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O que é o conceito de religião?

Religião é também um conjunto de princípios, crenças e práticas de doutrinas


religiosas, baseadas em livros sagrados, que unem seus seguidores numa
mesma comunidade moral, chamada Igreja.

Qual a origem da religião?

A religião surgiu em algum momento entre os períodos Paleolítico e Neolítico,


assim que os primeiros grupos humanos tornaram-se sedentários. As primeiras
manifestações religiosas relacionavam-se com os fenômenos da natureza, ou
seja, os fenômenos naturais eram entendidos como uma manifestação divina.

Religião é uma palavra de origem latina (religio) e pode significar rigidez,


releitura, reeleger e/ou religar.

Assim, a religião seria aquilo que nos religa ao sagrado.

Resumo
Desde os tempos mais primitivos, os primeiros seres humanos sentiram
necessidade de explicar fenômenos naturais como a chuva, vento, eclipses, etc.

Da mesma forma, queriam entender os acontecimentos como o nascimento e a


morte.

É esta necessidade de explicação que vai gerar a busca por um mundo


metafísico, ou seja: além da física, além daquilo que posso ver e tocar.

Assim, como um fenômeno inerente à cultura humana, as religiões se


configuram como conjunto de sistemas culturais e crenças.

Possuem conteúdo Metafísico, nos quais se busca relacionar a humanidade com


o mundo espiritual.
De toda forma, esta é uma definição ocidental. Isso porque não existe uma
palavra equivalente na cultura oriental (no hinduísmo e budismo, Dharma é o
conceito mais aproximado).

História

Símbolos de diferentes religiões


De modo geral, as religiões possuem seus credos similares conforme a
proximidade geográfica.

Os gregos e os romanos foram os primeiros a sistematizar reflexões religiosas.

Nos primeiros séculos do cristianismo, novas reflexões teológicas surgiram e se


desenvolveram a fim de conciliar a filosofia grega ao cristianismo.

Durante a Idade Média, predominava a Filosofia Escolástica quando


o Teocentrismo será valorizado. Será durante o Renascimento que este modelo
começará a ser questionado.

Vale destacar também o advento da expansão europeia pelos continentes levou


a religião ocidental pelo mundo.

Contudo, também travou contato com culturas e religiões muito distintas


daquelas conhecidas até então.
Atualmente, nos países da Europa, há certo declínio da religião, sobretudo
cristã.

Por outro lado, o Cristianismo cresce nos Estados Unidos, na América Latina e
na África.

O Islamismo se expande pelo sudeste asiático e Europa; e o Hinduísmo,


Budismo e Xintoísmo ainda são a maioria no Extremo Oriente.

Importante destacar também o Protestantismo, em sua vertente pentecostal,


que vem crescendo na América Latina.

Por fim, enquanto componente fundamental da cultura humana, a Religião foi


motivo de inúmeras guerras.

Além disso, estruturou sociedades e definiu o conhecimento científico, filosófico


e artístico durante muitos séculos.

Veja também: O que é Conhecimento Filosófico?


Sistemas Religiosos
As religiões possuem em comum alguns aspectos como:

 caráter público,
 hierarquias clericais,
 reuniões regulares,
 estabelecimento de limites entre o sacro e profano,
 a sacralização de determinados locais, veneração de divindades,
 escrituras sagradas ou tradição oral,
 sacrifícios, festas, serviços funerários e matrimoniais,
 meditação, arte, calendários religiosos e
 um sistema de crenças no sobrenatural, geralmente explicando a vida após a
morte ou a origem do Universo.

A palavra “seita”, designa o segmento minoritário nas religiões, enquanto


“heresia” é todo conteúdo contrário a estrutura teórica da religião dominante.

Veja também: Tipos de Conhecimento


Tipos de Religião
Da esquerda para direita: um padre católico, um rabino, um muçulmano, um
hare-khrisna, uma mãe-de-santo, um índio e um pastor protestante

 Panteístas: as mais primitivas manifestações religiosas, não possuem livros


sagrados, divinizam elementos naturais como o vento, a água, o fogo, os
animais, dentre outros.
 Politeístas: “substituem” as panteístas quando os elementos divinos são
personificados e humanizados, havendo uma equivalência entre deidades
femininas e masculinas nos cultos.
 Ateístas: negam a existência de um ser central e supremo (o qual, para elas,
seria o Vazio ou um Não-Ser). Não creem em deuses personificados, mas
acreditam em forças invisíveis, como fenômenos da natureza inexplicáveis.
Deste modo, prega-se a interdependência harmônica do Universo, equilibrado
por meio do Tao ou encontrado no Nirvana. São exemplos, o Budismo, na
Índia e na China, o Taoísmo e o Confucionismo.
 Monoteístas: são as religiões mais recentes e populares (cerca de 50% da
população mundial), possuem Livro Sagrado no qual está presente a verdade
da Revelação Divina, onde se estabelece a divindade soberana e eliminam-se
adorações independentes. É curiosa a escassez de representações do Deus
supremo, enquanto as entidades menores (como os anjos) são muito
retratadas. Outro detalhe é que o Deus único (Hebreu, Cristão e Islâmico) são
masculinos e absorveram os elementos femininos como a bondade.

No Brasil
No Brasil, a maioria das pessoas pratica alguma religião.

A religião predominante é o cristianismo com 86,8%. Destes 64,6% se declaram


católicos e 22%, evangélicos.

Os espíritas correspondem a 2% da população brasileira.


Apesar de muito populares, as religiões de matriz africana como candomblé e
umbanda sempre aparecem com percentuais muito baixos nos censos.

Isto se deve à perseguição histórica a que estas crenças estiveram submetidas


fazendo com que seus praticantes tivessem que esconder sua identidade.

Igualmente, as pessoas que se dizem espiritualistas alcançou a cifra de 4,4%.


São pessoas que não tem uma religião específica, mas creem em diferentes
manifestações metafísicas.

Outra religião que tem crescido no Brasil é o Islamismo, seja pela chegada de
imigrantes como dos próprios brasileiros que estão descobrindo esta doutrina.

Ateísmo
Normalmente, as pessoas que não tem uma religião específica são chamadas de
"ateus".

Esta seria uma definição imprecisa porque a palavra designa aqueles que não
acreditam de Deus. Assim: Theos - deus e "a" seria a negação.

Igualmente, existem aqueles que se declaram "agnósticos". Gnose -


conhecimento. Portanto, agnose seria a negação do conhecimento. Se Deus
existe, não se sabe e é indiferente.

Outra vertente surgiu com o Cientificismo, o socialismo e o anarquismo. Todos


esses movimentos negavam a existência de Deus e queriam destruir a religião
como instituição. Marx afirma que a religião é o "ópio do povo", no sentido que
ela o deixava anestesiado e sem iniciativa para lutar contra as injustiças sociais.
Resumo
A religião desempenha um papel considerável em muitas sociedades ao redor
do mundo e isso é especialmente verdadeiro na Nigéria. Muitos dos grupos
religiosos do país estão unidos por sua crítica ao fracasso do governo federal e
estadual da Nigéria em fornecer assistência social aos cidadãos. Assim, como a
boa governança continua a ser ausente para maioria dos nigerianos e em face
da fraqueza do Estado nigeriano e da ineficiência de suas instituições para
proporcionar o bem humano aos seus cidadãos, as organizações religiosas
agora fornecem uma gama de serviços sociais através dos seus numerosos
membros em todo o país. Como os ricos nigerianos doam e quais são as suas
motivações? O tradicional gesto filantrópico africano (comunalismo) está
desaparecendo na Nigéria? Este ensaio está, portanto, preocupado,
principalmente, com a intervenção de organizações religiosas no atendimento
das necessidades espirituais e físicas de muitos cidadãos nigerianos -
desiludidos e frustrados em consequência do fracasso do governo. Ele examina
como a religião se tornou um santuário de esperança e refúgio diante de
desafios socioeconômicos assustadores e como, ironicamente, essa patética
condição humana está sendo explorada por alguns líderes religiosos. Também
investiga o estado de filantropia cada vez menor dos indivíduos e entidades
corporativas do país dentro do contexto do comunalismo africano.
REFEÊNCIAS
Juliana Bezerra
Bacharelada e Licenciada em História, pela PUC-RJ. Especialista em Relações Internacionais, pelo
Unilasalle-RJ. Mestre em História da América Latina e União Europeia pela Universidade de
Alcalá, Espanha.

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