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ÍNDICE
Introdução...................................................................................................... Pág. 3
INTRODUÇÃO
Este trabalho visa orientar sobre o aconselhamento de vítimas de abuso sexual. Nele vamos
definir o que é abuso sexual, vamos entender a natureza do aconselhamento específico e a natureza
do trauma.
A seguir vamos expor sintomas e seqüelas do abuso sexual. Dividiremos o aconselhamento
em três fases para facilitar o entendimento da ordem de restauração e qual a prioridade em cada
fase. Mas, antes de tudo precisamos falar sobre o propósito de Deus.
Para o propósito de nosso estudo sobre abuso sexual e seus efeitos, eu gostaria de considerar
três aspectos dessa imagem: voz, relacionamento e poder.
Voz
Através das escrituras e da vida de Cristo Jesus aprendemos que a verdadeira natureza de Deus é
falar, comunicar Seus pensamentos – a si próprio – para outros. O fato de Jesus ser chamado o
Verbo indica que se expressar é inerente à divindade. Deus busca eternamente falar de Si a sua
criação.
No primeiro capítulo de Gênesis vemos que Deus criou todas as coisas pela sua Palavra,
repetidas vezes aparece a Expressão: “E disse Deus...” Por natureza Deus é perpetuamente
comunicativo.
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Que significa ser criado à imagem de alguém que fala? Significa que você e eu como criaturas
também recebemos uma voz. Qual o desígnio para as nossas vozes? Jesus é o verbo, Deus nos falou
pelo filho, o qual é a exata expressão de Deus Pai. (Hb 1:1-3).
A voz é a representação exata da pessoa. A voz é uma extensão de si mesmo. A voz explica a
pessoa a outros com palavras que podem ser entendidas. Jo 1:18 Ninguém jamais viu a Deus. O
Deus unigênito, que está no seio do Pai, esse o deu a conhecer.
Deus fala e nós falamos. A palavra de Deus O torna acessível; a nossa palavra nos torna
acessíveis. A palavra de Deus cria; a nossa palavra cria. A palavra de Deus O explica para nós; a
nossa palavra nos explica para os outros. A essência de Deus é encontrada na palavra; nossa
essência se expressa em nossa voz. Logo, tudo que distorce e silencia a voz de Deus destrói a
imagem de Deus no ser humano.
Fomos originalmente criados para ouvir a voz de Deus e, a partir desse ouvir expressarmos
nossa própria voz no mundo.
Sempre que o ser humano se recusa a atentar para a voz de Deus, o resultado é o esconder-se,
mentir, ocultar, silenciar na própria vida da pessoa e do outro.
A opressão, crueldade, e o abuso sexual de uma criança silenciam a voz de alguém criado à
imagem de um Deus que fala.
Relacionamento
Deus fala de si mesmo como alguém que está se relacionando eternamente. Relacionamento
inclui tanto conhecimento quanto amor recíproco. Conhecimento significa que temos tanta
percepção de quem a pessoa é que podemos predizer suas respostas e sentimentos perante diversos
eventos. Conhecemos sua mente seu coração. Quanto mais conhecemos mais amamos.
A queda não apenas silenciou a voz, mas também rompeu o relacionamento.
Poder
Deus deu ao ser humano poder para influenciar pessoas. Deus nos fez para exercer um
impacto sobre o mundo e uns sobre os outros. O propósito foi que vivêssemos de um modo que o
mundo ficasse sabendo que estivemos aqui. Deus queria que deixássemos nossa marca. Não fomos
projetados para ser pessoas invisíveis, ineficazes ou desamparadas. Ser criado à imagem de Deus é
ter voz, estar num relacionamento e exercer poder ou impacto.
Quando Adão e Eva se recusaram a atender a voz de Deus, cessaram de alicerçar-se num
relacionamento com Deus, e tentaram arrancar o poder de Deus para si próprios, a individualidade
foi corrompida. A voz foi silenciada e distorcida. O relacionamento foi quebrado, e o ser humano
foi alienado. O poder, destinado para ser uma força para o bem, tornou-se destrutivo e nocivo. Toda
vez que o ser humano tenta agir de uma forma que não está arraigada na verdade de Deus,
acontecem os mesmos resultados: silêncio, isolamento e desamparo (impotência).
Essa devastação pode ocorrer de formas mais amenas, mas sempre acontece quando um ser
humano comete uma atrocidade contra o outro. Assim podemos começar a compreender o mal
perpetrado na vida quando acontece um trauma.
Trauma é um estrago causado à individualidade.
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A cura vem através da confissão. Tiago 5:16 Confessai, portanto, os vossos pecados uns aos
outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados. A súplica de um justo pode muito na sua
atuação.
A natureza de um trauma por abuso sexual é tão arrasador que as palavras são inadequadas
para comunicar o que aconteceu.
Para de fato ser curado de uma violência dessas, a pessoa tem que aprender a confessar.
E para que a cura possa acontecer essa confissão deve ser feita em um contexto de
relacionamento, pois é um trauma que isola tão poderosamente um ser humano de outros. O estrago
original das capacidades de se expressar, confiar e ser competente aconteceu pelo relacionamento e
se desenvolverão unicamente no relacionamento.
A voz, o relacionamento e o poder constituem a essência da individualidade, as quais são
esmagadas pelo trauma. Se essas características não forem restauradas a pessoa permanece
silenciosa, sem relacionamentos e impotente – uma grave distorção da imagem de Deus na
humanidade.
O abuso sexual de uma criança é um dos atos mais cruéis que alguém pode sofrer.
Por definição uma criança ainda não está formada, está em desenvolvimento. O abuso sexual
de crianças destroça e violenta todos os aspectos de seu ser – seu mundo, sua identidade, sua fé e
seu futuro. Experimentar um trauma repetido no processo de desenvolvimento é ser moldada e
impactada por terror e medo em lugar de amor e segurança.
A terceira resposta a dor e ao sofrimento é lutar contra ela. Funcionamos para fugir ou lutar
sempre que nos encontramos em perigo. Ser uma criança violentada significa descobrir que
nossas ações não têm utilidade nenhuma, pois nada que ela tenta para fugir ou lutar contra o
abuso funciona. A criança é pequena, tem o conhecimento limitado, é frágil. O violador é forte, em
comparação com a criança tem o conhecimento vasto e é grande. A credibilidade da criança é
questionável, enquanto a do violador é alta, porque enganar se tornou seu modo de vida. A criança é
incapaz de parar ou escapar do abuso, de modo que as respostas previstas para se proteger e
defender se tornam desajustadas.
Outra seqüela do abuso é a depressão. A maioria das pessoas que procuram ajuda, vem atrás
de tratamento para depressão ao invés do tratamento do abuso.
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Entender como o desenvolvimento da criança pode ser afetado pelo abuso sexual, é muito
importante, para não cairmos em abordagens desrespeitosas, superficiais e paliativas em relação às
vitimas.
O impacto do trauma vai depender da idade da criança, assim como a forma que a recordação
do trauma assume.
Durante a infância a criança aprende a ter confiança através da figura dos pais que atendem
suas necessidades.
Desenvolve a autonomia. Quando as tentativas da criança para se tornar independente são
super-controladas, ridicularizadas ou castigadas ocorre vergonha e dúvida.
A criança também vai desenvolver o seu senso de competência e iniciativa.
O reconhecimento e elogio por realizações pessoais, quando a criança tem êxito, é muito
importante para que ela se sinta competente e não desenvolva um sentimento de inferioridade.
Na adolescência se firma a identidade pessoal.
MECANISMOS DE DEFESA
Repressão – De forma simplificada é quando uma pessoa está dizendo: “Esqueço que isso
aconteceu”. Simplesmente, removemos o trauma intacto e o mantemos a distancia. De forma prática
a criança coloca as idéias angustiantes e dolorosas no inconsciente, onde continuam a exercer sua
influencia sobre o indivíduo. O nosso trabalho seria descobrir e liberar as repressões.
Negação – significa dizer: “Isso não está acontecendo”. Aqui a pessoa não está mais
removendo algo isolado de sua realidade, ele está negando o que é real, e isso requer distorção da
percepção e danos na verificação da realidade, onde o indivíduo se mantém fora da percepção
consciente das realidades produtoras de ansiedade. A negação também expõe a criança a ser
novamente traumatizada, pois se educou a não reconhecer os sinais de perigo.
Dissociação – a criança afirma: “Isso não está acontecendo comigo”. E ao progredir pode
assumir a seguinte afirmação: “isso está acontecendo com outra pessoa”. Das três defesas é a que
produz conseqüências mais graves, pois é uma ruptura do processo natural do raciocínio com
relação a consciência. Para dissociar, a criança precisa:
1) Alterar seu pensamento, 2) Romper com sua sensação de tempo, 3) Alterar a imagem de seu
corpo, 4) Distorcer suas percepções, 5) Experimentar uma perda de controle, 6) alterar suas
respostas emocionais, 7) Mudar o significado das coisas, e 8) Tornar-se hiper-sugestionável.
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Por fim a criança tem o seu mundo interior completamente fragmentado. Qual a conseqüência
disso? A criança será incapaz de desenvolver um senso coerente de si, nem condições estáveis para
a confiança, nem a capacidade de ajustar seus próprios sentimentos, experimentando suas emoções
como avassaladores, caóticas e aterrorizadoras.
Como vimos antes, o trauma é um estrago na individualidade. De forma prática vamos por
fim ver o impacto do trauma na individualidade.
Viver em abuso crônico é viver em silêncio, por meio de medo intenso. O indivíduo é calado
pela ameaça de abandono que seguramente virá se a verdade for dita. A criança é silenciada pela
surdez dos outros. Ela vive em um mundo onde as vozes mentem, distorcem e enganam. Ela
conseguirá sobreviver num mundo desses somente se também aprender a mentir, distorcer e
enganar. Faz de conta que está realmente bem, quando, na realidade, está morrendo por dentro.
Do ponto de vista relacional a criança abusada não é amada; amar é proteger e preservar, mas
ela está sendo machucada e destruída. O relacionamento proporciona a base segura para nossa
sensação de segurança e proteção no mundo. No abuso sexual essa base segura não existe, e pior
que isso a base é um lugar com um clima de terror e perigo. O relacionamento se tornou uma casa
de terror. Embora a fachada do relacionamento possa existir para o mundo exterior, ele não passa
disso – um fingimento. E, com relação a capacidade de impactar nosso mundo, ou seja, a nossa
importância, a criança que sofre abuso aprende que ela não tem importância. O que importa para ela
não importa para os outros. Eram invisíveis, pois não havia nenhuma reação dos outros ao abuso.
Todo esforço que fez para interromper o abuso era ineficaz. Logo se percebem como não tendo
nenhum impacto ou importância sobre as pessoas ao seu redor.
Existe outro aspecto ainda pior, o abusador normalmente define a vitima como a causadora
do abuso que foi praticado. Dentro desse aspecto a criança se vê com um grande poder de causar
mal e destruição, ela se sente extremamente poderosa em fazer aflorar aquilo que há de pior nos
outros.
AMBIENTE FAMILIAR
O abuso sexual de uma criança acontece sempre que uma criança é explorada sexualmente
por uma pessoa mais velha para satisfazer as necessidades do violador. Qualquer atividade sexual –
verbal, visual, ou física – realizada sem consentimento.
A criança é incapaz de consentir devido à imaturidade no desenvolvimento e à incapacidade
de entender o comportamento sexual.
A maioria dos abusos sexuais em crianças é cometida por um membro da família, ou seja,
incesto, ou por alguém conhecido pela criança.
Quando se trata de abuso sexual, os dados impressionam pela tenra idade das vítimas: 49%
das crianças que sofrem esse tipo de violência dentro de suas casas têm entre dois e cinco anos.
Estima-se que uma em cada três mulheres e um de cada seis homens passem por um episódio de
abuso sexual. Estudos têm revelado que os homens se abstêm de notificar o abuso sexual, devido ao
medo e à vergonha de serem rotulados como homossexuais. Sabe-se, também, que 80% das vítimas
de ASI (Abuso Sexual Infantil) conhecem seus abusadores. Desse grupo, aproximadamente 68% é
membro da própria família. 80% dos abusadores são homens e 20% mulheres. Dos casos de ASI
intrafamiliar, 75% é pai-filha (incluindo padrastos, namorados da genitora morando na mesma casa,
ou outros que tenham papel paternal), enquanto 25% dos casos são de mulheres-criança ou irmã-
irmã. Esses estudos indicam que meninas são mais abusadas sexualmente dentro do ambiente
familiar, enquanto garotos e crianças maiores são mais abusados fora da família. A idade média da
criança quando começa o abuso é entre 6 a 12 anos. (abusos em idade muito nova, ainda que
violentos e repetidos são gravados de uma maneira que ficam “esquecidos pelo indivíduo adulto”.
Meninas pequenas são alvo muito mais freqüente de abuso sexual, enquanto meninos
pequenos são alvos de abuso físico. Isso parece inverter-se quando as crianças chegam à
adolescência.
É importante compreender a dinâmica familiar, pois o incesto não ocorre num vazio. O
incesto afeta todos os membros da família, ainda que jamais seja reconhecido ou discutido. É muito
importante notar que não se sabe quanto do distúrbio pós-traumático é causado pelo ato sexual do
incesto e quanto é causado pelo contexto doentio, emocionalmente carente e totalmente
negligenciado do lar, que fomenta a atividade incestuosa.
Ainda existe o incesto fruto de famílias completamente caóticas, onde os pais abdicam à sua
autoridade e responsabilidade pelos filhos, parece não existir consciência alguma de que os pais
devem cuidar dos filhos, onde os filhos mais velhos cuidam de si próprios e dos irmãos menores,
nesses lares muitas vezes ambos os pais são viciados em álcool e/ou drogas.
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O que é importante notar é que todos esses sistemas familiares apresentam limites precários,
relações matrimoniais transtornadas, e crianças que funcionam em papéis de adulto. Mesmo sem a
ocorrência do incesto, esses sistemas familiares afetam profundamente a criança em
desenvolvimento.
Duas pessoas podem viver experiências semelhantes de abuso e apresentar respostas bastante
distintas. Mais uma vez repetimos que nem todo abuso acarreta em distúrbio. É necessário perceber
a importância de considerar cada caso individualmente.
É potencialmente mais prejudicial o abuso que aconteceu com mais freqüência e que teve uma
duração mais longa. Quanto mais intimamente ligados estavam o perpetrador e a vítima, tanto
maior o dano. Mulheres que responderam de forma passiva ou receptivamente tendem a se acusar
mais assim como as que responderam sexualmente tendem a carregar uma culpa tremenda.
O abuso revelado que não obtém nenhuma ajuda tem um potencial maior de causar estragos.
Reações negativas dos pais (castigo, acusações, descrença ou negação) e respostas institucionais
ineficientes ou estigmatizantes também são muito prejudiciais.
SEQÜELAS ESPIRITUAIS
Espíritos residentes e “porteiros”, ou seja, eles moram e servem de porta para outros entrarem
sustentando cadeias pecaminosas e prisões espirituais nas diversas áreas da vida humana.
Amargura e ressentimento alojam e alimentam demônios torturadores que entram pelas
feridas da alma, feridas sustentadas pela falta de perdão são portas para demônios. Mat 18:34-35 E,
indignado, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia. (35) Assim
vos fará meu Pai celestial, se de coração não perdoardes, cada um a seu irmão.
Segurança
Primeira coisa a se fazer é estabelecer um clima de segurança, pois essa é a primeira
necessidade do aconselhado. É vital estabelecer isso, pois o objetivo do aconselhamento é gerar
mudança e mudar é difícil, as pessoas não vão tentar mudar se não se sentirem seguras. Em segundo
lugar as pessoas que sofreram ASI conviveram com perigo e imprevisibilidade, e vão expor uma
situação humilhante e vergonhosa, que sempre temeram expor e a idéia de explicitar o abuso é
percebida muitas vezes como perigosa.
Refúgio é um lugar de esperança, abrigo e confiança – Deus é o nosso refúgio, o aconselhado
precisa aprender a ter em Deus um lugar de permanência.
De forma prática, muitas pessoas que aconselhamos podem ainda estar em contato com o
abusador e nesse caso segurança pode significar auxílio para encontrar uma moradia.
Algumas vezes o aconselhado tem uma incapacidade de captar o conceito de segurança como
algo importante para a sua vida, ou como algo que elas possam escolher por isso ao conduzirmos a
pessoa à segurança podemos nos defrontar com forte resistência.
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Se Deus é refugio a nossa vida precisa ser a expressão do que significa ser refúgio para o
aconselhado.
Uma pessoa segura é alguém em cuja integridade podemos confiar. Então o que fazer e o que
não fazer?
1) Não tente fornecer certezas que não sejam realistas ou que você não é capaz de controlar –
tal como prometer que a pessoa nunca mais será ferida novamente.
2) Pessoas confiáveis sempre falarão a verdade. Sustentarão firmemente as verdades da
escritura, estenderão a promessa de redenção ao aconselhado, sem fazer de conta que a cura
é fácil, e sabendo que a redenção atinge tanto as cicatrizes do passado quanto as reações do
presente.
3) Cumprir o que prometer.
4) Admitir erros sem auto-justificação.
5) Ser paciente. Lembre se que a pessoa a sua frente foi marcada a ferro e fogo repetidamente
com uma mensagem de destruição e distorção, isso significa que muitas vezes você vai ter
que repetir ensinos até que isso se torne uma verdade estabelecida no interior do
aconselhado.
6) Não se apresente como quem tem todas as respostas, mas como alguém totalmente
dependente de um Deus fiel.
7) Proporcione uma atmosfera de encorajamento e afirmação. O aconselhado sofre de
passividade por medo e engano de que é impotente, ele não precisa de mais críticas ele
precisa ser encorajado, ele precisa ter a imagem da nova criatura que ele é reafirmado.
8) Lembre-se: “Ninguém se importa com o que você sabe até saber que você se importa”. O
relacionamento no aconselhamento só cura quando é governado pelo amor, e o
conhecimento só tem valor quando for baseado na verdade. Tudo o que for menos que isso
não é seguro, nem restaurado, nem dará honra ao nome de Cristo Jesus.
9) Um tratamento seguro é regido pelas necessidades do aconselhado. Antes de falar se
pergunte:
a. Esse comentário ou pergunta atende a necessidade dele?
b. Estou me importando com o sentimento dele?
c. Essa linha de questionamento alimenta a mente dele?
Alívio de sintomas
As pessoas que passaram por Abuso sexual Infantil normalmente procuram ajuda por causa
dos sintomas e não por causa do abuso em si, por isso é essencial tratar dos sintomas. Muitas vezes
eles são tão severos que impedem a pessoa de funcionar. O que fazer?
1) Normalize o comportamento – Muitas pessoas que passam por ASI se vêem como
desajustadas, estranhas, loucas. Quando ouvem que os sintomas que têm, a forma de reagir a
situações faz sentido e são experimentados por outros homens e mulheres com histórias
semelhantes e que são respostas normais ao trauma causa um enorme alívio imediato.
2) Indique livros com relatos de outras vítimas de ASI
3) Juntamente com a normalização do comportamento sempre dê esperança por mudança
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Recuperação da memória
Ultimamente tornou se motivo de controvérsia as questões sobre a veracidade das recordações
das pessoas que passaram por ASI.
As recordações traumáticas são armazenadas de foram diferente das recordações comuns. As
memórias normais são gravadas em conjunto de forma coerente em todos os aspectos de um evento.
As memórias traumáticas são como que quebradas em partes e cada parte é gravada em uma parte
diferente do cérebro sem conexão. Em decorrência disso algumas pessoas ao relatar o abuso o seu
corpo reage como se o abuso estivesse acontecendo naquele exato momento (algumas pessoas ao
relatar o abuso não agüentam que ninguém toque nelas enquanto falam ou logo depois), enquanto
outras relatam o abuso sem qualquer reação afetiva a essas recordações (falam como se estivessem
falando da história de outra pessoa completamente desconhecida).
Recordações reprimidas – são recordações que ficam no inconsciente até que uma experiência
semelhante no presente libere essa recordação, gerando uma avalanche de lembranças que estavam
reprimidas. Esse é um evento muito comum em pessoas que passaram por traumas, não apenas
abusados, mas pessoas que passaram por guerras, campos de concentração e outras atrocidades.
Lembranças perturbadoras não são fáceis de lidar, quer sejam reais ou irreais.
O que queremos é que a pessoa entenda a verdade sobre a sua vida. E isso sim deve ser
encorajado. O trabalho de memória não tem a ver com provar coisa alguma; tem a ver com
encontrar a verdade. O Espírito Santo de Deus é o Espírito da verdade, Ele nos conduz a toda a
verdade, sobre quem nós somos nEle! E sobre como expressarmos essa nova criatura e sermos
libertos de tudo do nosso passado que quer engolir nosso presente ou/e futuro. Deus nos dá a chance
de decidirmos se vamos passar o resto de nossas vidas como vítimas ou como vencedores.
Certamente não podemos mudar o nosso passado, mas com certeza em Cristo podemos decidir
mudar o resto da história de nossas vidas.
O que fazer com lembranças ruins sempre presentes ou lembradas apenas recentemente?
Algumas pessoas sentem como se o que aconteceu com elas a vinte anos atrás é mais real do que o
que aconteceu com elas naquela manhã.
1) Evite duas armadilhas dessa fase: a rejeição do material traumático através dessas
lembranças por sua natureza horrível (isso fará a pessoa se sentir sem importância). Ou
precipitar o trabalho de memória antes de estabelecer a segurança (isso vai fazer a pessoa se
sentir abusada mais uma vez).
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2) Somente lembrar e sentir não leva a redenção, não é por si um processo de cura. O ponto
importante é que esse aspecto do trabalho lida menos com a recordação e mais com a
verdade. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. O coração do homem é
enganoso, Deus sonda os corações. O salmista pede que Deus o sonde e veja se há nele
algum caminho mal, especialmente em partes que estão ocultas. As mentiras embutidas em
experiências traumáticas normalmente deixam marcas poderosas. São essas mentiras que
são expostas durante o processo do trabalho de memória.
3) Oferecer um lugar seguro onde a pessoa possa falar a verdade sobre sua vida de forma tal
que as mentiras que acompanham a vida dela sejam expostas e confrontadas. Retirar o que
está nas trevas expor à luz, onde serão vistas como realmente são, pois a luz faz aparecer a
verdade sobre algo. Isso inicia o processo de transformação, pois nessa fase a mentira é
exposta, a pessoa pode chamar cada coisa pelo seu nome certo. A verdade começa o seu
trabalho de libertação.
4) Durante a exposição da verdade em verdade, se faz de tudo para romper com o isolamento e
a impotência.
5) Lidar com a recordação do trauma em um relacionamento seguro, freqüentemente é a
primeira vez em que a pessoa pode ser ela mesma com outra pessoa.
6) O ritmo do trabalho de confrontar com a verdade penosa, será definido pelo que a pessoa
puder tolerar.
7) Diante de uma memória intensa do abuso use a oração e a confissão da palavra para dissipar
a lembrança e usar o poder de Deus para libertação e cura das memórias.
8) Comece um trabalho para a pessoa entender a sua responsabilidade no processo de cura, que
ele pode cooperar, escolhendo confrontar as mentiras e enganos embutidos na lembrança e
confrontá-las com a verdade. Isso mostra que ele pode se tornar capaz de administrar essas
lembranças e não ser dominado por elas.
9) Leve a pessoa a escrever o que ela cria ser verdade e o que realmente é a verdade sobre ela
de acordo com a Escritura. Essa é uma forma da verdade penetrar e substituir a mentira.
10) Levar a pessoa a ter uma rotina. Hora para dormir, acordar, refeições regulares, exercícios.
Isso tudo é útil para manter a saúde, normalizar a vida, diminuir o estresse.
Agora nessa fase é necessário que a pessoa entenda que não é mais uma criança vitima do
abuso sexual infantil, mas um adulto responsável, com voz e com poder para escolher e vencer. Um
dos aspectos importantes é como Deus vê aqueles que passaram por abuso. Um sacerdote está
rodeado de fraquezas e por isso pode se compadecer daqueles a quem ministra. E é com essa
consciência que se ministra à pessoa. Existem alguns exercícios nessa fase que podem ajudar a
pessoa a ter um encontro pessoal com Jesus e a tomar a verdade sobre si.
Isaías 53 toca profundamente o coração de todos nós, pois mostra o Senhor tomando o nosso
lugar, sofrendo para nos salvar, curar e libertar, e efésios capítulo 1 do verso 4 ao 14 fala verdades a
nosso respeito, como Deus nos vê. É importante colocar a pessoa para ler esses textos e similares, e
melhor ainda pedir para que reescrevam os textos de forma pessoal e depois o ler em voz alta
conosco, isso ajuda muito no processo de renovação da mente. Esses exercícios de meditação e
confissão da Palavra não trazem resultados instantâneos, mas há poder neles porque envolvem a
palavra eterna de Deus e vão frutificar de forma precisa.
O trabalho principal da segunda fase de tratamento abrange três questões: luto, confrontação
do violador e perdão.
Luto
O luto é a conscientização da perda. As pessoas que passam por Abuso sexual infantil
aprendem a minimizar as coisas, pois ela sofre perdas enormes, mas para sobreviver reduz essas
perdas a um tamanho manejável. O processo de luto é o reconhecimento dessas perdas sem
minimizá-las
Que perdas são essas?
1) A perda da oportunidade de ser criança.
2) A perda da certeza de que seus pais a amavam, independente do que acontecesse.
3) A perda da sensação de segurança em seu próprio corpo
4) A perda do senso de competência.
5) A perda do sentimento de integridade moral.
6) A perda de ter uma mente limpa enquanto era criança.
7) A perda da esperança, confiança, alegria.
Todas essas perdas precisam ser trabalhadas no momento do luto.
Algumas pessoas têm que trabalhar o luto por causa da perda de seus próprios filhos:
natimortos, abortos forçados, bebês tirados delas no parto sem saber o paradeiro. Essas coisas as
fazem lembrar o que de fato nunca tiveram. É óbvio que é um momento de profunda dor e o nosso
papel é relembrar a essas pessoas que há esperança. Sermos representantes do Deus descrito em
Isaías 61:1-7 O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar
boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração,... a consolar todos os
tristes; (3) a ordenar acerca dos que choram ... que se lhes dê uma grinalda em vez de cinzas, óleo
de gozo em vez de pranto, vestidos de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se
chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado. (4) E eles
edificarão as antigas ruínas, levantarão as desolações de outrora, e restaurarão as cidades
assoladas, as desolações de muitas gerações... (7) Em lugar da vossa vergonha, haveis de ter
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dupla honra; e em lugar de opróbrio exultareis na vossa porção; por isso na sua terra possuirão o
dobro, e terão perpétua alegria.
Confrontação
Esse é um momento que deve acontecer apenas se a pessoa que passou pelo abuso desejar
fazê-lo. Em dado momento do tratamento, muitas pessoas sentem a necessidade de confrontar o
abusador. É uma forma de romper com o silêncio para de fato resolver o problema ou até por causa
da preocupação real de que outro membro da família possa estar sendo abusado pelo violador. Optar
pelo silêncio é ser como os pais que falharam em proteger a criança.
Quatro princípios que regem qualquer confrontação
1) Toda confrontação deveria ser governada por um propósito - 1Pe 3:9 não retribuindo mal
por mal, ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo; porque para isso fostes
chamados, para herdardes uma bênção. Pedro mostra que quando somos vítimas do mal de
outra pessoa devemos responder de um modo que a abençoa. Qualquer ato que deixa de
refletir o caráter de Deus em Cristo não constitui bênção. O padrão de Deus para toda a
comunicação é que falemos a verdade em amor, e esse tipo de confrontação não constitui
nenhuma exceção. O nosso propósito não é vingança, nem dar lugar ao ódio, pois a ira do
homem não produz a justiça de Deus, muito menos deixar de dizer a verdade a respeito do
que foi cometido. Em todo o momento somos responsáveis sobre como tratamos as pessoas
envolvidas na confrontação. O nosso propósito é refletir o caráter de Cristo, abençoar
aqueles que nos feriram, qualquer outra forma é ser moldado à imagem do maligno. O
redentor, fala a verdade, sem vingança ou condenação, e traz como resultado a bênção.
2) Toda a confrontação deve ser feita com cuidado - Deu 13:12-15 Se, ... ouvires dizer: (13)
Uns homens, filhos de Belial, saindo do meio de ti, incitaram os moradores da sua cidade,
dizendo: Vamos, e sirvamos a outros deuses! ... (14) então inquirirás e investigarás,
perguntando com diligência; e se for verdade, se for certo que se fez tal abominação no
meio de ti, (15) certamente ferirás ao fio da espada os moradores daquela cidade,
destruindo a ela e a tudo o que nela houver, até os animais. – Esse cuidado que deveria
estar em qualquer confronto está muito bem explicitado aqui em Deuteronômio. Quando
ouvimos sobre uma acusação de abuso sexual cabe a nós inquirir, investigar, e perguntar
com diligencia. Um fato desses é coisa muito séria e jamais deve ser tratada levianamente.
Não é seu trabalho como conselheiro bancar o detetive, mas sim ajudar o aconselhado a
encarar e responder ao mal cometido contra ele de uma forma tal que sempre mantenha o
padrão mais elevado. Desencoraje a confrontação a menos que a verdade tenha sido
demonstrada de modo convincente e a recuperação do aconselhado esteja em fase final. O
cuidado deixará claro, a seriedade da questão de expor a verdade do abuso diante da família,
e de seus possíveis resultados ajudando o aconselhado a se proteger de qualquer situação.
3) Toda confrontação requer maturidade – O autor da carta aos Hebreus diz: Heb 5:14 mas o
alimento sólido é para os adultos, os quais têm, pela prática, as faculdades exercitadas
para discernir tanto o bem como o mal. Esse verso deixa claro que uma das marcas
distintivas da maturidade é a capacidade de discernir o bem e o mal. Uma das marcas mais
profundas do abuso sexual crônico é a confusão entre o bem e o mal. Essa capacidade
segundo o versículo é obtida através da prática. Devemos treinar o aconselhado pela
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repetição e pelo uso constante que acontecem com o passar do tempo a distinguir o bem do
mal. Devemos assim fortalecer a verdade dentro dele até que amadureça.
4) Toda confrontação deve ser regida pela verdade – O apóstolo Paulo nos relata sobre
enfrentar os imorais. Ele nos diz que não deixemos que essas pessoas nos enganem e que
não sejamos participantes com eles. Ef 5:6-7 Ninguém vos engane com palavras vãs; porque
por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. (7) Portanto não
sejais participantes com eles. Mais uma vez fica clara a necessidade de discernimento que
vem com a maturidade. Muitas pessoas deixam que as definições do abusador determinem a
verdade! Paulo continua dizendo: Ef 5: 8-13 ; (8) pois outrora éreis trevas, mas agora sois
luz no Senhor; andai como filhos da luz (9) (pois o fruto da luz está em toda a bondade, e
justiça e verdade), (10) provando o que é agradável ao Senhor; (11) e não vos associeis
às obras infrutuosas das trevas, antes, porém, condenai-as; (12) porque as coisas feitas
por eles em oculto, até o dizê-las é vergonhoso. (13) Mas todas estas coisas, sendo
condenadas, se manifestam pela luz, pois tudo o que se manifesta é luz. Cabe a nós não ter
nada a ver com qualquer coisa que seja das trevas, como também, somos chamados a
denunciá-la. Deuteronômio 13 já nos desafia a sondar e a investigar, com diligência,
quando ouvimos de uma coisa detestável que afasta os outros de Deus, e sendo isso verdade
todas as pessoas da cidade devem ser “feridas a fio de espada”. No caso do abuso a nossa
cidade é uma família e a nossa espada é a Palavra de Deus. Heb 4:12 Porque a palavra de
Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a
divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e
intenções do coração. Essa espada bem manejada, penetra numa família que praticou por
muito tempo a arte do engano, que fez vistas grossas às feridas dizendo: Jer 6:14 Paz, paz,
quando não há paz. E a palavra de Deus ilumina o que estava oculto.
O propósito não é culpar, mas expor. Falar a verdade sobre a maldade cometida contra
alguém é expor aquilo que é trevas e, dar a isto, o devido nome. O Deus da verdade quer que
chamemos o mal de mal, e deixar de fazer isso é deixar de espelhar o Seu caráter. Pro 12:17
Quem fala a verdade manifesta a justiça; porém a testemunha falsa produz a fraude. Um
dos maiores presentes, quando se diz a verdade, é oferecer a alguém a oportunidade de sair
das trevas para a luz. Quando oferecemos a outros uma oportunidade dessas os estamos
abençoando. Estender a outros o convite de se unirem a nós na luz não assegura que
decidiram fazê-lo, mas ao fazer isso não devolvemos o mal por mal, mas abençoamos, na
certeza que agradamos o Senhor Jesus Cristo, nosso redentor. Isso é sublime, pois é ser
preservado no padrão do próprio Deus.
O Perdão
Em certo momento do tratamento, surge inevitavelmente para o aconselhado o assunto do
perdão. Para muitos que sofreram abuso sexual a idéia de perdoar o seu violador é aparentemente
impossível. O perdão deve ser regido pelos mesmos princípios da confrontação. Deve ser feito com
o propósito de abençoar e glorificar a Deus; tem de ser o resultado de sabedoria e discernimento, e
precisa se capaz de resistir sob a luz de Deus. A menos que se perdoe como Jesus nos perdoou isso
não é perdão aos olhos de Deus, mas um engano de nossa alma.
Essa ilustração ajudará a entender melhor sobre o perdão:
Eu estou dirigindo, de repente alguém vem na contramão irresponsavelmente infringindo
todas as leis de trânsito e bate no meu carro. Quais tipos de reações podem existir diante de uma
situação em que alguém provocou propositalmente um sofrimento e danos?
As reações serão correspondentes ao tipo de princípio sob o qual se decide viver.
Justiça – Esse princípio que faz parte do caráter de Deus tem como base o fato de que somos
responsáveis por tudo o que fazemos e dessa forma no exemplo acima exigiríamos a reparação do
dano por parte do agressor por meio do pagamento pelo dano no nosso carro.
Misericórdia - Esse princípio também faz parte do caráter de Deus. E tem como base o não
retribuir o que merecíamos receber pelo nosso pecado. No exemplo acima a misericórdia seria o
agressor arcar com o dano do carro dele e eu arco com as despesas pelo dano do meu carro.
Graça (perdão completo) – Esse princípio também faz parte do caráter de Deus. E tem como
base não apenas o perdão do que eu devia, mas implica em pagar para consertar o dano do outro.
No exemplo acima isso significa que Eu que fui ofendido vou pagar pelo conserto do meu carro e
pelo conserto do carro do agressor.
A princípio isso pode parecer extremo, mas esse é um padrão existente em toda a Bíblia.
Ló abandonou Abraão e o deixou com a pior parte. Depois disso Abraão entrou em uma
guerra que não sua para salvar o sobrinho que pecou contra ele.
José foi vendido como escravo pelos irmãos que queriam matá-lo. Depois em período de
fome, José os confrontou, em amor, para abençoá-los e assim salvou a vida daqueles que pecaram
contra ele.
Nós ofendemos a Jesus com os nossos pecados. Ele deixou a sua glória, sofreu e morreu na
cruz, para nos salvar. Jesus tornou a nossa ofensa em uma oportunidade para nos abençoar. Se
fomos perdoados assim por Ele, nada menos que isso pode glorificar de fato o seu poderoso nome.
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Perdão é uma decisão cujo propósito é uma relação correta com Deus, ainda que isso gere
uma situação desagradável ou que faça a sua família não se sentir bem, porém chama a cada
membro a um relacionamento restaurado com o próprio Deus. Menos que isso não será uma honra
para Ele.