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Decididos por Cristo

Dia: 23 de outubro de 2022.


Aluno: ______________________

Aula 1: Da criação a Queda.

Deus criou você para um propósito


Diferentemente do que muitos pensam você mesmo pode
pensar, pelo tanto que já ouviu de seus pais, familiares ou
conjecturou que é apenas uma obra do acaso. Isso é uma
mentira do inferno. Já prestou atenção em todo o processo de
uma gestação, de uma fecundação? É um processo complexo e
já começa disputadíssimo.

Se você está hoje aqui é porque um Deus tão poderoso e


grandioso, escolheu o ser humano para com Ele se relacionar.

O que é relacionamento? De acordo com dicionário


relacionamento é: “1. Ato ou efeito de relacionar (-se);
2”. Relação de amizade; 3. Capacidade de interagir bem com as
pessoas.

Deus não é um ser supremo que gosta de monólogos, não


é um tirano, um ditador, um egocêntrico impessoal. Deus é um
deus relacional, de movimento, de ação, de dialogo.

“Nós amamos porque ele nos amou primeiro”. 4:19.

Deus instituiu um relacionamento com a antiga Israel,


quando disse: "Andarei entre vós e serei o vosso Deus, e vós
sereis o Meu povo" (Levítico 26:12, ARA).

Estas poucas palavras resumem o que Deus quer no Seu


relacionamento com o povo. Vejamos dois aspectos dessa
simples declaração de Deus.
Primeiro, Ele expressa o Seu desejo de ser reconhecido e
aceito como Ser Supremo. Portanto, Ele expressa o desejo de
associar—ter um relacionamento com aqueles que o aceitam
como seu Deus.

Quando entendemos que Deus deseja ter um


relacionamento conosco, então precisamos reconhecer que, na
verdade, nós é que precisamos d’Ele.

(1 João 3:1-3)
aqui vemos o
propósito da criação
da humanidade: Deus
está formando uma "É necessário que isto
família—Sua própria que é corruptível se revista
família. Ele nos criou da incorruptibilidade e que
isto que é mortal se revista
para que possamos
da imortalidade" (1 Coríntios
ter um 15:53).
relacionamento
especial, de Pai com
filhos, com Ele. Deus
planeja nos dar a Sua
imortalidade. Como
Paulo explica: Deus quer ter um relacionamento eterno
conosco, como Seus filhos.

Para coroar os sucessivos atos da Criação, Deus cria o


homem e a mulher a sua imagem e semelhança (Gn 1:26-27).

“E disse Deus: Façamos o homem á nossa imagem, conforme a


nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre
as aves dos céus e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre
todo réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o homem à
sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os
criou”, Gênesis 1.26,27.

Dessa forma:
 Deus criou a humanidade para relacionamento- Jo
17.20-21. Deus Pai é uma pessoa que é e vive em
relacionamento. Inclusive nosso relacionamento com
Ele é de grau familiar. Ele é o Pai e nós somos seus
filhos- Jo 1.12/ Ef 2.19/ Ef 4.5,6.
 Deus nos criou para o louvor da sua glória. Viver para
sua glória é viver em obediência aos princípios da sua
Palavra. Desse modo o homem foi criado para ser a
expressão de Deus na vida- Mt 5.14-16. Deus será
visto em nossas atitudes e palavras.
 O homem quando crer no Senhor Jesus, é feito filho
de Deus, exatamente para ser como Ele é- Is 43.7. I
Co 10.31/ Ef 1.11-12/ Jo 1.12/ Ef 4.22-24

Em que somos semelhantes a Deus?


Deus desenhou os seres humanos para refletirem o Seu
caráter justo—ser como Ele.

O Sentido Global da Imagem de Deus em Nós: O que nos


faz diferentes dos animais e nos torna imagem de Deus é a
capacidade de ter comunhão com Ele. Só os seres humanos
podem se relacionar com Deus face-a-face, de maneira íntima e
pessoal. John Wesley detectou três aspectos de imagem dos
seres humanos com seu Criador:

• A IMAGEM MORAL – ao ser criado, o ser humano


possuía a santidade, a pureza e o amor de Deus. Sua
verdadeira natureza é ser santo, misericordioso, puro, livre,
incorruptível e eterno.

Mesmo sendo pecadores, possuímos um discernimento


(senso) de certo e errado;

• A IMAGEM NATURAL – isto significa que Deus criou o


ser humano com perfeição, e com habilidades de algumas
escolhas na vida (livre agência). No estado de inocência ele
poderia escolher obedecer a Deus ou não (Gn 2:15-17).

• A IMAGEM POLÍTICA – Deus delega poderes aos seres


humanos quando ordena o domínio sobre os habitantes do mar,
dos céus e da terra (Gn 1:28) e a incumbência de dar nomes às
outras criaturas (Gn 2:19-20; Sl 8:6-7). Esse dominar esta no
âmbito do cuidar, zelar, proteger, fazer bom uso.

• O HOMEM ESPIRITUAL– Temos espírito, uma parte do


nosso ser que é imaterial (1Ts 5.23);

• O HOMEM MENTAL: temos capacidade de raciocinar


(pensar), emocionar, criar e governar, ou seja, somos seres
inteligentes;

• O HOMEM RELACIONAL– Há uma necessidade no ser


humano em cultivar relações de afeto e amor entre amigos,
família e cônjuges. Isso se deve a natureza da Trindade (Pai,
Filho e Espírito Santo), pois Eles são uma comunidade que
vivem num profundo relacionamento de amor e comunhão. Por
essa razão, sendo criados conforme a sua imagem e
semelhança, somos pessoas sempre em busca de convivências.

Obs.: esses aspectos (moral, espiritual, mental e


relacional), são procedentes (naturais) de Deus e existem no
‘ser humano’. Nosso caráter por conta do pecado, esse caráter
está deformado (cheio de defeitos).

Deus criou o homem, é olhar para dentro do nosso ser e


ouvir o clamor sem cessar da nossa alma: eu existo para Deus,
criado por Ele e para Ele- Hb 11.3/ Rm 1.20/ Rm 11. 33-36.

Quando o homem deixou de ser amigo de Deus?

Gn 6.5; Romanos 2.1-11; Romanos 3.10-26; Romanos


5.12-19; Tiago 1.12-15; 1 João 1.8-10.

Quando estudamos a origem, significado e consequência


do pecado compreendemos a razão pela qual a humanidade
vive insatisfeita, buscando o prazer imediato, construindo
relações frágeis, distantes e descompromissadas. Coisas estão
sendo amadas e pessoas sendo usadas. Filhos órfãos de pais
vivos. Pessoas solitárias e assim por diante.

Também chamado de pecado original, está o principio da


entrada do pecado na vida do ser humano. Quando o homem e
a mulher escolheram não ouvir a voz de Deus e desobedeceram
ao que Deus havia ordenando para que de todos os frutos
pudessem comer, exceto do fruto da arvore do conhecimento
do bem e do mal, mas o homem escolheu dar ouvidos ao diabo,
ao sentimento de querer ser igual a Deus.

Podemos dizer que pecado é a nossa incapacidade de


compreender e realizar a vontade de Deus é a incapacidade de
obedecer aos mandamentos do Senhor- Gn 6.5. é ultrapassar
limites (transgressão) determinados pela sua Palavra, a Bíblia-
I Jo 3.4. O pecado é uma “enfermidade espiritual”

O ser humano, usando a liberdade dada por Deus,


escolheu DESOBEDECÊ-LO, ou seja, pecou. Deram ouvidos à
ideia propagada pelo diabo deles viverem independentes de
Deus, longe de seus conselhos e cuidados. Isso é atrativo para
o coração da humanidade, uma vida desprendida e
independente de Deus.

Este pecado acarretou funestas (desastrosas, fatais)


consequências para toda a criação: conflito, desarmonia, mal-
estar, morte. E arruinou o relacionamento com Deus e com
outras pessoas. O ser humano perdeu sua verdadeira natureza.
O pecado distorceu a imagem moral de Deus no ser humano,
quebrando a sua comunhão com o Criador.
Com o pecado, o ser humano perde a capacidade de escolher o
Bem e a Vida, por si mesmo, pois sua imagem natural é
danificada (Rm 7:14b-15). Também a imagem política, apesar
de não ser destruída, fica difícil de ser exercida, porque a
natureza torna-se hostil.
Mas para sobreviver, o homem e a mulher, terão de
enfrentar o desafio de dominar, cultivar e guardar toda a
Criação de Deus.

Em toda a Bíblia vemos o domínio do pecado sobre a raça


humana: assassinatos, guerras, fome, devassidão,
desobediência, doenças e outros atos que levam o homem a
passos largos a destruição. Essa doutrina é conhecida como
“depravação radical” e diz respeito ao fato de o homem ter sido
afetado pelo pecado na raiz de quem ele é. Significa que o
pecado contaminou toda a constituição humana: nosso
intelecto, intenções, afeições e desejos estão profunda e
radicalmente comprometidos pelo pecado.

O Pecado universal e suas consequências:

a) A Bíblia declara que todos pecaram- Rm 3.10,23/ Jo


16. 7-10/ I Jo 1.10;
b) Por que pecamos? Porque somos gerados e nascidos
debaixo da maldição de Adão. Herdamos a natureza
pecaminosa de nossos pais, algo hereditário. (Rm
5.12);
c) A primeira consequência do pecado é a morte
conforme declara a Palavra de Deus- Gn 2.17/ Rm
5.14/ Rm 6.23;
d) Há dois tipos de morte: a morte física (Gn 3.19,22/
Rm 5.12) e a morte espiritual (Rm 3.23/ Ef 2.1-2).

O pecado é uma realidade em nossa vida particular e


comunitária, mas não é um mal incurável. Convém lembrar-nos
de que, não é possível combatê-lo sozinhos. O pecado é a
nossa incapacidade de obedecer à vontade de Deus.

Se Deus não tomasse a iniciativa de providenciar um meio


de reabilitar-nos, estaríamos implacavelmente destruídos.
Decididos por Cristo
Dia: 30 de outubro de 2022.
Aluno: ______________________

Aula 2: Redenção e Batismo.

O novo Adão nos redime dos nossos pecados


Rm 5.8

O pecado é uma enfermidade espiritual. Por essa razão,


o ser humano sofre tantas debilidades no seu ser
acarretando toda sorte de coisas ruins como: miséria,
desonestidade, assassinatos, insatisfação continua,
perda de valores morais entre outros. (Gn 6.5/ II Tm
3.1-4).

Pecado é a desumanização do homem. Toda ação de


superioridade ou inferioridade desfiguram a imagem do
homem criado a imagem e semelhança de Deus.

Adão vivia nu e sem ter vergonha de sua nudez, pois


enquanto vivia debaixo da obediência, a Glória de Deus
o vestia, não havia do que se envergonhar. Não havia a
necessidade de usar máscaras.

Quando esse homem busca alternativas longe da


presença, abrindo brechas, olhando a sua volta e
atentando ao que o diabo lhe sugeria esse homem
sutilmente, sem perceber afastou-se da Presença que o
cobria e o protegia embaixo da glória. Com isso, o
desejo pela independência de Deus levou ao primeiro
Adão a ceder os desejos da carne, dando ouvidos ao
diabo, crendo que ser humano era pouco, que ele
merecia ser o centro, que tinha capacidade de discernir
seu caminho sozinho, que não era justa sua posição.
Semelhante a um filho adolescente que pensa que os
“nãos” recebidos de seus pais são maus, passam a
enxergar os seus pais como inimigos. Esse primeiro
Adão deixaria de ser humano, seriam como Deus e
assim não dependeriam da sua comunhão e cuidado
(Gn 3.8-9).

A desobediência levou ao homem a perceber o quão


distante da Glória estava, e o temor tomou conta de
seu ser, fazendo-o esconder-se, mentir para si mesmo
e tentar enganar o outro, a buscar culpados por suas
escolhas erradas. Adão chega a culpar a Deus por sua
situação constrangedora. O pecado faz isso em nós,
nos constrange, nos faz querer nos esconder e
afastarmo-nos de Deus.

O amor de Deus por Adão era tamanho que tratou de


pegar folhas de figo e o cobriu. Assim Deus mostrou a
Adão que apesar de tudo, quando nos voltamos para
Ele, e permitimos que seu amor nos alcance, ele cobre
os nossos pecados com a Presença do Espírito Santo
em nós, que vai lavando e purificando, limpando e
cobrindo todas as feridas, as lacunas, as brechas.

Deus em seu infinito amor e misericórdia pela sua


criação, quando o homem criou, certificou-se de que
com ele não aconteceria o mesmo que aconteceu com
Lúcifer e seus demais anjos. Antes que a criatura
buscasse a condenação eterna, no dia em que o criou
conversou com as pessoas da Trindade (Pai, Filho e
Espírito Santo) façamos o homem a nossa imagem e
semelhança e tratemos de deixar pronto o plano da
salvação desse homem, não como um plano B caso o A
de errado, mas como um plano S, um plano de
salvação. Ao homem deu a oportunidade de redenção.

A Redenção
(Hebreus 9: 15, Hebreus 11: 35, Colossenses 1: 14, Efésios 4: 30, Efésios 1: 14,
Efésios 1: 7, 1 Coríntios 1: 30, Romanos 8: 23, Romanos 3: 24, Lucas 21: 28).
“Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes
resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso
sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com
efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de
vós que, por meio dele, tendes fé em Deus, o qual o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu
glória, de sorte que a vossa fé e esperança estejam em Deus”. ( 1Pe.1.18-21).

Podemos encontrar no grego a palavra Redenção do


Grego: απολυτρωσις [apolutrôsis] (Substantivo feminino).
Palavra composta de απο [apo]
e λυτρωσις [lutrôsis] (απο+λυτρωσις), cf. λυτρον [lutron].
(Denota o preço da liberdade de um escravo; a ruptura de uma
escravidão, cativeiro ou de qualquer espécie de mal). O preço
de um resgate. Libertação mediante um resgate. Libertação.
Redenção. Resgate.

Deus, em seu infinito amor revela por intermédio de sua


Palavra sua obra de amor e cuidado pelo homem, seu anseio de
resgatar o homem que insiste em afastar-se Dele. “A redenção
em promessa e em tipo apresenta-se no Antigo Testamento;
redenção em glorioso cumprimento no Novo Testamento”.

Há uma ideia no antigo testamento de um devedor que recebe


o perdão de sua divida após sua tentativa frustrada de quitá-la
por conta própria, esse poderia apresentar sua força de
trabalho, tornando-se escravo até que pudesse quitar seus
débitos.
Isaías 52.3 nos diz: “Por nada fostes vendidos, e sem dinheiro
sereis resgatados“. “Não é possível para qualquer homem, por
seus próprios meios, redimir-se das tristes condições em que se
encontra devido ao pecado; eis por que necessitamos de um
parente remidor que seja mais que homem, que seja ao mesmo
tempo divino e humano” (pp.14).

Os israelitas eram resgatados com meio siclo cada um, que


serviria para comprar o cordeiro para o sacrifício diário (Êxodo
30:12-16; compare Números 3:44-51). Mas o Cordeiro que
redime os israelitas espirituais o faz “sem dinheiro nem preço”.

Os israelitas poderiam ter sua divida comprada por um irmão.


Há a figura do Redentor Parente. O redentor parente seria
alguém com capacidade para remi-lo, e que se “preocupasse
suficientemente por ele, a ponto de responsabilizar-se pelas
dívidas e as solvesse, então poderia ser libertado” (pp.14).

Cristo assumiu nossa natureza a fim de se tornar nosso parente


e irmão mais próximo, e assim também nosso Deus ou
Redentor.

As escrituras também se referem ao plano de redenção como o


plano de salvação, o plano de felicidade e o plano de
misericórdia.

“Assim como todos morrem em Adão, assim também todos


serão vivificados em Cristo...” (1 Cor. 15:22).

Jesus é a o segundo Adão. O primeiro chamou a humanidade à


existência, mas por seu pecado condenou essa humanidade a
morte. Já o segundo Adão trouxe a vivificação desse homem
que outrora estava entrega nas mãos da morte.

Deus destituiu-se de sua Glória, fazendo homem, sofrendo


como nós em tudo exceto pelo pecado. Quis experimentar o dia
de sua criatura sendo totalmente Deus e totalmente humano. O
segundo Adão não falhou em seu propósito, permaneceu fiel
até o ultimo segundo.
Jesus assumiu a consequência, assumiu o nosso lugar, mas
Deus escolheu amar-nos de tal maneira que entregou seu único
filho (Jo 3.16).

Sua morte era necessária porque o próprio Deus determinou


que sem derramamento de sangue não houvesse remissão de
pecados, ou seja, na há perdão. Então, o Senhor Jesus, de
modo voluntário e movido pelo amor ágape, amor
incondicional, ofereceu-se, como Cordeiro de Deus, para que
através da sua morte e do seu sangue derramado na cruz,
tirasse os pecados do mundo, nos dando a chance de que se
crêssemos Nele, receberíamos a salvação. (Jo 1.29; Jo 3.16; Jo
10.17,18; Hb 12.2).

Crer não significa o “sei que existe um ser ao qual chamamos


de Deus”, não é ser simpatizante do evangelho. Crer é
compreender que somente em Cristo, com Cristo e por Cristo
somos resgatados à paternidade de Deus. É obedecer e viver
de acordo com a sua Palavra, é ter comunhão com Ele.

Ao ser pendurado na cruz, Jesus se fez maldito e assumiu todas


as nossas transgressões, pelo que Deus, logo puniu (castigou)
na carne de Jesus os nossos pecados, levando-o a morrer a
nossa morte. Mesmo sendo Deus se doou e da cruz não fugiu
(Rm 8.3; Gl 3.13; Is 53.10).

Foi traído, moído, humilhado, escarnecido o Santo, inocente,


sem pecado algum, para que o pecado que nos condenava a
morte eterna nos trouxesse a vida. Os cravos que feriram e
perfuraram seu corpo eram nossos.

Jesus morreu pelos nossos pecados, mas a morte não pode


retê-lo, porque Deus, o Pai, o ressuscitou. A ressurreição de
Jesus é a prova de que Ele venceu o pecado que reinava pela
morte (Rm 5.12). longe Dele somos engolidos pela morte
espiritual, pela enfermidade da alma, pois sozinhos somos
semelhantes a criancinhas, não sabemos andar por conta
própria. Somente quando escolhemos a Cristo e clamamos pelo
seu amor e socorro, somos resgatados.

A natureza pecaminosa não é apagada por ser uma


consequência do pecado original, mas isso não impede que o
bálsamo de Jesus nos cicatrize que a água do Espírito Santo
nos purifique e nos de uma nova oportunidade de nos
reerguermos e seguirmos em frente escrevendo uma nova
historia em que não mais eu sou o autor, mas Cristo.

Os benefícios da morte de Jesus pelos nossos pecados


 A prática do pecado criava uma relação de inimizade com
Deus. Agora, pela fé em Jesus Cristo, fomos justificados
(feitos inculpáveis) e temos paz com Deus (Rm 5.1);
 Antes éramos inimigos, hoje fomos reconciliados e feitos
filhos de Deus, por meio de Jesus Cristo (Rm 5.10/ Ef
1.5);
 Éramos escravos do pecado, mas a graça de Deus (o
transbordar generoso do Amor de Deus- Pai por meio do
seu Filho Jesus) foi derramada sobre nós, nos libertando
do domínio do pecado. (Ef 2.1-5/ Rm 6.11,14, 20-22);
 Logo, já não há mais condenação para os que estão em
Cristo Jesus, pois os que estão em Cristo já receberam o
perdão dos pecados. (Rm 8.1-2/ Ef 1.7-8);
 Mediante o perdão dos nossos pecados, somos batizados
no Espírito Santo, através do qual recebemos o novo
nascimento (feitos filhos de Deus) e a garantia da vida
eterna. (Jo 1.29, 33/ Jo 3.3,5-7/ Ef 1.13-14.

Batismo

É UMA ORDENANÇA DE JESUS

O batismo é uma ordenança clara de Jesus para todo aquele


que n’Ele crê:
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-
as em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus
28.19).

SELO DA FÉ

O batismo deve ser visto como um selo da justiça que vem pela
fé, e evidentemente deve seguir a fé, como determinam as
palavras finais de Jesus que se encontram registradas no
evangelho de Marcos:

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a


toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem,
porém, não crer será condenado” (Mc 16.15,16).

Esta é a razão porque não batizamos e nem tampouco


validamos o batismo de crianças; é necessário crer primeiro e
então se batizar. Obedecemos ao princípio bíblico de consagrar
os filhos ao Senhor, mas só os batizamos depois que puderem
crer e professar sua fé.

É A CIRCUNCISÃO DO CORAÇÃO
No Velho Testamento, os judeus tinham como selo de sua fé a
circuncisão; no Novo Testamento a circuncisão foi suprimida,
sendo vista simbolicamente no batismo:

“Nele também fostes circuncidados, não por intermédio de


mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a
circuncisão de Cristo; tendo sido sepultados juntamente com
ele no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados pela fé
no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos”
(Colossenses 2.11,12).
Hoje, esta circuncisão acontece no coração (Rm 2.28,29), e
Paulo a relaciona com o batismo.

O BATISMO NÃO SALVA, MAS ACOMPANHA A


SALVAÇÃO.
O batismo não salva ninguém. Jesus disse que quem crer (e for
batizado por crer) será salvo e quem não crer será condenado;
note que ele não disse “quem não for batizado será
condenado”, mas sim “quem não crer”.

O batismo segue a fé que nos leva à salvação, mas ele em si


não é um meio de salvação. Que o diga aquele ladrão que foi
crucificado com Cristo e a quem Jesus disse que estaria com ele
ainda aquele dia no paraíso (Lc 23.39 a 43); ele somente creu
e nem pôde ser batizado, mas não deixou de ser salvo por isto.
O batismo, portanto, não salva, mas nem por isso deixa de ser
importante e necessário; aquele ladrão não tinha condições de
passar pelo batismo, mas alguém que crê deve obedecer à
ordenança de Cristo e ser batizado, caso contrário estará em
deliberada desobediência a Deus, o que poderá impedir-lhe de
entrar para a vida eterna.

Podemos dizer que o batismo é parte do processo de salvação,


mas não que ele em si salve; o apóstolo Pedro escreveu o
seguinte acerca do batismo:

“não sendo a remoção da imundícia da carne, mas a indagação


de uma boa consciência para com Deus, por meio de Jesus
Cristo” (1 Pe 3.21).

É UMA IDENTIFICAÇÃO COM CRISTO

O batismo tem um significado; além de ser um testemunho


público da nossa fé em Jesus, ele fala algo. Na verdade é o
meio através do qual externamos que tipo de fé temos
depositado em Jesus Cristo.

Quando falamos sobre a fé em Jesus, não nos referimos a crer


que Ele EXISTE; é mais do que isto! A maioria das pessoas
creem que Jesus existe, mas não entendem o que Ele FEZ. São
duas coisas completamente diferentes; o que nos salva da
perdição eterna e da condenação dos pecados é a obra de
Cristo na cruz em nosso lugar. Ao morrer na cruz, o Senhor
Jesus não morreu porque mereceu morrer; pelo contrário,
como justo e inocente, Ele nos substituiu, sofrendo o que nós
deveríamos sofrer a fim de que recebêssemos a salvação de
Deus.

Há dois elementos básicos na fé que nos salva: identificação e


apropriação. É importante entender cada um deles dentro do
simbolismo do batismo.

Identificação é o aspecto da fé que nos faz ver que Jesus


assumiu a nossa posição de pecado, para que assumíssemos a
posição de justiça d’Ele (2 Co 5.21). A Bíblia declara o seguinte:

“Porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com


Cristo, em Deus” (Cl 3.3).

Quando Deus nos olha, ou Ele nos vê sozinhos em nossos


pecados, ou nos vê através de Jesus Cristo, que já pagou por
eles.

A fé nos coloca com Jesus na cruz, crucificados com Ele;


coloca-nos no túmulo, sepultados com Ele; coloca-nos ainda
nos céus, à direita de Deus, ressuscitados com Cristo! É quando
nos vemos n’Ele, entendendo o sacrifício vicário do Filho de
Deus, que passamos a ter direito ao que Cristo fez; esta é a
hora do segundo passo: apropriação.

Apropriação é o aspecto da fé que torna meu aquilo que já vi


realizado em Jesus. É quando entendemos que não somos
salvos pelas obras, mas sim pela graça, mediante a fé e nos
apropriamos disto. Paulo escreveu a Timóteo e lhe disse:

“toma posse da vida eterna” (1 Tm 6.12).

O batismo é o nosso testemunho da identificação com Cristo;


ele revela não apenas que eu tenho fé, mas que tipo de fé eu
tenho. Veja o que as Escrituras dizem:

“Ou, porventura, ignorais que todos os que fomos batizados em


Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte? Fomos, pois,
sepultados com ele na morte pelo batismo, para que, como
Cristo foi ressuscitado dentre os mortos para a glória do Pai,
assim também andemos nós em novidade de vida” (Romanos
6.3,4).

Quando imergimos alguém na água, estamos simbolicamente


declarando que esta pessoa foi sepultada com Jesus, e ao
levantarmos esta pessoa das águas, estamos reconhecendo
que ela já ressuscitou com Cristo para viver uma nova vida.
Portanto, o batismo é onde reconhecemos que tipo de fé
temos; uma fé que se identifica com Cristo e sua obra realizada
na cruz.

QUEM PODE SE BATIZAR?


Para quem é o batismo? A explicação anterior responde esta
indagação: para todo aquele que se identifica pela fé com o
sacrifício de Cristo na cruz. Depois de ter reconhecido por fé a
obra de Cristo, quando a pessoa passa a estar apta para o
batismo? Quanto tempo ela tem que ter de vida cristã para
poder se batizar?

A Bíblia responde com clareza estas questões. Em Atos 8.30 a


39, lemos acerca do primeiro batismo cristão apresentado em
maiores detalhes na Bíblia. Neste texto, temos um modelo para
a forma de batismo, e ali vemos que já na evangelização o
batismo era ensinado aos novos convertidos, o que nos faz
saber que ninguém deve demorar em se batizar após ter feito
sua decisão de servir a Jesus.

Além disso, vemos também qual é o critério para que alguém


se batize; quando o etíope pergunta: “Eis aqui água, que
impede que eu seja batizado?” a resposta de Felipe vem
trazendo luz sobre o requisito básico para o batismo: “É lícito,
se crês de todo coração” (At 8.36,37).

Quando a pessoa foi esclarecida sobre a obra (e não só a


pessoa) redentora de Jesus Cristo, e crê de todo o coração
(sem dúvida acerca disto), ela está pronta para ser batizada.

QUANDO SE BATIZA O NOVO CONVERTIDO?


Não há data estabelecida, somente os critérios que o recém-
convertido deve apresentar. No caso de Filipe e o etíope, foi
bem rápido!

COMO SE BATIZA?
A palavra “baptismos” no grego significa: “imergir; mergulhar;
colocar para dentro de”. No curso da história, por várias razões,
apareceram outras formas de batismo, como aspersão e
ablução (banho); entretanto, como o batismo é uma
identificação com Cristo em sua morte e ressurreição, e é
exatamente isto que a imersão significa, não praticamos outras
formas de batismo.

Quando Felipe batizou o etíope, eles pararam em um lugar


onde havia água. A Bíblia diz que ambos entraram na água (At
8.38,39). Certamente aquele eunuco viajava abastecido com
água potável; se fosse o caso de praticarem a aspersão havia
água suficiente naquela carruagem para isto, mas batizar é
imergir! Não foi à toa que João Batista se utilizou do rio Jordão
para batizar. Depois, mudou o local de batismo para Enom,
perto de Salim, e razão para isto é descrita pelo apóstolo João
em seu evangelho: “porque havia ali muitas águas” (Jo 3.23).

Não há lugar específico para o batismo. Em nosso templo


temos um batistério, mas também batizamos em rios, piscinas,
e onde houver água suficiente para a imersão…

Além da água, é necessário alguém que ministre o batismo ao


novo-convertido, uma vez que não existe auto-batismo na
Bíblia. E quem pode batizar? Quem tem autoridade para isto?
Só o pastor? Não! A ordenança de Jesus é clara:

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-


as em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19).

Jesus mandou fazer discípulos e depois batizá-los. A ordem já


subentende que quem faz o discípulo tem autoridade para
batizá-lo. Felipe era apenas um diácono, fazendo o trabalho de
evangelista; não era o pastor de igreja nenhuma, e batizou!

Paulo disse aos coríntios que não havia batizado quase ninguém
entre eles; entendemos que mesmo se tratando de seus filhos
na fé, ele provavelmente tenha passado esta tarefa a outros
cooperadores, que não eram pastores.

Em nossa igreja, os pastores conduzem o batismo por uma


questão de ordem, mas não porque só pastores possam
batizar. Assim como os pastores pregam e isto não quer dizer
que só eles possam pregar, assim também é com o batismo.
Num batismo eles podem chamar o líder de célula ou o
discipulador da pessoa para batizar o novo convertido.

Para muitas igrejas, as palavras de Mateus 28.19 (“em nome


do Pai, do Filho, e do Espírito Santo”) são a fórmula a ser
seguida no batismo. Vemos nisto um princípio espiritual,
mostrando a Trindade envolvida no batismo, mas a forma como
os apóstolos obedeceram esta ordem nos dá a entender que
eles não viram nas palavras de Jesus uma fórmula a ser
repetida. Por quatro vezes, vemos referências claras ao nome
usado no batismo cristão nas páginas de Atos dos Apóstolos:

“Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de


Jesus Cristo, para a remissão dos vossos pecados, e recebereis
o dom do Espírito Santo”. (Atos 2.38)

“Porquanto não havia ainda descido sobre nenhum deles, mas


somente haviam sido batizado em nome do Senhor Jesus”.
(Atos 8.16)

“E ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo.


Então lhe pediram que permanecesse com eles alguns dias”.
(Atos 10.38)

“Eles, tendo ouvindo isto, foram batizados em o nome do


Senhor Jesus”. (Atos 19.5)

Quando Jesus citou o Pai, Filho, e Espírito Santo no batismo, o


fez dizendo que em nome deles se deveria praticar o batismo, e
não repetindo sua frase. “Pai” não é nome, é um título que
indica uma posição; “Filho” também não é nome, é um título
que indica uma posição. Qual é o nome a qual Jesus estava se
referindo e que representa a Trindade na terra? É o Seu próprio
nome!

Alguns alegam que batizar só em nome de Jesus é negar a


Trindade, mas para os apóstolos era sinônimo de obediência à
comissão de Cristo. Veja bem, quando expulsamos demônios,
fazemos isto em nome de Jesus (Mc 16.17), mas não quer dizer
que o Pai e o Espírito Santo tenham ficado de fora, pois Jesus
disse que expulsava demônios pelo dedo de Deus (Lc 11.20) e
também pelo Espírito Santo (Mt. 12.28).

Quando uma pessoa é salva, é salva pelo nome de Jesus (At


4.12), mas não quer dizer que o Pai e o Espírito Santo não
estejam envolvidos nisto. Da mesma forma, quando impomos
as mãos nos enfermos (Mc 16.18), fazemos isto em nome de
Jesus. Quando oramos, fazemos isto em nome de Jesus (Jo
16.23,24).

O NOME DE JESUS representa a trindade na terra; por trás dele


estão o Pai, Filho e Espírito Santo. Quando batizamos “em
nome de Jesus”, estamos batizando no nome que representa a
Trindade.

Por causa da triunidade de Deus (um só Deus em três


pessoas), subentende-se uma “implicitude” da Trindade no
nome de Jesus. Daí, a ser “unicista” (Deus em uma só pessoa)
há muita diferença! (Luciano Subirá)

O batismo nos 4 evangelhos:


Nos quatro Evangelhos está claro que o Espírito Santo veio
sobre Jesus no seu batismo nas águas para capacitá-lo a fazer
a obra de Deus.

Os quatro escritores reconheceram que Jesus foi ungido por


Deus para cumprir sua missão de trazer salvação ao mundo.

Essas ideias são a chave para o entendimento do batismo de


Jesus nas águas.

Naquela ocasião no início de seu ministério, Deus ungiu Jesus


com o Espírito Santo para ser o mediador entre Deus e o seu
povo.

No seu batismo nas águas Jesus foi identificado como aquele


que carregaria os pecados das pessoas.

Jesus foi batizado para se identificar com o povo pecador.

Da mesma forma, nós somos batizados para nos identificarmos


com o ato de obediência de Jesus.

É bom deixar claro uma coisa, o batismo nas águas não salva
ninguém, mas o salvo se batiza. Ou seja, apenas o ato de se
batizar nas águas não tornará uma pessoa salva.
Porém, uma vez salva, a pessoa reconhece a justiça de Deus e
seu mandamento, e aí escolhe ser batizada.

Para ser ainda mais claro, não adianta se batizar nas águas se
não se converte verdadeiramente de coração.

Porque devemos todos os dias estar renunciando nossas


vontades.

Charles Spurgeon disse uma frase muito interessante, veja:

“Portanto, sigamos seu exemplo fazendo uma pública confissão


do nosso comprometimento com a vontade de Deus. E
seguimos cumprindo todos os dias com a justiça de Deus”.

Como Igreja, estaremos à disposição para que você trilhe esse


caminho e também auxilie outros neste percurso.

Está em nossas mãos a decisão: “ou MERGULHA na NOVA VIDA


em Cristo Jesus ou continue a viver longe do Plano de Deus pra
você e veja onde isto vai dar!”.

Parabéns meus irmão por ter dado ouvidos ao chamado do


Senhor Jesus em sua vida. Obrigada por decidir-se por Cristo.
Que o Senhor a ti fortaleça, sustente, dê sabedoria, firme a tua
caminhada, seja teu amigo, teu confidente, teu consolador,
professor. Que o Amado Espírito Santo seja presença
inseparável em tua jornada. Ela é longa, cansativa, mas ao final
receberemos a vitoria. Veremos o Amado de nossas almas face
a face e com Ele viveremos na eternidade a qual fomos feitos
para habitar.

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