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Retirar da religião que foi sorteada para você as seguintes informações e escrever no caderno: (passar no
quadro)

 Nome da religião:
 Número de praticantes dessa religião:
 Quando essa religião surgiu:
 Onde essa religião surgiu:
 Principais países onde essa religião predomina:
 Breve resumo sobre essa religião (ver na tirinha pequena):
 Local sagrado dessa religião (ver na imagem da folha grande):
 Livro sagrado dessa religião:
 Líder religioso dessa religião:
 Principais características dessa religião (só as partes em negrito, não precisa copiar o significado):
1. Cristianismo:
o Número de praticantes: cerca de 2,3 bilhões.
o Países principais: Estados Unidos, Brasil, México, Rússia, Filipinas.
2. Islamismo:
o Número de praticantes: cerca de 1,9 bilhão.
o Países principais: Indonésia, Paquistão, Índia, Bangladesh, Nigéria.
3. Hinduísmo:
o Número de praticantes: cerca de 1,2 bilhão.
o Países principais: Índia, Nepal, Bangladesh, Indonésia, Paquistão.
4. Budismo:
o Número de praticantes: cerca de 520 milhões.
o Países principais: China, Tailândia, Japão, Mianmar, Sri Lanka.
5. Sikhismo:
o Número de praticantes: cerca de 30 milhões.
o Países principais: Índia, Reino Unido, Canadá, Estados Unidos, Austrália.
6. Judaísmo:
o Número de praticantes: cerca de 14 milhões.
o Países principais: Israel, Estados Unidos, Canadá, França, Reino Unido.
7. Espiritismo:
o Número de praticantes: cerca de 13,8 milhões.
o Países principais: Índia, Nepal, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido.
8. Bahaísmo:
o Número de praticantes: cerca de 7 milhões.
o Países principais: Índia, Irã, Estados Unidos, Vietnã, Alemanha.
9. Xintoísmo:
o Número de praticantes: cerca de 4 milhões.
o Países principais: Japão.
10. Zoroastrismo:
o Número de praticantes: cerca de 200 mil.
o Países principais: Irã, Índia, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido.
Resumo sobre as 10 maiores religiões do mundo

 O cristianismo é uma religião abraâmica monoteísta que se baseia nos ensinamentos de Jesus Cristo,
centrados na Bíblia, e tem diversas denominações, como catolicismo e protestantismo.

 O islamismo é uma fé monoteísta fundada nos ensinamentos do profeta Maomé, conforme revelados
no Alcorão, e os muçulmanos seguem os Cinco Pilares do Islã como base de sua prática religiosa.

 O hinduísmo é uma tradição religiosa diversificada, sem um fundador específico, caracterizada por
crenças em karma, dharma e moksha, e a adoração a diversas divindades, como Brahma, Vishnu e
Shiva.

 O budismo, originado dos ensinamentos de Siddhartha Gautama (Buda), propõe o Nobre Caminho
Óctuplo para alcançar a iluminação e superar o sofrimento, destacando a compaixão e o desapego.

 O sikhismo é uma religião monoteísta que surgiu na Índia, promovendo a igualdade, a honestidade e
a devoção a um Deus único, e os sikhs seguem os ensinamentos dos gurus sikhs.

 O judaísmo é uma fé abraâmica centrada nos ensinamentos da Torá, abrangendo a história do povo
judeu e suas tradições culturais, éticas e religiosas.

 O espiritismo, originado no século XIX, envolve a comunicação com espíritos, reencarnação e a


busca pela evolução espiritual, sendo notável por médiuns e práticas de caridade.

 Também chamado de Fé Bahá’í, o bahaísmo é uma religião monoteísta que enfatiza a unidade da
humanidade, promovendo paz, justiça social e a revelação de mensageiros divinos, como
Bahá’u’lláh.

 O xintoísmo é a religião nativa do Japão, envolvendo a adoração de kami (espíritos) e rituais


xintoístas que celebram a natureza e a ancestralidade.

 O zoroastrismo, uma das mais antigas religiões monoteístas, foi fundado por Zaratustra, com ênfase
no dualismo entre Ahura Mazda e Angra Mainyu.
Características de cada uma dessas religiões:

1. Cristianismo

Quadro O sermão da montanha, de Carl Bloch, mostrando um dos diversos ensinamentos de Jesus Cristo.

O cristianismo é a maior religião do mundo, com cerca de 2,3 bilhões de praticantes, e fundamenta-se nas
raízes históricas de Jesus Cristo e em eventos cruciais ocorridos há mais de dois mil anos. Surgido no
Oriente Médio, esse fenômeno religioso é intrinsecamente ligado a uma matriz cultural e religiosa complexa.
Os principais países praticantes são: Estados Unidos, Brasil, México, Rússia, Filipinas. Suas principais
características são as seguintes:

 A vida e os ensinamentos de Jesus Cristo: o cerne do cristianismo reside na vida e nos


ensinamentos de Jesus Cristo, uma figura central que viveu na Judeia durante o século I.
Reconhecido como o filho de Deus, Jesus propagou valores de amor, compaixão e o reino divino.
Seu ministério, repleto de milagres e parábolas, culminou na crucificação e ressurreição, eventos
fundamentais na teologia cristã que simbolizam a salvação e a vida eterna.

 Expansão e consolidação: após a ascensão de Jesus, seus seguidores, os apóstolos, disseminaram


suas mensagens. O Novo Testamento, uma compilação de escritos sobre a vida de Jesus e os
ensinamentos apostólicos, forma a base da fé cristã. O Concílio de Niceia, em 325 d.C., foi crucial
para estabelecer doutrinas fundamentais, como a divindade de Jesus e a Santíssima Trindade.

 Princípios centrais do cristianismo: as crenças cristãs compartilham princípios centrais, incluindo


a fé na Trindade, a salvação por meio de Jesus, sacramentos como batismo e comunhão, e a prática
do amor ao próximo. A Bíblia, dividida entre o Antigo e o Novo Testamento, é reverenciada como a
palavra de Deus.

 Diversidade e denominações: a diversidade no cristianismo é evidente em tradições litúrgicas,


práticas sacramentais e interpretações teológicas. Principais denominações (como catolicismo
romano, ortodoxia oriental e protestantismo) apresentam variações significativas, subdividindo-se
em diferentes correntes.

 Lideranças e estruturas hierárquicas: líderes cristãos contemporâneos desempenham papéis


cruciais em várias tradições. O papa, chefe da Igreja Católica, lidera globalmente, enquanto líderes
ortodoxos, como o patriarca ecumênico, exercem influência nas tradições orientais. No
protestantismo, líderes locais, pastores e figuras globais moldam as perspectivas da fé cristã.

 Diversidade de líderes contemporâneos: o cristianismo moderno é caracterizado por uma rica


diversidade de líderes influentes. O papa Francisco, com sua abordagem progressista, destaca-se na
liderança católica. Nas tradições ortodoxas, vários patriarcas têm influência; enquanto, no
protestantismo, pastores locais e figuras globais, como Billy Graham, moldam a visão no século
XXI.

 Globalização e mídias modernas: além das lideranças tradicionais, o cristianismo contemporâneo


se destaca pela diversidade de pregadores, autores e teólogos que alcançam audiências globais por
meio de mídias modernas, como a internet e as redes sociais. Esse fenômeno reflete a adaptação da
fé cristã ao contexto globalizado e às mudanças tecnológicas.
2. Islamismo

A Caaba, na Arábia Saudita, é um local sagrado do islamismo.

O islamismo é uma das maiores religiões globais, com cerca de 1,9 bilhão de praticantes, e tem origens
profundas que remontam ao século VII na Península Arábica, com a vida de Maomé, o mensageiro de
Deus para os muçulmanos, sendo, portanto, uma religião monoteísta. A revelação divina por meio do Alcorão
marcou o início de sua missão profética. Os principais países praticantes são: Indonésia, Paquistão, Índia,
Bangladesh, Nigéria. Suas principais características são as seguintes:

 Os Cinco Pilares do Islã: representam as crenças fundamentais do islamismo, que incluem a


declaração de fé, a oração regular, a caridade, o jejum durante o Ramadã e a peregrinação a Meca.
São um guia ético e espiritual, moldando a vida diária dos muçulmanos e promovendo a
comunidade e igualdade.

 Expansão e idade de ouro islâmica: após a morte de Maomé, o islamismo expandiu-se


rapidamente, conquistando vastos territórios da Espanha até a Índia. O Império Islâmico floresceu
cultural, científica e artisticamente durante a idade de ouro islâmica, contribuindo significativamente
para a herança global.

 Diversificação e seitas: ao longo dos séculos, o islamismo diversificou-se em várias correntes, com
as seitas xiitas e sunitas sendo as principais. A divergência originou-se na disputa pela liderança
após a morte de Maomé, resultando em diferentes tradições e interpretações.

 Lideranças no mundo contemporâneo: no mundo muçulmano contemporâneo, as lideranças são


diversas, incluindo chefes de Estado como Recep Tayyip Erdogan e o rei Salman bin Abdulaziz Al
Saud. Líderes religiosos notáveis, como o Grand Imame de Al-Azhar, Ahmed el-Tayeb, e o aiatolá
Ali Khamenei, exercem influência no mundo sunita e xiita respectivamente.

 Organizações islâmicas globais: exemplos como a Organização para a Cooperação Islâmica (OCI)
e o Conselho Islâmico para Assuntos Jurídicos e Pesquisa desempenham papéis cruciais na
promoção da unidade e cooperação entre nações muçulmanas.

 Diversidade no islamismo: é crucial destacar a diversidade dentro do islamismo, abrangendo


culturas, tradições e perspectivas distintas. A interpretação do islã varia entre as comunidades e
indivíduos, resultando em uma riqueza de práticas e entendimentos dentro da fé.

 Desafios contemporâneos: em tempos contemporâneos, o islamismo enfrenta desafios, incluindo


questões geopolíticas, sociais e culturais. No entanto, sua influência global persiste, moldando a
vida de bilhões de seguidores em todo o mundo e contribuindo para a riqueza da tapeçaria religiosa
da humanidade.
3. Hinduísmo

A cidade de Varanasi, na Índia, é o local mais sagrado para o hinduísmo.


O hinduísmo, uma das tradições religiosas mais antigas, floresceu ao longo de milênios na Índia e tem
cerca de 1,2 bilhão de praticantes na atualidade. Diferentemente de religiões monoteístas, é uma tapeçaria
complexa de crenças, rituais e filosofias que molda a espiritualidade na região. Os principais países praticantes
são: Índia, Nepal, Bangladesh, Indonésia, Paquistão. Suas principais características são as seguintes:

 Raízes nos Vedas: no cerne do hinduísmo estão os Vedas, textos sagrados que remontam de 1500
a.C. a 500 a.C. Esses escritos fundamentam a compreensão da natureza divina, rituais e deveres
sociais, destacando a crença em Samsara e Karma.

o Os Quatro Vedas: os Vedas são divididos em quatro coleções principais, cada uma com
propósitos distintos. Rigveda, o mais antigo, é dedicado a hinos divinos, enquanto
Samaveda se concentra em cânticos rituais. Yajurveda oferece fórmulas para sacerdotes,
e Atharvaveda abrange hinos variados, incluindo aspectos da vida cotidiana.

o Estrutura dos Vedas: cada Veda possui quatro partes principais: Samhitas (hinos),
Brahmanas (rituais), Aranyakas (meditação) e Upanishads (diálogos filosóficos
explorando a realidade última).

 Reverência e autoridade: os Vedas são altamente reverenciados no hinduísmo, sendo considerados


fonte autoritária da sabedoria espiritual. Desempenham papel crucial em rituais religiosos, estudos
filosóficos e na compreensão da natureza do divino.

 Politeísmo e panteão hindu: o hinduísmo tem um vasto panteão diversificado. Brahma, Vishnu e
Shiva formam a tríade principal, responsável pela criação, preservação e destruição do Universo. O
panteão personifica diferentes aspectos do divino.

 Liderança e práticas espirituais: ao contrário de religiões com liderança centralizada, o hinduísmo


possui uma liderança espiritual descentralizada. Gurus e swamis desempenham papéis significativos
na orientação espiritual, enquanto organizações como o Conselho Mundial Hindu promovem e
preservam valores hindus.

 Influência contínua: o hinduísmo desempenha um papel vital na cultura indiana e além,


influenciando arte, filosofia e ética. Sua natureza inclusiva e adaptável permite a evolução contínua,
incorporando novas interpretações e práticas ao longo do tempo.
4. Budismo

Templo budista na China.


O budismo, uma tradição espiritual que teve origem na Índia, no século VI a.C., e que tem cerca de 520
milhões de praticantes na atualidade, encontra suas raízes nos ensinamentos de Siddhartha Gautama,
também conhecido como Buda. Esse sábio príncipe, após uma jornada espiritual, alcançou a iluminação
debaixo de uma árvore Bodhi, tornando-se o Buda histórico. Os principais países praticantes são: China,
Tailândia, Japão, Mianmar, Sri Lanka. Suas principais características são as seguintes:

 Princípios centrais do budismo: o budismo enfatiza a compreensão da natureza da existência e o


caminho para a liberação do sofrimento. Suas crenças fundamentais incluem a impermanência
(Anicca), o sofrimento (Dukkha) e a ausência do eu (Anatta). A filosofia budista é guiada pelas
Quatro Nobres Verdades e pelo Nobre Caminho Óctuplo.

 Práticas e textos sagrados: os adeptos do budismo buscam a iluminação por meio de práticas como
meditação, reflexão e conduta ética. Seus textos sagrados incluem os Sutras, que contêm os
discursos do Buda, e o Tripitaka, uma coleção de escrituras canônicas.

 Natureza não teísta do budismo: o budismo é uma tradição não teísta, diferenciando-se pela
ausência de adoração a um Deus criador; em vez disso, concentra-se na compreensão da mente e da
realidade. A diversidade de práticas inclui desde o Theravada, centrado nos ensinamentos originais,
até o Mahayana, que destaca a compaixão universal. O Vajrayana, uma tradição tântrica, é praticado
principalmente no Tibete.

 Importância dos monges: monges e monjas desempenham um papel crucial na propagação e


preservação da tradição, seguindo os preceitos monásticos.

 Líderes espirituais proeminentes: Dalai Lama, líder espiritual do budismo tibetano, é uma figura
proeminente, enquanto monges respeitados, como Thich Nhat Hanh, influenciam a prática global.
Suas lideranças desempenham um papel vital na disseminação dos ensinamentos budistas.

 Influência global e impacto contemporâneo: atualmente, o budismo transcende fronteiras


geográficas, exercendo influência sobre pessoas de diversas culturas em sua busca por compreensão,
paz e iluminação. Suas práticas meditativas e ensinamentos sobre compaixão continuam a moldar
vidas e contribuir para um mundo mais consciente. O budismo se destaca como uma filosofia que
ressoa além das fronteiras culturais e geográficas, promovendo valores espirituais e éticos.
5. Sikhismo

Guru Granth Sahib é o livro sagrado do sikhismo.

O sikhismo, uma religião originada no século XV, na região do Punjab, Índia, e que tem cerca de 30
milhões de praticantes na atualidade, teve como fundador Guru Nanak Dev Ji. Sua missão era transcender
as divisões religiosas da época, marcando o início de uma fé que perdura até hoje. Os principais países
praticantes são: Índia, notadamente no estado do Punjab, Reino Unido, Canadá, Estados Unidos, Austrália. A
dispersão geográfica reflete a diáspora sikh e a globalização dessa tradição religiosa. Suas principais
características são as seguintes:

 Princípios fundamentais e livro sagrado: o Guru Granth Sahib, o livro sagrado dos sikhs,
compreende as escrituras reveladas por Guru Nanak e outros líderes espirituais que o sucederam,
consolidando as bases do sikhismo.

 Natureza monoteísta e Deus sem forma: o sikhismo é firmemente monoteísta, reconhecendo um


Deus único e sem forma, referido como Waheguru. Essa compreensão de uma divindade
transcendental é central para a fé sikh.

 Código de conduta moral: Os Cinco Ks são um código de conduta moral e ética: kesh (cabelo não
cortado), kara (pulseira de aço), kanga (pente de madeira), kaccha (calças curtas) e kirpan (espada).
Esses elementos não apenas representam a identidade sikh como também orientam a vida cotidiana
dos seguidores.

 Compromisso com valores: a comunidade sikh destaca-se pelo seu compromisso com valores
fundamentais, incluindo igualdade, justiça social e serviço à comunidade. Esses princípios moldam
a maneira como os sikhs vivem suas vidas e interagem com o mundo ao seu redor.

 Lideranças e orientação espiritual: as principais lideranças do sikhismo são os gurus, líderes


espirituais que desempenham papéis centrais na comunidade. O Guru Granth Sahib serve como a
principal orientação espiritual para os seguidores, consolidando os ensinamentos da fé.

 A singularidade do sikhismo: o sikhismo é uma tradição única que valoriza a simplicidade, a


devoção e a busca espiritual. Essa singularidade se reflete na maneira como os sikhs abordam a vida
e procuram realizar sua fé no cotidiano.

O sikhismo, enraizado na história do Punjab e nos ensinamentos de Guru Nanak, representa uma tradição
religiosa distintiva, destacando-se por seus princípios monoteístas, código de conduta moral e compromisso
com valores fundamentais. A disseminação global da fé e a liderança espiritual contínua reforçam a relevância
duradoura do sikhismo como uma tradição espiritual significativa.
6. Judaísmo

O Muro das Lamentações, em Israel, é um local sagrado para o judaísmo.


O judaísmo, uma das religiões mais antigas do mundo e que tem cerca de 14 milhões de praticantes na
atualidade, tem uma rica história que remonta a milênios. Suas origens são profundamente entrelaçadas
com a narrativa do povo judeu, começando com os relatos bíblicos, que datam de tempos antigos. O judaísmo é
caracterizado por uma forte ênfase na relação entre Deus e o povo escolhido, bem como na observância das leis
e tradições religiosas. Os principais países praticantes são: Israel, o epicentro da vida judaica, Estados Unidos,
Canadá, França, Reino Unido. Suas principais características são as seguintes:

 Origens: o judaísmo surgiu há mais de 5700 anos, conforme narrado na história do Antigo
Testamento da Bíblia, especificamente pelos patriarcas Abraão, Isaac e Jacó, os fundadores do povo
judeu. O êxodo do Egito liderado por Moisés foi outro evento crucial, marcando a libertação dos
israelitas da escravidão e estabelecendo a aliança entre Deus e seu povo no Monte Sinai.

 Crenças: a crença central do judaísmo é a adoração de um Deus único e transcendente. Esse Deus é
descrito como o criador do Universo e aquele que estabeleceu uma aliança especial com os judeus.
A Torá, composta pelos Cinco Livros de Moisés, é a fonte principal das leis e ensinamentos
judaicos, delineando a ética, rituais e mandamentos que guiam a vida dos seguidores.

 Livros e escritos sagrados: os textos sagrados do judaísmo incluem a Torá, que consiste nos livros
de Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Além disso, há os Profetas (Nevi’im) e os
Escritos (Ketuvim), que juntos formam a Tanakh, a Bíblia hebraica. Para os judeus, o Talmude, uma
compilação de ensinamentos rabínicos, também desempenha um papel crucial na interpretação e
aplicação das leis da Torá.

 Orientação monoteísta: o judaísmo é uma religião estritamente monoteísta, acreditando em um


único Deus, incorpóreo e incriado, que está além da compreensão humana. A ideia da Trindade,
presente em algumas religiões derivadas do judaísmo, como o cristianismo, é estranha à crença
judaica. A relação íntima entre Deus e seu povo é enfatizada nas práticas diárias e nas festividades
judaicas. O judaísmo foi a primeira religião monoteísta da história.

 Principais lideranças atuais: o judaísmo não tem uma liderança centralizada como algumas outras
religiões. A autoridade é descentralizada, com rabinos desempenhando um papel vital nas
comunidades locais. Dentre as diversas correntes judaicas, destacam-se o judaísmo ortodoxo, o
conservador e o reformista, cada um com suas próprias interpretações e práticas. As principais
lideranças contemporâneas incluem rabinos proeminentes, estudiosos e líderes comunitários. O
Estado de Israel também tem figuras políticas que desempenham papéis influentes na interseção
entre política e religião.
7. Espiritismo

Allan Kardec é o precursor do espiritismo.


O espiritismo é uma doutrina filosófica e religiosa do século XIX que tem como precursor Allan Kardec,
educador e escritor francês, e que tem cerca de 13,8 milhões de praticantes na atualidade. Sua formação
ocorreu em um contexto histórico marcado por questionamentos sobre a relação entre ciência e espiritualidade,
refletindo os avanços científicos da época. Os principais países praticantes são: Índia, Nepal, Estados Unidos,
Canadá, Reino Unido. Suas principais características são as seguintes:

 Principais escritos: Allan Kardec estabeleceu as bases do espiritismo por meio de obras
fundamentais, sendo O Livro dos Espíritos a mais notável. Publicada em 1857, a obra compilou
perguntas e respostas obtidas por meio de comunicações mediúnicas, delineando os princípios
essenciais da doutrina. Outros escritos sagrados incluem O Livro dos Médiuns, O Evangelho
Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, e A Gênese.

 Crenças fundamentais: o espiritismo fundamenta-se na crença da existência de um mundo


espiritual habitado por seres desencarnados. Destaca a reencarnação como processo de evolução
espiritual e a lei de causa e efeito, promovendo a responsabilidade individual diante das ações.

 Aspectos teológicos: a doutrina espírita é monoteísta, reconhecendo um Deus supremo que se


manifesta por meio de leis naturais e da consciência humana. Diferentemente de rituais complexos,
com templos suntuosos e clero formal, as reuniões espíritas são centradas na leitura das obras
fundamentais, na prática da mediunidade e na reflexão ética.

 Disseminação global: embora tenha surgido na França, o espiritismo expandiu-se globalmente.


Brasil, Argentina e México são países onde a doutrina ganhou expressiva adesão, refletindo a
abertura à pluralidade de crenças e a ênfase na busca individual pela compreensão espiritual.
Comunidades espíritas também são encontradas em diversos países europeus e nas Américas.

 Liderança e organização: não há uma liderança centralizada no espiritismo, valorizando-se a


autonomia individual na busca espiritual. Entretanto, federativas e organizações espíritas, como a
Federação Espírita Brasileira (FEB), desempenham papéis importantes na promoção, organização e
divulgação dos princípios espíritas.

O espiritismo, ao conciliar ciência, filosofia e religião, oferece uma visão singular sobre a natureza da vida, da
morte e do propósito humano. Seus fundamentos, disseminados por Allan Kardec, refletem uma abordagem
monoteísta, destacando-se pela ênfase na moralidade, na reencarnação e na comunicação com o mundo
espiritual. Sua influência transcende fronteiras, consolidando-se como uma das correntes espirituais mais
difundidas globalmente.
8. Bahaísmo

Kitáb-i-Aqdas, de Bahá’u’lláh, é o principal texto sagrado do bahaísmo.


Também chamado de Fé Bahá’í, o bahaísmo é uma religião monoteísta que nasceu no século XIX no Irã,
tem cerca de 7 milhões de praticantes na atualidade, e foi fundada por Bahá’u’lláh, que significa “Glória
de Deus”. Essa fé proclama a unidade da humanidade e a igualdade de todas as religiões. Seus princípios
incluem a busca da verdade, a promoção da justiça e a eliminação de preconceitos. A Fé Bahá’í acredita em
líderes espirituais sucessivos, conhecidos como manifestações de Deus, incluindo Moisés, Jesus Cristo, Maomé
e outros.

Com uma orientação monoteísta, os praticantes da Fé Bahá’í acreditam na unidade de Deus e na fraternidade
universal. Embora tenha adeptos em todo o mundo, concentra-se especialmente em países como Índia, Irã,
Estados Unidos, Vietnã e Alemanha. A Fé Bahá’í continua a promover a paz, a unidade e a justiça em um
contexto global diversificado. Veja, a seguir, alguns dos seus principais aspectos:

 História: a Fé Bahá’í, originada no século XIX, no Irã, teve Baha’u’llah como seu fundador, que
proclamou sua missão em 1863. Sua mensagem de unidade e justiça enfrentou perseguições de
autoridades religiosas e políticas, moldando a história da religião.

 Doutrinas e crenças: as crenças bahá’ís enfatizam a unidade de todas as religiões e a igualdade


entre as pessoas. A busca da unidade espiritual da humanidade é a essência de sua doutrina. Valores
como educação, justiça social e promoção da paz mundial são fundamentais para os bahá’ís.

 Escritos sagrados: seus escritos sagrados incluem as obras de Bahá’u’lláh, como o Kitáb-i-Aqdas e
o Livro da Certeza. O primeiro é o principal texto sagrado e oferece leis e ensinamentos
fundamentais. Além disso, os bahá’ís consideram as escrituras de profetas anteriores, como Moisés,
Jesus e Maomé, reconhecendo uma continuidade espiritual.

 Liderança e administração: a comunidade Bahá’í não tem sacerdotes, mas é administrada por
instituições eleitas, sendo a Casa Universal de Justiça o órgão supremo. As principais lideranças
atuais incluem a própria Casa enquanto órgão internacional eleito a cada cinco anos, e os auxiliares
administrativos, designados para diversas regiões. A participação ativa dos membros na promoção
dos princípios bahá’ís é enfatizada, refletindo uma abordagem democrática.

 Práticas e rituais: os bahá’ís incorporam práticas diárias de oração, seguem leis morais e éticas e
celebram dias sagrados, como Ridván, que marca a proclamação de Baha’u’llah. A religião valoriza
a unidade na diversidade, promovendo uma visão global de coexistência pacífica.
9. Xintoísmo

Kirishima Jingu é um dos santuários xintoístas mais antigos do Japão.

O xintoísmo é uma antiga tradição espiritual japonesa, com cerca de 4 milhões de praticantes na
atualidade, que tem raízes profundas na história e na cultura do país. Suas origens remontam a tempos pré-
históricos, conectando-se às crenças indígenas do arquipélago japonês. Embora não tenha uma fundação formal
ou um fundador específico, o xintoísmo floresceu organicamente ao longo dos séculos, incorporando elementos
do folclore, da mitologia e de rituais locais.

O xintoísmo é essencialmente politeísta, venerando uma multiplicidade de kami, entidades espirituais que
podem ser deidades naturais, ancestrais ou até mesmos objetos. Não se trata de uma fé exclusiva, e muitos
japoneses praticam o xintoísmo em conjunto com o budismo.

O Japão é o principal país onde o xintoísmo é praticado, com seus santuários desempenhando um papel vital na
vida espiritual e cultural da nação. Atualmente, o xintoísmo continua a ser uma parte integrante da identidade
japonesa, coexistindo harmoniosamente com outras práticas religiosas no país. Veja, a seguir, alguns dos seus
principais aspectos:

 História: o xintoísmo, originário do Japão, remonta a tempos antigos, influenciando as práticas


culturais e espirituais. Não possui um fundador específico e evoluiu ao longo dos séculos,
incorporando tradições e a mitologia japonesa.

 Doutrinas e crenças: as crenças xintoístas giram em torno da adoração dos kami, entidades
espirituais que podem ser divindades espirituais que habitam os elementos da natureza, como
árvores, montanhas e rios, ancestrais ou até mesmo objetos. A pureza ritual, a reverência à natureza
e a ênfase na harmonia são fundamentais para a doutrina xintoísta. Os santuários xintoístas são
locais sagrados onde os devotos buscam a proximidade espiritual com os kami por meio de rituais,
orações e festivais.

 Livro sagrado: diferentemente de muitas religiões organizadas, o xintoísmo não possui um corpo
doutrinário extenso ou escrituras sagradas definidas. Em vez disso, suas práticas são transmitidas
oralmente e por meio de rituais. No entanto, textos como o Kojiki e o Nihon Shoki, conhecidos
como Crônicas do Japão, oferecem relatos mitológicos e históricos que contribuem para a
compreensão das origens e da cosmovisão xintoísta.

 Líderes e sacerdotes: o xintoísmo não possui uma estrutura clerical hierárquica. Sacerdotes,
conhecidos como kannushi, desempenham papéis cruciais nos santuários, conduzindo cerimônias e
orientando os fiéis, mas não têm autoridade centralizada. O imperador do Japão é tradicionalmente
considerado um símbolo religioso.

 Práticas e rituais: os rituais xintoístas incluem purificação, oferendas e festivais sazonais, como o
Hatsumode, que celebra o Ano-Novo. O respeito pelos antepassados e a manutenção de santuários
xintoístas, chamados jinja, são aspectos cruciais da prática religiosa.
10. Zoroastrismo

Faravarhar é o símbolo da alma humana no zoroastrismo.

O zoroastrismo é uma das mais antigas religiões conhecidas, com cerca de 200 mil praticantes na
atualidade, e tem raízes que remontam ao profeta Zaratustra, também conhecido como Zoroastro, que
viveu por volta do século VI a.C. Seu nascimento é situado na antiga Pérsia, atual Irã. Zaratustra é considerado
o fundador dessa fé, tendo recebido revelações divinas que formaram a base das crenças zoroastrianas.

O zoroastrismo é uma religião monoteísta com um foco intenso na adoração do único Deus supremo, Ahura
Mazda. Os rituais zoroastrianos envolvem cerimônias de purificação e veneração, muitas vezes realizadas em
templos de fogo.

Historicamente, o zoroastrismo era amplamente praticado no Império Persa, mas, ao longo dos séculos, a
comunidade zoroastriana diminuiu significativamente. Atualmente, a prática do zoroastrismo é uma realidade
para uma comunidade relativamente pequena, mas dedicada, concentrando-se principalmente no Irã e na Índia,
com diásporas em várias partes do mundo, como Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.

Apesar dos desafios enfrentados pela comunidade zoroastriana ao longo da história, ela continua a manter suas
tradições e seus valores, adaptando-se às mudanças contemporâneas enquanto preserva a rica herança de
Zaratustra. Veja, a seguir, alguns dos seus principais aspectos:

 História: o zoroastrismo é uma das religiões mais antigas do mundo, fundado por Zaratustra (ou
Zoroastro) no século VI a.C., na antiga Pérsia. Sua filosofia ética e dualística influenciou diversas
tradições religiosas subsequentes.

 Influência histórica: o zoroastrismo desempenhou um papel significativo na formação das


tradições religiosas posteriores, como o judaísmo, cristianismo e islamismo, contribuindo para o
desenvolvimento de ideias sobre o dualismo e a escatologia.

 Doutrinas e crenças: a centralidade no dualismo entre Ahura Mazda (Deus supremo associado à
sabedoria e à bondade) e Angra Mainyu (espírito destruidor) é uma característica marcante. A ênfase
na escolha entre o bem e o mal, a prática da boa conduta e o papel do fogo como símbolo sagrado
são pilares fundamentais.

 Livros sagrados: os textos sagrados zoroastristas são conhecidos como Avesta. O Yasna, parte
principal do Avesta, contém os Gathas, hinos atribuídos a Zaratustra. Esses textos oferecem
orientações éticas e rituais para os seguidores.

 Líderes e sacerdotes: chamados mobed, desempenham papéis importantes nas cerimônias


religiosas. Não há uma hierarquia clerical global, e os líderes comunitários desempenham um papel
crucial na administração local.
 Comunidade e práticas: a comunidade zoroastrista é conhecida por valores como verdade, boa
conduta e caridade. Práticas religiosas incluem a adoração regular nos templos, conhecidos como
Atash Behrams, e o ritual do fogo, simbolizando a presença divina.

 Templos e locais de adoração: o zoroastrismo é notável por sua veneração ao fogo como símbolo
de pureza e divindade. Os templos de fogo são locais sagrados onde o fogo é mantido
continuamente aceso.

 Rituais e práticas religiosas:

o Cerimônias de purificação: os zoroastrianos praticam rituais de purificação, como o


Jashan, uma cerimônia de celebração que envolve orações e oferendas.

o Adoração diária: a oração e a adoração diárias são fundamentais, com muitos


zoroastrianos recitando as Gathas ou outras preces sagradas.

o Festivais religiosos: celebrações como Nowruz são marcadas por festividades, orações e
reuniões familiares.

 Ética e valores:

o Ética zoroastriana: desempenha um papel crucial na vida zoroastriana, enfatizando


princípios como a verdade, a justiça e a benevolência.

o Vida familiar: a preservação da identidade cultural e religiosa, muitas vezes, é


fortemente vinculada à vida familiar, com a transmissão de tradições de geração em
geração.

 Desafios e mudanças:

o Diáspora zoroastriana: ao longo dos anos, comunidades zoroastrianas passaram a


existir em países como Canadá, Estados Unidos, Reino Unido e Austrália.

o Desafios demográficos: a comunidade zoroastriana tem um número relativamente


pequeno de praticantes em comparação com outras religiões.

 Atividades filantrópicas e sociais: alguns zoroastrianos estão envolvidos em iniciativas


filantrópicas e sociais, contribuindo para a comunidade em larga escala.

 Liderança e organização: apesar da ausência de uma hierarquia sacerdotal estruturada, líderes


comunitários desempenham papéis essenciais na organização e manutenção das práticas religiosas.

Embora o zoroastrismo seja uma religião antiga, sua prática continua a evoluir, adaptando-se aos desafios
modernos enquanto busca preservar as tradições e valores fundamentais transmitidos ao longo dos milênios.

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