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SUMÁRIO
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO
Enfim, são religiões que mantém certos princípios que norteiam muitas de
nossas mais basilares leis como, por exemplo, o senso de comunidade e
solidariedade, apreciação dos valores e critérios tradicionais, visão holística do
mundo e das pessoas, inclusão de todos, harmonia entre tradição e progresso
(DOMEZI, 2011).
UNIDADE 2 – RELIGIÃO
Cícero (106-46 a.C.) dizia que religião vem de relégere, voltar a ler,
recordar. Para alguns teólogos, ele queria dizer que os homens diligentes
“voltavam a ler” o que se referia ao culto aos deuses.
Karl Rahner (1904-1984), citado por Teixeira (2014), foi um dos grandes
teólogos do século XX, dedicando-se a compreender os traços dessa “experiência
transcendental” que, a seu ver, opera em todos os seres humanos, tendo também
um papel fundamental no incentivo à abertura da igreja católica-romana às
diversas tradições religiosas.
Como indicou com acerto Edênio Valle (1998 apud TEIXEIRA, 2014),
ainda que reconhecendo os inúmeros desacordos que dividem os praticantes
Para usar uma metáfora do mundo da música, esta perspectiva tem como
foco principal a atenção desperta para os que praticam a música, no caso, os
executantes da religião. E o autor justifica esta posição: “Os psicólogos da religião
que exercem sua profissão como Pareceristas sobre uma religião ou
comportamento religioso não se sentem chamados a escrever sobre religião em
geral, mas sim sobre um comportamento religioso concreto” (BELZEN, 2013, p.
326-7).
Vejamos:
mais importantes laços, uns com os outros e com a natureza, e provê a lógica
tanto ao porque destes laços serem importantes como ao o que significa estar
comprometido com eles (NEVILLE, 2005, p. 37).
Sendo uma realidade que toca o ser humano na essência de seu ser e de
sua existência, ela não pode deixar de ser analisada no âmbito acadêmico como
veremos adiante. Além disso, a religião tem uma relação toda especial com o ser
humano, bem diferente de outros fenômenos antropológicos. Ela, por exemplo,
está na raiz de muitas normas e valores da nossa sociedade; influi na
compreensão que os seres humanos têm de si mesmos e na identidade de muitos
povos e nações.
Por outro lado, a teologia não é apenas uma exigência da revelação, mas
já se encontra, potencialmente, na fé de todo o crente. A fé, como resposta à
Palavra de Deus, é também conhecimento, de acordo com as exigências próprias
de um espírito humano, historicamente condicionado. A fé busca uma
compreensão sempre mais completa da Palavra de Deus. Todo crente que reflete
sobre sua fé, em função da cultura de uma época, já é um teólogo, ao menos em
sentido amplo.
Quem nos conta essa parte da história são os doutores Packer, Tenney e
White Jr (2002), cujo livro intitulado “O mundo do Antigo Testamento” encontra-se
disponível para download em site que colocamos nas referências.
Desse modo, quando o Salmo 19:1 diz: “Os céus proclamam a glória de
Deus e o armamento anuncia as obras das suas mãos”, ele zomba das crenças
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dos egípcios e dos babilônios. Esses povos pagãos não podiam imaginar que o
Universo cumprisse um plano divino total.
Vale saber que cada sistema religioso antigo tinha um deus principal,
mais poderoso do que os restantes. Para os egípcios, este podia ser Rê (ou Rá),
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eles enxertaram a ideia de Amon em Rê, e o deus passou a ser Amen-Rê, “o rei
da eternidade e guarda dos mortos”. Os templos mais maciços da história egípcia
foram construídos em honra de Amen-Rê em Camaque. A deusa Maat era outra
ideia que se tornou deus entre os egípcios. Supunha-se que ela personificava a
verdade e a justiça e era a força cósmica da harmonia e da estabilidade.
Guarde...
4.1 Budismo
O Budismo originou-se na Índia, mas ao longo os séculos rapidamente
migrou e se expandiu por grande parte do oriente extremo, sendo uma das mais
antigas e maiores religiões do mundo. Nasceu de ensinamentos dados há
aproximadamente 2.500 anos atrás por Gautama Buda, “O Despertado” ao norte
da Índia.
4.2 Hinduísmo
O hinduísmo é a mais antiga de todas as maiores religiões do mundo.
Algumas tradições do hinduísmo remontam a mais de 3 mil anos. Ao longo dos
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4.3 Taoísmo
Tao é, ao mesmo tempo, o caminho, o caminhante e o ato de caminhar.
Filosoficamente, pode ser interpretado como o Absoluto.
4.4 Xintoísmo
Segundo apontamentos de Machado (2015), Xintoísmo é a única religião
que pode ser considerada genuinamente japonesa, tendo origens mesclando-se
com a do próprio povo japonês. Há dois milênios percebe-se sua predominância
no misticismo do país. A denominação adaptada do chinês xin-tao, que
significa “via dos deuses”, só foi aceita por volta do século XI, embora muitos
utilizem o termo kami-no-michi, com a mesma significação.
seus praticantes, é perceptível não só em seus rituais, mas nos demais aspectos
da vida, o que garante a posição de uma das grandes religiões do mundo.
Os textos mais antigos que falam do Japão estão nos livros “Kojiki” e
“Nihon Shoki”, escritos nos séculos VII e VIII. Ambos falam do xintoísmo e de
seus deuses, explicando a origem do Japão, misturando folclore, lendas e
história.
4.5 Confucionismo
O princípio básico do confucionismo é conhecido pelos chineses como
junchaio (ensinamentos dos sábios) e define a busca de um caminho superior
(Tao) como forma de viver bem e em equilíbrio entre as vontades da terra e as do
céu. Confúcio é mais um filósofo do que um pregador religioso. Suas ideias sobre
como as pessoas devem comportar-se e conduzir sua espiritualidade se fundem
aos cultos religiosos mais antigos da China, que incluem centenas de imortais,
considerados deuses, criando um sincretismo religioso. O Confucionismo foi a
doutrina oficial na China durante quase 2 mil anos, do século II até o início do
século XX. Fora da China, a maioria dos confucionistas está na Ásia,
principalmente no Japão, na Coréia do Sul e em Cingapura (SILVA, 1999).
5.1 A região
O Oriente Médio é a região conhecida por ser o berço das três maiores
religiões monoteístas, o judaísmo, o cristianismo e o islamismo (predominante por
lá nos dias atuais) e também região de intensos conflitos religiosos, políticos e
militares.
5.2 O Judaismo
O Judaísmo, historicamente a mais antiga das religiões, está relacionado,
em sua origem e segundo a Bíblia, com a revelação de Deus a Moisés e a
passagem, para suas mãos, do Decálogo ou Tábuas da Lei, documento
normativo de costumes e das relações do Homem com Deus e com seus
semelhantes. A entrega teria sido no Monte Sinai, na península do mesmo nome.
O local da entrega logo tornou-se sagrado. Foi sob essa legislação que os
hebreus edificaram seus costumes e organizaram administrativamente o território
que Deus lhes concedera – a Terra Santa (1850 a.C). Esta versão se reporta ao
tempo em que os hebreus deixaram o Egito, depois de séculos de escravidão.
5.3 O Cristianismo
O segundo monoteísmo do ponto de vista cronológico, o Cristianismo –
surge com o anúncio e confirmação da vinda do enviado de Deus, o Messias que,
para os Cristãos, é Jesus. Entretanto, para os judeus, este enviado de Deus ainda
não chegou; e para os muçulmanos, quem foi trazido à terra para falar a verdade
divina (a quem se denominaria MESSIAS), não foi Jesus, mas Maomé.
Mas não o Messias, aquele que seria o enviado de Deus e que traria a verdadeira
vontade do Todo-Poderoso (SANTOS, 2002).
5.4 O Islamismo
A religião dos Muçulmanos tem início com Maomé, um pastor da tribo
Koreichita que, segundo se conta, recebeu em sonho ou em transe, o Arcanjo
Gabriel que, de 610 (quando Maomé tinha 40 anos), até 22 anos mais adiante,
repassou a Maomé a palavra de Deus. Esta ocorrência tem certa semelhança
com a entrega das Tábuas da Lei a Moisés.
Deus havia revelado sua vontade aos Judeus e aos Cristãos pela voz de
seus Mensageiros. Mas eles desobedeceram às ordens de Deus e
dividiram-se em seitas cismáticas. O Alcorão acusa os Judeus de terem
corrompido as Escrituras, e os Cristãos, de adorarem Jesus como o filho
de Deus, quando Deus nunca teve filho e quer ser adorado com absoluta
exclusividade. Tendo assim desencaminhado, judeus e cristãos devem
ser chamados de novo para a senda da retidão, a religião verídica
fundada por Abraão e que Maomé, o último dos profetas, veio pregar
(CHALITA, s.d).
1
O Alcorão divide-se em 114 suras ou capítulos, divididos em versículos, no total de 6.236.
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“[...] Todos os homens são iguais ante Deus. O que os distingue é sua fé”.
Pelo ano 2000 a.C., deu-se a invasão dos semitas, que também se
misturaram aos africanos negros;
não soube dar ao homem a boa nova da imortalidade, trocando a mensagem pela
notícia da morte universal. Isto é: a morte é um “acidente imprevisto” nos planos
do criador, mas que este permite por fins pedagógicos (PIAZZA, 1991).
Curiosidade...
Para quem não conhece o porquê dessa relação, podemos resumir assim
a história:
ORIXÁ: Iemanjá
SANTA CATÓLICA: Nossa Senhora da Conceição
Iemanjá é a deusa dos grandes rios, mares e oceanos. Na umbanda, ela é cultuada como mãe de
muitos orixás e identificada com Nossa Senhora da Conceição, uma das manifestações católicas
da Virgem Maria, mãe de Jesus. No candomblé, ela é representada como uma negra e usa roupas
africanas.
ORIXÁ: Iansã
SANTA CATÓLICA: Santa Bárbara
Esposa de Xangô, a Iansã do candomblé e da umbanda é a deusa dos raios, dos ventos e das
tempestades. Na doutrina católica, ela corresponde à Santa Bárbara, também uma protetora
contra raios, tempestades e trovões.
ORIXÁ: Xangô
SANTO CATÓLICO: São Jerônimo e São João
Tanto para o candomblé quanto para a umbanda, Xangô é o deus do trovão e da justiça. Ele é
associado a dois santos católicos: São Jerônimo, que no final do século 4 traduziu alguns livros da
Bíblia do hebraico e do grego para o latim, ou São João, que pregava a conversão religiosa e
batizou Jesus
ORIXÁ: Ogum
SANTO CATÓLICO: Santo Antônio e São Jorge
Para a umbanda e o candomblé, Ogum é o orixá da guerra, capaz de abrir caminhos na vida. Por
isso, costuma ser identificado com Santo Antônio, o “santo casamenteiro”, ou com São Jorge,
santo guerreiro que é representado matando um dragão.
ORIXÁ: Oxalá
SANTO CATÓLICO: Jesus
Na umbanda e no candomblé, Oxalá é a divindade que criou a humanidade, por isso, ele se
equivale a Jesus, uma das manifestações do Deus triuno do catolicismo (pai, filho e espírito
santo). Além de ter modelado os primeiros seres humanos, Oxalá também inventou o pilão para
preparar inhame e é considerado o criador da cultura material.
7.2 Zoroastrismo
Sousa (2015) nos conta de maneira simples mas didática, que o
zoroastrismo é uma religião de caráter dualista, que surgiu entre os séculos 628 a
551 a.C., ainda hoje ela é praticada por algumas populações do Irã e da Índia.
Para aqueles que optavam por viver uma vida em corrupção aliada ao
espírito do mal, era reservada uma vida de tormentos que seria sofrida em uma
espécie de inferno. Na luta entre o bom e o mal, os persas seguidores desta
religião acreditavam que um salvador chegaria à Terra com a missão de acabar
com o mundo e salvar todos que seguiram fielmente os princípios do
zoroastrismo. Nesse momento, todos os mortos ressuscitariam para também
serem submetidos ao julgamento divino.
25 - Então Jesus, chamando-os para junto de si, disse: Bem sabeis que
pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e que os grandes
exercem autoridade sobre eles;
26 - Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-
se grande seja vosso serviçal;
27 - E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo;
28 - Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para
servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.
iii) Patriarcas são normalmente títulos possuídos por alguns líderes das
Igrejas Católicas Orientais sui juris. Estes patriarcas orientais, que ao todo são
seis, são eleitos pelos seus respectivos Sínodos e depois reconhecidos pelo
Papa. Mas alguns dos grandes prelados da Igreja Latina, como o Patriarca de
Lisboa e o Patriarca de Veneza, receberam também o título de Patriarca, apesar
de ser apenas honorífico e não lhes conferirem poderes adicionais.
C) Judaismo
conjunto com o corpo de obreiros e membros. Pode abrir novas igrejas, conforme
a orientação do Pastor Setorial, e/ou Pastor Presidente. Sua meta e a divulgação
do Evangelho de Jesus Cristo.
viii) Pastor Local – conduz uma única congregação, pode indicar pessoas
para a ordenação na sede do seu setor.
fundador – Dr. Hippolyte Léon Denizard Rivail, vulgo Allan Kardec (1857);
Deus – não é Pessoa; Jesus não é Deus nem teve corpo humano;
igreja – —;
igreja – membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias;
mensagem – —;
igreja – —;
salvação – —;
ressurreição de Jesus – —;
fundador – —;
igreja - —;
ressurreição de Jesus – —;
2
Declaração NOSTRA AETATE, n. 2, sobre a igreja e as religiões não-cristãs. Disponível em:
http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-
ii_decl_19651028_nostra-aetate_po.html
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REFERÊNCIAS
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primeiras comunidades cristãs. Documentos do Mundo da Bíblia 5. São Paulo:
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http://www.ics.ul.pt/publicacoes/workingpapers/wp2007/wp2007_1.pdf
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