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Sumário
Ecumenismo ................................................................................................................. 3
5.3 - S. Pedro esteve em Roma, foi o primeiro Bispo de Roma e foi martirizado em Roma
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5.4 - Vamos agora provar que S. Pedro foi o primeiro Bispo de Roma: ....................... 14
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 19
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NOSSA HISTÓRIA
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Ecumenismo
Caro aluno, nessa disciplina você irá estudar a origem e fundamentos das religiões.
Vamos conhecer algumas das mais conhecidas religiões existentes na humanidade e para
isso selecionamos um material especial com vídeos e textos para que você amplie seus
conhecimentos sobre elas e instrumentalize sua prática em sala de aula.
Boa leitura e bons estudos!
Disponível em:
http://www.ensinoreligioso.seed.pr.gov.br/arquivos/File/livro_er_19_3_2015.pdf
-acessoem28/04/2016 - Texto Sec. Paraná
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1. Estrutura socialmente as sociedades, em função de critérios religiosos: por pureza,
gêneros, classes sociais… (ex: as castas indianas estruturam-se socialmente pela
pureza ritual; no judaísmo a pureza ritual determina as diferentes classes).
Também tem uma estrutura atribuída aos diferentes papéis, aos diferentes
gêneros… (ex: no cristianismo e o Islã à mulher dá-se-lhe o papel de mãe e esposa
e ao homem dá-se-lhe um âmbito político).
As que caraterizam o que é uma religião definindo sua essência, tentando definir
o que são.
1. Para Edward Taylor, a religião é “uma crença em seres espirituais”. Mas esta
definição tem o problema real de que deixa fossem muitos elementos importantes
das religiões como as práticas, que em ocasiões são mas importantes que as
crenças. O problema irreal é que deixa fosse religiões tão importantes como
obudismo, em concreto em budismo theravada, já que nesta religião não crêem
em seres espirituais (o professor não esta de acordo com a crítica do irreal, já que
se admite aos seres sobrenaturales).
1. Emile Durkheim define a religião como “um sistema unificado de crenças e
práticas relativas às coisas sagradas, isto é, coisas postas a parte e proibidas,
crenças e práticas que unem em uma comunidade moral chamada igreja a todos
aqueles que se unem a elas”. A vantagem desta definição é que introduz as práticas
e que define a religião não só pelo que é, senão por como funciona dentro da
sociedade.
O problema é que define como objeto da religião as coisas sagradas sem que
ofereça outra definição do que são, salvo dizer que são coisas a parte e proibidas, isto é,
só existiriam coisas sagradas e profanas. Muitos antropólogos não encontram essa
separação funcionando na religião que eles estudam, isto é, em muitas religiões, não
funciona na realidade.
1. Para G. Vão der Leeuw, a religião são “as expressões de uma faculdade inata no
homem culturalmente determinada”. Esta definição afirma que os seres humanos
sempre temos a necessidade de crer em um ser supremo, mas isto exclui e os ateus.
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1.2.2 - Definições funcionalistas
Descrevem as religiões pelo que fazem dentro de uma sociedade. Afirmam que a
religião fornece identidade, dá sentido, esperança… O problema é que são muito amplas
pelo que dentro delas poderíamos introduzir fenômenos que normalmente não
poderíamos introduzir como religiosos. Por exemplo, Yinger afirma que “a religião é um
sistema de crença e pratica, por médio do qual, um grupo de gente luta com os problemas
úteis da vida humana”. As religiões cumprem estas condições, mas também há
fenômenos, como os sistemas filosóficos que se adaptam a esta definição.
2 - Religiões afroamericanas
Assista ao vídeo abaixo sugerido e leia o texto da Profa. Heidi Strecker sobre as
religiões de matriz africanas, que são componentes do cenário das religiões que atuam na
sociedade brasileira, claro, por questões históricas peculiares.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Ft2sr4YmaoE-acessoem28/04/2016 -
vídeo sobre Religiões afroamericanas
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Candomblé retratado para a Unesco, pelo artista Carybé, argentino radicado na Bahia
2.1.1 - Candomblé
2.1.2 - Umbanda
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No entanto, com a Proclamação da República, a Igreja e o Estado se separaram.
A partir daí, tornou-se um contra-senso a polícia discriminar uma religião. Além disso,
com o movimento modernista e a valorização da cultura popular, as religiões afro-
brasileiras tornaram-se objeto de interesse e estudo de intelectuais que saíram em sua
defesa.
Desse modo, a umbanda deixou de ser perseguida e foi conquistando muitos
seguidores. Para a umbanda, o universo está povoado de entidades espirituais que são
chamadas guias e se comunicam através de uma pessoa iniciada, o médium. As guias se
apresentam como pomba-gira, caboclo ou preto-velho. O caboclo é a representação do
índio brasileiro e o preto-velho representa o negro no cativeiro. Existem muitas diferenças
na maneira como a religião é praticada nos diversos templos e terreiros de umbanda e nas
diversas regiões do Brasil.
3 - Religião Budista
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cultos e divindades de outras religiões para expressar suas interpretações do budismo
através dos tempos. Por isto é comum que muitos praticantes de outras religiões também
pratiquem doutrinas do budismo. O judaísmo por exemplo não considera o Budismo em
si como uma forma de idolatria.
4 - Religião Islâmica
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=to8ZapwTVLU-acessoem28/04/2016 -
entrevista
http://www.simonsen.br/eja/arquivos-pdf/unidade_2_hist/capitulo-8-hist.pdf-
acessoem28/04/2016 - texto
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O livro sagrado do Islamismo é o alcorão (do árabe alqur´rãn, leitura), consiste na
coletânea das revelações divinas recebidas por Maomé de 610 a 632. Seus principais
ensinamentos são a onipotência de Deus e a necessidade de bondade, generosidade e
justiça nas relações entre os seres humanos.
Dentre os vários princípios do Islamismo, cinco são regras fundamentais para os
mulçumanos:
Crer em Alá, o único Deus, e em Maomé, seu profeta;
-Realizar cinco orações diárias comunitárias (sãlat);
-Ser generoso para com os pobres e dar esmolas;
-Obedecer ao jejum religioso durante o ramadã (mês anual de jejum);
- Ir em peregrinação à Meca pelo menos uma vez durante a vida (hajj).
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como fonte de ensinamentos religiosos as Sunas, livro que reúne o conjunto de tradições
recolhidas com os companheiros de Maomé.
Xiitas – alegam que a chefia do Estado muçulmano só pode ser ocupada por
alguém que seja descendente do profeta Maomé ou que possua algum vínculo de
parentesco com ele. Afirmam que o chefe da comunidade islâmica, o imã, é diretamente
inspirado por Alá, sendo, por isso, um ser infalível. Aceitam somente o Alcorão como
fonte sagrada de ensinamentos religiosos.
Alguns pontos em comum entre Xiitas e Sunitas são: a individualidade de Deus,
a crença nas revelações de Maomé e a crença na ressurreição do profeta no Dia do
Julgamento.
No Brasil, o Islamismo chegou, primeiramente, através dos escravos africanos
trazidos ao país. Posteriormente, ocorreu um grande fluxo migratório de árabes para o
território brasileiro, contribuindo para a expansão da religião. A primeira mesquita
islâmica no Brasil foi fundada em 1929, em São Paulo. Atualmente existem
aproximadamente 27,3 mil muçulmanos no Brasil.
5 - Religião católica
"E eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as
portas do inferno não prevalecerão contra ela; e eu te darei as chaves do reino dos Céus:
e tudo o que desatares sobre a terra, será desatado também nos céus." (Mt. 16, 18)
Como isso é claro e positivo! Jesus Cristo muda o nome de Simão, em pedra
(aramaico: Kephas, significa pedra e pedro, numa única palavra, como em francês Pierre
é o nome de uma pessoa e o nome do minério pedra).
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Deus fez diversas vezes tais mudanças, para que o nome exprimisse o papel
especial que deve representar a pessoa. Assim mudou o nome de Abrão em Abraão (Gn
17, 5), para exprimir que devia ser o pai de muitos povos.
Mudou ainda o nome de Jacob em Israel (Gn 32, 28) para significar a "força contra
Deus". Assim Jesus Cristo mudou o nome de Simão em Pedro, sobre a qual estará fundada
a Igreja, sendo o seu construtor o próprio Cristo.
Em todo o trecho em que Nosso Senhor confirma S. Pedro como primeiro Papa,
fica evidente que Ele se dirige, exclusivamente, a S. Pedro, sem um mínimo desvio: "Eu
te digo... Tu és Pedro... Sobre esta pedra edificarei... Eu te darei... O que desatares..."
S. Pedro é a pessoa a quem tudo é dirigido ... é ele o centro de todo este texto.
Esse ponto é muito importante, pois a interpretação truncada dos protestantes quer
admitir o absurdo de que Nosso Senhor não sabia se exprimir corretamente. Eles dizem
que Cristo queria dizer: "Simão, tu és pedra, mas não edificarei sobre ti a minha Igreja,
por que não és pedra, senão sobre mim." Ora, é uma contradição, pois Nosso Senhor
alterou o nome de Simão para "Kephas", deixando claro quem seria a "pedra" visível de
Sua Igreja.
"Eu te darei as chaves do Reino dos Céus" [a S. Pedro] - (Mt. 16, 17-19) - Primazia
de jurisdição sobre todos, pois é a ele que a sentença é dita.
O primado de S. Pedro sobre os outros fica claramente expresso quando ele: 1)
preside e dirige a escolha de Matias para o lugar de Judas (At 1,1-25); 2) É o primeiro a
anunciar o evangelho no dia de Pentecostes (At 2, 14); 3) Testemunha, diante do Sinédrio,
a mensagem de Cristo (At 10, 1); 4) Acolhe na Igreja o primeiro Pagão (At 10,1); 5) Fala
primeiro no Concílio dos Apóstolos, em Jerusalém, e decide sobre a questão da
circuncisão: "Então toda a assembléia silenciou" (At 15, 7-12), etc.
Todos os sucessores dos apóstolos atestam o primado de Pedro e dos seus
sucessores, como, por exemplo: 1) Tertuliano: "A Igreja foi construída sobre Pedro"; 2)
S. Cipriano: "Sobre um só foi construída a Igreja: Pedro"; Santo Ambrósio: "Onde há
Pedro, aí há a Igreja de Jesus Cristo".
S. Mateus enumerando os apóstolos, confirma o primado de S. Pedro: "O
primeiro, Simão, que se chama Pedro" (Mt 10, 2).
No século I, o Bispo de Roma, Clemente, escrevendo aos Coríntios, para chamar
à ordem os que injustamente tinham demitido os presbíteros, declara-lhes que serão réus
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de falta grave se não lhe obedecerem. O procedimento de Clemente de Roma tem maior
importância, se considerarmos que nessa época ainda vivia o apóstolo S. João que não
deixaria de intervir se o Bispo de Roma estivesse no mesmo plano dos outros bispos.
No princípio do sec. II, Santo Inácio escreve aos romanos que a Igreja de Roma
preside a todas as demais.
S. Irineu diz ser a Igreja Romana a "máxima" e fundada pelos apóstolos Pedro e
Paulo (Heres. 3. 3. 2). Traz mais a lista dos dirigentes da Igreja Romana desde S. Pedro
ate o Papa reinante no tempo dele, que era S. Eleuterio. Ao todo eram só doze. Eis a lista
de modo ascensional: Eleuterio; Sotero; Aniceto; Pio; Higino; Telesfor; Xisto; Alexandre;
Evaristo; Clemente; Anacleto; Lino; Pedro. (veja que S. Irineu deve ter vivido no entre o
ano 100 e 200 DC). S. Jerônimo escrevendo a S. Dâmaso, Papa, diz: "Eu me estreito a
Vossa Santidade que equivale a Cátedra de Pedro. E esta a pedra sobre a qual Jesus
Cristo fundou a sua Igreja. Seguro em vossa cátedra eu sigo a Jesus Cristo". Fala nisto
direta ou indiretamente diversos santos e cristãos dos primeiros séculos, formando a mais
universal das tradições, a mais firme convicção histórica. Só para citar alguns: S.
Epifanio, Osório Pedro de Alexandria, Dionísio de Corinto, S. João Crisóstomo, Papias,
etc.
Nosso Senhor: "Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu com instância para vos
joeirar como trigo; mas eu roguei por ti, para que não desfaleça a tua fé; e tu, uma vez
convertido, confirma os teus irmãos" (Luc. 22, 31-32). Ou seja, é S. Pedro que tem a
missão, dada pelo próprio messias, de 'confirmar' seus irmãos. Essa missão supõe,
evidentemente, o primado de jurisdição.
S. Pedro é nomeado pastor das ovelhas de Cristo. Após a Ressurreição, Nosso
Senhor confia a Pedro a guarda de seu rebanho, isto é, confia-lhe o cuidado de toda a
cristandade, dos cordeiros e das ovelhas: "Apascenta os meus cordeiros", repete-lhe duas
vezes; e à terceira: "apascenta as minhas ovelhas" (Jo. 21, 15-17). Ora, conforme o uso
corrente das línguas orientais, a palavra apascentar significa "governar". Apascentar os
cordeiros e as ovelhas é, portanto, governar com autoridade soberana a Igreja de Cristo;
é ser o chefe supremo; é ter o primado. Além do que a imagem de "pastor" designa, na
Sagrada Escritura, o Messias e sua obra (cf. Mq 2,13; 4,6s; Sf 3,18s, Jr 23,3; 31,19; Is
30,11; 49,9s). Ora, confiando a S. Pedro a missão de pastor, Nosso Senhor o constituiu
seu representante visível na Terra.
No catálogo dos apóstolos (Mt 10, 2-4; Mc 3, 16-19; Lc 6, 13-16; At 1, 13), S.
Pedro sempre é colocado em primeiro lugar. Em Mt. 10, 2 lê-se explicitamente que Pedro
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é o primeiro ("Prótos"). Ora, "prótos" tanto quer dizer o primeiro numericamente como
o primeiro em dignidade e honra (v. Mt 20, 27; Mc 12, 28,31; At 13, 50; 28,17).
Em Mt. 17, 24-27, curiosamente, Nosso Senhor mandou pagar o tributo ao templo
em nome Dele e de S. Pedro, demonstrando a importância daquele que seria o seu
representante visível. Ele não manda que se pague em nome dos outros apóstolos, apenas
de S. Pedro.
5.3 - S. Pedro esteve em Roma, foi o primeiro Bispo de Roma e foi martirizado em
Roma
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Santo Inácio (+ 107), Bispo de Antioquia, que conviveu longos anos com os
apóstolos. Condenado por Trajano, fez viagem para Roma, onde foi supliciado, tendo
escrito antes uma carta aos Romanos onde diz: "Tudo isso eu não vos ordeno como Pedro
e Paulo; eles eram apóstolos, e eu sou um condenado" (ad Rom., c IV).
Clemente Romano (+101), 3o sucessor de S. Pedro, conheceu-o pessoalmente em
Roma. É, por isso, autoridade de valor excepcional. Eis o que escreve: "Ponhamos diante
dos olhos os bons apóstolos Pedro e Paulo. Pedro que, pelo ódio iníquo, sofreu; e depois
do martírio, foi-se para a mansão da glória. A estes santos varões, que ensinavam a
santidade, associou-se grande multidão de eleitos, que, supliciados pelo ódio, foram
entre nós de ótimo exemplo".
Note que só estão citados autores do início do cristianismo, para que não fique
dúvida acerca da idoneidade dos testemunhos, que poderiam ser objeto de dúvida dos
protestantes... É bom revelar que nenhum protestante imparcial teve a ousadia de
contestar esses historiadores.
É, portanto, um fato certo que S. Pedro esteve em Roma e foi ali martirizado sob
o reinado de Nero. Nenhum historiador, até os protestantes, isto é, durante 1500 anos, o
contesta; ao contrário: para todos eles é um fato notório e público.
5.4 - Vamos agora provar que S. Pedro foi o primeiro Bispo de Roma:
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5.5 - A Sucessão Apostólica
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mundo"; devia ter dito que estaria apenas com S. Pedro até o fim de sua vida. Dessa forma,
cumpre-se o que manda a Bíblia: "Um só senhor, uma só fé, um só batismo" (Ef. 4, 5)
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=QFd1D0ESj_8-acessoem28/04/2016 – vídeo
da Pra. Ângela Valadão
http://files.comunidades.net/cclogos/livroebookareligiaoevangelica..J.C._Rylepd
f.pdf-acessoem28/04/2016 - texto
6 - Religião Evangélica
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Visando explicar a razão desse fenômeno, no capítulo seguinte, Weber apresenta
sua definição de "Espírito do capitalismo". É aqui que ele define seu objeto de pesquisa,
considerado por ele uma "individualidade histórica". Evitando dar definições abstratas,
ele escolhe como exemplo desta forma de comportamento as máximas de Benjamin
Franklin: tempo é dinheiro, crédito é dinheiro, dinheiro é fértil por natureza, o bom
pagador sempre terá crédito, as mínimas ações afetam o crédito, etc. Nestas regras ele vê
a manifestação de um certo espírito moral ou ethos: a ideia da profissão como dever e da
necessidade de se dedicar ao trabalho produtivo como fim em si mesmo. Essa forma de
encarar diferenciava-se claramente do tradicionalismo econômico, pois aqui o indivíduo
apena se dedicava ao trabalho enquanto algo necessário, mas não como um valor
intrínseco, um fim em si mesmo. O tradicionalismo foi o grande inimigo do espírito do
capitalismo. Ao final do capítulo Weber distingue claramente entre a "forma" e "espírito"
do capitalismo, afirmando que vai tratar apenas do primeiro desses elementos. Ele
também negou qualquer tipo de ligação necessária (ou não histórica) entre a forma do
capitalismo e o seu espírito.
Isso o leva às raízes religiosas dessa forma de ação e à análise do "Conceito de
vocação em Lutero". Analisando a tradução que Lutero fez da Bíblia e do termo
"profissão" ou "vocação" (em alemão Beruf) ele diz estar aí presente uma ideia nova: a
de uma missão dada por Deus. Lutero teve um papel fundamental na origem do espírito
do capitalismo ao levar a ascese dos monges para a prática cotidiana. Dessa forma ele
confere um valor religioso ao trabalho. O senso de dever e disciplina que o monge pratica
fora do mundo (ascese extramundana) passou a ser exigida de todo e qualquer leigo
cristão dentro do mundo (ascese intramundana). Mas, em Lutero o tipo de profissão
exercido pelo indivíduo ainda era concebido de forma tradicionalista. Não era objetivo de
Lutero dar sustentação ideológica ao capitalismo nascente, pois a influência de suas teses
é concebida por Weber como uma consequência não premeditada por ele. Não obstante,
Weber quer averiguar qual a "afinidade eletiva" entre a moral protestante e a conduta
capitalista.
Na segunda parte do livro "Os fundamentos religiosos da ascese
intramundana" ele analisa os principais ramos do protestantismo posterior a Lutero
também chamado de "protestantismo ascético" ou "puritanismo". De um lado estão as
seitas que aceitam a tese da predestinação (segundo a doutrina de João Calvino, Deus
escolhe quem será salvo, independente dos méritos e conhecimentos dos indivíduos),
como é o caso do calvinismo pedoietismo. Um segundo portador importante do
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puritanismo são os grupos anabatistas que apregoam a necessidade de separar puros e
impuros e, por isso, rebatizar todos os cristãos adultos. Em ambos os casos o indivíduo
tinha que provar sua qualificação religiosa com base no trabalho árduo, sério, honesto e
disciplinado.
As consequências econômico-sociais de todo esse processo são analisadas no
último capítulo chamado de "Ascese e capitalismo". Neste capítulo Weber demonstra
como essas crenças religiosas modificaram a visão religiosa que se tinha da riqueza. Ela
nunca poderia ser um fim em si mesma, mas agora ela era considerada como uma
comprovação da honestidade e idoneidade religiosa do indivíduo. Nunca a riqueza tinha
sido vista de forma tão positiva. A partir dessa crença a dedicação ao esporte, as artes e
outras atividade era considerada uma falha com a principal obrigação da vida: trabalhar.
A religião protestante contribuiu assim para formar o moderno homem de negócios e
mesmo o trabalhador dos tempos atuais: "ela fez a cama para o homem econômico
moderno" (p.158). O espírito profissional dos tempos modernos tem sua raiz na moral
religiosa puritana. Em outros termos, apesar de atualmente estar apagada, a motivação
religiosa está por detrás do impulso aquisitivo que está na base da conduta capitalista.
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REFERÊNCIAS
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