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1. Objetivo
A superficialidade é a maldição do nosso tempo
As Disciplinas Espirituais não são cansativas ou pesadas, e não tem por objetivo retirar o riso da
face da terra. Na verdade, o contentamento é o tom básico de cada uma das disciplinas
espirituais, e o propósito delas é libertar o ser humano da escravidão sufocante ao interesse
próprio e ao medo (Cantar, dançar e até mesmo gritar fazem parte das disciplinas).
João 8:31,32,36
O principal requisito para prática das disciplinas espirituais é ter anseio por Deus. O anseio por
Deus é a fonte para desenvolvermos uma vida de profundidade.
Salmo 42:1,2
“Não queremos ser iniciantes, mas que nos convençamos do fato de que nunca seremos nada
mais que iniciantes vida inteira.”
Thomas Merton
3. Dificuldades
I. Dificuldade Filosófica – Materialismo
A matéria é a realidade primordial, A matéria existe eternamente e é tudo o que existe. Não há
Deus. O cosmo existe em uma uniformidade de causa e efeito em um sistema fechado, onde
não intervenção exterior.
Não sabemos por onde começar para que desenvolvamos a exploração da vida interior. Isso se
dá devido a falta de prática das disciplinas espirituais atualmente na igreja.
A igreja do Século I não necessitava de informações sobre como fazer, pois já era algo
incorporado a cultura da igreja, exatamente por isso não se fez necessário um ensino específico
acerca disso no Novo Testamento.
2 palavras de cautela
a. Conhecer a mecânica não significa estar praticando as disciplinas
As disciplinas são uma realidade interior e espiritual, e a atitude íntima é de longe mais crucial
que a mera atitude mecânica para adentrar a realidade da vida espiritual.
A vida que agrada a Deus não é a vida que acumula deveres religiosos. Temos uma única coisa
a fazer, experimentar uma vida de relacionamento e de intimidade com Deus, o Pai das luzes
que não muda como sombras inconstantes (Tiago 1:17)
O pecado faz parte de nossa estrutura interna. Não necessitamos de nenhum esforço para
produzi-lo.
No momento em que nos sentirmos capazes de obter sucesso e alcançar a vitória sobre o pecado
usando unicamente a força de vontade, estaremos adorando a “vontade”.
João Calvino
“Tão logo você resista mentalmente a qualquer circunstância desagradável, por esse meio
você a está dotando de mais força – força que ela usará contra você, e você ficará esvaziado
de seus recursos exatamente nessa mesma medida”
Emmet Fox
“Enquanto achamos que podemos salvar a nós mesmos com a força de vontade, só faremos a
maldade dentro de nós ficar cada vez mais forte”
Henri Arnold
A força de vontade tem eficácia temporária, e muitas vezes produz efeitos externos
extraordinários e satisfatórios, mas cedo ou tarde, o nosso coração será revelado, e o que está
nele ficará exposto.
A vontade tem a mesma deficiência que a Lei, só conseguindo lidar com a aparência. É incapaz
de gerar a transformação que o espírito necessita.
A necessária mudança interior é obra de Deus não nossa. Somente Deus consegue trabalhar do
lado de dentro.
Portanto, se a transformação interior é obra da graça não há nada que precisamos fazer?
A descoberta de que nossos esforços sempre terminam em falência moral, e
sendo a justiça um dom de Deus, podemos concluir que devemos apenas
esperar até que Deus venha e nos transforme. Porém a resposta para tal
conclusão é NÃO!
Livrando-se do dilema: Moralismo VS Antinomianismo
Moralismo: O esforço humano é necessário para alcançarmos a transformação
interior.
Antinomianismo (Anti Lei/Sem Lei): Nenhuma dose de ação humana é
necessária para a transformação interior.
As disciplinas espirituais são o meio proposto por Deus para recebermos graça. Através das
disciplinas espirituais nos é permitido apresentar-nos diante de Deus, a fim de que Ele possa nos
transformar. São meios os quais Deus utiliza para nos firmar no chão, em um lugar onde ele
possa trabalhar em nós e nos transformar.
As disciplinas espirituais são uma forma de semearmos para o Espírito. (Gálatas 6:8)
A graça de Deus é de fato imerecida, mas qualquer expectativa que tenhamos de crescer na
graça precisa ser nutrida através de um curso de ação conscientemente escolhido envolvendo a
vida individual e comunitária, o que nos é possível através das disciplinas espirituais, pois o
crescimento espiritual é o propósito das disciplinas.
Imagine-se caminhando sobre uma cordilheira, onde há uma pequena trilha para percorrer, muito
estreita, cheia de dificuldades, e de ambos os lados existe um desfiladeiro. Agora pense que o
desfiladeiro da esquerda é o Antinomianismo, o qual sempre levará a uma falência moral pela
ausência de esforço humano, e o desfiladeiro do lado oposto é o desfiladeiro do Moralismo, o
qual leva a falência moral pelo esforço humano, porém, esta trilha estreita representa a trilha das
disciplinas espirituais. Portanto é necessário não pendermos nem para a ausência de qualquer
esforço humano, e nem para a confiança unicamente em nosso esforço. A trilha das disciplinas
espirituais nos posiciona no lugar onde ocorre a transformação interior. À medida que
percorremos o caminho, a benção de Deus vem sobre nós reconstruindo-nos a imagem de
Cristo. A trilha em si não transforma, mas nos posiciona onde a mudança pode ocorrer.
As disciplinas visam fazer-nos o bem, e trazer a abundância de Deus para a nossa vida. Porém
quando se tornam uma lei farão a alma definhar.
A justiça que excede a dos fariseus começa em nosso interior, à medida que Senhor age em
nós. E certamente isso produzirá resultados externos, mas a ação será interna.
Por causa do zelo em geral vinculado as disciplinas espirituais, é fácil transformá-las na justiça
externa dos escribas e fariseus. Quando se degeneram e viram lei as disciplinas acabam
servindo como instrumento de manipulação e controle. O resultado será orgulho e medo. Orgulho
por acreditar-se ser o tipo certo de pessoa, e medo porque temos pavor de perder o controle,
tanto da nossa devoção, como da devoção do outro.
Tornar as disciplinas em leis e estabelecer um padrão exterior pelo qual julgaremos quem está,
e quem não está atingindo tal padrão. Porém as disciplinas livres das leis são
predominantemente uma obra interna, o que não podemos controlar.
Mateus 23:4
Rapidamente transformamos qualquer palavra que nos apegamos em uma lei. Quando
fazemos isso estamos perfeitamente enquadrados neste pronunciamento de Jesus
contra os fariseus.
2 Coríntios 3:6
A “letra da Lei” (gramma) mata, mas o que traz vida é o Espírito.
Conclusão:
7. Tipos de Disciplinas
a) Interiores
Meditação
Oração
Jejum
Estudo
b) Exteriores
Simplicidade
Solitude
Submissão
Serviço
c) Comunitárias
Confissão
Adoração
Orientação
Celebração
Disciplinas Espirituais – Aula 02
Disciplina da Meditação
1. Testemunho Bíblico
A disciplina da meditação era familiar aos escritores sagrados
Duas palavras hebraicas usadas para meditação, juntas são usadas 58 vezes.
1) Hâgâh
2) Sûach
Em cada caso a ênfase está na mudança de comportamento como resultado do encontro com o
Deus vivo. Esse foco contínuo na obediência que distingue com maior clareza a meditação cristã
de suas equivalentes orientais
Meditação
Gênesis 24:63
Salmo 63:6 (ARC)
Salmo 119:148
Salmo 1:2
2. Ouvir e Obedecer
A meditação cristã, em uma definição simples, é a capacidade de ouvir a voz de
Deus e obedecer a sua palavra.
A. O fundamento da meditação cristã não é sobre o homem buscar a Deus, e sim sobre
Deus continuar buscando comunhão com o homem mesmo após a Queda da
humanidade no Éden. O Criador de todas as coisas deseja ter comunhão conosco, Adão
e Eva conversavam com Deus no jardim, e Deus conversava com eles, havia comunhão
entre eles. Porém com a Queda houve uma ruptura nesse senso de comunhão perpétua,
pois Adão e Eva esconderam-se de Deus. Deus, no entanto, continuou sua busca de
seus filhos rebeldes. Nas histórias de pessoas como Abel, Noé, e Abraão, vemos Deus
falando, agindo e orientando.
Êxodo 33:11 – Moisés ouvia e obedecia
B. No relacionamento íntimo que mantinha com o Pai, Jesus mostrou-nos o modelo para a
realidade do que significa ouvir e obedecer.
João 5:19,30
João 14:10 – A vontade de Deus realizada a partir da união mística: Pai e Filho
João 10:4,11 – Relacionamento Pastor-Ovelha (Ouvir a voz e seguir)
João 16:13 – O Espírito ensina a partir do ensino de Cristo, para nos conduzir a
verdade
Basicamente o Livro de atos se trata da Igreja aprendendo a viver orientada pela voz de Deus e
pela obediência a sua palavra.
Dietrich Bonhoeffer ao ser questionado sobre seus motivos para meditar respondeu: “Porque sou
cristão!”
4. O propósito da meditação
Na meditação desenvolvemos aquilo que Thomas de Kempis chama de “amizade
familiar com Jesus Cristo”. O propósito principal da meditação é a comunhão. Eu falo
com Ele, e Ele fala comigo.
À medida que desenvolvemos esta amizade com Cristo, sua presença contínua deixa de ser um
dogma teológico e passa a ser uma realidade. “Ele anda e conversa comigo” deixa de ser um
mero jargão religioso, mas transforma-se na descrição da vida diária.
Na meditação, criamos o espaço emocional e espiritual que permite a Cristo edificar um santuário
em nosso coração (Apocalipse 3:20). Cristo anseia cear e ter comunhão conosco. A meditação
abre a porta do nosso coração para que Ele gere em nós um santuário móvel, pois o alvo é trazer
esta realidade para dentro da vida, influenciando tudo o que somos e fazemos. Cada vez mais,
tudo o que estiver dentro de nós irá agir como um ponteiro indicando o polo Norte do Espírito.
1) Meditação Oriental
a) Esvaziar a mente
b) Ênfase na necessidade de desligar-se do mundo
c) Ênfase em perder a personalidade e individualidade fundindo-as com a mente
cósmica
d) Anseio por libertar-se dos fardos e dores desta vida, alcançando o Nirvana
e) A personalidade é vista como ilusão perfeita
f) Fuga da degradante roda da existência
g) Não há Deus nenhum a quem ouvir ou se vincular
h) O desligamento é o objetivo final da meditação oriental
2) Meditação Cristã
a) Preencher a mente com a verdade bíblica, com o intuito de obedecê-la
b) Há certa necessidade de desligamento, mas é perigoso pensar apenas nestes
termos. (Lucas 11:24)
c) O desligamento é insuficiente, precisamos seguir com o vínculo (O isolamento
da confusão que nos rodeia proporciona um vínculo mais enriquecedor) (levar
ao deserto)
d) A meditação cristã nos leva a integridade interior necessária pra que nos
entreguemos livremente a Deus
6. Santificando a imaginação
Podemos descer da mente ao coração com maior facilidade por meio da imaginação
O próprio Jesus recomendou a imaginação, trabalhando-a por meio das parábolas. As parábolas
foram um recurso imaginativo extremamente utilizado por Cristo durante o seu minisrério.
“Já que não conseguia refletir com meu entendimento, planejei por meio da imaginação,
retratar Cristo dentro de mim.”
Teresa de Ávila
“Assim como aprisionamos um pássaro na gaiola ou prendemos um falcão pela trela para que
ele repouse na mão, por meio da imaginação restringimos a mente ao mistério sobre o qual
meditamos, para que ela não vagueie para lá e para cá.”
Francisco Sales
Assim como Deus pode tomar a razão decaída do homem e santificá-la, usando-a para
propósitos positivos, igualmente ele é capaz de santificar a imaginação e usá-la para o bem.
Deus nos dotou com a imaginação e, na qualidade de Senhor da criação, ele tem capacidade
para redimi-la.
Filipense 4:8
Povoar os nossos pensamentos com tudo aquilo que é nobre, verdadeiro, correto, puro,
amável ou admirável é uma arma eficaz para a santificação da nossa imaginação.
7. Benefícios da Meditação
Deus através da meditação pode nos dar um comando um direcionamento – Josué 1:8
A meditação produz em nós prazer, alegria – Salmo 104:34
A meditação produz sabedoria – Salmo 119:97,98
A meditação produz temor de Deus – Malaquias 3:16
A meditação produz transformação – Filipenses 4:8; 2 Coríntios 3:18
A meditação aumenta a revelação – Salmo 119:99
A meditação produz descanso – Salmo 4:4
A meditação produz percepções práticas e seculares – Quakers e Puritanos
“A meditação não tem sentido, nem realidade, a menos que esteja firmemente arraigada a
vida.”
Thomas Merton
“A verdadeira santidade não tira os homens do mundo, mas capacita-os a viver melhor nele e
incita os empreendimentos que ajudam a restaurá-lo.”
Willian Penn
Mesmo lugar (de preferência onde haja uma paisagem para contemplar)
Mesmo horário
Silêncio (sem interrupções, sem celular, sem fones de ouvido)
Postura confortável (corpo, mente e espírito são inseparáveis; a postura externa não
somente reflete o estado interno, como pode também alimentar a atitude interna do
coração)
9. Formas de Meditação
A. Escrituras
Para os mestres devocionais a meditação nas Escrituras (meditativo
scripturarum) é o ponto central de referência, que mantém todas as
outras formas de meditação na perspectiva correta.
Meditar em uma porção das Escrituras, sem fazer exegese, visando
internalizar a passagem tornando-a pessoal.
“Assim como você não analisa as palavras de alguém que você ama, mas as aceita como lhe
são ditas, aceite a Palavra das Escrituras e guarde-as no coração, como fez Maria.”
Dietrich Bonhoeffer
B. Recompilação ou Convergência
a) Mãos para baixo: Entrega
Medo, angústia, incredulidade, etc.
b) Mão para cima: Recebe
Paz, consolo, paternidade, fé, etc.
c) Ao Final: Silêncio
Podendo-se ouvir a voz de Deus (Não fale nada, não peça nada.
Se ouvir a voz de Deus ótimo, se não...ótimo também!)
“A pessoa que meditou sobre a Paixão de Cristo e não meditou sobre os campos de extermínio
de Dachau e Auschwitz ainda não entrou plenamente na experiência do cristianismo de nosso
tempo.”
Thomas Merton
Conclusão:
Richard Foster
Disciplinas Espirituais – Aula 03
Disciplina do Jejum
“Alguns tem exaltado o jejum acima de toda Escritura e razão, outros o tem
negligenciado totalmente.”
John Wesley
Dois motivos para a negligência do jejum:
A. Ascetismo
O jejum adquiriu má reputação devido as práticas ascéticas exageradas da Idade Média.
Com o declínio da realidade interna da fé cristã, cresceu-se a ênfase na forma
externa.Em toda forma espiritual destituída de poder a lei tomará as rédeas, pois traz
uma sensação de segurança e poder manipulador.
Embora algumas pessoas afirmem que o jejum pode ser danoso à saúde humana, é
comprovado biologicamente que o corpo humano consegue sobreviver vários dias antes
de iniciar-se o processo de inanição.
2. Jejum Bíblico
O propósito do jejum é sempre espiritual
Na maioria das vezes o jejum bíblico é uma questão particular entre o indivíduo e Deus.
Há, porém, exceções de jejuns comunitários ou públicos nas Escrituras.
Dia da Expiação (Jejum na Lei) – Levítico 23:27
Pesar e aflição coletivos por causa do pecado do povo;
“Os seus jejuns não devem coincidir com o dos hipócritas. Eles jejuam no segundo e
no quinto dia da semana. Porém, você deve jejuar no quarto dia e no dia da
preparação.”
John Wesley e depois os metodistas aderiram a prática do jejum prevista na Didaquê;
4. O jejum é um mandamento?
O jejum não é um mandamento bíblico. Embora o mesmo faça parte da prática
de uma vida cristã normal.
5. O propósito do Jejum
A primeira afirmação de Jesus nos fala sobre a intenção do nosso coração.
O jejum nunca deve servir como um meio de barganharmos com Deus. Através do
jejum não faremos Deus “comer em nossa mão”.
O centro do jejum é sempre Deus. O jejum precisa iniciar em Deus e ser ordenado por
Deus;
“Em primeiro lugar que o jejum seja feito para o Senhor, com os olhos fixos unicamente n’Ele.
Que a intenção aqui seja esta, e unicamente esta: glorificar o Pai que está nos céus”.
John Wesley
Aquilo que acobertamos em nosso interior com comida e outras coisas, vem à tona
durante o jejum.
O jejum lembra-nos que somos sustentados por “toda palavra que procede da boca
de Deus” (Mateus 4:4)
Os anseios e desejos humanos são como rios, que tendem a transborda. O jejum
ajuda a mantê-los no curso adequado.
Comece com um jejum parcial de 24 horas (podendo beber suco de fruta), repita esse
processo por várias semanas;
Após algumas semanas (duas ou três), você estará preparado para um jejum de 24
horas, bebendo apenas água;
Depois de vários jejuns completos com sucesso, pode-se passar a um jejum de 36 horas.
A esta altura é o momento de buscar ao Senhor acerca de jejuns mais longos (3 a 7 dias
é um bom período).
Antes de iniciar um jejum nunca se deve comer bastante, pois essa atitude fará a fome
aumentar;
Nunca interromper jejuns prolongados com comidas muito pesadas, pois o estomago
contrai-se durante jejuns prolongados e o sistema digestivo entra em uma espécie de
hibernação;
Importante!!!
Estar sempre atento a atitude do coração no período do jejum, lembrando sempre que
estamos fazendo para a glória do nosso Pai que está no céu.
7. A recompensa do jejum
Jesus contrapõe a atitude de coração dos hipócritas, com a atitude do coração correta durante o
jejum, e mais do que isso, seu ensino deixa-nos claro que tanto para um quanto para o outro há
uma recompensa em relação ao jejum. Muito embora, o jejum seja uma disciplina de cunho
particular, Deus recompensa-o, ou os homens.
Conclusão:
Acredito que a maior recompensa que, aqueles que jejuam com o coração no lugar correto
podem receber, é FOME POR DEUS. Pois, Jesus ligou o jejum ao estilo de vida do discípulo
(Sermão do Monte), mas, também conectou a disciplina do jejum a ausência de si próprio na
Terra, a saudade do NOIVO, mas não simplesmente conectou, e sim afirmou o desejo de tê-lo
de volta conosco como fundamento para que seus discípulos jejuem.
Sabemos que após 40 dias de jejum no deserto, Cristo foi tentado pelo diabo, porém, o jejum ao
qual ele submeteu-se gerou somente um desejo em seu coração: Ser sustentado pelas palavras
que procedem da boca do Pai. Palavras estas que foram ouvidas 40 dias antes em seu batismo,
quando a voz do Pai rasgou o céu afirmando a identidade de Cristo, e o prazer do coração do
Pai em seu Filho Amado.
Penso que durante o período em que Cristo esteve no deserto, estas palavras ecoaram em seu
interior gerando uma fome, um anseio por novamente e continuamente ser sustentado por essa
voz que rasgou os céus. Sim! Esta é a recompensa para aqueles que escolhem um estilo de vida
de Jejum diante do Pai, até porque, o que de mais precioso Deus poderia nos dar que não ele
mesmo?
Disciplinas Espirituais – Aula 04
Disciplina do Estudo
1. Introdução ao estudo
A disciplina do estudo é o principal instrumento para nos levar a pensar nas
coisas do alto.
Filipenses 4:8
2. O que é o estudo?
O estudo é uma experiência específica na qual, por meio de atenção cuidadosa
a realidade, a mente é capacitada a mover-se em determinada direção.
II. Concentração
A concentração é uma forma de ajustar a mente. A atenção é dirigida para aquilo
que está sendo estudado.
III. Compreensão
A compreensão nos leva a instrospecção e ao discernimento daquilo que
estamos estudando. Provendo assim uma base para uma verdadeira percepção
da realidade.
IV. Reflexão
Embora a compreensão defina o que estamos estudando, é a reflexão que
estabelece sua importância. A reflexão nos permite enxergar as coisas pela
perspectiva de Deus.
V. Humildade
O estudo exige humildade. Ele simplesmente não acontece enquanto não
estivermos dispostos a nos submeter ao assunto em pauta.
“O homem inteligente, afeito a estudos pesados, logo acha que emburreceu quando, cansado,
nervoso ou mal dormido, sente dificuldade em compreender algo. Aquele que nunca entendeu
grande coisa se acha perfeitamente normal quando entende menos ainda, pois esqueceu o
pouco que entendia e já não tem como comparar.”
Olavo de Carvalho
“Se queres saber e aprender coisa útil, deseja ser desconhecido e tido por nada”
Thomas de Kémpis
5. A prática do estudo
Na prática do estudo, há dois livros a serem estudados: os livros verbais e os “livros”
não-verbais. Os livros e palestras representam os livros verbais a serem estudados,
enquanto que o mundo da criação, e mais precisamente a observação cuidadosa dos
eventos e das ações são os principais campos não-verbais de estudo.
Regras Extrínsecas
I. Experiência
É a única forma de interpretar o texto e de nos relacionarmos com o que
lemos. Lemos com olhos diferentes um livro que fala de tragédia se nós
mesmos já experimentamos grande sofrimento.
III. Discussão
Falar sobre o assunto que estamos aprendendo, e discutir acerca do assunto;
Criar grupos de estudo, desenvolvimento intelectual e clubes de livro;
“A única solução viável, que enxergo, é a formação de pequenos grupos solidários, firmemente
decididos a obter formação intelectual sólida, de início sem nenhum reconhecimento
acadêmico, mas forçando mais tarde a obtenção desse reconhecimento mediante prova de
superioridade acachapante.”
Olavo de Carvalho
Enquanto a leitura devocional enfatiza a aplicação da palavra (O que ela significa para mim?), o
estudo prioriza a interpretação (O que esta palavra significa?). Quando estudamos um livro da
Bíblia, submetemo-nos as intenções do autor. Estamos determinados a ouvir o que ele quer
dizer, não oque queremos que ele diga.
Além de estudarmos a Bíblia não devemos negligenciar o estudo de alguns clássicos da literatura
cristã (Confissões, Imitação de Cristo, Institutas, Discipulado, Cristianismo Puro e Simples, O
Peregrino, O Livro dos Mártires, etc.). E também do grande acervo literário não teológico
existente (Dante, Dostoiévski, Shakespeare, Tolstói, Homero, Platão, Aristóteles, Sócrates, etc.).
I. Criação;
O lugar mais fácil para se começar é na criação. A ordem criada tem muito a nos
ensinar, os feitos da mão do criador podem falar conosco.
Salmo 19
Isaías 55:12
As circunstâncias ao redor podem falar conosco.
Salmo 121:1,2
“Recomponha-se de tal forma como os exercícios de revisão o ensinaram a fazer. Depois [...]
estenda-se, por um ato distinto de vontade amorosa, em direção às incontáveis manifestações
da vida que o cercam [...]. Pouco importa qual seja seu objeto de contemplação. Dos alpes a
um inseto, qualquer coisa serve, desde que sua atitude seja correta.”
Evelyn Underhill
O segundo passo é tornar-se amigo das flores, das árvores e das pequenas
criaturas que rastejam sobre a terra. Ou seja, precisamos amar a criação, e com
certeza se amarmos a criação aprenderemos com ela.
“Ame toda a criação de Deus, cada grão de areia que nele há. Ame cada folha, cada raio de luz
de Deus. Ame os animais, ame as plantas, ame tudo. Se você amar todas as coisas, perceberá
nas coisas o mistério divino. Uma vez que o perceber, começará a compreendê-lo melhor cada
dia
Fiodor Dostoievski
II. Olhando para nós mesmos;
Outro objeto de estudo muito importante somos nós mesmos. Quando
atentamente e na dependência de uma alta dose de graça, observando a nós
mesmos, nos conheceremos melhor.
A doutrina cristã ortodoxa afirma que o homem foi criado segundo a imagem de Deus,
significando não apenas que fomos criados no conhecimento, retidão, santidade e
domínio, mas, em uma perspectiva mais ampla que não existe nenhum aspecto da vida
e experiência humana á parte da mediação dessa imagem. O homem, embora caído,
se encontra inescapavelmente atrelado, na totalidade de sua experiência, a realidade e
ao conhecimento de sua origem.
O homem foi chamado para exercer seu conhecimento e domínio sobre o universo
criado como vice regente sob a autoridade de Deus e para a glória d’Ele.
“O verdadeiro brota no mesmo terreno que o bem; suas raízes comunicam-se. Separados
dessa raiz comum, e por isso menos arraigados ao seu terreno, ambos sofrem, a alma definha
ou o espírito desfalece. Ao contrário, alimentando o verdadeiro esclarecemos a consciência;
fomentando o bem, orientamos o saber.”
. A. D. Sertillanges
“Muitos, porém, estudam mais para saber, que para bem viver; por isso erram a miúdo e pouco
ou nenhum fruto colhem.”
Thomas de Kémpis
Martinho Lutero
“Tudo o que instrui, conduz a Deus por um caminho seguro. Toda a verdade autêntica é, por si
mesma, eterna, e sua eternidade orienta-nos à Eternidade de que ela é uma revelação. Através
da natureza e da alma, para onde podemos ir senão à sua origem? Se não chegamos até ela é
porque houve um desvio no caminho. Com um salto, o espírito inspirado e reto transpõe os
graus intermediários e, a toda questão que surge para ele, sejam quais forem as respostas
particulares que apresente, uma secreta voz responde: Deus!
” A. D. Sertillanges
Conclusão:
O intuito da disciplina do estudo será sempre nos levar ao conhecimento do Deus vivo, e nunca
apenas a um acúmulo exaustivo de informações, ou de mero conhecimento teórico ou filosófico,
pois, o conhecimento de Deus não se trata somente de simples cognição, antes tal conhecimento
é moral. Portanto, toda verdade que nos é dada durante os períodos de estudo, são como
âncoras, as quais devem ser fixadas em nosso coração com humildade e reverência diante de
Deus, obedecendo seus mandamentos.
Disciplinas Espirituais – Aula 05
Disciplina da Confissão
1. O fundamento da Confissão
“Confessar as más obras, é o primeiro passo para as boas obras.”
Agostinho de Hipona
As pessoas eram tão más que deixaram Deus indignado com elas, a ponto de não
poder mais perdoá-las, a menos que alguém importante fosse condenado em seu
lugar. Certo? NÃO! Nada pode estar mais longe da verdade bíblica que essa
afirmação, pois, foi o amor, e não o ódio que levou Cristo a cruz.
“De sangue avermelhou-se para envergonhar nossos pecados; Para nos mostrar Deus fechou
os olhos; Deve o mundo todo prostrar-se e saber. Que ninguém, senão Deus, para demonstrar
tal amor tem poder.”
Bernard Claravaux
2. O que é Confissão
Uma graça ou uma disciplina?
A confissão é tento uma graça quanto uma disciplina. Pois ao menos que Deus
conceda-nos graça é impossível fazer uma confissão genuína. Mas, ao mesmo
tempo é uma disciplina, pois envolve um curso consciente de ação da nossa
parte.
4. A quem confessar?
Toda a confissão deve ser dirigida a outro.
Tiago 5:16
Salmo 32:5
Deus concede-nos irmãos que se ponham no lugar de Cristo e tornem reais para nós a
presença e o perdão de Deus.
Isaías 52:7
O próprio possui os seus “dois ou três”. Pedro, Tiago e João, com quem compartilhou tanto o
vislumbre da glória do Reino Vindouro na Transfiguração, como também compartilhou com estes
a dor agoniante do Getsêmani
Devemos sempre nos aproximar de Deus com um coração esperançoso, pois ele espera
por nós, assim como o pai do filho pródigo, que ao avistá-lo, quando este voltava para
casa ainda bem distante, correu e lançou-se no pescoço do filho com um forte abraço,
dando-lhe as boas-vindas.
Lucas 15:20-24
II. Pesar
A) Não é necessariamente uma emoção. Embora possa haver emoção
envolvida no processo.
B) É uma profunda aversão ao pecado cometido, é um profundo remorso por
haver desagradado o coração do Pai.
C) O pesar está mais vinculado com a vontade do que com as emoções.
Richard Foster
“Qualquer um que viva em sujeição a cruz, que discerniu na cruz de Jesus a absoluta
impiedade de todos os homens e do seu próprio coração, descobrirá que não há pecado
que ele já não conheça. Qualquer um que já tenha se horrorizado e se espantado com o
próprio pecado que pregou Jesus na cruz não mais ficará horrorizado nem mesmo com os
pecados mais escabrosos de um irmão.”
Dietrich Bonhoeffer
Vivendo em sujeição a cruz, ficamos livres do perigo da dominação espiritual. Já estivemos onde
nosso irmão está agora; por isso, desaparece o desejo de usar contra ele sua confissão. Também
não sentimos a necessidade de controlá-lo ou endireitá-lo. Tudo que sentimos é aceitação e
compreensão.
Devemos orar com regularidade para que a luz de Cristo em nós seja ampliada, e assim
poderemos irradiar luz para a outra pessoa, e também devemos orar para pelo dom de
discernimento, para que possamos discernir a cura de que o espírito realmente necessita.
Cria-se uma harmonia muito profunda com esse tipo de oração. Quem ora sente os
sentimentos da pessoa por quem ora, a tal ponto que é comum surgirem lágrimas, de um
núcleo profundo de compaixão dentro da alma. No entanto, se houver choro não será de
aflição, mas de alegria, sabendo-se que essas lágrimas não são próprias, mas nascidas no
coração compassivo de Cristo que afaga o perdido, e a alegria de Cristo finalmente encontra
um condutor por meio do qual pode alcançar a pessoa a quem Ele ama.”
Agnes Sanford
Conclusão:
Embora a confissão comece com um certo pesar, por tratar-se do pecado, o que é de fato algo
muito ruim e destrutivo para a humanidade, a confissão termina com exultante alegria, pois
estaremos diante do Deus Vivo, o todo poderoso, arrependidos e perdoados de nossos pecados,
e isso é com certeza motivo de grande alegria.
Breenan Maning
Disciplinas Espirituais – Aula 06
Disciplina da Orientação
1. Introdução
Esquizofrenia Pós-Iluminista
Talvez os dias que vivemos hoje sejam os dias mais confusos da história da humanidade.
Nossas sociedades pós-iluministas sem nenhuma estrutura ou referencial acerca da
verdade pairam sobre a incerteza.
O iluminismo é o herdeiro direto do Humanismo Renascentista, o qual ignorou todo o
legado cristão e sua sólida base de estruturação da sociedade, não só na Idade Média,
para então voltar seus para os tempos pré-cristãos, este foi o ponta pé inicial ao que hoje
chamamos de Secularismo.
Os Iluminista acreditavam que o homem e a sociedade tinham a capacidade de chegar
à perfeição. Porém, se olharmos para os frutos pós-iluministas na sociedade
percebermos que a realidade é extremamente outra.
Frutos Pós-Iluministas
Socialismo/ Comunismo
Nazismo
Fascismo
Darwinismo
Teologia Liberal
Niilismo/ Existencialismo
Para que tenhamos uma breve noção desse conceito de Esquizofrenia pós- iluminista basta
olharmos para um fenômeno dos nossos dias atuais, o qual eu chamaria do “Casamento
Islâmico-Esquerdista”. Uma ideologia e uma religião totalmente opostas em seus princípios, um
sendo totalmente patriarcal, regulador sexual e opressivo em relação as mulheres, enquanto que
o outro é extremamente anti-patriarcal, pregando sexo livre e “defensor” das mulheres. Porém, a
cada dia mais fica clarividente a conexão entre estas duas frentes, pois possuem um inimigo em
comum: O Ocidente e a Moral Judaico-Cristã - é óbvio que pra um deles esse casamento
maquiavélico custará muito mais caro daqui alguns anos.
Depois desse breve panorama das raízes daquilo que gerou essa esquizofrenia gritante
em nossos dias, acredito que nada é mais urgente do que um povo conduzido pelo
Espírito de Deus se levante nesse tempo, um povo que em meio à confusão afetiva e
intelectual poderá sim ser uma resposta concisa e poderosa.
Muito é ensinado acerca da orientação individual, e as maneiras como Deus nos conduz
individualmente, e de como nos orienta através das Escrituras e do sopro do Espírito em
nosso coração. Porém, o ensino a respeito da orientação de Deus por meio do seu povo
é de fato ainda deficiente no seio da Igreja. De fato, Deus guia o indivíduo de maneira
proveitosa e profunda, mas também orienta grupos de pessoas e pode instruir o indivíduo
por meio da experiência coletiva
O Testemunho Bíblico
Êxodo 20:19
Deus tirou os filhos de Israel do Egito como um povo, o qual era guiado de dia por uma nuvem,
e a noite por uma coluna de fogo. Não era um grupo de indivíduo que por acaso estavam indo
para o mesmo lugar, mas um povo submetido a um governo teocrático. Porém, a manifestação
da glória de Deus amedrontou os israelitas que clamaram por um mediador, e assim nasceu o
ministério do profeta (Moisés).
A história de Israel é uma incrível sucessão de mediadores do povo perante Deus, quando o
desejo de Deus sempre foi um povo sacerdotal orientado por sua voz.
Mateus 18:19,20
Então após preparar todo um cenário e um povo, na plenitude dos tempos o Pai envia seu Filho.
E novamente, Jesus ajuntou um povo e os ensinou a viver em obediência, em resposta a voz do
Pai, debaixo da orientação do Espírito.
Jesus estava concedendo segurança e autoridade aos discípulos. Havia agora segurança de que
quando um grupo se reunisse com sinceridade e em seu nome, sua vontade poderia ser
discernida. Seguros de ter ouvido a voz do Pastor verdadeiro, seriam capazes de orar e agir com
autoridade. A vontade do Pai somada a unidade dos filhos equivale a autoridade.
Atos 2:42-47
Atos 4:32,33
A orientação comunitária do Espírito continuou a operar na Igreja. Ainda que Jesus houvesse
sido rejeitado por seu próprio povo, alguns aceitaram seu senhorio e tornaram-se um povo que
tinha por costume reunir-se. Estes que se reuniam tornaram-se testemunhas fervorosas,
declarando em todos os lugares que a voz de Cristo podia ser ouvida, e sua vontade obedecida.
Atos 13:1-3
Antioquia
Pós-Diáspora da Igreja Primitiva (Atos7)
Oração, Jejum e Adoração coletivos
Um direcionamento específico
Atos 15:1-21
É incrível ver uma comunidade que andava debaixo da orientação comunitária do Espírito, e
tomou uma decisão a qual nos alcança nos dias de hoje.
É bem possível que a teologia paulina acerca do “corpo de Cristo”, como um organismo que
funciona através de uma multiplicidade de dons, seja fruto destas experiências de orientação
comunitária.
Os apóstolos não passaram do ponto zero para uma plena Orientação comunitária de
um salto. De igual modo nós não daremos este salto.
Precisamos iniciar com passo mais modestos. E uma das melhores formas é aprender
com os modelos adotados por quem se empenhou em ouvir a voz do alto no ambiente
da comunidade.
I. Francisco de Assis
Dilema: Oração/Meditação X Missões/Pregação
Pelo fato de não confiar em si mesmo pediu a dois amigos – Irmão Silvestre
e Irmã Clara – para orarem acerca da vontade de Deus
O mensageiro retorna com a resposta: “Ele (Deus) quer que você vá pelo
mundo pregando, pois Deus não o chamou unicamente para si mesmo, mas
também para a salvação de outros.
Essa ordem gerou no movimento franciscano uma combinação de
contemplação mística e fervor evangelístico
“Minha mente é levada a ponderar sobre a pureza do ser divino e a justiça do julgamento, e
nesse momento minha alma se cobre de horror [...] muitos escravos neste continente são
oprimidos e o clamor deles chegou aos ouvidos do Altíssimo [...] Não é hora para adiamentos.”
4. O Orientador Espiritual
Na Idade Média, nem mesmo os homens mais piedosos tentavam navegar nas
profundezas da jornada interior sem a ajuda de um Orientador Espiritual. Muito
dos primeiros orientadores espirituais foram os pais do deserto, os quais eram
admirados por sua habilidade em “discernir espíritos”. Pessoas viajavam
quilômetros deserto adentro só para ouvir uma breve palavra de
aconselhamento.
“Numa palavra, ele somente abre as portas para Deus e precisa conduzir as almas no caminho
de Deus, e não no dele próprio.
Augustine Baker
O Orientador precisa ser alguém que já aceitou a si mesmo e que o faz agora
de forma confortável. Ou seja, é preciso que uma maturidade genuína permeie
a vida dele por inteiro. Quem é assim, não se deixa levar pelas variações dos
tempos. Consegue absorver o egoísmo, a mediocridade e a apatia ao seu redor,
transformando-os. Não fica julgando e não se abala. É preciso que ele tenha
compaixão e compromisso. A semelhança de Paulo, que considerava Timóteo
seu “verdadeiro filho”, precisa estar preparado para assumir certas
responsabilidades paternais. Seu amor tem de ser robusto, um amor que se
recuse a aprovar caprichos.
Conclusão
A orientação comunitária é limitada por nossa finitude (Paulo, Barnabé e João Marcos). Muitas
vezes nossos preceitos vão impedir de alcançarmos a unidade a qual o Espírito quer nos
conduzir. Sempre que isso acontecer precisamos ser gentis uns com os outros.
Sempre que houver separação ou rompimento, devemos fazer todo o possível para que acontece
em um ambiente de graça, onde haja oração uns pelos outros, abençoando-se mutuamente.
Dallas Willard