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em um glossário de crenças e
superstições
Quem corta as unhas a um bebé ainda não baptizado, faz com que ele se torne
lobisomem.
Não é bom rir à sexta-feira, porque a pessoa, que o faz, chora ao domingo.
Quando uma pessoa morre, é bom queimar-lhe a cama, para não voltar a este
mundo.
Quando faz trovoada, é bom deitar alecrim no lume, para afugentar o raio.
Quem corta as unhas ao sábado, vê o seu amor ou pessoa que estima ao
domingo.
Quando uma mulher dá de mamar a uma criança, não deve beber coisa
alguma, quando a tiver ao peito, senão fica com ataques epilépticos.
Quando uma mulher grávida deseja alguma coisa que não pode comer, a
criança nasce com a boca aberta.
As pessoas que dormem muito, para perderem este hábito, devem abraçar um burro
logo que acabar de nascer.
Não é bom deixar um pedaço de pão cortado com os dentes. Uma pessoa que queira
fazer mal a quem fez isto, pode apanhar aquele pão, crivá-lo de alfinetes e dá-lo
depois a comer a um sapo. O sapo fica padecendo, e enquanto não morre padece a
pessoa também, morrendo por fim ambos.
● Havia a solidão da prece num olhar triste ● À espreita está um grande amor, mas
Como se os seus olhos fossem as portas guarda segredo
do pranto Vazio tens o teu coração na ponta do
Sinal da cruz que persiste, os dedos medo
contra o quebranto Vê como os búzios caíram virados pra
E os búzios que a velha lançava sobre Norte
um velho manto Pois eu vou mexer no destino, vou
mudar-te a sorte
● À espreita está um grande amor, mas Pois eu vou mexer no destino, vou
guarda segredo mudar-te a sorte
Vazio tens o teu coração na ponta do
medo ● À espreita está um grande amor, mas
Vê como os búzios caíram virados pra guarda segredo
Norte Vazio tens o teu coração na ponta do
Pois eu vou mexer no destino, vou medo
mudar-te a sorte Vê como os búzios caíram virados pra
Pois eu vou mexer no destino, vou Norte
mudar-te a sorte Pois eu vou mexer no destino, vou
mudar-te a sorte
● Havia um desespero intenso na sua voz Pois eu vou mexer no destino, vou
O quarto cheirava a incenso mais uns mudar-te a sorte
quantos pós Pois eu vou mexer no destino, vou
A velha agitava o lenço, dobrou-o, mudar-te a sorte
deu-lhe dois nós
E o seu pai de santo falou usando-lhe a
voz
O AMANHÃ
Simone Bitencourt (Didi e João Sérgio)