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Após se formar em 1881, Freud inicia sua carreira como assistente clínico
no Hospital Geral de Viena, e em 1885 quando conseguiu uma bolsa de estudos
foi para o Hospital da Salpêtrière em Paris, onde conheceu e teve a oportunidade
de trabalhar ao lado do neurologista francês Jean-Martin Charcot, com quem
dedicou-se ao estudo das histerias por meio da técnica da hipnose. Segundo
Charcot, a origem dessas doenças encontrava-se anatomicamente, no entanto,
Freud após um período de estudos considerou essa explicação limitada, e
acreditou que as causas da histeria estariam na vida psíquica.
“[...] Freud pedia ao paciente que se deitasse num divã e ele se sentava
atrás, sem que pudesse ser visto.”(SCHULTZ, SCHULTZ, 2021) Este
posicionamento do terapeuta em relação ao paciente tinha um aspecto muito
pessoal de Freud, visto que esse não gostava de ser encarado por tanto tempo.
Ademais, o fato do analisando estar com sua atenção flutuante inclui que este
pode ter expressões faciais, sendo assim o analisado não toma para si
interpretações e seja influenciado.
Durante a aplicação da técnica havia momentos em que ela não era tão
livre, pois quando o paciente se aproximava de lembranças ou experiências
dolorosas, este tinha uma relutância em falar sobre, Freud chamou essa relutância
de resistência. E apesar de como o paciente se comportava, ele acreditava que o
psicanalista estava no caminho certo e que devia manter-se nesta investigação,
para que pudesse ocorrer uma evolução..
A eficácia da associação livre tem sido estudada por muitos anos, e embora
os resultados sejam mistos, há evidências de que a técnica pode ser útil em certas
situações. Por exemplo, um estudo de 2014 publicado no Journal of Nervous and
Mental Disease descobriu que a associação livre pode ser útil para ajudar pessoas
com transtorno de estresse pós-traumático a se lembrar de eventos traumáticos e
processar emoções difíceis.
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REFERENCIAS: http://seer.ufsj.edu.br/analytica/article/view/2503/1702