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Comunicação não violenta:

“Bem aventurados os que são


brandos e

pacíficos”
(Capítulo 9, O Evangelho Segundo o Espiritismo)
• quem já vivenciou ou vivência experiências de comunicação violenta?

• Fere e machuca. Bruta.

• Comunicação: uma via de mão dupla.


• Falar e ouvir
• Por que ainda temos tanta dificuldade em estabelecermos uma
comunicação não violeta e mais harmoniosa?
• Não podemos nos esquecer de que vivemos em um planeta de provas
e expiações.
• Pelo conhecimento do espiritismo, pelo conhecimento do Evangelho
de Cristo, somos chamados a estabelecer uma comunicação não
violenta.
• Essa forma de comunicação está relacionada a questão do bem e do
mal. Como estamos próximos ou afastados um do outro.
Questão 630 LE – como se pode distinguir o
bem e o mal?
• Como distinguir o bem e o mal?
• Bem: tudo aquilo que está conforme a lei de Deus
• Mal: tudo aquilo que dela se afasta
• Fazer o bem é: conformar-ser com a Lei de Deus
• Fazer o mal é infringir essa lei

• O bem e o mal habita dentro de nós. A razão entre a prática da


violência está na mesma proporção em que nosso espirito
permanece enraizado no mal.
Exemplo – caso da arvore das ilhas Salomão.
• Recentemente fiz uma viagem a Honiara, capital das Ilhas Salomão, ilhas no centro-oeste da Oceania, oceano Pacífico. Por conta da fama
nos cinemas, Honiara, tornou-se ponto turístico. Da capital, cheguei a Buala, civilização com certo pé no primitivismo. Descobri que o povo
das Ilhas Salomão, tem de certa forma, pelas árvores, o que os indianos têm pelas vacas. Um espécime de santidade. Com a diferença que
eles não idolatram as árvores como os indianos fazem com as vacas na Índia. Acontece que o sustento das cidades e mesmo da capital
Honiara, vem principalmente da plantação de palmito. O mais intrigante é que para abrirem espaço no meio da floresta, para a plantação de
novos palmitais, é necessário que se derrubem velhas árvores, no entanto, árvores sadias. Cortá-las, seria uma maldade, a menos que elas
morressem sozinhas, portanto, arrancá-las, seria necessário para que se evitem acidentes.

• O que os nativos das Ilhas Salomão fazem, é se reunirem durante trinta e três dias seguidos, pela manhã, no meio dia e pelo entardecer, em
torno da árvore que se objetiva retirá-la, e três vezes ao dia, reunidos, gritam. Sim! Gritam! Gritam xingamentos, desmerecimentos, agressões
verbais. Seguidos os trinta e três dias, a árvore seca e morre. Morre “sozinha” e então é só arrancá-la. Segundo os nativos, os gritos de
desmerecimento matam o espírito da árvore, o que eles chamam de Leshy – animal da mitologia Eslava, que protege animais e moradores
das florestas.

• Vou levar essa história por toda minha vida, não apenas em minha profissão e com meus filhos, ela serve para todas as áreas de minha vida,
principalmente no relacionamento com outras pessoas. Assim como as árvores nas Ilhas Salomão, as palavras têm o poder de destruir as
pessoas. Importar-se com alguém é essencial, tem o poder de curar feridas – um bálsamo para a dor quando a gente se sente querido. Um
abraço, um beijo, dizer “eu te amo”. Tem medo? Estou aqui. Se cair ou falhar, eu estou ao seu lado. Dar segurança, carinho. Importar-se é
isso, não é? Mas nas Ilhas Salomão, quando os nativos querem parte da floresta para a agricultura, eles não cortam as árvores. Eles
simplesmente se juntam ao redor delas, gritam xingamentos e dizem coisas ruins. Em alguns dias a árvore seca e morre. Não precisam de
machados. Ela morre sozinha. “Com paus e pedras podemos partir ossos; mas com palavras matamos almas”. Eu aprendi, inclusive a tapar
meus ouvidos quando alguém quer me tirar do caminho.
questionamento
• Muitos autores usam essa historieta para fazer uma analogia sobre o
poder da palavra e como ela pode ser destrutiva ou construtiva. Só
que é uma história talvez incompleta e talvez não seja uma boa
analogia.
• A arvore seca porque o seu espirito morre.
• Sabemos que nosso espirito não morre. O nosso corpo morre
• De fato, quando estamos em um ambiente de comunicação violenta,
nosso espirito sofre.
• Porém, o sofrimento também será proporcional ao nosso grau de
adiantamento.
• Haroldo dutra dias na palestra cita varias personalidades que a
despeito de terem sofrido violência mantiveram uma postura pacifica.
• Mahatima Gandhi
• Martin luter king
• Etc.
• Isso me faz lembrar de uma outra simbologia que é a dos três
macacos sábios ou o dos três budas sábios.
• Não falo o mal, não escuto o mal.
Não veja o mal, não fale o mal, não escute o mal
• Os três sábios budistas. Há muitas explicações. É japonesa. Origem budista.

• os três sábios representam a humanidade e, de forma simplista, transmitem o preceito “não veja o mal,
não ouça o mal e não fale o mal”, que tem raízes na filosofia chinesa, com os ensinamentos
de Confúcio. Embora, muitos historiadores façam uma conexão com os 3 filtros de Sócrates: a
verdade, a bondade e a utilidade. Se aquilo que deseja exprimir não passar por estes três filtros é
melhor não fazê-lo, pois será uma ação maléfica.

• Elas atentam ao fato de que somos luz e sombra e que, portanto, precisamos reconhecer o mal em nós e
não no outro, pois só à medida que compreendermos as nossas sombras saberemos acolhê-las e
poderemos transformá-las.
• Questão 625 – qual o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao
homem para lhe servir de guia e modelo?

Vede Jesus

E Jesus nos deixou esse modelo de comunicação presente nos


Evangelhos, no seu modo de falar e ouvir e na sua pedagogia
educativa, como ensinava, como dialogava. E ele já chamava a
atenção para a importância de pretarmos atenção aquilo que está
dentro de nós.
Passagem do Evangelho de Mateus.
Não compreendeis que tudo que entra na boca vai para
o ventre e é expelido na latrina?

Mas o que sai da boca procede do coração, e isso


{torna} comum o homem.

Pois do coração saem desígnios maus, homicídios,


adultérios, fornicações, roubos, falsos testemunhos e
blasfémias. Estas coisas é que tornam comum o
homem. (Mateus 15,18-19)
Características da comunicação não
violenta
• Baseado nisso o cristo nos diz como devemos responder ao problema da comunicação violenta
• No exercício do falar
• No exercício do ouvir
• E a resposta dele é: nós conseguiremos estabelecer uma comunicação harmoniosa no exercício diário do amor
caridoso. E para amar dessa forma precisamos vencer o maior obstáculo, o maior cerceador das virtudes que é o
egoísmo.

• “bem aventurados os mansos, porque herdarão a terra” (Mateus 5, 5)


• Brando
• Pacifico
• Gentil
• Dócil
• Resignado
• Afabilidade, doçura, paciência
• Contrario de: cólera, injuria, violência
O modo de falar e de ouvir de Jesus
• É um parâmetro (Cap IX – Evangelho)
• Falava e ouvia com brandura, moderação, mansuetude, afabilidade e
paciência.
• Toda palavra ofensiva exprime sentimentos contrários à lei do amor e
da caridade que deve presidir as relações entre os homens.
• Jesus recomenda afabilidade e doçura no falar e paciência e
compreensão no ouvir, evitando qualquer tipo de manifestação
colérica (tópicos 6 a 10)
• Educador e sua Pedagogia – a sua forma de ensinar.
Trechos do livro Pedagogia Espirita de José
Hrculano Pires (a Pedagogia de Jesus
• O Deus-Pai do Evangelho não é vingativo nem irado, não comanda exércitos para destruir povos e nações, mas ama a todos os seus filhos, quer a salvação
de todos e a todos concede o seu perdão generoso. Como diria Paulo mais tarde, o tempo da lei e da força fora substituído pelo tempo da graça e do
amor.

• Jesus ensinava e exemplificava e seus discípulos faziam o mesmo. Chamava as crianças a si para abençoá-las e despertar-lhes, com palavras de amor, os
sentimentos mais puros. Nem os apóstolos entenderam aquela atitude estranha: um rabi cheio da sabedoria da Torá perder tempo com as crianças ao
invés de ensinar coisas graves aos homens. Mas Jesus lhes disse: "Deixai vir a mim os pequeninos, porque deles é o Reino dos Céus."

• "A Pedagogia do Mestre é também gradual. Não cai jamais em precipitações que possam fazer malograr o aprendizado. Semeia e espera que as sementes
germinem e frutifiquem: Tenho ainda muito a vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora."

• "Como todo educador genial; Jesus emprega em alto grau a arte de interrogar, de expor, de excitar o interesse dos discípulos. Seus colóquios decorrem
sempre num ambiente de incomparável simpatia. E digno, severo, paciente, segundo as circunstâncias e os interlocutores."

• "Os seus ensinos são claros e intuitivos. Cria figuras literárias e busca exemplos da vida cotidiana para esclarecer o seu pensamento. Aperfeiçoou a forma
da parábola e revestiu-a de incomparável esplendor." (Riboulet.)

• "Seus ensinos têm um toque de autoridade (Eu sou o caminho, a verdade e a vida, todo o poder me foi concedido.) Mas exerce com suavidade a sua
autoridade. Responde com bondade aos contraditores de boa-fé e com energia

• aos que querem combatê-lo."


A comunicação entre almas – Modos de falar
e modos de ouvir
• relacionamentos íntimos;
• famílias;
• escolas;
• Trabalho;
• organizações e instituições;
• terapia e aconselhamento;
• negociações diplomáticas e comerciais;
• disputas e conflitos de toda natureza.
Quando somos nós que falamos ou quando
somos nós que escutamos
• padrões de defesa
• recuo ou ataque diante de julgamentos e críticas
• A resistência, a postura defensiva e as reações violentas são minimizadas
• desrespeito,
• Falta da atenção
• Falta de empatia
Trechos do Evangelho
• Verbo Nosso “Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu Irmão será réu
de juízo JESUS - MATEUS, 5: 22. “0 corpo não dá cólera àquele que não na tem, do mesmo modo que não dá
os outros vícios. Todas as virtudes e todos os vícios são inerentes ao Espírito.”Cap. 10, 10

• 4. Por estas máximas, Jesus faz da brandura, da moderação, da


mansuetude, da afabilidade e da paciência, uma lei. Condena, por
conseguinte, a violência, a cólera e até toda expressão descortês de
que alguém possa usar para com seus semelhantes. Raca, entre os
hebreus, era um termo desdenhoso que significava — homem que
não vale nada, e se pronunciava cuspindo e virando para o lado a
cabeça. Vai mesmo mais longe, pois que ameaça com o fogo do
inferno aquele que disser a seu irmão: És louco
• É que toda palavra ofensiva exprime um sentimento contrário à lei de
amor e da caridade que deve presidir às relações entre os homens e
manter entre eles a concórdia e a união; é que constitui um golpe
desferido na benevolência recíproca e na fraternidade; é que
entretém o ódio e a animosidade; é, enfim, que, depois da humildade
para com Deus, a caridade para com o próximo é a lei primeira de
todo cristão.
• 6. A benevolência para com os seus semelhantes, fruto do amor ao
próximo, produz a afabilidade e a doçura, que lhe são as formas de
manifestar-se.
• O mundo está cheio dessas criaturas que têm nos lábios o sorriso e no
coração o veneno; que são brandas, desde que nada as agaste, mas
que Bem-aventurados os que são brandos e pacíficos 137 mordem à
menor contrariedade; cuja língua, de ouro quando falam pela frente,
se muda em dardo peçonhento, quando estão por detrás.
• A essa classe também pertencem esses homens, de exterior benigno,
que, tiranos domésticos, fazem que suas famílias e seus subordinados
lhes sofram o peso do orgulho e do despotismo, como a quererem
desforrar-se do constrangimento que, fora de casa, se impõem a si
mesmos. Não se atrevendo a usar de autoridade para com os
estranhos, que os chamariam à ordem, acham que pelo menos
devem fazer-se temidos daqueles que lhes não podem resistir.
Envaidecem-se de poderem dizer: “Aqui mando e sou obedecido”,
sem lhes ocorrer que poderiam acrescentar: “E sou detestado.”
• Não basta que dos lábios manem leite e mel. Se o coração de modo
algum lhes está associado, só há hipocrisia. Aquele cuja afabilidade e
doçura não são fingidas nunca se desmente: é o mesmo, tanto em
sociedade, como na intimidade. Esse, ademais, sabe que se, pelas
aparências, se consegue enganar os homens, a Deus ninguém engana.
– Lázaro. (Paris, 1861.)
• Sede pacientes. A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de
caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste na esmola
dada aos pobres é a mais fácil de todas. Outra há, porém, muito mais penosa e,
conseguintemente, muito mais meritória: a de perdoarmos aos que Deus colocou
em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à
prova a paciência.

• Quem garante que esse que nos ultraja hoje não foi ultrajado por nós. Justiça
divina, não existe sofrimento sem motivos. Não estão dizendo que devemos nos
acostumar com esse comportamento, mas que devemos dar a eles uma nova
resposta, diferente, porque estamos regenerados, porque entendemos pela nossa
evolução que é plantando arvores que dão bons frutos que colheremos bons
frutos.
• Pesquisai a origem desses acessos de demência passageira que vos assemelham ao bruto, fazendo-vos
perder o sangue-frio e a razão; pesquisai e, quase sempre, deparareis com o orgulho ferido. Que é o que
vos faz repelir, coléricos, os mais ponderados conselhos, senão o orgulho ferido por uma contradição? Até
mesmo as impaciências, que se originam de contrariedades muitas vezes pueris, decorrem da importância
que cada um liga à sua personalidade, diante da qual entende que todos se devem dobrar. Em seu frenesi, o
homem colérico a tudo se atira: à natureza bruta, aos objetos inanimados, quebrando-os porque lhe não
obedecem. Ah! se nesses momentos pudesse ele observar-se a sangue-frio, ou teria medo de si próprio, ou
bem ridículo se acharia! Imagine ele por aí que impressão produzirá nos outros. Quando não fosse pelo
respeito que deve a si mesmo, cumpria-lhe esforçar-se por vencer um pendor que o torna objeto de
piedade. Se ponderasse que a cólera a nada remedeia, que lhe altera a saúde e compromete até a vida,
reconheceria ser ele próprio a sua primeira vítima. Outra consideração, sobretudo, devera contê-lo, a de
que torna infelizes todos os que o cercam. Se tem coração, não lhe será motivo de remorso fazer que
sofram os entes a quem mais ama? E que pesar mortal se, num acesso de fúria, praticasse um ato que
houvesse de deplorar toda a sua vida! Em suma, a cólera não exclui certas qualidades do coração, mas
impede se faça muito bem e pode levar à prática de muito mal. Isto deve bastar para induzir o homem a
esforçar-se pela dominar. O espírita, ademais, é concitado a isso por outro motivo: o de que a cólera é
contrária à caridade e à humildade cristãs. – Um Espírito protetor. (Bordeaux, 1863.)
• O corpo não dá cólera àquele que não na tem, do mesmo modo que não dá
os outros vícios. Todas as virtudes e todos os vícios são inerentes ao
Espírito. A não ser assim, onde estariam o mérito e a responsabilidade? O
homem deformado não pode tornar-se direito, porque o Espírito nisso não
pode atuar; mas pode modificar o que é do Espírito, quando o quer com
vontade firme. Não vos mostra a experiência, a vós espíritas, até onde é
capaz de ir o poder da vontade, pelas transformações verdadeiramente
miraculosas que se operam sob as vossas vistas? Compenetrai-vos, pois, de
que o homem não se conserva vicioso, senão porque quer permanecer
vicioso; de que aquele que queira corrigir-se sempre o pode. De outro
modo, não existiria para o homem a lei do progresso. – Hahnemann. (Paris,
1863.)
Comunicação e mediunidade
• Usar livro dialogo com as sombras

• O segredo da doutrinação é o amor. O amor não exige recompensa.. páginas 18 221

• 254 – seja quem for que compareça diante de nós, é um espirito desajustado, que precisa de socorro”

• Vingadores, processos de fuga,

• 259 – regras para o dialogo como nossos irmãos em crise: paciência e tolerância; compreensão para os
nossos problemas e angustias; até 267 tem bons exemplos

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