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Eurípedes Barsanulfo
Tenho meu emprego honesto, pago meus impostos, não mato, não roubo. Mas será que basta não fazer o
mal para ser bom?
909 LE: Poderia sempre o homem vencer, por seus esforços, as más inclinações? – Sim, mas o que lhe falta
é a vontade. E poucos têm vontade.
A questão n º 573 de O Livro dos Espíritos nos posiciona com clareza meridiana: "Em que
consiste a missão dos Espíritos Encarnados? - Em instruir os homens, em lhes auxiliar o
progresso; em lhes melhorar as instituições, por meios diretos e materiais".
Ora, como melhorar as instituições sem estar nelas, dando o exemplo de
comprometimento com o bem coletivo?
No Livro dos Espíritos, a Questão 132 indaga: “Qual o objetivo da encarnação dos
Espíritos?” Em parte, a resposta é: “(...) a encarnação tem também outro objetivo, que é o
de colocar o Espírito em condições de cumprir sua parte na obra da criação (...) de tal
sorte que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta”.
Sobre a omissão, a Questão 642 Basta não fazer o mal para ser agradável a Deus e
assegurar um futuro melhor?
– Não. É preciso fazer o bem no limite de suas forças, porque cada um responderá por
todo o mal que resulte do bem que não tiver feito.
A inação é a morte da alma. Primeiro o trabalho, depois o merecimento. Deus trabalha incessantemente, a
natureza está constantemente em movimento. Por que nós ficaríamos descansando?
Daí a gente não quer relacionar... Mas reclama da juventude, que está nas drogas, dos políticos, que são
corruptos... mas esse pessoal veio de onde? De uma espaçonave, são alienígenas? São nossos filhos, nossos
irmãos, vieram das nossas escolas... será que essas pessoas não foram fruto da omissão dos bons.
Esse é o momento em que se fala muito de regeneração. Isso é AÇÃO! Não basta ficar horrorizado, é
preciso agir.
Cristo: vós sois deus, sois a luz do mundo... Como?? Cadê nossa responsabilidade?
O que me preocupa não é o grito dos maus... mas o silêncio dos bons... – Martin Luther King
Quem não vive para servir, não serve para viver – Mahatma Gandhi
Crianças -> o mundo vai depender daquilo que nós estamos deixando
Existem algumas práticas nocivas ao processo de se sociabilizar a doutrina espírita, em
um patamar, onde a construção de um homem melhor não nasça de uma atitude
contemplativa. Torna-se indispensável o posicionamento cidadão do espírita,
reivindicando, contestando, agindo em benefício de um mundo melhor, mais justo e
equânime. Não se pode, em forma de uma atitude pseudo-superior, estar à parte do
mundo, de suas misérias e dificuldades, só pensando em “Nosso Lar” ou nas “Violetas na
janela”.
O cristão espírita é destemido e confiante, pois obra para melhorar a sociedade, em seu
conjunto de ação por um mundo melhor.
Estar à margem das discussões sociais do mundo em que vive é pura arrogância de
quem não se sente inserido em um contexto de ação e transformação.
Assim, teremos sempre que repudiar toda e qualquer ação que atente contra a sociedade
em que nos encontramos. Não iremos fazer das nossas tribunas espíritas palcos de
desagravos ou de avaliação desta ou daquela conduta, mas não poderemos deixar de
nos indignar com a miséria do salário mínimo, com as filas do INSS, com a incúria dos
governantes diante da corrupção, violência, desmandos.
Assim, não deveremos ser alienados. Os nossos órgãos representantes, ainda que de
uma forma não hierarquizada – graças a Deus – poderiam se manifestar repudiando tudo
que vai de encontro aos princípios de igualdade, solidariedade e fraternidade, que balizam
a ação espírita no mundo.
Não haveremos de continuar achando que somos os “puros” que não poderemos nos
“misturar” com estes espíritos inferiores. Precisamos agir com a firmeza de que Jesus nos
instruiu: sim, sim; não, não.
No dia em que o ser humano deixar de se indignar, ele será uma máquina, um robô
programado apenas para existir, nunca para viver, pois viver significa se comprometer,
expor-se, lutar. Fazer de sua vida uma história de acréscimo do novo, em si e na
sociedade em que atua.
02 - OMISSÃO
TEMPOS DE OMISSÃO
Vivemos na Terra tempos muito difíceis. A maldade de alguns indivíduos é audaciosa e
intimidadora.
Parece que a humanidade está retrocedendo aos tempos de barbárie e nada se pode
fazer para deter esse estado de coisas.
E por que isso acontece? Será que a humanidade é formada, em sua maioria, por
pessoas más?
Em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec propôs a seguinte questão aos Sábios do espaço:
Por que, no mundo, tão amiúde, a influência dos maus sobrepuja a dos bons?
“Por fraqueza destes. Os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos.
Quando estes o quiserem, preponderarão.”
A resposta nos faz perceber claramente porque a humanidade está como está.
A timidez dos bons é a grande responsável pelo atual estado de coisas da nossa
sociedade terrena.
Impressionante como as pessoas de bem se deixam levar por essa onda de violência
intrigante.
E quando falamos dos maus não nos referimos unicamente aos terroristas.
Só que muitos dos que se dizem bons, e alguns religiosos de várias crenças estão
ocupados em defender o seu “bem” exclusivo, atirando fora todo bem que não seja
praticado pelos de sua religião.
Isso é levantar a bandeira do bem acima de tudo. O bem é o bem. Isto apenas.
Quem prega o contrário, não pode estar movido por boas intenções.
Portanto, é hora de fazer luz. É hora de somar as boas qualidades e fazer valer o bem
que desejamos.
É hora de altear bem alto a bandeira do bem, para que o bem sobrepuje o mal. Para que
a luz afugente as trevas.
Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita, com base na questão 932 de O Livro
dos Espíritos e no Evangelho de Lucas, cap. 9,50.
Ter a aparência de bom é uma coisa e ser bom é outra, e, na verdadeira acepção da
palavra a criatura boa dificilmente ficará omissa sem tomar uma atitude diante de
qualquer injustiça, se não o fizer não pode ser chamada de boa ou bom porque ainda lhe
falta muito para merecer esse nobre adjectivo.
***
Toda criatura omissa não é boa, pois que ainda lhe falta a força do enfrentamento.
***
03 - OMISSÃO
E aqui prestamos nossa homenagem à memória do confrade Freitas Nobre (SP), que
perlustrou a política com muito descortino e dignidade, inclusive foi líder do seu partido na
Câmara Federal. Lembramo-nos de sua atuação de destaque no Congresso Nacional, na
sessão em que Tancredo Neves foi eleito Presidente da República: um deputado do
Estado do Rio de Janeiro contestou a forma de se votar simultaneamente para Presidente
e Vice-Presidente da República, estribado em normas legais disciplinadoras das eleições,
ao que respondeu, incontinente, contestando, o deputado Freitas Nobre, defendendo o
sistema de votação, que se iniciava, citando dispositivo constitucional. Venceu Freitas
Nobre! Sentimo-nos emocionado com a atuação proeminente de um espírita, num
momento histórico da vida política do nosso País. Mas Freitas Nobre não conseguiu se
reeleger, em 1990, ficou na suplência de deputado federal; contudo, a estafa da
campanha minou-lhe as forças e ele desencarnou.
Os espíritas estão de tal forma doutrinados contra a política que nem votam em candidato
espírita: o confrade, só pelo fato de se candidatar, fica sob suspeição, quanto à sua
convicção espírita.
Alias, ocorreu outro fato com Almerita: entrevistada num programa de televisão, sabendo
o entrevistador que ela era espírita, perguntou-lhe:
- Acho que não. Deve-se ao descaso do Governo, a quem cabe solucionar o problema
irrigando o solo.
A omissão dos espíritas mais se avulta na sua passividade ante atuação vexatória do
movimento espírita brasileiro, tão dinâmico nos Estados, Mas que, a níveis nacional e
internacional, quem dá as cartas é a Federação Espírita Brasileira, com seu pseudo-
espiritismo roustainguista.
Livro: Conscientização Espírita, pags. 203 a 205. (Todo Espírita deveria ler este Livro).
OMISSÃO
O que é omisso?
Omissão, no direito, é a conduta pela qual uma pessoa não faz algo a que seria obrigada
ou para o que teria condições. A palavra omissão (ausência de ação) é sinônima à
palavra inação. E, muitas vezes, para atrapalhar algo (no sentido de obstruir a solução
mais rápida) tudo o que precisamos fazer é não fazer nada! Ou, pior, o que precisamos
fazer é encaminhar tudo exatamente do jeito certo (conforme o manual)!
Pois os espíritas vivem numa Alienação Política desde o momento que não usa sua
capacidade de debater politicamente seus interesses.
Acredita na operosidade de instrumentos inoperantes, de um lado; desinteresse total
pelos fatos políticos, de outro. E, em sua forma mais grave - recusa em decidir o próprio
destino, de raciocinar, de traçar seu próprio projeto; criação do mito do Chefe, do
Messias, do Pai, do Salvador da Pátria.
Compreender o significado destes fenômenos, ver neles o sentido que possam ter, tal é a
grande tarefa de quem se preocupa com o problema político do espírita de hoje.
Eu digo que é porque ele aguarda a ação daqueles que captam sua vontade e a
executam não se omitindo esperando que as mudanças caiam do céu no seu colo.
Mais adiante diz ele: Convém esclarecer que os Espíritas jamais formarão bancadas nos
parlamentos, para não desvirtuarem a verdadeira finalidade do Espiritismo, que é a de
promover a transformação moral da humanidade.
.
Eu tinha achado o titulo deste artigo muito infeliz, mas, a mediocridade é insuperável.
Eu sempre acreditei que no mundo o espírito reencarna, fazem-se homens para modelá-
lo. E que cada um de nós trouxe consigo sua responsabilidade e sua tarefa individual e
intransferível.
Pois, isto é o diz o Livro dos Espíritos, que a doutrina marcaria uma nova era para a
humanidade.
Só que não se faz Espiritismo apenas e tão-somente no interior das Casas Espíritas.
Para tornar-se crença comum, como afiançado pela Falange da Verdade a Kardec, a
Doutrina precisa ganhar as ruas, não pela pregação e doutrinação, mas pela presença
(ativa) de seus adeptos e divulgadores nos diversos cenários da vida humana.
Participando, não se esquivando, com a desculpa de que tudo evoluirá, um dia.
Não estou advogando que se crie partidos políticos ou que se abra a sociedade espírita
para propagandas políticas, e sim apontando que a imprensa, as comunidades de
debates como estas e outras não colocam a política na discussão, como se esta não
existisse.
FRANCISCO AMADO
05 - OMISSÃO
Vídeo
Kardec já nos diz: reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que
faz para melhoras suas más inclinações.
Muito será cobrado a quem muito lhe foi dado. A responsabilidade é ainda maior quando vc conhece o
Evangelho de Jesus, que é baseado no amor ao próximo e simplesmente não o pratica no dia-a-dia.
Muitos que ainda estão na ignorância, ainda não descobriram esse caminho de renovação íntima.
Perguntaram ao Dalai Lama qual a melhor religião: é aquela que te torna melhor.
642 LE: É o suficiente não se fazer o mal para ser agradável a Deus? Não, é preciso fazer o bem no limite
das próprias forças, pois cada uma responderá por cada mal que resulte do bem que não tenha feito.