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História das religiões
SUMÁRIO
CONCEITO E CARACTERÍSTICAS..................................................................................... 7
ÁFRICA ................................................................................................................................... 19
AMÉRICA ................................................................................................................................ 22
OCEANIA ................................................................................................................................ 26
ÁSIA ......................................................................................................................................... 28
TAOÍSMO................................................................................................................................ 30
CONFUCIONISMO................................................................................................................ 31
HINDUISMO ........................................................................................................................... 32
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EUROPA ................................................................................................................................. 34
REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 41
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OBS: algumas religiões não estão mais limitadas a sua região de origem; outras
já não têm mais tanta significação na região onde se originaram.
Conceito e Características
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O mantra sagrado
SÍMBOLOS
"OM" ou "AUM" Hindu.
A Roda do DHARMA budista, ou "Roda
Representa o "Som"
da Vida".
primordial.
O Tei-Gi do Taoísmo.
Simbolizando a
A estrela de Davi. Um dos símbolos do
interdependência dos
Judaísmo e do Estado de Israel.
princípios universais Yin
e Yang.
A cruz do
A Lua e Estrela Muçulmana, oriunda de
Cristianismo.
um dos mais antigos Estados a adotar o
Encruzilhada entre o
Islã.
material e o espiritual.
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d) igrejas, templos, terreiros, mesquitas etc, que são lugares a que os fiéis
comparecem para realizar os seus atos de celebração religiosa;
e) um corpo de pessoas que cuidam das funções religiosas. Em certas
religiões, de acordo com suas concepções, há pessoas consideradas intermediárias
entre os fiéis e a(s) divindade(s) (padres, pastores, rabinos, pais-de-santo etc). Em
outras religiões, com concepções distintas, não se considera necessário tais
intermediários.
Apesar de suas diferenças, há algo comum a todas as religiões: elas se
baseiam na fé, palavra que vem do grego pí-stis, ideia de confiança, fidúcia, firme
persuasão, uma convicção em uma verdade, mesmo sem nehuma evidência física.
Por outro lado, há pessoas que não têm religião, têm dúvidas sobre a
religiosidade ou praticam uma religiosidade baseada em outros princípios e não na fé.
Para ficar mais claro, seguem alguns conceitos:
Deísmo: crença num deus cujo conhecimento é feito pela razão e não pela fé
e revelação.
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sociais, sociedades diferentes, ou seja, a convivência com o Outro, nem sempre foi
pacífica.
A intolerância se expressa diante de várias diversidades: de gênero, de etnia,
de geração, de orientação sexual, de padrão físico-estético, e, também, de religião.
A intolerância religiosa pode causar espanto, mas muitos e muitos conflitos e
guerras violentas foram e ainda são travados em nome de uma determinada crença
religiosa ou de outra.
Este é um problema extremamente complexo porque tais confrontos,
costumeiramente, não carregam motivações exclusivamente religiosas, mas a estas
se somam razões de ordem econômica, social, política, cultual, variáveis a cada
experiência histórica. Os exemplos de conflitos religiosos são numerosíssimos: entre
judeus e cristãos, entre cristãos e islâmicos, as milhares de mortes produzidas pela
Inquisição (da Igreja Católicas) contra os considerados hereges, as guerras entre
católicos e protestantes em decorrência da Reforma e da Contra- Reforma, nos
séculos XVI-XVII; a imposição do cristianismo ou do catolicismo sobre os indígenas
da América e os negros importados da África como escravos. Hoje, alguns desses
grandes conflitos ainda perduram, como aquele entre islâmicos e cristãos ou entre
católicos e protestantes, na Irlanda do Norte. Mas a intolerância religiosa também se
expressa em pequenos conflitos cotidianos, quando se desqualifica pessoas por não
pensarem religiosamente do mesmo modo de quem as desqualifica; ou quando se
destrói templos e símbolos de religiões que se consideram adversárias; ainda, quando
alguém arroga para a sua crença o estatuto de religião e qualifica a crença alheia
como seita.
Diante da intolerância religiosa, o filósofo francês Voltaire, dizia no século XVIII:
“É verdade que esses horrores absurdos não mancham todos os dias a face da terra;
mas foram frequentes, e com eles facilmente se faria um volume bem mais grosso do
que os Evangelhos que os reprovam”. (VOLTAIRE, 1993: 127)
Se as várias concepções de divindade (s) estão vinculadas a algo grandioso,
como a criação do Universo e da vida; se, através da religião, as pessoas realizam
uma busca espiritual e uma harmonia interior, como podem elas, em nome de
Deus(es), discriminar outras pessoas, ofendê-las, agredi-las, e até matá-las? Porque
tais pessoas não pensam igual? Por que não têm as mesmas concepções religiosas?
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“TÍTULO I
Dos Princípios Fundamentais
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de
Direito e tem como fundamentos:
................
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
..................
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações
internacionais pelos seguintes princípios:
...............
II - prevalência dos direitos humanos;
..............
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
...................
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TÍTULO VIII
Da Ordem Social
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A RELIGIÃO NA PRÉ-HISTÓRIA
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A longa viagem...
Os grupos humanos empreitaram longas viagens em busca de sobreviverem
as intempéries da jornada da vida, que naquele tempo eram muito mais cheias de
mistérios a desbravar. O frio da Era do gelo, somados a escassez de alimento e o
perigo constante da morte, tornava a vida recheada de desafios a vencer. É assim que
aos poucos nossos antepassados vão criando a cultura.
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ÁFRICA
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criou Shu (ar) Tefnut (umidade), esse casal produz Geb (terra) e Nut (céu). Por sua
vez, os últimos dão origem a Osíris e Ísis e a Set e Néftis. Segue este mito o de Osíris,
na qual o mesmo reinava de modo justo, com sua irmã-esposa sobre o Egito. Seu
irmão Set enciumado o matou, mas Ísis logo fez uma múmia do seu marido, e com
seus poderes mágicos, devolveu a vida a Osíris. Com o qual teve um filho, Hórus.
Este se tornou rei do Egito, e os faraós o sucederam. Osíris tornou-se rei dos mortos,
todos que morrem passam pelo seu tribunal.
Esse povo era obcecado pela vida eterna e pela perpetuação da alma. As
tumbas são mais importantes que as casas mais suntuosas e é impensável
economizar em detrimento dos sacerdotes funerários. É perceptível isso nas tão
conhecidas pirâmides que eram os túmulos dos faraós. Quanto mais rico fosse o
egípcio mais complexo seria o funeral.
Os sacerdotes e sacerdotisas realizavam diariamente cultos nos diversos
templos espalhados pelo Egito. Preparavam as oferendas, em boa parte alimentos,
como também flores e incenso, e entoavam cânticos. Encantamentos são
encontrados para diversas finalidades, como amor e saúde, mas, também utilizavam
nos ritos funerários.
AMÉRICA
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salientamos que não encontramos uma religião indígena, e sim várias religiões
indígenas.
Nessas religiões indígenas, uma figura destacada e de traços comuns é o pajé.
Ele pode chegar a ser um emblema da tribo. O Pajé voa aos céus, desce as
profundezas subterrâneas, transforma-se em animais, se expressa em línguas
incompreensíveis, vê almas de mortos, causam e curam doenças e males, entre
outros.
Delineado esse traço comum das religiões indígenas, agora devemos
compreender que religião e vida social, nesses povos não têm distinção, pois para os
índios são os mitos que contêm a verdadeira história do mundo. Os mitos não são
fantasia ou ficção, e sim a explicação do universo: a origem do cosmos, da
humanidade, da sexualidade, dos astros, da caça, da agricultura, das mulheres, da
arte e da música, de tudo que é possível conceber. Cerimônias, festas, rezas, cantos,
proibições, regras de comportamento – tudo aquilo que faz parte do que costumamos
chamar de religião – têm como chão um corpo mítico, inerente ao cotidiano, sem nítida
distinção entre o sagrado e o profano, familiar para todos, embora os pajés detenham
um conhecimento mais profundo e a prerrogativa das viagens místicas. (MINDLIN,
2009, p.203).
Em termos de criação, entre diversos mitos indígenas os criadores do universo
costumam ser um par de companheiros ou irmãos, identificados frequentemente com
a lua e o sol. Como também têm uma Criadora de Tudo. Ainda, se Tupã era, para
muitos grupos, a suprema divindade, outros adoravam um estranho taumaturgo de
singulares poderes, conhecido de norte a sul, conforme a região, pelos nomes de
Sumé, Tumé ou Zumé e que geralmente, era descrito
como um homem de pele clara e longas barbas, que a
exemplo dos deuses mexicanos Kukulkan e
Quetzalcoatl e, ainda, do deus peruano Viracocha, partiu
um dia, prometendo que voltaria para restaurar o
primado da razão e da não violência.
O caminho para o mundo dos mortos geralmente
é descrito como tortuoso e cheio de monstros. E n o
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mundo dos vivos, estes convivem com seres fantasmagóricos, que podem ser
enganados.
As religiões dos indígenas são ricas em Ritos de Passagens. Infelizmente hoje
em dia, o trabalho proselitista de missionários evangélicos e católicos, tem destruído
suas religiões, e em muitas tribos seus ritos estão sendo esquecidos, quando não
sincretizados. Por isso precisa-se o quanto antes de mais e mais pesquisas sobre
essas tão belas e importantes religiões, que fazem parte de nossa história.
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Os astecas eram um povo dominado, até que guiados pelo guerreiro cósmico
Huitzilopochtli à procura da Terra Prometida, alojam-se por volta de 1325 d.C, no lago
Texcoco no vale do México, onde fundaram a cidade de Tenochtitlán, e formaram u m
grandioso império.
Assim como os maias, os astecas
também tinham uma cosmologia e calendário
bastante elaborados. E acreditavam que os
sacrifícios humanos eram necessários para que
o Sol mantivesse seu curso e a Quinta Idade do
Sol perdurasse. De acordo com seus cálculos, a
quinta era, terminará em 2027.
No princípio do cosmos havia Ometeotl. De modo mesoamericano ele tinha u m
aspecto feminino e masculino. Dele nasceram os deuses principais, Huitzilopochtli,
Quetzalcoatl e Tezcatlipoca. A Deusa principal é Coatlicue, chamada pelos frades
cristãos de “mãe dos deuses, coração da terra”, segundo um dos mitos de origem dos
astecas ela é mãe de Huitzilopochtl.
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A RELIGIÃO DO INCAS
OCEANIA
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Dois conceitos muito conhecidos das religiões oceânicas são o de mana e tabu.
Mana é uma espécie de propriedade conferida pelos deuses a pessoas, lugares e
coisas. Na sociedade está associado à posição social e a realizações espetaculares.
Tabu está estreitamente vinculado a mana e significa influência divina, sobretudo em
seus efeitos negativos, que tornam certos lugares, certas pessoas e certos objetos
inabordáveis ou perigosos.
A unidade religiosa oceânica é apenas aproximativa, mas a ideia de que a
maioria dos deuses são ancestrais que habitam outro mundo e visitam
frequentemente os vivos é muito difundida na região. O deus celeste criador é
inacessível, mas suas façanhas são contadas pelos mitos. A multidão de deuses tem
influência decisiva sobre os assuntos humanos. Sua vontade pode ser conhecida pela
adivinhação, que exige conh ecimentos especiais, ou pela possessão de espíritos. A
morte é seguida de cerimônias especiais longuíssimas.
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ÁSIA
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fonte e principio de fertilidade, mas também guerreiro, tal como sua irmã e esposa
Anat é, ao mesmo tempo, deusa do amor e da guerra. Um dos mitos de combate pelo
trono entre Baal e Yamm, um monstro marinho, lembra evidentemente, a derrota do
monstro marinho Tiamat, vencido pelo deus mesopotâmico Marduk, segundo a quarta
tábua da Gênese babilônica, Enuma Elish, assim como a vitória de Javé sobre o mar
em certos Salmos e em Jó 26, 12-13.
TAOÍSMO
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CONFUCIONISMO
Confúcio ou Kung-fu-Tzu (551 a.C. – 479 a.C) foi uma espécie de filósofo e
educador, que ensinou um código social de comportamento rígido e completo,
baseado nos costumes, que buscava manter a harmonia na sociedade. A virtude era
dever de todos, e em especial dos governantes. Ele ensinou a “regra de prata” do “não
faça aos outros o que você não quer que façam a você”. Confúcio não especulou
sobre a metafísica, mas considerou o ritual importante, sendo um meio de codificar
valores.
RELIGIÃO DO JAPÃO/XINTOISMO
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Por volta de 2.500 a.C, uma civilização se estendeu muito além do vale do Indo.
Era uma civilização urbana razoavelmente adiantada, ao mesmo tempo mercantil e
“teocrática”. Foram escavadas duas cidades, provavelmente as capitais do “império”
da civilização harapiana. Sua tecnologia é considerada como igual à do Egito e
Mesopotâmia, mas carece de imaginação. O que indica que os Harapa não se
concentravam nas coisas desse mundo.
Eles faziam culto a uma deusa-mãe, e a um grande deus, esse parece ser um
protótipo de Xiva - uma figura itifálica sentada numa postura “iogue” e rodeada de
animais ferozes. Dedicavam sacrifícios também a diferentes espíritos de árvores. Nas
escavações também encontraram o “Grande Bath” que lembra as “piscinas” dos
templos hindus de nossos dias. Por volta de 1700 a.C, essa civilização entrou em
decadência e deram lugar as investidas dos povos indo-europeus.
HINDUISMO
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Por volta de 550 a.C, seguindo a linha filosófica dos Upanixades, surgem dois
reformadores radicais na Índia. Sidartha Gautama, que cria o BUDISMO e Mahavira,
que cria o JAINISMO. Bem posteriormente, em 1499, na região da Índia, hoje
denominada Paquistão, um Guru chamado Nanak, cria o SIQUISMO. Que é uma
tentativa de conciliar o hinduísmo e o islamismo.
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tradição, ele era sacerdote e aos 30 anos teve uma visão. Suas ideias entraram em
conflito com a religião tradicional. Sua doutrina oferecia iniciação e salvação para
todos, independente de classe social, contanto que levassem um vida justa e honrada.
Combinou monoteísmo e dualismo numa síntese original. Ahura Mazda, o Senhor
Supremo, tem dois filhos gêmeos, Spenta Mainyu (espírito benfazejo) e Angra
Mainyu (espírito negador) que devem escolher entre a ordem da verdade (asha) e a
mentira (drug). O homem tem o livre arbítrio para escolher seu caminho. Existem sete
intermediários para o espírito benfazejo, que são os Amesha Spentas (imortais
benfazejos) tais como “Bom pensamento”, “Verdade perfeita” etc. Existem também os
devas (aqui considerados demônios) que escolhem o drug. Segundo sua escolha o
homem irá para o paraíso, inferno, ou Misvan Gatu (lugar dos misturados). Três dias
depois da morte do corpo, o espírito passa por um tribunal, em seguida para um dos
três lugares mencionados. No entanto, ainda haverá o julgamento final, e enfim a
ressurreição e imortalidade dos corpos dos bons.
Os cultos são realizados sempre na presença de um fogo sagrado (símbolo de
pureza), mantido nos Templos do Fogo. Algumas características dos rituais são a
purificação da mente e do corpo e a luta contra Angra Mainyu. E a obrigação de cinco
orações diárias individuais, iniciada com a limpeza do rosto, mão e pés.
EUROPA
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Antes de se tornar o grande império romano, Roma era apenas uma, entre as
diversas cidades da península itálica. Indo-europeus de origem, os romanos eram
circundados por diversas etnias como os sabinos e etruscos. Logo tiveram enorme
influência da religião etrusca, que por sua vez, entre os séculos VIII e VII, se
helenizaram. Roma tomou de empréstimo características de diversas religiões,
inclusive fez isso também, por meio da evocativo, que consiste no pronunciamento
feito na cidade inimiga, para convidar os deuses a abandoná-la e dirigir-se a Roma,
onde receberia honra maiores. No entanto, a religião romana só podia ser praticada
por um cidadão romano, e tinha suas próprias características.
Para os romanos qualquer anomalia, implicava um retorno ao caos, ou seja,
uma crise nas relações entre os deuses e os homens. Dessa forma, eles davam
importância apreciável às técnicas divinatórias, e desenvolveram entidades regentes
de vários aspectos da vida, e ritos para apaziguá-los. Existia o culto público,
subordinado ao estado, e o culto privado ou doméstico, destinado aos antepassados.
A princípio os deuses romanos iniciavam com o deus-padroeiro dos “começos”
Jano, seguido da tríade Júpiter, Marte, e Quirino, e no fim, Vesta, protetora da cidade.
A influência etrusca mudou a tríade para Júpiter, Juno e Minerva. No século V, Roma
assimila divindades gregas, como Hermes-Mercúrio, Apolo-Febo, Afrodite-Vênus,
Ártemis-Diana. E em 205-204 a.C, introduz a primeira divindade asiática Cíbele, a
Grande Mãe de Pessinonte. Em 186 a.C, o culto de Dionísio, em Roma denominado
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AS RELIGIÕES HOJE
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REFERÊNCIAS
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Ciência da religião
SUMÁRIO
CIÊNCIA ...................................................................................................................................... 2
DEFINIÇÕES E CONCEITOS DE RELIGIÃO ....................................................................... 3
O QUE É RELIGIÃO?................................................................................................................ 4
FILOSOFIA.................................................................................................................................. 6
UM BREVE PANORÂMICO HISTÓRICO .............................................................................. 8
UMA NOVA METAFÍSICA! ....................................................................................................... 9
RELIGIÃO E CIÊNCIA............................................................................................................ 10
O PRIMEIRO PERÍODO ........................................................................................................ 11
O SEGUNDO PERÍODO........................................................................................................ 12
O TERCEIRO PERÍODO ....................................................................................................... 12
O QUARTO PERÍODO........................................................................................................... 13
O QUINTO PERÍODO ............................................................................................................ 14
AS RELAÇÕES ENTRE AS DISCIPLINAS ........................................................................ 16
A CIÊNCIA CRISTÃ................................................................................................................ 18
O SAGRADO, O MITO E O PROFANO .............................................................................. 19
RITOS DE PASSAGEM ......................................................................................................... 21
A RELIGIÃO É UM FENÔMENO HUMANO....................................................................... 22
DIVISÃO DAS RELIGIÕES ................................................................................................... 23
MONOTEÍSMO ........................................................................................................................ 26
POLITEÍSMO ........................................................................................................................... 26
PANTEÍSMO ............................................................................................................................ 27
ANIMISMO E CRENÇA NOS ESPÍRITOS ......................................................................... 27
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 33
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Ciência da religião
CIÊNCIA
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O QUE É RELIGIÃO?
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Religião e Filosofia
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Pascal dizia que Deus é sensível ao coração, não à razão. Assim, entendia
Pascal que seria possível reconhecer Deus não pelo intelecto, e sim pelo coração. O
ateísmo que encontramos em Nietzsche e Sartre, por exemplo, nega a existência de
Deus. Para Sartre, filósofo existencialista francês, Deus não tinha existência real. Em
O ser e o Nada Sartre diz: “toda realidade humana é uma paixão... o homem se perde
enquanto homem para fazer nascer Deus... o homem é uma paixão inútil”. “O homem
nada mais é do que aquilo que faz de si mesmo: é esse o primeiro princípio do
existencialismo. É também a isso que chamamos de subjetividade... o homem será
apenas o que ele projetou ser.… o homem é totalmente responsável por sua
existência... o homem só existe à medida que se realiza; não é nada além do conjunto
de seus atos, nada mais que sua vida... ainda que Deus existisse, nada mudaria; eis
nosso ponto de vista. ” (SALDANHA, 2009).
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Ciência da religião
dos deuses marcou o início de um diálogo, que por vezes transformou -se em guerra
acirrada, entre a fé e a razão! Desde a antiguidade o pêndulo do pensamento
filosófico, ora destaca a religiosidade (teísmo) ora o secularismo (ateísmo), em cada
era ele reflete a caminhada do homem na busca pelo conhecimento de si mesmo e
do mundo em que vive, e incluído nessa caminhada é a busca do homem para um
Deus, qualquer que seja seu nome.
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Ciência da religião
Hegel faz uma afirmação sobre a relação entre a Filosofia e a Religião capaz
de fazer os filósofos modernos virarem em seus túmulos, ele chega a declarar que a
filosofia e a teologia são a mesma coisa, ele considera a filosofia como “teologia
racional” – “Deus é o princípio de todas as coisas e o fim de todas as coisas; (tudo)
inicia em Deus e retorna para Deus. Deus é um e o único objeto da filosofia [...] Assim,
filosofia e teologia”. O desenvolvimento do conceito da aproximação da filosofia e
teologia é encontrado no pensamento do Heidegger. De acordo com Heidegger
(1999), a filosofia e a religião em comum com as artes, buscam por caminhos
diferentes “as causas últimas”, ou seja, tem a mesma finalidade.
A filosofia, como a arte e a religião, é afazer humano-além humano de primeira
e última importância. [...] a filosofia situa-se necessariamente no esplendor da beleza
e no liminar do sagrado (HEIDEGGER, 1999).
Na primeira etapa de sua vida profissional, principalmente no livro “Ser e
Tempo” Heidegger aparenta ateísmo, no segundo período o conceito é outro.
(SANTOS, 2004).
Se a leitura de Ser e Tempo possibilitava uma interpretação de Heidegger como
um ateu, ou como indiferente à questão de Deus, neste segundo período as suas
obras possibilitam outra interpretação. Nesses textos, parece ser possível afirmar que
Heidegger não nega a existência de Deus, nem tampouco lhe é indiferente
(HEIDEGGER, 1999, p.2).
Heidegger de fato entende que o pensamento filosófico desde Platão nada mais é de
que uma onto-teo-logia a busca pelo Deus, o fundamento de todas as coisas, seja
esse Deus o primeiro motor imóvel de Aristóteles, a causa sui do Kant ou até os
humanistas em cujo pensamento o ser humano toma o lugar de Deus. O pensamento
heideggiano afasta da filosofia o Deus cristão que dominava a filosofia na Idade
Medieval e moral cristã que permeavam o pensamento filosófico da modernidade,
mesmo nas obras de filósofos que negavam e propõe um retorno à busca pelo “ser”
(SANTOS, 2004).
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Religião e Ciência
Não que Religião e Ciência tenham que ser inimigas naturais, mas todas as
Vezes que ambas tratam das mesmas coisas, os conflitos são inevitáveis. O
Criacionismo é um dos melhores exemplos (VALÉRIO, 2001).
Os Criacionistas alegam que a Teoria da Evolução é um embuste, uma fraude
com o objetivo de anular a Bíblia como fonte Única de Verdade Suprema. Dizem que
há uma conspiração secular que predomina no meio científico, com raízes
provavelmente no Iluminismo e Positivismo, se não uma manobra ardilosa do próprio
Satanás.
Muitos denunciam que a Evolução ao abalar a autoridade do Livro Sagrado,
abre caminho para uma sociedade sem “Deus”, que segundo eles só pode conduzir à
autodestruição e infelicidade, pois só a crença numa criatura onipotente, vigilante e
vingativa poderia manter uma sociedade em ordem (VALÉRIO, 2001).
Afirmam que a verdadeira Ciência é a que afirma a glória de Jeová e confirma
os ensinamentos da Bíblia. Alguns até acusam o Evolucionismo de Pseudo Ciência,
e de que não passa de uma Torre de Babel de falácias e mentiras com objetivo de
disseminar uma filosofia ou religião humanista e ateia.
Em síntese, acusam a Ciência de tudo o que eles próprios são também
apropriadamente acusados por alguns de seus adversários: Pseudo Cientistas sem
compromisso com a verdade e sim com crenças de uma religião ultrapassada e
danosa a toda a história da civilização (Uma crítica comum entre alguns Anti-
Criacionistas) (VALÉRIO, 2001).
Entretanto não cabe aqui esticar mais essa difusão de opiniões pessoais a
respeito. Cada um pode acusar ao outro das mesmas coisas. Afinal o que é pior?
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Ciência da religião
O PRIMEIRO PERÍODO
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Ciência da religião
O SEGUNDO PERÍODO
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Ciência da religião
O QUARTO PERÍODO
Em menos de 400 anos, o ocidente progrediu muito mais do que nos 1000 anos
de Idade Média, em parte resgatando o conhecimento antigo do SEGUNDO
PERÍODO.
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Ciência da religião
O QUINTO PERÍODO
Esquematizando:
aproximadas)
“200mil”aC -
600 aC
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Ciência da religião
Creio que esteja evidente a relação inversa entre Religião e Ciência, pelo
menos entre as religiões tradicionais. Os períodos de maior influência religiosa são os
de menor desenvolvimento científico.
De fato, pode haver convivência harmônica entre religião e ciência, mas com
toda a certeza o Cristianismo foi a que mais travou o desenvolvimento científico,
diferente do Budismo e do Hinduísmo, e mais ainda que o Islamismo.
Espiritismo Kardecista, Taoísmo, Neo Panteísmo e diversos outros tipos de
religiões novas ou antigas renovadas praticamente não entram em choque com a
Ciência. É quase unicamente o Fundamentalismo Cristão que briga contra a
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Ciência da religião
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A CIÊNCIA CRISTÃ
Até mesmo sábios como Linneu (I707 -1778) sofriam de certa miopia
religiosa. Linneu achava que as espécies eram fixas e não poderiam ser diferentes
hoje do que foram antes do dilúvio. Por isso, ao classificar as plantas, ele acreditou
ter descoberto o plano de Deus para a criação. Só muito mais tarde - quando teve de
revisar parte da sua obra - percebeu o erro e mudou de ideia
(CHIAVENA 2002).
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Até mesmo sábios como Linneu (I707 -1778) sofriam de certa miopia
religiosa. Linneu achava que as espécies eram fixas e não poderiam ser diferentes
hoje do que foram antes do dilúvio. Por isso, ao classificar as plantas, ele acreditou
ter descoberto o plano de Deus para a criação. Só muito mais tarde - quando teve de
revisar parte da sua obra - percebeu o erro e mudou de ideia
(CHIAVENATO,
2002).
As relações entre a medicina e a religião sempre foram tensas. Não há muita
diferença entre o reverendo Edward Masseys do século XVIII, e os Testemunhas de
Jeová atuais. O reverendo Massey, em 1772, fez campanha contra a vacina
antivariólica. Em um sermão que ele mandou imprimir – A prática, perigosa e
pecaminosa da vacina - afirmava que a doença de Jó era a varíola, e que tinha sido
transmitida pelo demônio. Segundo o reverendo Massey, as doenças são enviadas
pela Providência, Divina para castigar e testar os homens, é a tentativa de impedi- Ias
é uma operação diabólica.
Em 1798 sacerdotes protestantes criaram uma Sociedade contra a, Vacinação,
em Boston. Eles denunciaram a vacina contra a varíola como um “desafio aos
céus, até à vontade de Deus”, Afirmaram que á lei de Deus proíbe sua pratica. Hoje
são conhecidos os casos em que as Testemunhas de Jeová impedem a transfusão
de sangue, mesmo quando a vida de crianças está em jogo (CHIAVENATO,
2002).
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RITOS DE PASSAGEM
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Monoteísmo
Politeísmo
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Era comum as pessoas venerarem o deus que ocupava o mesmo lugar que
elas na escala social.
Geralmente o deus supremo é o deus do céu. Isso não implica que ele habite
o céu, mas que se revele no firmamento e nos fenômenos associados à abóbada
celeste.
Em muitas religiões o deus do céu faz par com uma divindade feminina. A
imagem do casal Céu e Mãe Terra é de fácil compreensão para uma sociedade
agrária. A terra é fértil e dá o alimento ao homem, mas só depois de receber sol e
chuva do céu.
Panteísmo
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ATEÍSMO: Embora ainda comuns nos templos são também frequentes fora destes.
Desenvolvem-se técnicas de concentração, meditação e purificação mais específicas,
baseadas antes de tudo no controle dos impulsos e emoções.
NeoPANTEÍSMO:
Em geral baseados no uso de "energias" da natureza. Não mais têm influência nos
processos civis, sendo restritos a curas, proteção contra ameaças físicas e
extrafísicas.
EXEMPLOS
OCIDENTAL ORIENTAL
Visão da história Visão linear da história, isto é, aVisão cíclica da história, isto é, a
história tem um começo e um f im; o história se repete num ciclo eterno e
mundo f oi criado num certo ponto e o mundo dura
um dia irá terminar. de eternidade em eternidade.
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Conceito de deus Deus é o criador; Ele é todo O divino está presente em tudo. Ele
poderoso e é único. O monoteísmo é se manif esta em
tipicamente ocidental. muitas divindades (politeísmo), ou
como uma f orça impessoal que
permeia tudo e a todos (panteísmo).
Noção de humanidade Há um abismo entre Deus e o serO homem pode alcançar a união
humano, entre o criador e a criatura. com o divino mediante a iluminação
O grande pecado é o homem desejar súbita e o conhecimento.
se transformar em Deus em vez de
se sujeitar à vontade de Deus.
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REFERÊNCIAS
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