não retirar a casca). Os
pedaços de mandioca são fritos em azeite
de dendê, em fogo brando para que
fiquem bem passadinhos. Num alguidar
arruma-se: Os 9 pedaços de mandioca
fritos; 9 espigas de milho verde
descascadas e limpas; 9 acarajés; 9 obís
vermelhos (de quatro gomos); milho
torrado; feijão fradinho torrado; azeite
de dendê; mel de abelhas e pó de efun.
Deixa-se 9 dias diante de Oyá e
despacha-se numa praça pública com 9
velas acesas.
- Para ter sucesso numa empreitada.
Prepara-se uma massa idêntica à do
acarajé e deixa-se de lado. Prepara-se um
molho com cebola roxa; cominho;
orégano; camarão seco; vinho tinto e
azeite de oliva. Com a massa do acarajé,
prepara-se 9 bolinhos com a forma de
pãezinhos, sem contudo fritá-los;
arruma-se os bolinhos numa travessa de
barro e espalha-se o molho por cima.
Depois acrescenta-se: milho torrado;
azeite de dendê; óleo de amêndoas e
pimenta-da-costa. Coloca-se o adimú
diante do Orixá por 9 dias e despacha-se,
depois, dentro de uma mata.
- Para unir duas pessoas.
Corta-se ao meio uma maçã vermelha;
retira-se as sementes e um pouco da
polpa, fazendo um buraco onde se
introduz: Um papel com os nomes das
pessoas; um pedacinho de folha de
comigo-ninguém-pode; um pedacinho de
abre-caminho; um pouquinho da poeira
da frente das casas das duas pessoas.
Fecha-se a maçã, amarra-se com fita
vermelha dando nove voltas e, em cada
volta, um nó. A maçã é colocada num
prato e regada com mel de abelhas,
depois do que, é oferecida ao Orixá com
os pedidos correspondentes. Despacha-
se aos pés de um flamboayant depois de
quatro dias.
- Para alcançar o impossível.
Coloca-se numa cesta diante de Oyá, os
seguintes ingredientes: 9 berinjelas; 9
ecós; 9 acarajés; 9 ovos de galinha
d’Angola; 9 espigas de milho verde
descascadas; 9 jambos (Eugenia
malacenses); 9 obís; 9 pedaços de coco
seco e 9 favas de ataré inteiras. Todos os
dias, durante 9 dias, a pessoa pega um de
cada componente colocado na cesta,
passa no corpo, transfere para um
alguidar colocado ao lado e acende uma
vela pedindo o que deseja. No nono dia
pega o alguidar, leva para um bambual e
arria ali, com nove velas acesas.
Pertence a Lídia Gabriel
OFERENDAS A OMOLU / OBALUAYE
- Para agradar Omolu.
Cozinha-se, em água de poço sem sal,
meio quilo de tremoços (lupinus luteus).
Pega-se os tremoços já cozidos, coloca-se
numa panela de barro e junta-se uma
cebola roxa picada; cominho em grãos;
uma folha de louro; um pouquinho de
orégano; um pouco de gengibre ralado e
azeite de dendê. Deixa-se ferver por meia
hora e coloca-se, dentro da panela, uma
porção de fubá de milho vermelho bem
fino. Vai-se mexendo enquanto cozinha,
até que engrosse como um mingau.
Retira-se do fogo e, depois de frio,
oferece-se a Omolu na mesma panela.
Depois de sete dias leva-se à uma mata e
se enterra com panela e tudo. Para
problemas de saúde.
Pega-se 7 arenques defumados, arruma-
se dentro de um prato de barro e se
tempera com azeite de dendê; mel de
abelhas; melado de cana e vinho tinto
seco. Arreia-se diante de Omolu e, depois
de sete dias, passa-se o prato com o
adimú no corpo da pessoa enferma, leva-
se a uma mata e enterra-se com tudo.
Para saúde.
Pega-se 14 pãezinhos de sal frescos,
passa-se no corpo da pessoa e vai-se
arrumando num alguidar de barro.
Depois que todos os pães já estiverem no
alguidar rega-se com azeite de dendê e
vinho tinto seco, salpicando-se por cima
pó de efun. Deixa-se diante do Orixá
durante sete dias, findos os quais,
retiram-se os pães substituindo-os por
outros, agindo sempre da mesma forma.
Os pães retirados são levados e
despachados na porta do cemitério. A
operação deve ser repetida até que a
pessoa fique curada.
- Para agradar Omolú.
Cozinha-se uma quantidade de tremoços
misturada com a mesma porção de feijão
fradinho. Depois de cozida a mistura,
coloca-se num alguidar de barro e
tempera-se com azeite de dendê, pó de
peixe defumado; pó de preá defumada;
azeite de amêndoas e vinho tinto. Cobre-
se com uma porção de pipocas
estouradas em azeite de dendê. Deixa-se
diante do Orixá por sete dias e despacha-
se no mato.
- Para obter uma graça.
Pega-se sete berinjelas, parte-se ao meio
e frita-se ligeiramente em azeite de
dendê. Arruma-se os 14 pedaços de
beringela num recipiente de barro e,
sobre cada um, coloca-se uma bolinha de
ori-da-costa com um grão de ataré em
cima. Tempera- se com azeite de dendê,
melado de cana e vinho tinto. Cobre-se
com pipocas feitas na areia e arreia-se
nos pés de Omolú, deixando por sete
dias. Despacha-se nos pés de uma árvore
dentro da mata.
- Para obter uma graça.
Prepara-se o mesmo adimú descrito no
item anterior, substituindo as beringelas
por cebolas roxas. O procedimento é
absolutamente idêntico.
- Para obter a proteção de Omolu.
Torra-se, bem torrada, uma mistura de
milho vermelho; feijão fradinho; feijão
preto; tremoços; arroz com casca,
amendoim e milho branco. Coloca-se
tudo dentro de uma cabaça aberta no
pescoço. Acrescenta-se 14 búzios
fechados e todos os grãos de ataré
contidos numa fava. Coloca-se ainda, pó
de osun, uáji, pó de efun, aridã ralada, 14
grãos de lelekun, 14 favas de bejerekun,
um pedacinho de carvão vegetal, pó de
peixe defumado e pó de cotia defumada.
Fecha-se a cabaça enrolando-a toda com
palha-da-costa. Deixa-se por 14 dias
diante do Orixá e depois, pendura-se
atrás da porta de casa ou do local de
trabalho.
- Para proteção no trânsito.
O mesmo trabalho descrito acima,
usando-se uma cabacinha pequena que
possa ser pendurada no retrovisor de um
carro. Neste caso, todos os ingredientes
podem ser utilizados em uma única
unidade, em vez de quatorze.
- Para evolução financeira.
Assa-se no forno 13 pedaços de inhame
com casca. Depois de assados unta-se
com azeite de dendê, mel de abelhas e
ori-da- costa. Arruma-se num alguidar e
cobre-se com pipocas. Rega-se com vinho
tinto seco. Despacha-se, depois de sete
dias, na mata.
Sete cebolas roxas descascadas e fritas
em azeite doce; sete espigas de milho
verde assadas na brasa; sete rodelas de
pão de sal; sete rodelas de aipim cozido
com casca; milho torrado; tremoços e
pipoca feita no dendê. Arruma-se num
alguidar, primeiro o milho torrado e os
tremoços. Por cima dispõe-se as rodelas
de aipim, as fatias de pão, as espigas e as
cebolas. Rega-se com azeite de dendê e
cobre-se com as pipocas. Deixa-se sete
dias diante de Omolu e despacha-se no
mato.
- Para progredir na vida.
Cozinha-se sete bananas da terra, retira-
se as cascas e amassa-se bem com um
garfo. À banana amassada adiciona-se
mel e um pouquinho de azeite de dendê.
Mistura-se bem, sempre amassando e
mexendo com um garfo. Coloca-se a
massa dentro de um alguidar, arruma-se
por cima sete fatias de pão e cobre-se
com pipocas feitas na areia. Tempera-se
com azeite de dendê e vinho tinto. Deixa-
se nos pés do Orixá de um dia para o
outro e despacha-se no mato.
- Para apaziguar Omolú.
Sete frutas-de-conde (Anona squamosa,
L.); sete bananas da terra e sete espigas
de milho verde sem casca. Arruma-se
num alguidar e rega-se com melado de
cana e vinho tinto seco. Despacha-se,
depois de sete dias, próximo a um
formigueiro.
Para problemas de saúde.
Pega-se 7 arenques defumados, arruma-
se dentro de um prato de barro e se
tempera com azeite de dendê; mel de
abelhas; melado de cana e vinho tinto
seco. Arreia-se diante de Omolu e, depois
de sete dias, passa-se o prato com o
adimú no corpo da pessoa enferma, leva-
se a uma mata e enterra-se com tudo.
Para saúde.
Pega-se 14 pãezinhos de sal frescos,
passa-se no corpo da pessoa e vai-se
arrumando num alguidar de barro.
Depois que todos os pães já estiverem no
alguidar rega-se com azeite de dendê e
vinho tinto seco, salpicando-se por cima
pó de efun. Deixa-se diante do Orixá
durante sete dias, findos os quais,
retiram-se os pães substituindo-os por
outros, agindo sempre da mesma forma.
Os pães retirados são levados e
despachados na porta do cemitério. A
operação deve ser repetida até que a
pessoa fique curada.
- Para agradar Omolú.
Cozinha-se uma quantidade de tremoços
misturada com a mesma porção de feijão
fradinho. Depois de cozida a mistura,
coloca-se num alguidar de barro e
tempera-se com azeite de dendê, pó de
peixe defumado; pó de preá defumada;
azeite de amêndoas e vinho tinto. Cobre-
se com uma porção de pipocas
estouradas em azeite de dendê. Deixa-se
diante do Orixá por sete dias e despacha-
se no mato.
- Para obter uma graça.
Pega-se sete berinjelas, parte-se ao meio
e frita-se ligeiramente em azeite de
dendê. Arruma-se os 14 pedaços de
beringela num recipiente de barro e,
sobre cada um, coloca-se uma bolinha de
ori-da-costa com um grão de ataré em
cima. Tempera- se com azeite de dendê,
melado de cana e vinho tinto. Cobre-se
com pipocas feitas na areia e arreia-se
nos pés de Omolú, deixando por sete
dias. Despacha-se nos pés de uma árvore
dentro da mata.
- Para obter uma graça.
Prepara-se o mesmo adimú descrito no
item anterior, substituindo as beringelas
por cebolas roxas. O procedimento é
absolutamente idêntico.
- Para obter a proteção de Omolu.
Torra-se, bem torrada, uma mistura de
milho vermelho; feijão fradinho; feijão
preto; tremoços; arroz com casca,
amendoim e milho branco. Coloca-se
tudo dentro de uma cabaça aberta no
pescoço. Acrescenta-se 14 búzios
fechados e todos os grãos de ataré
contidos numa fava. Coloca-se ainda, pó
de osun, uáji, pó de efun, aridã ralada, 14
grãos de lelekun, 14 favas de bejerekun,
um pedacinho de carvão vegetal, pó de
peixe defumado e pó de cotia defumada.
Fecha-se a cabaça enrolando-a toda com
palha-da-costa. Deixa-se por 14 dias
diante do Orixá e depois, pendura-se
atrás da porta de casa ou do local de
trabalho.
- Para proteção no trânsito.
O mesmo trabalho descrito acima,
usando-se uma cabacinha pequena que
possa ser pendurada no retrovisor de um
carro. Neste caso, todos os ingredientes
podem ser utilizados em uma única
unidade, em vez de quatorze.
- Para evolução financeira.
Assa-se no forno 13 pedaços de inhame
com casca. Depois de assados unta-se
com azeite de dendê, mel de abelhas e
ori-da- costa. Arruma-se num alguidar e
cobre-se com pipocas. Rega-se com vinho
tinto seco. Despacha-se, depois de sete
dias, na mata.
Sete cebolas roxas descascadas e fritas
em azeite doce; sete espigas de milho
verde assadas na brasa; sete rodelas de
pão de sal; sete rodelas de aipim cozido
com casca; milho torrado; tremoços e
pipoca feita no dendê. Arruma-se num
alguidar, primeiro o milho torrado e os
tremoços. Por cima dispõe-se as rodelas
de aipim, as fatias de pão, as espigas e as
cebolas. Rega-se com azeite de dendê e
cobre-se com as pipocas. Deixa-se sete
dias diante de Omolu e despacha-se no
mato.
- Para progredir na vida.
Cozinha-se sete bananas da terra, retira-
se as cascas e amassa-se bem com um
garfo. À banana amassada adiciona-se
mel e um pouquinho de azeite de dendê.
Mistura-se bem, sempre amassando e
mexendo com um garfo. Coloca-se a
massa dentro de um alguidar, arruma-se
por cima sete fatias de pão e cobre-se
com pipocas feitas na areia. Tempera-se
com azeite de dendê e vinho tinto. Deixa-
se nos pés do Orixá de um dia para o
outro e despacha-se no mato.
- Para apaziguar Omolú.
Sete frutas-de-conde (Anona squamosa,
L.); sete bananas da terra e sete espigas
de milho verde sem casca. Arruma-se
num alguidar e rega-se com melado de
cana e vinho tinto seco. Despacha-se,
depois de sete dias, próximo a um
formigueiro.
Para obter uma graça.
Numa cesta de palha arruma-se sete
frutas-pão (Artocapus incisa); sete frutas-
do-conde; sete espigas de milho secas;
setes bananas da terra maduras; sete
tamarindos (Tamarinus indica, L.); sete
obís e sete orogbôs. Enfeita-se a gosto
com folhas de canela-de-velho (Zinnia
Elegans) e deixa-se por sete dias diante
do Orixá. Despacha-se no mato.
- Merengue para agradar Obatalá.
Bate-se oito, dez ou dezesseis claras de
ovos em neve. Com as clara faz-se um
monte sobre o qual se coloca uma
pitadinha de efun e, ao redor, um obi
branco de quatro gomos aberto, (cada
pedaço do obí deve ficar de um lado do
prato, em forma de cruz. Arreia-se aos
pés de Obatalá pedindo o que se quer.
(Para Oxaguian, faz-se com 8 claras, para
Oxalufan, com dez ou dezesseis).
- Para apaziguar Obatalá.
Vira-se ao contrário a tampa da sopeira
de Obatalá, deixando-a sobre a sopeira.
Forra-se o interior da tampa com algodão
em rama. Bate-se oito, dez ou dezesseis
claras de ovos como na receita anterior.
Coloca-se o merengue (claras batidas em
neve), sobre o algodão na tampa da
sopeira, de modo que forme um monte.
Salpica-se pó de efun no alto do monte
de claras. Acende-se 8, 10 ou 16 velas
brancas. No dia seguinte, recolhe-se o
adimú, envolve-se num pano branco, e
despacha- se numa mata limpa, em local
protegido dos raios solares. A tampa,
depois de lavada, fica no seu lugar
normal.
- Para reverenciar Obatalá.
Cozinha-se uma boa quantidade de
canjica, lava-se em água corrente e
escoa-se bem, deixando por algum
tempo numa peneira, até que fique bem
sequinha. Coloca-se numa tigela branca e
rega-se com água de flor-de-laranjeira.
Cobre-se com algodão em rama. Por cima
do algodão, coloca-se um obí branco de
quatro gomos aberto.
- Para agradar Obatalá.
Procede-se da mesma forma acima
descrita, só que, sobre o algodão, coloca-
se quatro de pedaços de coco (sem as
películas pretas) e, sobre eles, uma
bolinha de ori-da-costa misturada com pó
de efun. Pode-se, se quiser, cobrir tudo
com merengue.
- Para agradar Obatalá.
Prepara-se 8, 10 ou 16 acaçás. Cozinha-se
uma boa quantidade de canjica que,
depois de bem lavada e escorrida, é
colocada numa bacia branca de ágata ou
de louça. Arruma-se, sobre a canjica, um
número de folhas de saião (Kalanchoe
brasiliensis), que corresponda ao número
de acaçás que se vai oferecer. Sobre cada
folha, coloca-se um acaçá aberto. Em
cima de cada acaçá coloca-se um búzio e
um pouquinho de mel de abelhas. Deixa-
se nos pés do Orixá de um dia para o
outro e despacha- se em água corrente
limpa. (A bacia volta para casa).
- Para problemas de caminhos fechados.
Cozinha-se uma boa quantidade de
canjica e separa-se a água em que foi
cozida. Coloca-se a canjica numa tigela
branca grande. Pega-se um igbín, meio
metro de morim branco, uma garrafa
com água de chuva e uma vela branca
grande. Leva-se tudo ao alto de um
morro e, num lugar limpo sob a sombra
de uma árvore, arreia-se a tigela com a
canjica sobre o pano branco. Molha-se o
igbín, e coloca-se sobre a canjica dentro
da tigela. Despeja-se o resto da água
sobre o igbín, já sobre a tigela. Acende-se
a vela, bate-se cabeça pedindo-se à
Obatalá que, assim como aquele igbín vai
encontrar seu caminho dentro da mata,
que o caminho da pessoa seja aberto
para o progresso, a paz e a harmonia. Ao
retornar, toma-se banho com a água da
canjica cozida misturada com água de
poço. Veste-se roupa branca durante três
dias e observa-se resguardo de boca e de
corpo.
- Para obter uma graça.
Frita-se 8, 10 ou 16 peixinhos brancos em
óleo de girassol (Heliantus annuus).
Cozinha-se arroz branco, como se fosse
para comer, sem usar sal. Coloca-se o
arroz cozido, depois de frio, num prato
branco e sobre ele arruma-se os
peixinhos fritos com as cabeças viradas
para fora. No centro, sobre o arroz,
coloca-se um pãozinho de trigo inteiro,
regado com mel de abelhas. A pessoa
que oferece o adimú deve, depois de
entregá-lo, comer um pouquinho do
arroz, retirando-o do prato, sem usar as
mãos, diretamente com a boca.
- Para proteção.
Cozinha-se um inhame-da-costa.
Descasca-se, depois de cozido, e amassa-
se bem, fazendo uma espécie de purê.
Com a massa obtida, modela-se com as
mãos, 8, 10 ou 16 bolas, em cada bola
espeta-se uma moeda branca. Derrete-se
uma porção de ori-da-costa e escorre-se
um pouco do óleo sobre cada uma das
bolas de inhame. Acrescenta-se pó de
efun e cobre-se tudo com algodão em
rama. Deixa-se nos pés de Obatalá por
quatro dias e despacha-se aos pés de
uma árvore frondosa, dentro da mata.
- Para recuperar a saúde.
Pega-se oito ovos de galinha-d'angola,
unta-se com ori-da-costa e pó de efun.
Arruma-se os ovos dentro da tampa da
sopeira de Obatalá virada ao contrário.
Todos os dias, logo pela manhã, passa-se
um ovo na pessoa doente e se coloca
num prato no chão. Quando se tiver feito
a mesma coisa com o último ovo,
embrulha-se num pano branco, leva-se
dentro de uma mata e bate-se com o
embrulho no tronco de uma árvore bem
grande, até sentir que os ovos se
quebraram, deixa-se o embrulho aos pés
da árvore e sobre ele, uma quantidade de
moedas correspondente ao número de
ovos utilizados.
- Para resolver qualquer dificuldade.
Pega-se uma fruta pão que se abre em
quatro, ao comprido, sem deixar que as
partes se separem. Coloca-se a fruta
aberta num prato branco, acrescenta-se
arroz cru, coco ralado, mel de abelhas e
pó de casca de ovos. Cobre-se tudo com
algodão em rama e deixa-se diante de
Obatalá por 10 dias, renovando,
diariamente, a vela acesa. Despacha-se,
envolto em pano branco, no alto de um
morro.
- Para tirar uma pessoa da prisão.
Pega-se dois pombos brancos, lava-se
para que fiquem bem limpinhos (usar na
água, ervas de Obatalá), deixa-se os
bichos, por três dias, presos numa gaiola
em frente ao igbá do Orixá. No terceiro
dia, leva-se as aves para o quintal,
amarra-se no pé direito de uma delas o
nome da pessoa que se deseja ver livre e,
na outra, o endereço do local onde está
presa. Solta-se os pombos sem jogá-los
para o alto. Os pombos devem ser
colocados no chão até que resolvam alçar
vôo, não podem ser enxotados nem
espantados, é preciso que permaneçam
no local o tempo que quiserem.
- Para que Obatalá faça justiça.
Oito, dez ou dezesseis espigas de milho
verde bem tenras. Assa-se as espigas
num braseiro e, quando estiverem
assadas, unta-se com ori-da-costa e mel
de abelhas. Coloca-se numa travessa
branca, salpica-se bastante pó de efun e
pó de lírio fiorentino; cobre-se tudo com
algodão e se oferece a Obatalá, no alto
de um morro à sombra de um arvoredo,
com tantas velas acesas quantas forem as
espigas oferecidas.
- Para obter prosperidade.
Retira-se a casca de um coco seco; rala-se
a polpa e coloca-se numa tigela grande.
Junta-se à isso um copo de leite de cabra,
oito colheres de mel de abelhas; oito
folhas de saião e uma bola de efun
desfeita em pó. Bate-se bem a mistura no
liqüidificador. Depois de bem batida,
coloca-se a mistura num tigelão branco,
cobre-se a tigela com algodão em rama e
enche-se um prato com arroz branco cru.
A tigela com o líquido é colocada dentro
do prato, sobre o arroz. Coloca-se, junto
ao arroz, uma boa quantidade de
moedas. Deixa-se nos pés de Obatalá, de
um dia para o outro, com uma vela acesa.
No dia seguinte, despeja-se o líquido da
tigela num balde, acrescenta-se água de
poço e toma-se um banho da cabeça aos
pés. O arroz deve ser cozido para ser
comido normalmente, com todos os
temperos comuns. As moedas são
atiradas dentro do poço de onde se
retirou a água para o banho.
- Adimú de frutas.
Obatalá é um Orixá que pode ser
facilmente agradado com frutas. Dentre
as diversas frutas que podem ser
oferecidas em seus adimús, destacamos:
Coco verde ou seco, (sempre que se
oferecer coco seco a Obatalá, é
imprescindível que se retire a película
escura que fica agarrada à polpa da
fruta); uvas brancas ou rosadas; laranja
lima; lima da Pérsia; fruta-do-conde;
melão; mamão; fruta-pão (uma de suas
preferidas); pêssegos; frutas secas como:
passas; tâmaras; figos; nozes; avelãs etc.
(Observação: as frutas demasiadamente
ácidas ou de cascas e polpas vermelhas
ou pretas, devem ser evitadas).
O USO DO COCO
Os povos do Caribe (particularmente os
cubanos), pela impossibilidade de
obterem o obi, passaram a utilizar o coco
em sua substituição, inclusive num tipo
de jogo denominado "Oráculo de
Biaguê", onde quatro pedaços de coco
são usados em substituição aos quatro
segmentos do obi.
A utilização do coco é de tal forma
popularizada, que este vegetal chega a
ser chamado de obí, designando-se o
verdadeiro obí, como obí-kola. O coco é
utilizado como oferenda principal aos
Orixás, Eguns, Exús e até mesmo a Ori,
entrando em muitas formas de borí.
Quando Obatalá, dono do coco, reuniu
todos os Orixás para dar-lhes mando e
hierarquia, isto foi feito embaixo de um
coqueiro. Obatalá colocou aos pés de
cada Orixá um coco partido, por isso,
todos os Orixás têm direito ao coco,
embora o coco inteiramente descascado,
seja um direito exclusivo de Obatalá.
Todos os Orixás sentaram-se ao redor do
coqueiro para ouvirem com muito
respeito e atenção as instruções de
Obatalá, com exceção de Obaluaye que
se mostrou relutante em aceitar as
ordens e orientações que lhe eram
dirigidas. Obatalá no entanto, conseguiu
convencê-lo e, com muita paciência, fez
com que acatasse suas ordens e
orientações. Desde então, não é possível
que se proceda a nenhum ritual sem que
se ofereça antes, coco aos Eguns e aos
Orixás.
AS OFERENDAS DE COCO.
Sempre que se quiser oferecer coco a
Egun, Exú ou Orixá, o seguinte
procedimento deve ser adotado:
Escolhe-se um coco maduro, rompe-se a
casca externa, retira-se a parte
comestível e joga-se a casca grossa fora.
A casca mais fina (espécie de película que
fica agarrada à parte branca) é mantida,
exceto quando a oferenda é destinada à
Obatalá, quando somente a parte branca
é ofertada). Corta-se quatro pedaços de
tamanhos mais ou menos equivalentes,
lava-se bem estes quatro pedaços,
coloca-se num prato branco com a parte
branca virada para cima e arreia-se no pé
do Orixá ao qual se destina o sacrifício.
Os mesmos quatro pedaços de coco
oferecidos são utilizados no jogo para
saber se o sacrifício foi ou não aceito.
Para cada entidade, embora o
procedimento seja o mesmo, existe uma
saudação diferente, de acordo com o que
se segue:
Para Elegbara:
Laroye aki loju Bara Barabá
Exú ború ború, Exú boiyá, Exú boxixe! Exú
Bara Barakikenio!
Para Ogun:
Oun xibiriki ala Oluo kobu kobu, Oké
babá mi siú birikí
Kpalo to ni gba
Osun du rogágo la bo sie!
Para Oxóssi:
Oxóssi Odé mata ata mata Sí du ró du ró
mata!
Para Xangô:
Elueko Asósain a kata jéri jéri. Kawo
Kabiesile!
Ala tutan, ala layi apendé ure Alafia
kisieko tu ni
Yeyeni ogan gelé
Yuo okuré ari kasagun. Pertence a Lídia
Gabriel
Para Ibeji:
Ibeji oro omó kueo Orunla,
Apetebi ajai ainá Alaba igbe, Idoú,
Kainde!
Para Iyemanjá:
Iya mi o atara magba mio jójoo ,
Axere Ogun Ayaba igba odún; Omi o
Iyemanjá asaiyabi Olokun, Aboyo, aboyo
yogun ewo
Aya balo ewo mi emi boxe
Iya olomi akara biaye
Iyemanjá igbere ekun asayabio
Olokun ya bi elede omó ariku
Alalajara de yuoma kamariku
kamari arun, kamari ejo.
Kamari ofo, kamari yen bipene.
Para Oiya:
Iyansan Orire omá lélu Oiya kojé
kofiedeno.
Oiya aji lo da aji me mo omi enti omó kpe
aye. Orunla mio talembe mi lo jekuá jei
Iyansan. Iyansan oro Iku jéri obini dodo.
Para Inle:
Inle Maku e o ara kabo Atagba ni le
aragba Inle aragbanile. Pertence a Lídia
Gabriel
Para Oxun:
Oxun igba Iyami o!
Igba Iyami o!
Iko bo si Iyami gbasi, Iyami mo.
Iyalode ogbido abala abe de bu omi male
ado Elegbeni kikirisokede
To xe ni kpele kpele Yeye moro.
Para Obatalá:
Obatalá Obatasi
Obada bada badanera
Ye okulaba okualá. Axé Olobo
Axé omó, Axé ku Baba.
Obatalá dibenigba binike
Ala lolaá axé afiju
Oxa ai lala
Abi koko. Ala ru mati le.
(O coco oferecido a Obatalá, deve ser
completamente branco, ou seja, é
imprescindível que a película escura que
o envolve seja total e cuidadosamente
retirada e que, depois disto, os pedaços a
serem oferecidos sejam muito bem
lavados até que fiquem imaculadamente
brancos).
Para Obaluaye:
Obaluaye ogoro nigá, iba eloni. Agba
litasa Baba Singbe, iba eloni. Ogoro
Xamponan. Ago.
Pertence a Lídia Gabriel
Para os ancestrais (eguns):
Axé Baba adagba,
Axé Babadona Orun
Adiatoto adafun ala kentagbada omó aye.
Agô.
LAMPARINAS MILAGROSAS
Uma forma eficaz de se agradar os
Orixás, muito usada na antigüidade, são
as lamparinas à eles acesas. As mais
tradicionais casas de Umbanda, ainda
preservam, embora de forma quase
imperceptível, este hábito muito
eficiente para a obtenção de graças e
favores dos Orixás.
A facilidade de obter-se velas
industrializadas fez com que,
gradativamente, este costume fosse
abandonado e quase totalmente
esquecido. Devemos ressaltar, no
entanto, que as lamparinas são também
consideradas como adimús,
encontrando-se no mesmo nível como
oferendas eficazes e que não podem cair
no esquecimento, substituídas por velas
de parafina que só significam, para os
Orixás, a presença do elemento fogo, não
representando portanto, um sacrifício
completo como é o caso das lamparinas.
Na tentativa de resgatar este rito, que
como tantos outros foram deixados de
lado, apresentamos neste trabalho, uma
coletânea de lamparinas quase que
totalmente esquecidas no Brasil mas que
funcionam de forma eficiente e rápida,
conforme pudemos verificar nas
Santerias de Cuba, no culto de Palo
Mayombe, e nas diversas manifestações
religiosas afro-americanas existentes no
Caribe.
Esperamos estar contribuindo mais um
pouco, na substituição do sacrifício
animal de forma desregrada e abusiva
como vem sendo praticado por
sacerdotes que, infelizmente, não
conhecem o verdadeiro sentido nem o
momento exato em que tais sacrifícios
tornam-se insubstituíveis.
LAMPARINAS PARA EGUN
- Para proteção de Egun.
Uma panela média de barro; 9 pimentas-
da-costa; um copo de água de chuva; um
copo de água de poço; água de rio; 3
colheres de mel-de-abelhas; 3 colheres
de melado de cana; 3 colheres de azeite
de dendê; uma pitada de pó de peixe
defumado; 9 grãos de milho torrado;
uma lata de azeite de oliva. Misturar
todos os ingredientes dentro da panela
de barro deixando o azeite de oliva para
o fim. Colocar 9 mechas e acender para
Egun. Depois de 9 dias, despachar no
cemitério.
- Para afastar um malefício.
Uma cabaça grande; 9 gemas de ovos; 9
grãos de milho torrados; 9 grãos de
pimenta-da-costa; 9 grãos de feijão
fradinho; um pedacinho de talo de
comigo-ninguém-pode; um pedacinho de
galho de quebra-mandinga; uma lata de
azeite de oliva. Abre-se a cabaça em
cima, limpa-se bem retirando todas as
sementes de seu interior; coloca-se
dentro os ingredientes deixando o azeite
de oliva para o final; acende-se uma
mecha de algodão e deixa-se, por 9 dias,
nos pés de Egun. Despacha- se no
cemitério.
- Para boa sorte.
Um recipiente de cristal grosso; 9
colheres de vinho tinto; 9 colheres de
vinho branco; 9 colheres de emú (vinho
de palma); 9 pedacinhos de coco seco; 9
grãos de ataré; pó de peixe defumado;
um pouco de osun; um pouquinho de
areia de rio; um pouquinho de terra da
frente de casa; uma lata de azeite de
oliva.
Arruma-se tudo dentro do cristal,
segundo a ordem da relação acima.
Acende-se 9 mechas e deixa-se nos pés
de Egun durante 9 dias. Despacha-se no
cemitério.
- Para destruir um inimigo
Uma panela de barro de tamanho médio;
um pouco de osun; um pouco de efun;
um pouco de uáji; pó de peixe defumado;
pó de preá defumado; um pouco de
azeite de dendê; um pouco de óleo de
rícino; um pouco de sumo de folhas de
comigo- ninguém-pode (substância
venenosa que requer cuidado no
manuseio); um pouquinho de terra de
cemitério; um pedaço de galho de abre
caminho e o nome da pessoa escrito 9
vezes em papel de embrulho grosseiro.
Ateia-se fogo ao papel com o nome
escrito, já dentro da panela de barro.
Coloca-se os ingredientes dentro da
panela, sobre as cinzas e completa-se
com azeite de oliva. Acende-se 9 mechas
deixando que queimem por 9 dias.
Despacha-se no cemitério.
LAMPARINAS PARA EXÚ
- Para obter proteção de Exú.
Dentro de uma cabaça bem limpa,
coloca-se o seguinte: 7 roletes de cana;
milho torrado; 3 moedas; azeite de
amêndoas; azeite de dendê; pó de peixe
defumado; pó de preá defumada;
aguardente de cana e azeite de oliva.
Arruma-se tudo dentro da cabaça,
acende-se uma mecha e deixa-se
queimar por 7 dias diante de Exú.
Despacha-se na encruzilhada.
- Para criar dificuldades na vida de
alguém.
Numa cabaça bem limpa coloca-se: Uma
foto da pessoa que se pretende
prejudicar; 7 colheres de sal de cozinha; o
suco de 7 limões; 7 gotas de azougue; 7
gotas de alcatrão; 7 gotas de amônia; um
pouco de óleo de rícino e azeite de oliva.
Acende- se 3 mechas que deverão
queimar por 11 dias diante de Exú,
(trocar e completar o azeite sempre que
necessário). Despacha- se no cemitério, o
mais próximo possível do sino que
anuncia a entrada de um enterro.
- Para obter uma graça.
Uma panela de barro; 7 pimentas-da-
costa; 7 grãos de milho torrado; pó de
peixe; pó de preá defumado; 7 colheres
de mel; um cálice de emú (pode ser
substituído por gin); azeite de oliva.
Coloca-se tudo dentro da panela; acende-
se uma mecha e deixa-se por 7 dias
diante de Ogun. Despacha-se na linha do
trem.
- Para perturbar a vida de alguém.
Uma panela de barro; azeite de dendê; 7
colheradas de óleo de coco; 7 colheres de
alcatrão; 7 gotas de amônia; 7 grãos de
milho torrados; 7 pimentas-da-costa;
osun; uáji; um pedacinho de talo de
comigo-ninguém-pode; o nome da
pessoa escrito em papel de embrulho.
Primeiro, abre-se o papel com o nome
escrito e urina-se sobre ele; coloca-se o
papel dentro da panela de barro e
arruma-se, por cima, todos os
ingredientes relacionados. Completa-se
com azeite de oliva, acende-se uma
mecha e deixa-se ficar, durante sete dias,
diante de Ogun. Despacha-se dentro do
cemitério.
- Para obter uma vitória com a ajuda de
Ogun.
Abre-se ao meio uma melancia. Da parte
de baixo, retira-se toda a polpa e coloca-
se dentro: Um pouco de água de poço;
sete pedacinhos de folha de espada-de-
São Jorge; 7 pimentas-da-costa; 7 favas
"chapéu-de-napoleão"; uma fava olho-
de- boi; 7 grãos de milho torrados; um
pouco de pó de efun; uáji; um cálice de
gin; azeite de dendê e azeite de oliva.
Coloca-se tudo dentro da metade oca da
melancia, completa-se com azeite de
oliva, acende-se uma mecha e deixa-se 7
dias diante de Ogun. A outra banda da
melancia, é colocada ao lado da
lamparina como oferenda ao Orixá.
Despacha-se numa rodovia de grande
movimento.
- Para obter a ajuda de Oxóssi
Uma panela de barro de tamanho médio;
meio copo de azeite de amêndoas; meio
copo de azeite de dendê; 7 colheres de
melado; um pouco de osun; 7 grãos de
milho torrados; pó de peixe defumado;
pó de preá defumada; 7 colheres de suco
de romã; 7 colheres de licor de anis; 7
grãos de pimenta-da-costa; azeite de
girassol. Coloca-se os ingredientes
relacionados dentro da panela de barro,
completa-se até a borda com o azeite de
girassol, acende-se uma mecha e deixa-se
queimar por sete dias. Despacha-se nos
pés de uma amendoeira.
- Para boa sorte.
Uma panela de barro média; 7 colheres
de azeite de amêndoas; 7 grãos de milho
torrados; pó de preá defumada; 7
colheres de aguardente; 7 colheres de
azeite de dendê; 7 pedacinhos de ori-da-
costa; osun; 7 pedaços de açúcar cândi;
um pedaço de papel branco contendo
escrito o que se deseja do Orixá; azeite
de oliva. Coloca-se o papel com os
pedidos no fundo da panela e, sobre ele,
coloca-se os ingredientes. Completa-se
com o azeite de oliva e acende-se 7
mechas, deixando por 7 dias nos pés de
Oxóssi. Despacha-se numa mata.
LAMPARINAS PARA LOGUNEDÉ
- Para obter uma graça.
Uma panela de barro; sal de camarão
seco; 16 favas de abere; 16 favas de ariô;
16 grãos de milho seco; a gema de um
ovo de galinha; um pouco de água de rio
e azeite de oliva. Escreve-se em papel de
embrulho a graça que se deseja obter;
coloca- se o papel no fundo da panela;
arruma-se todos os ingredientes por
cima; completa-se com o azeite de oliva.
Acende-se a mecha e deixa-se por cinco
dias diante de Logun. Despacha-se nas
águas de um rio, no local mais profundo.
- Para resolver uma situação difícil.
Dentro de uma bacia de ágata coloca-se
um pouco de água de rio. Dentro desta
água coloca-se 5 gemas de ovos de
galinha. Pega-se uma panela de barro e
dentro dela coloca-se água de rio e azeite
de oliva. Coloca-se a panela dentro da
bacia com as gemas; acende-se uma
mecha e arreia-se diante de Logun,
deixando por 7 dias. Despacha-se na
cachoeira.
- Para obter proteção de Oxun.
Uma panela de barro; uma pedra imã;
água de flor de laranjeira; vinho seco;
água de colônia; 5 pedacinhos de ori-da-
costa; 5 colheres de café de óleo de
amêndoa doce; azeite de oliva. Coloca-se
o imã dentro da panela e, por cima, os
demais ingredientes. Completa-se com o
azeite de oliva, acende-se uma mecha e
deixa-se por cinco dias diante de Oxun.
Pode-se manter sempre diante do Orixá
ou despachar-se numa cachoeira.
- Para que uma mulher fique grávida.
Um melão; um bonequinho de plástico;
um pedacinho de talo de abre-caminho; 5
ovos de codorna (somente se utilizam as
gemas); 5 colheres de chá de óleo de
amêndoa doce; 5 colheres de creme de
abacate; 5 gotas de água de colônia; um
pouco de osun; 5 colheres de café de
suco de salsa; 5 pedacinhos de manteiga
de cacau; óleo de girassol. Abre-se uma
tampa na parte de cima do melão; retira-
se as sementes; coloca-se o bonequinho
com a cabeça para cima; coloca-se todos
os demais ingredientes e completa-se
com o óleo de girassol. Acende-se uma
mecha e deixa-se diante de Oxun por
cinco dias. Despacha-se nas águas de um
rio.
- Para atrair uma pessoa.
Uma cabaça bem grande; o nome da
pessoa que se pretende atrair escrito
num lenço branco, novo e perfumado; 5
gemas de ovos de galinha d’Angola; 5
ovos de codorna inteiros; 5 pedacinhos
de coco; 5 colherinhas de azeite de
amêndoa-doce; 5 colheres de mel de
abelhas; um pouco de efun; um pouco de
osun; 5 colheres de açúcar mascavo.
Abre-se a cabaça, limpa-se seu interior,
coloca-se o papel e os demais
ingredientes. Completa-se com azeite de
oliva e acende-se uma mecha, deixando
diante de Oxun durante cinco dias.
Despacha-se nas águas de um rio.
- Para que alguém retorne.
Prepara-se, da mesma forma da receita
anterior, uma cabaça, dentro da qual se
coloca: 5 bolinhos feitos com farinha de
milho misturada com mel de abelhas e
folhas de salsa bem picadinhas; mel de
abelhas; azeite de dendê; 5 favas de
aberê e óleo de girassol. Depois de tudo
dentro da cabaça, completa-se até a
borda com o óleo de girassol, acende-se
uma mecha e deixa-se, por cinco dias,
nos pés do Orixá. Despacha-se num rio.
LAMPARINAS PARA OIYÁ
- Para proteção.
Uma panela de barro; 9 pimentas-da-
costa; pó de peixe defumado; pó de preá
defumada; azeite de dendê; melado de
cana; 9 pedacinhos de ori-da-costa; 9
agulhas; 9 pedacinhos de coco seco; 9
gemas de ovos de galinha d’Angola; osun;
um pouquinho de vinho tinto; um
pouquinho de genebra. Completa-se com
azeite de oliva e acende-se uma mecha,
deixando por 9 dias aos pés de Oyá.
Despacha-se num bambual.
- Para defender-se de inimigos.
Uma panela de barro; 9 grãos de feijão
fradinho; 9 grãos de milho vermelho;
uma pitada de colorau; açúcar mascavo;
azeite de dendê; um pouco de água de
rosas. Completa-se com azeite de oliva e
acende-se uma mecha por nove dias aos
pés de Oyá. Despacha-se nos pés de um
flamboayant.
- Para obter uma graça.
Uma panela de barro; açúcar mascavo;
açúcar cândi; 9 gemas de ovos de
codorna; 9 brasas de carvão vegetal
acesas; água de rosas. Depois de tudo
arrumado na panela, completa-se com
azeite de oliva e acende-se uma mecha,
deixando-se, por 9 dias, diante do Orixá.
Despacha-se num bambual.
LAMPARINAS PARA YEWÁ
- Para alcançar uma graça.
Numa panela de barro coloca-se: Um
pouco de terra de formigueiro; uma
pitada de osun; 11 pimentas-da-costa;
açúcar cândi; açúcar mascavo; açúcar
branco refinado; azeite de dendê; mel de
abelhas; umas gotinhas de essência de
rosas. Completa-se com azeite de oliva;
acende-se uma mecha e deixa-se por 11
dias diante de Yewá. Despacha-se aos pés
de uma árvore grande.
- Para proteção.
Na metade de uma cabaça bem limpa por
dentro, coloca-se: 11 grãos de pimenta-
da-costa; peixe defumado; 11 pedacinhos
de coco seco; 1 anzol; um ofázinho de
metal; 1 obí; um pouco de osun; mel de
abelha; um pouquinho de baunilha; 11
pedacinhos de canela em casca; um
pedacinho de sabão da costa. Completa-
se com azeite de oliva, acende-se uma
mecha e deixa-se por 11 dias aos pés de
Yewá. Despacha-se numa nascente
d'água.
- Para defender-se de inimigos.
Uma panela de barro; 11 grãos de feijão
fradinho; 11 grãos de milho vermelho;
açúcar mascavo; azeite de dendê; um
pouco de água de rosas. Completa-se
com azeite de oliva e acende-se uma
mecha por 11 dias aos pés de Yewá.
Despacha-se nos pés de um flamboayant.
- Para atrair uma pessoa.
Uma cabaça bem grande; o nome da
pessoa que se pretende atrair escrito
num papel branco; 11 gemas de ovos de
galinha d’Angola; 11 gemas de ovos de
codorna ; 11 pedacinhos de coco; 11
colherinhas de azeite de amêndoa doce;
11 colheres de mel de abelhas; um pouco
de efun; um pouco de osun; 11 colheres
de açúcar mascavo. Abre-se a cabaça,
limpa-se seu interior, coloca-se o papel e
os demais ingredientes. Completa-se com
azeite de oliva e acende-se uma mecha,
deixando diante de Yewá durante 11
dias. Despacha-se nas águas de um rio.
LAMPARINAS PARA OBÁ
- Para obter a proteção de Obá.
Uma panela de barro; uma pedra imã;
água de flor de laranjeira; vinho tinto; 15
pedacinhos de ori-da-costa; 15 colheres
de café de óleo de amêndoa doce; 1
folha de comigo-ninguém-pode e azeite
de oliva.
Coloca-se a folha com o imã dentro da
panela e por cima, os demais
ingredientes. Completa-se com o azeite
de oliva, acende-se uma mecha e deixa-
se por 15 dias diante de Obá. Despacha-
se no local determinado pelo jogo.
- Para desfazer um malefício.
Numa panela de barro coloca-se: 15
sementes de abóbora; um pouco de
farinha de milho vermelho torrada; 15
agulhas de costura; 15 pimentas-da-
costa; 15 colheres de vinagre; 15 colheres
de suco de limão; osun; uáji; 15 búzios
pequeninos e azeite de oliva. Acende-se
uma mecha e deixa-se, por 15 dias, nos
pés de Obá. Despacha-se no cemitério.
- Para obter diversas graças
simultaneamente.
Uma panela de barro média; 15 colheres
de azeite de amêndoas; 15 grãos de
milho torrado; pó de preá defumada; 15
colheres de azeite de dendê; 15
pedacinhos de ori-da-costa; osun; um
pedaço de papel branco contendo,
escrito, o que se deseja do Orixá; azeite
de oliva. Coloca-se o papel com os
pedidos no fundo da panela e, sobre ele,
coloca-se os ingredientes. Completa-se
com o azeite de oliva e acende-se uma
mecha, deixando por 15 dias nos pés de
Obá. Despacha-se numa mata.
LAMPARINAS PARA NANÃ
- Para sorte e proteção de Nanã.
Uma panela de barro média; 13 gemas de
ovos de gansa; 13 pimentas-da-costa; 13
búzios; osun; efun; uáji; um pouco de
lama de pântano; um pouco de milho
torrado; peixe defumado; azeite de
dendê; 13 colheres de azeite de
amêndoas; os pedidos que se deseja
obter escritos em papel de embrulho.
Coloca-se o papel dentro da panela e
todos os ingredientes por cima;
completa-se com óleo de girassol.
Acende-se uma mecha e deixa-se diante
de Nanã por 13 dias. Despacha-se num
pântano.
- Para conseguir uma graça.
Metade de uma cabaça bem limpa por
dentro; 13 moedas pequeninas; 13 grãos
de milho de pipoca que não tenham
estourado ao se fazer pipocas para
Omolú; 13 pedacinhos de coco seco; 13
sementes de anis estrelado; azeite de
dendê; um pouco de melado de cana; um
pouco de lama do fundo de um rio; azeite
de oliva.
Escreve-se, num papel qualquer, o que se
deseja de Nanã. Coloca-se o papel dentro
da cabaça e coloca-se todos os
ingredientes por cima. Completa-se com
azeite de oliva, acende-se uma mecha e
deixa-se nos pés de Nanã por 13 dias.
Despacha-se nas águas de um rio.
- Para desfazer um malefício.
Numa panela de barro coloca-se: 13
sementes de melão; um pouco de farinha
grossa de milho vermelho torrada; 13
agulhas de costura; 13 pimentas-da-
costa; 13 colheres de vinagre; 13 colheres
de suco de limão; 13 gotas de amoníaco;
osun; efun; uáji; um búzio grande e azeite
de oliva. Acende-se uma mecha e deixa-
se, por treze dias, nos pés de Nanã.
Despacha-se no cemitério.
LAMPARINAS PARA IYEMANJÁ
- Para atrair boa sorte.
Uma panela de barro de tamanho médio;
um pouquinho de água de flor de
laranjeira; um cálice de licor de menta;
um copo de água do mar; um pouco de
azeite de dendê; um pouco de mel de
abelhas; um pouco de melado; 4 agulhas
de costura; azeite de girassol. Coloca-se
tudo dentro da panela, completa-se com
o azeite de girassol e acende-se uma
mecha por sete dias. Despacha-se no
mar.
- Para obter uma graça.
Um melão; sete gemas de ovos de
galinha d’Angola; pó de peixe defumado;
um copo de água de rio; um copo de
água do mar; 7 grãos de ataré; melado;
mel de abelhas; 7 moedas de pequeno
valor; azeite de oliva. Abre-se o melão,
retira-se a polpa, coloca-se os
ingredientes relacionados, completa-se
com o azeite de oliva e acende-se uma
mecha por sete dias. Despacha-se no mar
ou nas águas de um rio.
- Para prejudicar um inimigo.
Uma cabaça; um papel de embrulho com
o nome do inimigo escrito sete vezes; 4
agulhas; 4 colheres de vinagre; sete
pedras de sal grosso; uma pitada de
osun; pó de bambu; um pouco de
amônia; um pedaço de pedra de cânfora;
4 colherinhas de chá de óleo de rícino; a
mesma quantidade de óleo de castor; 4
colheres de azeite de dendê; 4 grãos de
pimenta-da-costa; 4 pedrinhas pequenas
de carvão mineral; pó de peixe e de preá
defumados; óleo de soja. Abre-se a
cabaça pelo pescoço; tira- se as
sementes; coloca-se o papel com o
nome; cobre-se com os ingredientes
relacionados; completa-se com o óleo de
soja; acende-se uma mecha e deixa-se
diante de Iyemanjá por quatro dias.
Depois, fecha-se a cabaça com a própria
tampa, amarra-se com palha da costa e
enterra-se na beira de um rio.
- Para evolução na vida.
Uma melancia; água de rio; 6 pimentas-
da-costa; azeite de oliva; 6 colheres de
azeite de dendê; 6 colheres de azeite de
amêndoas; 6 colheres de azeite de coco;
6 pavios ou mechas de algodão.
Abre-se a melancia ao meio, no sentido
vertical, retira-se a polpa de seu interior e
se introduz os ingredientes acima
relacionados, começando pela água e
deixando o azeite de oliva por último, de
forma que fique cheia até em cima.
Coloca- se os pavios ou mechas e deixa-
se aos pés de Xangô até que se queime
todo o óleo. A polpa retirada da
melancia, é esfregada no corpo da pessoa
que, depois, disto toma banho de água
limpa e só então acende a lamparina.
- Para obter uma graça.
Escreve-se num papel o que se deseja
obter. Coloca-se o papel numa panela de
barro e junta-se à ele, os seguintes
ingredientes: Pó de peixe defumado; pó
de preá defumado; um copo de vinho
tinto; um copo de aguardente; 6
pimentas-da- costa; 6 moedas de cobre;
vários pedacinhos de coco seco; azeite de
dendê; ori-da-costa; 6 colheres de mel de
abelhas; um pouco de pó de osun; um
pedaço de galho de abre-caminho; um
pedaço de casca de irôko; 6 agulhas; 6
colherinhas de óleo de amêndoa doce.
Completa-se com azeite de oliva e
acende-se uma mecha, deixando-se por
seis dias diante de Xangô. Despacha-se
aos pés de uma palmeira imperial.
- Para que Xangô dê proteção
permanente.
Limpa-se uma cabaça grande e, numa de
suas partes arruma-se: 12 bolas de
inhame enfeitadas com um grão de milho
vermelho; 12 grãos de pimenta-da-costa;
12 orogbôs; 12 favas de alibé; 12 favas de
ariô; osun; efun; um pouco de lã de
carneiro; 12 pedacinhos de ori-da-costa;
azeite de dendê; 12 quiabos cortados em
rodelinhas; um cálice de vinho tinto.
Arruma-se tudo dentro da cabaça que é,
por sua vez, colocada dentro de uma
gamela de madeira; completa-se com
azeite de oliva, acende-se uma mecha e
deixa-se 12 dias diante de igbá de Xangô.
Despacha-se nos pés de uma palmeira.
- Para resolver problemas de saúde.
Em meia cabaça devidamente limpa
coloca-se: Azeite de dendê; mel de
abelhas; vinho tinto seco; azeite de
amêndoa; milho torrado e milho de
pipoca. Completa-se com azeite de oliva,
acende-se uma mecha que deve ser
renovada até que a pessoa melhore.
Depois de obtida a graça, enterra-se a
cabaça dentro de cemitério.
- Outra para a saúde.
Colocar numa panela de barro: um copo
de água de coco verde; um copo de vinho
branco; uma pitada de gengibre ralado;
alguns grãos de tremoços e um cálice de
genebra. Depois de tudo arrumado,
completa-se com azeite de oliva, acende-
se a mecha e deixa-se diante do Orixá por
sete dias. Despacha-se numa mata.
- Para obter uma graça impossível.
Pode-se usar, indiferentemente, uma
cabaça ou uma panela de barro. Em seu
interior coloca-se: 7 grãos de milho
torrados; 7 bolinhas de ori-da-costa; 7
grãos de ataré; uma taça de vinho tinto
rascante; canela em pó; azeite de dendê
e 1 orogbô. Completa-se com azeite de
oliva, acende-se a mecha e deixa-se por 7
dias diante de Omolú. Despacha-se em
cima de um formigueiro.
LAMPARINAS PARA OBATALÁ
- Para problemas de saúde.
Pega-se um melão, corta-se uma tampa
em cima, retira-se as sementes e a polpa.
Dentro do melão coloca-se: 8 gemas de
ovos de pomba branca; 8 grãos de canjica
crus; 8 moedas brancas; 8 búzios; um
pouco de água de flor de laranja; 8
pedacinhos de ori-da-costa; pó de efun; o
sumo de 8 folhas-da-fortuna. Completa-
se até em cima com azeite de oliva;
acende-se uma mecha e deixa-se por oito
dias nos pés de Obatalá. Despacha-se aos
pés de um algodoeiro.
- Para obter-se uma graça.
Uma panelinha de barro pequena na qual
se coloca um papel com o pedido do que
se deseja. Sobre o papel coloca-se 10
pedacinhos de ori-da-costa e uma fava de
baunilha. Completa-se com azeite de
oliva e acende-se uma mecha. Durante
10 dias completa-se o azeite e renova-se
a mecha sempre que for necessário.
Despacha-se num local alto e arborizado.
- Para agradar Obatalá.
Num copo de cristal grosso, coloca-se
quatro dedos de água de flor de
laranjeira; 10 gotas de baunilha e azeite
de oliva. Acende-se um pavio de
lamparina e deixa-se que se queime todo
o azeite do copo. Se for preciso, pode
renovar o pavio. Não se despacha o copo,
apenas a água do fundo é despejada num
gramado limpo.



OFERENDA DE ALGUMAS ENTIDADES

Oferenda
s de
Caboclos.
As oferendas de caboclo são fartas e
variadas, constituída
de uma
grande
variedade
de frutas,
legumes, raízes e até mesmo doces. Um
elemento indispensável é a abóbora
girimum, que são recheadas com fumo
de rolo e mel de
abelha, oferenda de galos, carneiros,
peru e qualquer pássaro, são bem vindos
e apreciados. A jurema é a bebida
sagrada, considerada o néctar dos deuses
e disputada não só pelas entidades, mas
por todos os presentes.
As oferendas aos caboclos devem ser
feitas em matas, beiras de rios e
cachoeiras. Oferenda para qualquer
caboclo:
Material
1 alguidar
7 frutas doces
7 moedas douradas ( lavadas e secas) 7
folhas de louro
7 velas verdes Vinho licoroso doce 1 copo
de barro
1 charuto
Modo de preparo:
Passe as frutas, as moedas e as folhas de
louro simbolicamente por seu corpo de
baixo para cima pedindo aos caboclos
que abram seus caminhos, afastando
tudo que possa atrapalhar sua vida. Peça
que os caboclos cortem demandas,
pragas, maldições, olho gordo, inveja e o
quebranto. Coloque as frutas no alguidar
e enfeite com as moedas e as folhas de
louro, regue tudo com um pouco de
vinho. Coloque o copo ao lado enchendo
com vinho. Acenda as velas ao redor,
tomando cuidado para não por fogo na
oferenda, acenda o charuto dando três
baforadas, chamando pelos caboclos (ou
por seu caboclo de preferência) coloque
sobre o alguidar. Saude os caboclos 7
vezes. Faça seus pedidos e orações.

Oferenda aos caboclos 2 qualquer
caboclo
Material
1 alguidar
7 frutas doces
7 espigas de milhos cozidos
7 pedaços de mandioca cozidas
3 batatas doces cozidas
7 pedaços de cana de açúcar sem casca
7 ramos de folhas de louro
7 moedas douradas ( lavadas e secas) 7
espigas de trigo secas
7 velas verdes
Vinho licoroso doce
1 copo de barro
1 charuto
Modo de preparo
Forre o alguidar com as folhas de louro.
Passe as espigas de milho e as frutas
simbolicamente de baixo para cima,
fazendo seus pedidos. Coloque no
alguidar de forma harmônica. Faça o
mesmo com a mandioca, a batata doce e
a cana de açúcar. Enfeite com as moedas
e regue tudo com o vinho licoroso.
Coloque o copo cheio de vinho ao lado
do alguidar. Acenda o charuto e coloque
sobre o alguidar as velas ao redor. Saude
os caboclos e faça seus pedidos e
orações.
Oferenda ao Caboclo 7 Flechas.
Material
1 alguidar
7 peras d’água
1 melão cortado em 7 pedaços
1 cacho de uvas verdes
7 velas metade branca metade verde 7
rosas brancas
Vinho licoroso claro e doce
1 cocar de penas brancas (opcional)
Modo de preparo:
Coloque o melão cortado em 7 pedaços
no centro do alguidar, com o cacho de
uvas no centro, disponha as peras ao
redor. Enfeite com as rosas brancas e
regue com o vinho licoroso. Passe o
alguidar simbolicamente de baixo para
cima pedindo ao Caboclo Pena Branca o
que desejar. Coloque o alguidar no chão,
acenda as velas ao redor. Coloque o
cocar sobre o alguidar. Saude o Caboclo
Pena Branca 7 vezes, fazendo seus
pedidos e orações.
Oferenda ao Caboclo Sete Flechas
Material
1 alguidar
7 frutas doces
7 galhos de folhas de louro
7 pedaços de cana de açúcar sem casca 1
peixe assado (limpo e sem vísceras)
1 arco e 7 flechas
7 velas verdes
7 moedas douradas ( lavadas e secas )
Vinho licoroso doce
Modo de preparo:
Passe as frutas e os pedaços de cana
simbolicamente por seu corpo de baixo
para cima, fazendo seus pedidos ao
Caboclo Sete Flechas e coloque no
alguidar. Coloque o peixe no meio
do alguidar enfeitando com as folhas de
louro e as moedas. Regue tudo com o
vinho licoroso. Coloque no arco sobre o
alguidar com uma das flechas. Disponha
as outras seis flechas em
volta com as pontas para cima presa a
ele. Acenda as velas ao redor saudando o
Caboclo Sete Flechas sete vezes. Faça
seus pedidos e orações.
Oferenda a Cabocla Jurema
Material
1 alguidar
1 maço de flores do campo 7 galhos de
folhas de louro
3 maças vermelhas
3 peras
3 pêssegos
1 peixe assado (limpo e sem vísceras)
3 espigas de milho cozidos
3 batatas doces cozidas
7 velas verdes
1 cocar de penas (opcional)
1 arco e flecha (opcional)
7 moedas douradas ( lavadas e secas )
Vinho licoroso
Modo de preparo:
Forre o alguidar com os ramos de louro.
Coloque as frutas, as espigas de milho, as
batas e o peixe no canto. Enfeite com as
moedas e as flores. Regue tudo com o
vinho licoroso. Acenda as velas ao redor
colocando o cocar e o arco e flecha sobre
o alguidar. Saude a Cabocla Jurema 7
vezes. Faça seus pedidos e orações.
7 batatas doces cozidas
7 carás pequenos cozidos 1 copo de barro
Vinho licoroso
7 velas verdes
1 arco e flecha
Oferenda ao Caboclo arranca-toco.
Material
1 alguidar
Folhas de samambaia
7 frutas doces
7 moedas douradas ( lavadas e secas ) 7
pedaços de mandioca cozida
Modo de preparo:
Forre o alguidar com as samambaias
colocando por cima as frutas, a
mandioca, a batata e o cará. Regue com
bastante vinho licoroso e enfeite com as
moedas. Passe o alguidar
simbolicamente de baixo para cima
fazendo seus pedidos ao Caboclo caboclo
arranca-toco. Coloque o alguidar próximo
a uma árvore frondosa. Acenda as velas
ao redor tomando cuidado para não por
fogo na mata. Pegue o arco e flecha e
atire em direção à mata, chamando pelo
Caboclo Flecheiro. Faça seus pedidos e
orações.
Oferenda aos Caboclos 3
Material
1 abóbora tipo moranga
3 maças vermelhas
3 peras
3 bananas
1 cacho de uvas
1 pêssego
3 laranjas lima
3 colheres de sopa de mel
Vinho licoroso
7 espigas de milho verde cozidas
7 moedas correntes ( lavadas e secas ) 7
folhas de louro verde
7 velas verdes
1 alguidar
Modo de preparo:
Abra a parte de cima da abóbora e retire
as sementes. Coloque a abóbora em uma
panela com água deixando ferver por 10
minutos. Retire a abóbora e deixe esfriar.
Pique as frutas em cubos misturando
com mel. Coloque-os dentro da abóbora.
Coloque por cima as 7 espigas de milho
cozidas espetadas sobre as frutas. Enfeite
com o louro e as moedas. Regue com
bastante vinho licoroso. Coloque a
moranga no alguidar. Acenda as velas ao
redor, saudando os caboclos. Faça seus
pedidos e orações.
O caboclo tradicional é valente, selvagem
antes de tudo, destemido, intrépido,
ameaçador, sério e muito competente
nas artes das curas. Enquanto o preto-
velho consola e sugere, o caboclo ordena
e determina. O preto-velho acalma, o
caboclo arrebata. O preto-velho
contempla, reflete, assente, recolhe-se
na imobilidade de sua velhice e de seu
passado escravo; o caboclo mexe-se,
intriga, canta e dança como o guerreiro
livre que um dia foi. Os caboclos fumam
charuto e os preto-velhos, cachimbo;
todas as entidades da umbanda fumam
— a fumaça e seu uso ritual marcam a
herança indígena da umbanda, aliança
constitutiva com o passado do solo
brasileiro.


Oferendas para exus
Frente de exu
. Exu Corcunda e exu caveira 1 punhado
de milho torrado, 7 batatas assadas, 7
pimentas recheada com carne moída e
cozida, 1 apeté preto e vermelho, 7 xuxus
com espinhos cozidos, 7 charutos,
cachaça, fósforo. Onde Arriar o trabalho
para Exú: mato ou no cemitério
Após entregar a oferenda cantar o Ponto
a este exú.
Aonde vai Corcunda, com Tatá Caveira,
aonde vai Corcunda com Tatá Caveira. No
portão do cemitério vou chamar João
caveira'
Padê para exu
Ingredientes para a comida, agrado,,
oferenda de Exú:
- 01 pcte. de farinha de milho amarela -
01 vidro de azeite de dendê
- 01 cebola grande
- 01 bife
- 03 charutos
- 01 caixas de fósforo
- 01 garrafa de aguardente
- 07 pimentas vermelhas
Modo de preparo: Em um alguidar
coloque a farinha de milho e um pouco
de dendê, com as mãos faça uma farofa
bem fofa sempre mentalizando seu
pedido. Corte a cebola em rodelas e
refogue ligeiramente no dendê, faça o
mesmo com o bife. Cubra o padê com as
rodelas de cebola e no centro coloque o
bife, enfeite com as sete pimentas. o
padê não esquecendo dos charutos e da
cachaxa;
A História de Zé Pilintra. Zé Pilintra uma
entidade muito divertidada e altamente
procurada para tirar alguém de uma
enrrascada ou perigo. Conta-se que Zé
Pilintra ( Jose Emerenciano)nasceu em
Pernambuco, era filho de uma escrava
forra com seu ex-dono, teve algumas
oportunidades na vida. Trabalhou em
serviços de gabinete, mas não suportava
a rotina. Estudou, pouco, pois não tinha
paciência para isso. Gostava mesmo era
de farra, bebida e mulheres, não uma ou
duas, mas muitas. Houve uma época em
que estava tão encrencado em sua
cidade natal que teve que fugir e tentar
novos ares.
Foi assim que Emerenciano surgiu na
Cidade Maravilhosa. Sempre fiel aos seus
princípios, está claro que o lugar
escolhido havia de ser a Lapa, reduto dos
marginais e mulheres de vida fácil na
época. Em pouco tempo passou a viver
do dinheiro arrecadado por suas "
meninas", que apaixonadas pela bela
estampa do negro, dividiam o pouco que
ganhavam com o suor de seus corpos.
Não foram poucas as vezes que
Emerenciano teve que enfrentar
marginais em defesa daquelaque lhe
davam o pão de cada dia. E que defesa!
Era impiedoso com quem ousasse
atravessar seu caminho. Carregava
sempre consigo um punhal de cabo de
osso, que dizia ser seu amuleto, e com
ele rasgara muita carne de bandido
atrevido, como gostava de dizer entre
gargalhadas, quando nas mesas dos
botecos de sua preferência.
Agrados de zé pilintra ; ‘
Comida de Zé Pilintra: carne seca com
farofa ou escondidinho de macaxera, que
é o mesmo que
mandioca..acrescentar,pimenta,vermelha
) Bebida de Zé Pilintra: Cerveja branca
bem gelada
Locais de vibração de Zé Pilintra: Subida
de Morros, Cemitérios, bares, zonas
portuárias, áreas boêmias
Cor de Zé Pilintra: Vermelho e Branco ou
Preto e Branco, ou ainda somente o
Preto
Bebia muito (Zé Pilintra), adorava o
álcool, desde a cachaça mais humilde até
o isque mais requintado. E em diversas
ocasiões suas meninas o arrastaram
praticamente inconsciente para o quarto
de uma delas. Contudo, era feliz, ou dizia
que era, o que dá quase no mesmo. Até
que conheceu Amparo, mulher do
sargento Savério. Era a visão mais linda
que tivera em sua existência. A bela loura
de olhos claros, deixava-o em êxtase
apenas por passar em sua frente.
Resolveu mudar de vida e partiu para a
conquista da deusa loura, como
costumava chama-la. Parou de beber, em
demasia, claro! Não era homem também
de ser afrouxado por ninguém, e uns
golezinhos aqui e ali não faziam mal a
ninguém. Dispensou duas de suas
meninas, precisava ficar com pelo menos
uma, o dinheiro tinha que entrar, não é?
Julgava-se então o homem perfeito para
a bela Amparo. Começou então a cercar a
mulher, que jamais lhe lançara um olhar.
Aos amigos dizia que ambos estavam
apaixonados e já tinha tudo preparado
para levá-la para Pernambuco, onde
viveriam de amor. Aos poucos a história
foi correndo, apostas se fizeram, uns
garantiam que Emerenciano, porreta
como erasia conseguir seu intento.
Outros duvidavam Amparo nunca
demonstrara nenhuma intimidade por
menor que fosse que justificasse a
fanfarronice do homem. O pior tinha que
acontecer, cedo ou tarde. O Sargento foi
informado pela mulher da insistente
pressão a que estava submetida.
Disposto a defender a honra da esposa
marcou um encontro com o rival.
Emerenciano ria, enquanto dizia aos
amigos: - É claro que vou, ele quer me
dar a mulher? Eu aceito! Vou aqui com
meu amigo... - E mostrava seu punhal
para quem quisesse ver. Na noite
marcada vestiu-se com seu melhor terno
e dirigiu-se ao botequim onde
aconteceria a conversa. Pediu uísque,
não era noite para cachaça, e começou a
bebericar mansamente. Confiava em seu
taco e muito mais em seu punhal. Se
fosse briga o que ele queria, ia ter. Ao
esvaziar o copo ouviu um grito atrás de
si: - Safado! - Levantou-se rapidamente e
virou- se para o chamado. O tiro foi
certeiro. O rosto de Emerenciano foi
destroçado e seu corpo caiu num baque
surdo. Recebido no astral por espíritos
em missão evolutiva, logo se mostrou
arrependido de seus atos e tomou seu
lugar junto a falange de Zé Pelintra. Com
a história tão parecida com a do mestre
em questão, outralinha não lhe seria
adequada. Hoje, trabalhador nos
terreiros na qualidade de Zé Pelintra do
Cabo, diverte e orienta com firmeza a
quem o procura. Não perdeu, porém a
picardia dos tempos de José
Emerenciano. Sarava Seu Zé Pelintra!
Frente do zé pilintra
Meio kg de farinha de mesa 250 ml de
dendê
1 cebola
1 linguiça calabreza
1 vela
1 garrafa de cerveja 1 maço de cigarro.
Pegue 2 pratinhos de papel (tipo para
festa)
misture a farinha com o dendê (um pade
de exú) frinte parte do dendê que sobrar
a linguiça calabreza cortada em rodela, e
corte a cebola em rodelas também para
fritar juntos.
- divida nos dois prato e coloque a
mistura da farinha com dende (padê).
pegue as rodelas de linguiça e divida
também entre os dois pratos.
leve tudo em um pé de morro, arcos da
lapa, esquina que tenha um bar, esquina
de pé de morro (onde haja favela) e arrei
em um pe de um poste (luz mesmo) peça
o que quer, acenda a vela, acenda 3
cigarros, faça seus pedidos (sopre a
fumaça nos pratos, com seus pedidos),
abra a garrafa e ofereça a Zé pelintra e
toda malandragem; Frente do exu tranca
rua
FARINHA CRUA.
AZEITE-DE-DENDÊ.
1 CEBOLA GRANDE.
1 ALGUIDAR.
FEIJÃO FRADINHO.
7 MOEDAS CORRENTES.
1 GARRAFA DE CACHAÇA.
7 BIFES DE RÊS SEM NERVO E SEM
GORDURA.
7 PIMENTA UNHA DE MOÇA.
1 CHARUTO.
1 CAIXA DE FÓSFORO.
7 VELAS VERMELHAS.
1 METRO DE *MORIM VERMELHO.
Cozinhe o feijão fradinho,e após cozido
reserve.
Faça um *padê ,coloque no alguidar e
ponha por cima rodelas finas de cebola.e
coloque o feijão fradinho por
último.Coloque os 7 bifes passados no
dendê por cima do feijão.Cubra com as 7
moedas,leve a uma encruzilhada aberta,e
entregue a seu exu.
Deixe ao lado a garrafa de cachaça aberta
após ter saudado derramando cachaça
no chão em forma de cruz.Acenda o
charuto e coloque em cima da caixa de
fósforo semi aberta.
Melhor dia é 2a feira após 21 hs.
EXUS QUE TRABALHAM NO CEMITÉRIO
UMA BANDEJA OU ALGUIDAR-
UM BIFE CRÚ DE CARNE DE PORCO-
FARINHA DE MANDIOCA-
UMA CEBOLA ROXA-
AZEITE-DE-DENDÊ-
PIPOCA-
MILHO DE GALINHA-
UMA GARRAFA DE CACHAÇA [GARRAFA
DE VIDRO]-
UM COPO DE VIDRO ,BRANCO,SEM
USO UMA CAIXA DE FÓSFOROS
UMA VELA VERMELHA
UMA VELA BRANCA
UMA VELA PRETA.
FOLHA DE MAMONA ROXA.
Para efetuar este agrado deverá fazer
uma farofa crua de mandioca com
dendê,misturar bem. Lambuzar o bife
nesta farofa como se fosse à milanesa.
Forrar o fundo do alguidar ou bandeja
com folhas de mamona roxa.Na falta da
folha de mamona utilize papel de seda
preta.Colocar a farofa no fundo,em
seguida colocar o bife de carne de porco.
Enfeitar o prato com as pipocas e o milho
de galinha assado,repare que refiro ao
milho de galinha assado e não queimado
como muitos colocam.Asse o milho no
forno até ele cheirar como se fosse um
bolo de milho,e na cor dourado-
alaranjado. Ok? Continuando...colocando
quatro rodelas de cebola roxa nas pontas
do prato, enfeitando.
Na quarta-feira você pode despachar este
ebó na morada principal dos exus, ou
seja, no cemitério, ao lado do primeiro
túmulo preto a esquerda da entrada,
neste momento sim, acenda sua vela
preta, chame 7 vezes o exu Sergulath,
após agradeça depois faça seus pedidos.
Se não for possível você *arriar no
cemitério,arreie em uma
campina,afastada de árvores.
Este agrado tem como finalidade
acalmar,e pedir ajuda principalmente
para abrir caminhos quando são
trancados por macumba,independente
da entidade que tenha contra você.
ACHE PRA LINGUARUDO
1 LÍNGUA DE BOI.
1 PEDAÇO DE TÁBUA COM DOIS PALMOS
DE COMPRIMENTO.
7 PREGOS VIRGENS.
PÓ DE *CINZA VEGETAL.
1 METRO DE MORIM PRETO.
Abra a língua do boi ao cumprido e ponha
o nome do nefasto dentro da língua.A
seguir,ponha a língua em cima da
tábua,feche toda a abertura com os
pregos.Ponha a língua no morim e
assopre as cinzas.Faça uma cova e
enterre no pé de uma mangueira
DESFAZER MANDIGAS E FEITIÇOS.
7 PEDAÇOS DE CARNE CRUA.
3 VELAS AMARELAS.
7 OVOS CASCA BRANCA.
1 GARRAFA DE VIDRO DE CACHAÇA. 1
PORÇÃO DE ENXOFRE EM PÓ.
1 MORIM VERMELHO. .
Em uma noite de lua cheia,vá a uma
encruzilhada aberta e entregue ao Sr
Xorokê este ebó da maneira a seguir:
Faça as conjurações.
Coloque o morim no chão em forma
triangular.
Coloque os sete pedaços de carne crua
disposta sobre o pano.
Com a mão esquerda quebre um ovo
para cada pedaço de carne.
Pulverize o pó de enxofre sobre os ovos e
as carnes. Acenda as velas na volta.
Após sete dias retorne na mesma
encruza,faça as conjurações e acenda
uma vela branca.-
Atenção:Não pulverise o enxofre após
acender as velas,pois pode explodir.
DESMACHAR MACUMBA.
Xorokê,agora quero ver, as quizilas estão
no ponto, eu as entrego a você, aquilo
que mais quero
eu recebo de você ,
nas terras vicieiras
grande rei é Xorokê.
PARA CORTAR DOENÇAS.
MATERIAL:
FARINHA DE MANDIOCA.
MEL.
TRÊS BIFES DE CARNE DE PORCO, CRUS.
TRÊS VELAS BRANCA.
TRÊS OVOS CASCA BRANCA. CRUS.
TRÊS MANGA MADURA.
TRÊS VELAS DE SEBO.
9FOLHAS DE JORNAL.
PREPARO:
Junte a farinha, o mel e faça uma
farofa.Abra as mangas e retire o
miolo,tenha o cuidado de deixa-la
firme.Coloque um pouco dessa farofa em
cada banda da fruta,com um bife por
cima,feche a fruta.Após enrole em três
folhas de jornal cada fruta.
Passe simbolicamente cada trouxa no
corpo da pessoa doente iniciando na
cabeça e indo até os pés.
Passe os ovos simbolicamente da mesma
maneira que as trouxas.
Faça o mesmo com as velas brancas.
Após leve tudo até uma encruzilhada
perto de um cemitério ou campina, arreie
os pacotes, quebre as velas em três
partes e quebre os ovos, acenda as velas
de sebo pedindo ao seu EXU
MANGUEIRAque afaste a doença e a
peste que esta incomodando.
Não passe pelo local durante 13 dias.
DIA:Quinta-feira
FRAQUEZA NAS PERNAS.
MATERIAL:
FARINHA DE MESA.
AZEITE DOCÊ.
MEL.
MEIO COPO DE ARROZ BRANCO. CRU.
MEIO COPO DE FEIJÃO FRADINHO. CRU.-
MEIO COPO DE MILHO VERMELHO. CRU.
MEIO COPO DE FEIJÃO VERMELHO. CRU.
UM METRO DE PANO BRANCO.
SETE OVOS DE CASCA BRANCA.
7 velas pretas.
1 vela verde com preto.
PROCEDIMENTO:
Faça uma farofa com a farinha de
mandioca, o azeite doce e o mel.
Acrescente o arroz, os feijões e o milho.
Enrole no pano. Faça uma trouxa e passe
ela na pessoa doente, fazendo seus
pedidos a EXU MANGUEIRA sobre saúde.
Em seguida passe os sete ovos, dando
prioridade as pernas.
Vá até uma encruzilhada na mata, se não
for possível, procure um local onde haja
pelo menos uma árvore frondosa e sem
espinhos, arreie a trouxa e quebre os
ovos em cima, bem como as velas pretas.
Acenda a vela verde com preto.Saia de
costas dando três passos e não olhe para
trás.
DIA:Quarta-feira. HORA:Entre 12 e 18
horas.
VITIMA DE MACUMBA FORTE
MATERIAL-
UM METRO DE MORIM BRANCO.
OITO VELAS BRANCAS.
SETE OVOS CASCA BRANCA.
UM BIFE DE CARNE DE PORCO,CRUA. UM
BIFE DE CARNE DE BOI,CRUA. UMA
SARDINHA FRESCA.
UM POUCO DE PIPOCA.
MACAPÁ.,MANJERICÃO OU SAIÃO. UMA
VELA ROSA de trinta cm.
PROCEDIMENTO:
Passe o morim pelo seu corpo, de cima
para baixo e abra-o no chão,à sua frente;
faça o mesmo com as velas, quebrando-
as depois e coloque dentro do morim. Vá
passando os demais ingredientes no seu
corpo, da cabeça aos pés,pedindo para
EXU MANGUEIRAcortar toda demanda
que exista contra você. Feche o morim,
dando-lhe um formato de trouxa.
Jogue a trouxa por cima do muro do
cemitério e saia sem olhar para trás.
Ao chegar em sua casa tome um banho
de higiene com sabão de coco.
após tome um banho de descarrego com
as folhas de macapá, manjericão ou
saião.
ARRUMAR NAMORADO(A)
MATERIAL
TRAVESSA DE LOUÇA BRANCA.
1 MANGA VERDE.
1 PAR DE ALIANÇAS.
VERBENA(ESSÊNCIA)
FOLHAS DE ALECRIM.
MEL.
3 ROSAS BRANCAS.
MEIO METRO DE FITA BRANCA
ACETINADA.
MEIO METRO DE FITA VERMELHA.
1 VELA BRANCA.
PROCEDIMENTO:
Abra A manga, amarre seu nome e o da
pessoa amada nas alianças com fita
acetinada. Coloque dentro do manga e
complete com mel e as folhas de alecrim.
Ponha a manga dentro da travessa,
amarre com fita vermelha e cubra com
pétalas de rosa. Borrife com a verbena.
Arreie em uma campina fazendo seus
pedidos de amor para EXU MANGUEIRA .
DIA:Sexta-feira HORA:Entre 18 e 21
horas.
PEDIDO DE AJUDA
MATERIAL:
UMA PANELA DE BARRO.
UM PEDAÇO DE CARNE DE BOI. UMA
CEBOLA.
UM TOMATE.
UM PIMENTÃO VERDE.
AZEITE DOCE.
14 FOLHAS DE ALFACE.
UMA MANGA.
PROCEDIMENTO:
Corte a carne de boi em pedaços e
cozinhe, a seguir tempere com azeite
doce, cebola, tomate e pimentão
picadinhos.
Deixe esfriar e coloque na panela de
barro, forrada com folhas de alface, no
centro, ponha a manga inteira.
Leve para um campo ou mata e ponha
embaixo de uma mangueira, palmeira ou
bananeira, chamando pela falange do
EXU MANGUEIRA, em nome de OXOSSI.
DIA:Quinta-feira
ACABAR COM AS BRIGAS.
MATERIAL
1 MANGA AVERMELHADA.
SINAL DA PESSOA ENVOLVIDA.
1 ALIANÇA[bijuteria].
25 CM DE FITA LARGA AMARELA. 25 CM
DE FITA LARGA AZUL.
25 CM DE FITA LARGA VERMELHA. 1 VELA
AZUL.
1VELA AMARELA.
1 VELA DE SEBO.
PROCEDIMENTO:
Corte a manga ao meio, retire o miolo e
coloque dentro o nome, ou retrato, ou
cabelo juntamente com uma aliança, a
aliança que pode ser de bijuteria.
Prenda as duas partes da frutas
amarrando em fitas amarelas, azul e
vermelha.
Acender uma vela azul para CIGANA
MADALENA. Uma vela amarela para
OXUM OPANDÁ e a de sebo para EXU
MANGUEIRA .
DIA:Quinta-feira.
HORA:Entre 18 e 23h45 horas
NOMES DE CIGANOS
: pietriK
Nadja
: pietrike ag`lartee artemio
borist bartholomehu: brumdimytriu
: gorky
: gallarcio
Hidalgo heronn hélder hhjerculamno
idaylio
: klauss : krygor
luigio nicolya nicolay
NOMES E SOBRE NOMES CABALISTICOS
MARABÓ: PUT SATANAKIA
EXU MANGUEIRA: ALIERAPS TRANCA RUA
: TARCHIMACHE TIRIRI: FLERUTY
VELUDO : SAGATHANA
EXU DOS RIOS : NESBIROS CALUNGUINHA
DO MAR : SYRACH
CAVEIRA: SERGULATH
Oferendas para baianos
OFERENDA 1: (para baianos)
ELEMENTOS:
3 cocos cortados em pedaços, regados
com melado de cana e colocados dentro
de uma gamela.
1 aguardente servida em coeté ou dentro
da casca do coco ou copo de papelão
3 cigarros de palha
3 velas amarelas
--------------------------
OFERENDA 2: (para as baianas)
7 cocadas (feitas por você mesmo)
servidas em folha de bananeira, gamela
ou alguidar
7 flores amarelas (podem ser de jardim,
colhidas por você mesmo) em volta da
oferenda, intercalando com as velas
1 batida de coco servida em coetés (7
coetés) em volta das cocadas 7 velas
amarelas em volta de toda a oferenda
7 cigarros de palha
Os coetés podem ser substituídos por
copos de papelão descartável ---------------
-----------------------------------------
OFERENDA 3: (para baianas)
7 queijadinhas (feitas por você mesmo)
7 rosas brancas (sem espinhos)
7 cigarros de palha
água de coco servida em sete coetés ou 7
copos de barro ou papelão 7 velas cor de
rosa
Procedimento, como a anterior -------------
------------------------------------------------------
OFERENDA 4: (para baianas)
7 pedaços (médios) de rapadura, servidos
em folha de bananeira e regados com
mel
7 flores brancas (podem ser colhidas por
você mesmo)
1 licor de coco servido em 7 coetés ou 7
copos de barro ou papelão 7 fitas
coloridas de 70cm cada nas cores:
branca, amarela, laranja, azul clara,
verde, vermelha e rosa colocadas
esticadas em cima das rapaduras
7 velas amarelas
7 cigarros de palha
--------------------------------------------------
OFERENDA 5: (para baianos ou baianas)
7 bananas descascadas e regadas com
mel
7 laranjas (bahia), abertas ao meio e
regadas com mel
7 rosas brancas
7 cigarros de palha
7 velas amarelas
1 batida ou licor de cacau servido em 7
coetés ou 7 copos de barro ou papelão
Arrume as frutas e as rosas (sem os
espinhos) em uma gamela de madeira ou
numa folha de bananeira, ou ainda em
um alguidar. Regue com o mel.
Em volta coloque os 7 copos, intercalados
com os 7 cigarros (acesos) Em volta de
toda a montagem, coloque as 7 velas. ----
--------------------------------------------------
OFERENDA 6: (para baianas)
7 velas vermelhas
7 velas brancas
7 pedaços de fitas de 1 metro cada um
nas cores: branca, amarela, laranja, rosa,
azul, verde e vermelha
7 cigarros de palha
1 vaso de flores do campo coloridas no
centro da oferenda.
As flores podem ser compradas
plantadas. -----------------------------------------
-----------------
OFERENDA 7: (para baianos)
7 cocos verdes abertos somente uma
tampinha e com a água dentro podem
ser colocados em cima de uma folha de
bananeira
7 velas amarelas
7 cigarros de palha -----------------------------
-------------------------------
OFERENDA 8:
7 espigas de milho cozidas e regadas com
melado de cana
7 cigarros de palha
1 aguardente servida em 7 coetés ou 7
copos de papelão (não serve plástico)
7 velas vermelhas
7 velas brancas
Pode usar a palha da espiga como forro
para a entrega. ----------------------------------
-------------
OFERENDA 9:
1 coco cortado em cubos regado com
mel, servido em uma folha de bananeira
ou prato de papelão
1 vela branca
1 cigarro de palha
1 copo de papelão com aguardente
OFERENDA 10:
50g de amendoim sem sal
250g farinha de milho
1 cebola média cortada em rodelas
7 pitadas de pimenta malagueta
7 colheres de sopa de azeite de dendê
1 gamela pequena ou prato de barro ou
de papelão para colocar a farofa
7 cigarros de palha
1 aguardente servida em 7 coetés, copo
de papelão ou copo de barro 7 velas
marrons
7 velas brancas
Misturar com as mãos, a farinha com o
dendê e a pimenta, acrescentar os
amendoins, enfeitar com as cebolas. ------
-----------------------
Local de entrega: praia, campos Em
breve mais oferendas
Oferendas para caboclos
OFERENDA 1
3 xícaras de feijão de corda cozido firme
2 cebolas em rodelas grossas
7 colheres de azeite de oliva para regar 1
gamela para colocar a comida
7 velas amarelas
7 velas brancas
7 cigarros curtos de filtro amarelo
7 copos de aguardente (copos de barro
ou de papelão, plástico não serve)
-----------------------------------------
OFERENDA 2:
1 gamela ou alguidar médio
5oog de farinha de mandioca
1 vidro de melado de cana
3 cigarros de palha
3 velas brancas
1 aguardente servida em 3 copos de
papelão ou barro ou metal
(recolha o lixo reciclável, após as velas
queimarem, ou faça sua entrega em folha
de banaeira com copos de papelão.
Misture a farinha e o melado com as
mãos, coloque na gamela. --------------------
--------------------
OFERENDA 3
1 gamela ou alguidar ou folha de
bananeira para colocar a comida 500g de
amendoim sem sal
7 colheres de sopa de melado de cana
para regar os amendoins
7 cigarros de palha
1 garrafa de aguardente servida em sete
copos de barro ou papelão 7 velas
amarelas
-------------------------------------------
OFERENDA 4
1 gamela, prato de papelão ou folha de
bananeira
7 batatas inglesas cozidas firme e sem sal
7 colheres de melado de cana para regar
7 cigarros curtos e sem filtro
7 velas amarelas
7 velas brancas
1 garrafa de aguardente servida em 7
copos de papelão ou barro--------------------
--------------------------
OFERENDA 5:
gamela, praro de papelão, alguidar médio
ou folha de bananeira 250g de arroz
integral cozido firme e sem sal
100 g de banana desidratada, colocada
em cima do arroz enfeitando- o
7 colheres de sopa de mel para regar o
arroz e a banana
7 cigarros de palha
7 velas vermelhas
1 garrafa de batida de coco servida em 7
copos de papelão ou barro 3 rosas
vermelhas para baiana ou 3 cravos
vermelhos para baiano, cortados na
altura da lapela, enfeitando o centro do
arroz, com as bananas em volta das 3
flores e tudo regado com mel. --------------
--------------------------------------
OFERENDA 6:
gamela, alguidar, folha de bananeira ou
prato de papelão
7 maçãs inteiras sem cortar
7 bananas sem casca, inteiras sem cortar
7 colheres de sopa de melado de cana
para regar as frutas
7 copos de batida de coco
7 cigarros de palha
7 velas brancas
-------------------------------------------------------
-
OFERENDA 7:
1 gamela, prato papelão ou alguidar
grande o suficiente
500g de fubá amarelo
21 colheres de sopa de azeite de oliva
3 cebolas cortadas em rodelas grossas
3 cigarros de palha
3 copos de aguardente
3 velas amarelas
Misture o fubá e o azeite com as mãos,
coloque na gamela cubra com as cebolas
e regue com mais azeite de oliva -----------
-------------------------------------------------------
- OFERENDA 8
gamela, alguidar, prato de barro ou de
prato de papelão
3 xícaras de feijão preto, cozido firme e
escorrido
3 xícaras de arroz integral cozido firme
1 cebola cortada em rodelas grossas
1 pimentão cortado em rodelas grossas
3 bananas cortadas em rodelas grossas
3 cigarros curtos
3 velas marrons
3 copos de aguardente
Misture o arroz com o feijão e enfeite
com as bananas, cebolas e pimentão;
Regue tudo com azeite de oliva -------------
-------------------------------------------------------
- OFERENDA 9:
alguidar, gamela ou prato de barro
500 de polenta cozida feita por você, sem
sal e no ponto
7 ovos cozidos cortados no comprimento
para enfeitar a polenta
7 colheres de melado de cana para regar
tudo
3 cigarros de palha
3 velas amarelas
3 copos de aguardente ------------------------
----------------------------------------------
OFERENDA 10
1 folha de bananeira para colocar as
frutas
7 cajus inteiros
7 bananas inteiras e sem as cascas
7 maçãs inteiras e com as cascas
7 colheres de sopa de melado de cana
3 velas brancas
1 água de coco servida em 3 copos de
papelão ou barro 3 cigarros de palha
----------------------------------
DOZE OFERENDAS PARA PRETOS VELHOS
OFERENDA 1
gamela, alguidar, prato de barro ou de
papelão
250g de canjica cozida firme
7 colheres de sopa de mel para regar
3 copos de café preto sem açúcar
3 velas bicolores (preta e branca)
3 palheiros (cigarros de palha)
3 flores brancas, sem espinhos, ao lado
de cada vela
------------------------------------------------------
OFERENDA 2:
gamela. alguidar, prato de barro ou
folha de bananeira
7 pedaços de bolo de fubá, (o bolo deve
ser feito por você, e com erva
doce)
7 copos de água mineral adoçadas com
mel
7 velas bicolores (preta e branca)
7 cigarros de palha
7 galhos frescos de alecrim (colocados
entre os pedaços de bolo)
-------------------------------------------------------
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OFERENDA 3
folha de bananeira ou prato de papelão
para colocar a oferenda
7 paezinhos feitos em casa, sem sal
7 colheres de mel para regar cada pão
1 colher de sopa de erva doce
1 colher de sopa de camomila
1 colher de sopa de alecrim
7 copos de água mineral com 1 tampinha
de aguardente em cada um
3 cigarros de palha
3 velas bicolores (preta e branca)
Arrume os pães, salpique-os com as
ervas e regue com mel.
Os copos podem ser de papelão por
serem ecológicos - não use plástico
Cuidado com a formeza das velas, para
evitar acidentes.
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OFERENDA 4
1 folha de bananeira
7 bananas prata regadas com mel
7 margaridas brancas ou amarelas,
enfeitado as bananas
3 copos de aguardente
3 cigarros de palha
3 velas bicolores (preta e branca)
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OFERENDA 5
1 folha de bananeira ou prato de
papelão
1 coco cortado em cubos regado com mel
3 copos de aguardente
3 velas bicolores preta e brancas
3 cigarros de palha
7 pedaços de fitas de 1 metro cada na cor
branca
7 pedaços de fitas de 1 metro cada na
cor preta
As fitasdevem ficar esticadas em cima da
oferenda, podem ficar cruzadas
umas sobre as outras.
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OFERENDA 6
Prato de barro ou papelão
250 de feijão preto, cozido firme
100 de farinha de mandioca
3 colheres de sopa de azeite de dende
Faça um virado, misture o feijão e a
farinha e acrescente o dendê
3 copos de aguardente (podem ser
servidos em copo de barro, papelão ou
em coetés)
3 velas bicolores (preta e branca)
3 cigarros de palha
1 rosa branca, sem o caule, colocada no
meio do virado de feijão
enfeitando.
-------------------------------------------------------
----------------
OFERENDA 7
250g de arroz branco cozido com água e
açúcar
canela em pó e erva doce
1 rosa branca em pétalas
Arrumar o arroz num prato de barro ou
papelão, em volta colocar as pétalas
de rosas brancas e salpicar com canela
em pó e erva doce.
3 copos de café preto forte e sem açúcar
3 copos de água mineral
1 copo de aguardente
(os copos podem ser ecológicos de
papelão firme ou de barro)
7 velas bicolores preta e branca
7 cigarros de palha
------------------------------------------------------
---
OFERENDA 8
7 colheres de sopa de melado de cana
7 batatas doce sem cascas, cozidas em
água com açúcar.
Colocar num prato e regar com o
melado de cana
3 cigarros de palha
3 velas bicolores(preta e branca)
1 copo de agua mineral
1 copo de aguardente
1 copo de café preto forte e sem açúcar
--------------------------------------------
OFERENDA 9
7 pedaços de abóbora cozidos firmes e
com água com açúcar
7 colheres de sopa de mel para regar
7 flores do campo, em volta do prato de
abóbora
3 cigarros de palha
3 velas bicolores (preta e branca)
1 copo de água
1 copo de aguardente
--------------------------------------------------
OFERENDA 10
100g de farinha de mandioca
250g de melado de cana
3 bananas prata cortadas em rodelas
1 vela bicolor (preta e branca)
:
Fazer uma espécie de sopa colocando o
melado em um alguidar, acrescente
a farinha e por último as rodelas de
bananas.
3 velas bicolores (preta e brancas)
3 cigarros de palha
3 copos de aguardente
-----------------------------------------------------
OFERENDA 11
Alguidar
250g de fubá
250g de coco fresco ralado
canela em pó
erva doce
250 de mel
Misturar e colocar nun alguidar, enfeitar
com canela e erva doce
1 copo de aguardente
1 copo de água mineral
3 cigarros de palha
e velas bicolores (pretas e brancas)
------------------------------------------------------
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OFERENDA 12
1 vaso pequeno de flores do campo ou 7
margaridas brancas
1 copo de aguardente
1 copo de água
1 cigarro de palha
PADÊ DOCE PARA OFERENDA E FESTAS
DE POMBAS GIRAS
Atendendo a pedidos deixo receitas de
farofas doces para serem usadas nas
Oferendas às Pombas Giras.
Esses padês podem ser combinados junto
com outros elementos como flores,
frutas, cigarros, bebidas, etc.
Tambem podem ser usados nas festas de
Exús e Pombas Giras, onde podem ser
cruzados pelas entidades e
posteriormente servido aos filhos da
corrente e aos membros da assistência.
Abaixo 7 receitas de farofas doces.
FAROFA DE PASSAS E MEL: 1 alguidar
500g de farinha de milho em flocos 250g
de mel
250g de uva passa branca
3 colheres de sopa de óleo de mlho 3
colheres de sopa de licor
Deixe as passas hidratando em um prato
com 1/2 copo de água e 3 colheres de
sopa de licor de (anis, cacau, menta ou
laranja) por 2 horas.
Leve ao fogo baixo o óleo e a farinha de
milho, mexendo sem parar por 5 minutos
adicione as passas hidratadas e mexa por
mais e minutos.
Retire do fogo, coloque no alguidar e
adicione aos poucos o mel. mexendo com
as mãos e soltando a farinha.
Está pronta a sua farofa doce para
Pombas Giras.
Pode ser usada em oferendas para amor,
festas ou complemento de outras
entregas.
FAROFA DE MAÇÃ E MEL
2 maças verdes
2 maçãs vermelhas
500g de farinha de milho em flocos 250g
de mel
3 colheres de sopa de óleo de milho 3
colheres de sopa de licor
O mesmo procedimento acima, só que ao
invés de uva passa, adicione maçãs
vermelhas e verdes cortadas em
pequenos cubos e com as cascas.
Fica uma delícia para festas de Pombas
Giras.
FAROFA DE NOZES E DAMASCO
O mesmo procedimento básico da
primeira farofa, adicionando 200g de
damascos picados e 200g de nozes
picadas.
FAROFA DE FESTA PARA POMBA GIRA
500g de farinha de mandioca branca 7
colheres de sopa de óleo de milho 1
cebola média picada bem fininho 100g de
amendoas moídas
100g de amendoas inteiras
100g de farinha de pão
1 lata de pêssego em calda
7 colheres de sopa de licor de morango
Doure a farinha de mandioca com o óleo
e a cebola em fogo baixo, mexendo sem
parar por 10 minutos. Acrescente a
farinha de pão, misture bem e logo
desligue. Espere esfriar.
Acrescente as amendoas moídas e
misture bem.
Escorra os pêssegos e acrescente em
pedaços pequenos. Cuide para que sejam
firmes, evite pêssegos muito moles.
Enfeitecom as amendoas inteiras.
Regure com um pouco da calda de
pêssego.
Essa farofa também pode ser servida em
festas de ciganos.
FAROFA DE FRUTAS
250g de farinha de milho amarela
250g de farinha de mandioca branca
1 cebola picadinha
7 colheres de sopa de óleo de soja
3 colheres de sopa de azeite de oliva
3 colheres de sopa de licor
3 colheres de sopa de mel
100g de azeitonas verdes sem caroço e
em fatias
1 cacho de uvas verdes maduras, porém
bem firmes
2 maçãs vermelhas picadas com casca
(deixe-as de molho em água e meio
limão) 1 pera madura e firme.
7 flores amor perfeito (se possível a cor
rosa)
Doure a cebola com o óleo, acrescente as
duas farinhas e mexa por cerca de 10
minutos em fogo baixo.
Espere esfriar e junte as azeitonas e o
azeite de oliva.
Acrescente metade das frutas picadas e
reserve a outra metade.
Coloque tudo em um alguidar grande,
decore com a metade de frutas e regue
cm mel e licor.
Por último coloque as flores previamente
lavadas.
As farofas acima podem ser feitas em
festas de todas as Pombas Giras e
também nas festas de ciganas.
FAROFA SIMPLES
250g de farinha de mandioca
7 colheres de sopa de óleo de soja
1 cebola bem picadinha
1 maçã cortada em cubinhos com casca.
3 colheres de sopa de mel
Doure a cebola com o óleo, acrescente a
farinha e mexa em fogo baixo por 5
minutos.
Espere esfriar e misture a maçã.
Regue com mel.
FAFOFA CRUA
300g de farinha de pão (procure a mais
torrada)
100g de nozes moídas
100g de passas (hidratadas com um
pouco de água e licor de cacau) deixar de
molho por 2 horas
um pouquinho de nóz moscada
um pouquinho de canela em pó
Regar tudo com mel
FAROFAS SALGADAS PARA FESTAS DE
EXÚS
E POMBAS GIRAS
1
2 21 colheres de (sopa) .
CEBOLA, OVOS E PIMENTA
1kg de farinha de mandioca crua
cebolas grandes
cortadas em pedacinhos e douradas em
óleo de soja
,
7 colheres (sopa)de azeite de dendê
Quando estiver transparente,
acrescentar a farinha (se necessário,
adicione mais óleo
de soja e dendê)
Mexa em fogo baixo até que fique
crocante.
Desligue e acrescente
14
ovos cozidos picadinhos
pimentas dedo de
Misture tudo.
cortadas em fatias bem fininhas (se
quiser mais picante acrescente
7 pimentas)
Se for servida como oferenda, deve ir
para um alguidar grande e enfeitada com
mais 7
pimentas dedo de moça inteiras e
rodelas de cebola regadas com azeite de
dendê.
moça,
2
3
,3
AMENDOIM E BANANA
Costumo fazê-la em minhas oferendas.
1/2 kg de farinha de mandioca branca
7 a 10 colheres de sopa de óleo de
amendoim
1 cebola grande bem picadinha e
dourada
250g de amendoim bem picadinho ou
moído grosseiramente
7 bananas caturra ou d'água (tem que sr
banana firme, os nomes e tipos variam
conforme a região do pais)
sal a gosto (cuidado se o amendoim já
for salgado)
Quando a cebola estiver ficando
transparente, acrescente a farinha de
mandioca, até
ficar crocante. Desligue, espere esfriar e
acrescente o amendoim.
Enfeite com rodelas de banana, não
corte muito fina.
Se for para oferenda, pode cortar a
banana no sentido do comprimento e
regar com
dendê.
(ver farofa tradicional)
ALICCI E MILHO VERDE
1/2 kg de farinha de mandioca crua
12 unidades (filezinhos)
7 colheres de sopa de azeite de oliva
de alicci cortados bem picadinhos
7 colheres de sopa de óleo de soja ou
milho
1 cebola bem picadinha
1 lata de milho verde ( escorrida e
deixada na peneira por 1 hora para
escorrer todo o
líquido)
Frite a cebola no azeite junto com o
óleo, quando estiver transparente,
acrescente a
farinha, quando estiver crocante,
desligue.
Coloque o aliche e o milho.
4
ERVILHA , CEBOLA E MARISCO
700g de farinha de mandioca crua
7 colheres de sopa de azeite de oliva
7 colheres de sopa de óleo de soja
300g de mariscos cozidos
1 lata de ervilha
2 cebolas
Corte 1 das cebolas bem picadinha e
doure no óleo e no azeite, acrescente a
farinha até ficar crocante, acrescente os
mariscos e 1 cebola cortada em rodelas
finas.
5
PIMENTÃO E AZEITONA
700g de farinha de mandioca crua
7 colheres de sopa de azeite de oliva
7 colheres de sopa de óleo de soja
1 pimentão vermelho
1 pimentão verde
1 pimentão amarelo
sal a gosto
100g de azeitonas preta sem caroço ou
200g com caroço.
Coloque o óleo e o azeite na panela, em
seguida acrescente metade de cada
pimentão
cortadas em cubinhos, junte a farinha e
mexa até ficar crocante.
Desligue e enfeite com as azeitonas
picadinhas ou em rodelinhas e metade de
cada
pimentão cortado em rodelas.
QUEIJO, CEBOLA E TOMATE
2
7
DENDÊ, CAMARÃO SECO E BANANA
Deixe o camarão seco de molho por 30
minutos em 1 litro de água quente.
Escorra e
700g de farinha de mandioca branca
crua
150g de queijo parmesão ralado grosso
4 tomates maduros e bem firmes
7 colheres de sopa de óleo de soja
10 colheres de sopa de azeite de oliva
colheres
2 cebolas grandes
de sopa de manjericão fresco cortado
bem picadinho
Frite a cebola no óleo e no azeite,
acrescente a farinha e deixe ficar
crocante, desligue
acrescente o tomate cortado em cubos,
sem as sementes.
Coloque o queijo ralado e misture bem,
por último salpique o manjericão.
Não acrescente sal, somente se houver
necessidade MOLHOS
Podem ser servidos no pão, torradas ou
em pratinhos as farofas
PIMENTÃO E CEBOLA
1 pimentão (grande) amarelo e 1
vermelho
3 cebolas grandes
Corte tudo em cubinhos
Tempere com :
1 xícara de azeite de oliva
1 xícara de água
1/2 xícara de vinagre de maçã
sal a gosto
3 colheres de sopa de aguardente ou
conhaque
TOMATE, AZEITONA E MILHO VERDE
150g de azeitona verde
150g de azeitona preta
6 tomates grandes e firmes
1 lata de milho verde
Tempere com
1 xícara de água
1 xícara de azeite de oliva
1/2 xícara de vinagre de maçã
3 colheres de sopa de molho inglês
PEPINO, OVOS DE CODORNA, CEBOLA E
CENOURA
1 vidro em conserva de pepino azedo
1 vidro em conserva de cebola
3 cenouras cozidas
3 dúzias de ovinhos de codorna cozidos
1 molho de salsinha bem picadinho
Corte os pepinos, a cenoura e a cebola
em rodelas
Acrescente os ovinhos de codorna
Tempere com
1 xícara de água
1 colher de café de pimenta calabresa (+
ou - conforme o gosto)
1 xícara de azeite de oliva
1/ xícara de óleo de soja
1/2 xícara de vinho branco
sal a gosto
A decoração pode ser feita com pétalas
de rosas e cravos vermelhos
(lavados e colocados apenas em cima
dos pratos. Como opção fala ima base
de alface em cima e forre com as flores
antes de enteregar ou oferecer
a assistência e médiuns.
Boas homenagens aos Guardiões.
Ebó Para Iansã - Oyá OniráMaterial
Necessário:1 Abóbora moranga, 4 Búzios
abertos, 4 Noz moscada, 4 Moedas, 4
Acarajés, 4 Metros de fitas vermelha /
Branca, 1 Saco de pano. Modo de Fazer:
Fazer um buraco na abóbora, colocar o
resto das coisas, depois de passadas no
corpo. Tapar a abóbora, amarrar com
fitas. Entregar a OYÁ ONIRA no alto de
um morro, às 18:00 ou 24:00 horas,
acender e pedir tudo de bom.
Ebó Para Resolver Problemas
DifíceisMaterial Necessário:2 Acaçás
Brancos, 2 Ovos Brancos, 2 Quiabos, 2
Moedas, 2 Conchas, 1 Oberó
Maneira de Fazer: Passa-se tudo no
corpo e coloca-se num Oberó, colocar
bastante mel e arriar numa praça e pedir
a MEGE ou MEGIOKO que traga tudo de
bom eem dobro. Este Ebó tem que ser
feito com 2 pessoas, acompanhadas de
duas crianças.Nota: Este Ebó só
pode ser feito nas terças-feiras.
Defumação para descarregar casa ou
comércio:Misturar mirra, incenso,
bejoim, aniz estrelado, breu, alecrim e
alfazema e colocar num defumador aceso
com carvão. Defumar do fundo da casa
para a frente; no final, despachar num
verde e deitar um copo de água por cima.
Defumação para abrir caminhos:Misturar
num recipiente três colheres de açúcar,
três colheres de café em pó, três colheres
de canela moída e sete folhas de louro
seco. Defumar a casa da frente para o
fundo fazendo os seus pedidos.
Aconselho a fazer a defumação para
descarregar à noite e no dia seguinte,
pela manhã, ao nascer do sol, fazer esta
defumação para chamar dinheiro,
freguesia e tudo que é bom.
Banho para descarregar o corpo:Colher
pela manhã: levante, manjericão,
alecrim, guaco, malva cheirosa, espada
de são Jorge, espada de santa Catarina,
orô, oito folhas de ameixa, um punhado
de folhas de pitangueira, gervão, sete
ramos de arruda, guiné, oito folhas de
boldo e folhas de alfazema. Colocar numa
panela grande e deixar a ferver por
catorze minutos. Apague o lume e deixe
arrefecer até ficar em boa temperatura
para fazer o banho. Ponha o líquido sem
as folhas num balde, entre na banheira
ou no duche, colocando-se de pé dentro
de uma bacia, vá despejando o conteúdo
do balde por cima do corpo com uma
caneca, faça os pedidos para os bons
guias retirarem todos os males do vosso
caminho etc. Peça a alguém para deitar a
água do banho que ficou na bacia num
verde ou em água corrente.
Nota: Este mesmo preparado pode ser
utilizado para lavar a casa (do fundos
para a frente) para descarregar. Neste
caso, em vez de ferver, as ervas também
podem ser maceradas, piladas, com água,
o efeito é melhor ainda. Também
encontrará estas ervas em bons
mercados ou ervanárias, caso você não
tenha como colhê-las você mesmo.
Banho para atrair bons fluidos:Misture
dinheiro em penca, folhas de dólar,
folhas de malva cheirosa, folhas de
laranjeira, folhas de elefante, folhas de
manjericão, folhas de fortuna, macere
estas ervas com água e coe, misture um
pouco de água quente para que a água
fique numa boa temperatura para o
banho. Coloque num balde entre na
banheira ou no duche, colocando-se de
pé dentro de uma bacia, vá despejando o
conteúdo do balde por cima do corpo
com uma caneca (nunca deite nenhum
tipo de banho na cabeça). No final,
despeje o conteúdo da bacia no seu
quintal. Se quiser lavar a casa com este
preparado deve lavar da frente para o
fundo e despeje o resto no fundo do
quintal.
Nota: Como é um banho para atrair bons
fluidos não deve ser despachado do lado
de fora do pátio ou da porta de casa, caso
você more num apartamento, sugiro que
deixe um vaso grande com plantas verdes
numa área onde possa despejar estes
banhos.
Banho para o amor:Cozinhar um quarto
de quilo de canjica amarela com bastante
água, após estar cozida, coar e colocar o
líquido a ferver com folhas de pitangueira
por mais dezasseis minutos. No final
deste tempo, acrescente dezasseis gotas
de um perfume a seu gosto, pétalas de
uma rosa branca, uma vermelha e uma
amarela. Tome o banho do pescoço para
baixo. Ponha a canjica numa bandeja
forrada com papel amarelo e leve a uma
praça. Coloque debaixo de uma árvore e
despeje o resto do banho em volta da
bandeja, fazendo pedidos enquanto isso.
Se puder , deixe um vela branca acesa.
Nota: Este banho é indicado para fazer
antes de sair para festas ou lugares onde
você quer chamar a atenção para o amor.
Faça-o antes de receber o
companheiro(a).
Xangô Aganjú Para passar em concursos
e provas:01 gamela de madeira06
bananas
catarinas01 vela vermelha01 vela
branca01 vela marrom-mel-pedidos
escritos 6 vezes Pegue a gamela, coloque
as bananas descascadas dentro da
gamela, em baixo de cada uma o papel
com o seu pedido, leve a um verde de
preferência onde tenha uma pedra
grande para você colocar a gamela em
cima, escreva o seu nome em cada uma
das velas e depois de colocar a simpatia
sobre a pedra ,ascenda as velas e peça
muita protecção e auxílio quando você
estiver prestando à prova.
Para Xangô Agodô - Justiça01 gamela de
madeira12 bananas catarinas03 maçãs
(vermelhas)-fita branca-fita vermelha-
mel-pedido escrito em uma folha de
papel com caneta vermelha-1 vela de 7
dias branca e vermelha
Escreva o seu pedido em uma folha de
papel com a caneta vermelha ,enrole o
papel com a escrita para dentro, amarre
com as fitas e coloque no centro da
gamela, descasque as bananas e coloque-
as sobre o papel, arrume-as para que
você possa colocar no centro as três
maçãs, regue com um pouquinho de mel
e leve a um verde onde haja uma pedra,
coloque a gamela sobre a pedra e peça a
Xangô que lhe ajude a vencer este
processo.
Para atrair um novo amor: Canela-em-
pauCravo-da-índiaNoz-MoscadaFlor de
LaranjeiraFolhas de PitangueiraPétalas de
1 Rosa VermelhaÓleo de AmêndoasÁgua
Ferva a canela, o cravo, a noz-moscada e
as folhas de pitangueira. Apague o lume e
acrescente as flores de laranjeira e as
pétalas de rosas. Abafe e deixe arrefecer.
Tome um banho higiénico, depois o
banho atractivo do pescoço para baixo,
mentalizando a pessoa que você deseja
ter a seu lado; logo após, passe o óleo de
amêndoas nas suas zonas erógenas,
pedindo para que a pessoa amada
permaneça sempre em seus braços.
Para aproximar quem está distante: 01
abafador de barro01 maçã01 par de
alianças01 pedaço de favo de mel-fita
vermelha-fita branca-algodão01 vela
vermelha
Pegue o favo de mel, abra no meio com
uma colher e escreva o nome do casal a
lápis em um papel, dobre e coloque
dentro do favo. Amarre as alianças com
as fitas e amarre o favo
também com estas fitas, faça um buraco
na maçã com a colher, coloque o favo
dentro, forre toda a maçã com bastante
algodão, coloque dentro do abafador e
regue com muito mel, tape o abafador,
ascenda a vela ao lado, após a vela
queimar plante esta simpatia em um vaso
de folhagem, sem espinhos.
Ebó para Ògún Para abrir caminhos,
trazer dinheiro, prosperidade
1 inhame assado, 1 alguidar médio, 21
moedas correntes, 21 taliscas de mariô
(folha de palmeira), 1 acaçá branco
(bolinho de milho branco misturado com
água, envolto em folha de bananeira), 1
acaçá vermelho (igual a acaçá branco,
porém com farinha de milho amarela),
azeite de dendê e mel.
Como Preparar: Asse o inhame na brasa.
Se necessário, raspe um pouco para
eliminar o excesso de negrume. Colocar
dentro do alguidar. Vá enterrando os
talos de mariô e chamando por Ogum,
Faça o mesmo com as moedas. Coloque
os acaçás, um em cada ponta do inhame.
Regue com um pouco de dendê e mel, 1
pitada de sal. Acenda uma vela e faça os
seus pedidos a Ogum. Deve-se colocar no
muro, ao lado do portão, ou no chão, na
entrada do portão. Se você morar num
apartamento, coloque dentro da sua
casa, atrás da porta de entrada. Deixe 7
dias e após, despachar aos pés de uma
árvore frondosa.
Presente para OxumPara acalmar a
pessoa amada5 batatas inglesas, mel,
azeite doce, açúcar mascavo, 2 velas.
Como Preparar: Cozinhe as 5 batatas
inglesas sem casca. Deixe esfriarem.
Coloque um pouco de mel, azeite doce e
açúcar mascavo em um prato de louça,
vá amassando as batatas com as mãos e
misturando tudo. Faça isso pensando na
pessoa amada. Dê um formato de
coração à massa. Acenda 2 velas
amarelas de 30 cm ao lado. Ofereça a
Oxum Aparà.
Ebó para Exú LonanAbrir Seus Caminhos,
para tirar feitiço, olho-grande, inveja1
metro de pano vermelho, 1 alguidar
médio, 7 velas brancas, 1 bife de boi cru,
7 moedas actuais, 7
búzios abertos, 1 farofa de dendê, com
uma pitada de sal, 7 limões, 7 acaçás
vermelhos, 7 ovos vermelhos, 1 obi.
Como Preparar: Abra o pano em sua
frente. Acenda as velas. Passe o alguidar
pelo seu corpo e coloque-o em cima do
pano. Passe os ingredientes no corpo,
pela ordem acima. Por último, abra o obi,
e leve-o até a sua boca, fazendo seus
pedidos. Deixe-o em cima do Ebó. Feche
o pano. Este Ebó tem que ser despachado
numa rua de muito movimento, onde
tenha muitas casas comerciais.












Babalorixá Antônio de Ogun

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