1) O documento descreve as crenças e práticas fundamentais do hinduísmo, incluindo a crença em Brahma como a realidade última e a tríade divina de Brahma, Vishnu e Shiva.
2) Também aborda o sistema de castas hindus e como ele determina o status social de acordo com a parte do corpo de onde cada pessoa nasceu.
3) Explora algumas das principais diferenças entre o hinduísmo e o cristianismo, como suas visões de Deus - impessoal vs. pessoal - e a
1) O documento descreve as crenças e práticas fundamentais do hinduísmo, incluindo a crença em Brahma como a realidade última e a tríade divina de Brahma, Vishnu e Shiva.
2) Também aborda o sistema de castas hindus e como ele determina o status social de acordo com a parte do corpo de onde cada pessoa nasceu.
3) Explora algumas das principais diferenças entre o hinduísmo e o cristianismo, como suas visões de Deus - impessoal vs. pessoal - e a
1) O documento descreve as crenças e práticas fundamentais do hinduísmo, incluindo a crença em Brahma como a realidade última e a tríade divina de Brahma, Vishnu e Shiva.
2) Também aborda o sistema de castas hindus e como ele determina o status social de acordo com a parte do corpo de onde cada pessoa nasceu.
3) Explora algumas das principais diferenças entre o hinduísmo e o cristianismo, como suas visões de Deus - impessoal vs. pessoal - e a
<Evidencias> no programa anterior mostramos os diferentes tipos de crença em Deus
que existem no mundo tanto dentro quanto fora do contexto judaico cristão aque estamos acostumados, vamos conhecer algumas religiões que existem no mundo e que abraçam alguma das crenças que apresentamos semana passada e se você não assistiu ao programa poderá ver no nosso canal do youtube .. <mudar de câmera> vamos começar pela mais intrigante de todas, o Hinduísmo <imagem 1 > O hinduísmo é uma das mais complexas e antigas formas de religião do mundo. Assim como o cristianismo, ele também é subdividido em muitas ramificações com muitos comportamentos litúrgicos no mínimo curiosos. <imagem 2 > Como é o caso dos saddus, isto é, homens santos que renunciam ao mundo e vagueiam em busca de sabedoria. Devotos de Shiva muitos deles costumam andar semi-nus ou com sáris, têm os cabelos emaranhados e vivem de esmolas. <imagem 3 > este por exemplo é um swami, um santo elevado, que afirma estar há 20 anos com o braço erguido sem nunca abaixá-lo como forma como forma de austeridade a fim destruir todos os desejos que se interpusessem no caminho entre ele e a divindade. <volta para mim> O hinduísmo é a terceira maior religião do mundo que em 2015 ultrapassara 1 bilhão de seguidores perfazendo 15% da população mundial <GC> Fundação: sua origem se deu na índia por volta de 1500 a.C. Livros Sagrados: Os Vedas, os Brahmanas, Upanichades, o Mahabharata e o Bagavadgita. <volta par mim> Estes são os mais conhecidos, mas há muitos outros. <mudar de camera > sendo uma religião nacional, só pode ser hindu quem nasce hindu. Portanto, o hinduísmo existe na índia, onde estão a maioria dos fiéis e nalgumas regiões como na Indonésia, Paquistão, antigo Ceilão, antiga Birmânia, Malásia, Moçambique e África do Sul. <mjudar de camera> é claro que com a migração de indianos para países como estados Unidos, França, Canadá e Alemanha, populações de hindus começam aos poucos a se firmar também nestes territórios. <mudar de câmera> antes de falar da doutrina mais ou menos geral do hinduísmo é bom esclarecer o seguinte: como já dissemos existem muitos segmentos hindus, de modo que o nome hinduísmo é tão genérico ou pluralista como o nome Cristianismo que também é uma coleção de centenas de religiões ditas “cristas”. Pois bem, a diferença, no entanto, é que o hinduísmo não se caracteriza por uma teologia dogmática que em tese classificaria o que é ortodoxo e o que é herético no ensinamento Hindu. Eles são mais preocupados com práticas litúrgicas e rituais do que com doutrina certa ou errada. <mudar de câmera> Contudo, é possível apontar pelo menos três religiões originadas no hinduísmo que pelo seu desenvolvimento posterior já não se identificam mais como religiões hindus, seriam elas <GC> o Budismo, o jainismo e o movimento hare Krishna <volta para mim> – este último para alguns não seria uma religião propriamente dita, mas uma filosofia de vida que certos autores identificam com o hinduísmo outros como um movimento de características próprias já não identificado com o adjetivo “Hindu”. Mais à frente, no próximo programa, falaremos sobre esses três segmentos. <mudar de câmera> Bem, de um modo geral, lembrando que o hindu se preocupa mais com o rito do que com o credo, a crença fundamental do Hinduísmo é a da existência de um espírito universal chamado Brahma, <imagem 4> Ele é a realidade última para o hindu e embora seja difícil definir seu significado, pois o mesmo mudou ao longo dos séculos, pode-se dizer que Brahma é a alma do mundo. <volta para mim> A enigmática pessoa de Brahma é também chamada de Trimurti, o Deus trino e uno, <imagem 5> ele tem esse nome porque acredita-se que ele era o mesmo tempo Braham, o deus que cria, Vishnu o que conserva e Shiva o que destrói. <volta para mim> Aqui é importante esclarecer, embora esse não seja o tema de nosso programa, que essa tríade divina dos hindus nada tem a ver com a trindade bíblica por mais que alguns afirmem que a primeira é a origem da segunda. Num programa futuro esclareceremos esse ponto <mudar de câmera> Por hora basta dizer que a semelhança é apenas aparente e, lembrando que o erro é uma distorção ou falsificação da verdade, não devo me surpreender de encontrar algumas semelhanças entre ambas, afinal ninguém falsifica uma nota de 200 reais, pois tal nota não existe. Só se falsifica o que é verdadeiro e o falso imita o verdadeiro, não o contrário. <mudar de câmera> No caso específico do Hinduísmo a semelhança com a trindade é aparente porque no hinduísmo temos uma energia divina (que nem sempre é entendida como um ser pessoal) e essa energia é as vezes chamada de Brahma, às vezes de Vishnu, às vezes de Shiva. É um elemento com três nomes diferentes e não três pessoas perfazendo uma trindade conforme afirma a doutrina cristã. <imagem 6 > Outro erro é a assimilação que muitos fazem entre Jesus e Krishna essa divindade longamente adorada pelos hindus <volta para mim> Dizem que Krishna também nasceu de uma virgem, no dia 25 de dezembro, que foi perseguido por um rei malvado que massacrou outras crianças salvo ele mesmo, que um dia foi levado ao templo e que os sacerdotes se admiraram de sua sabedoria. Aí e conclusão óbvia, uma vez que a história é anterior aos evangelhos, seria a de que a vida de Jesus é um plágio da lenda da Krishina <mudar de câmera> não teremos tempo para abordar esse assunto aqui, mas vamos nos limitar a dizer que as comparações são falsas e não estão baseadas em fontes realmente hindus, os livros sagrados do Hinduísmo não falam nada absolutamente nada sobre Krishna ter nascido de uma virgem, pelo contrário, o Marabaratha diz que Krishna é o oitavo filho da princisa Devaki e seu marido Vasudeva. seu nascimento se deu no 8º dia do mês de Sravana, que equivale ao nosso dia 19 de julho e não 25 de dezembro <mudar de camera> aliás, nem os evangelhos afirmam que Jesus nasceu no dia 25 de dezembro. Isso tudo não passa de lenda urbana misturada com teoria da conspiração. <mudar de câmera>. Voltando a falar do hinduísmo, alguns ramos desta religião afirmam que existem 33 milhoes de outros deuses menores e para alguns sacerdotes bramanes esses deuses seriam apenas diferentes atributos de Brahma. Até os seres humanos e animais são assim entendidos, <imagem 7> uma típica concepção hindu acredita que todos os seres vivos do planeta são gotas do grande oceano divino, a saber Brahma, como gotas nós saímos deste oceano ao nascer e voltaremos para ele depois que morrermos <volta para mim> uma curiosidade que muitos têm é sobre a santificação de certos animais na índia, especialmente a vaca. <imagem 8> Ela é considerada um animal sagrado porque os hindus crêem que em seu corpo habita um espírito especial de Brahma, além disso a vaca representa o último estágio da alma no mundo antes de se unir definitivamente à divindade. <volta para mim> Outra coisa que chama bastante a atenção é o polêmico sistema de Castas, segundo esse sistema todos os seres humanos são criados de diferentes partes do corpo de Brahma, dependendo de qual parte cada um saiu, estabelece-se em que estrato social a pessoa ficará, com quem poderá casar, que tipo de profissão poderá exercer e segundo as sagradas leis de Manu essa ordem é sagrada e ninguém pode mudar de casta por todo o transcurso de sua vida, mas os que forem bons podem ser recompensados numa reencarnação numa casta mais elevada.<mudar de câmera> Em termos de relação social, um homem de casta mais elevada não pode comer nem beber em companhia de um outro de classe inferior, suas crianças não podem brincar juntas, eles nem podem freqüentar o mesmo templo. <mudar de câmera> veja: se alguém de casta inferior quer comprar algo, o comerciante grita para que ele deixe o dinheiro num lugar específico. O lojista então vai e deixa a mercadoria, pega o dinheiro e somente depois o inferior pode recolher o que comprou. O sistema de castas funciona assim: <GC> Os brâhmanes são a classe elevada que saiu da boca de Brahma – são os sacerdotes, mestres e acadêmicos; os Chatrías são os que saíram dos ombros de Brahma, são os políticos e militares; os Vaishias saíram do ventre de Brahma, são os artesãos, comerciantes e os latifundiários e finalmente, os Shudrás, são os que saíram dos pés de Brahma e por isso são os servos ou trabalhadores em geral <volta para minm> mas há ainda uma classe tão inferior que estaria abaixo ou fora de todas as castas, são os intocáveis também chamados de Dalits <imagem 9> eles são tão rejeitados que não podem nem ao menos entrar na maioria dos templos, essa anciã trabalha quebrando pedras <imagem 10> esse homem com seu irmão tem uma profissão pior ainda, ele limpa latrinas, sem nenhuma luva ou equipamento de proteção<volta para mim> é claro que seria um exagero dizer que todos os indianos acreditam no sistema de castas, afinal estamos falando de um país gigantesco, além do mais em 1950 a constituição indiana aboliu o sistema de castas, portanto, ele não tem mais o respaldo da lei civil, mas na prática essa ainda é uma crença predominante naquela cultura. <mudar de câmera> E o que podemos dizer em relação ao cristianismo? Aqui não me refiro ao mundo do cristianismo nem à sociedade dita cristã, pois essa também está repleta de desigualdades e injustiças sociais, refiro-me aos ensinos de Jesus e do hinduismo? Quais são as principais diferenças entre os dois sistema? esse será nosso assunto depois do intervalo então não saia dai pois o evidencias volta já já <INTGERVALO> Estamos de volta com o programa evidencias hoje conhercendo um pouco mais da religião hindu. <mudar de câmera> em se tratando de sistema doutrinário, seriam essas as principais diferenças entre hinduísmo e cristianismo <mudar de câmera> vamos começar por sua ideia de DEUS – para o hinduísmo Brahma é um elemento indefinível, impessoal e filosoficamente absoluto. Para o Cristianismo Deus é um ser pessoal, infinito e criador de todas as coisas que ama a todos sem distinção. <mudar de câmera> sobre a HUMANIDADE – para os hindus, o ser humano é a manifestação do deus impessoal Brahma, para os cristãos o ser humano foi criado à imagem e semelhança de um Deus pessoal. Quanto ao PECADO – para os hindus não existe pecado contra Deus, toda a má conduta se deve à ignorância e são típicos das castas inferiores. Para os cristãos o pecado é a transgressão da lei moral de Deus é um ato de rebelião contra o altíssimo e todos, independente da casta a que pertencem pecaram e carecidos estão da glória de Deus . <mudar de câmera> sobre o MUNDO – o Hinduísmo vê o mundo material como uma ilusão, uma aparência enganosa da qual só se escapa pela renúncia absoluta de tudo o que é material. <imagem 11> muitos hjomens santos como saddus e yogues por exemplo, são estimulados não a trabalhar pelo progresso do mundo material, mas a fugir dele, ignorar a dor e as necessidades físicas. Esses homens são venerados por grande parte da população da índia. Alguns autores pensam que por isso há tanta miséria naquele que é um dos país mais populosos do mundo. <volta para mim> Para o cristianismo, o mundo material, embora maculado pelo pecado é criação direta de Deus e aguarda a redenção. Nós que aqui estamos devemos – dentro de nossas possibilidades - trabalhar por sua melhora, enquanto aguardamos a volta de Jesus. <mudar de câmera> SALVAÇÃO – para o hindu a salvação está atrelada aos três caminhos do conhecimento, da devoção a determinada divindade e da obediência ao cerimonialismo ritualístico. Para os cristãos a salvação está vinculada à aceitação da graça transformadora de Cristo Jesus <mudar de camera> Bem, esse foi um simples resumo do complexo mundo do hinduísmo. Mas eu não gostaria de terminar o programa por aqui. Reservei um pedaço de nosso tema de hoje para falar um pouquinho de nosso papel como arautos de Deus a um mundo que carece conhecer a salvação em Cristo Jesus <mudar de câmera> pois bem, se tem um negócio que, a despeito de crises, gera muitos resultados é a publicidade e propaganda. Um marketing bem feito pode dar muito lucro, mas também muito prejuízo. <imagem 12> Há vários casos de empresas que perderam grande quantia de dinheiro por causa de um comercial ou propaganda que não saiu direito. <volta para mim> Um caso, porém, não se deveu ao trabalho ruim dos publicitários, mas ao garoto-propaganda. A gafe do protagonista lhe custou patrocinadores e muito dinheiro, mais de 1 milhão de dólares em prejuízo. <imagem 13> Estou falando do nadador americano Ryan Lochte que foi pego mentindo nas Olimpíadas do Rio 2016. <volta para mim> voc~e se lembra da história, Ele inventou um assalto a mão armada, apenas para esconder do público uma noite de farra fora do alojamento. <mudar de famera> Quando estourou o escândalo, marcas parceiras, caíram fora do patrocínio. O episódio feriu a credibilidade do atleta e causou problemas para o time americano. Nenhuma marca queria mais ser vista como patrocinadora do Pinóquio das piscinas. <mudar de câmera> Das Olímpiadas para Bíblia, esta história não é muito diferente em relação ao cristianismo. O apóstolo Paulo declarou certa vez que os cristãos seriam <GC> “o bom perfume de Cristo” (2Coríntios 2:15). <volta para mim> Não creio que estou cometendo nenhum erro hermenêutico se disser que isso equivaleria hoje a dizer: “os cristãos são (ou deveriam ser) a boa propaganda de Cristo”. Mas nem sempre é assim. <mudar de câmera> Não sou perfeito, mas procuro sempre me lembrar que minha vida pode ser a única Bíblia que muitos leem fora da igreja e, dependendo da situação, isso pode não ser muito bom. Daí a responsabilidade daqueles que dizem crer em Deus. <mudar de câmera> já que falei tanto da índia e do hinduísmo, que tal comentar um pouquinho sobre <imagem 14> Mahatma Gandhi um nome que evoca o respeito e a admiração dos mais diferentes grupos ao redor do mundo. < volta para mim> Pois bem, eu Já ouvi falar, e acredito que você também, que Gandhi dizia não ser cristão por causa dos cristãos. A princípio julguei ser isso uma dessas frases fakes de Internet, como as milhares falsamente atribuídas a Clarice Lispector, Einstein, Charlie Chaplin, John Lennon e outros. Mas depois de ver que vários biógrafos de Gandhi confirmam o dito, resolvi dar mais atenção a ele e se arrepiei ao ver o contexto que o envolveu.<imagem 15> Tudo começa com o trabalho de um missionário metodista, Eli Stanley Jones, que partiu para a Índia em 1907 a fim de pregar o evangelho. <mudar de câmera> Ao chegar lá, ele se dedicou às classes mais baixas da população, incluindo os dalits — como faria posteriormente Madre Tereza de Calcutá. <mudar de câmera> Por se envolver ativamente com grupos assistenciais, ele acabou fazendo amizade com muitos líderes do movimento de libertação da Índia, dentre eles, um certo Sr. Gandhi, que ainda não havia se tornado o famoso “Mahatma”, isto é, a Grande Alma. Em várias de suas obras, é possível encontrar excertos de sua correspondência pessoal com o grande libertador da Índia. Sua franqueza ao falar do cristianismo é estarrecedora.<mudar de câmera> Mesmo sendo considerado um Billy Graham da Índia — um título, a meu ver, anacrônico —, Jones não escondeu o fato de que fora ali para pregar Jesus e saíra de lá com a sensação de que foi Gandhi quem o evangelizou, tornando-o um promotor do pacifismo. Tanto que Jones foi indicado em 1948 para o prêmio Nobel da Paz por seu trabalho de reconciliação na Ásia, África, e entre o Japão e os Estados Unidos. <mudar de câmera> Veja o que Jones escreveu sobre o amigo e líder indiano: <GC>“Deus faz uso de muitos instrumentos; e Ele pode ter recorrido ao Mahatma Gandhi para cristianizar um cristianismo não cristão” <volta para mim> Agora perceba o caos de um mal exemplo. Jones conta que uma vez Gandhi considerou se tornar cristão e chegou a frequentar uma igreja cristã, mas <GC> “a igreja era feia, irmãos sonolentos durante o sermão... naquela atmosfera fria e indiferente, [ele] foi compelido a desistir de frequentar aquela igreja... — Aquela decisão que Gandhi tomou, afetou o destino de quatrocentos milhões de pessoas na Índia”. <volta para mim> É que Jones pensava que, por causa de sua influência no país, se Gandhi houvesse se tornado seguidor de Jesus Cristo, talvez a Índia seria hoje o maior país cristão do mundo. E olha que isso é realmente é bastante provável <mudar de câmera> Um episódio, ocorrido na África do Sul, em pleno regime do Apartheid, tornou a rejeição de Gandhi pelo cristianismo ainda mais acirrada. Os detalhes que descreverei agora foram publicados na revista Christianity Today. Jones não conta todos os detalhes, mas aponta para sua historicidade: <mudar de câmera> Quando [Gandhi] era um jovem advogado... ele ficou atraído pela fé cristã, pois tinha estudado a Bíblia e os ensinamentos de Jesus. Estava explorando seriamente a possibilidade de tornar-se um cristão, quando decidiu assistir um culto em uma igreja local. Mas, assim que subiu os degraus, o ancião da igreja, um sul-africano branco, barrou seu caminho na porta. — Aonde você pensa que vai, kaffir [tratamento pejorativo dado aos negros e estrangeiros]? — Perguntou o ancião em um tom de voz beligerante. Gandhi replicou:— Eu gostaria de assistir o culto, aqui. Mas o ancião rosnou: — Não existe lugar para kaffirs nesta igreja. Fora daqui ou eu chamarei meus assistentes para atirá-lo escada a baixo. <mudar de câmera> Depois de um episódio desses, fica difícil dizer alguma coisa que amenize a situação não é mesmo? Mas, ao que parece, Gandhi embora negasse a possibilidade de se tornar um cristão, não perdeu a admiração pelos ensinos de Jesus, especialmente o Sermão da Montanha. <imagem 16> Quando ele e Jones se encontraram pela primeira vez, o missionário não hesitou em perguntar- lhe o que os cristãos poderiam fazer para que o cristianismo fosse mais naturalmente aceito na Índia e não mais identificado com uma cultura de opressão, vinda de um governo estrangeiro. <volta para mim> Veja o que Gandhi respondeu: <GC> Em primeiro lugar eu gostaria de sugerir que todos vocês pastores, missionários e cristãos vivessem mais à semelhança de Cristo. Que vocês pratiquem a vossa religião sem adulterá-la ou torcer a sua mensagem. Que vocês amem mais e enfatizem o amor, pois o amor é a mensagem central do cristianismo. Estudem mais a religião alheia e procurem por alguma coisa boa que possa existir nelas, no sentido de serem mais simpáticos com aqueles que são diferentes <volta para mim> Deixe-me contar uma história para você descrita originalmente por Kierkegaard, um grande filósofo do século 19, sobre um palhaço e seu desafio de alertar a todos sobre um incêndio que começara. <mudar de câmera> Certa vez houve um incêndio num circo ambulante na Dinamarca. O diretor mandou imediatamente o palhaço, que já se encontrava vestido e maquilado a caráter, para a vila mais próxima, para que buscasse ajuda, advertindo que existia o perigo de o fogo se espalhar pelos campos ceifados e ressequidos, com risco iminente para as casas do próprio povoado. O palhaço correu até a vila e pediu aos moradores que viessem ajudar a apagar o incêndio que estava destruindo o circo. <mudar de câmera> Mas os habitantes viram nos gritos do palhaço apenas um belo truque de publicidade que visava levá-los em grande número às apresentações do circo; aplaudiam e morriam de rir. <mudar de câmera> Diante dessa reação, o palhaço sentiu mais vontade de chorar do que de rir. Fez de tudo para convencer as pessoas de que não estava representando, de que não era um truque e sim um apelo da maior seriedade: tratava-se realmente de um incêndio. Mas a sua insistência só fazia aumentar os risos, achavam excelente a sua performance — até que o fogo alcançou de fato a vila. Aí já era tarde, e o fogo acabou destruindo não só o circo, como também o povoado. <mjdar de câmera>. O problema da estória, a meu ver, não está com a mensagem, nem com a roupa, mas com o mensageiro. Ele sempre se portou como palhaço, falou como palhaço, viveu de tirar gargalhadas das pessoas e agora que precisa falar sério, ninguém lhe dá atenção. <mudar de câmera> Assim também será comigo e com todos os que professam servir a Jesus cristo. Tomando novamente o cristianismo como estudo de caso: todas as vezes que falo de Cristo, mas não vivo como ele viveu, pareço um palhaço com uma mensagem certa. O fogo pode até ser verdadeiro e o perigo iminente, mas tudo não passará de uma grande piada. <mudar de câmera> Sei que existem os que zombam por puro amor da zombaria. São doentes emocionais que por fugirem da responsabilidade que não conseguem levar nada a sério. Contudo, isso não olvida a realidade de que minha conduta pode fazer da cruz objeto de escarnio. Citando um trecho do profeta Isaías, Paulo escreveu aos cristãos de Roma: <GC> “Como está escrito: O nome de Deus é blasfemado entre os povos, por causa de vocês” (Romanos 2:24). <volta para mim> Já pensou? Bem o programa de hoje fica por aqui mas semana que vem continuaremos explorando esse tema das religiões não cristãs e a ideia que elas apresentam de salvação e vida eterna. Então você já sabe nosso encontro está marcado aqui na semana que vem no seu programa evidencias... até la